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Almoxarife
e Estoquista
2
emprego
Administr ação
A lm ox a rife e Es t o q u is ta
2
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
Cláudio Valverde
Secretário-Adjunto
Maurício Juvenal
Chefe de Gabinete
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Campinense Transporte, DiCico, Fernando Henrique de Almeida Sobral, Longa Industrial Ltda., Nacco
Materials Handling Group Brasil, Pallets de Paula, SB Pallet, Sest-Senat Santo André, Somov, SSI Schaefer
e Transligue Transp. e Serv. Ltda.
Caro(a) Trabalhador(a)
CDD: 658.787
FICHA CATALOGRÁFICA
Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262
Unidade 7
Passo a passo no
almoxarifado: a
organização do espaço
Nos almoxarifados ou depósitos acontecem muitas atividades que
permitem a execução de boa parte dos processos logísticos da
empresa. Abrigar os estoques é apenas uma das atividades, o ar-
mazenamento. Nos processos que ocorrem no interior dos arma-
zéns, o software de gestão do armazém se constitui como
ferramenta altamente eficiente e completa, uma vez que engloba
todo o gerenciamento do processo.
Talvez a primeira preocupação que os profissionais que atuam
no almoxarifado devam ter em mente é a organização do espa-
ço físico, o desenho do armazém e suas instalações: o leiaute.
É a partir do leiaute que são definidos vários critérios que serão
adotados no dia a dia das operações que acontecem no estoque
ou armazém.
Equipamentos, instalações e o próprio almoxarifado devem
estar sempre limpos, arrumados, organizados; os paletes – que
você estudará em item próprio – devem estar sempre estrutu-
rados de forma correta, ou seja, as caixas, as embalagens, os
fardos, ou o que for, devem estar perfeitamente empilhados,
afixados e amarrados, e as caixas devidamente fechadas.
Quando houver informações, é preciso respeitá-las para evitar
inconvenientes ou acidentes no momento do empilhamento e
da colocação nas prateleiras; embalagens vazias devem estar
separadas em locais próprios, em gaiolas de armazenamento,
para reaproveitamento; os corredores devem estar desobstruídos,
especialmente quando compõem rotas de fuga; assim como
jamais devem ser obstruídos, em qualquer grau, os locais em
que estão instalados extintores e hidrantes.
© Renato Viotti/Latinstock
© Renato Viotti/Latinstock
Gaiolas de armazenamento.
O leiaute
O desenho do espaço do armazém deve ser feito de forma a facilitar:
• a movimentação das mercadorias, dos equipamentos e das pessoas, no sentido da
entrada, da saída e dos deslocamentos internos de materiais;
Linhas de produção
Materiais
Fluxo de
entrada
Depois:
• as embalagens passaram para um setor específico; houve separação entre as áreas
de recebimento e as de expedição;
• a circulação não provocou mais congestionamentos.
Fluxo de
saída
Expedição
Linhas de produção
Materiais
Fluxo de
entrada
Atividade 1
O meu almoxarifado : parte 1
© Luciana Cassia/Latinstock
Trabalhadores armazenando produtos para transporte.
Carregamento de navios.
© DeGraaf Erik/123RF
Atividade 1
C anais de distribuição
1. Imagine que você trabalha no centro de distribuição de uma grande rede vare-
jista, com três tipos de canais de distribuição e 60 pontos de venda na cidade:
quatro hipermercados, 32 supermercados e 24 minimercados. Um hipermercado
e, em média, oito supermercados estão localizados em cada região – norte, sul,
leste e oeste. Já os minimercados estão localizados concentradamente em apenas
duas regiões da cidade, a norte (oito unidades) e a oeste (dez unidades).
Nessas regiões em que há minimercados, as vendas no setor de hortifrutigranjei-
ros, especialmente as hortaliças, dos supermercados e hipermercados estão em
lenta e gradual queda há mais de um ano. Os minimercados são a grande apos-
ta estratégica da rede, uma iniciativa bem recente, sendo que o primeiro deles foi
inaugurado há aproximadamente dez meses.
3. Você, um dia, viu o encarregado fazendo uma curva ABC dos produtos que
estavam chegando naquele horário. Faça uma curva aproximada desses produtos,
tendo em mente que três ou quatro deles são vendidos em quantidades de quatro
a cinco vezes menores que os campeões de vendas, mas custam de quatro a
cinco vezes mais. Outros custam de duas a três vezes mais e vendem de duas
a três vezes menos.
