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História da Filosofia I
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2008
Apresentação
Equipe UnisulVirtual
Sérgio Sell
História da Filosofia I
Disciplina na modalidade a distância
Design instrucional
Leandro Kingeski Pacheco
Palhoça
UnisulVirtual
2008
Copyright © UnisulVirtual 2008
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Revisão
B2B
109
S46 Sell, Sérgio
História da fi losofia I : livro didático / Sérgio Sell ; design instrucional
Leandro Kingeski Pacheco. – Palhoça : UnisulVirtual, 2008.
218 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3
Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Caro(a) estudante,
Bom estudo!
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
História da Filosofia Antiga. A tradição Mítica: Homero
e Hesíodo. A Pólis Grega. O nascimento da Filosofia. Os
pensadores pré-socráticos. O período clássico. O período
helenístico.
Objetivos da disciplina
Geral
Específicos
Carga horária
12
História da Filosofia I
Conteúdo programático/Objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 6
Unidade 1 – A origem da Filosofia
O estudo desta unidade possibilita identificar os principais
fatores históricos que permitiram o surgimento da Filosofia e a
superação da mentalidade mítica pela mentalidade racional
Unidade 4 – Platão
Esta unidade lhe permitirá conhecer vários aspectos do
pensamento de Platão, um dos filósofos mais influentes em toda a
história da Filosofia.
Unidade 5 – Aristóteles
Nesta unidade, você encontrará os principais elementos teóricos
que compõem o sistema aristotélico, o qual representa o auge da
filosofia clássica grega.
13
Unidade 6 – O período helenístico
Finalizando nossos estudos, você encontrará nesta unidade
um resumo das principais idéias defendidas pelos filósofos do
helenismo. Aqui você poderá identificar os fatores da decadência
de Atenas e acompanhar o surgimento e desenvolvimento das
escolas cínica, cética, epicurista e estóica.
Agenda de atividades/ cronograma
Verifique com atenção o EVA e organize-se para acessar periodicamente a sala da disciplina.
O sucesso nos seus estudos depende da priorização do tempo para a leitura, da realização de
análises e sínteses do conteúdo e da interação com os seus colegas e tutor.
Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço a seguir as datas com base no
cronograma da disciplina disponibilizado no EVA.
Atividades obrigatórias
A origem da filosofia
Objetivos de aprendizagem
Identificar os principais fatores históricos que permitiram
o surgimento da filosofia.
Seções de estudo
Seção 1 O mito como forma de conhecimento
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História da Filosofia I
Unidade 1 19
Universidade do Sul de Santa Catarina
20
História da Filosofia I
Unidade 1 21
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Como você pode ver, o mito tem um papel
fundamental no florescimento de uma cultura. Mas o
conhecimento mítico tem muitas limitações também.
22
História da Filosofia I
Atenção!
Como você pode ver, o mito possui qualidades e
vantagens que seduzem o ser humano. Mas também
apresenta desvantagens e riscos que não podem
deixar de ser levados em consideração.
Homero
O mais famoso poeta grego foi Homero (séc. IX a.C.). Costuma-
se atribuir a ele a autoria de dois poemas épicos: a Ilíada e a
Odisséia. Homero era cego e, talvez por isso, tenha desenvolvido
a habilidade de memorização de forma tão extraordinária: a
Ilíada é formada por 15.693 versos e a Odisséia, por 12.110. As
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
24
História da Filosofia I
Hesíodo
Outro poeta fundamental para o desenvolvimento da
mitologia grega foi Hesíodo (séc. VIII a.C.). Como
aedo, Hesíodo tornou-se famoso e reverenciado por toda
a cultura grega.
Laicização: processo
Essas duas inovações de Hesíodo, o nivelamento de tornar laico ou de
da espécie humana e o distanciamento dos deuses, desvincular de conotações
formaram as bases ideológicas para o aparecimento religiosas.
da democracia e para a laicização da cultura grega.
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
26
História da Filosofia I
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
1 - A physis
Esta palavra grega pode ser traduzida por natureza, entendendo
esta em, pelo menos, três sentidos, conforme Chaui (2000b, p.
257):
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
2 - A causalidade
Esta totalidade, reforça Marcondes (2001, p. 24-25), é
engendrada (produzida) por uma relação de causa e efeito.
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História da Filosofia I
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
5 - O lógos
Lógos, a principal noção filosófica, pode ser traduzida por
palavra, discurso, “razão”. É a narrativa explicativa, a qual supõe
encadeamento de juízos de forma coerente e o estabelecimento
das relações de causa e efeito racionalmente. Neste sentido,
difere-se de mythos – o discurso mítico, dos poetas, pois, neste,
certos princípios lógicos não são necessários. Para reforçar tudo
isto, tomemos Marcondes (2001, p. 26-27) novamente:
6 - O caráter crítico
Essa é a verdadeira essência da atitude filosófica. Diferente das
noções anteriores, que são teóricas, esta é uma noção prática,
relacionada à atitude necessária para que se possa pensar
filosoficamente. Baseado em Popper, Marcondes (2001, p. 27)
descreve assim esta noção:
32
História da Filosofia I
Síntese
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de auto-avaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
2) Invenção do calendário b) ( ) estimula uma nova formulação das explicações, que seja
acessível à compreensão de todos, e não mais apenas de uma
minoria de iniciados.
34
História da Filosofia I
Unidade 1 35
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba Mais
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2
UNIDADE 2
A filosofia pré-socrática
Objetivos de aprendizagem
Identificar as principais etapas de desenvolvimento da
filosofia pré-socrática.
Diferenciar as principais escolas pré-socráticas.
Seções de estudo
Seção 1 Contexto histórico e localização geográfica
38
História da Filosofia I
Unidade 2 39
Universidade do Sul de Santa Catarina
40
História da Filosofia I
Unidade 2 41
Universidade do Sul de Santa Catarina
A Física Milésia
Da contribuição original dos filósofos de Mileto, não restou
nenhum documento escrito. Tudo o que conhecemos de Tales,
Anaximandro e Anaxímenes nos chegou através de comentários
(doxografia) feitos por filósofos e historiadores antigos, ou através
de pequenos trechos (fragmentos) citados por autores antigos
que, presumivelmente, tiveram acesso às obras originais. Uma
das principais fontes de acesso às elaborações intelectuais dos
pensadores milésios são as obras de Aristóteles. Em sua obra
Metafísica, Aristóteles refere-se a esses primeiros filósofos como
fisiólogos (estudiosos da physis).
42
História da Filosofia I
tudo é água;
todas as substâncias materiais são obtidas ou por
condensação ou por evaporação da água;
a Terra é um disco (achatado e circular) feito de água
transformada em outros tipos de matéria;
esse disco flutua no universo, que é todo feito de água.
