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Introdução a
Apostila escrita por Guilherme Rossi Zangarini
Freios Aluno graduando de Engenharia Mecânica
FEM – UNICAMP
E-mail: grzanga@yahoo.com.br
Automotivos grzanga@gmail.com
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N1 + N 2 = P ≡ m ⋅ g (5.1)
F1 + F2 = m ⋅ α (5.2)
N1 ⋅ a − N 2 ⋅ b − (F1 + F2 ) ⋅ h = 0 (5.3)
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6.2. Dimensionamento
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6.3. Roteiro sugerido para dimensionamento O disco deve ser o mais leve possível para ter
menor inércia girante. Veja a seção 9 para a escolha do
1. Obtenha o centro de gravidade (C.G.), a massa, o melhor tipo de disco para a aplicação requerida.
Rpneu e a velocidade final do veículo. Os discos devem ser usinados a partir de tarugos
2. Determine uma distância para o veículo quando (e nunca de chapas!) devido as suas características
estiver em velocidade final pare totalmente. metalográficas para não empenarem.
3. Com esses dados obtêm-se as reações normais Escolha o fluido de freio que suporte altas
em cada eixo. temperaturas e que tenha especificações de acordo com
4. Imponha um µsolo a partir da utilização do veículo. a exigência do projeto.
5. Faça um calculo prévio estimando Apinça, Rdisco,
Ac.mestre e l.
6. A partir destes dados, escolha as peças do 6.5. Tipos de Disco
sistema de freio.
7. Dimensione o disco de freio dianteiro.
8. Sempre respeite a pressão máxima admissível da
pastilha.
9. Utiliza-se a formula (6.3) para obter l.
10. Por ultimo dimensiona o disco traseiro. Discos simples, o tipo mais comum.
Discos ventilados, existe um espaço no
meio do disco que permite que o ar entre
6.4. Recomendações de Projeto e ajude a arrefecer os discos quando
solicitados melhorando assim a eficiência
dos mesmos.
Recomenda-se que o reservatório deverá ter
capacidade para o nível de fluido estar acima da metade
quando as pastilhas estiverem totalmente gastas.
Disco furados, permitem
O sistema deverá trabalhar na menor temperatura
um maior movimento do ar
possível. Nunca jogue água diretamente no sistema, uma
e, por conseguinte um
alternativa é borrifar água no ambiente para abaixar a
maior arrefecimento dos
temperatura do ar.
discos, além de serem
Todas as linhas devem ser resistentes a vibrações
mais leves. Os gases
e deverão ser usadas linhas flexíveis para ligar qualquer
formados pela fricção das
parte móvel.
pastilhas nos discos e as
partículas que se criam
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principalmente na parte superior desta, fazendo com que resulta na centralização automática das sapatas no
a pressão de contato seja maior nessa região. tambor.
Este tipo tem uma menor razão torque por força
exercida pelo pedal de freio. Quando o veículo se
movimenta para frente, a sapata primária é mais
solicitada do que a sapata secundária, com isso damos à
sapata primária o nome de sapata energizada e para a
sapata secundária damos o nome de sapata
desenergizada. Com o veículo se movimentando à ré, a
atuação das sapatas se inverte.
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de regulagem automática, adicionando-se a força Com a soma dos momentos é possível obter a
aplicada pelo cilindro de freio. força aplicada F:
Isto resulta numa multiplicação de forças e,
conseqüentemente, numa diminuição do esforço por F ⋅c − Mn + M f = 0 (7.4)
parte do motorista ao frear o veículo, daí a denominação
servo. O torque de frenagem é obtido pela equação (7.5):
Pmax
7.3. Dimensionamento T = µ ⋅w⋅r2 ⋅ (cos θ1 − cos θ 2 ) (7.5)
senθ max
A pressão hidráulica, através do Princípio de
Pascal, é calculada pela fórmula 7.1: Feixo ⋅ µ solo ⋅ R pneu
Sendo T= conforme foi visto nas
2
Ph =
Fcm
=
F equações (6.2) e (6.3).