Decida quais desses produtos serão entregues e os canais de distribuição
preferenciais para recebê-los, tendo em vista que não há caminhões suficien-
tes disponíveis e, portanto, nem todos os tipos de produtos serão entregues
imediatamente e nem todos os pontos de venda serão atendidos nesta primei-
ra distribuição do dia.
Conclusões:
Atividade 2
O meu almoxarifado : parte 2
Paletes
Os paletes são estrados quadrados, mas não formam um qua-
drado perfeito; na realidade, são ligeiramente retangulares. O
palete PBR (padrão brasileiro) mede 1 metro (m) por 1,2 m,
suporta 1 200 quilogramas (kg) e geralmente é de madeira, mas
também existem os de alumínio, aço, fibra e plástico.
Eles podem ser acessados por dois lados (duas entradas) ou pelos
quatro lados (quatro entradas); ser de uso contínuo ou descar-
táveis (one way; fala-se “uan uei”); de uma ou duas faces (só a
parte de cima é fechada ou tanto a de cima quanto a de baixo);
e mais ou menos reforçados, aguentando maior ou menor peso.
Paleteiras
As paleteiras são pequenos veículos que têm dois braços, formando um garfo, que
se encaixam nos vãos dos paletes para suspendê-los ligeiramente e poder locomovê-
-los. Podem ser manuais ou elétricas e movimentam os paletes em operação hori-
zontal na altura do solo. Existem também os stackers (fala-se “istéquers”), isto é,
paleteiras com torres, que elevam a mercadoria a até 4 m e são patoladas.
/123RF
© Marcin Balcerzak/123RF
©
Empilhadeiras
As empilhadeiras, por sua vez, têm como função movimentar, elevar e empilhar
os paletes. Movidas a gás ou elétricas, dividem-se em quatro modelos: patolada,
contrabalançada, retrátil e trilateral.
© Mario Henrique/Latinstock
© Mario Henrique/Latinstock
© Mario Henrique/Latinstock
6m
© Daniel Beneventi
10 m
Empilhadeira Carga
Patolada
Contrabalançada
Retrátil
Trilateral
Palete Carga
1 face
2 lados
4 lados
Descartável
Pushback (Lifo)
O modelo mais simples segue o desenho de uma estante que fica encostada na
parede, porém suas prateleiras são inclinadas, mais altas no fundo e mais baixas na
frente, de modo que os paletes escorregam sozinhos para a frente. Assim, é desne-
cessário esticar os braços para apanhar os volumes que estariam no fundo, mesmo
porque os garfos das empilhadeiras não os alcançariam.
Esse modelo é denominado pushback (fala-se “pâchbéc” – “empurrar de volta”), pois,
ao se colocar cada volume (palete), os que já estão no lugar precisam ser empurrados
para trás. Daí o nome do sistema: Ueps, o “Último que entra é o primeiro a sair”,
ou Lifo, em inglês (Last in, first out [fala-se “lest in, fãrsti aut”]).
Porta-paletes pushback.
Porta-palete dinâmico.
Drive-thru.
Outros dois modelos são os das estruturas chamadas drive-in (fala-se “draive-in”
– “dirigir para dentro”) e drive-thru (fala-se “draive-tru” – “dirigir através”). Elas
seguem os mesmos modelos de manuseio das estruturas anteriores: no modelo
drive-in, a operação dos paletes é feita apenas por um lado e eles são empilhados na
sequência da chegada e retirados na ordem inversa, primeiro os últimos e, por últi-
mo, os primeiros, conforme o sistema Ueps; no modelo drive-thru, os primeiros que
chegam são também os primeiros que saem, pois o manuseio se dá por ambos os
lados; nesse caso, o sistema é o Peps.
Essas estruturas não possuem prateleiras propriamente, apenas suportes para os
paletes, como se fossem longarinas (vigas de madeira que apoiam a fixação das tá-
buas nos paletes), já que as empilhadeiras adentram as estruturas e, por essa razão,
sua utilização inicia-se pelo “último andar” e vai descendo até o “térreo”; armazena-
-se a mercadoria de cima para baixo.