Unidade 2 43
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Certamente, o pai da Filosofia não estava usando
a palavra “deuses” num sentido religioso. Tales se
referia a certos fenômenos naturais observáveis, como
a atração entre o ferro e o imã, ou como a gota de
orvalho, que parece segurar-se a uma folha de árvore
instantes antes de cair. A matéria, mesmo os minerais,
parece ser dotada de uma força intrínseca, capaz de
interferir naquilo que está à sua volta.
44
História da Filosofia I
primordial não poderia ser nada que fosse específico, nada que
tivesse propriedades determinadas. Caso contrário, não seria
possível explicar racionalmente o surgimento das propriedades
contrárias.
Unidade 2 45
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
90. Por fogo se trocam todas as (coisas) e fogo por todas, tal
como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro.
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História da Filosofia I
Unidade 2 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Atenção!
Tais paradoxos são obviamente desmentidos pela
experiência, mas, até hoje, não é fácil (há quem diga
que não é possível) desmenti-los, usando apenas a
lógica.
Melisso de Samos
Melisso nasceu em Samos (mesma cidade em que nasceu
Pitágoras). Além de filósofo, ficou famoso por comandar
a esquadra que impediu um ataque ateniense em 441 a.C.
Unidade 2 61
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 63
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 65
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 2 67
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
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História da Filosofia I
Atividades de auto-avaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1. Indique os principais filósofos de cada um dos cinco grupos de pré-
socráticos:
2. Aprendendo grego:
Escreva em português a tradução para as seguintes palavras e
expressões em grego:
a) alétheia: i) neikos:
b) ápeiron: j) nous:
c) arkhé: k) panta rei:
d) átomon: l) philia:
e) diké: m) physis
f) doxa: n) pólemos:
g) kosmos: o) pólis:
h) logos: p) pyr:
Unidade 2 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
70
História da Filosofia I
Unidade 2 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba Mais
72
3
UNIDADE 3
Os sofistas e Sócrates
Objetivos de aprendizagem
Identificar os principais eventos históricos que
provocaram o deslocamento da Filosofia das colônias
gregas para a pólis de Atenas.
Seções de estudo
Seção 1 Contexto histórico
Seção 2 Os sofistas
Seção 3 Sócrates
Universidade do Sul de Santa Catarina
74
História da Filosofia I
Unidade 3 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 3 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
SEÇÃO 2 - Os sofistas
Você já ouviu falar dos sofistas?
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História da Filosofia I
Humanismo e relativismo
Na sofística, encontramos dois grandes princípios:
o humanismo e o relativismo. O primeiro coloca o
homem no centro de tudo. O segundo se refere à
impossibilidade de se alcançar qualquer verdade
absoluta ou que não dependa de uma interpretação
pessoal. Um fragmento do sofista Protágoras de
Abdera sintetiza esses dois princípios de forma
exemplar: “O homem é a medida de todas as coisas; das que
são, enquanto são, e das que não são, enquanto não são”
(apud REALE; ANTISERI, 1990, p. 76).
Figura 3.1 - Protágoras.
Veja o que diz Marcondes (2001, p. 43) sobre a tese de Fonte: <www.pensament.com/.../
Protágoras. imatges/protagoras.jpg>.
Unidade 3 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
A impossibilidade do conhecimento
Outro sofista de peso é Górgias de Leontini. Seu fragmento
mais conhecido diz: “Nada existe que possa ser conhecido;
se pudesse ser conhecido, não poderia ser comunicado; se
pudesse ser comunicado, não poderia ser compreendido” (apud
MARCONDES, 2001, p. 44).
80
História da Filosofia I
A importância da linguagem!
Se nem a percepção da realidade através dos nossos
sentidos nem a razão são capazes de nos propiciar
conhecimentos seguros, e se a verdade é uma questão
de opinião e de persuasão, é preciso valer-se de um
outro instrumento para que o homem se relacione
com a realidade e com os outros seres humanos. Esse
instrumento, segundo os sofistas, é a linguagem. O
sábio é aquele que, compreendendo os mecanismos
e os recursos da linguagem, domina as multidões
através do discurso.
kósmos X nómos
Em sua nova forma de compreender a realidade, os sofistas
produzem uma grande cisão entre kósmos e nómos. Originalmente
as duas palavras estavam diretamente ligadas na língua grega.
O termo kósmos significa o bom ordenamento de pessoas e
coisas, boa ordem, organização do Estado, ordem estabelecida,
ação dos seres em conformidade com um comportamento
estabelecido. Já a palavra Nómos, que literalmente significa
regra, lei ou norma, também pode ser usada no sentido de
costume.
Unidade 3 81
Universidade do Sul de Santa Catarina
82
História da Filosofia I
SEÇÃO 3 - Sócrates
Sócrates é a principal referência na história da Filosofia, a
qual se divide basicamente em “antes dele” e “depois dele”. Beleza interior! Sócrates
não era um homem que
Contemporâneo dos sofistas, ele desloca da realidade natural para
pudesse ser considerado
a realidade humana o foco da reflexão filosófica, funda a ética e exemplo do ideal grego de
propõe um novo objetivo para a prática da Filosofia. beleza. Segundo relatos,
era calvo, de olhos fundos
e arregalados, tinha o
nariz largo e achatado,
Vamos conhecê-lo um pouquinho melhor?
era baixinho e barrigudo.
Além disso, Sócrates
costumava andar sempre
com a mesma túnica, já
gasta pelo uso. Apesar
Quem foi Sócrates? disso, era um grande
sedutor.
A imagem que hoje temos de Sócrates é a de um homem que
nunca saiu de sua cidade, Atenas, e que mal transpôs os muros de
sua pólis; um homem que andava a questionar os transeuntes na
praça pública (agorá), e que era justo e corajoso; enfim, a imagem
do filósofo mordaz e que morreu por defender seus próprios
Unidade 3 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
84
História da Filosofia I
A Atenas de Sócrates
Sócrates foi contemporâneo dos sofistas e, como indicam algumas
fontes, teria sido discípulo de um deles, Pródico de Ceos. O
ambiente em que Sócrates viveu é assim descrito por Pessanha
(1996, p. 13-14):
Unidade 3 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
Conhecer é definir
Para Sócrates, conhecer é uma operação intelectual que consiste
na elaboração de definições universalmente válidas. Definir é
marcar limites, é identificar a essência, é dizer o que uma coisa é.
86
História da Filosofia I
O método socrático
Sócrates dizia que só é possível filosofar a partir do momento
em que reconhecemos nossa própria ignorância. Por isso, ele
desenvolveu um método de busca do conhecimento composto por
duas etapas: a ironia e a maiêutica.
