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GEOGRAFIA

PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. —


Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]
692 p.

ISBN: 978-85-387-0575-8

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

Disciplinas Autores
Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Literatura Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Matemática Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Física Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Química Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Biologia Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
História Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Geografia Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer

Projeto e
Produção
Desenvolvimento Pedagógico

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O relevo do
Brasil
Escudos cristalinos
As áreas cristalinas do Brasil, assim como as
existentes no restante do globo, são as rochas mais
antigas existentes na superfície terrestre. São forma-
O Brasil é um país que possui diversos tipos das no Pré-Cambriano, nos períodos: Arqueozoico
de feições geomorfológicas (relevo), já que se trata (3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás) e Proterozoico (2,5
de um país com uma enorme extensão territorial. bilhões a 590 milhões de anos atrás). Estas áreas cor-
O relevo brasileiro é formado por rochas antigas, respondem a 36% da área total do país, sendo que os
entretanto, podemos afirmar que a maior parte do núcleos de origem arqueozoica correspondem a 32%
relevo, tal como é visto hoje, é resultado de proces- e os de origem proterozoica correspondem a 4%. Nos
sos de idade geológica mais recente. Muitos são os terrenos proterozoicos estão as principais riquezas
agentes que colaboraram para a atual conformação minerais existentes em nosso país, tais como: ferro,
de nosso relevo, desde agentes internos, tais como manganês, bauxita, ouro entre outros. Esses minerais
agentes tectônicos (epirogênese, orogênese e vul- estão associados a rochas cristalinas, ou seja, rochas
canismo), assim como os agentes externos (os mais cuja formação aconteceu de forma lenta, no caso, o
diferentes tipos de erosão). resfriamento lento do magma, de forma intrusiva, que
gerou o granito, por exemplo. Tais rochas cristalinas,
que por meio de mudanças de pressão e temperatura,
Estrutura geológica acabaram gerando metamorfismos, como no caso dos
terrenos onde encontramos a gnaisse (metamorfismo
Das estruturas geológicas que conhecemos, do granito).
o Brasil possui dois tipos de províncias, as bacias
sedimentares e os escudos cristalinos ou Núcleos Bacias sedimentares
Cratônicos. Ou seja, no Brasil não temos os dobra-
mentos modernos (cadeias montanhosas recentes As bacias sedimentares, que são depósitos de
resultantes do dobramento da placa em limites diver- sedimentos provenientes de áreas como os escudos
gentes, como os Andes, por exemplo). Dentro deste cristalinos, estão presentes em aproximadamente
contexto, temos um país que possui no seu relevo 64% do território brasileiro. As bacias sedimentares,
planícies, planaltos e depressões, já que feições como como o próprio nome sugere, possuem rochas sedi-
as montanhas são típicas de dobramentos modernos, mentares (resultantes da acumulação de sedimentos
que, como vimos, o Brasil não possui. em depósitos) como o arenito. As bacias sedimenta-
Como afirmamos anteriormente temos no Brasil res são do Fanerozoico, englobando as eras Paleozoi-
rochas e relevos que possuem origem geológica an- ca, Mesozoica e Cenozoica são formadas desde eras
tiga. Porém, as atuais feições geomorfológicas (pla- antigas (Paleozoica e Mesozoica) até a era geológica
naltos, planícies e depressões), na maior parte, são atual (Cenozoica). Nas bacias sedimentares podemos
resultantes de processos geológicos recentes. Deve- encontrar minerais como o carvão e o petróleo, essen-
mos compreender, então, que características possue ciais fontes de energia do mundo moderno.
cada província geológica e sua localização no Brasil, Entretanto, mesmo possuindo 64% do território
assim como entender a sua gênese, posicionando-a em bacias sedimentares não possuímos um número
no período geológico de sua formação. muito alto de jazidas de carvão (resultantes da acu-
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mulação de restos vegetais), ficando estas restritas

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às depressões da região Sul do país (Periférica do RS e Entretanto, como se explicariam a presença de
da borda leste do planalto da Bacia do Paraná). O pe- rochas como o granito e o basalto no relevo brasilei-
tróleo, resultante da deposição de micro-organismos ro, se estas rochas são vulcânicas? Muito simples,
marinhos, tem sua exploração principalmente na pelo fato de que o Brasil, assim como o restante
bacia de Campos (litoral norte do RJ), sendo também dos continentes, já esteve posicionado em outros
importante para prospecção o Recôncavo Baiano, a pontos do globo terrestre. Ou seja, o Brasil não
bacia Sedimentar Amazônica (que em período geo- esteve sempre no centro da placa Sul-americana,
lógico anterior era fundo de oceano). já estando posicionado nos limites dessa e sujeito,
Mesmo sendo constituídas, originalmente, de por consequência, a processos vulcânicos. Tais
áreas de depósito, ou seja, de áreas deprimidas, hoje processos estão ligados à dinâmica da Tectônica
encontramos muitas dessas bacias originando planal- de Placas (no qual placas litosféricas se movem sob
tos e chapadas devido à presença de agentes modela- o manto, devido à convecção de calor proveniente
dores internos do relevo, tal como a epirogênese. do centro da Terra) e da Deriva Continental (teoria
que afirma que todos os continentes formaram, a
Para entendermos um pouco mais desse proces-
200 milhões de anos atrás, um único continente
so avançaremos para a compreensão dos agentes mo-
chamado Pangeia).
deladores do relevo brasileiro, aqueles que moldaram
os planaltos, planícies e depressões nas estruturas As rochas que compõem os escudos cristalinos
geológicas trabalhadas anteriormente. (granito e gnaisse, principalmente), sofreram com
movimentos orogenéticos na era Pré-Cambriana,
no ciclo brasiliano, formando cadeias orogenéticas
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antigas (conhecidas também por dobramentos an-


tigos). Neste processo temos a origem das Serras:
do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço.
No Mesozoico, quando houve a separação dos
continentes, tivemos sucessivos derrames de lavas
vulcânicas, que acabaram por cobrir praticamente
todo o setor sul do país, mais precisamente a área
onde encontramos a bacia sedimentar do Paraná,
resultando na formação do planalto Arenítico-
basáltico (com arenito na base, devido à bacia
sedimentar do Paraná e basalto no topo, devido ao
extravasamento de lavas). Este planalto também
é conhecido como Meridional. Vale lembrar que o
vulcanismo também esteve presente na gênese das
ilhas oceânicas brasileiras.
Sobre movimentos epirogenéticos, vale res-
saltar a contribuição destes para a formação de
planaltos e chapadas em áreas de Bacia Sedimentar.
Com a separação dos continentes, temos o início do
Os agentes do relevo dobramento resultante de um movimento orogené-
tico provocado pelo choque da Placa Sul-americana
no Brasil com a Placa de Nazca, o que gerou o soerguimento
da Cordilheira dos Andes. Este soergimento faz com
que esta área aumente sua raiz no manto (semelhan-
Agentes internos te à ideia de que quanto maior for um prédio, maior
deve ser seu estacamento), pressionando-o e provo-
O Brasil está no centro da placa Sul-americana, cando uma série de soerguimentos e rebaixamentos
apresentando relativa estabilidade geológica, já que nas áreas adjacentes. Sendo assim, é possível que
são os limites das placas tectônicas, as áreas de maior uma área de bacia sedimentar seja soerguida, dando
instabilidade. Dentro desse contexto, podemos atribuir origem a planaltos. Estes movimentos epirogenéti-
a atual conformação do relevo, à falta de abalos sísmi- cos no Brasil são frutos da separação do Pangeia,
cos de grande amplitude e de atividades vulcânicas. sendo originados na Era Mesozoica.
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Fluvial – a grande quantidade de rios, em nos-
so território, faz com que o país possua uma grande
quantidade de vales fluviais. Muitos desses, ao se
aprofundarem e se estenderem, acabaram formando
depressões.
Mesmo estando localizado no centro da Placa Marinha – com um litoral extenso e com a
Sul-Americana, o Brasil não está livre dos sismos. presença de tabuleiros oceânicos no Nordeste, é
Toda placa litosférica é recortada em diversos blo- comum a presença de feições do tipo falésia, nesta
cos pequenos, de várias dimensões. Esses recortes área. Nosso litoral possui pontos de abrasão mari-
podem liberar energia a qualquer momento. Como nha, como as áreas litorâneas do Nordeste (que se
as grandes catástrofes provocadas por sismos es- estende de Natal (RN) até o Recôncavo Baiano (BA)
tão relacionadas às grandes falhas, tem-se a ideia onde encontramos as falésias e áreas de deposição
de que o Brasil está livre dos tremores de terra, o marinha, como os litorais do Amapá e Rio Grande do
que de fato não é verdadeiro. Já foram registrados Sul. Deve-se lembrar que a definição de um ponto de
sismos de grande intensidade no Rio Grande do abrasão ou não, se dá pelas direções que percorrem
Norte, especificamente no município de João Câ- as correntes marítimas.
mara, em Caruaru, em Pernambuco, e também na
Pluvial – a erosão pluvial contribui para a ma-
fronteira entre Mato Grosso e o Amazonas.
melonização das formas, já que está correlacionada
ao intemperismo químico. A erosão pluvial atua com
grande força nas áreas equatoriais e nas áreas de
morros, junto ao litoral do Sudeste (Serra do Mar,
Mantiqueira), que no período das chuvas (no verão)
Agentes externos estão sujeitas a processos erosivos como os movi-
mentos de massa – deslizamento de terra.
Em um país tão extenso quanto o Brasil, com
Eólica – a erosão eólica no Brasil produz feições
uma diversidade de climas e um litoral extenso, te-
como as dunas presentes no litoral nordestino, na
mos presentes os mais diversos processos erosivos
área que vai do Maranhão ao Rio Grande do Norte.
na dinâmica de formação do relevo brasileiro.
Também resultantes da ação do vento temos as fei-
ções ruiniformes que encontramos em Vila Velha (PR)
Intemperismo e na Chapada dos Guimarães (MT). Outro local onde
podemos ver a ação dos ventos é junto a feições do
A variedade de climas no Brasil traz, por conse- semi-árido nordestino, já que a ação do vento tam-
quência, diversos tipos de processos erosivos ligados bém é responsável pela morfologia dos inselbergs.
aos intemperismos químico, físico e biológico (este Glacial – mesmo o Brasil não sendo um país
em menor amplitude). que hoje possua geleiras é possível visualizar feições
Intemperismo químico: em áreas úmidas como, como os vales em U (os vales produzidos pela ação
por exemplo, nas serras litorâneas do Sudeste, aquelas fluvial são em V), presentes em vales no planalto
que acabam constituindo o domínio dos Mares de Mor- Meridional. Estes vales foram esculpidos por geleiras
ro, temos a mamelonização (arredondamento) das for- existente no último período de glaciação, há 18 000
mas, fruto do intemperismo químico (ação da umidade anos, aproximadamente.
sobre a rocha), que gera pequenos sedimentos.
Intemperismo físico: já em áreas secas, como as
que temos no semiárido nordestino (sertão), encontra- A classificação do relevo
mos relevos angulares, resultantes desse tipo de intem-
perismo (dilatação/contração das rochas), onde o tipo
do Brasil
de sedimento gerado é grosseiro. Com isso é possível,
no sertão nordestino, termos a presença de inselbergs,
relevos angulares como àqueles que vemos em filmes A classificação de Aroldo de
de faroeste, nas paisagens do Grand Canyon. Azevedo
Erosão Na década de 1940 surge a primeira proposta de
classificação de relevo no Brasil pelo geógrafo Aroldo
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Quanto aos processos de erosão fluvial, eólica, de Azevedo. Levando em consideração a altimetria
pluvial, marinha e glacial cabe ressaltar: do terreno como referência para sua classificação,
Aroldo de Azevedo propõe que as áreas com cota
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altimétrica abaixo dos 200 metros de altitude são con- proposta de Aziz Ab’Saber encontramos algumas
sideradas como planícies e aquelas que possuírem similaridades entre esta proposta e a anterior, feita
valores superiores são consideradas como planaltos. por Aroldo de Azevedo.
Após esta etapa, classificou regionalmente cada área.
Temos então, segundo este autor, o seguinte mapa Brasil – Relevo (classificação de Aziz Ab’Saber)

