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Tecnologia de
Tratamento de
Resíduos Sólidos
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologia de Trata-
mento de Resíduos Sólidos, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao apren-
dizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é
propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS......................................................................................... 7
1.1 Resumo do Capítulo........................................................................................................................................................9
1.2 Atividade Proposta...........................................................................................................................................................9
8 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS.............................................................................................. 53
8.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................56
8.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................57
Esta apostila constitui um material de apoio aos alunos da disciplina de Tecnologia de Tratamento
de Resíduos Sólidos. Resíduo sólido, ou simplesmente “lixo”, se refere a todo material sólido ou semissóli-
do indesejável e que necessita ser removido, por ter sido considerado sem serventia por quem o descar-
ta, em recipiente apropriado. Bem, no entanto, devemos nos atentar à característica que muitas pessoas
impõem sobre o lixo, a de inservível. Isso é relativo, uma vez que, apesar de ele não apresentar nenhuma
serventia para quem o descarta, para outro, pode se tornar matéria-prima para um novo produto ou pro-
cesso. Dessa forma, a temática do reaproveitamento do lixo é um convite à reflexão do próprio conceito
clássico de resíduos sólidos. Estes são resultantes da atividade humana e animal, normalmente sólidos,
sem utilização ou indesejáveis pelo seu detentor, com capacidades, no entanto, de valorização.
No âmbito dos resíduos sólidos gerados pela sociedade atual, cabe aos resíduos sólidos urbanos a
maior contribuição para esses desperdícios, motivo pelo qual a questão representa um fator de crescente
preocupação. Tem-se assistido a uma verdadeira explosão na produção de resíduos, derivada do aumen-
to do consumo público, e, ao mesmo ritmo, a um decréscimo do peso específico dos resíduos.
Aproveito para já deixar a seguinte questão: será que o que estamos consumindo é realmente uma
necessidade ou é apenas uma realização pessoal? Comecemos nosso curso com essa autoavaliação.
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1 DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Querido(a) aluno(a), você, por algum mo- lações de controle de poluição ou, ainda, alguns
mento, já pensou no que seria a definição de lixo? tipos de líquidos, cujas características os tornem
Bem, de acordo com o Dicionário Houaiss, “lixo inviáveis para o lançamento na rede pública de
é um objeto sem valor ou utilidade, ou restos de esgoto ou no corpo de água ou que necessitam
trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga de soluções técnicas e economicamente inviáveis
fora”. ante as técnicas disponíveis no mercado.
Já para a Associação Brasileira de Normas Segundo o Manual de Gerenciamento Inte-
Técnicas – ABNT NBR 10.004 –, a definição de lixo grado de Resíduos Sólidos (2001), os autores de
seria “restos das atividades humanas, considera- publicações sobre resíduos sólidos, normalmen-
dos pelos geradores como inúteis, indesejáveis te, fazem uso indistinto dos termos “lixo” e “resí-
ou descartáveis, podendo-se apresentar no esta- duos sólidos”. Nesta apostila, “lixo”, como o repre-
do sólido, semissólido ou líquido, desde que não sentado na Figura 1, será todo material sólido ou
seja passível de tratamento convencional”. semissólido indesejável e que necessita ser remo-
Dentro dessa definição, encontram-se os lo- vido por ter sido considerado sem serventia por
dos advindos de sistemas de tratamento de água, quem o descarta (em recipiente apropriado).
os lodos produzidos em equipamentos e insta-
Fonte: http://pensareco.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html
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convida à reflexão do próprio conceito clássico de resíduos sólidos. É como se o lixo pudesse ser
Ana Carolina Russo
conceituado como tal somente quando da inexistência de mais alguém para reivindicar uma nova
utilização dos elementos então descartados.
Há de se destacar, no entanto, a relativida-
de da conotação de inservível dos resíduos, pois Dicionário
VERBETE 1
aquilo que já não apresenta nenhuma serventia
para quem o descarta, para outro, pode se tornar Conotação: algo que uma palavra ou coisa sugere;
Conotação: algo que uma palavra ou coisa sugere; implicação.implicação.
matéria-prima para um novo produto ou proces-
Fonte: Dicionário Houaiss. Fonte: Dicionário Houaiss.
so. Nesse sentido, a ideia do reaproveitamento
nos convida à reflexão do próprio conceito clás-
sico de resíduos sólidos.
A Figura 2 trazÉ resumidamente
como se o lixo pudes-
a diferença sobre AosFigura
conceitos aqui
2 traz mencionados: alixo
resumidamente X
diferença
se serresíduos
conceituado como
sólidos. tal somente quando da sobre os conceitos aqui mencionados: lixo X resí-
inexistência de mais alguém para reivindicar uma duos sólidos.
nova utilização dos elementos então descartados.
Figura 2– Lixo X resíduos. Figura 2– Lixo X resíduos.
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SAIBA MAIS 1
Segundo Burle (2012), a produção de lixo no Brasil cresce em ritmo mais acelerado do que a
Saiba mais
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Tecnologia de Tratamento de Resíduos Sólidos
Neste capítulo, vimos a definição de resíduos sólidos e a conotação negativa e, muitas vezes, errô-
nea que é atribuída a esses tipos de materiais.
Resíduos sólidos são aqueles materiais considerados sem serventia, inúteis ou descartáveis pelos
geradores, podendo-se apresentar no estado sólido, semissólido ou líquido.
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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
2 (ORIGEM, PROPRIEDADES FÍSICAS,
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E TOXICOLOGIA)
Classe Característica
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Vejamos, resumidamente, sobre o que tra- Anexo D: são listadas 146 substâncias
tam estes Anexos da NBR 10.004: caracterizadas por serem agudamente
tóxicas.
Anexo A: resíduos perigosos de fontes Anexo E: são listadas 407 substâncias
não específicas. São listados 43 tipos de tóxicas.
resíduos, incluindo seus constituintes Anexo F: são listadas as concentrações
perigosos e suas características de pe- máximas de 45 produtos inorgânicos
riculosidade. que podem estar presentes no extrato
Anexo B: resíduos perigosos de fon- do lixiviado.
tes específicas. São listadas 21 fontes Anexo G: são listados os limites máxi-
geradoras, sendo estas compostas mos de 33 produtos inorgânicos e or-
majoritariamente por grandes setores gânicos eventualmente presentes no
industriais. São 142 tipos de resíduos extrato do solubilizado.
associados a determinadas fontes com Anexo H: são listados códigos de 12 re-
seus respectivos constituintes perigo- síduos não perigosos.
sos e suas características de periculosi-
dade.
Anexo C: são listados 481 produtos Dicionário
inorgânicos e orgânicos que atribuem Morbidade: que apresenta alguma doença; doen-
a característica de periculosidade aos tio, enfermo.
resíduos. Fonte: Dicionário Houaiss.
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Fonte: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/a_utilizacao_entulho.htm.
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Atenção
Neste capítulo, aprendemos sobre as diferentes classificações que podem ser atribuídas aos resí-
duos sólidos. São elas:
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Vimos, também, quem são os responsáveis diretos pelo gerenciamento de determinados resíduos.
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MEDIDAS DE ACONDICIONAMENTO,
ARMAZENAMENTO, COLETA,
3 TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS
Veremos agora como funcionam as etapas o gera, garantindo que o resíduo acondicionado
de acondicionamento, armazenamento, coleta, permaneça em condições adequadas (sem vaza-
transporte e destinação final dos resíduos sólidos mentos e sem fortes odores) para coleta.
gerados. Para entendermos melhor, podemos in- Fase externa: inicia-se com os geradores
serir tais etapas em duas grandes fases: até a destinação final, sendo responsabilidade
Fase interna: ocorre dentro das residências tanto do gerador quanto da municipalidade (res-
das pessoas, de estabelecimentos comerciais, ponsabilidade compartilhada).
hospitais etc. O acondicionamento e o armazena-
mento do resíduo são responsabilidade de quem
3.1 Acondicionamento
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A importância do correto acondicionamen- samos ir muito longe para encontrar locais que
to se dá, entre alguns motivos, por: passam a acumular lixo a céu aberto, trazendo
consigo impactos negativos ao meio ambiente e
evitar a ocorrência de acidentes; à saúde pública, além de serem atrativos para ani-
evitar a proliferação de vetores e, con- mais como ratos, baratas etc.
sequentemente, a propagação de Sabendo da necessidade de se armazenar
doenças; corretamente os resíduos domiciliares, quais se-
minimizar o impacto negativo no visual riam os recipientes a serem utilizados para esse
e no odor do ambiente no entorno; fim? Podemos fazer uso dos seguintes (Figura 7):
Fonte: www.joneshill.com.
Atenção
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Agora que já vimos quais são os possíveis seguros, para evitar que, caso haja ob-
recipientes a serem utilizados, como saberemos jeto cortante ou perfurante, provoque
qual deles escolher? A escolha deverá estar basea- um acidente a quem for manejar o ma-
da em alguns aspectos importantes, tais como: terial;
possibilidade de esvaziar facilmente.
características do lixo gerado;
frequência em que ocorre o serviço de
Dicionário
coleta;
tipo de edificação do gerador; Hermético: perfeitamente, totalmente fechado.
