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[...]em particular os gêneros elevados, oficiais, são muito estáveis e muito prescritivos
(normativos). O querer- dizer deve-se limitar à escolha de um determinado gênero e apenas
ligeiros matizes na entonação expressiva (pode-se adotar um tom mais deferente, mais frio ou
então mais caloroso, introduzir uma entonação prazerosa, etc.) podem expressar a
individualidade do locutor (o aspecto emocional de seu intuito discursivo).
Uma outra característica presente nessa categoria discursiva por conta, justamente, de
sua intencionalidade comunicativa é a predominância de uma ‘base’ argumentativa ou tipo
(ou tipologia – em uma perspectiva de gênero textual) de mobilização estratégica da
argumentação do discurso interno ao Requerimento. Esse teor argumentativo é indispensável,
de configuração semântica (construção do sentido), para manifestação desse caráter da
‘requisição/solicitação do discurso’. Esse discurso argumentativo ou ‘retórico’ (por uma
concepção bakthiniana) tende a fortalecer a necessidade, por meio de intervenção de
ideias/argumentos da persuasão para o cumprimento dessa requisição/solicitação.
Uma última característica a ser destaca é aquilo que se diz respeito à estrutura desse
texto. Através das concepções de Lima (2018 – p. 07), este que subdivide o gênero
requerimento em cinco componentes (invocação, texto, fecho, local e data e assinatura), fica-
se mais evidente ainda esse corpus em que o requerimento é elaborado, conforme o Anexo em
um discurso que é materializado em sub-partes:
Abertura, na qual se inicia com um vocativo ou destinatário;
Encadeamento com as especificações da identificação do requerente/dirigente e
assunto/solicitação requerida;
Desfecho sem acompanhado por uma expressão conclusiva (Pede deferimento,
por exemplo) com as especificações de data de emissão, lugar, assinatura, etc.
Essa estrutura pode ocorrer tanto em forma de formulário ou modelo preenchível,
como o anexo, quanto em forma a ser elaborada de modo discursivo. Tais ocorrências e
escolha de uma delas dependerá justamente da situação comunicativa e quais agentes
discursivos (instituição, órgão público, conselho, etc.) estão envolvidos.
ANEXO: