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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

DR FRANCISCO NOGUEIRA DE LIMA

ALEX DE SOUZA PEREIRA


IVAIL AMÉRICO
LUCAS HENRIQUE PINHEIRO
MARIA JOSILANIA GOMES AZEVEDO
REGINA APARECIDA DE OLIVEIRA

IMPACTOS CAUSADOS PELAS IMPUREZAS NA EXTRAÇÃO DE


CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR POR MOENDAS

CASA BRANCA/ SP
2011
ALEX DE SOUZA PEREIRA
IVAIL AMÉRICO
LUCAS HENRIQUE PINHEIRO
MARIA JOSILANIA GOMES AZEVEDO
REGINA APARECIDA DE OLIVEIRA

IMPACTOS CAUSADOS PELAS IMPUREZAS NA EXTRAÇÃO DE


CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR POR MOENDAS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à ETEC Dr Francisco
Nogueira de Lima – Casa Branca, como
parte dos requisitos para obtenção do
Título de Técnico em Açúcar e Álcool.
Orientador: Prof. Caio Francisco Covre

Casa Branca/ SP
2011
ALEX DE SOUZA PEREIRA
IVAIL AMÉRICO
LUCAS HENRIQUE PINHEIRO
MARIA JOSILANIA GOMES AZEVEDO
REGINA APARECIDA DE OLIVEIRA

IMPACTOS CAUSADOS PELAS IMPUREZAS NA EXTRAÇÃO DE


CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR POR MOENDAS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à ETEC Dr Francisco
Nogueira de Lima – Casa Branca, como
parte dos requisitos para obtenção do
Título de Técnico em Açúcar e Álcool.
Orientador: Prof. Caio Francisco Covre

Aprovação em: 08/ 12/ 2011

--------------------------------------------------
Prof. Caio Francisco Covre
ETEC Dr Francisco Nogueira de Lima
Orientador

--------------------------------------------------
Prof. : Martha Eugenio Delphino
ETEC Dr Francisco Nogueira de Lima
Avaliador (A)
Dedicatória

Dedicamos este trabalho a Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem


nos dado principalmente por não nos deixar abater pelas indiferenças.
Epígrafe
“Agora eu me tornei a morte, a
destruidora de mundos”.
Com essa citação literária, do livro
'Bhagavad Gîta' o físico americano
Robert Oppenheimer saudou o
cogumelo de fogo que brilhou às 5h30
da manhã no deserto no Novo México,
no dia 16 de julho de 1945.
AGRADECIMENTO

Colaboradores da Usina Santa Cruz Agro Indústria

Mauro Henrique Dias - encarregado da moenda

Rogerio Fernandes da Silva - operador moenda

Benedito Tadeu Domingues - operador moenda

Mario Donizette Consoni - operador moenda

Rodrigo Antônio Bezerra – Encarregado do Controle de Produção

Osmar Fioroto Coutinho – líder turno laboratório central

Patrícia Almeida dos Reis – analista laboratório

Jose Carlos Alves Rodrigues - analista laboratório

Aos nossos professores


Delma Sozza de Morais
Eder Valério
Elicarlos Donizeti Violim
Martha Eugenia Rosin Delphino

Coordenador do curso
Caio Francisco Covre

A vice-diretora do colégio municipal “João Elias Margutti”


Alessandra Roberta Frisanco Mazzotti
RESUMO

As usinas sucroalcooleiras expandem ano a ano devido a grande procura


dos seus produtos, sua tecnologia aumenta o rendimento e a qualidade da
produção e dos processos.
A moagem da cana tem como objetivo extrair o caldo com a melhor
relação custo x benefício. Toda a gestão do processo de extração do caldo deve
estar voltada para atender o produto final com qualidade visando esta finalidade.
No planejamento e gestão do processo de extração as usinas
sucroalcooleiras têm como objetivo obter a qualidade ótima do processo para que
a matéria-prima seja aproveitada adequadamente atendendo assim a qualidade
desejada. A qualidade pode ser planejada em novos projetos ou por meio da
gestão, através de um estudo da situação atual, adequando os desvios de
qualidade para plantas existentes. O conhecimento tecnológico das etapas de
processo dá o suporte para o planejamento e gestão.
Este trabalho tem como objetivo sintetizar o conhecimento tecnológico e
prático existente no processo de limpeza a seco por ventilação da cana-de-
açúcar, disponibilizando um referencial para projetos que envolvem as etapas de
moagem usando como base de estudos os processos da moenda.
Isso ajudará a manter os padrões de qualidade com a máxima extração
sem perda de sacarose e quebra de equipamentos.

Palavras chaves: extração de caldo de cana de açúcar utilizando a moenda,


limpeza a seco por ventilação.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA1 Hilo........................................................................................................21
FIGURA 2 Mesa alimentadora mais hilo................................................................22
FIGURA 3 Condutor de cana (Fives-LiIle Cail) .....................................................23
FIGURA 4 Esteira transportadora de cana............................................................24
FIGURA 5 Nivelador..............................................................................................24
FIGURA 6 Jogo facas oscilantes...........................................................................25
FIGURA 7 Desfibrador...........................................................................................26
FIGURA 8 Espalhador...........................................................................................27
FIGURA 9 Separador magnético...........................................................................28
FIGURA 10 Condutor intermediário com rastelos..................................................28
FIGURA 11 Fixação das cantoneiras.....................................................................29
FIGURA 12 Chute de alimentação para uma moenda intermediária.....................29
FIGURA 13 Condutor intermediário com taliscas..................................................30
FIGURA 14 Esteira de arraste intermediaria.........................................................31
FIGURA 15 Donnelly..............................................................................................32
FIGURA 15a Esquema da disposição dos cilindros e seus sentidos de giros .....33
FIGURA 17 Esquema de um terno de moenda.....................................................34
FIGURA 18 Componentes ternos da moenda.......................................................35
FIGURA 19 Rolos da moenda...............................................................................36
FIGURA 20 Rolo Esmagador Fulton.....................................................................37
FIGURA 24a. Exemplo de um castelo de moenda (DEDINI, 2007).......................38
FIGURA 25a.Localização dos castelos no terno de moenda (DEDINI, 2007).......39
FIGURA 26a: Componentes do sistema de regulagem da bagaceira...................40
FIGURA 27a: Localização e regulagem da bagaceira (DEDINI, 007)...................41
FIGURA 28a: Cabeçotes laterais de entrada e saída (DEDINI, 2007)..................42
FIGURA 29a: Localização dos cabeçotes laterais de entrada e saída..................42
FIGURA 30a: Componentes do rolo inferior (DEDINI, 2007).................................43
FIGURA 31a: Componentes de um mancal inferior...............................................44
FIGURA 32a: Localização dos rolos inferiores de entrada e saída do terno de........
moenda..................................................................................................................45
FIGURA 33a: Componentes do rolo de pressão (DEDINI, 2007)..........................46
FIGURA 34a: Localização do rolo de pressão no terno de moenda......................46
FIGURA 35a: Componentes do rolo superior (DEDINI, 2007)...............................47
FIGURA 36a: Localização do rolo superior no terno de moenda..........................48
FIGURA 37a: Componentes do cabeçote hidráulico (DEDINI, 2007)....................49
FIGURA 38a:Localização dos cabeçotes hidráulicos no terno de moenda..........50
FIGURA 39a: Pente superior e pente inferior do terno de moenda.......................51
FIGURA 21 Peneira Peck......................................................................................52
FIGURA 22 Embebição composta com bombas de rotor aberto e peneira Peck..52
FIGURA 23 Peneira rotativa..................................................................................53
FIGURA 25 Caldo clarificado.................................................................................55
FIGURA 26 Caldo misto.........................................................................................56
FIGURA 27 Bagaço de cana-de-açúcar................................................................57
FIGURA 28 Limpeza a seco de cana-de-açúcar...................................................57
FIGURA 29 Pátio de cana-de-açúcar ...................................................................58
FIGURA 30 Densidade da cana-de-açúcar ..........................................................59
FIGURA 31 Descarregamento de cana na mesa alimentadora............................60
FIGURA 32 Mesa alimentadora.............................................................................61
FIGURA 1L.Esteira alimentadora de cana adotada pela usina Santa Cruz.........62
FIGURA 2L. Esgotamento de impurezas minerais e condução de impurezas..........
vegetais..................................................................................................................62
FIGURA 3L. Funcionamento de limpeza por ventilação para cana picada.........63
FIGURA 4L. Equipamento de limpeza a seco por ventilação para cana picada...64
FIGURA 5L. Funcionamento de limpeza a seco por ventilação para cana...............
inteira.....................................................................................................................64
FIGURA 6L. Equipamento de limpeza a seco por ventilação para cana...................
inteira.....................................................................................................................65
FIGURA 7L Esteira de arraste de cana-de-açúcar ...............................................65
FIGURA 33 Nivelador............................................................................................66
FIGURA 34 Nivelador e picador.............................................................................66
FIGURA 35 Desfibrador.........................................................................................67
FIGURA 36 Funcionamento do espalhador...........................................................67
FIGURA 38 Eletroimã............................................................................................68
FIGURA 39 Funcionamento do terno de moenda.................................................69
FIGURA 40 Esquema de trabalho dos rolos..........................................................70
FIGURA 41 Esquema de funcionamento da esteira..............................................70
FIGURA 42 Esquema de embebição simples........................................................71
FIGURA 43 Esquema de embebição composta....................................................72
FIGURA 44 Peneira rotativa..................................................................................73
FIGURA 45 Tanques pulmão primário e secundário. ...........................................74
FIGURA 46 Quantidade das impurezas da cana-de-açúcar..................................75
LISTA DE TABELAS