Depois de passarmos pela etapa de acondi- Por algum momento aqui em nosso estudo,
cionamento, o próximo passo a ser realizado é a você se deparou com a questão de como o órgão
coleta. A coleta tem como objetivo recolher o lixo, responsável pela coleta realiza o dimensiona-
previamente acondicionado pelo gerador, para mento desse serviço? Vejamos simplificadamente
então enviá-lo a seu destino, que pode ser uma como isso funciona.
estação de transferência, uma estação de trata- Primeiramente, é realizada uma estimativa
mento ou disposição final, para que, dessa forma, do volume de lixo que será coletado. Podemos
evite impactos negativos à população. propor um valor médio de 1,2 kg/habitante/dia.
A coleta e o transporte dos resíduos de pe- Em seguida, são feitas as definições das frequên-
quenos geradores (residenciais e pequenos co- cias em que serão realizadas as coletas, bem como
mércios, por exemplo) são, na maior parte das de seus horários, para, então, serem estabelecidos
vezes, efetuados por meio do órgão responsável a frota de veículos e o itinerário a ser efetuado. A
pela limpeza púbica do município. Já os resíduos falta de alinhamento desses procedimentos com
dos “grandes geradores” (produtores de mais de a realidade de cada local pode gerar desconten-
120 litros de lixo por dia) são coletados por em- tamento por parte da população. Imagine um
presas particulares cadastradas na prefeitura, a caminhão de lixo passando em horário de pico
cargo do gerador. em uma avenida muito movimentada? Ou que
Esses resíduos podem ser coletados por a frequência de coleta seja insuficiente para uma
diversos tipos de veículos, desde que estes aten- determinada região, e as pessoas passem a esto-
dam às exigências estabelecidas pela legislação car um grande volume em suas residências? São
do município. Segundo Mancini (2013), em geral, situações que devem ser previstas antes de o ser-
elas podem ser da seguinte forma: viço ser colocado em prática.
sem compactação;
com compactação.
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Saiba mais
Neste capítulo, vimos as formas de acondicionamento dos resíduos, os recipientes que podem ser
utilizados pra essa finalidade e os critérios para a escolha destes.
Analisamos os critérios utilizados para a determinação das rotas de coleta, baseados no volume do
resíduo gerado, no horário e na frequência de coleta, na frota e no itinerário a ser seguido.
Para melhor ilustrar o que vimos neste capítulo, a Figura 8 resume as etapas no processo de coleta
de resíduos sólidos.
20 3.4 Exercícios
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MINIMIZAÇÃO, REUTILIZAÇÃO,
4 RECICLAGEM DE RESÍDUOS
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Tudo isso nos mostra que devemos nos Essas questões têm como base o que cha-
atentar não apenas ao que fazer depois do con- mamos de “princípio dos 3 Rs”, apresentado na
sumo (destinação das embalagens, local e reci- Figura 9.
piente para descarte etc.) como também ao que
faremos antes mesmo de consumir (de onde vem
esse produto, como se torna disponível para con-
sumo, quem o fabrica etc.). São reflexões como
essas que nos despertam para o consumo res-
ponsável, visando minimizar os impactos negati-
vos em nosso meio ambiente.
Tal princípio adquiriu conhecimento mun- uma atitude que proporciona a redução no con-
dial em função da sua aparição na Agenda 21, sumo.
documento elaborado durante a Conferência das Reutilizar um determinado produto ou ma-
Nações Unidas (Rio-92). terial se refere à ação de atribuir um novo uso ao
Reduzir o consumo é adotar medidas sim- que seria descartado e, assim, estender a sua vida
ples, como, por exemplo, pensar bem antes de útil por meio de reparos, restauração e/ou rea-
consumir um produto, evitar, em nossas ações, proveitamento. Lembre-se: o que para nós pode
a geração de resíduos, verificando se tudo isso parecer inútil, para outras pessoas, pode ser de
é realmente uma necessidade. A substituição de grande serventia.