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de classificação de relevo brasileiro:

Brasil – Relevo (classificação de Aroldo de Azevedo)

IESDE Brasil S.A.

Planaltos
Planalto das Guianas: ocupa a porção norte do
A classificação de Aziz território brasileiro, é formado por rochas de origem
cristalinas datadas do Pré-Cambriano. Possui diver-
Ab’Saber sas serras incluindo as serras de Parima, Pacaraíma,
Tumucumaque, Acarai, Imeri (onde estão localizados
No início da década de 1960, o professor e os picos mais altos do país: da Neblina e 31 de Março).
geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber faz uma uma nova Abrigando reservas minerais de manganês, ferro, alu-
proposta de classificação para o relevo brasileiro, mínio, urânio e ouro é alvo do Projeto Calha Norte cuja
utilizando para tal um conjunto maior de dados finalidade é de cunho geopolítico e estratégico.
a serem considerados, demonstrando maior rigor
Planalto Brasileiro: extenso planalto que
científico. O principal critério adotado na propos-
abrange desde áreas do Norte até o Sul do Brasil.
ta feita por Aziz Ab’Saber está na definição das
Subdivide-se em: planalto Central, planalto Meridio-
formas de acordo com o processo geomorfológico
nal, planalto Nordestino, serras e planaltos do Leste
predominante, erosão ou sedimentação. Para o
e Sudeste, planalto do Maranhão-Piauí, planalto
autor, planalto corresponderia a uma superfície
Uruguaio Sul-rio-grandense.
aplainada, onde o processo de erosão ultrapassa os
de sedimentação. Com relação à planície (ou terras Planalto Central: possui terrenos sedimentares
baixas), temos exatamente o contrário, ou seja, o (chapadas dos Veadeiros, Parecis e Guimarães) e
processo de sedimentação estaria se sobrepondo cristalinos (planaltos Goiano, Sul-Amazônico, Norte-
aos processos erosivos. Por essa divisão, temos um Mato-grossense). Nesta área, sobre um terreno cris-
relevo brasileiro composto de 10 unidades – 7 planal- talino do Pará, encontramos a Serra dos Carajás (rica
tos, que ocupam 75% do território, e três planícies, em minérios de ferro e cobre). O tipo de vegetação
nos 25% restantes. Nesta proposta, assim como na associada a esta área é o cerrado.
que foi feita por Aroldo de Azevedo, não aparecem Planalto Meridional: abrangendo áreas do sul
as depressões. Quando visualizamos o mapa da do Mato Grosso do Sul e São Paulo, as áreas a oeste
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do Paraná e Santa Catarina, mais ao norte do Rio antiga – terciário – estando livre das cheias).
Grande do Sul, este planalto apresenta rochas ígneas Planícies e terras baixas costeiras: se esten-
extrusivas (basalto), resultantes do extravasamento dendo do extremo sul do Brasil até o Maranhão, esta
de lava ocorrido com a separação do Gondwana. Este área possui desde tabuleiros oceânicos datados do
basalto está em cima de uma bacia sedimentar e, terciário (onde encontramos as falésias), até baixadas
por isso, também é chamado de Arenítico-basáltico litorâneas do quaternário (onde encontramos restin-
– arenito (Paleozoico) na base e basalto (Mesozoico) gas, dunas, tômbolos, lagoas costeiras etc).
no topo. A forma de cuesta é uma característica dessa
Planície do Pantanal: localizada entre os planal-
unidade. Da intemperização do basalto é que temos
tos Meridional e Central, esta planície, que é drenada
a formação do solo terra roxa (latossolo roxo).
pelos rios da Bacia do Paraguai, encontra-se inun-
Planalto Nordestino: possui boa parte dos ter- dada no verão e seca no inverno, devido à ação do
renos em áreas cristalinas. O planalto da Borborema clima tropical nesta área. Seus terrenos são oriundos
e a Serra do Araripe merecem destaque na região. do quaternário, pertencendo à bacia sedimentar do
Devido ao clima semiárido e, por consequência, à Pantanal, estando ainda em processo de formação.
atuação do intemperismo físico, temos a formação Esta área se estende ao Paraguai, recebendo o nome
de inselbergs – relevo residual possuindo uma forma de Chaco.
geométrica predominada por arestas.
Serras e planaltos do Leste e Sudeste: é a área
dos “mares de morro”, onde encontramos diversas
A classificação
serras cristalinas resultantes de dobramentos que de Jurandyr L. S. Ross
ocorreram no Pré-Cambriano. A presença de mor-
ros arredondados ou mamelonares, que formam os O geógrafo Jurandyr L. S. Ross, elabora, no
chamados “pães-de-açúcar” resultantes da ação do início da década de 90, uma nova classificação de
intemperismo químico, é comum nessa área que se relevo para o Brasil. Utilizando-se das imagens de
estende de Santa Catarina à Bahia. As Serras do Mar, radar do projeto RadamBrasil, Jurandyr L. S. Ross
Espinhaço e Mantiqueira fazem parte do conjunto. traz na sua proposta de classificação um detalha-
Planalto do Maranhão-Piauí: este planalto mento das feições do relevo brasileiro, dividindo o
de característica sedimentar apresenta superfícies Brasil em 28 unidades de relevo, sendo 11 planaltos,
rebaixadas, possuindo um conjunto de cuestas e ta- 6 planícies e 11 depressões.
buleiros. Destaca-se na região o planalto de Ibiapaba. Para chegar a este nível de detalhamento foi
É a área da Mata dos Cocais, sendo abastecida pela preciso, além das imagens de satélites, um rigor
bacia hidrográfica do rio Parnaíba. metodológico onde foram levados em consideração
Planalto Uruguaio rio-grandense: abrangendo três elementos:
uma área do extremo-sul do Brasil, este planalto •• Morfoescultura – relativa à ação dos agentes
que está sobre o Escudo cristalino Uruguaio Sul-rio- externos do relevo;
-grandense, tem a presença das “coxilhas” (formas
•• Morfoestrutura – referente à estrutura (provín-
arredondadas em relevo colinoso).
cia) geológica onde o relevo está assentado.

Planícies •• Morfoclimática – que leva em conta a ação


do clima sobre a rocha, e os seus respectivos
Planícies e terras baixas amazônicas: localizada resultados.
entre o planalto Central e o planalto das Guianas, es- Outro elemento metodológico é a estruturação
tando inserida em sua maior parte sobre a bacia sedi- das formas de relevos por táxons:
mentar Amazônica, esta área não pode ser entendida
1.° táxon: relativo à unidade de relevo (planalto,
como se toda ela fosse uma planície. Existem diferentes
planície ou depressão);
cotas altimétricas que permitem-nos afirmar que são
áreas distintas: áreas de várzea (terrenos sedimentares 2.° táxon: relativo à província geológica (válido
recentes junto aos rios, estando permanentemente somente para os planaltos);
inundados), os tesos (terraços fluviais de pequenas 3.° táxon: relativo à localidade.
elevações onde periodicamente há inundação) e a
terra firme ou baixos platôs (terrenos de formação mais
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Brasil – Relevo (classificação de Jurandyr L. S. Ross) 21- Depressão periférica da borda leste da bacia
do Paraná

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22- Depressão periférica Sul-rio-grandense

Planície

23- Planície do rio Amazonas


24- Planície do rio Araguaia
25- Planície e pantanal do rio Guaporé
26- Planície e pantanal Mato-grossense
27- Planície da lagoa dos Patos e Mirim
28- Planície e tabuleiros litorâneos

