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Formas indiretas de Sugestão - Milton H. Erickson e Ernest L.

o Rossi

Uma porção deste escrito foi apresentada à 28ª Reunião Anual da Sociedade para Hipnose clínica e Experimental, 1976,
sob o título “Abordagens de Milton H. Erickson para Indução de Transe.”

O problema do que constitui uma sugestão hipnótica foi um assunto de pesquisa por mais de um século (Tinterow,
1970,; Weitzenhoffer, 1953, 1963). Recentemente, Weitzenhoffer (1974) apresentou dados experimentais relativo à
dificuldade ainda prevalecente em distinguir entre instruções e sugestões hipnóticas. O reconhecimento de quando as
sugestões hipnóticas são operativas é um assunto fundamental em pesquisa experimental, onde é importante distinguir
entre tratamentos de grupos hipnóticos e de controle. A natureza da sugestão hipnótica também é fundamental na
hipnose clínica e psicoterapia, em geral, onde os médicos estão preocupados com os meios mais efetivos de facilitar
processos terapêuticos.

Tradicionalmente, se a pessoa fala de se despertar ou sugestão hipnótica, isso normalmente significa qualquer sugestão
direta, onde o operador faz um pedido claro e direto visando uma certa resposta, ou alguma forma de sugestão indireta
onde a relação entre a sugestão do operador e a resposta do sujeito está menos definida ou óbvia. A importância do
prestígio e autoridade do operador e dos princípios de repetição, homoação, e heteroação junto com a evocação de
processos ideosensoriais e ideomotores (Weitzenhoffer, 1957) que estão freqüentemente mediados através de fantasia
meta-dirigida (Barber, Spanos e Chaves, 1974) normalmente são reconhecidos como a base de sugestão direta. Até
mesmo os mais antigos investigadores perceberam que a dinâmica da sugestão indireta é mais complexa, porém. A
sugestão indireta foi reconhecida como sendo uma função da individualidade do sujeito e, talvez por causa disto, era
freqüentemente mais efetiva que a sugestão direta. Neste ensaio, revisaremos primeiro alguns dos modos de sugestão
indireta compreendidos por estes investigadores. Então esboçaremos nossa própria abordagem e descreveremos muitas
das formas indiretas de sugestão que achamos efetivas na hipnoterapia clínica.

ANTIGAS VISÕES SOBRE SUGESTÃO INDIRETA

Um dos mais antigos investigadores a reconhecer a contribuição sem igual da individualidade do sujeito para o
conhecimento da dinâmica essencial da sugestão indireta foi Albert Moll em seu texto sobre hipnotismo (1890). Ele
descreve e ilustra suas visões como se segue:

O sujeito desse modo completa a maioria das sugestões por um processo que se assemelha ao de sugestão indireta... A
sugestão externa [do operador] não permaneçe um fenômeno isolado, mas causa uma série de outros processos mentais,
de acordo com o caráter do sujeito e ao treinamento hipnótico que ele tem recebido. Eu digo ao sujeito, “Aqui, pegue
esta garrafa de Eau de Cologne!” Ele acredita que ele sente a garrafa na sua mão, a qual na realidade está vazia; além da
qual ele acredita que vê a garrafa e a cheira, embora eu não somo nada para minha sugestão original. Resumindo, ele
completa isto independentemente. Isto é uma ocorrência muito comum.

Nesta ilustração Moll reconhece que o sujeito completa a sugestão descoberta do operador da presença de uma garrafa
de Eau de Cologne por somar e aparentemente apreciar seus componentes visuais e de olfativos. Simples e óbvio como
pode ser, este exemplo ilustra uma característica básica e muito significante da sugestão indireta: O repertório único, do
próprio sujeito, de associações e potenciais de comportamento faz uma contribuição importante à resposta hipnótica.

Uma descrição mais esclarecedora do papel da sugestão indireta não-verbal é determinada por Sidis (1898), como se
segue:

Em vez de contar abertamente para o sujeito o que ele deveria fazer, o experimentador mostra alguns objetos, ou faz um
movimento, um gesto, o qual em seu próprio modo silencioso conte para o sujeito o que fazer. Para ilustrar isto através
de alguns exemplos, assim como para me fazer mais claro: Eu estiro a mão do sujeito hipnótico e a faço ficar rígida, e
enquanto faço isto eu aperto o braço dele com uma barra de ferro. Na próxima sessão, assim que a barra de ferro toque o
braço a mão fica rígida. Eu digo ao sujeito para soletrar a palavra “Napoleão”, e quando ele chega a letra “p” eu estiro
minha mão e faço ela ficar dura. O sujeito começa a gaguejar; os músculos dos lábios dele espasmodicamente se
contraem e endureçem... Tal tipo de sugestão pode ser designada corretamente como sugestão indireta.

Os princípios de associação e generalização implicados nesta ilustração, onde uma barra de ferro ou o braço endurecido
do operador é o bastante para fazer os músculos faciais do sujeito endurecer, também é altamente característico do
processo de sugestão indireta. Na seguinte exposição, Sidis ilustra como os princípios de proximidade, semelhança, e
contraste são meios adicionais pelos quais a própria psicodinamica única do sujeito contribui para a resposta hipnótica:

Em resumo, quando existe uma realização completa e total da idéia ou da ordem sugerida, diretamente ou indiretamente,
temos aquele tipo de sugestão a qual eu designo como imediata.

Porém, ao invés de pegar a sugestão imediatamente e levá-la completamente a execução, o sujeito pode perceber
qualquer outra coisa, qualquer uma que esteja próxima associada com a idéia sugerida ou o que é conectado com a
mesma por associação de proximidade. Uma sugestão dada ao sujeito que quando acordar ele verá um tigre é um
exemplo. Ele está desperto, e vê um gato enorme. O sujeito é sugestionado que ao despertar ele roubará a carteira falsa
na mesa. Quando desperto do estado hipnótico, ele sobe na mesa, não leva a carteira, mas o lápis falso perto desta. O
comprador nem sempre escolhe exatamente a coisa que o vendedor sugere, mas alguma outra coisa próximo associada a
esta. No caso da sugestão não ter êxito, isso ainda é como uma regra percebida em algum modo indireto e intermediário.
O homem nem sempre faz o que foi sugerido a ele; ele às vezes não obedece a própria idéia sugerida, mas alguma outra
idéia associada com a anterior por proximidade, semelhança, ou contraste. Sugestão através de contraste é especialmente
interessante, porque freqüentemente dá lugar a uma contra-sugestão. Agora tal tipo de sugestão, onde não a própria idéia
sugerida, mas a pessoa associada com ela é percebida, eu designo como intermediária.

A tendência do sujeito para mediar ou realmente construir suas próprias respostas hipnóticas sem estímulos e sugestões
oferecidas pelo operador é uma intuição essencial. Isso está longe da ainda tão comum noção errônea do sujeito
hipnótico como um autômato passivo que é programado e é controlado pelo operador.

Outra visão da dinâmica e efetividade da sugestão indireta é de tal modo discutida pela Escola Pavloviana por Platonov
(1959) como se segur:

Na sugestão verbal indireta a efetuação da sugestão está, como uma regra, relacionada a um objeto particular ou
influência por meio do qual a sugestão deve de fato ser efetuada. Assim, por exemplo, a um sujeito desperto é dito que o
apático pó branco oferecido a ele é um soporífero. O sujeito então cai adormecido assim que ele toma o pó branco...
Disso resulta que a sugestão verbal indireta está baseada na formação de um vínculo condicionado entre o estímulo do
segundo sistema de sinal (as palavras de sugestão) e o estímulo do primeiro sistema (o placebo de pó branco), e a
realização do efeito sugerido (que provoca certo fenômeno ou atos), cada um destes três elementos tem definido laços
(vínculos) corticais diretos com a experiência passada do sujeito... Ao mesmo tempo, em uma sugestão indireta o
momento da execução da sugestão pode ser adiada. Assim, a execução da sugestão é conectada não apenas com um
objeto definido (ou palavra, ou lugar), mas também com um tempo definido para o qual será fixado. Por meio disto, o
mesmo fato da influência sugestiva verbal retrocede, como era antes, dentro da experiencia. Em outras palavras, a
sugestão por palavras tornasse latentimente ativa... Estas são justamente as condições sob as quais a sugestão é efetuada
que são de importância neste caso, porque eles ajudam na redução crítica e às vezes torna possível uma atitude não
crítica direta para o estado sugerido ou ação. Esta circunstância foi refletida nas bem conhecidas palavras de A. Forel: “a
sugestão é mais forte quanto mais escondida ela for” [em outras palavras, quanto mais indireta ela for].

Sugestão indireta pode ser usada com sucesso em um sujeito desperto; sua influência sugestiva é muito maior que a de
uma sugestão direta. Isto freqüentemente mostra uma influência efetiva em pessoas que não se rendem a uma sugestão
direta, como foi apontado por V. Bekhterev, A. Forel, F. Lowenfeld, et al.

Até mesmo esta avaliação superficial da sugestão indireta revela várias características básicas que é de interesse
particular: (1) sugestão indireta permite a individualidade do sujeito, prévia experiência de vida, e tornar manifesto
potenciais únicos para; (2) a clássica psicodinamica da aprendizagem com processos como associação, proximidade,
semelhança, contraste, etc., está totalmente envolvida em um nível mais inconsciente de forma que a (3) sugestão
indireta tende a evitar o consciente crítico e por causa disso pode ser mais efetiva que a sugestão direta.

Estas características estão completamente de acordo com a nossa experiência (Erickson, Rossi, e Rossi, 1976; Erickson e
Rossi, 1976) que nos conduziu a resumir o microdinamica da indução de transe e da sugestão indireta como um processo
de cinco fases: (1) fixação da atenção, (2) despotencialização das disposições habituais rígidas da consciência, (3)
procura inconsciente, (4) processos inconscientes, e (5) resposta hipnótica. Em essência, uma sugestão indireta é
considerada algo que inicia uma busca inconsciente e facilita processos inconscientes dentro de sujeito de modo que eles
normalmente ficam um tanto surpreendidos pela própria resposta quando eles a reconhecem. Porém, freqüentemente
sujeitos nem sempre reconheçem a sugestão indireta como tal e como seu comportamento foi iniciado e parcialmente foi
estruturado por ela.

A seguir, simplesmente listaremos e então ilustraremos várias formas indiretas de sugestão que o senhor autor
habitualmente usa na prática hipnoterapeutica. Nenhuma reivindicação pode ser constituída pelo estado científico das
formas indiretas de sugestão como listadas e descritas aqui. Enquanto eles refletem muita experiência clínica, nós apenas
podemos apresentá-los com uma variedade de especulações não-sistematicas sobre como poderíamos entender sua
efetividade. Serão requeridos esforços coordenados de muitos outros investigadores para avaliar a validez e o valor
destas formas indiretas de sugestão experimentalmente no processo geral da comunicação como também nas aplicações
de hipnoterapeuticas.