materiais descartáveis, como os copinhos plásti- Reciclar se refere ao conjunto de técnicas
cos, presentes nos mais diversos estabelecimen- que buscam reprocessar substâncias ou materiais
tos, por duráveis, como as canecas de alumínio, é jogados no lixo para que se tornem novamente
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úteis e possam ser reinseridos no mercado. A re- Apesar da existência de técnicas de recicla-
ciclagem é um dos fins – o mais lucrativo e ecolo- gem, há alguns fatores que podem inviabilizar o
gicamente correto – que os resíduos podem ter. processo. Técnicas muito caras, consumidoras de
Mas, infelizmente, nem todo material pode ser re- muita energia ou que exigem equipamentos de
ciclado. Produtos como lâmpadas fluorescentes, alto custo são difíceis de serem aplicadas. O desa-
espelhos, cerâmicas, objetos de acrílico, papéis fio, principalmente para você, futuro engenheiro,
plastificados (como o das embalagens de biscoi- é desenvolver processos economicamente viá-
to), papel-carbono, papel higiênico, fotografias, veis e atrativos. Outro problema corriqueiro é o
fitas e etiquetas adesivas, bitucas de cigarro, fral- que chamamos de “lixo poluído”, ou seja, lixo seco
das, absorventes e guardanapos não costumam que esteve em contato com os restos de materiais
ser reciclados. E, para cada um daqueles que po- orgânicos. Um simples copo de suco jogado no
dem ser reaproveitados (plástico, vidros, metal e lixo pode inviabilizar a reciclagem de todo papel
papel), existe um procedimento adequado e es- ali contido.
pecífico para a reciclagem. Nesse cenário, a coleta E, com todas essas dificuldades encontra-
seletiva (separação e recolhimento do lixo) é de das para o processo de reciclagem, quais seriam
extrema importância para a obtenção de melho- os benefícios dessa prática? Vejamos alguns da-
res resultados. dos (Quadro 3).
Reciclagem Benefício
Propicia a economia de energia suficiente para manter
1 lata de alumínio
uma geladeira em funcionamento por 10 horas.
1 kg de vidro reutilizado Evita a extração de 6,6 kg de areia.
1 ton. de papel poupado Preserva 20 árvores de eucalipto.
1 ton. de lixo reciclado no Brasil Economia de 435 dólares.
Consumo de apenas 10% do petróleo exigido na
Reciclagem de plástico
produção do plástico virgem.
Cada tonelada reaproveitada preserva 110.000 toneladas
Reciclagem de aço
de minério de ferro.
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Neste capítulo, tratamos das questões da minimização, reutilização e reciclagem dos resíduos. Vi-
mos a grande importância de nos conscientizarmos sobre a real necessidade do consumo de determina-
do produto, visto que em grande parte das vezes acabamos agindo por impulso.
Aprendemos o princípio dos 3 Rs, que traz em si os conceitos de Redução, Reutilização e Recicla-
gem dos resíduos.
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TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO
5 (COMPOSTAGEM, BIODIGESTÃO,
BIORREMEDIAÇÃO, SOLIDIFICAÇÃO,
LANDFARMING)
5.1 Compostagem
Fonte: www.investne.com.br.
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Para iniciarmos a compostagem, devemos seja em um local sombreado no quintal. Ela nada
primeiramente reunir uma quantidade adequada mais do é que uma estrutura própria para o depó-
de lixo orgânico e montar nossa composteira. sito e processamento do material orgânico. Sobre
Reserve um recipiente para armazenar o esse material são colocadas folhas secas, para evi-
lixo, como exemplificado na Figura 11. Em segui- tar o cheiro ruim.
da, monte a composteira (Figura 12); o ideal é que
Fonte: familiaorganica.blogspot.com
Fonte: alpesdouro.com.br
A camada superficial do monte, dentro da De dois em dois dias, revolva a pilha para
composteira, deverá ser umidificada, e a com- arejá-la. Vamos notar que o material irá esquentar,
posteira deverá ser coberta por uma lona, para se indicando que a decomposição está ocorrendo. O
proteger de fortes chuvas e da incidência direta material deverá estar pronto para uso em aproxi-
do sol. madamente dois meses.
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Fonte: sustentatec.blogspot.com
Saiba mais
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5.2 Biodigestão
Fonte: pt.wikipedia.org
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5.3 Biorremediação
5.4 Solidificação
A estabilização por solidificação (E/S) é uma Podemos ser dividi-la de duas formas:
técnica de tratamento de resíduos que faz uso do
conhecimento das respostas ambientais e estru- processos inorgânicos (que levam
turais em função da destinação preconizada. Tais agentes ligantes inorgânicos, como ci-
respostas são obtidas basicamente pelo estudo mento e material pozolânico);
das propriedades mecânicas e químicas do resí- processos orgânicos (que levam agen-
duo e pela simulação e modelagem, visando à ex- tes ligantes orgânicos, como polímeros
trapolação dos dados para longo prazo. termoplásticos e termofixantes).