Unidade 3 87
Universidade do Sul de Santa Catarina
88
História da Filosofia I
Unidade 3 89
Universidade do Sul de Santa Catarina
A essência do homem
Enquanto a filosofia pré-socrática tinha como objeto de
investigação a physis e o kósmos, Sócrates, aqui concordando com
os sofistas, volta seu interesse para o homem e a pólis. Essa atitude
acaba levando Sócrates a se perguntar: o que é o homem?
Atenção!
Sócrates usa a palavra alma (psyché) num sentido
diferente daquele que é dado pela religião. Para
Sócrates, a alma é a consciência que cada um tem de
si mesmo, é a personalidade intelectual e moral, é a
razão. É o poder intelectual que cada um tem para
descobrir em si mesmo e por si mesmo a verdade. É
a capacidade de descobrir por si mesmo as regras da
vida virtuosa.
90
História da Filosofia I
Unidade 3 91
Universidade do Sul de Santa Catarina
O pai da ética
Sócrates é considerado por muitos como fundador da reflexão
racional, sistemática e crítica sobre a ação humana virtuosa.
“O que é a virtude?” − pergunta Sócrates em diversas situações
e às mais diversas pessoas. A virtude (areté) é a ação correta,
excelente, meritória.
A ação correta para o ser humano é aquela que condiz com sua
essência.
92
História da Filosofia I
Ninguém é perfeito
Unidade 3 93
Universidade do Sul de Santa Catarina
A morte de Sócrates
Embora tenha exercido com dedicação as funções públicas para
as quais foi convocado pela pólis (como soldado e, mais tarde,
como magistrado), sempre que pôde Sócrates se manteve afastado
das questões administrativas e da luta pelo poder. Acreditava que
sua missão era servir à pólis através das suas atitudes, vivendo de
forma justa e colaborando para formar cidadãos sábios, honestos,
moderados.
94
História da Filosofia I
Unidade 3 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
96
História da Filosofia I
Atividades de auto-avaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1. Em função do seguinte quadro, compare a tradição filosófica pré-
socrática, a sofística e a filosofia de Sócrates.
Tema central
Disciplina
principal
Idéia de
ordenação
Objetivo final do
desenvolvimento
intelectual
Unidade 3 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba Mais
98
4
UNIDADE 4
Platão
Objetivos de aprendizagem
Identificar os principais eventos históricos que marcaram
o fim do século de ouro de Atenas.
Seções de estudo
Seção 1 Contexto histórico
100
História da Filosofia I
Pesquise!
Que tal usar a Internet para fazer uma pesquisa sobre
a Guerra do Peloponeso? Há vários detalhes muito
interessantes além daqueles que foram abordados
aqui.
Destaque um detalhe que mais lhe tenha interessado
e o publique no EVA, por meio da ferramenta
Exposição. Não se esqueça de consultar as respostas
dos colegas.
Unidade 4 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
102
História da Filosofia I
Unidade 4 103
Universidade do Sul de Santa Catarina
104
História da Filosofia I
Acredita-se que a obra escrita por Platão tenha chegado até nós
em sua totalidade. Abaixo, temos uma relação dos seus escritos,
seguindo a classificação apresentada por Marcondes (2001, p. 54-
55):
Apologia a Sócrates
Íon, ou sobre a Ilíada
Hípias menor, ou sobre a falsidade
Laques, ou sobre a coragem
Carmides, ou sobre a moderação
Críton, ou sobre o dever
República (Politéia), livro I, ou sobre a justiça
Hípias maior, ou sobre a beleza
Eutífron, ou sobre a piedade
Lísis, ou sobre a amizade
Unidade 4 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
Alcibíades, I e II
Hiparco
Anterestai
Teages
Mino
O filósofo
Treze cartas, das quais são consideradas autênticas a III,
a VII (a mais famosa e importante) e a VIII
106
História da Filosofia I
A educação grega
Nos primeiros séculos da história grega, as obras de Homero e
de outros poetas formavam a base da educação. A poesia tinha
um valor pedagógico muito grande. As formas rítmicas da poesia
Unidade 4 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
108
História da Filosofia I
Atenção!
Todos estes elementos históricos têm influência sobre
a forma como Platão discute o tema da educação
em A República. Para formar o cidadão ideal, Platão
propõe uma nova educação, na qual mantém a
ginástica e a música, mas elimina a poesia. Os poetas,
para Platão, são corruptores da alma, pois, da mesma
forma que pregam ideais nobres, incutem virtudes
inadequadas.
Unidade 4 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Enquanto a erística é a arte da disputa argumentativa,
empregada com o objetivo de vencer uma discussão,
a dialética é uma cooperação que tem como meta
final a descoberta da verdade.
110
História da Filosofia I
Atenção!
Esses dois mundos, o sensível e o inteligível, são
diferentes.
Unidade 4 111
Universidade do Sul de Santa Catarina
112
História da Filosofia I
Assim como o sol ilumina o mundo e sua luz permite que o olho
enxergue os objetos, a idéia de bem possibilita ao olho da alma
perceber os objetos do mundo inteligível. Assim como o sol,
na Terra, é a fonte da vida, a idéia de bem é a fonte da vida no
mundo inteligível.
Unidade 4 113
Universidade do Sul de Santa Catarina
114
História da Filosofia I
Atenção!
A figura também indica que a nossa capacidade
de pensar é muito maior que nossa capacidade de
perceber a realidade através dos sentidos.
A Alegoria da Caverna
A Alegoria da Caverna, também chamada de Mito da Caverna,
narra uma situação fictícia (até mesmo impossível). Porém o mais Confira no final desta
importante não é a fábula que é contada mas sim o sentido que se Unidade, na seção Saiba
pode abstrair dela. Essa é a mais famosa das metáforas de Platão. Mais, a íntegra do texto da
Alegoria da Caverna.
Unidade 4 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
O mito de Er
Outra analogia importante em A República é o mito de Er, ou
mito da reminiscência, contado no livro X. Essa narrativa, que
aparece já nas páginas finais da obra, traz alguns elementos
do pitagorismo assumido por Platão. Entre esses elementos,
temos a defesa da imortalidade da alma e da transmigração (ou
reencarnação).
116
História da Filosofia I
O Mito de Er
Er morrera numa batalha; quando, ao fim de doze dias,
o seu corpo estava na pira para ser cremado, tornou à
vida e pôde contar as cenas maravilhosas a que tinha
assistido no além, durante esse tempo. Ele havia sido
escolhido para levar aos homens uma mensagem do
além.