As Formas Indiretas de Sugestão

1. Enfoque Associativo indireto


2. Os truísmos Utilizando Processos Ideodinamicos e o Tempo
3. Perguntas que Focam, Sugirem, e Reforçam
4. Implicação
5. Vínculos terapêuticos e Duplos Vínculos
6. Sugestões combinadas: Yes Set, Reforço, Choque, e Surpresa
7. Associações Contingentes e Cadeias Associatvas
8. O Implicado Diretivo
9. Sugestões em aberto
10. Sugestões que Abrangem Todas as Possibilidades de Resposta
11. Justaposição de Opostos
12. A dissociação e Cognitiva Sobrecarregando
13. Outras Abordagens Indiretas e Formas Hipnóticas
14. Discussão

1. Enfoque Associativo indireto. A forma de sugestão indireta mais simples é levantar um tópico relevante sem se dirigir
a ele de qualquer forma óbvia no assunto. Erickson gosta de assinalar que o caminho mais fácil para ajudar pacientes a
conversar sobre suas mães é conversar sobre sua própria mãe. Um processo associativo indireto natural está, desse
modo, se desenvolvendo dentro dos pacientes que começam a fazer associações aparentemente espontaneas sobre sua
mãe. Desde que Erickson não pergunte diretamente sobre a mãe do paciente, a habitual rigidez consciente e as
disposições mentais (por exemplo, defesas psicológicas) que uma pergunta tão direta poderia evocar são ultrapassados.
De uma forma semelhante, quando Erickson está trabalhando em um grupo, ele conversará com uma pessoa sobre os
fenômenos hipnóticos que ele quer que outra pessoa experimente.
Enquanto ele conversa sobre levitação da mão, sensações alucinatórias, ou qualquer outro fenomeno hipnótico, existe
um processo natural de resposta ideomotora ou ideosensorial que acontece dentro do sujeito em um nível autônomo ou
inconsciente. Erickson utiliza estas respostas internas espontâneas e normais não reconheciveis para “preparar” um
sujeito alvo de uma experiência hipnótica antes que a resistência ou convicções limitantes do sujeito sobre seu ou suas
próprias capacidades possam interfirir.

Semelhantemente, em terapia, Erickson usa um processo de enfoque de associações indiretamente para ajudar os
pacientes a reconhecerem um problema. Ele fará observações, ou contar histórias sobre uma rede de tópicos S1, S2, S3,
Sk, todos os quais têm uma associação de enfoque em comum, S1, que Erickson hipotetiza ser um aspecto relevante do
problema do paciente. O paciente às vezes se surpreende porque Erickson está fazendo uma conversação interessante,
mas aparentemente irrelevante durante a hora de terapia. Se S1 é de fato um aspecto relevante do problema do paciente,
entretanto, o paciente freqüentemente se encontrará a si mesmo conversando sobre isso de uma maneira
surpreendentemente revelatoria. Se Erickson supôs errado e S1 não é um aspecto relevante, nada se perde; a matriz
associativa do paciente simplesmente não adicionará contribuições suficientemente significantes para levantar S1 para
um nível consciente e verbal. Neste caso, Erickson permite que ele mesmo seja corrigido e continua a explorar outra
matriz associativa. Esta abordagem de enfoque associativo indireto é o processo básico em que Erickson chama de
“abordagem Interspersal”.

2. Truísmos Utilizando Processos Ideodinamicos e Tempo. A unidade básica do enfoque ideodinamico é o truísmo, o
qual é uma declaração simples e de fato sobre comportamentos que o paciente experienciou com muita freqüencia e que
não pode ser negado. Na maior parte de nossas ilustrações de caso, encontraremos o senhor autor freqüentemente
falando sobre certos processos psicofisiologicos ou mecanismos mentais como se ele estivesse simplesmente
descrevendo fatos objetivos para o paciente. Realmente, estas descrições verbais podem funcionar como sugestões
indiretas quando ele topam com respostas ideodinamicas de associações e padrões instruídos que já existem dentro dos
pacientes como um repositório de sua experiência de vida. A “orientação da realidade generalizada” (Shor, 1959)
normalmente mantém estas respostas subjetivas em uma apropriada inatividade quando nós tomamos parte em uma
conversação ordinária. Quando a atenção está fixada e enfocada em transe de forma que algumas das limitações dos sets
mentais habituais do paciente são ultrapassadas, porém, os truísmos seguintes podem realmente topar com uma literal e
concreta experiência do comportamento sugerido colocado em itálicos.

Você já sabe como experimentar sensações agradáveis como o calor do sol em sua pele.

Todo mundo já teve a experiência de movimentar sua cabeça sim ou agitando não ainda que sem perceber
completamente que estava fazendo isso.

Nós sabemos que quando você está dormindo seu inconsciente pode sonhar.

Você pode facilmente esquecer daquele sonho quando você desperta

Outra forma importante é o truísmo que incorpora o tempo. Erickson raramente faria uma sugestão direta visando um
resposta comportamental definida sem ajustá-la a um tempo variável que o próprio sistema do paciente pode definir.

Mais cedo ou mais tarde sua mão vai subir (olhos fechar, etc.).

Sua enxaqueca (ou qualquer outra coisa) desaparecerá assim que seu sistema estiver pronto para permitir isso.

3. Perguntas que Focam, Sugirem, e Reforcam. Uma recente pesquisa (Sternberg, 1975) indicou que quando
questionado, o cérebro humano continua uma procura exaustiva ao longo de todo seu sistema de memória em um nível
inconsciente até depois que de ter achado um resposta que seja aparentemente satisfatória em um nível consciente. A
mente esquadrinha 30 itens por segundo até mesmo quando a pessoa está sem consciência de que a procura ainda está
continuando. Esta busca inconsciente e ativação dos processos mentais em um nível inconsciente ou autônomo é a
essência da abordagem indireta de Erickson, em que ele busca utilizar do paciente potenciais não reconhecidos para
evocar fenômenos hipnóticos e respostas terapêuticas.

As perguntas são de valor particular como formas de sugestão indiretas quando elas não puderem ser respondidas pela
mente consciente. Tais perguntas tendem a ativar processos inconscientes e iniciar respostas autônomas que são a
essência do comportamento de transe. O que se segue são ilustrações de como uma série de perguntas pode focalizar a
atenção para iniciar um transe, reforcar o conforto, e conduzir para receptividade hipnótica.

Você gostaria de achar uma mancha onde você possa olhar confortavelmente? Enquanto você continua a olhar para essa
mancha, seus olhos ficam cansados e tem uma tedência para piscar?

Eles fecharão todos de uma vez ou tremularão um pouco antes que algumas partes de seu corpo começem a experienciar
o conforto tão característicos do transe?

Esse conforto se aprofunda, enquanto seus olhos permanecem fechados de modo que você prefere nem mesmo tentar
abrí-los?

E quão breve você se esquecerá de seus olhos e comecará a movimentar sua cabeça muito lentamente enquanto sonha
um sonho agradável?

Esta série começa com uma pergunta que exige escolha e vontade consciente da parte do paciente e termina com uma
pergunta que pode apenas ser executada por processos inconscientes. Uma característica importante desta abordagem é
que ela é “a prova de falha” (failsafe) no sentido em que nenhum fracasso para responder pode ser aceito como uma
resposta válida e significante para uma pergunta.

Outra característica importante é que cada pergunta sugere uma resposta observável que forneça ao terapeuta informação
importante sobre o quão bem o paciente está seguindo as sugestões. Estas respostas observáveis estão todas associadas a
aspectos internos importantes de experiências de transe e podem ser usadas como indicadores deles.
4. Implicação. Uma compreensão de como Erickson usa implicação psicológica pode forneçer-nos um modelo mais
claro de sua abordagem indireta. Considere o seguinte exemplo das implicações múltiplas em uma simples sentença que
aparentemente declara o óbvio.

A mesma complexidade do funcionamento mental,

Um truísmo sobre psicologia que inicia um “sim” ou um set de aceitação para o que segue.

você entra em transe para descobrir

Com uma leve ênfase vocal em “descobrir,” esta frase implica que o paciente entrará em transe e entrará em transe para
achar algo importante.

uma enorme porção de coisas que você pode fazer,

Implica que não é o que o terapeuta faz, mas o que o paciente faz que é importante.

e eles são tantos mais do que você sonhou de. (Pausa.)

A pausa implica que o inconsciente do paciente pode agora fazer uma procura para explorar os potenciais previamente
“não-sonhados” (undreamed). Isso cria um importante expectativa para experimentar fenômenos incomuns ou
hipnóticos.

É importante na formulação de implicações perceber que o terapeuta apenas fornece um incentivo; o aspecto hipnótico
das implicações psicológicas é criado em um nível inconsciente pelo ouvinte. O aspecto mais efetivo de qualquer
sugestão é que elas mexem com as próprias associações e processos mentais do ouvinte em uma ação automática; é a
atividade autônoma dos próprios processos mentais do ouvinte que cria a experiência hipnótica.

O uso de implicação psicológica por associação ilustrada acima depende da habilidade do terapeuta de iniciar respostas
subjetivas que serão de valor para o paciente. As formas mais formais de implicação material, por contraste, que tem
sido cuidadosamente definida pela relação entre antecedente e conseqüente “se ... então” (Copi, 1954), depende na
estrutura objetiva da linguagem por seus efeitos e são mais universalmente aplicáveis até mesmo sem uma compreensão
do mundo subjetivo do paciente.

No nível mais simples, Erickson poderia afirmar: “Se você se sentar, então você pode entrar em transe.”

Ou: S T

Onde: S = Se você se sentar


= então (sinal de implicação material Se ... então

T = você pode entrar em transe.

Em um nível mais complexo, Erickson poderia declarar: “Se você se sentar ou deitar-se, então você pode entrar em
transe.

Ou: (S v L) T

Onde: S = Se você se sentar


V = ou
L = deite-se
= Se... então.

T = você pode entrar em transe

Quando uma implicação é declarada desta forma de dar aos pacientes duas ou mais alternativas, todas levando para a
mesma resposta desejada (transe, neste caso), nós descrevemos a situação como um vínculo terapêutico.
5. Vinculos Terapêuticos e Duplo Vínculos. A apresentação de duas ou mais alternativas, qualquer uma das quais levará
a uma resposta terapêutica desejada, é facilmente feita com perguntas.

Você gostaria de experimentar um transe leve, médio, ou profundo?

Você gostaria de entrar em transe agora ou em alguns minutos?

Quando a mente consciente do paciente pode discriminar e fazer uma escolha entre as alternativas, estamos falando de
um vínculo. Quando a mente consciente não pode fazer uma escolha entre as alternativas, nós podemos mais
corretamente chamar isso de um duplo vínculo porque a escolha é então encaminhada para ser respondida em outro
nível. Este outro nível, às vezes chamado de um meta-nível (Bateson, 1972, 1975; Watzlawick, Beavin, e Jackson, 1967;
Sluzki e Ransom, 1976), pode ser conceituado como um processo inconsciente ou autônomo mental.

Tipicamente induzimos transe e damos ao sujeito uma certa quantidade de treinamento hipnótico, que consiste
essencialmente em fazer que ele aprenda a desistir de controlar o que antigamente estava submisso ao seu controle (por
exemplo, em levitação da mão, onde o levantamento da mão antigamente era um ato voluntário, passa a ser feito de
forma involuntária; o que era antigamente um ato voluntário de escrita, é agora convertida em escrita automática, e
assim por diante). Estes, desistindo de antigas áreas de controle na colocação especial chamada o “situação
hipnoterapeutica” é um ensaio para desaprender o que era antigamente uma aprendizagem superior, mas mal-adaptável e
todos os mecanismos mentais tão rígidas que impedia os sujeitos de utilizar todas as suas capacidades. O treinando
hipnoterapeutico ajuda os pacientes a desaprenderem suas limitações aprendidas. Quando deste modo livrados de suas
limitações aprendidas, eles podem experimentar seus potenciais para o novo e padrões mais criativos de comportamento,
que são a essência de mudança terapêutica. O duplo vínculo consciente-inconsciente é uma abordagem básica para
alcançar estas metas.