Planaltos
Áreas de relevo onde a erosão é maior do que a
deposição, podendo estar em diferentes províncias
geológicas. Sendo assim, Ross propõe uma classi-
ficação de planaltos quanto à província geológica
em que tais planaltos estão assentados. Dentro
Planalto desse contexto, os 11 planaltos encontrados estão
1- Planalto da Amazônia Oriental divididos em 4 grandes grupos:
2- Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba Os planaltos em bacias sedimentares – podem
ser delimitados por depressões periféricas. O planal-
3- Planaltos e chapadas da bacia do Paraná to e chapadas da bacia do Parnaíba, o planalto da
4- Planaltos e chapadas do Parecis Amazônia Oriental, o planalto da bacia do Paraná
5- Planaltos residuais Norte-Amazônicos (sendo este coberto por rochas vulcânicas extrusivas
6- Planaltos residuais Sul-Amazônicos – basalto – provenientes de vulcanismos do período
da separação do Gondwana).
7- Planaltos e serra do Atlântico-Leste-Sudoeste
Os planaltos em intrusões e coberturas
8- Planaltos e serra de Goiás-Minas
residuais de plataforma – são formações anti-
9- Serras residuais do Alto-Paraguai gas, mais precisamente da era Pré-Cambriana,
10- Planalto da Borborema possuindo grande parte de sua área coberta por
11- Planalto Sul-rio-grandense terrenos sedimentares. Fazem parte desse grupo:
o planalto e chapada dos Parecis, os planaltos
Depressão residuais Norte-Amazônicos, planaltos residuais
Sul-Amazônicos.
12- Depressão da Amazônia Ocidental Os planaltos em núcleos cristalinos arquea-
13- Depressão marginal Norte-Amazônica dos – também são áreas referentes ao Pré-Cambria-
14- Depressão marginal Sul-Amazônica no, possuindo rochas cristalinas em sua estrutura.
15- Depressão do Araguaia Temos, nesse conjunto, o Planalto da Borborema e
o Planalto Uruguaio Sul-rio-grandense.
16- Depressão Cuiabana
Os planaltos em cinturões orogênicos – sua
17- Depressão do Alto-Paraguai-Guaporé gênese está correlacionada à ação erosiva em su-
18- Depressão do Miranda perfícies dobradas na era Pré-Cambriana. Fazem
19- Depressão Sertaneja e do São Francisco parte desse conjunto: os planaltos e serras do
20- Depressão do Tocantins Atlântico-leste-sudeste (onde encontramos, por
exemplo, as serras do Espinhaço e da Mantiqueira),
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os planaltos e serras do Goiás-Minas, e os planaltos
e serras residuais do Alto-Paraguai.

Planícies 1. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alternativa que


completa corretamente a frase:
Estas áreas, cuja formação se dá por processos
de deposição, sendo, por consequência, altimetrica-
mente baixas. Boa parte das áreas que eram consi-
deradas como planícies nas classificações anteriores,
hoje são entendidas como depressões. No Brasil,
segundo a classificação de Ross, temos 6 unidades
de planícies, podendo estas serem divididas em:
Costeira: que formam boa parte de nosso litoral,
como a planície das lagoa dos Patos e Mirim e as
planícies e tabuleiros litorâneos.
Continentais: situadas no interior do continen-
te. A planície e pantanal do Rio Guaporé, a planície e
pantanal Mato-grossense, a planície do rio Araguaia,
a planície do rio Amazonas (possui uma pequena área
junto ao litoral – incluindo a Ilha de Marajó(PA) são
áreas que fazem parte desse conjunto

Depressões O estratégico reservatório de água subterrânea,


denominado aquífero Guarani, ocorre em áreas de
As depressões, nas classificações anteriores, ________ e se estende __________.
não eram utilizadas para denominar as grandes a) terrenos cristalinos, pelo Brasil, Argentina, Uruguai
unidades de relevo do nosso país. A partir da e Paraguai.
obra de Jurandyr L.S. Ross, temos a presença das b) dobramentos antigos, pelos países do Cone Sul.
depressões para determinar áreas rebaixadas por
processos erosivos, ocorrido principalmente na era c) planícies, pelos países do Cone Sul.
Cenozoica. No Brasil, segundo a proposta de Ross, d) sedimentação, pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Pa-
são identificadas 11 unidades de depressão que raguai.
podemos dividir em:
e) terrenos arqueados, pelo Brasil, Argentina e Uruguai.
Periféricas: nas regiões de contato entre es-
truturas cristalinas e sedimentares. Dentro desse
`` Solução:
contexto, temos a Depressão periférica Sul-rio-
grandense e a Depressão periférica da borda leste Letra D. O Aquífero Guarani, estratégico reserva-
da bacia do Paraná (nestas duas áreas encontramos tório de água para a região, está inserido na bacia
carvão mineral). sedimentar do Paraná, estando presente no Brasil,
Marginais: margeiam a borda de bacias se- Argentina, Uruguai e Paraguai. A formação deste
dimentares estando esculpidas em rochas crista- aquífero está ligada ao arenito Botucatu, um tipo de
linas. A Depressão marginal Norte-Amazônica e a rocha presente na estrutura geológica do planalto
Depressão marginal Sul-Amazônica possuem estas Meridional, ou planalto Arenítico-basáltico. Devemos
características. lembrar que rochas sedimentares são mais porosas
que as demais, permitindo a formação de aquíferos.
Interplanálticas: são áreas mais baixas que os
O Aquífero Guarani, que poderia abastecer sozinho
planaltos adjacentes. Fazem parte desse conjunto:
a população brasileira por 1 500 anos, hoje já sofre
a Depressão do Araguaia-Tocantins, a Depressão
com problemas como a poluição, gerada pela extra-
Sertaneja e do São Francisco, Depressão do Tocan-
ção de forma indevida de suas águas, por meio de
tins, Depressão do Miranda, Depressão Cuiabana,
poços mal construídos que podem levar resíduos da
Depressão do Alto-Paraguai-Guaporé.
superfície para o mesmo.
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2. (Fuvest) O arquipélago de Fernando de Noronha, as 4. (Fuvest) No mapa abaixo, as áreas numeradas de 1 a 4
ilhas de Trindade e Martin Vaz e os rochedos São Pedro representam as unidades geológico-geomorfológicas
e São Paulo são ilhas oceânicas brasileiras. Considerando da Amazônia Ocidental. Relacione tais unidades
que essas ilhas não guardam nenhuma relação com o (de 1 a 4) com as características agrupadas na se-
relevo continental, é correto dizer que sua origem está quência:
vinculada:
a) ao soerguimento de blocos falhados;
b) aos dobramentos terciários;
c) ao vulcanismo submarino;
d) à ascensão do nível do mar;
e) à acumulação de corais.

`` Solução:
Letra C. Nossas ilhas oceânicas são constituídas de
rochas cristalinas, ou seja, por rochas magmáticas,
resultante do resfriamento interno do magma, que
também são chamadas de endógenas. Também há a
presença do arenito nesta área, estando este associa- I. Cadeia montanhosa/rochas ígneas e metamórficas/
do à deposição de sedimentos oriundos das rochas Cordilheira dos Andes.
cristalinas. II. Área cratônica/rochas ígneas e metamórficas/
3. (UFMG) Os planaltos, as depressões e as planícies planalto das Guianas.
constituem as grandes unidades de relevo que carac- III. Bacia intracratônica /sedimentos e rochas sedimen-
terizam o território brasileiro. tares/ planícies e terras baixas da Amazônia.
Com relação a essas unidades, assinale a alternativa IV. Área cratônica/rochas ígneas e metamórficas/
incorreta. planalto Brasileiro.
a) Enquanto os planaltos correspondem às regiões
de altimetria mais elevada, as depressões são Assinale a alternativa correta:
áreas altimetricamente mais rebaixadas.
b) Enquanto o relevo nos planaltos apresenta topo- área 1 área 2 área 3 área 4
grafia plana e uniforme, a topografia nas depres-
a) I III II IV
sões é irregular e acidentada.
c) Enquanto os planaltos e as depressões resultam b) I IV II III
do trabalho de erosão, as planícies correlacio- c) II I IV III
nam-se ao processo de acumulação de sedimen-
tos. d) III II I IV
d) Enquanto os planaltos e as depressões ocupam e) IV II III I
grandes extensões, as planícies ocupam áreas
reduzidas nas margens dos rios, lagos e no li- `` Solução:
toral.
Letra A. Na área 1 temos os dobramentos modernos
`` Solução: andinos, resultante do choque das placas da Sul-
Americana e de Nazca. Na área 2 temos bacias sedi-
Letra B. A topografia nas depressões não pode ser mentares situadas na Amazônia, onde encontramos
tida como irregular, devido aos processos erosivos que sedimentos provenientes do desgaste dos maciços
lhes deram origem, resultando em um aplainamento antigos encontrados nas áreas do Planalto das Guianas
de suas formas. (área 3) e planalto Brasileiro (área 4), ambos formados
por rochas Pré-Cambrianas.
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do Nordeste). Até hoje, as áreas que possuem
maior densidade demográfica são aquelas junto
ao litoral.
b) Planícies e tabuleiros costeiros, planície das lago-
5. Sobre o Ciclo do Ouro ocorrido no Brasil, no século as dos Patos e Mirim, planície do rio Amazonas,
XVII e XVIII: planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste e
Depressão da borda leste da bacia do Paraná.
a) Quais foram os principais motivos que levaram
a Coroa Portuguesa a incentivar a exploração
deste mineral, o ouro, no Brasil?
b) Em quais atuais Estados brasileiros estavam si-
tuadas as principais jazidas de ouro da época?
1. (FZL-SP) O relevo brasileiro:
c) Em qual tipo de rocha temos associado o ouro nes-
se local? Qual a datação geológica dessa rocha? a) transformou-se profundamente sob a ação dos mo-
vimentos orogenéticos modernos;
`` Solução: b) apresenta uma estrutura geológica exclusiva de
a) A descoberta de ouro de aluvião junto às Ser- escudos;
ras do Atlântico permitiu ao governo português c) foi afetado por inúmeras transgressões e regressões
ter posse de uma área que lhe provesse me- marinhas;
tais preciosos, assim como a Espanha (que ti-
nha conseguido reservas minerais na América d) apresenta predominantemente altitudes baixas,
espanhola). Isto significou uma oxigenação nas pois sua estrutura geológica é recente;
finanças portuguesas que estavam arruinadas e) apresenta uma estrutura geológica antiga e des-
com o fim da União Ibérica, já que essa união gastada, com predominio de planaltos.
criou problemas diplomáticos com a Inglaterra
e a Holanda. 2. (Mackenzie) Sobre a estrutura geológica do território
brasileiro, é incorreto afirmar que:
b) Minas Gerais e Goiás.
a) o território brasileiro não foi marcado por dobra-
c) O ouro está associado a rochas cristalinas, en- mentos recentes;
contradas em escudos cristalinos do período
proterozoico, entre 2,5 bilhões a 590 milhões b) as bacias sedimentares são de origem paleozoica,
de anos atrás. mesozoica e cenozoica;