TABELA 16 Capacidade do terno de moenda..................................................34


TABELA 24 Composição do caldo de cana-de-açúcar ...................................54
TABELA 2r. Composição da cana-de-açúcar .................................................75
TABELA 4r. Consequência das impurezas no processo industrial.................76
TABELA 15t. Open cell (índice de preparo cana)..............................................77
TABELA 16t. Eficiência na extração da moenda...............................................77
TABELA 5r. Consumo de água na embebição................................................77
LISTA DE GRÁFICO.

Gráfico 1G. Consequências das impurezas no consumo de potência...............76


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Lista de Abreviaturas
Prof - Professor
Pag. - página
www. - World Wide Web
http. - Hyper Transfer Transport Protocol
ed. - editora
vol. - volume
trad. - tradução

Lista de Siglas
m- metro
t- tonelada
m/min - metro por minuto
mm - milímetro
tc/d - tonelada de cana diária
N° - número
m/s - metro por segundo
cm - centímetro
RPM - rotação por minuto
cv - cavalo a vapor ou potência
m/min -metro por minuto
kg/m³ - quilograma por metro cúbico
tch - tonelada de cana por hora
m² - metro quadrado
m³/h - metro cúbico por hora
µm - micrômetro
kg - quilograma
m³ - metro cúbico
kg/t - quilograma por tonelada
kwt/tc - quilowatt por tonelada de cana
l/safra - litro por safra
t/h - tonelada por hora
kg/tc - quilograma por tonelada de cana
Tcd - tonelada de cana diária
LISTA DE SÍMBOLOS

” - Polegada
° - Grau
% - Porcentagem
± - Por volta de
R$ - Custo em reais
> - Maior que
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................19
1.1.Tema................................................................................................................19
1.2. Problema.........................................................................................................19
1.3. Objetivo ......................................................................................................19
1.3.1. Objetivo geral...............................................................................................19
1.3.2. Objetivo específico ......................................................................................19
1.4. Justificativa. ....................................................................................................19
2. REVISÃO DA LITERATURA ...........................................................................20
2.1. Extração de caldo cana-de-açúcar através da moenda ................................20
2.1.1 Hilo..............................................................................................................20
2.1.2 Mesa alimentadora .....................................................................................22
2.1.3 Esteira Transportadora(ou condutor de cana-de-açúcar) ..........................23
2.1.4 Nivelador.....................................................................................................24
2.1.5 Picador .......................................................................................................25
2.1.6 Desfibrador..................................................................................................26
2.1.7 Espalhador .................................................................................................27
2.1.8 Separador magnético ................................................................................28
2.1.9 Esteira de arraste intermediário .................................................................28
2.1.9.1 Condutores intermediários de arrasto com rastelo.................................28
2.1.9.2 Condutores intermediários com taliscas.................................................30
2.1.10 Donnely – calha de alimentação por gravidade........................................32
2.1.11 Moenda ...................................................................................................33
2.1.11.1 Esmagador fulton.................................................................................37
2.1.11.2 Castelo.................................................................................................37
2.1.11.3 Bagaceira.............................................................................................39
2.1.11.4 Cabeçotes laterais. .............................................................................41
2.1.11.5 Rolos inferiores. ..................................................................................43
2.1.11.6 Rolo de pressão...................................................................................45
2.1.11.7 Rolo superior........................................................................................47
2.1.11.8 Cabeçotes hidráulicos. ........................................................................48
2.1.11.9 Pente superior......................................................................................50
2.1.12 Peneira rotativa.......................................................................................51
2.1.13 Caldo de cana-de-açúcar .....................................................................54
2.1.13.1 Caldo clarificado..................................................................................55
2.1.13.2 Caldo misto..........................................................................................55
2.1.14 Bagaço de cana-de-açúcar.....................................................................56
2.1.15 limpeza a seco de cana-de-açúcar.........................................................57
3. METODOLOGIA................................................................................................58
3.1 Pátio...............................................................................................................58
3.2 Preparo da cana-de-açúcar............................................................................58
3.2.1 Índice de preparo (Open Cell) ......................................................................59
3.2.2 Densidade da cana-de-açúcar......................................................................59
3.3 Hilo...................................................................................................................60
3.4 Mesa alimentadora...........................................................................................60
3.5 O método de limpeza a seco de cana-de-açúcar............................................61
3.5.1 Método convencional.................................................................................61
3.5.2 Método moderno.......................................................................................62
3.6 Esteiras de arraste cana-de-açúcar................................................................65
3.7 Nivelador.........................................................................................................66
3.8 Picador............................................................................................................66
3.9 Desfibrador......................................................................................................67
3.10 Espalhador...................................................................................................67
3.11 Eletroímã......................................................................................................68
3.12 Ternos da moenda.........................................................................................68
3.12.1 Rolo de pressão........................................................................................69
3.12.2 Rolo superior............................................................................................69
3.12.3 Rolos inferiores.........................................................................................69
3.13 Esteira de arraste intermediário ....................................................................70
3.14 Embebição.....................................................................................................71
3.14.1 Embebição simples.....................................................................................71
3.14.2 Embebição composta.................................................................................72
3.15 Peneira rotativa..............................................................................................72
3.16 Tanque pulmão..............................................................................................73
4 RESULTADOS...................................................................................................75
5 DISCUSSÃO.......................................................................................................79
6 CONCLUSÃO.....................................................................................................81
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................82
1. INTRODUÇÃO

1.1. Tema

Extração do caldo de cana-de-açúcar através da moenda.

1.2. Problema

Ineficiência na extração de caldo devido à qualidade do preparo da cana-


de-açúcar.

1.3. Objetivo

1.3.1. Objetivo geral

Obter a melhor eficiência na extração do caldo, com o menor índice de


perdas de sacarose e custo de manutenção.

1.3.2. Objetivo específico

Implantar o sistema de limpeza de cana a seco por ventilação definindo


seus excelentes resultados no preparo e extração de cana-de-açúcar.

1.4. Justificativa.

Devido a grande perda de sacarose na extração por moendas as usinas


sucroalcooleiras vêm obtendo ao longo dos anos vários estudos sobre como
manter a eficiência na extração de caldo de cana-de-açúcar.