Duplo vínculo consciente-inconsciente é o termo que nós usamos para descrever uma forma hipnótica que é básica para
muito do trabalho de Erickson. Erickson freqüentemente oferece uma conversa de “pré-indução” sobre diferenças entre
o funcionamento da mente consciente e da inconsciente. Isto prepara o paciente para o duplo vínculo que se sustenta no
fato que nós não podemos conscientemente controlar nosso inconsciente. Deste modo, o duplo vínculo inconsciente /
consciente tende a bloquear o modos habituais, voluntários de comportamento do paciente de forma que as respostas
devam ser mediadas em um nível mais autônomo ou inconsciente. Qualquer resposta para as sugestões seguintes, por
exemplo, exige que o sujeito experiencie o tipo de enfoque interno que Erickson descreve como transe.

Se seu inconsciente quer que você entre em transe, sua mão direita erguerá. Caso contrário sua esquerda erguerá.

Você nem mesmo tem que me escutar porque seu inconsciente está aqui e pode ouvir o que ele necessita, para responder
apenas do jeito certo.

E realmente não importa o que sua mente consciente faz porque seu inconsciente automaticamente fará apenas o que ele
precisa a fim de alcançar esta anestesia [regressão de idade, catalepsia, etc.].

Você tem dito que a sua mente consciente está incerta e confuso. E isto é porque a mente consciente esqueçe. E ainda
nós sabemos que o inconsciente tem acesso para tantas memórias e imagens e experiências que pode fazer disponível
para a mente consciente enquanto você pode resolver esse problema. E quando o inconsciente tornar todos aqueles
saberes valiosos disponíveis para sua mente consciente? Fará isso através de um sonho? Durante o dia? Virá depressa ou
lentamente? Hoje? Amanhã?

A consciência do paciente obviamente não pode responder estas perguntas, e assim ele deve contar com um inconsciente
ou metanível de funcionamento para lidar com o problema.

As sugestões que não podem ser realizadas por esforço voluntário tendem a evocar o duplo vínculo terapêutico.

Enquanto você continua a descansar em transe, essa dor (ou qualquer sintoma) cresçe mais forte ou tende a enfraquecer
dentro e fora?

Muda lentamente sua localização?

Diga a mim quais mudanças que você nota nessa dor [ou qualquer etc.] nos próximos poucos minutos.
Deixe sua cabeça começar a se movimentar muito, muito lentamente quando um sentimento de calor ou frescor,
formigamento, entorpecimento, ou qualquer outro começar a se desenvolver naquela área de dor.

Qualquer experiencia que os pacientes têm em resposta para tais sugestões está na direção de mudança terapêutica.
Ainda que a dor, por exemplo, fique pior, os pacientes são pegos em uns duplo vínculo terapêuticos porque eles estão
agora experienciando o fato de que eles têm algum controle sobre sua dor, que era antigamente experienciada como
estando fora de seu controle. Se se pode fazer a dor piorar, isso implica que também se pode diminuir a dor. Isto é a base
da abordagem do duplo vínculo a lidar com comportamento sintomático por prescrevendo o sintoma (veja Watzlawick,
Beavin, e Jackson, 1967, para muitos exemplos). Em procedimento com problemas sobre peso, por exemplo, Erickson
freqüentemente sugerirá que um paciente que está acima do peso em 180 libras deva primeiro aprender “sobre comer o
suficiente para pesar 185 libras.”
Se os pacientes seguem esta sugestão com desânimo ou alegria, ele ainda está, sem totalmente perceber, aprendendo a
ganhar controle sobre o que pareceu ingovernável. Tendo experimentado este controle o paciente é então ordenado
“sobre comer o suficiente para manter um peso de 182 libras, 181, 180, 178, 175, [etc., até o peso adequado].

Esta abordagem para controle de sintoma é realmente o contrário de nosso uso antigo do duplo vínculo inconsciente
consciente para facilitar indução de transe convertendo o comportamento voluntário em um comportamento
involuntário. É uma fascinante e pouco notada característica do duplo vínculo que pode ajudar fazer involuntário o que
era previamente voluntário, e vice-versa. Em um modo o metanível do duplo vínculo habilita-nos mudar tudo que era
voluntário ou involuntário em nosso nível ordinário de comportamento em seu contrário. Deste modo, quando os
pacientes tiverem sintomas ou problemas de que eles não reivindicam nenhum controle, o duplo vínculo se torna um
meio de ajudá-los a experiênciar e gradualmente estabelecer controle. Quando as pessoas têm problemas porque seu
potenciais são experienciados como não estando disponíveis para eles (por exemplo, o incalcançável (underachiever) em
qualquer área), o duplo vínculo freqüentemente pode facilitar dentro deles o processo de irem gradualmente adquirindo
controle sobre estes potenciais ocultos de forma que eles podem se tornar habilidades estabelecidas.

Nós enfatizamos o duplo vínculo inconsciente consciente nesta apresentação porque é o mais fácil entender e usar em
uma variedade de aplicações. Na maioria das situações da vida real, porém, o metanível que emoldura ou modifica o
nível de mensagem ordinária em duplo vínculo pode ser feita de muitas formas ou por muitos canais. Haley (em Sluzki e
Ransom, 1976) descreve isto sucintamente enquanto segue em sua descrição do desenvolvimento de teoria de duplo
vínculo:

A complexidade da comunicação, quando analisada em termos de níveis de classificação, ou tipos lógicos, estava
ficando mais aparente. Haviam agora pelo menos quatro “canais” de comunicação (palavras, voz, movimento corporal
[ou gesto], contexto) cada um emitindo mensagens que qualificaram um ao outro e assim era de tipo lógico diferente, e
dentro de cada canal qualquer mensagem que qualificou outro era de outro tipo lógico. O número de metaníveis
começou a aparecer infinito. A tendência geral do projeto era simplificar para dois níveis de mensagem e um terceiro
nível que qualificam esses dois.

É assim aparente que comunicação, e comunicação hipnótica em particular, são imensamente mais complexos do que
nós alguma vez percebemos. Psicoterapeutas perspicases (depth psychotherapists) como também a sabedoria tradicional
tem reconhecido esse fato na visão que nossa consciência, ainda que bem desenvolvida, ainda é uma cana no mar da
inconsciência.

6. Sugestões compostas. Um surpreendentemente e simples aspecto da abordagem de Erickson é o uso de sugestões


compostas. Em sua forma mais simples, a sugestão composta, ou combinada, é composta duas declarações conectadas
com um “e” ou uma leve pausa. Uma declaração é um truísmo óbvio que inicia uma aceitação ou conjunto de “sins” (yes
set), e o outro é a sugestão adequada.

Quando uma das filhas de Erickson retornou do ortodontista, ele disse, esse pedaço de ferro que você tem em sua boca é
miseravelmente incômodo e vai ser um dobro (deuce) de um trabalho se acostumar com isso.”

A primeira metade desta sentença é um truísmo que declara os fatos da inegável realidade desconfortável de sua filha. A
segunda metade iniciada com “e” é uma sugestão de que ela irá “se acostumar a isto” e não deixar isso a aborrecer.
Erickson freqüentemente usará uma série de truísmos para estabeleçer um yes set ou um conjunto (set) de aceitação
dentro do paciente de forma que a sugestão que segue possa ser mais prontamente aceita.
Um tipo mais sutil de sugestão composta é

Apenas olhe para uma mancha e eu irei conversar com você.

Neste exemplo o terapeuta tem controle sobre seu próprio comportamento (eu vou conversar com você), e simplesmente
conversando ele realmente pode reforçar a sugestão para olhar para uma mancha”.

Uma sensação de choque ou surpresa pode ser usada na primeira metade de uma declaração combinada. Este tem o
efeito de ultrapassar o habitual consciente inflexivível do paciente, de forma que eles ficam na expectativa na falta de
uma “explicação” adicional para solucionar o choque. A “explicação,” é claro, realmente entra na forma de uma
sugestão que o paciente agora precisa para restabeleçer seu equilíbrio. Quaisquer palavras carregadas emocionalmente
ou idéias podem ser usadas para iniciar o choque, que é então resolvido com uma sugestão terapêutica.

Sentimentos secretos que você nunca contou para qualquer um

Podem ser calmamente revisados dentro do privacidade de sua própria mente

para ajudar com seu problema atual

No anterior, “sentimentos secretos” tendem a iniciar um choque que pode então ser solucionado com as sugestões
terapêuticas que seguem. Este uso de choque e surpressa imediatamente seguido por uma sugestão terapêutica é mais
efetiva quando formulada para falar no paciente individual a maioria de suas associações pessoais.

7. Sugestões Contingentes e Cadeias Associatvas. Outra forma de sugestão combinada é usada quando Erickson
organiza condições tal que o fluxo normal de respostas voluntárias do paciente é feita dependente da execução de uma
sugestão hipnótica (a sugestão “contingente”). Uma resposta hipnótica que pode ser baixa na hierarquia comportamental
do paciente é associada com um padrão de respostas alta no repertório comportamental do paciente e normalmente já
pronta no processo de acontecer (taking place). O paciente acha que o impulso de comportamento contínuo é muito
difícil de ser parado, e assim ele simplesmente adiciona a sugestão hipnótica como uma condição aceitável para a
conclusão do padrão de comportamento que já começou e está pressionado para a conclusão. A sugestão contingente
simplesmente “pede carona” sobre o fluxo contínuo do comportamento do paciente. As respostas que são inevitáveis e
mais prováveis para acontecer são feitas dependendo da execução da resposta hipnótica. Erickson assim interlaça suas
sugestões no fluxo natural de respostas do paciente de em um modo que dificilmente causa uma ondulação de objeção.

Vários exemplos induzem sistematicamente aprofundamento de transe tais como segue:

Seus olhos ficarão cansados e fecharão por conta própria enquanto você continua a olhar para esta mancha.

Você encontrará você mesma se tornando mais relaxada e confortável enquanto você continua sentada aqui com seus
olhos fechados.

Enquanto você sente esse conforto se aprofundando você reconhece que você não tem que se mexer, falar, ou deixar
qualquer coisa aborrecer você.

Enquanto o resto de seu corpo mantém aquela imobilidade tão característica de um bom sujeito hipnótico, sua mão
direita moverá o lápis através da página escrevendo automaticamente algo que você gostaria de experimentar em transe.

Na primeira duas da acima da sugestão no princípio da sentença é ligada ao comportamento contínuo introduzido na
segunda metade com a palavra “enquanto.” Nos segundos dois os comportamento contínuo é mencionado primeiro e
uma sugestão é então ligado a ele.

Existem muitas formas de sugestões contingentes. Quando B é qualquer form.a de comportamento contínuo ou
inevitavelmente futuro por parte do sujeito e Sg é uma sugestão, os seguintes paradigmas ilustram como pode se
estruturar sugestões contingentes. Enquanto você B você pode Sg; quando você B por favor Sg; Não faça Sg até que
você B; Por que você não Sg antes de você B; Quanto mais você chega a B, mais você pode Sg; Depois de Sg você
poder B.
Associando sugestões em tais cadeias engrenadas cria uma rede de diretivas reforçadas mutuamente que gradualmente
forma uma nova auto-realidade interna consistente chamada “transe”. É a construção de tais dedes engrenadas de
associações que dá “corpo” ou substância ao transe como um estado alterado de consciência com seus próprios
indicadores, regras, e “realidade.”

8. Diretiva Implícita. O “diretiva implícita” é uma etiqueta que nós estamos propondo para um tipo muito comum de
sugestão indireta que está sendo usada atualmente na hipnose clínica (Check e LeCron, 1968). A diretiva implícita
normalmente possui três partes: (1) Um introdução tempo-ponte, (2) a sugestão implicada (ou assumida), e (3) uma
resposta comportamental para sinalizar quando a sugestão implicada for realizada. Deste modo:

Assim que seu inconsciente souber

(1) Um introdução tempo-ponte que enfoca o paciente na sugestão para seguir

que apenas você ou eu, ou apenas você e minha voz estão aqui [ou qualquer comportamento sugerido]

(2) A sugestão implicada (ou assumida)

sua mão direita descerá para sua coxa.