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5.5 Landfarming
Vantagens Desvantagens
Limitado em relação à remoção de compostos orgânicos
Pequeno capital para implantação e operação.
recalcitrantes.
Tratar grande volume de resíduo sólido. Necessidade de grande área.
Problemas de emissão de compostos orgânicos voláteis e
Pode ser aplicado ex-situ.
contaminação do lençol freático.
Presença de metais pesados pode inibir as atividades de
Pequeno impacto ao meio ambiente.
biodegradação.
Atenção
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Neste capítulo, pudemos aprender sobre algumas tecnologias de tratamento. Estudamos a com-
postagem e seus benefícios, além de aprendermos sobre a montagem de uma composteira. Tratamos
da biodigestão, da biorremediação, da solidificação e do landfarming como alternativas ao tratamento
dos resíduos sólidos. Cada uma delas tem sua especificidade, sendo mais ou menos indicada para uma
determinada situação. Cabe aqui um estudo preliminar para identificar possíveis problemas.
1. O que é compostagem?
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6 DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
Você já parou para pensar para onde vai o Vazadouro a céu aberto (lixão): despejado
lixo? Neste capítulo, veremos os seus possíveis em terra (Figuras 15 e 16). Uma forma inadequa-
destinos. da de disposição final de resíduos sólidos que se
Como destino final dos resíduos sólidos, caracteriza pelo descarte do lixo diretamente so-
termos: bre o solo, sem quaisquer medidas de proteção
ao meio ambiente ou à saúde pública (IPT, 1995).
Fonte: www.infoescola.com
Figura 16 – Esquema de um lixão.
Fonte: http://www.lixo.com.br
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Fonte: www.ambiental.indaiatuba.sp.gov.br
Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br
36
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Fonte: www.meioambienteonline.com
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Fonte: http://www.meioambienteonline.com
Fonte: www.meioambienteonline.com
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Atenção
Saiba mais
Neste capítulo, aprendemos diversos tipos disposição final para os resíduos sólidos. Vimos que eles
podem ter diferentes destinos, como os lixões, onde os lixos são dispostos de forma inadequada sobre
o solo, causando danos ao meio ambiente; os centros de compostagem, onde são feitas as reciclagens
da fração orgânica ou biodegradável do lixo; e os aterros controlados, que, diferentemente dos lixões, já
passam a ter um cuidado maior na hora de dispor os resíduos. Temos, ainda, as estações de transbordo,
em que caminhões de menor porte levam os resíduos para que outro maior os encaminhe para o aterro;
os centros de incineração; o aterro sanitário; além de outros.
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1. O que é vazadouro a céu aberto? Cite um de seus impactos negativos ao meio ambiente.
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ATERROS SANITÁRIOS:
7 DIMENSIONAMENTO DE TALUDES,
CÉLULAS, IMPERMEABILIZAÇÃO,
SISTEMAS DE DRENAGEM, COLETA DO
CHORUME E DE GASES
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Figura 25 – Esquema de um aterro sanitário.
Figura 25 – Esquema de um aterro sanitário.
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Fonte: http://www.recicloteca.org.br/images/inicio01.jpg
Fonte: http://www.recicloteca.org.br/images/inicio01.jpg
Agora que já sabemos o que é um aterro sanitário e quais são as características necessárias
para assim o definir, será que podemos construí-lo em qualquer lugar?
44 A resposta é não. É necessário que hajaauma equipe multidisciplinar envolvida para que
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possam ser avaliados parâmetros físicos, biológicos, sociais, econômicos e até mesmo imobiliários
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ୡ
ൌ ൌͳ (1)
തതതത
Se:
FS > 1,0 Obra estável
FS = 1,0 Ocorre a ruptura por escorregamento
FS < 1,0 Não tem significado físico
Atenção
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É simples calcular o volume “v” da célula de resíduo a ser compactada; basta multiplicarmos a
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área da base pela altura.
É simples calcular o volume “v” da célula de resíduo a ser compactada; basta multiplicarmos a
área da base pela altura.