19
Este estudo tem como finalidade auxiliar os proprietários das usinas
sucroalcooleiras à importância do preparo da matéria prima antes da extração
ressaltando as vantagens do método de limpeza a seco por ventilação para que
assim seja substituído o uso de métodos convencionais de limpeza de cana-de-
açúcar pelo método mais moderno gerando a melhor extração pelas moendas com
menor consumo de energia, menores perdas de sacarose e baixo custo com
manutenção e quebra de equipamentos visando um maior ganho econômico.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Extração do caldo cana-de-açúcar através da moenda

2.1.1 Hilo

O hilo possui uma estrutura tubular ou de perfis laminados, que


sustenta um sistema de cabos com polias. Estas movimentam uma viga
horizontal dotada de ganchos, num movimento ascendente e
descendente. O hilo pode ser utilizado para descarga de cana picada ou
cana inteira, em pátios ou diretamente no sistema de alimentação. Possui
altura entre 13 – 16 m e capacidade de carga que varia de 20 – 50 Ton. A
Figura 1 mostra um esquema de um hilo mecânico. (CALTAROSSO,
2008)

20
Figura 1. Hilo

(Fonte. http://www.brumazi.com.br/)

 Tipo = 06 cabos / 08 cabos


 Capacidade = 15 a 40 t.
 Velocidade de elevação = 16 m/min
 Diâmetro do cabo = 5/8"- 1"
 Acionamento = tambor / mancais / redutor / motor / inversor de frequência
/fim de curso / freio

21
2.1.2 Mesa alimentadora

As mesas alimentadoras podem ser classificadas como mesas


convencionais, que possuem uma inclinação de até 18º, e mesas de 45º, cuja
inclinação é correspondente ao seu nome. Atualmente são utilizadas apenas as
mesas alimentadoras com inclinação de 45º, pois propiciam uma alimentação mais
uniforme, eficiente e de fácil controle. (CALTAROSSO, 2008)

Figura 2. Mesa alimentadora mais hilo

(fonte. http://www.brumazi.com.br)

 Tipo = corrente com taliscas


 Largura = 9.000 a 13.000 mm
 Capacidade = 3.000 a 20.000 tc/dia
 N° de linhas de corrente = 15 a 18
 Acionamento = motor / redutor / inversor de frequência / Acoplamento
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

22
2.1.3 Esteira Transportadora (ou condutor de cana-de-açúcar)

O condutor de cana-de-açúcar é um tapete rolante, pelo qual a cana é


introduzida na usina e que assegura a alimentação das moendas, transportando a
cana do pátio ao esmagador (ou à moenda esmagadora). como uma boa
alimentação do esmagador exige uma queda bastante grande o condutor
normalmente possui uma parte ascendente. ( HUGOT, 1969)

Figura 3. Condutor de cana (Fives-LiIle Cail).

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da Engenharia. Vol. I pag. 31 Trad.


Irmtrud Miocque. Ed. Mestre Jou. São Paulo.)

Distinguem-se:

1.° A parte horizontal.

2.° A parte inclinada.

3.° A cabeça na chegada acima do esmagador.

Inclinação

O declive da parte inclinada varia de 27% (15°) a um máximo de 40% (20°)

Comprimento na parte inclinada

É o comprimento necessário para atingir pela inclinação adotada o nível


desejado acima do esmagador.

Geralmente a altura, acima do solo das moendas, do ponto mais alto do


condutor de cana será de cerca de: 6 a 7 m, no caso de um esmagador comum
com 2 rolos, colocado antes da 1ª moenda; 4 a 5 m, no caso de uma moenda

23
esmagadora com 3 rolos. A largura do condutor deve ser igual a largura do rolos
da moenda para alimentar de maneira uniforme. ( HUGOT, 1969)

A velocidade do condutor não é estabelecida de maneira rígida. É, porém,


conveniente que seja relacionada à velocidade periférica do esmagador ou das
moendas, por exemplo, a metade desta: ( HUGOT, 1969)

Figura 4. Esteira transportadora de cana.

(Fonte. http://www.brumazi.com.br)

 Tipo = corrente com taliscas


 Capacidade = 3.000 a 20.000 tc/dia
 N° de linhas de corrente = 2 a 4
 Acionamento = motor / redutor / inversor de frequência / acoplamento
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

2.1.4 Nivelador

O nivelador consiste em um eixo robusto colocado transversalmente (ao


movimento da) à esteira metálica, no qual são montados os suportes que sustentam
as lâminas oscilantes ou fixas. Esse conjunto recebe o nome de rotor e gira sobre
mancais de rolamento com uma velocidade periférica entre 50 e 60 m/s
(CALTAROSSO, 2008)

Figura 5. Nivelador

(Fonte: Usina Santa Cruz agro indústria)

24
2.1.5 Picador

O picador é constituído por um ou dois jogos de facas (dois conjuntos em


sequência) que prepara a cana para ser enviada ao desfibrador. É um equipamento
rotativo de facas oscilantes, que opera a uma velocidade periférica de 60m/s tendo
sentido de rotação correspondente ao da esteira metálica. (CALTAROSSO, 2008)

Figura 6. Jogo facas oscilantes

(Fonte. http://www.brumazi.com.br)

 Tipo = suporte triangular com facas oscilantes


 Capacidade = 3.000 a 20.000 tc/dia
 Acionamento = turbina a vapor ou motor / redutor / acoplamento
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

25
2.1.6 Desfibrador

O desfibrador é formado por um tambor alimentador que


compacta a cana à sua entrada. Em seguida, um rotor constituído por um
conjunto de martelos oscilantes que, ao girar em sentido contrário à
esteira com velocidade periférica de 60 a 90m/s, força a passagem da
cana por uma pequena abertura (1 cm) ao longo de uma placa
desfibradora. O objetivo do desfibrador é abrir a célula da cana para
aumentar a eficiência da extração do caldo no estágio seguinte, as
moendas. Para isso, possui maior número de ferramentas (martelos), sua
velocidade varia de 500 RPM a 1500 RPM, e sua potência pode chegar a
50 cv (cavalo vapor) dependendo do fabricante e os martelos possuem
uma maior área de contato com a cana (ALCARDE, 2009)

Figura 7. Desfibrador

(Fonte. http://www.brumazi.com.br/)

 Tipo = suporte triangular com martelos


 Capacidade = 3.000 a 20.000 tc/dia
 Acionamento = turbina a vapor ou motor / redutor / acoplamento
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

26
2.1.7 Espalhador

Este se localiza no ponto de descarga da esteira metálica para uma correia


transportadora de borracha. Esta correia trabalha em alta velocidade (90m/min)
(CALTAROSSO, 2008)

Figura 8. Espalhador

(fonte. http://www.brumazi.com.br)

 Tipo = giratório com braços


 Acionamento = moto-redutor
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

27
2.1.8 Separador magnético

É um eletroímã que ocupa toda a largura do condutor que vai ao


esmagador. Atrai e retém os materiais ferrosos que passam pelo seu campo de
ação ( HUGOT, 1969)

Figura 9. Separador magnético

(Fonte: usina Santa Cruz Agro Indústria. )

2.1.9 Esteira de arraste intermediário

Os condutores intermediários são divididos em dois tipos que são o de


arrasto com rastelos e o de taliscas.

2.1.9.1 Condutores intermediários de arrasto com rastelos

Figura 10. Condutor intermediário com rastelos.

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da Engenharia. Vol. II pag.97 Trad. Irmtrud Miocque.
Ed. Mestre Jou. São Paulo.)

28
Agora se instalam as rodas da cabeça e as de retomo em um
mesmo quadro rígido, capaz de girar em volta do eixo da cabeça, de modo
que, havendo necessidade, possa levantar-se, quando a camada de
bagaço fica mais grossa. Este quadro suporta os caminhos de rolamento
das partes superiores, que serão guarnecidos com madeira dura, para
evitar os choques e os rangidos. As correntes são unidas por cantoneiras,
possuindo dentes e formando rastelos. Uma peça especial com esquadro
serve para fixá-las nos elos das correntes. ( HUGOT, 1969)

Figura 11. Fixação das cantoneiras.

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da


Engenharia. Vol. II pag.97 Trad. Irmtrud
Miocque. Ed. Mestre Jou. São Paulo.)

Figura 12. Chute de alimentação para uma moenda intermediária.

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da


Engenharia. Vol. II pag.97 Trad. Irmtrud
Miocque. Ed. Mestre Jou. São Paulo.)

O quadro deve ser mantido na posição baixa, de tal maneira, que a ponta
dos dentes dos rastelos passe a cerca de 20 mm do fundo do receptor do início do
condutor.