Cantiléveres.
Atividade 2
O meu almoxarifado : parte 3
1. Agora, de acordo com o tipo de empresa que escolheu anteriormente para criar
seu almoxarifado, você vai começar a preencher o espaço dentro do retângulo
interior com o que seriam as estruturas porta-paletes ou as prateleiras (cantiléve-
res). Não se esqueça que haverá empilhadeiras nesse almoxarifado, portanto, deve
haver corredores entre as estruturas.
Faça um ligeiro esquema das estruturas e estantes, para simbolizar o tipo de
operação – Peps, Ueps ou ambos – e mostrar se há instalações para volumes
compridos. Mais adiante, você terá de apagar alguns desenhos que vai fazer
Endereçamento
Quando nos referimos a “último andar” e “térreo”, estamos, na realidade, utilizando
um procedimento e uma nomenclatura comumente adotados para facilitar a locali-
zação dos produtos no estoque, de modo a completar o endereço do local em que se
encontra determinado produto – que já contém informações como “rua”, “prédio”,
“andar” e até “apartamento”, além do “lado par” ou “ímpar” da rua.
As ruas podem ser denominadas por letras, números, ou ambos, e os demais dados,
por números, de tal modo que um endereço no qual se encontra uma dada merca-
doria pode ser: M-1-5-4-4, significando que o local é a rua M, no lado ímpar 1 (ou
2 se par), no prédio 5, 4o andar, no apartamento 4.
Outras nomenclaturas ou definições que se servem de cores, blocos, seções, grupos,
famílias etc. também são utilizadas em empresas. O ideal, por vezes, é que se com-
binem critérios para favorecer ainda mais a localização: setor vermelho (materiais
de escritório, por exemplo), rua B, prédio 2; setor amarelo (materiais de limpeza,
por exemplo), rua X. No entanto, deve-se evitar formar códigos ou métodos de
identificação muito complicados, que se tornem difíceis de assimilar ou memorizar.
Todos esses procedimentos se aplicam variando, naturalmente, em função da di-
versidade de itens e de estoques presentes no almoxarifado. Há almoxarifados que
abrigam apenas algumas centenas de itens, enquanto outros, algumas dezenas de
milhares, ainda que muitos dos quais sejam similares.
Se você alguma vez já precisou adquirir uma peça para encanamento de água, por
exemplo, sabe que, de uma única peça, existem algumas variedades. Pense em um
cotovelo para ligação do cano à torneira ou a uma peça intermediária. Nesse caso,
podem variar: bitola do cano (meia polegada, ¾ de polegada), material (plástico azul,
plástico marrom, cobre, bronze, plásticos para uso com água quente), tipo de junção
(um lado com rosca interna e outro com externa; um lado com rosca e outro para uso
de cola ou solda; dois lados para uso de cola ou solda); bitolas do próprio cotovelo
(ambos os lados com a mesma bitola ou um lado com redução de uma delas); ângu-
lo (90 ou 45 graus) etc. Em outras palavras, um simples cotovelo combina várias
características e utilizações e chega a representar mais de 20 itens diferentes.
© Ulrich Mueller/123RF
Identificação/codificação e rastreamento
Depois que as mercadorias passam pelo recebimento e, portanto, estão para ser
armazenadas – ou quando devem ser novamente conferidas, caso o recebimento e
o armazenamento sejam setores distintos e as operações, realizadas por pessoas
diferentes no almoxarifado, para que não haja dúvidas quanto à exatidão do lote –,
elas antes devem ser codificadas para que todos os dados de sua identificação sejam
facilmente acessíveis.
Um processo bastante simples e que não requer equipamentos especiais (portanto,
de baixo custo) é baseado na utilização de códigos, que são sequências de números
e/ou letras – únicos, exclusivos. Assim, facilmente se pode identificar e localizar um
produto, tanto no estoque quanto nos sistemas de controle, como, por exemplo,
© Maitree Laipitaksin/123RF
Esses códigos estão se tornando cada vez mais populares, sendo conhecidos como
QR Code (Quick Response Code – “Código de resposta rápida”), e podem ser esca-
neados por telefones celulares que possuem tecnologia para tal.
© Stocksearch/Alamy/Glow Images
Etiqueta inteligente.