ൌൈൈ (2)
ൌൈൈ (2)
Onde:
V = volume (m3)
b = frente de operação (m)
Onde:
l ==profundidade
V volume (m3) da célula (m)
h = altura
b frente da
de célula (m) (m)
operação
l = profundidade da célula (m)
h = altura da célula (m)
Agora que já sabemos
Agora o volume
que já sabemos de lixode
o volume a ser
lixo a ser disposto na célula, a próxima etapa é calcularmos
dispostoanaárea a ser coberta
célula, a próxima poretapa
terra. é calcularmos
a área a ser coberta
Agora por
que terra.
já sabemos o volume de lixo a ser disposto na célula, a próxima etapa é calcularmos
a área a ser coberta por terra. ൌ ଶ ʹ ൈ ൈ ൈ (3)
ൌ ଶ ʹ ൈ ൈ ൈ (3)
Onde:
A = área (m2)
b = frente de operação (m)
h = altura da célula (m)
Onde:
A
A= Área (m
= área 2 coberta com terra (m )
a ser
)
2
p
b= taludede
= frente da operação
rampa de(m)
trabalho (p = 3)
h = altura da célula (m)
Caso nãoa seja
A = Área conhecido
ser coberta comoterra
valor
(mda
2
) altura ou de um dos lados da célula, se soubermos o
Caso não
volume, seja conhecido o valor da altura
p =podemos
talude daobter
rampaosdeoutros valores
trabalho (p =aplicando
3) as seguintes equações:
ou de um dos lados da célula, se soubermos o vo-
lume, podemos obter
Caso nãoosseja
outros valoresoaplicando
conhecido valor da altura ou de um dos lados da célula, se soubermos o
య
as seguintes equações: ൌ ඨ as seguintes equações:
volume, podemos obter os outros valoresaplicando (4)
ଶ
య
ൌ ඨ (4)
Onde: ଶ
h = altura da célula (m)
V = volume (m3)
p = talude da rampa de trabalho (p = 3)
Onde:
h = altura da célula (m)
V = volume (m3)
p = talude da rampa de trabalho (p = 3) (5)
ൌ ൌ ඨ ൌ యඥ ൈ
ൌ ൌ ඨ ൌ యඥ ൈ (5)
Onde:
b = frente de operação (m)
l = profundidade da célula (m)
h = altura da célula (m)
Onde:
V
b= = volume
frente de(moperação
3
) (m)
p
l ==profundidade
talude da rampa de trabalho
da célula (m) (p = 3)
48 h = altura da célula (m)Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
SAIBAVMAIS
= volume
8 (m )
3
V = volume (m3)
p = talude da rampa de trabalho (p = 3) Tecnologia de Tratamento de Resíduos Sólidos
ൌ ൌ ඨ ൌ యඥ ൈ (5)
Onde:
b = frente de operação (m)
l = profundidade da célula (m)
h = altura da célula (m)
V = volume (m3)
p = talude da rampa de trabalho (p = 3) Saiba mais
7.4 Impermeabilização
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ͳ (7)
Onde: ൌ ൈൈൈ
Q = vazão (l.s-1)
K = 0,35 (geralmente adotado para aterro com compactação entre 0,4 e 0,7 t/m)
A = área do aterro (m)
Onde:
P
Q == precipitação
vazão (l.s-1) anual (mm/ano)
t ==31.536.000
K (seg/ano)
0,35 (geralmente adotado para aterro com compactação entre 0,4 e 0,7 t/m)
A = área do aterro (m)
Um sistema de drenagem
P = precipitação anual (mm/ano)eficiente evitará a desestabilização do aterro e o risco de colapso
futuro.t = Para tanto, podem
31.536.000 ser utilizados tubos de concreto perfurados, valas com pedra amarroada
(seg/ano)
e/ou brita com termoplásticos como o PVC e o PEAD perfurados, rígidos ou flexíveis (OBADEN ET et
al., 2009).
Um sistema de drenagem eficiente evitará a desestabilização do aterro e o risco de colapso
futuro.É Paraimportante que o sistema
tanto, podem de drenos
ser utilizados tubosesteja protegido
de concreto por geotêxtil
perfurados, para
valas com evitar
pedraa colmatação
amarroada
Ume/ousistema de
e, consequentemente, drenagem eficiente
perda decomo
brita com termoplásticos evitará
eficiência. É importante que o sistema
o PVC e o PEAD perfurados, rígidos ou flexíveis (OBADEN de drenos
ET etes-
a desestabilização do aterro
De acordo
al., 2009). e o riscoetde
com Obaden al.colapso teja protegido
(2009), para garantir por geotêxtil
maior eficiência para evitar
na drenagem a colma-
dos gases e
futuro. Para
dos tanto,
líquidos podem
do ser
aterro, utilizados
os drenos tubos de
horizontais, tação
contendo e,o consequentemente,
percolado, e os perda
verticais,
É importante que o sistema de drenos esteja protegido por geotêxtil para evitar a colmatação de
com eficiência.