Localização. - O ângulo do chute de alimentação da moenda


seguinte, que recebe o bagaço do condutor com rastelos, não é indiferente

29
(fig. 5). Este ângulo deve ser bastante forte para permitir um deslizamento
fácil do bagaço sobre a chapa, mas não deve ultrapassar certo limite, para
não provocar um desmoronamento do bagaço. Ora, o bagaço desliza a
partir de uma inclinação de 40 a 45°, conforme sua umidade, e seu declive
de queda é de cerca de 55 a 60° (bagaço embebido). O ângulo deve ser,
portanto, próximo a 50°, preferivelmente 52 a 54°. ( HUGOT, 1969)

2.1.9.2 Condutores intermediários com taliscas

O condutor consiste em um estrado contínuo, composto por taliscas


metálicas, recobrindo-se mutuamente e podendo articular-se uma em relação à
outra. Este estrado é análogo ao condutor de cana. ( HUGOT, 1969)

Figura 13. Condutor intermediário com taliscas.

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da Engenharia. Vol. II pag.97 Trad. Irmtrud Miocque. Ed.
Mestre Jou. São Paulo.)

Neste modelo, a cabeça possui sempre polias de retorno, r, de maneira


que o chute, que forma a queda de alimentação para a moenda seguinte, seja
móvel e contribua a empurrar o bagaço na moenda. ( HUGOT, 1969)

A velocidade linear dos condutores intermediários deve ser


superior à velocidade periférica dos rolos das moendas dianteiras.
Realmente, não existe nenhum inconveniente em ultrapassar estas
velocidades, que são fracas, e isto permite diminuir a camada de bagaço
em trânsito e obter o efeito de impulso proporcionado pelo condutor com
taliscas. Maxwell (pg. 200) indica uma velocidade 50 a 70% superior à
velocidade periférica dos rolos das moendas para os condutores com
rastelos e (pg. 312) uma velocidade igual à dos rolos para os condutores
com taliscas. Tromp .(pg. 312) aconselha uma velocidade superior, de 7 a
10% para os condutores com taliscas. Fives-Lille calcula cerca de 10% a
mais para os condutores com taliscas e até 200% a mais para os
condutores com rastelos. ( HUGOT, 1969)

30
Figura 14. Esteira de arraste intermediaria

(Fonte. http://www.brumazi.com.br/)

 Tipo = corrente com taliscas


 Capacidade = 3.000 a 20.000 tc/dia
 Acionamento = moto-redutor
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

31
2.1.10 Donnely – calha de alimentação por gravidade

Figura 15. Donnelly

(fonte: http://docs.google.com/)

O donnelly tem ângulo de pega de 60° e favorece:

a) Capacidade 50 kg/m³ (densidade) a cada ganho de 15 a 17%


b) Extração >70 % (bem operado) ( Marques, 2007)

32
2.1.11 Moenda

Conjunto de quatro ternos ou mais estes constituídos de rolos 4 dispostos


de maneira a formar aberturas entre si, sendo que 03 rolos giram no sentido horário
e apenas 01 no sentido anti-horário(CALTAROSSO, 2008)

Sua função é exercer pressão mecânica sobre o colchão de cana


desfibrada ou bagaço a fim de separar o caldo. (CALTAROSSO, 2008)

Figura 15a.Esquema da disposição dos cilindros e seus sentidos de giro (MOENDAS, 2002)

( Fonte: http://www.teses.usp.br/ )

Os ternos são classificados por bitola sendo os mais comuns:

 26” x 48”
 30” x 54”
 34” x 66”
 37” x 78”
 42” x 84”
 46” x 90”
 56” x 100”

Os primeiro valor corresponde ao diâmetro nominal dos cilindros e o


segundo valor ao seu comprimento. Sua capacidade de moagem está relacionada
a essa bitola, assim como ao número de ternos dispostos em linha. A moagem

33
geralmente é expressa em tonelada de cana por hora (TCH). (CALTAROSSO,
2008)

Tabela 16. Capacidade do terno de moagem

Capacidade de moagem dos ternos de moenda.

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Figura 17. Esquema de um terno de moenda (DEDINI, 2007)

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

34
Figura 18. Componentes do ternos da moenda

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

35
Figura 19. Rolos da moenda.

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

36
2.1.11.1 Esmagador Fulton

O nome deste modelo vem da firma que mais contribuiu para sua
preconização e utilização, é o único usado hoje em dia. Este é um rolo de moenda
que é adaptado para servir no esmagador como uma superfície de revolução
mesmo provida de ranhuras é pouco propícia para assegurar a “pega” da cana-de-
açúcar, entalham-se transversalmente os dentes (chevrons). ( HUGOT, 1969)

Figura 20. Rolo Esmagador Fulton

(Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br)

Como as ranhuras do Fulton apresentam a tendência de encherem com


bagaço, é preciso instalar uma raspadeira em cada um dos dois rolos do
esmagador. ( HUGOT, 1969)

2.1.11.2 Castelo.

Construídos em aço fundido, são eles que sustentam a grande


maioria dos componentes do terno. Suas dimensões são definidas de
modo a propiciar a abertura entre os rolos para a moagem desejável e
suportar as cargas resultantes do processo de moagem. As principais
superfícies sujeitas à corrosão pelo constante contato com o caldo de
cana-de-açúcar são, geralmente, revestidas em aço inoxidável. Em sua
geometria possui alojamentos para os dois rolos de moenda inferiores e o
rolo de pressão. Na sua parte superior possui uma abertura inclinada em
15º chamada de garfo, revestida com placas de bronze, por onde o rolo
superior é montado. Essa inclinação tem como finalidade diminuir os
esforços do rolo superior em relação ao castelo. Também na parte

37
superior são executados canais para a fixação do cabeçote hidráulico por
meio de chavetas. (CALTAROSSO, 2008)

Figura 24a. Exemplo de um castelo de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Os castelos são montados aos pares (direito e esquerdo) em bases de


concreto e fixado por parafusos chumbadores. A Figura 25a mostra os castelos
(em azul) no conjunto do terno de moenda e um detalhe da fixação dos mesmos
por chumbadores. (CALTAROSSO, 2008)

38
Figura 25a. Localização dos castelos no terno de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

2.1.11.3 Bagaceira

O sistema de regulagem da bagaceira é um subconjunto do terno, cujos


principais componentes são: bagaceira, balança, suporte da balança e o pino
excêntrico conforme ilustra a Figura 26a. Este está localizado sob o rolo superior e
entre os rolos inferiores como ilustrado na Figura 23a. (CALTAROSSO, 2008)

39
Figura 26a: Componentes do sistema de regulagem da bagaceira (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

A bagaceira possui uma geometria especial para cada terno,


resultante da regulagem do terno para moagens específicas. Construída
em aço fundido, a bagaceira é um equipamento fundamental no trabalho
da moenda, pois tem a finalidade de conduzir o bagaço da entrada para a
saída. O sistema de regulagem da bagaceira, usando pino excêntrico,
garante o posicionamento correto e um perfeito ajuste com o rolo de
entrada durante a safra. A bagaceira é fixada na balança, um componente
que dá estabilidade para o sistema que por sua vez é fixada ao castelo
pelo suporte da balança. A Figura 27a mostra o sistema de regulagem da
bagaceira (em azul) no conjunto do terno de moenda (CALTAROSSO,
2008)

40
Figura 27a: Localização do sistema de regulagem da bagaceira no terno de moenda (DEDINI,
2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

2.1.11.4 Cabeçotes laterais.

São fabricados em aço fundido e fixados aos castelos por


encaixes e parafusos articulados, sendo que quando fixados, podem
articular, como ilustra a Figura 28a, para facilitar a montagem dos rolos
inferiores. Possuem dispositivos para regulagem das aberturas, no
sentido horizontal, dos rolos inferiores. Suas principais funções são: dar
estabilidade necessária aos castelos e possibilitar a regulagem dos rolos
inferiores. Geralmente são caracterizados pela posição de montagem no
castelo. Assim, os cabeçotes laterais de entrada são montados no castelo
do lado de entrada da cana-de-açúcar e, os cabeçotes laterais de saída
são montados no castelo do lado de saída da cana-de-açúcar. A Figura
29a mostra os cabeçotes laterais de entrada (em azul) e os cabeçotes
laterais de saída (em roxo) no conjunto do terno de moenda.
(CALTAROSSO, 2008)

41
Figura 28a: Cabeçotes laterais de entrada e saída (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Figura 29a: Localização dos cabeçotes laterais de entrada e saída no terno de moenda (DEDINI,
2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

42
2.1.11.5 Rolos inferiores.