1. Para fazer suas etiquetas, você precisará de uma folha de papel no formato A4.
2. Na folha de papel, marque com um tracinho o ponto que representa 10 cm a partir
de um dos lados da largura do papel e, outro, 20 cm. Siga os traços em direção ao
lado oposto, encostando a régua na borda do lado do comprimento da folha.
3. Faça o mesmo encostando a régua, virada, do lado do comprimento do papel. Ago-
ra, una os pontos da marca de 10 cm com um risco paralelo à margem do papel e de
novo na marca dos 20 cm, dividindo a folha em três partes mais ou menos iguais.
Vire a folha, e, da mesma forma, faça marcas no sentido de um dos lados compridos
para o outro, a cada 3 cm, dos dois lados da folha, e una as marcas, de maneira a
obter um grande retângulo, criando 21 pequenos retângulos que serão suas etiquetas.
4. Escreva, na margem inferior das etiquetas, o seu nome, em letras maiúsculas e
de forma, assim: ANTONIA, LUISA, JOANA, ROBERTA, CARLA CIA.
LTDA. ou S.A., ou ANTONIO, LUIS, JOÃO, ROBERTO, CARLOS CIA.
LTDA. ou S.A.
5. No verso da folha, comece a pensar no código que utilizará para identificar o
que será etiquetado. Assim, relacione, separadamente, as categorias: amigos,
material deste curso, os ideais que acha que poderá alcançar com base neste
curso, os conhecimentos que você tem, os que você precisa ter etc. Para cada uma
dessas relações, atribua uma letra ou número diferente, e para cada item, um
número. Na categoria que houver condição, crie grupos ou classes: novos amigos,
velhos amigos, nem novos nem velhos; e, como neste caso é possível, crie uma
família: “amigos de infância”, “colegas” etc. Assim, por exemplo:
• Categoria: amigos = A;
• Classe: infância = 01 / vida adulta = 02;
• Descrição: amigos do peito = 01 / colegas = 02 / amigos distantes = 03.
Veja a seguir a classificação de um velho amigo distante: João = A0103. Crie um
código para o material do curso pensando no que podem ser categorias, classes,
grupos etc. para livros, cadernos, canetas, folhas de papel, lápis etc.
6. Escolha e escreva alguns desses códigos em letras ou números graúdos, capricha-
dos, nas etiquetas. Você deverá cortar pelo menos uma e prendê-la com fita
adesiva no seu livro do curso, identificando-o de acordo com o código que criou.
Fichas de controle
As fichas de controle devem permitir uma visão da situação do estoque tanto no
momento da auditoria como a qualquer momento que se deseje. Deve-se ter um
cuidado especial ao verificar como estão sendo feitos os lançamentos, já que são
fundamentais no controle.
Portanto, deve-se checar se a identificação dos produtos, sua codificação e conse-
quentemente sua localização no estoque (estante, prateleira, rua, número, andar
etc.) estão corretas, uma vez que erros, nesse momento, vão gerar números incor-
retos no sistema: determinado produto poderá apresentar números inferiores ao
correto e, do mesmo modo, outro produto poderá apresentar números superiores
ao real. Assim, é importante conferir se as devoluções e as baixas por danos ocor-
ridos foram convenientemente computadas. E, por fim, verificar se há compati-
bilidade entre os dados dessas fichas e os dos demais controles. Veja um exemplo
de ficha de controle de estoques.
Total
DESTINATÁRIO/REMETENTE 00.00.00
NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO
DADOS DO PRODUTO
ALÍQUOTAS
CÓDIGO SIT. VALOR VALOR
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CF UNID. QUANTIDADE VALOR DO IPI
PRODUTO TRIB. UNITÁRIO TOTAL
ICMS IPI
785456 Livro Infantil (A Caverna) 1 007 Unid 1 35,00 35,00 0,00 0,00 0,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CALCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTIT. VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL PRODUTOS
0,00 35,00
TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME RAZÃO/SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF
1 EMITENTE
Transportadora Vaivém 2 DESTINATÁRIO 1 NON 0312 SP 75.453.858/0001-45
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL
1 caixa
DADOS ADICIONAIS
Nota Fiscal com dados e valores fictícios RESERVADO AO FISCO Nº DE CONTROLE
DO FORMULÁRIO
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL
DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR
Nº 000.007
1) Ocioso ou excedente: quando se encontrar em perfeitas condições de uso e operação, porém sem utilidade para a seccional de patrimônio. 2) Antieconômico:
quando a sua manutenção for onerosa ou seu rendimento precário em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsolescência. 3) Recuperável: quando a
sua recuperação for possível e orçar em até 50% do seu valor estimado no mercado. 4) Inservível/Irrecuperável: quando não mais puder ser utilizado para o fim a
que se destina devido a perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação por extrapolar o limite previsto no inciso anterior.