os gases,
concretodevem
e,perfurados, valas com
estar interligados.
consequentemente, pedra
perda amarroada
de eficiência. De acordo com Obaden et al. (2009), para
e/ou brita com Determoplásticos
Além do chorume,
acordo com Obaden como etoal.PVC
a decomposição e opara
(2009), do lixo nos
garantir aterros
garantirmaior sanitários
maioreficiência naproduz
eficiência drenagem
na gases
drenagem dosque são
gases
dos e
gases
PEAD perfurados,
liberados
dos líquidos norígidos
meio ou flexíveis
ambiente,
do aterro, (OBADEN
tais
os drenos como et carbônico
o gás
horizontais, e dos(CO
contendo ) e o metano
o 2percolado,
líquidos e (CH 4),os
quedrenos
os verticais,
do aterro, é inflamável.
com horizontais,
os gases,
al., 2009).devemHá casos
estar em que os gases podem se infiltrarcontendo
interligados. no subsolo,oatingindo
percolado,redes
e os deverticais,
esgoto, fossas
com etc.,
os ga-
podendo Além causar um acidente,
do chorume, uma vez que o do
a decomposição metano
lixo pode
nos formar
aterros uma mistura
sanitários
ses, devem estar interligados. explosiva
produz gasescom
queo ar.
são
liberados No aterro,
no meioo ambiente,
controle da geração
tais como odesses gases é feito
gás carbônico (CO2)por meio de(CH
e o metano um4),sistema de drenagem
que é inflamável.
constituído por drenos verticais colocados em diferentes pontos do aterro.
Há casos em que os gases podem se infiltrar no subsolo, atingindo redes de esgoto, fossas etc.,
50 podendo Os drenos
causar um sãoacidente,
tubos deuma concreto perfurados
vez que o metanorevestidos
pode formar de uma
britamistura
que atravessam
explosiva nocomsentido
o ar.
vertical Notodo o aterro,
aterro, desdeUnisa
o controle | Educação
dao geração
solo até desses agases
a camada Distância
superior,| www.unisa.br
é feito como se fossem
por meio de umchaminés,
sistema deinstalados
drenagema
Tecnologia de Tratamento de Resíduos Sólidos
Neste capítulo, pudemos aprofundar nossos conhecimentos sobre os aterros sanitários. Vimos suas
peculiaridades, o dimensionamentos de taludes, os cálculos das células (volume, área, altura etc.).
Aprendemos, ainda, que o processo de impermeabilização é de extrema importância para evitar a
contaminação do meio ambiente pelo chorume gerado no processo de decomposição da matéria orgâ-
nica.
Além da problemática do chorume e de todo o sistema de drenagem que deve ser estruturado nos
aterros sanitários, há a questão da drenagem dos gases gerados – o CO2 e o CH4.
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8 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
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ATENÇÃO 8 53
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Tecnologia de Tratamento de Resíduos Sólidos
Figura 31 – Cores de identificação dos resíduos.
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ĂŵĂƌĞůŽ
ͻ WĂƉĞůͬƉĂƉĞůĆŽ
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ͻ ZĞƐşĚƵŽƐĂŵďƵůĂƚŽƌŝĂŝƐĞĚĞƐĞƌǀŝĕŽƐĚĞƐĂƷĚĞ
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1
1.
R: Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 10.004 –, a definição de resí-
duo sólido seria “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis,
indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semissólido ou líquido,
desde que não seja passível de tratamento convencional”.
Capítulo 2
1.
R: Os resíduos sólidos podem receber as seguintes classificações:
classificação quanto aos seus riscos potenciais de contaminação do meio ambiente;
classificação quanto a sua natureza de origem.
2.
R: Resíduos não inertes são aqueles que apresentam características de combustibilidade, bio-
degradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio
ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos – ou Classe
III – Inertes.
3.
R: Dentro dessa categoria se encontram entulhos de obras, pilhas e baterias, lâmpadas fluores-
centes e pneus.
Capítulo 3
1.
R: A importância do correto acondicionamento se dá, entre alguns motivos, por:
evitar a ocorrência de acidentes;
evitar a proliferação de vetores e, consequentemente, a propagação de doenças;
minimizar o impacto negativo no visual e no odor do ambiente no entorno;
reduzir a diversidade de tipos de resíduos, facilitando o trabalho de coleta (caso haja coleta
seletiva na cidade ou no município).
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2.