Os rolos inferiores formam um subconjunto do terno de


moenda composto por um eixo fabricado em aço forjado, uma camisa,
geralmente em ferro fundido montada a quente no eixo, dois mancais de
deslizamento com seus respectivos sistema de vedação, calhas montadas
nas camisas para auxilio da vedação dos rolos e, quando o acionamento
das moendas não se dá por motores independentes, rodetes também
fazem parte dos rolos inferiores com a função de transmitirem o torque
proveniente do rolo superior. A figura 30a mostra os componentes de um
rolo inferior. (CALTAROSSO, 2008)

Figura 30a: Componentes do rolo inferior (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Os rodetes são fabricados em uma liga de aço fundida e são montados a


frio nos eixos com chavetas. Na região dos dentes dos rodetes é executado um
tratamento superficial para aumentar a dureza do mesmo. As camisas dos rolos
inferiores são dotadas de ranhuras chamadas frisos, os quais têm a finalidade de
aumentar a tração (“pega”) da cana-de-açúcar por meio de atrito (adesão), ou no
bagaço, evitando assim escorregamento.
Os mancais inferiores, assim designados por fazerem parte do rolo inferior,
são constituídos de uma caixa fabricada em aço fundido, uma tampa fabricada em
ferro fundido e um semi-casquilho de bronze conforme ilustra a Figura 31a. As
caixas são dotadas de guias em sua base para auxiliar a movimentação dos
mesmos nos castelo. (CALTAROSSO, 2008)

43
Figura 31a: Componentes de um mancal inferior.

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Em cada terno de moenda há dois rolos inferiores, um de entrada montado


no lado de entrada da cana-de-açúcar e um de saída, montado no lado de saída da
cana-de-açúcar. A função dos rolos inferiores é: propiciar o início do esmagamento
da cana-de-açúcar e auxiliar bagaço resultante para a abertura de saída. A figura
32a mostra o rolo inferior de entrada (em azul) e o rolo inferior de saída (em roxo)
no conjunto do terno de moenda. (CALTAROSSO, 2008)

44
Figura 32a: Localização dos rolos inferiores de entrada e saída do terno de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

2.1.11.6 Rolo de pressão

Localizados na parte superior do castelo, ao lado do rolo superior


tem a função de compactar a camada de entrada de cana-de-açúcar para
o início do processo de moagem. Assim como os rolos inferiores, o rolo de
pressão é um subconjunto do terno de moenda constituído de eixo,
camisas, mancais de deslizamentos e rodete. Os materiais dos
componentes são os mesmos dos rolos inferiores. A Figura 33a mostra os
componentes do subconjunto do rolo de pressão (CALTAROSSO, 2008).

45
Figura 33a: Componentes do rolo de pressão (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Os mancais do rolo de pressão são regulados, na horizontal, por um


dispositivo de regulagem dos cabeçotes laterais de entrada. A Figura 34a mostra o
rolo de pressão (em azul) no conjunto do terno de moenda. (CALTAROSSO, 2008)

Figura 34a: Localização do rolo de pressão no terno de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

46
2.1.11.7 Rolo superior

Outro subconjunto do terno de moenda, também é dotado de


eixo, camisa, mancais de deslizamentos com seus respectivos sistemas
de vedação, flanges e rodetes. Os materiais são os mesmos dos rolos
inferiores e o rolo de pressão. As caixas dos mancais, assim como nos
rolos inferiores, também possuem guias para o auxilio da movimentação
do rolo superior no garfo do castelo. Essa oscilação do rolo superior é de
uma importância no processo de moagem, pois, mantém uma pressão
constante no colchão de cana-de-açúcar, mesmo quando a mesma não é
constante, evitando assim sobrecargas dos equipamentos. A Figura 35a
mostra os componentes do subconjunto do rolo superior. (CALTAROSSO,
2008)

Figura 35a: Componentes do rolo superior (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

O rolo superior tem grande importância no terno de moenda, pois é com ele
que o bagaço tem um maior contato. É responsável pelo recebimento do torque e
pela transmissão, para os demais rolos, por meio dos rodetes quando os mesmos
não são acionados independentemente por motores elétricos, ou hidráulicos. A
Figura 36a mostra o rolo superior (em azul) no conjunto do terno de moenda.
(CALTAROSSO, 2008)

47
Figura 36a: Localização do rolo superior no terno de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

2.1.11.8 Cabeçotes hidráulicos.

Projetados para suportar altas pressões, sua finalidade é fornecer uma


pressão constante na camada de cana-de-açúcar ou bagaço para cada terno de
moenda, independentemente da oscilação desse colchão. Os esforços são
transmitidos para as caixas dos mancais superiores por um pistão com ponta
esférica para eliminar esforços laterais. Os componentes que compõe o cabeçote
hidráulico geralmente são:
 Corpo
 Bucha de Bronze;
 Pistão / Rótula
 Bloco de fechamento.

A Figura 37a ilustra os componentes de um cabeçote hidráulico para o


terno de moenda. (CALTAROSSO, 2008)

48
Figura 37a: Componentes do cabeçote hidráulico (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

Na Figura 38a são mostrados os cabeçotes hidráulicos (em azul) no conjunto do


terno de moenda. (CALTAROSSO, 2008)

49
Figura 38a: Localização dos cabeçotes hidráulicos no terno de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

2.1.11.9 Pente superior

Fabricados geralmente em ferro fundido o pente inferior e em


aço fundido o pente superior, são componentes com a finalidade de limpar
as ranhuras ou frisos das camisas dos rolos de moenda. Tanto o pente
inferior como o pente superior é localizado na parte traseira (saída) do
terno. O pente inferior é responsável pela limpeza dos frisos do rolo
inferior de saída, evitando assim o acúmulo de bagaço nos mesmo. O
pente superior é responsável pela limpeza dos frisos da camisa do rolo
superior e também pela drenagem do caldo através de um sistema de
calhas. Os pentes são providos de um sistema de regulagem que
assegura o posicionamento correto dos mesmos durante todo o período
de moagem. A Figura 39 mostra o pente superior (em azul) e o pente
inferior (em roxo) no conjunto do terno de moenda. (CALTAROSSO,
2008)

50
Figura 39a: Pente superior e pente inferior do terno de moenda (DEDINI, 2007).

(Fonte: http://www.teses.usp.br/)

2.1.12 Peneira rotativa

É construída de uma tela metálica fina, esta é colocada sobre uma peneira
rotativa são geralmente de bronze fosforoso, preferivelmente ( HUGOT, 1969)

51
Figura 21. Peneira Peck (MirrleesWatson).

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da Engenharia. Vol. I pag. 391 Trad. Irmtrud Miocque. Ed.
Mestre Jou. São Paulo.)

Figura 22. Embebição composta com bombas de rotor aberto e peneira Peck (Mirrlees Watson). '

(Fonte: EMILE HUGOT – Manual da Engenharia. Vol. I pag. 391 Trad. Irmtrud Miocque. Ed.
Mestre Jou. São Paulo.)

52
Figura 23. Peneira rotativa

(fonte. http://www.brumazi.com.br/)

 Tipo = rotativa com elementos filtrantes


 Rotação = 8 RPM
 Capacidade = 150 a 800 m³/h
 Acionamento = moto-redutor / engrenagens
(http://www.brumazi.com.br/, 2001)

53
2.1.13 Caldo de cana-de-açúcar

A composição do caldo de cana-de-açúcar é complexa e varia de acordo


com a região. O caldo é um líquido viscoso, opaco, de cor amarela esverdeada, de
composição química bastante complexa e variável (PAYNE, 1989). Contêm
açúcares, coloides, proteínas, pentosanas, pectinas, gorduras, gomas, ceras,
albuminas, silicato coloidal, materiais corantes (clorofila, antocianinas) (OITICICA et
al., 1975).