Modelo de inventário.
Atividade 4
O meu almoxarifado : parte 4
1. Retome seu desenho e crie a área de separação, desenhando uma ou mais ban-
cadas no tamanho que julgar adequado.
embalagem
secundária
embalagem
terciária
© Nickolay Khoroshkov/123RF
Transporte de contêineres.
Atividade 6
E studo de meio : visitando um almoxarifado
1. Agora que você e seus colegas já discutiram sobre o trabalho que é realizado nos
almoxarifados, podem se organizar em grupo para conhecê-los pessoalmente.
Para que a experiência seja mais rica para a classe, cada grupo deve escolher um
almoxarifado ou estoque diferente. Por exemplo: de uma loja de roupas, de
calçados, de eletrodomésticos, de material de construção, de uma obra de cons-
trução civil, de dois ou três tipos diferentes de indústria, de um estabelecimento
agrícola ou pecuário etc.
2. Depois de escolhido o local de visita dos grupos, para que a ida ao almoxa-
rifado ou depósito seja mais proveitosa, é recomendável que vocês preparem
antes um roteiro de observação. Pensem no que será observado: O trabalho
das pessoas? Os equipamentos? As instalações? A forma como estão organi-
zados os itens estocados? A expedição? Os métodos e instrumentos de con-
trole? Tudo? Talvez seja interessante que cada membro do grupo observe
aspectos diversos, de modo que possa ver com mais atenção para depois re-
latar aos demais o que perceber.
3. Após a visita, façam uma discussão coletiva, de forma que o trabalho traga mais
informações para a classe.
Armazém de mercadorias.
Distribuição da carga
Outro cuidado necessário é com a distribuição da carga. É preciso ter em vista o
peso e a cubagem (volume em metros cúbicos) das cargas, de modo que possam ser
corretamente atribuídas aos veículos, pois eles possuem limites legais de carga ad-
missível. Há controle do peso de veículos de carga nas estradas, além de vias com
viadutos ou outros obstáculos com restrição de altura.
© Carlos Antonio Soares/SESP
© Paulo Savala
EM CASO DE INCÊNDIO
Não use o elevador
Atividade 1
S inais e símbolos
1. Reúna-se com mais três colegas e elaborem uma lista de dez sinais ou avisos dos
quais vocês se lembram, relacionados à saúde, segurança e prevenção de aciden-
tes nos locais que constam no quadro:
Atividade 2
R evelando o trabalho
© Charles C. Ebbets/Bettmann/Corbis/Latinstock
b) Em sua opinião, que tipo de trabalho esses homens que aparecem na imagem
realizam?
A ocorrência de acidentes
É fato que em todos os lugares estamos sujeitos a sofrer Insalubre: 1. Que não é sau-
dável. 2. Diz-se de local em
acidentes. Você deve conhecer pessoas que já se aciden- que há agentes nocivos à
taram em casa, nas ruas, no local de trabalho, nas estra- saúde ou em que se dá a
das, não é mesmo? exposição a estes acima dos
limites de tolerância (cidade
insalubre; fábrica insalubre).
Nesta seção, será abordada mais especificamente a pre-
© Dicionário Aulete.
venção dos acidentes de trabalho. Para isso, serão utiliza- <www.aulete.com.br>
das as ideias de Leonardo Boff (1938-) para dar sequência
a nossa conversa.
[...]
Atividade 3
P revenção de acidentes
2. Converse com o colega ao lado sobre as possíveis causas do acidente e como ele
poderia ter sido evitado. Escreva as hipóteses levantadas nas linhas a seguir.
• os trabalhadores.