6. As áreas costeiras do Brasil atualmente enfrentam c) os escudos cristalinos que afloram no território bra-
diversos problemas ambientais. Podemos afirmar sileiro são de origem Pré-Cambriana;
que alguns dos problemas estão diretamente rela- d) na história geológica do país não há notícia de vul-
cionados a fatores históricos. canismo nas nossas formações;
a) Utilizando-se da história do Brasil, o que poderia ser e) as transgressões marinhas marcaram nosso territó-
apontado como um problema nas áreas costeiras? rio durante a Era Mesozoica.
b) Utilizando-se da classificação de relevo de Ju- 3. (Fuvest) No Brasil, as concentrações minerais localizadas
randyr L. S. Ross que unidades de relevo en- no Quadrilátero Ferrífero e em Carajás formaram-se na
contramos na costa brasileira? era geológica:

`` Solução: a) Pré-Cambriana;

a) As áreas da costa brasileira são aquelas que b) Paleozoica;


primeiro foram ocupadas pelos colonizadores c) Mesozoica;
(portugueses principalmente, embora tenha-
mos franceses e holandeses ocupando áreas d) Cenozoica;
e) Quaternária.
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4. (Fuvest) Nos mapas 1, 2 e 3 as áreas assinaladas em azul- b) Rochas sedimentares formadas no fundo de anti-
escuro correspondem respectivamente, às rochas: gos lagos glaciais, existentes na era Paleozoica.
c) Rochas ígneas formadas em climas muito frios, com
invernos rigorosos, quando os glaciares deixaram
suas marcas no contato com as rochas sedimentares.
d) Rochas ígneas vulcânicas que sob a ação do intem-
perismo deram origem a solos naturalmente férteis
na Depressão periférica Paulista.
e) Rochas que se metamorfizaram, tornando-se bas-
tante resistentes e que deram origem aos vários
a) sedimentares, cristalinas e vulcânicas; tipos de mármores na região de Itu.
b) cristalinas, sedimentares e vulcânicas; 8. (Mackenzie) Sobre os movimentos terciários no relevo
brasileiro, é correto afirmar que:
c) vulcânicas, metamórficas e sedimentares;
a) não há marcas de seus efeitos, pois as nossas ter-
d) sedimentares, metamórficas e cristalinas;
ras são muito antigas;
e) magmáticas, metamórficas e vulcânicas.
b) aparecem representados nas grandes altitudes do
5. (UECE) Aponte a característica que melhor identifica o Escudo Guiano, no extremo norte do país;
relevo brasileiro:
c) nossas formações do Brasil Central e Sul datam
a) apresenta predomínio de grandes altitudes, consi- deste período;
derando possuir o território altitudes superiores a
d) as formas de relevo, que se situam na Amazônia
1 000m;
meridional, foram formadas neste período;
b) apresenta dobramentos modernos e está sujeito a
e) seus efeitos são responsáveis pela formação do re-
movimentos tectônicos;
levo do leste do Brasil.
c) apresenta pequena variedade de formas, predomi-
9. (UECE) O conjunto de rochas que ocorre com maior
nando os maciços residuais;
frequência nas regiões brasileiras é:
d) possui uma estrutura geológica velha, bastante ero-
a) granito, basalto e calcário;
dida, portanto de altitudes modestas.
b) gnaisse, areia e granito;
6. (UECE) Tratando-se da estrutura geológica do Brasil,
todas as afirmações a seguir são verdadeiras, exceto: c) micaxisto, gnaisse e argila;
a) as grandes estruturas do país são formadas por es- d) arenito, siltito e argilito.
cudos cristalinos e por bacias sedimentares; 10. (UFF) A seguir são apresentados os mapas com as
b) a parte central da Amazônia é formada por rochas divisões do relevo brasileiro, segundo Jurandyr L. S.
metamórficas que compõem uma extensa bacia Ross e Aziz N. Ab’Saber. Comparando-os, assinale a
sedimentar; opção verdadeira.
c) recursos naturais como petróleo, gás natural e car-
vão mineral ocorrem nos escudos cristalinos;
d) as grandes reservas de águas subterrâneas se lo-
calizam em rochas porosas das bacias e coberturas
sedimentares.
7. (FGV) Há pouco tempo foi inaugurado em Itu-SP o
Parque do Varvito para mostrar um pouco da história
geológica do local.
Assinale a alternativa que apresenta a natureza e a
origem dessa rocha.
a) Rochas sedimentares arenosas formadas em du-
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nas que se depositaram pelo trabalho dos ventos a) O mapa de Aziz N. Ab’Saber introduziu o conceito
em períodos de climas pretéritos mais secos da era geomorfológico de depressão.
Mesozoica.
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b) O planalto Central passou a ser apresentado no entender porque a classificação do relevo ou modelado
mapa de Jurandyr L. S. Ross dividido em 12 unida- brasileiro pode ser realizada segundo metodologias
des morfológicas distintas. diversas. Os mapas acima demonstram tal fato. A esse
respeito, é correto afirmar que o mapa:
c) A área ocupada pela planície Amazônica aparece
aumentada no mapa de Jurandyr L. S. Ross. a) I prioriza dados geológicos;

d) A planície do Pantanal desaparece no mapa de Ju- b) II leva em consideração, com o mesmo peso, dados
randyr L. S. Ross. geológicos e climáticos;

e) As serras e planaltos do Leste e Sudeste aparecem c) I e o II priorizam dados climáticos;


no mapa de Jurandyr L. S. Ross cortados por gran- d) I leva em consideração, com o mesmo peso, dados
des planícies. geológicos e altimétricos;
11. (OSEC-SP) Em relação ao relevo brasileiro pode-se e) II prioriza geologia e altimetria.
afirmar que:
13. (Fuvest) A propósito das grandes planícies e terras bai-
I. a atividade dos agentes de erosão, ao longo da his- xas brasileiras, e de sua distribuição geográfica pode-se
tória geológica do Brasil, é um dos fatores respon- afirmar que elas:
sáveis pelas altitudes baixas do seu relevo;
a) predominam em área com relação aos planaltos e a
II. as terras baixas brasileiras abrangem apenas 0,5% mais contínua é a planície litorânea;
do seu território e correspondem às planícies;
b) ocupam extensões menores do que os planaltos,
III. 58,5% do território brasileiro corresponde as terras apesar de sua grande expressão na Amazônia;
cujas altitudes se encontram entre 200 e 1 200m;
c) equivalem em área aos planaltos, com a planície
IV. 37% do território brasileiro é composto por terras Amazônica representando metade de sua extensão;
com altitudes superiores a 1 200m.
d) integram um sistema único e contínuo de depósitos
Das afirmativas anteriores, estão corretas: sedimentares quaternários;
a) I e II.
e) correspondem geologicamente a bacias sedimen-
b) III e IV. tares antigas.
c) II e IV. 14. (UFSM) Observe e compare os mapas:
d) I e IV.
e) I e III.
12. (Fuvest)

I– II –

As formas da superfície terrestre e sua dinâmica podem


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ser compreendidas se considerarmos os inúmeros


fatores exógenos (esculturais) e fatores endógenos
(estruturais) que as definem. A partir disso, é possível
11
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Considerando os mapas das áreas de riscos de erosão e
do relevo brasileiro, pode-se inferir que as áreas de:
a) fracos riscos de erosão correspondem aos relevos
de planícies, como ocorre nas regiões do rio Ama-
zonas e do Pantanal Mato-grossense;
b) riscos de erosão forte a muito forte abrangem a
maior parte dos planaltos e chapadas da bacia do
Paraná;
c) riscos moderados a fortes correspondem exclusi-
vamente às depressões, como a Depressão Sul-
Amazônica;
d) riscos de erosão de fraco a moderado restrigem-se a) Centro-Oeste, quente e úmido, a água, mares de
às depressões e planícies, como ocorre na maior morro.
parte da região Norte-Amazônica e no Pantanal
Mato-grossense, respectivamente; b) Centro-Oeste, quente e seco, o vento, cerrado.