O caldo é um sistema coloidal complexo, no qual o meio de


dispersão é a água. Alguns constituintes estão em dispersão molecular ou
solução, onde as partículas são menores que 1µm de diâmetro, tais como:
sacarose, glicose, levulose e sais minerais (matérias solúveis). Os outros
estão em estado de dispersão coloidal ou em suspensão, onde o diâmetro
das partículas varia de 1µm a 10µm, tais como: proteínas, gomas,
pectinas, ceras, bagaço e outras impurezas. (UMEBARA, 2010)

Tabela 24. Composição do caldo de cana-de-cana

(Fonte: www.posalim.ufpr.br/)

54
2.1.13.1 Caldo clarificado

Caldo resultante do processo de clarificação, pronto para entrar nos


evaporadores, o mesmo que “caldo decantado”; (Usina Santa Cruz Agro Indústria,
2011)

Figura 25. Caldo clarificado

(Fonte. Usina Santa Cruz Agro Indústria.)

2.1.13.2 Caldo misto

Caldo obtido nas moendas com embebição, sendo formado pela parcela do
caldo extraído com água de embebição. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

55
Figura 26. Caldo misto com embebição composta

(Fonte: Usina Santa Cruz Agro Indústria.)

2.1.14 Bagaço de cana-de-açúcar

Resíduo da cana-de-açúcar após a extração em um terno ou em


um conjunto de ternos ou por difusão, as fibras do bagaço da cana-de-
açúcar contêm, como principais componentes, cerca de 40% de celulose,
35% de hemicelulose e 15% de lignina, sendo este último responsável
pelo seu poder calorífico. A celulose e a hemicelulose são as duas formas
de carboidratos mais abundantes da natureza e representam um potencial
de reserva para a obtenção de produtos de interesse comercial. Ambas
representam cerca de 70% do peso seco de todos os resíduos agrícolas,
como aqueles provenientes da industrialização do milho, arroz, soja, trigo,
cana-de-açúcar, entre outros, e do processamento de frutas como laranja,
maçã e abacaxi. (http://revistapesquisa.fapesp.br, 1998)

56
Figura 27. Bagaço cana-de-açúcar

(Fonte: www.canaweb.com.br)

2.1.15 Limpeza a seco cana-de-açúcar.

Equipamentos responsáveis pela limpeza da cana-de-açúcar sendo


constituídos por exaustores, esteiras de transporte e peneira rotativa.
(www.simisa.com.br, 2011).

Figura 28. Limpeza a seoc de cana-de-açúcar

(Fonte: http://www.simisa.com.br)

57
3 METODOLOGIA

3.1 Pátio

Os caminhões após realizarem a pesagem e coleta de amostra da


matéria-prima pelas sondas serão conduzidos para o pátio onde aguardarão a
ordem de descarregamento na mesa alimentadora. Devido à degradação de
sacarose não é viável que os caminhões aguardem muito tempo para
descarregamento (http://www.araraquara.com, 2009)

Figura 29. Pátio de cana-de-açúcar


(Fonte: http://www.araraquara.com)

3.2 Preparo da cana-de-açúcar

Transformar a cana-de-açúcar em um material homogêneo, composto por


longas fibras, o que facilita a alimentação no primeiro terno e melhora a extração.
Têm por objetivo: (Unidade I - Fabricação de Açúcar: Preparação e Extração, 2009)

 Promover o rompimento da estrutura da cana-de-açúcar;

 Romper as células da cana-de-açúcar para facilitar a extração do caldo;

 Aumentar a densidade da cana-de-açúcar;

 Melhorar a eficiência da embebição.


(Unidade I - Fabricação de Açúcar: Preparação e Extração, 2009)
58
3.2.1 Índice de preparo (Open Cell)

Relação percentual do pol das células abertas em relação ao pol total da


cana-de-açúcar. Que não devem ser inferiores a 89%

3.2.2 Densidade da cana-de-açúcar

É a relação existente entre a massa de cana-de-açúcar (Kg) e o


volume que esta se ocupa (m³). A moagem é um processo volumétrico e
que, portanto ela será mais eficiente à medida que aumentarmos a
densidade da cana-de-açúcar na entrada do primeiro terno. Isto é obtido
após a passagem da cana-de-açúcar pelo picador e pelo desfibrador,
elevando a densidade da cana-de-açúcar inteira (175 kg/m³) ou da cana-
de-açúcar picada (350 kg/m³) para valores em torno de (450 kg/m³) de
cana-de-açúcar desfibrada. (Unidade I - Fabricação de Açúcar:
Preparação e Extração, 2009)

Figura 30. Densidade da cana-de-açúcar

Cana Inteira Cana Picada Cana Desfibrada

(Fonte: http://www.mrvduarte.com/ )

59
3.3 Hilo

O descarregamento será realizado por guinchos denominados hilo, onde o


operador engatará as garras na caçamba do caminhão tombando-a lateralmente,
ocorrendo assim o descarregando da cana-de-açúcar na mesa alimentadora.
(Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 31. Descarregando de cana-de-açúcar na mesa alimentadora

(Fonte: www.simisa.com.br/)

3.4 Mesa alimentadora

A cana-de-açúcar será conduzida pela mesa alimentadora até as esteiras


de arraste (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

60
Figura 32. Mesa alimentadora

(Fonte: http://www.sermasa.com.br)

3.5 O método de limpeza a seco é dividido em dois tipos, método


convencional e moderno.

3.5.1 Método convencional

Visa realizar uma limpeza da cana-de-açúcar. Cada usina


utiliza um método podendo adotar algumas modificações ao sistema. A
usina Santa Cruz implantou seu método de limpeza de cana-de-açúcar da
seguinte maneira: a cana-de-açúcar ao ser descarregada na mesa
alimentadora passará pelo primeiro sistema de grelhas denominado
grelhado que fará a retenção de impurezas minerais e vegetais. Ao lado
direito da mesa alimentadora a cana-de-açúcar passará pelo segundo
grelhado que fará mais uma retenção de impurezas. Ao lado da moenda
adotou-se uma esteira alimentadora e um hilo para aumentar a descarga
de cana-de-açúcar para extração. A cana-de-açúcar desta esteira seguirá
até o final passando pelo terceiro grelhado. As impurezas dos três
grelhados serão captadas por uma esteira transportadora que fica logo
abaixo das grelhas. A função desta esteira é conduzir as impurezas para a
peneira rotativa que fará a separação entre elas. Os minerais serão
esgotados abaixo da peneira rotativa caindo em um caminhão e seguirão
de volta para a lavoura. A palha por sua vez seguirá por uma esteira de
arraste unindo-se à cana-de-açúcar da esteira alimentadora. A palha
juntamente com a cana-de-açúcar será conduzida para o processo de
preparo. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

61
Figura 1L.Esteira alimentadora de cana-de-açúcar adotada pela usina Santa Cruz Agro Indústria

(Fonte: Usina Santa Cruz Agro Indústria.)

Figura 2L. Esgotamento de impurezas minerais e condução de impurezas vegetais

(Fonte: Usina Santa Cruz Agro Indústria)

3.5.2 Método moderno

62
Tem por finalidade reter a maior quantidade possível de impurezas
minerais e vegetais. Para isso adotou-se o método de limpeza a seco por
ventilação que funciona da seguinte maneira:

Limpeza a seco por ventilação para cana-de-açúcar picada: A


cana-de-açúcar é introduzida por uma esteira de arraste no interior da
peneira rotativa. Ao final da esteira a cana-de-açúcar passará por um
espalhador para diminuir sua compactação. Ao cair ela entrará em contato
com uma corrente de ar gerada por um exaustor localizado lateralmente
que fará com que as impurezas sejam lançadas para a peneira rotativa
onde ocorrerá a separação das impurezas minerais e vegetais e por
ventura a recuperação de toletes desviados pela descarga de ar. A cana-
de-açúcar limpa cairá em uma esteira de arraste que seguirá adiante para
o processo de preparo. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 3L. Funcionamento de limpeza a seco por ventilação para cana-de-açúcar picada

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

63
Figura 4L. Equipamento de limpeza a seco por ventilação para cana-de-açúcar picada.

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

Limpeza a seco por ventilação para cana-de-açúcar inteira: Segue o


mesmo procedimento anterior apresentando diferenças apenas na falta de
necessidade do espalhador ao final da esteira de arraste e na retenção das
impurezas minerais e vegetais em uma câmara de separação de impurezas não
havendo necessidade de peneira rotativa. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011).