(3) A resposta comportamental sinaliza que a sugestão foi realizada.

Uma diretiva implicada freqüentemente usada pelo autor para terminar uma sessão hipnoterapeutica é a seguinte:

Assim que seu inconsciente souber

(1) Uma introdução tempo-ponte que facilita dissociação e confiança no inconsciente.

que ele pode novamente retornar confortavelmente e facilmente a este estado para fazer trabalho construtivo da próxima
vez que estivermos juntos.

(2) A sugestão implícita para fácil reentrada para o transe, fraseado em uma maneira terapeuticamente motivadora
(therapeutically motivating manner).

você se achará despertando e sentindo-se refrescada e alerta.

(3) A resposta comportamental sinaliza que a sugestão acima foi realizada.

Quando a resposta comportamental que sinaliza a realização, também é uma resposta inevitável que o paciente deseja
que aconteça (como nos exemplos acimas), temos uma situação onde a resposta comportamental pode ter motivado
propriedades para a realização da sugestão. A resposta comportamental que sinaliza a realização da sugestão aconteçe
em um nível involuntário ou inconsciente. Deste modo o inconsciente que executa a sugestão também sinaliza quando
for realizado. Tais diretivas implícitas geram um estado encoberto de conhecimento (aprendizado) interno. Está
encoberto porque ninguém pode dizer que está acontecendo porque é uma série de respostas que acontecem
completamente dentro do sujeito, freqüentemente sem conhecimento consciente e normalmente não mais lembrado
depois de transe. Terapeuta e Paciente só sabem que isso foi completado quando a resposta automática solicitada (por
exemplo, sinalização digital, movimento da cabeça, despertar do transe) aconteçe, sinalizando o término do estado
interno de conhecimento (aprendizado).

Uma diretiva implícita de Erickson esboçada acima pode ser analisada através da lógica simbólica e possivelmente
melhorada em base dessa análise que se segue:

Deixe S: Assim que você souber que só você ou eu, ou só você e minha voz estão aqui, então sua mão direita descerá
para sua coxa.
Onde P: Você sabe que só você ou eu estamos aqui.
Q: Você sabe que só você ou minha voz estão aqui
R: Sua mão direita descerá para sua coxa.
A introdução tempo-que liga, “Assim que você souber,” pode ser formulado para propósitos lógicos como “Qualquer
hora depois desta,” de forma que S se torna S1.

S1: Qualquer hora depois deste, se você saberá que só você ou eu estamos aqui, ou se você souber que só você e minha
voz estão aqui, então sua mão direita descerá.

Isso pode ser simplificado para a forma S11.

S11: Quando P ou Q, então R

Usando implicação material onde uma seqüência de tempo é entendida, (nosso tempo-que liga Introdução), S11 terá a
forma

(P v Q) R

Desta forma, se P ou Q sugura, R tem que seguir. Porém, o fato que R acontecer não significa necessariamente que P ou
Q de fato aconteceram dentro do sujeito. As propriedades lógicas de implicação material são tais que isso é verdade
sempre que seu conseqüente R for verdade. Em nosso caso particular, sempre que R acontece, é verdade que P ou Q é
suficiente mas não necessário para R.

Por causa disto, S entendido como S1 ou S11 é muito fraco. Permite a outras possibilidades. A ocorrência de R pode ter
sido provocada por condições ou que P ou Q; Em O fato que ele podia ter sido provocado pela não realização de P ou de
Q.

Por causa disto, quando S é entendido como S1 ou S11, R não é um sinal adequado que P ou Q Tenha de fato aconteça.
Isto podia responder por muita da variabilidade achada em resposta Para S por assuntos diferentes.

S, porém, pode ser entendido outro modo—isto é, como dizendo que S*.

S*: Sua mão direita descerá para sua coxa assim que você sabe que só você ou Eu, ou só você e minha voz estão aqui.

“Assim que” em S* podia ter a sensação de “só quando,” em que caso S* será Entendido como dizendo que S**.
S**: Sua mão direita descerá para sua coxa só quando você souber que só você ou eu Ou só você e minha voz estão
aqui.
“Só quando,” como “quando,” sugere que um tempo seqüenciar (nosso tempo-que liga introdução), mas Para nossos
propósitos aqui bastará entender isto em termos da implicação material, Então “só quando” paráfrases fora como “só
se,” e S** podem ser formuladas como S***.
S***: Sua mão direita descerá para sua coxa só se você souber que só você ou eu ou Só você e minha voz estão aqui.
S*** tem a forma seguinte:
S****: R só se P ou Q
:R (P ou Q)

Quando S é entendido em termos de S***, a ocorrência de R é um sinal suficiente aquele De P ou Q aconteceu, porque
diferentemente de S1 ou S11, S*** diz aquele P ou Q é um necessário Condicione para R.

Esta análise de uso de Erickson da diretiva implícita sugere que alguns fracassos para responder a esta forma de sugestão
hipnótica pode ser devido ao fato que a diretiva implícita, no campo lógico apenas, é fraco no sentido que não é uma
condição necessária para uma resposta hipnótica. Reformulando a declaração original de Erickson S enquanto S***
Fortalece o aspecto lógico de forma que a resposta hipnótica é mais provável acontecer. Este é outro ponto para a
investigação empírica, porém. Se é achado que S*** elicia de fato a resposta hipnótica apropriada mais que S, nós
teremos empiricamente estabelecido o significado de formulações lógicas corretas para sugestões hipnóticas.

A diretiva implícita é particularmente interessante por sua semelhança com a técnica de biofeedback. Na maioria das
formas de biofeedback, um dispositivo eletrônicas é usado para sinalizar quando uma resposta interna foi realizada. Com
a diretiva implícita o próprio paciente overt e a resposta autônoma comportamental é usada para sinalizar quando a
resposta interna foi realizada. As semelhanças formais entre eles podem ser listados como segue:
1. A consciência recebe uma tarefa que não sabe como realizar por si só. Assim:

Aumente (ou baixe) sua pressão sangüínea 10 pontos.

Esquente sua mão direita e esfrie sua esquerda.

Aumente o alfa de seu córtex direito.

Diminua a tensão muscular em sua face.

2. A consciência recebe um sinal habilitando-o a reconhecer quando quaisquer mudanças de comportamento está sendo
feita na direção desejada de resposta. Em biofeedback isto é realizado por um tradutor eletrônico que mede a resposta
(nos exemplos acima, pressão sanguínea, temperatura do corpo, ondas alfa, ou tensão muscular) e faz qualquer mudança
nesta resposta evidente em um sistema de medida que permite aos sujeitos monitorar seu próprio comportamento.

Na diretivo implícita, por contraste, o próprio sistema inconsciente do paciente serve como o tradutor indicando quando
a resposta interna desejada (mudança de pressão sangüínea, temperatura corporal, etc.) foi feita e traduz isto em um sinal
comportamental que a consciência pode reconhecer.

9. Sugestões em aberto. A sugestão em aberto é de valor particular por explorar qualquer respostas que estão atualmente
disponíveis para um sujeito. É de valor no nível de escolha consciente como também no determinismo inconsciente.
Quando pacientes são completamente acordados, a sugestão em aberto permite a eles livre escolha sobre os temas e
alternativas comportamentais que estão disponíveis. Quando pacientes estão em transe, onde tendencias inconsciente e
autônomas são facilitadas, a sugestão em aberto permite ao inconsciente selecionar apenas as experiências que são mais
apropriadas:

Toda pessoa possui habilidades não conhecidas por si mesma, habilidades que podem ser expressas em transe.

Recordações, pensamentos, sensações completamente ou parcialmente esquecidas pela mente consciente. Eles ainda
estão disponíveis para os inconsciente e podem ser experienciado dentro de transe agora ou mais tarde sempre que o
inconsciente estiver pronto.

Nesta série de sugestões em aberto uma larga latitude é permitida, de modo que qualquer experiência de sujeito pode ser
aceita como válida e servindo como fundamento para um trabalho futuro.

10. Sugestões que Abrangem todas as Possibilidades de Resposta. Enquanto a sugestão em aberto é uma forma de
exploração aberta buscando utilizar qualquer propensões de resposta que estão disponíveis para um sujeito, sugestões
que abrangem todas as possibilidades de resposta tentam enfocar uma resposta dentro de um alcance estreito de interesse
particular. Isto está bem ilustrado quando nós usarmos um procedimento repititivo para ganhar aproximações
sucessivamente mais íntimas para a resposta desejada. Uma amostra do trabalho de Erickson eliciando escrita
automática com esta abordagem é como segue:

Você pode rabiscar, ou fazer uma marca ou uma linha aqui ou acolá. Você pode escrever um carta aqui, uma carta alí.
Uma sílaba aqui, uma sílaba alí. Uma palavra aqui, uma palavra alí. Uma palavra seguindo uma sílaba, uma carta. Você
pode escrever errado uma palavra.
Você pode abreviar ou escrever a palavra errada. [Etc.]

O exemplo clássico de facilitar sugestão que abrangem todas as possibilidades de resposta são as diretivas de Erickson
(1952) para levitação de mão.

Brevemente, sua mão direita, ou pode ser sua mão esquerda, começará a se erguer, ou pode apertar, ou ele pode não se
mover mesmo, mas nós quereremos ver somente o que acontece. Talvez o dedo polegar será primeiro, ou você pode
sentir algo acontecendo em seu dedo mindinho, mas a coisa realmente importante não é se sua mão se ergue ou aperta ou
só permanece quieta; pelo contrário, é a sua habilidade de sentir completamente qualquer sensação que se pode
desenvolver em sua mão.
Cobrindo todas (ou mais) possibilidades de resposta neste exemplo, permite ao próprio sujeito individualmente
selecionar o modus operandi e conseqüentemente aumenta muito a probabilidade de uma resposta de um tipo ou outra. É
uma sugestão de a-prova-de-falha porque ainda que nenhum movimento ideomotor aconteça, aquela possibilidade foi
coberta (“não pode mover nada”) como aceitável. A implicação não reconhecida na maioria das sugestões que abrangem
todas as possibilidades de resposta é que a atenção está sendo fixada e enfocada e deste modo o transe está sendo
facilitado não importe o que acontece. O inconsciente está tendo liberdade para expressar por si próprio em qualquer
forma ideomotora, enquanto a consciência está fixada na tarefa de simplesmente observar o que acontecerá. A última
frase da sugestão (“sinta completamente qualquer sensação que pode se desenvolver em sua mão”) é uma sugestão
indireta para uma resposta ideosensorial que é realmente inevitável (todo mundo pode experimentar alguma sensação em
sua mão). Tudo o que acontece, então, pode ser experienciado como uma resposta bem sucedida. Pode então ser usado
como um ponto de partida para explorar o tipo de receptividade que um sujeito pode ter disponível para outro trabalho
hipnótico.

11. Justaposição de Opostos. Outras das formas indiretas de sugestão hipnótica de Erickson é sua propensão para a
justaposição ou aposição de opostos. Isto parece ser um elemento básico em suas técnicas de confusão, mas pode ser
também um meio de utilizar outro mecanismo mental natural para facilitar receptividade hipnótica. Kinsboume (1974)
tem discutido como o “equilíbrio entre sistemas de oposição” é um básico mecanismo neurológico que é construído bem
na estrutura do sistema nervoso. O que nós etiquetamos como “justaposição de opostos” pode ser um meio de utilizar
este processo neurológico fundamental para facilitar a receptividade hipnótica. A seguir, Erickson está aparentemente
equilibrando os sistemas de opostos de lembrar e esquecer para facilitar a amnésia hipnótica. Este balanceamento
aparente de opostos também é um duplo vínculo: O resultado final é uma amnésia, não importa que alternativa é
seguida.