1. Sinalização de proibição
Código 1
Proibido fumar
Código 2
Proibido produzir chama
Código 3
Proibido utilizar água para apagar o fogo
Código 4
Proibido utilizar elevador em caso de incêndio
2. Sinalização de alerta
Código 5
Alerta geral
Código 6
Cuidado, risco de incêndio
Código 7
Cuidado, risco de explosão
2. Sinalização de alerta
Código 8
Cuidado, risco de corrosão
Código 9
Cuidado, risco de choque elétrico
Código 12
Saída de emergência
Código 13
Saída de emergência
Código 14
Saída de emergência
Código 15
Saída de emergência
Código 16
Escada de emergência
4. Sinalização de equipamentos
Código 22
Telefone ou interfone de emergência
Código 23
Extintor de incêndio
Código 24
Mangotinho
4. Sinalização de equipamentos
Código 25
Abrigo de mangueira e hidrante
Código 26
Hidrante de incêndio
Método de
Classe e símbolo Tipo de material Exemplos Extintores
extinção
Água, espuma
Sólidos que Madeira, papel,
química e
queimam e tecidos, Resfriamento
espuma
deixam resíduos borracha, carvão
mecânica
Quadros de
Elétricos que distribuição,
Gás carbônico,
estão ligados a equipamentos Abafamento
pó químico seco
uma rede elétrica elétricos, fios
sob tensão
Método de
Classe e símbolo Tipo de material Exemplos Extintores
extinção
Magnésio,
Metais zircônio, titânio, Pó químico seco
Abafamento
pirofóricos alumínio em pó, especial
antimônio
Césio, urânio,
Materiais
cobalto, tório, Acionar Corpo de Bombeiros 193
radioativos
rádio
Gordura animal e
Óleo de cozinha
óleo vegetal em
comercial e Abafamento Base alcalina
estado líquido ou
industrial
sólido
Sprinkler.
Óculos de segurança: importante equipamento para proteção dos olhos, eles são
mais utilizados em atividades industriais. Dependendo dos produtos estocados no
almoxarifado ou no estoque, você também precisará utilizá-los, como no caso de
produtos químicos.
© homestudio/123RF
© Helga/Alamy/Glow Images
Máscara respiradora: almoxarifados e estoques são locais que apresentam acúmu-
lo de poeira, além de poder abrigar produtos químicos. É, portanto, EPI funda-
mental para sua saúde.
© Paulo Savala
© Serghei Velusceac/123RF
Fique atento ao uso dos EPI
dependendo do local em que
trabalhará. É possível, por exemplo,
que seja necessário o uso de luvas
especiais ou aventais específicos
para situações que coloquem em
risco sua saúde.
Todo trabalho implica responsabilidades, inclusive legais, podendo até mesmo resul-
tar em punições rigorosas previstas por lei, caso não sejam observadas. O Decreto-lei
federal no 4.657, de 4 de setembro de 1942, indica, em seu artigo 3o, que é indescul-
pável afirmar o desconhecimento da lei:
Ou seja, uma empresa que não oferece EPI adequado aos trabalhadores não pode
jamais alegar que desconhecia a lei e que, por isso, não fornecia os equipamentos.
Do lado dos trabalhadores, a lei também vale, pois, se é obrigatório o uso de EPI
no local de trabalho e a empresa os ofereceu, o funcionário deve fazer uso deles; do
contrário, pode sofrer penas, inclusive demissão por justa causa.
Atividade 4
S egurança no trabalho
SOME NORMA
PESS
SEGUR S DE
NO LOCANÇA
AUTOR
AVISO A
TRABA L DE
LHO
ADMIN
ISTRA
DE SE ÇÃO DOS SE
GURA RVIÇO
NÇA E S
SAÚD
E
2. Qual é a relação que se pode estabelecer entre a frase de Paulo Freire e a charge
observada?
© Mario Henrique/Latinstock
Extintor de parede. Extintor de carrinho.
© Fernanda Catalão
Existem várias causas ou diversos fatores que podem provocar acidentes. Nunca
deixe de usar os equipamentos de segurança, pois eles podem salvar sua vida! Você
viu que todas as operações realizadas em um almoxarifado exigem cuidado e aten-
ção. Percebeu a importância do uso de procedimentos, equipamentos e instalações
perfeitamente adequados a sua realização. Isto é, devem sempre ser utilizados pale-
tes, prateleiras, empilhadeiras ou outros equipamentos adequados às dimensões dos
produtos (tamanho, altura, extensão, volume cúbico, peso), à facilidade ou dificul-
dade de manuseio, a fragilidade, acidez, condição de corrosivos, inflamáveis, explo-
sivos etc.