Figura 5L. Funcionamento de limpeza a seco por ventilação para cana-de-açúcar inteira

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

64
Figura 6L. Equipamento de limpeza a seco por ventilação para cana-de-açúcar inteira

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

3.6 Esteira de arraste de cana-de-açúcar:

Esse equipamento terá duas finalidades de transporte de cana-de açúcar:


primeiro ela transportará a cana até a peneira rotativa e depois ela conduzirá a
cana para o processo de preparo e extração (Usina Santa Cruz Agro Indústria,
2011)

Figura 7L. Esteira de arraste de cana-de-açúcar

(Fonte:http://www.promacbrasil.com.br) (Fonte: http://www.brumazi.com.br)

65
3.7 O nivelador

Tem a finalidade de regular a distribuição da cana-de-açúcar no condutor e


nivelar na medida certa e uniforme evitando embuchamento nos equipamentos
posteriores. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 33. Nivelador

(Fonte mazzer.com.br)

3.8 Picador

Tem por finalidade aumentar a densidade da cana, cortando-a em


pedaços menores facilitando o trabalho do desfibrador. (Usina Santa Cruz Agro
Indústria, 2011)

Figura 34. Nivelador e picador

Nivelador picador (moderno) Picador (convencional)

(Fonte: http://www.teses.usp.br)

66
3.9 Desfibrador

O objetivo do desfibrador é abrir a célula da cana-de-açúcar para aumentar


a eficiência da extração do caldo no estágio seguinte, as moendas. (Usina Santa
Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 35. Desfibrador

Esquema desfibrador Desfibrador


(Fonte: http://www.teses.usp.br)

3.10 Espalhador

Tem por objetivo a descompactação da cana-de-açúcar desfibrada para


obter uma camada fina e uniforme, pois a mesma sai do desfibrador na forma de
pacotes. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 36. Funcionamento do espalhador

Espalhador de cana Funcionamento de um espalhador

(Fonte: http://www.teses.usp.br)

67
3.11 Eletroímã

Tem a finalidade de atrair e reter os pedaços de ferro que passam pelo seu
campo de ação Protege assim os componentes da moenda. (Usina Santa Cruz
Agro Indústria, 2011)

Figura 38. Eletroímã

(Fonte: www.sermatec.com.br) (Fonte: www.brumazi.com.br)

3.12 Ternos da moenda

Sua função é forçar a cana-de-açúcar a passar pelas aberturas entre os


rolos de maneira a separar o caldo contido no bagaço. Cada rolo tem sua finalidade
onde: (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

68
Figura 39. Funcionamento do terno de moenda

(Fonte: http://www.mrvduarte.com.br ) (Fonte: www.brumazi.com.br)

3.12.1 Rolo de pressão

Sua função é compactar a camada de cana-de-açúcar permitindo uma


melhor alimentação do terno.

3.12.2 Rolo Superior

Tem a finalidade de ter um maior contato com a cana-de-açúcar


possibilitando um maior auxilio para a extração.

3.12.3 Rolos inferiores

Além de fazer uma pequena extração de caldo, direciona a cana-de-açúcar


na abertura de saída. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

69
Figura 40. Esquema de trabalho dos rolos

(Fonte: http://www.mrvduarte.com/)

3.13 Esteira de Arraste Intermediário

É um condutor intermediário que serve para transportar bagaço de um


terno para outro. (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 41. Esquema de funcionamento da esteira

(Fonte: http://www.simtec.com.br) (Fonte: http://www.mrvduarte.com)

70
3.14 Embebição:

Processo no qual água ou caldo é aplicado ao bagaço entre um terno e


outro para aumentar a diluição do caldo contido no mesmo, levando a um
consequente aumento da extração no terno seguinte. Esse processo é dividido em
dois tipos: (Unidade I - Fabricação de Açúcar: Preparação e Extração, 2009)

3.14.1 Embebição simples

É uma maneira rudimentar de aplicação da embebição, onde apenas água


é aplicada no bagaço de cada terno, a partir do segundo.
Neste tipo de embebição não existe divisão do caldo de cada terno no
gamelão (Unidade I - Fabricação de Açúcar: Preparação e Extração, 2009).

Figura 42. Esquema embebição simples

(Fonte: Elaborado pelo aluno Ivail Américo)

71
3.14.2 Embebição composta:

É o método mais utilizado nas moendas atuais e consiste na aplicação de


toda a água de embebição no último terno da moenda; o caldo deste é então
bombeado ao terno anterior, e assim sucessivamente, até o 2º terno. (Usina Santa
Cruz Agro Indústria, 2011)

Figura 43. Esquema embebição composta

(Fonte: Elaborado pelo aluno Ivail Américo)

3.15 Peneira rotativa

O caldo após a extração é enviado para a peneira rotativa onde por rotação
contínua da tela cilíndrica feita por meio de motor redutor e da limpeza contínua da
tela filtrará o caldo separando-o do bagacilho. A transmissão do movimento é feita
através de rodas (material plástico) diretamente na tela. A filtração do caldo é do
lado interno para o externo
A limpeza da tela é feita por meio de uma bomba que é alimentada com
água limpa e duas tubulações com bicos lavadores que limpam a tela pelo lado
interno e externo.

72
O bagacilho entra diretamente na tela de filtração, que por estar em
movimento contínuo permite que o caldo esteja sempre em contato com uma zona
limpa de tela.
O bagacilho que é retido pela tela é direcionado para a saída através de
um guia fixado internamente na tela. O caldo filtrado sai pela parte inferior do
equipamento sendo enviado para o tanque pulmão o bagacilho por sua vez será
enviado para o segundo terno por ainda conter sacarose.
(http://www.tecnosan.com.br/, 2009)

Figura 44: Peneira Rotativa

(Fonte: Usina Santa Cruz Agro Indústria)

3.16 Tanque pulmão

Tanque com grande capacidade volumétrica que é utilizado para


armazenar o caldo da extração (Usina Santa Cruz Agro Indústria, 2011)

73
Figura 45. Tanques pulmão sendo o da esquerda para caldo primário e o da direita para caldo
secundário

(Fonte Usina Santa Cruz Agro Indústria)

74
4 RESULTADOS

Abaixo se apresentam resultados obtidos pelo uso da limpeza a seco por


ventilação no preparo da cana

Figura 46. Quantidade das impurezas da cana-de-açúcar

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

Tabela 2r. Composição da cana

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

75
Gráfico 1G. Consequência das impurezas no consumo de potência

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

Tabela 4r. Consequência das impurezas no processo industrial.

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

76
Tabela 15t. Open cell (índice de preparo cana-de-açúcar)
Mês Open cell %
Junho 95,52 %
Agosto 88,40 %
Outubro 88,09 %

(Fonte: Usina Santa Cruz Agro Indústria)

Tabela 16t. Eficiência da extração na moenda


Mês Eficiência na extração %
Junho 98%
Agosto 95,59 %
Outubro 94,81 %

(Fonte: Usina Santa Cruz Agro Indústria)

Tabela 5r. Consumo de água na embebição

(Fonte: http://www.empral.com.br/)

Além disso, temos outros excelentes resultados alcançados que são:

 Redução das impurezas minerais em até 80% sem uso da água.

 Remoção das impurezas vegetais:

40% nas mesas

77
70% (entre as transportadores).

 Aumento de capacidade de moagem.

 Redução de desgaste dos equipamentos e custos de manutenção.

 Possibilidade de gerar adicionais de energia: até 70% de energia


elétrica adicional se trouxer 50% da palha.