Er conta ter chegado a um lugar onde juízes julgavam
as almas recém-chegadas e as sentenciavam a seguir
em direção ao céu ou às profundezas da Terra. No
céu, as almas daqueles que haviam sido justos em
sua vida terrena gozavam de recompensas dez vezes
maiores do que o benefício produzido por suas ações;
no subterrâneo, os castigos também eram dez vezes
maiores do que os crimes cometidos.
Por outra rota retornavam, do céu e das profundezas
da Terra, as almas que já haviam cumprido a sentença
atribuída pelos juízes. Tais almas eram encaminhadas
a outro local, onde lhes era informado qual seria o seu
destino na nova vida que teriam na Terra.
Mas nem tudo estava determinado, e cada alma podia
escolher o tipo de vida que quisesse para cumprir
seu novo destino: riqueza ou pobreza, doença ou
saúde, aspecto físico, etc. Feita a escolha, ela é tornada
irrevogável, e as almas se dirigem para o local de onde
retornarão à vida corpórea.
Após atravessarem a escaldante planície de Leto
(esquecimento) e beberem das águas do rio Ameles
(despreocupação), as almas reencarnam nos lugares
que lhes estavam determinados. Apenas Er foi
proibido de beber dessas águas e foi reconduzido
ao seu corpo para contar aos homens o que se passa
após a morte.
Unidade 4 117
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 4.3 – O mito do cavalo alado de Platão. As carruagens dos deuses voam com facilidade e
Fonte: <http://laescueladeateanas.files.wordpress. permitem que o cocheiro vá, com freqüência, até a
com/2007/10/mito_carro_al.jpg>. parte mais alta do céu, de onde é possível contemplar
as formas perfeitas do mundo das idéias. Já as
carruagens humanas circulam com dificuldade porque, enquanto
um dos cavalos quer subir, o outro quer descer. É preciso tornar-
se um excelente cocheiro e aprender a controlar bem os cavalos
para conseguir levar a carruagem às partes mais elevadas do céu.
118
História da Filosofia I
Atenção!
Para poder contemplar as idéias perfeitas e, assim,
obter a episteme, o homem deve primeiro aprender
a controlar seus desejos e necessidades carnais e
também os seus sentimentos, de modo que a razão
possa determinar o rumo da vida. Mas isso não é
tarefa fácil e, muitas vezes, os homens acabam sendo
levados pelas paixões, acabam se distanciando cada
vez mais do conhecimento da verdade.
O Universo
Diferente de Sócrates, que desprezava o interesse pela physis,
Platão sente a necessidade de retomar a discussão acerca do devir
e da ordem do universo. Sem poder se basear no mestre ao tratar
desse tema, Platão busca inspiração nos pré-socráticos:
Unidade 4 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Para Platão, o Demiurgo apenas organiza o universo.
Ele não cria a matéria.
O Homem
Platão concebe homem como um ser composto de corpo e alma.
120
História da Filosofia I
Assim, temos:
Parte da alma Virtude
Unidade 4 121
Universidade do Sul de Santa Catarina
Política
Na história do pensamento político, Platão inaugura a perspectiva
utópica. Ao invés de fazer uma profunda análise da prática
política da sua época, identificar problemas ou fazer críticas
pontuais, Platão se dedica a imaginar a pólis ideal. Segundo
ele, só depois de determinar como seria um Estado justo é que
se torna possível orientar as nossas ações para que possamos
construí-lo. O bom Estado é aquele que é justo e é governado
com sabedoria.
Esta classe seria a responsável pela produção dos bens materiais para
toda a sociedade, promovendo a satisfação das necessidades básicas
Classe produtiva e o conforto. Como é voltada para os bens materiais, essa classe
(que corresponde ao deveria ser recompensada com dinheiro ou outros bens materiais,
elemento apetitivo). proporcionalmente à contribuição e ao empenho de cada um dos seus
membros. Essa deveria ser a classe mais numerosa.
122
História da Filosofia I
Atenção!
Entre os vários discursos proferidos, é interessante
destacar o de Aristófanes (o mais famoso escritor
de comédias de Atenas) e o de Sócrates. A fala
do primeiro apresenta uma visão mítico-poética,
enquanto a do segundo representa a tentativa de
definir racionalmente o amor.
Unidade 4 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
124
História da Filosofia I
Unidade 4 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de auto-avaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
Unidade 4 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
Baixo
Inferior
Ventre
3. Aprendendo grego:
Escreva a tradução para o português das palavras e dos nomes das
figuras mitológicas seguintes:
128
História da Filosofia I
Saiba Mais
A Alegoria da Caverna
Sócrates – Agora leva em conta nossa natureza, segundo
tenha ou não recebido educação, e compara-a com o seguinte
quadro: imagina uma caverna subterrânea, com uma entrada
ampla, aberta à luz em toda a sua extensão. Lá dentro, alguns
homens se encontram, desde a infância, amarrados pelas
pernas e pelo pescoço de tal modo que permanecem imóveis
e podem olhar tão-somente para frente, pois as amarras não
lhes permitem voltar a cabeça. Num plano superior, atrás
deles, arde um fogo a certa distância. E entre o fogo e os
prisioneiros eleva-se um caminho ao longo do qual imagina
que tenha sido construído um pequeno muro semelhante aos
tabiques que os titeriteiros interpõem entre si e o público a
fim de, por cima deles, fazer movimentar as marionetes.
Glauco – Posso imaginar a cena.
Sócrates – Imagina também homens que passam ao longo
desse pequeno muro carregando uma enorme variedade de
objetos cuja altura ultrapassa a do muro: estátuas e figuras de
animais feitas de pedra, madeira e outros materiais diversos.
Entre esses carregadores há, naturalmente, os que conversam
entre si e os que caminham silenciosamente.
Glauco – Trata-se de um quadro estranho e de estranhos
prisioneiros.
Sócrates – Eles são como nós. Acreditas que tais homens
tenham visto de si mesmos e de seus companheiros outras
coisas que não as sombras projetadas pelo fogo sobre a
parede da caverna que se encontra diante deles?
Glauco – Ora, como isso seria possível se foram obrigados a
manter imóvel a cabeça durante toda a vida?
Sócrates – E quanto aos objetos transportados ao longo do
muro, não veriam apenas suas sombras?
continua
Unidade 4 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
Glauco – Certamente.
Sócrates – Mas, nessas condições, se pudessem conversar uns
com os outros, não supões que julgariam estar se referindo a
objetos reais ao mencionar o que vêem diante de si?
Glauco – Necessariamente.
Sócrates – Supões também que houvesse na prisão um eco
vindo da frente. Na tua opinião, cada vez que falasse um dos
que passavam atrás deles, não acreditariam os prisioneiros
que quem falava eram as sombras projetadas diante deles?