A adoção, mesmo que rigorosa, da sinalização por cores não é a única ação que deve
ser tomada para buscar incrementar a segurança no trabalho.
Como em outras situações, a atenção quanto à segurança tende a diminuir com o
tempo, facilitando o surgimento de situações de risco cometidas, em geral, por
imprudência ou distração. É um fenômeno denominado fadiga do estímulo, ou seja,
um estímulo visual (a visão de um cartaz, por exemplo) ou auditivo (ouvir uma
recomendação dada pelo supervisor, por exemplo), quando repetido diversas vezes,
da mesma forma e com o mesmo conteúdo, tende a ir, pouco a pouco, perdendo
o poder de estimular a pessoa até praticamente não mais causar o resultado que se
propõe (transmitir uma mensagem, no caso do cartaz e/ou da recomendação). Isso
significa que a atenção da própria pessoa em relação às situações que oferecem risco
torna-se cada vez menor, até não mais ter efeito.
Ergonomia
A ergonomia (ergo, trabalho e nomos, normas, regras) é um assunto que requer
muita atenção por parte dos trabalhadores, por estar relacionado direta e profun-
damente à saúde. Segundo a Associação Internacional de Ergonomia (IEA):
Atividade 5
O meu almoxarifado : parte 7
1. O que você acha de incluir em seu leiaute uma pequena sala para atendimento
médico emergencial?
Revendo seus
conhecimentos
Com esta Unidade, chegamos ao fim deste curso. Esse é um
momento de balanço, de rever o que aprendeu nesse período
em que se dedicou à formação básica na ocupação de almoxa-
rife e estoquista. É importante que consiga identificar o que
sabe sobre essa ocupação e que se sinta preparado para buscar
uma vaga no mercado de trabalho.
Para isso, vamos retomar e complementar uma atividade que você
realizou no início deste curso, quando elaborou um balanço do
que já conhecia nessa área. Agora é o momento de atualizá-lo.
Atividade 1
R evisite seus conhecimentos
O que já sabia fazer O que aprendi no curso O que ainda preciso aprender
Atividade 3
C omo fazer um currículo
Última etapa
A última etapa a enfrentar é a entrevista ou a seleção para o emprego que você
pretende. Para muitos, essa etapa causa certa ansiedade; outros a encaram como
mais um desafio ou obstáculo a transpor entre muitos já enfrentados na vida. É
importante lembrar que, na entrevista, tanto o entrevistador quanto o candidato
ficam, de início, mais contraídos, mas, à medida que ela vai transcorrendo, ambos
vão se sentindo mais confortáveis.
Quando você for chamado para uma entrevista, procure manter a calma e esteja
confiante. Se você foi chamado é porque seu currículo apresentou as qualificações
que a empresa precisa. No entanto, outros candidatos também foram chamados e
será escolhido aquele que preencher mais adequadamente as condições requeridas
pela empresa e pelo posto de trabalho oferecido.
Veja a seguir algumas dicas que os especialistas dão aos candidatos:
• Prepare-se para a entrevista planejando tudo antecipadamente, reunindo os do-
cumentos em uma pasta. Leve também uma cópia do currículo; o entrevistador
nem sempre tem uma consigo e pode solicitar a sua.
• Verifique o endereço e calcule o tempo para chegar ao local com antecedência
mínima de 15 minutos.
• Seja sincero e coerente com as informações que colocou no currículo, pois elas
sempre podem ser checadas.
• Exponha com clareza o que sabe fazer na área e, caso seja perguntado, fale sobre
suas atitudes e seu jeito de ser.
• Mostre-se confiante com relação ao que sabe. Evite mencionar o que, de fato,
desconhece, mas seja honesto em dizer que desconhece algum procedimento se
lhe for perguntado.
Chegamos ao fim do curso. Nele, você teve a chance de aprimorar seus conheci-
mentos e praticar algumas técnicas específicas dessa ocupação.
Boa sorte!
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