Você pode esquecer de lembrar ou lembrar de esquecer.

Outras modalidades para a justaposição de opostos são ligeireza e peso, calor e frio, relaxamento e tensão, ou quase
qualquer sistema de opostos se o corpo isto pode ser descrito verbalmente.

Enquanto a sua mão se sente leve e elevada, suas pálpebras parecerão pesadas e fecharão.

Esta justaposição de levantamento e leveza com peso e fechamento ilustra o equilibrio entre sistemas de opostos. Se
enfatizarmos leveza e levitação, então nós estaremos movendo o sujeito para fora do equilíbrio, peso e fechamento das
pálpebras tendem a restabeleçer aquele equilíbrio em um sensação subjetiva e psicológica embora não em um sensação
objetiva ou fisiológica.

12. Dissociação e Sobrecarregamento Cognitivo. Tarefas múltiplas podem ser apresentadas para dividir o campo
unificado de consciência. O estado resultante da dissociação pode fornecer um campo favorável para respostas
autônomas. Quando a maior parte da consciência está enfocada em uma tarefa, uma segunda tarefa pode só ser
executada em um estado de dissociação e autonomia parcial ou completa. Isto é particularmente o caso quando nós
usarmos a mão, a cabeça, ou a ponta do dedo como a segunda tarefa como ilustrado abaixo.

Eu quero que você veja alguém sentando ali, e enquanto trabalha em sua mente para fazer isso, você pode se perguntar o
que suas mãos vão fazer. Elas se levantarão para cima ou para baixo?
O levantamento da sua mão esquerda significa não, e a da sua mão direita significa sim, você será capaz ver aquela
imagem visual ali.

Um exemplo curioso de sobrecarregamento em um paciente com uma série confusa de respostas alternativas que
culmina em uma fácil-aceitação da sugestão para entrar em transe ocorre um pouco como se segue.

Você pode se levantar ou pode se sentar. Você pode se sentar naquela cadeira ou na outro. Você pode sair por esta porta
ou aquela. Você pode voltar para me ver ou recusar me ver.
Você pode ficar bem ou pode permanecer doente. Você pode melhorar ou você pode ficar pior. Você pode aceitar a
terapia ou você pode recusá-la. Ou pode entrar em um transe para encontrar fora que você procura.

A dissociação pode ser facilitada oferecendo tarefas de que o sujeito pouco conhece com e as possibilidades múltiplas de
resposta que podem ser alternativas ou reversões de um ao outro. Esta forma de sugestão freqüentemente conduz a um
tipo de sobrecarregamento cognitivo e confusão que despotencializa a habilidade do sujeito de fazer uma escolha
racional de forma que a resposta que finalmente emerge é provável ser mais verdadeiramente autônoma. Um exemplo
disso é como segue:

Você pode escrever aquele material sem nunca saber o que é: Então você pode voltar e descubrir que você sabe o que
isso é sem saber que você escreveu isso.

Isso foi descrito como uma dupla dissociação duplo vínculo (Erickson, Rossi, Rossi, 1976), uma vez que cada sentença
sozinha constitui uma dissociação: Na primeira sentença escrever é dissociado de conhecer, e na segunda saber o que
está escrito é dissociado de saber que o sujeito escreveu isso.

Tais formulações para escrita automática com ou sem um reconhecimento de seu significado ou daquilo que escreveu
não são tão arbitrárias quanto podem parecer. Estudos das zonas secundárias do córtex ocipital e funções optico-gnostic
(Luria, 1973) ilustram que cada uma das possibilidades acimas podem acontecer naturalmente na forma de agnosias
quando existir perturbações orgânicas específicas nos tecidos do cérebro. Cada uma destas agnosias só é possível porque
um mecanismo mental discreto (distinto) para o funcionamento normal foi perturbado quando eles aparecem. As
agnosias são deste modo etiquetas para identificarem mecanismos mentais discretos (distintos). Uma assim chamada
sugestão na forma de uma dupla dissociação duplo vínculo pode estar utilizando estes mesmos mecanismos mentais
naturais. Uma pessoa pode hipotetizar que estes mecanismos mentais podem ser ligados ou desligados em transe embora
eles normalmente sejam autônomos em seu funcionamento quando normalmente acorda. De acordo com este ponto de
vista podemos conceituar “sugestão” como algo mais que magia verbal. Adequadamente formulada a sugestão hipnótica
pode estar utilizando processos naturais do funcionamento cortical em que são características das zonas secundárias e
terciárias da organização cerebral. Estes processos são sintéticos e integrative em seu em funcionamento e são
responsáveis pelos processos de percepção, experiência, reconhecimento, e saber. Construindo formas hipnótico que
podem ou bloquear ou facilitar estes mecanismos discretos (distinto) das zonas secundárias e terciárias deste modo tem o
potencial para uma vasta estenção de nossa compreensão do funcionamento cerebral.

Uma leitura cuidadosa de Luria (1973, particularmente Parte II, Capítulo 5, nas “Parietal Regions and the Orangization
of Simultaneous Synthesis”), por exemplo, sugere fascinantes possibilidades para a pesquisa hipnótica. Se T1, T2, T3...
TK são todo legalmente funções comportamentais do córtex parietal (Christensen, 1975 já preparou um manual de tais
testes padronizados), nós podemos gradualmente aprender a realçar ou bloquear vários destes funções relacionadas por
sugestão. Se primeiro bloquearmos as funções T1, T2, T3 e então achar que T4 e T5 também estão bloqueados, nós
teremos estabelecido que T4 e T5 estão realmente relacionados a T1, T2, e T3 e mediado por processos neuropsiquicosl
semelhantes. Tal pesquisa somente não apenas suplementaria nossas abordagens atuais para identificar e localizar fora
funções neuropsiquicas, mas também seria uma nova abordagem para estabelecer o quão certas formas de sugestão
hipnóticas são mediadas por padrões específicos de atividade cortical. Este escritor fortemente suspeita que muitos do
fascinante, mas aparentemente inexplicável inter-relações psicossomáticas relatadas por Erickson (1943) em suas
investigações experimentais podem ser mediados por tais processos.

O que se segue é outro exemplo de uma dupla dissociação duplo vínculo que é analisada com maior detalhe com a ajuda
de lógica simbólica.

Declaração de Erickson Lógica de Simbólica

1. Você pode como uma pessoa acordar P


2. Mas você não precisa acordar como um corpo -q

(Pausa.) v

3. Você pode acordar quando seu corpo acordar P . q


4. Mas sem um reconhecimento de seu corpo -r

Onde P = Pessoa acordando


-q = Não acordando como um corpo
P.q = Acordando como uma pessoa e corpo
-R = Sem um reconhecimento de seu corpo
V = ou (compreendido)
Nós podemos explicar o significado das quatro frases desta sentença como se segue;

1. Você pode como uma pessoa acordar (P)

Esta primeira frase possui um significado simples e ordinário que o paciente pode aceitar, e como tal isso começa a
estruturar um conjunto-sim (yes-set).

2. Mas você não precisa acordar como um corpo (-q)

Esta segunda frase é curiosa no contexto acima, e está bem que Erickson pausas depois dele deixar seu efeito acontecer.

Tomadas juntas estas primeiras duas frases (P . -q) possuem um ponto só dentro do seguinte Suposições de fundo do
paciente.

i) P . q (uma pessoa acorda quando seu corpo acordar)

II) De fato, P se e só se q, que é o mesmo que:

Se P então q, e se q então P.

Erickson concede (i) para o paciente (como um yes set). Agora o paciente realmente assume (i) para querer realmente
dizer (ii). Mas a segunda frase de Erickson (-q) invalida a suposição do paciente de (ii). Esta separação da associação
assumida de P e q está surpreendendo para o Paciente, e ele é a essência de um fenômeno hipnótico que ele experimenta
por um processo de Choque e dissociação. Isto é, quebrar a associação de P e q em (iI) fixe o Condições para um
fenômeno hipnótico: A manifestação de P e -q (a pessoa acorda Sem seu despertar de corpo).
Nós podemos explicate frases três e quatro em uma maneira semelhante. Fraseie três, P . q (você pode Acorde quando
seu corpo despertar) funções como um sim fixam, enquanto frase quatro -r (mas sem um Reconhecimento de seu corpo)
novamente quebra certo das suposições do paciente como segue.
(i) [P . q ] . r (pessoas acordadas quando seus corpos acordados e eles reconhecem seu Corpos)
(II) de fato, r se e só se (P . q) (você reconhece seu corpo se e só se seu acordado Ambos como uma pessoa e um corpo)
Novamente nós achamos que as condições para um fenômeno hipnótico (P . q ) . -r (não reconhecendo Se seja corpo
quando se acordar como uma pessoa e corpo) são organizados por quebrarem o A associação entre comportamentos que
normalmente acontece junto. Isto é claro que nada novo;
Os fenômenos hipnóticos têm freqüentemente sido conceptualized como um processo de dissociação.

O que é novo nesta análise é uma proposta de como Erickson pode efeito estas dissociações Então sucintamente com a
virada de uma frase.
Nós podemos escrever a declaração total usando um vel (um lógico conetivo para “ou”) em lugar de A pausa como
segue.
1. (P . -q) v [(P . q) . -r]

Diferentemente de todos os exemplos prévios esta declaração é mais ema aberto insofar como ninguém de Vários
resultados são possíveis. Nós podemos determinar as possibilidades lógicas O comportamento simplificando o acima de
em um disjunctive normal forma por repetida As aplicações de distribuição como segue:

2. [(P . -q) v (P . q)] . [(P . -q) v -r]


3. {(P . -q) . [(P . -q) v -r]} v {(P . q) . [P . q) v -r]}

O primeiro metade do acima disjunction soluciona como segue:

4. (P . -q) . [(P . -q) v -r]


5. [(P . -q) . (P . q)] v [(P . -q) . -r]
6. (P . -q) v [(P . -q) . -r]

A segunda metade de equação 3 soluciona como segue:

7. (P . q ) . [(P . -q) v . -r]


8. [(P . q) . (P . q)] v [(P . q) . -r]
[(P . q) . –r]

Pondo juntas as equações resolvidas 6 e 8 nós obtemos:

9. {(P . -q) V [(P . -q) . -r]} v {(P . q) . –r} ou mais simplesmente:


10. [P . -q] v [P . -q . -r] v [P . q . -r]

Os resultados possíveis de declaração original do Erickson podem então ser lidos:

A. Você pode como uma pessoa acordada, mas você não precisa acordar como um corpo.
B. Você pode como uma pessoa acordada, mas você não precisa acordar como um corpo e sem Reconhecimento de seu
corpo.
C. Você pode como uma pessoa acordada, e você pode como um corpo acordado, mas sem um reconhecimento De seu
corpo.

Uma sugestão tão ema aberto que admite muitas opções possíveis de resposta hipnótica é Muito útil, desde que ele
fornece garantia maior que um pouco de parte da sugestão global Será seguido. Isto é particularmente importante no
início de fases de trabalho hipnótico, Onde o terapeuta quer investigar as aptidões de resposta do paciente mas não
arrisca o A possibilidade do paciente que falha em uma sugestão.

Tais formulações nunca foram testadas em uma maneira empírica controlada, porém. É Agora uma pergunta empírica
para determinar se declaração original de Erickson da forma

(P . -q) v (P . q) . -r]

Quando administrado para um grupo de assuntos, faça de fato renda as possibilidades variadas Resposta

(P . -q) v (P .-q . -r) v (P . q . -r)

Qualquer P, q, e r pode ser.

De acordo com a lógica todas as possibilidades de resposta deviam ser equipotent, então teoricamente 33% dos sujeitos
deviam estar respondendo em cada categoria. Qualquer divergência empírica achada desta expectativa teórica podia
então ser atribuída para os processos de saber (Condicionamento, etc.), proclividades biológicas inatas, ou proporções
variadas de cada.