Glauco – Sem a menor dúvida.
Sócrates – Esses homens, absolutamente, não pensariam
que a verdadeira realidade pudesse ser outra coisa senão as
sombras dos objetos fabricados.
Glauco – Sim, forçosamente.
Sócrates – Imagina agora o que sentiriam se fossem
libertados de seus grilhões e curados de ignorância, na
hipótese de que lhes acontecesse, muito naturalmente, o
seguinte: se um deles fosse libertado e subitamente forçado a
se levantar, virar o pescoço, caminhar e enxergar a luz, sentiria
dores intensas ao fazer todos esses movimentos e, com a vista
ofuscada, seria incapaz de enxergar os objetos cujas sombras
ele via antes. Que responderia ele, na tua opinião, se lhe fosse
dito que o que via até então eram apenas sombras vazias e
que, agora achando-se mais próximo da realidade, com os
olhos voltados para objetos mais reais, possuía visão mais
acurada? Quando, enfim, ao ser-lhe mostrado cada um dos
objetos que passavam, fosse ele obrigado, diante de tantas
perguntas, a definir o que eram, não supões que ele ficaria
embaraçado e consideraria que o que contemplava antes era
mais verdadeiro do que os objetos que lhes eram mostrados
agora?
Glauco – Muito mais verdadeiro.
Sócrates – E se ele fosse obrigado a fitar a própria luz, não
acreditas que lhe doeriam os olhos e que procuraria desviar
o olhar, voltando-se para os objetos que podia observar,
considerando-os, então, realmente mais distintos do que lhe
são mostrados?
continua
130
História da Filosofia I
Glauco – Sim.
Sócrates – Mas, se o afastassem dali à força, obrigando-o a
galgar a subida áspera e abrupta e não o deixassem antes
que tivesse sido arrastado à presença do próprio sol, não crês
que ele sofreria e se indignaria de ter sido arrastado desse
modo? Não crês que, uma vez diante da luz do dia, seus olhos
ficariam ofuscados por ela, de modo a não poder discernir
nenhum dos seres considerados agora verdadeiros?
Glauco – Não poderia discerni-lo, pelo menos no primeiro
momento.
Sócrates – Penso que ele precisaria habituar-se, a fim de estar
em condições de ver as coisas do alto de onde se encontrava.
O que veria mais facilmente seriam, em primeiro lugar, as
sombras; em seguida, as imagens dos homens e de outros
seres. Após, ele contemplaria, mais facilmente, durante
a noite, os objetos celestes e o próprio céu, ao elevar os
olhos em direção à luz das estrelas e da lua – vendo-o mais
claramente do que ao sol ou à sua luz durante o dia.
Glauco – Sem dúvida.
Sócrates – Por fim, acredito, poderia enxergar o próprio sol
– não apenas sua imagem refletida na água ou em outro lugar
-, em seu lugar, podendo vê-lo e contemplá-lo tal como é.
Glauco – Necessariamente.
Sócrates – Após, passaria a tirar conclusões sobre o sol,
compreendendo que ele produz as estações e os anos; que
governa o mundo das coisas visíveis e se constitui, de certo
modo, na causa de tudo o que ele e seus companheiros viam
dentro da caverna.
Glauco – É evidente que chegaria a estas conclusões.
Sócrates – Mas, lembrando-se de sua habitação anterior, da
ciência da caverna que ali se cultiva e de seus companheiros
de cativeiro, não ficaria feliz por haver mudado e não
lamentaria por seus companheiros?
Glauco – Com efeito.
Sócrates – E se entre os prisioneiros houvesse o costume
de conferir honras, louvores e recompensas àqueles que
continua
Unidade 4 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
132
História da Filosofia I
Unidade 4 133
Universidade do Sul de Santa Catarina
134
5
UNIDADE 5
Aristóteles
Objetivos de aprendizagem
Identificar os principais eventos da vida de Aristóteles.
Traçar um panorama das obras de Aristóteles.
Compreender os principais aspectos metodológicos da
filosofia aristotélica.
Identificar os principais conceitos da filosofia de
Aristóteles.
Avaliar a importância da filosofia aristotélica.
Seções de estudo
Seção 1 Aristóteles, o estagirita
Seção 2 O corpus aristotelicum
Seção 3 Aristóteles e Platão
Seção 4 A teoria do conhecimento aristotélica
Seção 5 A lógica
Seção 6 O problema do ser: a filosofia primeira
Seção 7 A física aristotélica
Seção 8 A ética e a política
Seção 9 A poética
Seção 10 Aristóteles: o “príncipe dos filósofos”?
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 5.1 – Aristóteles. Por volta dos dezoito anos, foi para Atenas e ingressou
Fonte: <www.biografiasyvidas.com/ na Academia de Platão, onde permaneceu por cerca de 20
monografia/aristotel...>. anos. Após a morte de Platão (347 a.C.), decepcionado por
não ter sido escolhido sucessor do seu mestre (o escolhido foi
Espeusipo, sobrinho de Platão), Aristóteles abandona Atenas.
136
História da Filosofia I
Unidade 5 137
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
História da Filosofia I
Unidade 5 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
O corpus aristotelicum foi amplamente difundido
em manuscritos e, desde a invenção da imprensa,
vem sendo reproduzido em sucessivas edições.
Atualmente, toma-se como referência a edição da
Academia de Berlim, em grego, organizada por
Albrecht Bekker, contendo 5 volumes, publicada entre
os anos de 1831 e 1836. Sua paginação passou a ser
aproveitada para a padronização das citações. Além
do número da página, costuma-se citar também a
coluna (a ou b) e a linha. A edição inicia com o livro
das Categorias [1a] e termina com a Metafísica [1093b].
Atenção!
O ponto central da filosofia peripatética é o mesmo
que o da filosofia platônica. Da mesma forma que
seu antigo mestre, Aristóteles busca estabelecer as
formas de se superarem as opiniões subjetivas e de
se alcançar o conhecimento objetivo (episteme). O
filósofo do Liceu concorda com Platão ao considerar
o conhecimento abstrato superior a qualquer outro,
mas discorda dele em vários outros pontos.
140
História da Filosofia I
Unidade 5 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
142
História da Filosofia I
Unidade 5 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
144
História da Filosofia I
Unidade 5 145
Universidade do Sul de Santa Catarina
SEÇÃO 5 - A lógica
Aristóteles é considerado o pai da lógica por ter sido o primeiro
filósofo a formular um conjunto de princípios e regras formais
por meio das quais fosse possível distinguir as conclusões falsas
das verdadeiras no uso da razão.