(7.1)
Acm Acr
7.4. Roteiro sugerido para dimensionamento
Onde Fcm é a força gerada pelo cilindro mestre, Acm é a
área do embolo deste, F é a força aplicada e Acr é a área 1. Obtenha o centro de gravidade (C.G.), a massa, o
do embolo do cilindro de roda. Rpneu e a velocidade final do veículo.
As medidas d, c, r, Θ1 e Θ2 podem ser observadas 2. Determine uma distância para o veículo quando
na figura 11. A medida w é a largura da sapata e Θmax é o estiver em velocidade final pare totalmente.
mínimo entre Θ2 e 90º. 3. Com esses dados obtêm-se as reações normais
As equações (7.2) e (7.3), respectivamente, são o em cada eixo.
momento devido à força normal e o momento devido à 4. Imponha um µsolo a partir da utilização do veículo.
força de atrito. 5. Dimensione o freio dianteiro, que provavelmente
será a disco.
Pmax ⋅ w ⋅ r ⋅ d 6. A partir destes dados, escolha as peças do
Mn = [2 ⋅ (θ 2 − θ1 ) − sen2θ 2 + sen2θ1 ] (7.2) sistema de freio.
4 ⋅ senθ max
7. Utiliza-se a formula (6.3) para obter l.
8. A partir das equações (6.2) e (7.5) dimensione o
µ ⋅ Pmax ⋅ r ⋅ w ⎡ ⎤
r (cosθ1 − cosθ 2 ) + (cos 2θ 2 − cos 2θ1 )⎥
b tambor e as sapatas num processo iterativo.
Mf = ⎢ (7.3)
senθ max ⎣ 4 ⎦ 9. E com as equações (7.1) a (7.4) dimensione o
cilindro de roda.
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7.5. Cuidados com a Instalação e Manutenção destas impurezas reduz o atrito entre as lonas
e o tambor, tornando a frenagem ineficiente;
• Substitua os tambores de freio quando • Freadas contínuas ou carregamento impróprio
atingirem o diâmetro máximo permitido. A do veículo causam o superaquecimento dos
retífica do tambor de freio deve ser realizada freios, comprometendo sua performance;
sempre nos dois tambores de um mesmo eixo; • Verifique o sistema de freio a cada 5.000 km.
isto quer dizer que os diâmetros dos tambores
de freio devem ser iguais entre si. O tambor de
freio suporta durante as frenagens altas
temperaturas e esforços mecânicos extremos.
O uso de tambor de freio com diâmetro acima
do máximo permitido poderá ocasionar sérios
problemas, como:
o Maior possibilidade de
superaquecimento dos freios devido à
menor quantidade de material;
o Menor resistência mecânica da peça,
podendo ocorrer ovalização, trincas ou
até mesmo a quebra total do tambor de
freio.
• Choques mecânicos como marteladas ou
quedas podem causar ovalização nos
tambores, provocando trepidação no pedal de
freio durante a frenagem;
• Na troca das lonas, substitua ou retifique os
tambores de freio;
• Troque sempre os tambores e as lonas de freio
do mesmo eixo;
• Lave os tambores de freio com desengraxante
antes de montá-los no veículo;
• Evite contaminar a superfície de atrito do
tambor e das lonas de freio com graxa ou fluido
de freio durante o manuseio, pois a presença
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10.1. Componentes
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O sistema ABS evita que, durante uma frenagem, Esses sensores são utilizados para determinar a
a roda trave e comece a deslizar no chão. Em resumo, o razão de rotação das rodas. A extremidade do sensor
sistema de antitravamento de freios é a mais sofisticada está localizada perto do coroa dentada, que é geralmente
tecnologia, em se tratando de sistema de freios, que preso ao eixo do veículo ou na articulação guiada e gira
proporciona ao veículo a máxima eficiência na frenagem, na mesma velocidade das rodas. Quando o rotor gira,
sem considerar as condições do piso, para que o veículo uma tensão é induzida no sensor. O módulo e freqüência
mantenha sua trajetória mesmo em situações críticas. dessa tensão variam em relação à velocidade da roda. O
Foi criado pela empresa alemã Bosch, tornando-se sensor de velocidade pode vir montado em cada roda ou
disponível para uso em 1978, com o nome "Anti-lock na carcaça do eixo ou ainda na transmissão.