e) riscos de erosão extremamente fortes correspondem c) Sudeste, quente e úmido, a água, mares de morro.
à Serra do Espinhaço, que pertence ao comparti- d) Sudeste, quente e seco, o vento, pães-de-açúcar.
mento dos planaltos e serras do Leste-Sudeste.
e) Sudeste, quente e úmido, a água cerrado.
15. (UFRGS) Quanto à estrutura geológica do Brasil, po-
demos afirmar que: 17. (Mackenzie) Predomínio de rochas vulcânicas, ocorrên-
cia de derrame de lavas no período mesozoico e intenso
I. as formações geológicas cristalinas, consolidadas intemperismo que resultou na formação da terra roxa,
ao longo do Pré-Cambriano, possuem importantes são características que marcam o:
reservas de minerais metálicos;
a) norte da Amazônia;
II. os derrames vulcânicos ocorridos na Era Mesozoi-
ca, no Sul e Sudeste do país, acabaram por origi- b) planalto Nordestino;
nar solos de alta fertilidade conhecidas como terra c) vale do São Francisco;
roxa;
d) planalto Meridional;
III. as bacias sedimentares, formadas na Era Cenozoi-
e) litoral Oriental.
ca, apresentam grandes reservas minerais de man-
ganês e estanho. 18. (UFMG) Sobre a divisão do relevo brasileiro, sistemati-
zada a partir de levantamentos realizados pelo Projeto
É(São) verdadeira(s) a(s) afirmativa(s):
RadamBrasil.
a) I apenas.
Todas as alternativas apresentam alterações introduzidas
b) I e II apenas. por essa divisão, exceto:
c) I e III apenas. a) ampliação do número de unidades do relevo;
d) II e III apenas. b) aumento na extensão das áreas de planície;
e) I, II e III. c) diminuição da extensão de algumas áreas de planalto;
16. (UFRGS) A figura abaixo mostra aspectos morfológi- d) introdução das depressões como unidades de relevo.
cos em rochas cristalinas nas quais se observa intensa
mamelonização topográfica. Esse tipo de relevo é
característico de setores da região _____________ do
Brasil. O clima predominante é ___________, sendo
___________ o principal agente modelador, de modo
que o relevo adquire formas arredondadas. E o domínio 1. (PUCRS) Quanto à evolução geológica da Terra, é
morfoclimático conhecido por _____________ correto afirmar que:
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12
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a) a formação geológica dos planaltos e chapadas da 4. (FURG) Ocupando grande parte da plataforma estável
bacia do Paraná apresenta basaltos resultantes e an- sul-americana, o Brasil era considerado um país as-
tigos derrames que ocorreram também na África; sísmico, devido à ausência de sismos destrutivos. No
entanto, o monitoramento sismológico contínuo tem
b) tanto o continente africano como o estado do Rio
demonstrado que esse tipo de fenômeno é frequente,
Grande do Sul configuram em seu relevo a presen-
hajam visto os 1 208 tremores registrados em Caruaru
ça de falésias no Litoral Atlântico, formadas por ro-
entre julho e setembro de 2002, cuja intensidade média
chas metamórficas e cristalinas;
foi de 3,5 graus na escala Richter. Sobre esse fenômeno
c) a teoria que se contrapõe à citada no texto acima é correto afirmar que:
chama-se Tectônica de Placas, e explica a presença
a) a margem continental do litoral nordestino é do tipo
de montanhas na Terra, oriundas do enrugamento
ativa e desencadeia esse tipo de fenômeno geológico;
da crosta;
b) o mesmo está restrito às áreas cársticas devido a
d) o solo do tipo massapê, encontrado no estado de São
desabamentos subterrâneos;
Paulo, é consequência do intemperismo de rochas
do tipo basalto que surgem de processos vulcânicos c) ele ocorre principalmente ao longo de falhas geoló-
existentes durante a separação dos continentes; gicas ativas existentes no território brasileiro;
e) a Cordilheira dos Andes, localizada na borda orien- d) os terrenos sedimentares cenozoicos estão em pro-
tal da América do Sul, sofre constantes eventos cesso de acomodação, gerando abalos sísmicos;
tectônicos devido à pressão do continente africano
e) os movimentos eustáticos geram sismos de fraca e
sobre suas placas de formação.
média intensidade nessa área.
2. (Elite) Sobre o aquífero Guarani considere as seguintes
5. (Unirio) Estrutura geológica são diferentes tipos de rochas
afirmativas:
(e minerais) que compõem a litosfera. A respeito da estru-
I. a reserva estende-se por quatro países da América tura geológica do Brasil, é incorreto afirmar que:
do Sul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
a) o território brasileiro é formado fundamentalmente
II. essa é a maior reserva de água subterrânea da por duas estruturas geológicas: os maciços antigos
América do Sul, e uma das maiores do mundo. e as bacias sedimentares;
III. as águas do Aquífero não estão sujeitas a conta- b) a base estrutural do nosso território é de natureza
minação. cristalina, portanto muito antiga e rígida;
IV. a área do aquífero está situada na bacia sedimentar c) os afloramentos superficiais do embasamento cris-
do Paraná. talino só representam cerca de 36% do total da su-
perfície do país, ao passo que as áreas sedimentares
V. o volume de água é muito grande, mas sua explo-
representam em torno de 64%;
ração é inviável economicamente para o abasteci-
mento público e empresarial. d) os terrenos formados na era proterozoica são de
grande importância, porque geralmente aparecem
Estão corretas as afirmativas:
associados às jazidas de minerais metálicos;
a) I, II e IV.
e) as bacias sedimentares apresentam camadas dis-
b) I, III e V. postas horizontalmente ou quase horizontalmente,
c) II, IV e V. o que evidencia a atuação de agentes internos.
d) I, IV e V. 6. (UECE) Sobre a origem da Terra e as bases geológicas
do território brasileiro, é correto afirmar:
e) II, III e IV.
a) a Era Cenozoica caracteriza-se pelo aparecimento
3. (CN) Qual a formação orográfica brasileira, onde, em do homem, enquanto os escudos são datados da
função das condições climáticas, melhor identificamos o era Pré-Cambriana;
fenômeno de “pediplanização” do modelado terrestre?
b) a Era Mesozoica registrou o aparecimento da vida
a) Serra Geral. nos oceanos, enquanto as cadeias de montanhas
b) Planalto Central. aparecem na Era Arquezoica;
c) Maciço Nordestino. c) a Era Azoica não registra vida alguma e as rochas
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magmáticas são da Era Paleozoica;


d) Planalto Meridional.
d) a Era Cenozoica registra vida recente, enquanto a
e) Baixo Platô Amazônico. extinção dos grandes répteis ocorre na quaternária.
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7. (Mackenzie)
Assinale a alternativa que substitui corretamente A e
B no quadro referente à geomorfologia do território
brasileiro.

ERA EVENTO
GEOLÓGICA
Cenozoico A
B Formação dos escudos
cristalinos
a) Sedimentação do Pantanal - Pré-Cambriana.
b) Formação da “serra” do Mar - Mesozoica.
c) Formação da bacia sedimentar Paranaica - Paleo-
zoica. O relevo do Brasil
d) Derrames basálticos - Cenozoica. Segundo o Prof. Aziz Nacib Ab’Saber
e) Formação de jazidas de carvão - Proterozoica. 1 Planalto das Guianas
8. (UEL) Observe a figura abaixo: 2 Planícies e terras baixas Amazônicas
3 Planalto do Maranhão-Piauí
IESDE Brasil S.A.

4 Planalto Nordestino
5 Planalto Central
6 Serras e planaltos do Leste e Sudeste
7 Planalto Meridional
8 Planície do Pantanal
9 Planalto UruguaioRio-grandense
10 Planícies e terras baixas Costeiras
Com base na análise da figura, tem-se como alternativa
Aspecto de Vila Velha verdadeira:
Ponta Grossa (PR) a) todos os compartimentos de relevos são de origem
sedimentar;
As formas encontradas em Vila Velha resultam:
a) de processos erosivos em áreas de rochas sedi- b) as planícies e terras baixas Amazônicas correspon-
mentares; dem, geologicamente, à área da bacia sedimentar
amazônica;
b) de processos erosivos em áreas de rochas cristalinas;
c) o planalto Meridional apresenta, exclusivamente,
c) da sedimentação resultante da ação de pequenos rios; rochas do embasamento cristalino;
d) da sedimentação provocada pelo vento em área de d) o planalto Nordestino não tem superfícies rebaixa-
vegetação rasteira; das e pediplanadas;
e) do soerguimento tectônico de blocos cristalinos. e) o autor utilizou a altitude como o fator de diferen-
9. (UECE) O mapa apresenta um esboço do relevo brasi- ciação das unidades.
leiro, de acordo com o Prof. Aziz Nacib Ab’Saber. 10. (UEPG) Assinale a afirmação incorreta sobre a forma-
ção do relevo no Brasil:
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a) a Borborema e a Ibiapaba ou Serra Grande são 13. (UFRGS) O planalto da Borborema, localizado na par-
importantes feições planálticas do relevo da região te oriental da região Nordeste do Brasil, e o planalto
Nordeste do Brasil. Sul-Rio-grandense são unidades do relevo brasileiro
identificadas como sendo planaltos em:
b) o planalto Meridional Brasileiro é formado por duas
regiões distintas: a sedimentar e a vulcânica, cons- a) cinturões orogênicos;
tituída por formações arenito-basálticas, e a Serra
b) instrusões e coberturas residuais de plataforma;
do Mar, modelada em rochas do complexo crista-
lino brasileiro. c) bacias sedimentares;
c) a planície Amazônica é apenas uma fração do rele- d) núcleos orogênicos de plataforma;
vo da Amazônia.
e) núcleos cristalinos arqueanos.
d) as serras do Mar e de Paranapiacaba fazem parte
14. (Fuvest) Este perfil a seguir representa as formas de
dos maciços Pré-Cambrianos do sudeste brasileiro.
relevo e a cobertura vegetal primitiva que seriam vistas
e) a Chapada Diamantina em território baiano, forma num trajeto, em linha reta, entre as cidades brasileiras
o divisor de águas dos rios que correm diretamente A e B. Elas são, respectivamente,
para o Oceano Atlântico e os rio afluentes do Rio
São Francisco pela margem direita.
11. (E.F.O. Alfenas-MG) Assinale a alternativa que contém a
denominação correta da unidade de relevo que domina a
porção central do estado de Minas Gerais. Essa unidade
contém grande concentração de riquezas minerais e
serve de divisor de águas entre a bacia do São Francisco,
a Oeste, e as bacias do Jequitinhonha e Doce, a Leste.
a) Serra da Canastra.
b) Serra da Mantiqueira.
c) Serra do Jibão.
a) Florianópolis e Cuiabá.
d) Chapada dos Gerais.
b) Campos do Jordão e Cuiabá.
e) Serra do Espinhaço.
c) Curitiba e Campo Grande.
12. (UFRGS) Sobre as grandes unidades morfológicas
brasileiras são feitas as seguintes afirmações: d) Campos do Jordão e Corumbá.