146
História da Filosofia I
Unidade 5 147
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Aristóteles enumerou quatro modos fundamentais
dos predicados, os quais foram denominados
predicáveis (kategórema): gênero, propriedade,
acidente e definição. Posteriormente, Porfírio, o
Fenício (232 – 304 d.C.) subdividiu o predicável
definição em dois novos predicáveis, espécie e diferença
específica, aperfeiçoando a classificação aristotélica.
Portanto, a partir de Porfírio, os predicáveis passam
a ser cinco: gênero, propriedade, acidente, espécie e
diferença.
continua
148
História da Filosofia I
Unidade 5 149
Universidade do Sul de Santa Catarina
150
História da Filosofia I
Unidade 5 151
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia I
Unidade 5 153
Universidade do Sul de Santa Catarina
154
História da Filosofia I
jovem que seu pai” o predicado “ser mais jovem que seu pai” é
necessário, pois é absurdo imaginar o contrário.
Veja um exemplo.
Unidade 5 155
Universidade do Sul de Santa Catarina
As primeiras causas
Assim como o verbo ser possui diversos usos, há um outro termo
fundamental para a ciência, que também costuma ser usado em
sentidos diferentes. Trata-se da palavra causa (aitia, em grego). A
partir de uma análise detalhada do uso dessa palavra, Aristóteles
formula a sua teoria das quatro causas: formal, material, eficiente
e final.
Veja um exemplo.
156
História da Filosofia I
Os primeiros princípios
Aristóteles identificou três princípios que servem de fundamento
para todas as ciências e até mesmo para a Lógica. São os
princípios da enunciação do ser, os quais regem todas as nossas
declarações.
Unidade 5 157
Universidade do Sul de Santa Catarina
158
História da Filosofia I
Atenção!
Assim como o Demiurgo, de Platão, o primeiro motor,
de Aristóteles, não é o criador da matéria.
Unidade 5 159
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Somente tendo uma compreensão correta do ser
enquanto ser, das primeiras causas e dos primeiros
princípios, é que poderemos alcançar, de fato, um
conhecimento científico sobre a realidade.
160
História da Filosofia I
Unidade 5 161
Universidade do Sul de Santa Catarina
A astronomia
Além de matéria e forma, para pensarmos a
natureza precisamos também da idéia de espaço ou
de lugares. Identificando tipos diferentes de lugar e
de matéria, Aristóteles formula uma concepção de
universo bastante elaborada.
162
História da Filosofia I
A psicologia
Para Aristóteles, como já vimos, a matéria não possui nenhum
movimento intrínseco. No entanto encontramos na natureza
seres animados, os quais possuem em si mesmos um princípio de
movimento. Esse princípio é a alma (psykhé). Ela é a forma que
organiza os seres animados. Aristóteles a define assim: “a alma é
aquela coisa devido à qual vivemos, sentimos e pensamos” (2001,
p. 56).
Unidade 5 163
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Embora Aristóteles elabore uma teoria da alma bem
mais complexa que a de Platão, ele não chega a se
desprender totalmente das bases estabelecidas pelo
seu antigo mestre.
164
História da Filosofia I
A ética
Na Ética a Nicômaco [1098a5], Aristóteles afirma que a
característica mais peculiar do homem é a racionalidade e que “a
função do homem [sua causa final] é uma atividade da alma que
segue ou que implica um princípio racional” (1987, p. 16).
Unidade 5 165
Universidade do Sul de Santa Catarina
2. a busca do prazer; e
166
História da Filosofia I
Para Aristóteles:
a ação virtuosa é o justo meio-termo entre uma
carência e um excesso;
a virtude é uma disposição do caráter que consiste no
hábito de agir bem.
Política
Entre os elementos que podem interferir na felicidade, a vida
em sociedade merece uma atenção especial, na medida em que é
possível interferir nela de forma racional e planejada.
Unidade 5 167
Universidade do Sul de Santa Catarina
168
História da Filosofia I
SEÇÃO 9 - A poética
A Poética é a principal obra de Aristóteles sobre o conhecimento
produtivo. Platão havia criticado a poesia por não ter um
compromisso com a verdade. Aristóteles concorda com seu
mestre que a poesia não possa servir de base para o conhecimento
da verdade ou para orientar a busca da felicidade. Mesmo assim,
o estagirita acredita que a produção artística tem sua função e sua
importância e que seus aspectos formais merecem ser estudados e
compreendidos.
Mímesis e kátharsis
A poesia é uma imitação (mímesis) das ações humanas, que leva
em consideração os motivos, o contexto e os resultados obtidos.
Não serve de modelo para o comportamento ético, embora
permita ao espectador identificar formas arquetípicas de ação,
julgá-las e comparar seu julgamento com os de outras pessoas.
Mas não é esse o motivo pelo qual a poesia, a arte de uma
maneira geral, é tão importante para o ser humano. A principal
função da obra de arte é mexer com as nossas emoções.
Unidade 5 169
Universidade do Sul de Santa Catarina
170
História da Filosofia I
Unidade 5 171
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Hoje, a metafísica de Aristotélica é rejeitada e
atacada por todos os lados, embora se reconheça
enfaticamente sua importância histórica. Mas, se a
metafísica do estagirita já não convence os filósofos
e cientistas contemporâneos, não se pode dizer o
mesmo de outras contribuições do fundador do Liceu.
Suas idéias ainda continuam sendo o fundamento de
algumas disciplinas teóricas como, por exemplo, a
Lógica e a Ética.
Síntese
172
História da Filosofia I
Unidade 5 173
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de auto-avaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1. Aprendendo grego
a) Aísthesis: l) morphé:
b) Aitia: m) órganon:
c) Empeiría: n) ousía:
d) Episteme: o) phantasía:
e) Eudaimonía: p) poíesis:
f) Hylé: q) práxis:
g) Hypokeimenon: r) próte philosophia:
h) Kátharsis: s) psykhé:
i) lógos apophantikos: t) synolos:
j) mímesis: u) téchne:
k) mnemosyne: v) télos:
174
História da Filosofia I
Livro
Óculos
Capacete
Flor
Suor
Grão de areia
Calendário
Universo
Pólis
Ser humano
Unidade 5 175
Universidade do Sul de Santa Catarina
h) As quatro causas
i) Os três princípios
j) Forma mais elementar do raciocínio, segundo a Lógica aristotélica
k) O objetivo da prática da virtude
A O U I M Q E A I A A I F O S O L I F
R Z D T R K S Z H O I G I E E F O R P
I L S I L O G I S M O R L R L S C V N
S N R K P G T F R A F A I D L I S O D
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T E R C E I R O E X C L U I D O D M E
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História da Filosofia I
continua
Unidade 5 177
Universidade do Sul de Santa Catarina
178
História da Filosofia I
Saiba Mais
Unidade 5 179
6
UNIDADE 6
O período helenístico
Objetivos de aprendizagem
Identificar as principais etapas de desenvolvimento da
filosofia helenística.