13. Outras Abordagens Indiretas e Formas Hipnóticas. Por causa de limitações de espaço nós podemos apenas
mencionar algumas outras abordagens indiretas e formas hipnóticas que Erickson e o autor apresentaram previamente
em detalhe (Rossi, 1972, 1973; Erickson e Rossi, 1974, 1975, 1976; Erickson, Rossi, e Rossi, 1976; Erickson e Rossi,
1979).
Entre estes se incluem o paradigma de Choque, Surpresa, e Momentos Criativos, Sugestões Intercontextual e Sugestões,
Observações Parciais e Oscilando Frases, Expectação, Sinalização Involuntária, Resistência Deslocada e Descarregada,
A Negativa, De dois níveis de Comunicação via Trocadilhos, Analogia, etc., Pantomima e Abordagens não- verbais, A
abordagem da confusão, Verbalize Locus e Dinâmica, e Ritmo do Terapeuta.

14. Discussão. Enquanto as formas indiretas de sugestão hipnótica esboçadas neste ensaio são os resultados de mais de
50 anos de experiência clínica e pesquisa realizadas por Erickson, a principal limitação deste estudo é que é uma análise
post hoc do que ele acredita para serem significantes fatores nesse trabalho. Embora este estudo ilustra como a sugestão
indireta pode ser efetiva, não há nada em nosso trabalho que estabelece exatamente a quanto de uma contribuição estas
sugestões indiretas na verdade fazem em facilitar a responsabilidade (correspondencia, conformidade) hipnótica.
Pesquisa experimental será precisada estabelecer o mérito comparativo de dirija e sugestão indireta enquanto
controlando assunto, operador, e variáveis de resposta. Em pratique, o uso de Erickson destas formas indiretas não é
independente, de um ao outro,; ele possa usar alguns na mesma frase ou oração. Ele acredita que esta aproximação de
espingarda aumenta a efetividade deles/delas. Estas formas indiretas também são usadas freqüentemente em associação
com a aproximação de utilização dele (Erickson, 1959), em que ele usa que o assunto é próprio comportamento para
aumentar o desenvolvimento de respostas hipnóticas. Por causa deste o júnior autor iria hypothesize que em factoral
desígnios experimentais a interação de indireto aproximações utilização de X seria mais significante que o efeito
principal de qualquer fator só. Desde que muito da efetividade do trabalho de Erickson parece ser uma função seu
própria personalidade, outro assunto principal é o grau para o qual as aproximações dele podem ser aprendidas e usado
prosperamente por outros. Uma certa quantia de experiência e habilidade é requerida reconheça e utilize o fluxo
contínuo de um assunto de comportamento para explorar simultaneamente e aumente responsabilidade hipnótica.
Qualquer teste justo das aproximações de Erickson requer que o investigador alcança algum critério de habilidade
pessoal primeiro como um operador hipnótico utilizando comportamento contínuo.
Uma avaliação deste papel revela vários características das formas hipnóticas indiretas. Se pacientes têm problemas por
causa de limitações instruídas, então as formas hipnóticas indiretas, é particularmente útil, porque eles são projetados
para evitar os preconceitos e limitações de os jogos conscientes deles/delas e sistemas de convicção de forma que os
potenciais deles/delas têm uma oportunidade para se torne manifesto. Se algum phenomena hipnótico são processos
mediados pelo direito hemisfério (Gur e Reyher, 1976), está tentando para especular que muitos do indireto formas
hipnóticas podem ser paradigmas de comunicação no idioma do hemisfério esquerdo que de alguma maneira instrói ou
programa o hemisfério certo para iniciar certas atividades que só pode ser levado a cabo por seus modos de nonverbal
sem igual de funcionar. A maioria do formas indiretas estão falhar-seguras, nondirective, aproximações paciente-
centradas para as que são ideais, diferenças individuais explorando e potentials—particularly humano esses nonverbal
potenciais relacionaram ao autonomic sistema nervoso que é facilitado através de biofeedback tecnologia.
A maioria das aproximações indiretas pode ser usado em qualquer forma de terapia, educação, ou procedimentos
experimentais com ou sem a indução formal de transe. Porque eles fixe atenção, enfoque o assunto dentro, e iniciado
autônomo ou inconsciente processos, estas aproximações indiretas poderiam ser descritas como está transe-induzindo no
a maioria o general sente da palavra; eles normalmente enfocam atenção assim o assunto é momentaneamente mas
totalmente absorvido em o que nós chamamos o “transe cotidiano comum” (Erickson e Rossi, 1976). porque eles tendem
a iniciar comportamento de transe, a presença destas formas indiretas, deve ser considerado cuidadosamente em
qualquer procedimento experimental fundado no diferencial resposta de hipnótico e nonhypnotic controlam grupos. O
“instruções” dado nonhypnotic controlam grupos não deveriam conter nenhuma forma hipnótica indireta.
A ênfase de Erickson nas formas hipnóticas indiretas poderia ser outro fator no aproximação entre estado e teorista de
nonstate (Spanos e Barbeiro, 1974). Embora Erickson continua mantendo aquele transe é um estado alterado, ele não
acredita certamente hypersuggestibility é uma característica necessária de transe (Erickson, 1932). junto com
Weitzenhoffer que ele acredita que transe e suggestibility são phenomena independente que podem ou pode não
coincidir em qualquer assunto particular em qualquer momento particular. Erickson depende em dispositivos de
comunicação como as formas hipnóticas indiretas descritos neste papel evocar e mobilizar os processos associativos de
um paciente e habilidades mentais para facilitar phenomena hipnótico. A teoria de utilização dele implica que a essência
de hipnótico sugestão é de fato este processo de evocar e utilizar cada paciente é próprio mental processos de modos que
são freqüentemente experiente como estando fora da sensação habitual deles/delas de intentionality ou controle
voluntário. Então, o autor júnior acredita aquele Erickson (teorista estatal) e Barbeiro (teorista de nonstate) poderia
concordar que um formal ou transe de ritualized indução não é necessária para a experiência da maioria do phenomena
hipnótico. Em prática ambos confiam em certas formas de sugestão para mediar phenomena hipnótico. O deles/delas
porém, aproximações para sugestão são muito diferentes. Quando o Barbeiro pergunta para um assunto voluntariamente
pensar e imaginar junto com essas coisas que são sugeridas diretamente, é ele alistando a ajuda da consciência do
assunto obviamente. Barbeiro usa um essencialmente aproximação racional na tradição típica de psicologia acadêmica e
parece ser pessoas treinando se despertando sugestão (Weitzenhoffer, 1957), onde eles aprendem dirigir eles de uma
maneira consciente. Erickson, através de contraste, parece fazer todo esforço para evite os jogos conscientes do assunto
e intentionality com as formas indiretas de sugestão que tende a evocar processos inconscientes ou autônomos. Erickson
pertence para a tradição de psicologia de profundidade, em sua confiança típica no inconsciente, e aparece estar
treinando as pessoas em sugestão hipnótica onde eles aprendem deixar coisas aconteça autonomously.
Uma recente declaração sumária da posição de nonstate é como segue: “Para o nonstate investigadores como Sarbin e
Barbeiro, imaginando sugestão-relacionado envolvido (ou seu sinônimos como pensar e imaginar com os temas da
sugestão) funções como uma alternativa para a formulação de estado de transe tradicional de comportamento hipnótico”
(Spanos e Barbeiro, 1974). teorista Estatais como Erickson poderiam responder a isto que “envolvido imaginando
sugestão-relacionado” de fato empenha processos mentais autônomos; é justamente este envolvimento fundo e absorção
no uso de imaginação que permite processos autônomos para representar um papel maior evocando respostas que às
vezes são experimentado como involuntário. O aspecto involuntário da resposta se torna então um característica
definindo de transe para o teorista estatal. Embora estado e nonstate teorista podem chamar isto por um nome diferente,
ambos podem concordar que o assunto básico é explorar a condição e formas de sugestão que pode facilitar o que foi
tradicionalmente conhecido como “phenomena hipnótico.” Este papel é um primeiro-fase esforço clínico e lógico para
isole e defina vários as formas indiretas de sugestão que pode facilitar tal phenomena hipnótico. É essencialmente uma
contribuição à ciência de pragmatics: o relações entre sinais e os usuários de sinais (Morris, 1938).
Referências
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Experimental Hypnosis, 22, 258-269

Eu possuo diversas aplicações dessas Sugestões Indiretas, e aqui eu vou postar algumas:

Truísmos Sexuais

O Truísmo é uma declaração simples ou complexa e de fato sobre comportamentos que uma pessoa ou as pessoas em
geral experienciaram com freqüencia e que não podem ser negados. Trabalha como se fosse uma “orientação da
realidade generalizada”, na qual a pessoa será incapaz de se opor, pois referesse a algo que vai além de seu controle.

Com isso, voce é capaz de criar um contexto em que a resposta natural de uma mulher (paixão, sexo, prazer, etc.) é
exatamente aquilo que voce deseja que ela faça. Para isso, basta verbalizar o Truísmo.

O trunfo dos Truísmos Sexuais é que voce poderá falar sobre os mais obcenos desejos sexuais que ela poderia ter com
voce sem que ela possa discordar de tudo isso.

O priprio Milton Erickson ilustra o uso do Truísmo em um caso em que ele “seduziu” uma paciente no caso intitulado
“A Moça Mais Fácil de Seduzir” no livro Minha Voz Irá Contigo, de Sidney Rosen, MD).

Neste caso, Erickson se depara com uma moça que tinha, entre vários problemas, o problema de não conseguir seguir
em frente um namoro, pois “o rapaz a fazia sentir sentimentos estranhos”.

Erickson então diz a moça: “Você é uma católica devota, muito fervorosa, mas é a moça mais fácil de seduzir de todos
os Estados Unidos”. A moça o olhou horrorizada, exclamando: “Ninguém jamais poderia me seduzir!”. E Erickson
disse: “Lhe explicarei o quanto é fácil seduzi-la. E você deve refletir sobre isto. Se eu fosse um rapaz jovem e quisesse
seduzi-la, pediria que saísse comigo, levaria você para jantar e ao cinema, e passaríamos uma noite maravilhosa.

Na segunda vez que saíssemos juntos, confessaria que você é muito bonita e que sinto uma atração especial por você. O
resto da noite transcorreria na mais absoluta pureza, e cuidaria para que você tivesse bons momentos.

Em nossa terceira saída, diria que na realidade minha intenção é seduzi-la, mas sei que você não é do tipo de moça que
alguém possa seduzir. ‘Assim, vamos mudar de assunto, e passemos um momento agradável’. E aconselharia o seguinte:
Na oitava vez em que eu convidar, não saia comigo.

Até a sétima vez, estará perfeitamente segura, mas não saia comigo na oitava. Assim, você estará perfeitamente segura
na quarta saída, na quinta saída, na sexta saída. E durante todo esse tempo seus hormônios estarão trabalhando dentro de
você.

Na sétima saída, seus hormônios estarão bem preparados. Darei um beijo em você, na frente da sua casa, e direi boa
noite. Esperarei uma semana e convidarei você para sair pela oitava vez. E você já sabe o que vai acontecer”. Ela
concordou com Erickson sobre o que ia acontecer.