I. O planalto Meridional é constituído por um conjun- e) Curitiba e Corumbá.


to de planaltos sedimentares a vulcânicos, rodea- 15. (Mackenzie) Um dos níveis das terras baixas amazônicas
dos por depressões periféricas; é a várzea, que é considerada:
II. O planalto das Guianas abrange os estados do a) a terra mais elevada, com constituição arenosa e
Amazonas, Roraima, Pará e Amapá; inundada eventualmente.
III. O planalto Central, esculpido em terrenos cristalino b) o terraço fluvial mais característico da bacia com
e sedimentar, caracteriza-se pela presença de cha- altitude inferior a cinco metros.
padas, cuestas e mares de morros.
c) a planície verdadeira, com terrenos quaternários,
a) Apenas I. sujeita a inundações.
b) Apenas III. d) uma área pantanosa, com vegetação halófila e
c) Apenas I e II. constituída de terras cristalinas.

d) Apenas II e III. e) um baixo platô terciário, nunca inundado, com ve-


getação rasteira.
e) I, II e III.
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16. (PUC-Campinas) Considere os mapas da Região Norte a) pela pequena altitude e por terem sido formadas
apresentados a seguir com sedimentação fluvial ou marinha da era Meso-
zoica, apresentando solos de grande fertilidade.
b) como áreas planas resultantes de sedimentação
recente e que apresentam, a exemplo da planície
amazônica, rios potencialmente viáveis para a cons-
trução de hidrovias.
c) pela sua formação em áreas de contato entre pla-
naltos e depressões cristalinas, apresentando rios
encachoeirados e de grande potencial hidráulico.
d) como áreas antigas de relevo residual e, à exce-
ção da estreita faixa litorânea, se apresentam muito
pouco ocupadas.
e) pela formação geológica cristalina que tende a ser tra-
Como pode-se observar, a extensão da planície balhada e homogeneizada pelo trabalho de agentes
amazônica é diferente para os dois geógrafos. Essas externos, como a água e as variações de temperatura.
interpretações estão associadas a critérios diferentes.
São eles:
a) Aroldo de Azevedo - altitude de 0 a 100m; Jurandyr
Ross - altitude de 0 a 200m.
b) Aroldo de Azevedo - altitude de 0 a 200m; Jurandyr
Ross - processo de formação sedimentar. 18. O Brasil possui 64% do seu território em bacias
c) Aroldo de Azevedo - estrutura geológica cristalina; sedimentares e 36% em escudos cristalinos, não
Jurandyr Ross - sucessão de processos erosivos. possuindo, portanto, dobramentos modernos.
d) Aroldo de Azevedo - estrutura geológica
17. (PUC-Campinas) Segundo a classificação do relevo elabo-
rada por Jurandyr Ross, as planícies brasileiras estão res-
tritas a pequenas porções do território conforme pode-se
observar no mapa (adaptado) apresentado a seguir

a) Se o diâmetro do gráfico corresponde a 10cm,


qual é a área do setor correspondente aos es-
cudos cristalinos no mesmo?
b) O fato de não possuir dobramentos modernos
faz com que nosso território não tenha que tipo
de formas de relevo?

Sobre essas planícies é correto afirmar que se carac-


EM_V_GEO_003

terizam

16
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16. C
17. D
18. B
1. E
2. D
3. A
4. A
1. A
5. D
2. A
6. B
3. C
7. B
4. C
8. D
5. E
9. A
6. A
10. B
7. A
11. E
8. A
12. E
9. B
13. B
10. B
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14. E
11. E
15. B
12. C
17
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13. E
14. E
15. E
16. C
17. B
18.
a) Primeiro calcula-se a área do gráfico:
A = πr2 = 25 πcm2
Em seguida, através de uma regra de três simples,
calcula-se a área do setor dos escudos cristalinos:
25π = 100%
X = 36%
Portanto, o setor dos escudos no gráfico tem área
de 9πcm2 .
b) Esse fato faz com que no Brasil não existam gran-
des cadeias montanhosas.

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Os solos
brasileiros
Solos da caatinga
Os solos da caatinga são frágeis e rasos, sendo
fruto basicamente da ação do intemperismo físico
(típico de áreas secas) sobre as rochas, dando a
característica de solos pedregosos - litossolos, ou
Os tipos de solo no Brasil seja, pouco férteis.

O Brasil, por ser um país muito extenso e com


uma grande variedade de climas, relevos e forma-
Massapê
ções fitogeográficas, permite uma diferenciação Encontrado sobre a Zona da Mata nordestina,
de tipos característicos de solo de acordo com a este solo de característica argilosa possui grande
região de origem. Por estarmos na zona tropical, fertilidade, permitindo até hoje o plantio de cana-de-
em nosso país predominam os latossolos (solos açúcar nessa região, mesmo sendo esta cultura feita
profundos), resultado da ação do intemperismo de forma rudimentar, com técnicas que poderiam
químico. Nossos solos possuem grande quanti- levar facilmente a um esgotamento do solo.
dade de ferro. Entretanto, nas áreas de grande
declividade ou nas áreas do semiárido encontra-
mos solos litólicos. Solos do cerrado
Os solos no cerrado possuem, na maior parte
Solos da Amazônia das áreas, a característica de serem lateríticos (solo
rico em óxido de ferro), proveniente do intemperismo
Em geral, os solos da Amazônia possuem a químico de rochas cristalinas e sedimentares. Estes
característica de serem arenosos, já que estão solos possuem o pH baixo, o que lhes dá caracterís-
concebidos em uma área de deposição, a bacia tica de solo ácido.
sedimentar amazônica. Os solos na Amazônia são
frágeis. Tal fato nos permite afirmar que a susten-
tação dessa região é somente feita por processos Terra roxa
de acumulação de resíduos orgânicos gerados
pela própria floresta. Tais resíduos orgânicos É resultante do intemperismo químico sobre
(folhas, raízes, frutos etc.), quando acumulados, rochas basálticas do planalto Meridional (rochas
geram húmus, elemento que dá fertilidade a este básicas, possuem de 45% a 52% de sílica). Possui
solo. Por este motivo, as tentativas de plantio na grande fertilidade, sendo atribuído a este solo o fato
Amazônia têm obtido pouco sucesso, já que aqui- da cultura de café ter se adaptado bem ao Brasil.
lo que garante a fertilidade ao solo, a floresta, é Também é chamado de latossolo roxo. Ocorre no
devastada para tal fim. estado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Por ser profundo, facilita o enraiza-
Vale lembrar que os solos férteis são encon-
mento das plantas.
trados nas áreas de várzea dos rios.
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Brunizens Brasil – potencialidade agrícola dos solos

IESDE Brasil S.A.


Ocorre, principalmente, nas áreas da campanha
gaúcha, onde encontramos solos que são o resulta-
do do intemperismo químico atuando sobre rochas
ígneas básicas, metamórficas e sedimentares. São
solos frágeis, possuindo horizonte orgânico muito
pequeno devido à vegetação rasteira (gramíneas)
típica da região.

A degradação do solo no
Brasil
O uso intensivo do solo tem levado a uma
série de problemas. Fatores como a erosão, aci-
dificação, contaminação por metais pesados,
diminuição de nutrientes minerais e orgânicos,
laterização e a queimada, têm levado à degrada-
ção dos solos brasileiros.

Erosão de solos Acidificação dos solos


O Brasil possui solos ácidos. Porém, estes solos
O avanço da fronteira agropecuária e mineral
têm sofrido em algumas áreas com o aumento da
na Amazônia, nos últimos 30 anos, com vastas áreas
acidez (a diminuição do pH), que é gerada pelo uso
de floresta sendo derrubadas, muitas vezes pelas
de fertilizantes que contêm uréia ou amônia. Nas
queimadas, tem resultado em processos erosivos
áreas de agricultura moderna é que encontramos a
nos solos da região.
acidificação do solo gerada por tais fatores.
Em Minas Gerais, a perda de solo chega a ser
Nas áreas industriais, os poluentes jogados na
de 68 milhões de toneladas ao ano.
atmosfera têm levado a chuvas ácidas que provocam
No Rio Grande do Sul, na área da campanha, a acidificação dos solos nas áreas próximas.
temos acelerado o processo de arenização, que é
Para a correção da acidez é utilizada a técnica
provocado pela erosão pluvial, devido ao aumento
da calagem, adicionando calcário ao solo.
de gado bovino por hectare, que leva à formação de
sulcos, e dá lugar a ravinas e à voçoroca, quando do
seu estágio mais avançado. Contaminação do solo por
O plantio com máquinas (tratores e colheita-
deiras), com a aragem do solo, gera o escoamento
metais pesados
superficial deste e, consequentemente, a perda
A atividade mineradora, como o garimpo do
de seus nutrientes. O avanço da agropecuária
ouro, além de levar altos índices de mercúrio para as
no Centro-Oeste tem levado esta região a tais
águas, contamina os solos. Este metal, quando junto
processos erosivos.
ao solo, causa danos à saúde humana. Nas áreas
Nas encostas, a ocupação desordenada, sem mineradoras do centro-norte do país encontramos
os devidos cuidados tem levado, com o escoamento este tipo de situação.
da água das chuvas, a movimentos de massa, que
Já nas áreas industriais do Brasil, ocorrem os
assolam a população de baixa renda, por meio dos
resíduos industriais, como o estanho, o cobre, o
soterramentos de áreas.
chumbo etc. São metais pesados que, lançados nos
rios, geram a contaminação dos solos.
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Diminuição de nutrientes
minerais e orgânicos
A perda de nutrientes minerais e orgânicos 1. (UFMG) Analise os perfis de solo característicos de
do solo está geralmente associada a áreas onde alguns domínios morfoclimáticos brasileiros.
podem ocorrer processo de lixiviação, ou seja, áreas A partir da análise dos perfis A, B e C, é possível
chuvosas. Em áreas como a Amazônia, temos esta afirmar que esses representam, respectivamente,
dinâmica ocorrente. configurações dos solos desenvolvidos nos domínios
Para evitar a perda de nutrientes são usadas morfoclimáticos:
diversas técnicas, como a adubação, plantio em terra- Perfil A Perfil B Perfil C
ços, plantio em curvas de nível, plantio direto etc. 0m -
+
++ +
+++

Profundidade (metros)
Laterização + ++
+ ++
+++
Pode acontecer de forma natural ou resultar de + ++
ações antrópicas. Em áreas de clima tropical típico ++
(uma estação seca e outra chuvosa), como o nosso +++
++ + +
+ +++
cerrado, temos a concreção laterítica, ou seja, for- ++++
+ ++
++
30m - +++ +
mação de uma rocha ferruginosa chamada laterito
(também conhecida como canga e como pedra-pará). Matéria orgânica
Na época das chuvas, há a lixiviação do silício e do Rocha alterada
óxido de magnésio. Por serem estas substâncias mais ++++
++ Rocha não-alterada
solúveis, ficam no solo aquelas de menor solubilida-
de como o ferro e/ou o alumínio. Na época de seca, a) amazônico, da caatinga e do cerrado;
os hidróxidos de ferro e de alumínio migram para a
superfície, formando o laterito, no caso do ferro, e, b) amazônico, do cerrado e da caatinga;
no caso do alumínio, a bauxita. c) da caatinga, do cerrado e amazônico;
Além do cerrado, temos o processo de lateriza-
d) do cerrado, da caatinga e amazônico.
ção no Amapá, junto à Serra do Navio, no litoral da
Paraíba, na Floresta Amazônica, e em outras áreas
`` Solução: A
de clima tropical típico.
Este processo leva à morte do solo para a Os solos da Amazônia são essencialmente orgânicos, de-
agricultura, pois não permite o desenvolvimento de vido ao aporte gerado pela floresta. Os solos da caatinga
plantas. É um processo que pode ser acelerado pela são extremamente rasos, devido ao clima seco da região,
exposição do solo a queimadas, por exemplo. e os solos do cerrado não são muito profundos devido à
convivência com períodos de estiagem.