Diferenciar as principais escolas do helenismo.
Seções de estudo
Seção 1 O desaparecimento da pólis e a reinvenção
do homem grego
Seção 2 Os cínicos
Seção 3 O ceticismo
Seção 4 O epicurismo
Seção 5 O estoicismo
Atenção!
Nesse período, a filosofia sofre uma profunda
reformulação: os sistemas de Platão e Aristóteles
já não atendem às necessidades dos grandes
intelectuais da época e é preciso buscar novas formas
de pensar a realidade.
Contexto histórico
Em 490 a.C., um grande número de cidades-Estado gregas se
uniram na luta contra a invasão dos persas. Após a vitória dos
gregos, começa uma disputa interna entre Atenas e Esparta, na
busca do controle econômico e militar sobre as demais cidades-
Estado. A partir do ano 431 a.C., essa disputa se transforma
em uma guerra (a guerra do Peloponeso). Essa guerra abalou
o sentimento de unidade dos gregos e consumiu recursos
182
História da Filosofia I
Unidade 6 183
Universidade do Sul de Santa Catarina
A Autarcia
Os gregos formavam um povo que, acima de tudo, amava a
liberdade. Vivendo em um grande império, essa liberdade deixa
de ter um sentido político e passa a ter, cada vez mais, uma
conotação individual. Ganha força, então, a noção de autarcia
(autárkheia).
A palavra grega autárkheia é
formada pelos vocábulos autos (si Embora não tivesse acesso à esfera mais elevada das decisões,
mesmo) e arkeo (ser suficiente). o cidadão grego gozava de uma liberdade política nunca antes
Literalmente tem o sentido de desfrutada. Com o império, sua ação era limitada muito mais por
auto-suficiência. instituições políticas concebidas de forma racional do que pelas
exigências arbitrárias de algum governante inebriado pelo poder.
O homem grego tornara-se cosmopolita, podendo deslocar-
se, a seu bel-prazer, para qualquer parte do mundo conhecido;
havia liberdade para cada um escolher sua própria religião e, até
mesmo, para não seguir nenhum preceito religioso.
Ataraxia
Embora tenham surgido diversas correntes filosóficas no período
helenístico, há um ponto em comum entre elas: a tese de que a
felicidade é alcançada quando conquistamos a tranqüilidade
interior.
184
História da Filosofia I
Unidade 6 185
Universidade do Sul de Santa Catarina
SEÇÃO 2 - Os cínicos
Desde a sua origem, com Tales de Mileto, até o seu auge,
alcançado em Atenas com Sócrates, Platão e Aristóteles,
a filosofia esteve restrita às elites gregas. Embora muitos
filósofos tenham levado uma vida simples e sem ostentação,
eles nunca se afastaram, de fato, dos círculos sociais da
aristocracia. O primeiro a fazer isso foi Antístenes de
Atenas.
186
História da Filosofia I
Atenção!
Antístenes e seus seguidores não eram cínicos no
sentido atual da palavra.
Pelo contrário, eles faziam questão de ser o exemplo
vivo das idéias que defendiam.
Atenção!
Não confunda o filósofo cínico Diógenes de Sínope
com o historiador da filosofia Diógenes Laertius.
Unidade 6 187
Universidade do Sul de Santa Catarina
SEÇÃO 3 - O ceticismo
O ceticismo é uma das doutrinas que surgem no período
helenístico, voltadas para a obtenção da tranqüilidade da alma.
A principal tese dos filósofos céticos é a de que, para alcançar
a tranqüilidade, é preciso controlar nosso desejo de ter certezas
absolutas.
188
História da Filosofia I
Unidade 6 189
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atenção!
Tome cuidado para não confundir o filósofo cético
Pirro de Élis com o grande general macedônio Pirro de
Épiro.
SEÇÃO 4 - O epicurismo
Também chamada de hedonismo e de filosofia do jardim, o
epicurismo é outra doutrina filosófica que surge no período
helenístico, voltada para a obtenção da serenidade interior.
190
História da Filosofia I
Unidade 6 191
Universidade do Sul de Santa Catarina
192
História da Filosofia I
A ética epicurista
A ética é a parte central da filosofia epicurista. Para Epicuro, a
filosofia deveria servir como via de acesso à verdadeira felicidade.
Unidade 6 193
Universidade do Sul de Santa Catarina
194
História da Filosofia I
SEÇÃO 5 - estoicismo
O estoicismo foi a mais influente das escolas helenísticas, a que
teve maior número de seguidores e a que perdurou como tradição
intelectual por mais tempo. Foi também a mais universalista das
escolas helenísticas.
Unidade 6 195
Universidade do Sul de Santa Catarina
A ética estóica
Tudo na natureza é governado pela Razão (Lógos). Essa Razão pode
ser chamada de alma do mundo ou mesmo de Deus. Tudo existe e
acontece segundo uma predeterminação rigorosa. Concebida
desta forma, a natureza é, em si mesma, justa e divina.
196
História da Filosofia I
Unidade 6 197
Universidade do Sul de Santa Catarina
198
História da Filosofia I
Síntese
Unidade 6 199
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de auto-avaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
Pontos de
discordância
Propostas
coincidentes
200
História da Filosofia I
A O U I M Q E A I A I R S Z A I A S Z
R Z D T R K S Z H O I G I E E F O R P
I L S I R O G I L M O R L R L S C V N
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S O T S I N O M L O L A I R E M A R T
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T C E D C E M H A A I S Z E N A O I I
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Unidade 6 201
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba Mais
202
Para concluir o estudo
Parabéns! Você venceu esta importante etapa de estudo
do livro didático História da Filosofia I. Tenho certeza
de que agora você sabe um pouco mais sobre a História
da Filosofia Antiga do que sabia antes. Esse é o objetivo
fundamental desta disciplina.