Exemplos:

Se eu te levasse para sair e fossemos a um jantar e depois ao cinema, e tivéssemos uma noite maravilhosa
e eu confessasse a você que você é bonita e que sinto uma atração especial por você e te olhasse dentro dos teus olhos,
de tal forma que você começasse a ficar fascinada
de modo que não conseguisse mais parar de olhar pra mim, e te falasse coisas tão bonitas e tão profundas sobre todos os
mistérios do amor
sobre como uma pessoa é capaz de se apaixonar perdidamente pela outra e preenchesse todos os vazios que você possui
te tocando de uma forma especial em que todo o seu corpo começasse a tremer
e quando mais eu te tocasse, mais excitada você ficasse
você já sabe o que aconteceria... /
você se apaixonaria perdidamente por mim, não é mesmo?

A dinâmica da paixão, ou seja, o modo como duas pessoas são capazes de se sentir atraídas e mesmo se apaixonarem por
uma outra pessoa, é algo inteiramente fascinante para mim. Tipo, nós dois somos amigos, certo? Mas e você me
convidasse para ir a sua casa ouvir música ou almoçar com você e sua família, ou ainda te convidasse para um passeio
ou uma festa, isso em nada mudaria a nossa amizade. Talvez escutaríamos as musicas que nós realmente gostamos
juntos e conversaríamos sobre todas as coisas legais que adoramos e curtimos, isso aumentaria a conexão que sentimos
um pelo outro. Mas se, por acaso, minha mão tocasse na sua, ou vice-versa, e nosso olhar se cruzasse de algum modo, de
um modo diferente do comum, com certeza começaria a haver um clima entre nós. E todas as vezes que nos víssemos,
uma corrente elétrica passasse pelo nosso corpo, nossos músculos começassem a tremer e nossas barrigas sentindo
borboletas baterem asas dentro delas, isso iria aumentar todo o clima há entre nós. E com o tempo, esse clima iria se
transformar em paixão, de tal forma que não seriamos mais capazes de olhar um para o outro se, que surgisse uma
vontade louca de nos tocar, e passássemos a sair e a nos relacionar ainda mais por todas essas razões de tal forma que o
sentimento que havia entre nós seria tão grande que não mais seriamos capazes de resistir a presença um do outro, com
toda a certeza nos entregaríamos um ao outro, de corpo e alma, em uma paixão avassaladora e talvez um ano mais tarde
já estaríamos casados, esperando um filho, ou apenas curtindo um ao outro com muito desejo e intensidade até que
estivéssemos prontos pra morar juntos e construir uma família. (mude o final de acordo com os valores futuros de uma
pessoa).

Se, nesse exato momento, estivéssemos sozinhos, entre quatro paredes, em um lugarzinho especial para nós, iluminados
a luz de velas e do luar, sem nada cobrindo nossos corpos, você sabe que estaria louca para fazer amor comigo, e não
conseguiríamos resistir um ao outro...

Precauções:
• Jamais usem circunstancias extraordinárias, como: “Se eu fosse Jesus Cristo..., Se eu fosse um príncipe encantado..., se
estivéssemos no Planeta do Sexo..., etc.”. Isso apenas iria subcomunicar que você não é capaz de conquistá-la a partir da
circunstancia atual até a que você deseje.
• Use os valores e anseios de uma pessoa. Use a própria forma que a pessoa possui para se apaixonar. Dê a ela o que ela
quer nessa fantasia dirigida. Use a natureza dela, assim como Erickson usou a própria libido da moça.

Essa aqui é outra. Eu apliquei em uma garota, e ela achou o máximo e quase caiu da cadeira.

Sugestões que Abrangem Todas as Possibilidades de Resposta

"O coração é um cavalo selvagem e indomável que não escolhe por quem vai se apaixonar. Ele faz com que nos
apaixonamos pelas mais variadas pessoas, nas mais diversas circunstancias, e de todas as formas possíveis.
Às vezes, nos apaixonamos por pessoas mais novas que a gente. Às vezes, nos apaixonamos por pessoas mais velhas. Às
vezes, nos apaixonamos por pessoas que conhecemos há anos; Às vezes, nos apaixonamos por quem mal acabamos de
conhecer. Às vezes, nos apaixonamos pela pessoa que menos esperávamos nos apaixonar; às vezes, nos apaixonamos
por pessoas impossíveis de se ter. Não se controla os desejos do coração".

Quem leu o livro "O Homem de Fevereiro" já deve estar familiarizado com esses modelos de Sugestões Indiretas e já
sabem o imenso poder que possuem.

Don Juan, no livro "O Burlador del Servilla" usa Aposição de Opostos para inflamar a sua linguagem, e seu discurso se
torna tão sedutor e persuasivo, que ele consegue conquistar Tisbea em menos de 5 minutos. O Robert Greene cita essa
parte em seu livro A Arte da Sedução, portanto, quem tiver, leia e repare no incrivel poder da Aposição (ou
Justaposição) de Opostos para a sedução. Eu achei incrível, e voce pode formular este modelo de sugestão as perguntas
que o Ross dizia para fazer as mulheres entrarem dentro de seu corpo e seu cérebro e experimentar sentimentos - ou seja,
uma forma mais simplificada de padrões de linguagem.

Mais uma coisa. Apesar de serem indiretas, essas sugestões são muito boas para quem curte Direct Game, pois torna a
sua linguagem mais persuasiva. Eu mesmo criei uma equação a partir da Sugestão Associativa do Erickson, e analisei
discursos marxistas a partir dela, obtendo assim a chave do potencial persuasivo dos discursos.

Por enquanto é só. Abraço

Só mais uma coisa, e de suma importancia:

QUANDO LEREM OS MODELOS DE SUGESTÕES INDIRETAS, NÃO ESQUEÇAM DE ASSOCIÁ-LOS COMO


MODELOS DE SEDUÇÃO, TIPO, AO INVES DE LER "PACIENTE", LEIA "ALVO", "MULHER", ETC. PRESTEM
ATENÇÃO A ESTRUTURA, NÃO A ESSE CONTEÚDO DE TERAPIA, POIS SE FOR ASSIM, VOCES NAO IRÃO
APRENDER NADA.

Variedades do Duplo-Dilema
Milton H. Erickson e Ernest L. Rossi
Tradução: Rafaaa (ClubeAlpha)

Reimpresso com permissão do The American Journal of Clinical Hypnosis, Janeiro de 1975, 17, 143-157.
Quando eu era um menino, na fazenda não era incomum o meu pai chegar e me dizer: “Você quer dar de comer às galinhas primeiro ou aos
porcos, e depois você quer encher a caixa de lenha ou bombear a água para as vacas primeiro?”. O que eu percebi então foi que o meu pai tinha
me dado o direito de escolha; eu, como uma pessoa, tinha o privilégio primário da escolha sobre a minha aceitação secundária de desempenhar
todas as tarefas mencionadas. Eu estava, inconscientemente, comprometido a realizar as tarefas que tinham que ser feitas tendo o privilégio
primário de determinar a ordem da execução das mesmas.

Eu não percebi que eu estava aceitando a posição de ter sido colocado em uma situação de duplo-dilema. As tarefas tinham que ser feitas; não
havia como ignorar o fato de que o forno da cozinha queimava a lenha pra fazer o meu café-da-manhã, e que as vacas precisavam beber água.
Esses eram fatos contra os quais eu não poderia me rebelar. Mas eu tinha o privilégio profundamente importante de, como um individuo, decidir
em qual ordem eu deveria e faria as tarefas. A concepção de o que um duplo-dilema era me fugiu, embora eu às vezes me perguntasse porque eu
parecia disposto a “arrancar” carunchos de batata ou plantar batatas ao invés de brincar.

A primeira vez que eu intencionalmente utilizei o duplo-dilema, se não me engano, ocorreu no princípio da minha adolescência. Em um dia frio
de inverno, com a temperatura abaixo de zero, meu pai levou uma vaca do celeiro para o calha d’água. Depois que a vaca matou a sua sede, eles
voltaram para o celeiro, mas ao chegar às portas do mesmo a vaca teimosamente fincou suas patas no chão e, apesar de meu pai puxá-la
desesperadamente pela cabeça, ele não foi capaz de mover o animal.

Eu estava lá fora brincando na neve e, observando o impasse, comecei a rir muito. Meu pai então me desafiou a puxar a vaca pra dentro do
celeiro. Reconhecendo a situação de resistência teimosa e sem razão da vaca, eu decidi dar a ela todas as oportunidades pra resistir, já que era
isso que ela aparentemente queria fazer. Então eu apresentei à vaca uma situação de duplo-dilema ao agarrá-la pelo rabo e começar a puxá-la
para longe do celeiro, enquanto o meu pai continuava a puxá-la para dentro. A vaca prontamente escolheu resistir a mais fraca das duas forças e
me arrastou para dentro do celeiro.

Conforme eu fui crescendo eu comecei a utilizar o duplo-dilema de escolhas alternadas do meu pai nos meus irmãos, que não suspeitavam de
nada, para assegurar que eles me ajudassem nas tarefas da fazenda. No segundo grau eu usei a mesma técnica organizando cuidadosamente a
ordem na qual eu faria os meus deveres de casa. Eu me coloquei numa situação de duplo-dilema fazendo os deveres de contabilidade (que eu
não gostava) primeiro e então fazendo os de geometria (que eu gostava) como uma recompensa. Eu me dava uma recompensa, mas o duplo-
dilema era produzido de forma que todos os deveres de casa fossem feitos.

Na faculdade, eu me tornei cada vez mais interessado no duplo-dilema como uma força motivacional para mim mesmo e para os outros. Eu
comecei a experimentá-lo, sugerindo aos meus colegas que realizassem duas tarefas, ambas das quais eu sabia que eles rejeitariam se eu as
apresentasse da forma normal. Entretanto, eles acabavam realizando uma ou a outra se eu fizesse a recusa de uma ocasional sobre a aceitação da
outra.

Eu então comecei a ler autobiografias sem parar e descobri que esta forma de manipular o comportamento era bastante antiga. Era um item do
conhecimento psicológico que propriamente pertencia ao domínio público e que ninguém poderia reclamar autoria. Coincidentemente ao
crescimento do meu interesse em hipnose, eu comecei a perceber que o duplo-dilema poderia ser utilizado de diversas maneiras. Em hipnose, o
duplo-dilema podia ser direto, indireto, óbvio, obscuro ou mesmo irreconhecível.

Eu descobri no duplo-dilema uma força notável, mas que era perigosa como uma espada de dois gumes. Em situações negativas, forçadas e
competitivas o duplo-dilema rende resultados infelizes. Quando criança, por exemplo, eu sabia onde os melhores arbustos de frutas silvestres
estavam. Eu me oferecia para mostrá-los aos meus amigos com a condição que eu pudesse ficar com todas as frutinha que eu colhesse MAIS a
metade das que eles colhessem. Eles aceitavam o acordo apressadamente, mas se arrependiam amargamente depois quando viam quantas frutas
eu tinha conseguido com esse acordo.

Já na faculdade eu era muito interessado em debater, mas quando eu tentava usar o duplo-dilema eu sempre perdia. Os juízes invariavelmente
me procuravam depois do debate para me dizer que eu tinha, na verdade, vencido, mas que eu tinha provocado tanto os seus antagonismos que
eles não tinham outra escolha senão escolher o outro debatedor. O resultado foi que eu nunca consegui entrar no time de debates da faculdade,
por mais que eu fosse frequentemente indicado.

Eu percebi que nessas competições de debate os argumentos embasados no duplo-dilema levavam a reações desfavoráveis quando os duplos-
dilemas eram em meu favor contra um oponente. Eu compreendi que o debatedor competente era aquele que apresentava um argumento de
duplo-dilema a favor de seu oponente e depois demolia a vantagem que ele tinha dado ao seu oponente.

Levou muito tempo para que eu percebesse que, quando o duplo-dilema era utilizado para vantagem pessoal, os resultados não eram bons.
Quando o duplo-dilema era utilizado em benefício de outra pessoa, no entanto, poderia ter benefícios duradouros. Eu, assim, pratiquei a técnica
extensivamente a favor dos meus colegas de quarto, colegas de classe e professores, com a compreensão que eu iria posteriormente utilizá-la
para ajudar meus pacientes.