Queimadas 2. (UFPI) Em diversas regiões brasileiras, os processos de


erosão dos solos têm-se acelerado nas últimas décadas.
A queimada, técnica agrícola arcaica para Dentre os diversos fatores que podem desencadear
limpar áreas para plantio ou renovação do pasto, esses fenômenos, é correto destacar:
também leva ao esgotamento do solo. Destrói os a) os abalos sísmicos de pequenas e médias intensi-
micro-organismos do solo, que são os responsáveis dades que geram expressivos escorregamentos de
pela transformação da matéria orgânica em húmus terras;
e pela produção de sais minerais. O resíduo sólido
das queimadas, as cinzas, contém o carbonato de b) a ação da deriva continental com o deslocamento
potássio, que neutraliza a acidez do solo. No entanto, de placas tectônicas, evidenciando alterações cli-
a lixiviação é provocada pela exposição do solo que máticas;
transporta também a cinza e empobrece-o. É muito c) as mudanças nos regimes de cursos de água resul-
comum nas áreas de agricultura itinerante ou de roça. tantes da intensificação de secas e cheias;
Também é uma técnica aplicada para troca de pasto
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nas áreas de pecuária, no Rio Grande do Sul.

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d) as formas inadequadas de uso e manejo da terra,
aliadas aos desmatamentos indiscriminados;
e) as ocorrências naturais de secas periódicas asso-
ciadas ao manejo adequado da terra.

`` Solução: D 4. Durante o Período Colonial, o plantio da cana-de-


açúcar foi uma das estratégias de ocupação do
Como o Brasil não sofre com problemas relativos a aba- território brasileiro, além de dar significado econô-
los sísmicos de grande amplitude, devido à sua posição mico ao mesmo. A cana foi plantada junto ao litoral
central na placa sul-americana, consequentemente, está nordestino e teve boa adaptação devido ao solo fértil
no mau uso do solo a aceleração de processos erosivos da região. Com o aproveitamento cada vez maior
em várias regiões do país. deste solo houve a interiorização de outra atividade
3. (UFU-MG) A queimada, prática agrícola já adotada econômica.
pelos indígenas, sob o título de coivara, ainda hoje é a) Que solo era esse?
utilizada em larga escala nos países tropicais, com o
objetivo de eliminar a vegetação indesejável para a b) Que atividade econômica se interiorizou devido
implantação de lavouras e pastagens. ao plantio da cana e qual foi o seu papel na ocu-
pação do território?
Em relação à prática das queimadas que atingem os
ecossistemas tropicais, é incorreto afirmar que: `` Solução:
a) a fumaça produzida pelas queimadas pode pro-
a) Massapê – solo argiloso e extremante fértil.
vocar acidentes de tráfego aéreo, naval e rodo-
viário, pois contribui sensivelmente para redu- b) A pecuária se interiorizou devido à ocupação
ção da visibilidade; quase que total da Zona da Mata nordestina pela
cana-de-açúcar. Esta interiorização ocupou a área
b) a queimada é uma prática útil à conservação
do Sertão Nordestino.
da estrutura dos solos, pois este fica exposto à
ação dos raios solares;
c) os componentes da fumaça produzida pelas
queimadas provocam distúrbios das vias res-
piratórias, aumentando o número de pacientes
nos hospitais, principalmente crianças;
1. (UFF) A prática do garimpo polui as águas pluviais e,
d) a fumaça produzida pelas queimadas contém ga- algumas vezes, é responsável pela destruição de matas
ses que intensificam o efeito estufa na atmosfera; ciliares que cobrem as margens dos rios, provocando
e) as queimadas destroem, indistintamente, um mudanças ambientais, como ilustra a figura a seguir.
rico e desconhecido patrimônio genético, re-
presentado pela biodiversidade dos ecossiste-
mas tropicais.

`` Solução: B
As queimadas, por exporem o solo deixando-o sujeito
à lixiviação, possibilitando uma consequente lateriza-
ção do solo, é uma das técnicas que mais facilmente
pode causar o esgotamento do solo.
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Acerca das alterações ambientais identificadas na 3. (UEL) Os solos amazônicos, nos quais está sustentada
situação II, conclui-se que: a densa floresta equatorial úmida, podem ser caracte-
a) A redução do escoamento das águas superficiais rizados pela:
interfere no volume hídrico das descargas fluviais e a) grande profundidade, permitindo a sustentação pro-
aumenta a sedimentação dos rios; longada da vegetação nativa e das culturas que a
b) A desproteção do solo nas margens facilita os pro- substituem;
cessos erosivos que alteram o lençol freático e pro- b) grande fertilidade, relacionada aos nutrientes origi-
movem o assoreamento dos rios; nários dos sedimentos trazidos pelos rios;
c) A exposição das margens dos rios à erosão reduz c) grande fragilidade, relacionada a sua pouca espes-
a ocorrência de enchentes, pois, facilita o fluxo das sura e dependência da camada de material orgâni-
águas pluviais; co proveniente de plantas;
d) A ampliação dos depósitos sedimentares decorren- d) baixa acidez, facilitando a adaptação de projetos
te da erosão favorece a vida biológica e permite a de reflorestamento à medida que certas áreas vão
intensificação do transporte fluvial; sendo devastadas;
e) A erosão nas margens dos rios facilita o escoamen- e) baixa produtividade, gerando espécies nativas pou-
to das águas pluviais, provoca maior assoreamento co aproveitáveis comercialmente, bem como a rota-
e amplia os lençóis freáticos. tividade de outros cultivos.
2. (FATEC) O mapa representa dois graves problemas 4. (Mackenzie) Na era Mesozoica o Brasil sofreu intenso
ambientais no Brasil. Identifique-os sequencialmente: derrame de lavas vulcânicas, especialmente no Sul. A
intemperização dessas rochas deu origem:
Ministério do Meio Ambiente, 1995.

a) a um acúmulo de detritos orgânicos responsável


pela formação do carvão mineral;
b) aos depósitos de minerais como o cobre e o man-
ganês;
c) às mais importantes províncias geológicas forma-
das por terrenos Pré-Cambrianos;
d) aos solos de baixa fertilidade que predominam na
Campanha Gaúcha;
e) a um dos solos mais férteis do país, a terra roxa.
5. (UFF) Em vastas regiões do Brasil ocorre a erosão
acelerada nos solos.
Marque a opção que revela aspectos associados a esse
fenômeno.
a) Ausência de “zoneamento ecológico” que delimi-
te as culturas de acordo com as determinações do
a) Desmatamento e contaminação do solo e da água
meio físico.
por agrotóxicos.
b) Clima tropical, excessivamente quente e úmido, que de-
b) Inversão térmica e contaminação do solo e da água
sagrega os minerais da camada superficial dos solos.
pela mineração.
c) Expansão da policultura de subsistência, de baixo
c) Inversão térmica e desmatamento.
grau tecnológico, ocupando os terrenos de maior
d) Poluição pela emissão de CFC’s e contaminação do altitude e mais sensíveis à erosão.
solo por agrotóxicos.
e) Poluição pela emissão de CFC’s e desmatamento.
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d) Complexa e frágil constituição ecológica dos solos, c) depósitos eólicos / canavieira / Rio de Janeiro e
tornando-os naturalmente sensíveis à erosão, inde- São Paulo;
pendente das formas de uso.
d) depósitos eólicos / canavieira / Minas Gerais e
e) Utilização de maquinaria e de formas de irrigação Espírito Santo;
inadequadas às condições ecológicas, por parte
e) depósitos aluviais / cafeeira / Rio de Janeiro e
das grandes empresas agrícolas.
São Paulo.
6. (FURG) Em relação ao domínio morfoclimático das
9. (PUCPR) A expressão “aluvial” ou “aluvião” refere-se
depressões interplanálticas semiáridas do Nordeste,
normalmente:
podemos afirmar que caracteriza-se por:
a) a mapas hipsométricos como os da proposta do
a) vegetação de caatinga, afloramentos rochosos, so-
professor Jurandyr Ross;
los rasos e pedregosos e drenagem intermitente;
b) aos solos criados pela ação das águas correntes,
b) vegetação de cerrado, interflúvios tabuliformes de ver-
principalmente;
tentes suaves, solos lateríticos e drenagem perene;
c) à desintegração das rochas pela pressão do
c) vegetação de pradarias mistas, ondulações suaves,
congelamento das águas nas regiões polares ou
solos profundos e drenagem temporária;
montanhosas;
d) vegetação de savanas, morros baixos e convexos,
d) ao processo de subducção que teria formado cor-
solos do tipo massapê e drenagem mista;
dilheiras como a andina, ao longo da orla marítima;
e) vegetação de cocais, alinhamentos de serras com
e) à estrutura da Terra no que diz respeito ao núcleo
encostas íngremes, solos podzólicos profundos e
interno e núcleo externo na geração do magnetis-
drenagem densa do tipo dendrítica.
mo terrestre.
7. (Mackenzie) Os solos formados pela decomposição de
10. (UFC) Atualmente não existem vulcões ativos no Brasil,
basalto de grande fertilidade que ocorrem principalmen-
embora tenham existido em épocas geológicas passa-
te no estado de São Pauto, são chamados de:
das. Assinale a alternativa que indica corretamente a
a) Salmourão. maior área territorial onde se encontram evidências de
vulcanismo no Brasil.
b) Latossolos.
a) Domínio das Caatingas com relevos aplainados e
c) Terra roxa.
solos rasos e pedregosos.
d) Lateríticos.
b) Região do Pantanal e sua intensa rede de drena-
e) Podzólicos. gem com solos arenosos.
8. (Fuvest) As rochas mesozoicas da bacia sedimentar c) Zona da Mata e seus ambientes litorâneos onde se
do Paraná ocupam extensas áreas na região Sudeste. registram constantes tremores de terra.
Em especial, sobre os ___________, a pedogênese
d) Planalto Meridional com derrames basálticos e pre-
deu origem a solos com boa fertilidade natural. Com o
sença de solos denominados Terras Roxas.
avanço da cultura _________, acelerou-se a devastação
das florestas primárias. Atualmente, os maiores produ- e) Domínio do Cerrado com relevos aplainados e so-
tores dessa cultura são os estados de ___________ e los arenosos denominados Latossolos.
___________.
Que alternativa completa, na sequência correta, as
lacunas do texto?
a) derrames basálticos / cafeeira / Minas Gerais e
Espírito Santo; 1. (Unicamp) O mapa abaixo indica as maiores concentra-
ções de focos de queimadas no Brasil no mês de julho
b) derrames basálticos / cafeeira / Minas Gerais e de 2003. A partir desse mapa, responda.
Rio de Janeiro;
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Brasil focos de queimadas em julho de 2003 3) A maciça utilização de agrotóxicos provoca a pro-
liferação de linhagens resistentes, forçando o uso
de pesticidas cada vez mais potentes, o que causa
danos tanto aos trabalhadores que os manuseiam
quanto aos consumidores de alimentos contamina-
dos;
4) A utilização indiscriminada de agrotóxicos acelera
a contaminação do solo e seu empobrecimento, ao
impedir a proliferação de microrganismos funda-
mentais para sua fertilidade.
Estão corretas as afirmativas:
a) 1 e 2.