R: Sabendo da necessidade de se armazenar corretamente os resíduos domiciliares, os reci-
pientes a serem utilizados para esse fim são:
recipientes metálicos ou plásticos;
sacos plásticos;
caixas de madeira ou papelão;
contêineres; etc.
3.
R: Primeiramente, é realizada uma estimativa do volume de lixo que será coletado. Podemos
propor um valor médio de 1,2 kg/habitante/dia. Em seguida, são feitas as definições das fre-
quências em que serão realizadas as coletas, bem como de seus horários, para, então, serem
estabelecidos a frota de veículos e o itinerário a ser efetuado.
Capítulo 4
1.
R: Nesta questão, podem-se citar como exemplos a utilização de sacolas de pano para o super-
mercado, a utilização da frente e do verso das folhas de papel, a redução do número de impres-
sões, a opção por produtos que tenham refil etc.
2.
R: O princípio dos 3 Rs se baseia em:
reduzir;
reutilizar;
reciclar;
3.
R: Produtos como lâmpadas fluorescentes, espelhos, cerâmicas, objetos de acrílico, papéis plas-
tificados (como o das embalagens de biscoito), papel-carbono, papel higiênico, fotografias, fi-
tas e etiquetas adesivas, bitucas de cigarro, fraldas, absorventes e guardanapos não costumam
ser reciclados.
Capítulo 5
1.
R: Compostagem é o processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em
restos advindos de origem animal e vegetal, transformando-a em um material denominado
“composto” (semelhante ao solo), utilizado como adubo durante o plantio.
2.
R: A biorremediação in-situ trata o material contaminado no próprio local em que foi originado,
enquanto na ex-situ o material contaminado é removido de sua origem para ser tratado em
outro local.
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Tecnologia de Tratamento de Resíduos Sólidos
3.
R: Entre as possíveis respostas, poderíamos citar o fato de ser uma tecnologia limitada em rela-
ção à remoção de compostos orgânicos recalcitrantes e a necessidade de grande área.
Capítulo 6
1.
R: O resíduo é despejado em terra sem quaisquer medidas de proteção ao meio ambiente ou
à saúde pública. Como impacto, poderíamos citar, por exemplo, a contaminação do solo e do
lençol freático.
2.
R: Nesse processo, ocorre a decomposição térmica por meio da oxidação a alta temperatura da
fração orgânica dos resíduos, gerando uma fase gasosa e outra sólida, provocando a redução
do volume, do peso e das características de periculosidade dos resíduos.
3.
R: Aterro controlado é uma condição intermediária entre lixão e aterro sanitário. Nele, há co-
bertura diária do lixo com terra, evitando mau cheiro e proliferação de insetos e animais, mas
a capacidade de impedir a contaminação do solo e de águas subterrâneas não é garantida. No
aterro sanitário, o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de argila e lona
plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente, o lixo é aterrado
com equipamentos específicos para esse fim. Existem, também, tubulações que captam o me-
tano, gás liberado pela decomposição de matéria orgânica e que pode ser usado para geração
de energia e venda de créditos de carbono.
Capítulo 7
1.
R: Aterro sanitário é um local apropriado para a disposição de resíduos sólidos no solo, uma vez
que é construído de modo a garantir que não cause danos ou riscos à saúde pública e à segu-
rança, minimizando os impactos negativos ao meio ambiente.
2.
R: O FS deverá ser maior que 1.
3.
R: Uma boa impermeabilização é importante para evitar a contaminação do meio ambiente
pelo chorume gerado no processo de decomposição da matéria orgânica.
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Capítulo 8
1.
R: As etapas são:
planejamento;
implementação e operação;
verificação e ações corretivas;
revisão da gestão.
2.
R: A implantação de um PGR está baseada na teoria dos 3 Rs (reduzir, reciclar, reutilizar).
3.
R: A auditoria interna é feita por um auditor que fica constantemente na empresa e, normal-
mente, trabalha junto à diretoria executiva ou à presidência. Já o auditor externo trabalha de
forma independente, sem vínculo empregatício com a empresa.
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REFERÊNCIAS
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de Janeiro, 1987.
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em: <http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/03/09/brasil-produz-61-milhoes-de-
toneladas-de-lixo-por-ano>. Acesso: 14 abr. 2013.
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<http://www.cempre.org.br>. Acesso em: 18 maio 2013.
CUNHA, M. A.; CONSONI, A. J. Os estudos do meio físico na disposição de resíduos. In: BITAR, O. Y.
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de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1995. cap. 4.6, p. 217-227.
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OBLADEN, N. L.; OBLADEN, N. T. R.; BARROS, K. R. Guia para elaboração de projetos de aterros
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