Os sistemas atuais vêm evoluindo contendo as seguintes características e


resultados:

 Sistemas individualizados

 Para mesa (quando há cana-de-açúcar inteira)

 Esteirão metálico (somente cana-de-açúcar picada)

 Vem prevalecendo os sistemas para cana-de-açúcar picada

 Eliminação de mesas

 Câmaras mais compactas

 Menor uso de potência

 Aumento da eficiência

 Melhor equacionamento do processamento da palha

78
5 DISCUSSÃO

O aumento de mecanização nas lavouras de cana-de-açúcar trouxe vários


benefícios para a eficiência de matéria-prima para a extração, mas gerou um
enorme problema com a qualidade da mesma, pois há grande arraste de
impurezas minerais e vegetais. Isso afeta muito o sistema de processos da usina
sucroalcooleira podendo ressaltar os seguintes problemas:
 Aumento do desgaste nas esteiras de cana-de-açúcar, picadores,
desfibradores, moendas, bombas, tubulações, regenadores de calor, aquecedores
e partes internas da caldeira, além de limpezas mais intensas da fornalha e de
outros pontos de coleta de impurezas na caldeira.
 Interferência no processo de tratamento de caldo provocando acúmulos de
terra em caixas de caldo e prejudicando os sistemas de clarificação e filtragem de
lodo.
 Diminuição do poder calorífico do bagaço gerado devido a alta
concentração de minerais e umidade além de ocasionar limpezas mais intensas da
fornalha e de outros pontos de coleta de impurezas na caldeira.
 A dificuldade de extração do caldo pelo mau contato dos rolos com a cana-
de-açúcar desfibrada devido ao desgaste dos meschaerts devido a abrasões com
impurezas minerais que deixam sua superfície lisa e por interferência da palha que
atrapalha a pressão exercida sobre a cana-de-açúcar desfibrada.
 Embuchamentos devido a dificuldade do preparo da cana-de-açúcar pelos
picadores e desfibradores.
O desgaste precoce do sistema de preparo de cana-de-açúcar ocasiona
um prejuízo significativo para a operação industrial devido às paradas obrigatórias
para manutenção. Os únicos equipamentos de parada periódica para manutenção
nas usinas são justamente os picadores e os desfibradores.
Estima-se que as impurezas minerais geram um acréscimo de custos de
manutenção da ordem de R$ 0,50 a R$ 0,70 por tonelada de cana-de-açúcar
moída.
Por isso através de vários estudos criou-se o método de limpeza a seco
substituindo a lavagem de cana-de-açúcar, pois a mesma perdia muita sacarose
neste processo além de o consumo de água ser abundante.

79
Vários métodos de limpeza a seco estão em desenvolvimento
apresentando ótimos resultados.
O método mais eficiente de limpeza a seco é por ventilação que pode ser
visto no tópico anterior. Seu desempenho visto em consideração da limpeza pelo
método convencional é excelente contribuindo no melhor preparo da cana-de-
açúcar entre outros benefícios como redução da embebição e da potência
consumida pelo funcionamento da moenda.
A manutenção foi reduzida devido a durabilidade dos equipamentos
aumentar pela diminuição de envio de impurezas no processo.
O desempenho de picadores e desfibradores de cana-de-açúcar
melhoraram muito evitando paradas desnecessárias por quebra e desgaste dos
meschaerts dos rolos que se desgastavam por abrasão pelas impurezas minerais.
O poder calorífico do bagaço aumentou consideravelmente pois sua concentração
de impurezas minerais e umidade está muito baixo além de a perda de sacarose no
mesmo diminuir consideravelmente como mostra o gráfico do tópico anterior.
São muitas as vantagens apresentadas, mas o custo de implantação de um
sistema de limpeza a seco por ventilação é caríssimo tendo por base um sistema
de limpeza de cana-de-açúcar a seco composto por duas instalações sendo, uma
mesa de 12 m com capacidade para 8.000 tcd para atender cana-de-açúcar inteira
ou picada e outra para atender somente cana-de-açúcar picada com capacidade de
12.000 tcd instalada na transferência de transportadores, seja da ordem de R$
1.800.000,00.

80
6 CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos ressalta a grande importância do método de


limpeza a seco por ventilação para o preparo da cana-de-açúcar por apresentar
excelentes resultados em eliminação de impurezas minerais e vegetais e eficiência
na extração devido ao baixo dano nos picadores, desfibradores, rolos e
principalmente sem perdas de tempo para a manutenção dos equipamentos de
moagem.
Entretanto não são todas as usinas sucroalcooleiras a empregar o método
por ventilação justificando que esse método é muito caro para o custo da mesma.
Mas, comparando as paradas para manutenção, quebra dos equipamentos
ressaltando desfibradores, picadores e rolos de moenda e acumulo de impurezas
minerais, umidade e sacarose no bagaço final comprova-se que a perca é superior
ao valor de custo do equipamento de limpeza a seco por ventilação.
As usinas que mantêm o método de limpeza convencional não estão
interessadas no bom preparo da cana-de-açúcar para obter-se uma boa extração.
O foco principal é a obtenção de bagaço para a geração de energia que é
uma das maiores riquezas na economia sucroalcooleira.
Porém como dito anteriormente se o bagaço obtido não for de qualidade
não haverá um bom aproveitamento do mesmo para alcançar níveis satisfatórios
para a geração de energia.
Conclui-se que um bom preparo de cana-de-açúcar leva a moenda a
exercer seu trabalho com níveis ótimos sem perdas em sua manutenção e nos
demais processos além de extrair caldo de boa qualidade levando o setor
sucroalcooleiro a níveis excelentes de economia e mercado.

81
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Revisão literária

Hilo
Caltarosso, Fábio - Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São
Carlos - Analise de tensão em equipamentos de moagem da cana-de-açúcar
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144324/publico/DISSERTACAOFABIO .pdf. acessado em: 5/setembro/2011

Brumazi Soluções Industriais. Disponível em:


http://www.brumazi.com.br/downloads/Brumazi_Ficha%20T%C3%A9cnica_parte%
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Mesa alimentadora.
Brumazi Soluções Industriais. Disponível em:
http://www.brumazi.com.br/downloads/Brumazi_Ficha%20T%C3%A9cnica_parte%
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Esteira transportadora.
Hugot , Emile - Manual engenharia açucareira 1969 Editora Mestre Jou São Paulo
vol. 1 pag. 31.
Brumazi Soluções Industriais. Disponível em:
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Nivelador.
Caltarosso, Fábio - Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São
Carlos - Analise de tensão em equipamentos de moagem da cana-de-açúcar
usando o método dos elementos finitos. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18145/tde-17012011-
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Picador.
Brumazi Soluções Industriais. Disponível em:
http://www.brumazi.com.br/downloads/Brumazi_Ficha%20T%C3%A9cnica_parte%
2001.pdf em: 15/10/2011

Caltarosso, Fábio - Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São


Carlos - Analise de tensão em equipamentos de moagem da cana-de-açúcar
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http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18145/tde-17012011-
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Desfibrador.
Mundo da cana - disponivel em:
http://mundodacana.wordpress.com/2009/01/09/processo-de-limpeza-e-preparo-da-
cana/#respond acessado em: 25/setembro/2011

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http://www.brumazi.com.br/downloads/Brumazi_Ficha%20T%C3%A9cnica_parte%
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Espalhador.
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Caltarosso, Fábio - Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São


Carlos - Analise de tensão em equipamentos de moagem da cana-de-açúcar
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Separador magnético.
Hugot , Emile - Manual engenharia açucareira 1969 editora Mestre Jou São Paulo
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Esteira intermediaria de arraste.


Hugot , Emile - Manual engenharia açucareira 1969 Editora Mestre Jou São Paulo
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Moenda.
Caltarosso, Fábio - Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São
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Rolo Esmagador Fulton.


Prof. ZOCCA, Marcelo - COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba
(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de
Ensino de Piracicaba) –

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Moendas.
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Peneira rotativa.
Hugot , Emile - Manual engenharia açucareira 1969 editora Mestre Jou São Paulo
vol. 1 pag. 391.

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http://www.simtec.com.br/Web/port/palestras/2011/16.06/Jos%C3%A9%20Luiz%20
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Sacaroseonline -Site especializado em tecnologia de produção de açúcar e álcool
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86

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