28km x 28km b) 1 e 3.
c) 1, 2 e 3.
d) 1, 3 e 4.
e) 1, 2, 3 e 4.

a) Explique os motivos pelos quais ocorre significati- 3. (Unesp) Originário da decomposição do calcário e do
va concentração de queimadas em duas áreas do gnaisse, com elevado teor de material orgânico, é solo
território brasileiro: em uma faixa na forma de arco de cor negra ou cinza escuro, propício ao cultivo da
que se estende dos estados do Piauí/Maranhão até cana-de-açúcar, além do fumo, milho e cacau. Assinale
o Acre e no estado de São Paulo. a alternativa que indica o tipo de solo descrito e a sua
área de ocorrência no Brasil.
b) Aponte duas consequências ambientais das quei-
madas. a) Terra roxa, sul da região Sul.

c) Indique duas práticas alternativas para evitar o ma- b) Massapé, porção oriental da região Nordeste;
nejo do solo com a prática de queimadas c) Arenoso, porção oriental da região Norte;
2. (PUC-Rio) Aumento significativo da produção de d) Lixiviado, norte da região Centro-Oeste;
alimentos é o resultado da modernização do campo
e da introdução de novas técnicas agrícolas, principal- e) Argiloso, sul da região Sudeste.
mente no mundo desenvolvido onde é maior o nível de 4. (Unesp) Observe os esquemas, que representam dois
capitalização e onde são utilizadas as mais avançadas perfis de solo, 1 e 2, e as duas paisagens vegetais, de
tecnologias. No entanto, esta revolução vem provocando domínios morfoclimáticos brasileiros, A e B.
uma série de impactos ambientais em ecossistemas
agrícolas.

(SENE, Eustáquio; MOREIRA, João C. Espaço


Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 1998. Adaptado.)

Dentre as explicações para esses impactos ambientais,


temos:
1) O plantio de uma única espécie, em grandes ex-
tensões de terra, causa desequilíbrios nas cadeias
alimentares preexistentes, favorecendo a prolifera-
ção de pragas;
2) Os cortes feitos nas encostas das montanhas, para a
formação de degraus, onde são feitos cultivos, pro-
vocam um revolvimento dos solos, o que facilita o
transporte dos nutrientes pelas águas das chuvas;
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a) Relacione cada perfil de solo com a paisagem ve- 6. (UFPE) Observando as proposições a seguir, podemos
getal correspondente, identificando os respectivos afirmar:
domínios morfoclimáticos.
(( ) O fator tempo possui importância considerável na for-
b) Justifique sua resposta, considerando os níveis de mação do solo. Em determinadas condições, as rea-
matéria orgânica e de alteração da rocha. ções químicas que originam o solo podem ser favore-
cidas, como no caso das temperaturas mais baixas.
5. (FATEC) Considere o mapa a seguir.
(( )No sertão do Nordeste brasileiro os solos, geral-
mente, são muito espessos e a ocorrência de chu-
vas torrenciais torna-os pouco sujeitos à erosão.
(( )Na Zona da Mata nordestina ocorrem solos escu-
ros denominados “massapê”, de grande plastici-
dade em virtude do alto teor de argila.
(( )O solo é um complexo vivo elaborado na super-
fície de contato da crosta terrestre, com seus in-
vólucros - atmosfera, hidrosfera - e formado de
organismos vegetais e animais que lhes dão a
matéria orgânica.
(( )Quando a água das chuvas tende a concentrar-
se, formam-se pequenos sulcos e ravinas que,
evoluindo, podem fazer desaparecer a camada de
importância agrícola do solo.
7. (UFV) “O solo não é estável, nem inerte; muito pelo
contrário: constitui um meio complexo em perpétua
transformação, submetendo-se a leis próprias que
Assinale a alternativa que explica o fato apontado no regem sua formação, sua evolução e sua destruição.
mapa. Forma-se no ponto de contato da atmosfera, da litosfera
e da biosfera; participa intimamente nesses mundos
a) As áreas 1 e 2 apresentam condições naturais di-
tão diversos, pois mantém relações constitutivas com o
ferentes, mas ambas sofrem um processo de de-
mundo mineral, assim como com os seres vivos.”
sertificação e degradação do solo, por causa das
transformações climáticas globais ligadas à indus-
(DORST, Jean. Antes que a Natureza Morra: por uma
trialização, que afetam todo o planeta.
ecologia política. São Paulo: EDUSP, 1973.)
b) As áreas 1 e 2 apresentam condições climáticas
semelhantes e ambas passam por um processo de A partir do texto acima, assinale a alternativa que não
desertificação e degradação do solo, por causa do está correta:
avanço da erosão, da mecanização abusiva e do a) Em áreas desmatadas, a velocidade de escoamento
uso exagerado de agroquímicos na agricultura. superficial é acelerada, e a água diminui sua capacida-
c) A área 1 e 2 passam por um processo de desertifi- de de transportar partículas sólidas em suspensão.
cação e degradação do solo, por causa do avanço b) As características do solo estão relacionadas às for-
das grandes monoculturas modernas mecanizadas, mas de relevo e a drenagem da água dos terrenos.
favorecidas pelo relevo plano e pouco inclinado em
todas as suas extensões. c) O tipo de solo predominante no Brasil é o latossolo,
próprio das regiões de clima quente e úmido, de-
d) A área 1 passa por um processo de desertificação vido ao processo intenso de lavagem e dissolução
por causa da ação humana local, com a mecaniza- dos sais minerais que o compõem - a lixiviação.
ção abusiva, o uso exagerado de agroquímicos na
agricultura e o manejo inadequado do solo e seus d) O plantio de espécies leguminosas intercaladas en-
recursos, provocando erosão. tre os cultivos permanentes, como o café, garante o
equilíbrio orgânico do solo e o protege da erosão.
e) A área 2, região caracterizada pela vegetação de
floresta, passa por um processo de degradação do e) Os solos se desenvolvem a partir de um processo
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solo, por causa do desmatamento que, ao retirar a lento de intemperismo físico e químico sobre uma
cobertura vegetal, altera o clima local. determinada rocha e sob a influência de seres vivos.

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8. (UECE) Identifique a alternativa que melhor caracteriza
a desertificação nordestina:
a) eliminação da cobertura botânica original e pre-
sença de uma cobertura invasora, com redução da
biodiversidade e do patrimônio genético;
b) aumento abusivo de areia, tornando os solos agrí-
colas semelhantes às areias dunares;
c) abandono da área pela população residente e/ou
intensa ocupação com atividades terciárias;
d) perda total do solo, por alcalinização, com absoluta
impossibilidade de recuperação.

9. (UFRGS - adap.) Um problema natural relacionado


aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices
pluviométricos, é o processo de infiltração de água
no solo. A água que se infiltra através dos poros,
como em uma esponja, vai, literalmente, lavando os
sais minerais hidrossolúveis e diminui a fertilidade
do solo. Paralelamente à infiltração de água no solo,
ocorre o surgimento de uma crosta ferruginosa, que
em certos casos chega a impedir a penetração das
raízes no solo.
a) O texto fala de dois processos ligados a erosão
superficial, quando coloca as seguintes expres-
sões “lavando os sais minerais hidrossolúveis” e
“crosta ferruginosa”. Que processos são esses?
b) Cite alguns sais minerais hidrosolúveis.
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fronteira agrícola. Em São Paulo, ocorre em função
da colheita de cana.
b) Pode-se citar o desgaste do solo e a poluição do ar.
1. B
c) Pode-se trocar a queimada pela rotação de culturas
2. A e pelo plantio direto.
3. C 2. D
4. E 3. B
5. E 4.
6. A a) Perfil 1 – paisagem A (caatinga); Perfil 2 - Paisagem
B (mares de morros).
7. C
b) No perfil A existe pouca matéria orgânica e as ro-
8. A
chas sofreram pouca alteração, pois há predomínio
9. B de intemperismo físico. No perfil B há maior quan-
tidade de matéria orgânica e de rocha alterada em
10. D
função da maior umidade que favorece o intempe-
rismo químico.
5. D
6. F, F, V, F, V
1.
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7. A
a) Do Piauí ao Acre, a queimada ocorre em função da
8. A
preparação da terra para o cultivo, é a expansão da
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9.
a) Quando o texto fala “lavando os sais minerais hi-
drossolúveis” refere-se ao processo de lixiviação e
quando fala em “crosta ferruginosa” refere-se ao
processo de laterização.
b) Sódio, potássio e cálcio.
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