Brake System", embora houvesse tipos de ABS
mecânicos desde os anos 1950.
O sistema hidráulico do freio atua reduzindo a 12.1.2. Atuador Hidráulico
pressão a fim de evitar o travamento das rodas,
mantendo o atrito entre as rodas e a pista num valor O atuador hidráulico é a unidade que tem a
ótimo. Já o sistema eletrônico do ABS age recebendo capacidade de aumentar, diminuir ou manter a pressão
sinal dos sensores e enviando sinais de comando para o no freio. Ele age baseado em sinais recebidos do módulo
atuador hidráulico. de controle. O atuador hidráulico consiste basicamente
nos seguintes componentes:
• Conjunto bomba/motor, que supre o
12.1. Componentes acumulador com fluido de freio
pressurizado;
Os componentes do ABS são: • Acumulador, que recebe o fluido de freio
• Sensores de velocidade nas rodas; altamente pressurizado;
• Coroa dentada; • Conjunto de válvulas bloqueadoras, que
• Atuador hidráulico; contêm as válvulas solenóides hidráulicas.
• Módulo de controle Electronic Control Unit No sistema intregrado ABS, o conjunto cilindro
(ECU). mestre/elevador de pressão é uma parte integral da
O sistema pode ser aplicado nas duas rodas unidade hidráulica. Nesses sistemas, o acionamento
traseiras ou nas quatro rodas. assistido é provido pelo fluido de freio pressurizado que é
suprido pelo acumulador. Em um sistema não integrado,
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Durante o período de frenagem normal, a porção 12.3. O ABS como Item de Segurança
anti-bloqueamento do freio não opera. Apesar disso, os
sensores continuam monitorando a velocidade de A maior vantagem do ABS é o seu princípio e seu
rotação das rodas e enviando sinais para o módulo de funcionamento, ou seja, o antitravamento das rodas nas
controle. Quando o pedal do freio é pressionado, fluido frenagens de emergência. Em todas as situações, o
de freio escoa do cilindro mestre, através do atuador motorista poderá "pisar" fundo no freio, com a máxima
hidráulico, até o freio. força, sem que haja o travamento das rodas. A
Quando o módulo de controle detecta que a roda segurança do condutor aumentará e a vida útil dos pneus
está aproximando do bloqueamento, ele emite sinais se prolongará, pois os próprios pneus não serão
para a válvula solenóide no atuador hidráulico para arrastados sobre o solo.
bloquear a passagem de fluido entre o cilindro mestre e o Os sensores de rotação nas rodas informam a
freio da roda em questão. A pressão do fluido do cilindro unidade de comando se haverá o travamento (bloqueio)
mestre não pode, assim, escoar através da válvula de uma das rodas ou mais. A unidade (módulo) de
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PTe + PTd = PT
PDe + PDd = PD
PTe + PDe = Pe
(A.1)
Ptd + PDd = Pd
PT + PD = P
Pe + Pd = P
PT c
=
P ee
(A.2)
PD d
= Figura A.1 – Esquema para pesagem do veículo para
P ee
obter PTi.
Para calcular o C.G. transversal:
AEEI = h − ( R + r )
(A.4)
Pe b PEEI = ee 2 − AEEI 2
=
P bi
(A.3) Obtém-se a altura do C.G. igual a
Pd a
=
P bi
A=
(ee ⋅ PEEI + AEEI ⋅ (R − r )) ⋅ ee ⋅ (PTi − PT )
Para calcular o C.G. vertical, considerando também: ((ee ⋅ AEEI − PEEI ⋅ (R − r )) ⋅ P ) − ⎛⎜ (PTi ⋅ (R − r )) P ⎞⎟ (A.5)
AEEI = Altura EEI ⎝ ⎠
PEEI = Projeção EEI
PTi = Peso traseiro quando a frente do carro estiver De modo análogo é possível calcular a altura do
inclinada (veja figura A.1) C.G. elevando a traseira do veículo.
R = Raio da roda maior
r = Raio da roda menor
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