Um grande abraço,
a) 2 e) 4
b) 6 f) 3
c) 1 g) 6
d) 6 h) 5
2)
a) physis, causalidade, arkhé, kósmos, lógos e caráter crítico.
b) atividade pessoal.
c) resposta pessoal. Uma possível resposta seria a seguinte:
3)
a) arkhé e) areté
b) physis f) kósmos
c) lógos g) kháos
d) pólis
UNIDADE 2
1)
2)
a) verdade i) discórdia
b) ilimitado ou infinito j) intelecto
c) princípio k) tudo flui
d) indiviso l) amizade
e) justiça m) natureza
f) opinião, crença n) combate
g) ordem, organização o) cidade-Estado; micro-país
h) discurso, fala, razão p) fogo
3)
a) Resposta pessoal. Entre os vários aspectos que podem ser destacados,
interessante considerar que os filósofos pré-socráticos eram, em sua
maioria, pessoas oriundas das classes sociais emergentes, principalmente
ligadas ao comércio. Essa nova elite econômica se esforçava para se
firmar também como elite política. Os filósofos desse período, aqueles
que entraram para a história, foram pessoas que se destacaram por seus
dotes intelectuais e pela habilidade de defender idéias inovadoras. Essas
características os habilitavam a participar ativamente das transformações
sociais que marcaram o surgimento da democracia.
b) Heráclito possuía prerrogativas reais (era o legítimo herdeiro do trono)
em uma época de transição da monarquia para a democracia. O poder do
rei havia sido limitado pelo crescente poder das novas elites econômicas.
Com a implantação da democracia em Éfeso, Heráclito, que era dotado de
uma grande inteligência, provinha de uma família nobre e tinha recebido
210
História da Filosofia I
UNIDADE 3
1) O seguinte quadro pode ser proposto:
a) génos g) epistéme
b) areté h) kósmos
c) physis i) nómos
d) agón j) agorá
e) eudaimonía k) sophistés
f) dóxa
211
Universidade do Sul de Santa Catarina
UNIDADE 4
1)
2)
Elemento Mito do
Parte da alma Parte do corpo Função Virtude Função da pólis
da alma carro alado
Elemento Prudência ou Administração
Superior Cabeça Razão Cocheiro
racional sabedoria e Educação
Elemento Cavalo
Intermediário Tórax Sentimentos Fortaleza Defesa
irascível puro sangue
Baixo Prazer, dor,
Elemento Produção de
Inferior necessidades Temperança Cavalo mestiço
concupiscente Ventre bens
corporais
212
História da Filosofia I
3)
a) verdade j) Despreocupação
b) sem saída k) Amor
c) opinião, crença, conhecimento subjetivo l) Esquecimento
d) ciência m) Penúria (ou Pobreza)
e) natureza n) Recurso
f) amplitude, largura, grande dimensão
g) alma
h) mundo sensível
i) mundo inteligível
UNIDADE 5
1)
a) sensação l) forma
b) causa m) instrumento
c) experiência n) essência
d) ciência o) imaginação
e) felicidade p) fabricação, construção
f) matéria q) prática
g) substância r) filosofia primeira
h) kátharsis s) alma
i) juízo t) composição
j) imitação u) arte, técnica
k) memória v) finalidade, objetivo
213
Universidade do Sul de Santa Catarina
Folhas Registrar
encadernadas
Livro Papel e tinta compondo um Processo industrial informações,
imagens e peças
paralelepípedo literárias
achatado
Duas lentes e duas Melhorar a visão
Metal, vidro e
Óculos hastes ligadas a Processo industrial e/ou proteger os
plástico uma armação olhos
Fibra de carbono Diversos formatos,
ou resina que geralmente
termoplástica, se aproximam de Processo industrial Proteger a cabeça
Capacete espuma, isopor, de impactos
uma superfície
tecido, metal, esférica secionada
policarbonato
Pétalas ligadas Permitir a
a um cálice Desenvolvimento
Flor Matéria orgânica polinização e a
contendo estames orgânico reprodução
e carpelos
Produzido
Água e Regular a
e excretado
Suor Líquido incolor temperatura
sais minerais pelas glândulas corporal
sudoríparas
Conjunto
ordenado, Elaboração Racionalizar o
Calendário - períodos intelectual tempo
cronológicos (dias,
semanas e meses)
Suprir as
Há várias teorias: limitações
Pessoas, - instituição divina do indivíduo
propriedades
Pólis - - natureza e permitir o
móveis e imóveis,
humana; desenvolvimento
leis, governo
- contrato social de suas
potencialidades
214
- Estrutura
extremamente
complexa
- Corpo animado Fecundação e
- Células; composto por gestação;
- Carne, osso, cabeça, tronco, Crescimento
Ser humano sangue, tecido membros orgânico; Felicidade
adiposo, superiores e
inferiores Educação.
cartilagens, etc.
- Sistemas
esquelético,
muscular, visceral,
tegumentar, etc.
3)
A O U I M Q E A I A A I F O S O L I F
R Z D T R K S Z H O I G I E E F O R P
I L S I L O G I S M O R L R L S C V N
S N R K P G T F R A F A I D L I S O D
T R S A C U L O X V I I P O T S I R E
O T H E I C F L Z A A L E X A N D R E
T O G O N N A H I D L U Q E A P O Z L
E S T A G I R A I C A I A S Z M Z F O
L T I P G C A A F M Z A E R I P U O J
E I F O X O M U E O H I F E O A O R M
S O T S I M O M L R L A I R E T A M A
A R H I P A F F I U A F C Z D T I A P
C U L O X C X E C O C F I N A L L L R
X O M T K O E S I X Z N E D R K S Z O
X Z A O S S R D D A E A N I M P G A I
T I E D C E M H A A I S T A L I A I A
U D H E H O U L D A X Q E M E D E I D
O E I R A D A P E D E D A L N O V F O
U N O H T A R M R I I R K I Q H O U I
Z T A P E R I P A T E T I C O S I E R
P I R E N O S Z O D E T E E K S Z Z T
I D S R A R T I E L X E T U R R I R E
C A N S S I A N T E M L U P D T F M I
A D O F Q N A O C O N T R A D I Ç A O
T E R C E I R O E X C L U I D O D M E
215
UNIDADE 6
1)
216
2)
A O U I M Q E A I A I R S Z A I A S Z
R Z D T R K S Z H O I G I E E F O R P
I L S I R O G I L M O R L R L S C V N
S N R K P G T F R A F A I D L I S O D
G R S A C U L O X V I I P O T S I R E
O T H E I C F L Z S E N E T S I T N A
B O G O N N A H I E L U Q E A P O Z L
E S T A H I R A I N A I A S Z M Z F S
L T I P G C A A F E Z A E R I P U O E
E I F O X O M U E G H I F E O A O R X
S O T S I N O M L O L A I R E M A R T
A R H I P A F F I I A F R Z P I R R O
C U L O X C X E B D C F I N C L L L E
X L M T K O E S I X Z N E D R K S Z M
X U A O S S R D D A E A N S M P G A P
T C E D C E M H A A I S Z E N A O I I
U R H E H O U L D A X Q E N E D E I R
O E P I C U R O E D E D A E N O V F I
U C O H T A R M R I I R K C Q H O U C
Z I A P B R I P A T E T I A O S I E O
P O R E N O S Z O D E T E E K S Z Z K
I D S R A R T I E L X E T U R R I R E
217