Quando eu entrei na psiquiatria e me iniciei na experimentação hipnótica com fins clínicos (os fins experimentais já tinham sido extensivamente
explorados), o duplo-dilema se tornou uma prática de grande interesse por eliciar fenômenos hipnóticos e respostas terapêuticas.

Em sua essência, o duplo-dilema fornece uma liberdade ilusória de escolha entre duas possibilidades, sendo que nenhuma delas é realmente
desejada pelo paciente mas ambas são, na verdade, necessárias para o seu bem-estar. Talvez o exemplo mais simples seja o das crianças que
relutam em ir para a cama. Instruídas que elas devem se deitar às oito da noite, as crianças têm a sensação de estarem sendo coagidas.

Se, no entanto, alguém perguntar a essas mesmas crianças: “vocês querem ir pra cama às quinze para as oito ou as oito em ponto?”. A maioria
absoluta responde escolhendo, por seu próprio “livre-arbítrio”, a hora mais tarde (que era, na verdade, a hora pretendida). Não importando a hora
específica que as crianças escolherem, elas se comprometem com a tarefa de irem se deitar.

Logicamente as crianças podem dizer que elas não querem ir pra cama de jeito nenhum, e nesse momento um outro duplo-dilema pode ser
utilizado: “Vocês querem tomar um banho antes de dormirem, ou preferem vestir seus pijamas no banheiro?”. Este último exemplo ilustra o uso
de uma falácia lógica dentro de um duplo-dilema. O menor dos males é normalmente o aceito. No entanto, qualquer uma das escolhas confirma
a idéia inicial, de ir para a cama, que a longa experiência ensinou às crianças que isso é inevitável. Elas têm um senso de livre-arbítrio a respeito
disso, mas o seu comportamento já foi determinado.

Pacientes de psiquiatria são normalmente resistentes e escondem informações vitais indefinidamente. Quando eu observo isso, eu enfaticamente
sugiro que eles não devem revelar a informação que eu desejo nesta semana – na verdade, eu insisto que eles a guardem até o final da próxima
semana. Em seu intenso desejo de resistir, eles falham em avaliar adequadamente a minha recusa; eles não a reconhecem como um duplo-dilema
que requer que eles tanto resistam quanto cedam.

Se a intensidade da resistência subjetiva for suficientemente grande, eles podem tirar proveito do duplo-dilema para “se livrar” da informação
sem maiores delongas. Eles então alcançam o seu propósito duplo de comunicação e resistência. Os pacientes raramente reconhecem o duplo-
dilema quando este é utilizado neles, mas eles normalmente comentam a facilidade que eles têm em se comunicar e lidar com esses sentimentos
de resistência.

Nos casos que se seguem o leitor crítico pode questionar a eficácia dos duplos-dilemas porque ele está, na verdade, em um nível secundário
quando lê sobre eles. Os pacientes, que vêm fazer terapia com grandes carências emocionais, no entanto, estão em um nível primário quando são
expostos ao duplo-dilema; eles são normalmente incapazes de analizá-lo intelectualmente, e seus comportamentos são assim estruturados pelo
duplo-dilema. Os usos do duplo-dilema são grandemente facilitados pela hipnose, e isso contribui enormemente para a multiplicidade de formas
nas quais ele pode ser usado.

CASO 1

Um homem de 26 anos com mestrado em Psicologia recorreu relutantemente ao escritor para uma hipnoterapia, seguindo a exigência ditatorial
de seu pai. Seu problema, que era a mania de roer as unhas, começou quando ele tinha quatro anos como uma maneira de escapar da prática
diária de piano, que levava quatro horas. Ele roia suas unhas até que seus dedos começassem a sangrar, mas sua mãe não se comovia com as
manchas de sangue nas teclas do piano. Ele continuou a torcar piano e a roer as unhas até que esta última se tornou, posteriormente, um hábito
incontrolável. Ele se ressentia enormemente por ser mandado para hipnoterapia e livremente dizia isso.

Eu comecei o assegurando que eu entendia e que ele tinha razão por se ressentir, mas eu estava abismado com o fato que ele tinha se permitido
afundar na frustração por 22 longos anos. Ele me olhou de forma estranha e então a explicação foi dada: “Para sair do piano você roia suas unhas
até o sabugo até que isso se tornasse um habito incontrolável, apesar do fato que você queria ter unhas longas. Em outras palavras, por 22 anos
você se privou do privilégio de roer um belo pedaço de unha, um que você pudesse satisfazer sua vontade com prazer”.

O rapaz riu e disse, “eu sei exatamente o que você está fazendo comigo. Você está me dizendo para deixar crescer as unhas ao ponto que eu
tenha uma satisfação genuína ao roê-las e assim tornar a mordiscação fútil que eu faço ainda mais frustrante”. Depois de uma conversa um tanto
bem-humorada ele reconheceu que ele não estava certo se queria realmente ser sujeito a uma hipnose formal. Eu aceitei isso me recusando
veementemente a fazer qualquer esforço formal. Isso constituiu um duplo-dilema reverso: Ele desejava algo que não tinha certeza se queria de
verdade. Isso lhe foi recusado. Assim, ele estava propenso a querer, já que agora ele poderia aceitar com segurança.

Durante a conversa que se seguiu, no entanto, o seu interesse foi mantido em altos níveis e a sua atenção estava rigidamente fixa, pois eu o dizia
intencional e verdadeiramente que ele podia desenvolver uma unhas mais longa. Ele sentiria um orgulho infinito ao deixá-la crescer o bastante
para que ele pudesse roê-la com satisfação. Ao mesmo tempo ele poderia se frustrar completamente ao mordiscar o que sobrara das outras nove
unhas futilmente. Apesar de nenhum transe formal ter sido induzido, a sua atenção altamente receptiva indicava que ele estava no que podemos
chamar de “o transe comum nosso de cada dia”, que se manifesta quando nos lançamos a qualquer atividade ou conversa que absorva a nossa
atenção.

Esta sugestão de um transe leve foi reforçada a medida que eu o atiçava com informações casualmente irrelevantes e então repetindo as
instruções. Qual é o propósito desta medida? Quando você casualmente repete as sugestões no estado desperto logo após os pacientes tê-las
ouvido durante o transe, eles dizem a si mesmos, “ah, sim... eu já sei disso, está tudo bem”. Ao dizerem coisas assim para si mesmos, os
pacientes estão na verdade dando o primeiro e importante passo na internalização e no reforço da sugestão, tornando-a aspectos de seus próprios
mundos internos. E é esta internalização da sugestão que a torna um agente eficaz na mudança do comportamento. Muitos meses depois, o
paciente voltou a exibir unhas normais nas duas mãos. Sua explicação, ainda que incerta e hesitante, é adequadamente descritiva sobre os efeitos
do duplo-dilema. Ele explicou:

“A princípio eu achei a coisa toda muito engraçada, por mais que você parecesse sério em sua atitude. Então eu me senti puxado em duas
direções. Eu queria dez unhas longas. Você disse que eu podia ter uma só, e eu acabaria roendo-a inteira e ‘enchendo a minha boca de unha.’
Isso não me agradou, mas eu me senti impelido a fazer isso e continuar devorando as minhas outras unhas. Isso me frustrava dolorosamente.
Quando aquela unha começava a crescer, eu me sentia bem e feliz. A idéia de roê-la me causava um sofrimento sem igual, mas eu sabia que
tinha concordado em fazer isso.”

“Eu finalmente acabei deixando crescer uma segunda unha – o que me deixou oito unhas para roer, e eu não teria que roer a segunda que
cresceu. Não vou te aborrecer com detalhes. As coisas começaram a ficar cada vez mais confusas e frustrantes. Eu continuei a deixar crescer
mais unhas e mordiscar menos unhas, até que eu cheguei e disse ‘pro diabo com isso!.’ Aquela compulsão de deixar as unhas crescer e roê-las e
se sentir mais frustrado o tempo todo era simplesmente insuportável. Agora me diga, que motivações você pôs pra funcionar em mim e como
isso funcionou?”

Agora, mais de oito anos depois, ele avançou muito em sua profissão. Ele é um cara centrado, um amigo pessoal, e tem unhas normais. Ele se
convenceu que o autor utilizou hipnose nele em algum grau porque ele ainda se lembra de uma: “sensação peculiar, como se eu não pudesse me
mexer, quando você estava falando comigo”.

CASO 2

Os pais me trouxeram seu filho de 12 anos e disseram: “Esse menino faz xixi na cama todas as noites de sua vida desde que ele era um bebê.
Nós esfregamos a sua cara nos lençóis; nós o forçamos a lavar a roupa de cama; nós o chicoteamos; nós o fizemos ir pra cama sem comida ou
água; nós lhe demos todo tipo de punição e ele ainda molha a cama”. Eu então disse a eles: “Ele agora é meu paciente. Não quero que nenhum
de vocês interfira com nenhuma terapia que eu faça no filho de vocês. Deixem o menino em paz, e permitam organizar tudo com ele. Fiquem
calados e sejam corteses com o meu paciente”.

Bem, os pais estavam absolutamente desesperados, então concordaram de pronto. Eu disse a Joe o que eu tinha dito aos seus pais e ele se
mostrou muito feliz com isso. Então eu disse: “Sabe Joe, o seu pai tem 1,80m de altura; ele é um homem grande, poderoso e corpulento. Você é
apenas um menino com 12 anos de idade. Quanto o seu pai pesa? Cem quilos, e ele não é gordo. Quanto você pesa? Setenta e cinco quilos”.

Joe não conseguia ver aonde eu queria chegar. Eu disse: “Você não faz idéia da quantidade de energia e força necessárias pra construir esse belo
e grande chassi em um garoto de 12 anos? Pense nos músculos que você tem. Pense na altura que você tem, na força que você tem. Você tem
utilizado uma quantidade absurda de energia na construção desse corpo em 12 curtos anos. O que você acha que você vai ser quando tiver a
idade do seu pai? Um magrelo medindo 1,80m de altura pesando só cem quilos, ou você acha que vai ser mais alto e mais pesado que o seu
velho pai?”.

Você podia ver a mente de Joe se lançando em todas as direções, criando uma nova imagem corporal dele como um homem. Então, eu disse: “E
quanto ao seu hábito de urinar na cama, você o tem há bastante tempo e hoje é segunda-feira. Você acha que pode parar fazer isso e ter uma
cama permanentemente seca até a noite de amanhã? Eu acho que não, e você também acha que não, e ninguém com miolos iria achar que esse
tipo de coisa é possível. Você acha que vai ter uma cama seca permanentemente na quarta-feira? Eu não. Você também não. Ninguém acha”.

“Na verdade, eu não acho que você vai conseguir deixar de molhar a cama essa semana de forma alguma. Por que você conseguiria? Você tem
um hábito de uma vida toda, e eu simplemente não espero vê-lo acordar com a cama seca em nenhum dia dessa semana. Eu estou certo que ela
estará molhada todas as noites dessa semana, assim como você também sabe disso”.

“Nós estamos de acordo, mas eu também acredito que a sua cama estará molhada na próxima segunda-feira, mas você sabe que existe uma coisa
que realmente me intriga e eu estou verdadeiramente intrigado – você vai acordar, por acidente, com a cama seca depois da noite de quarta-feira
ou vai ser na quinta-feira, e você vai ter que esperar até a manhã de sexta-feira para descobrir?”.

Bem, Joe estava me ouvindo, e ele não estava olhando pras parede, pro tapete, pro teto, pra luminária em cima da minha mesa nem pra lugar
nenhum. Ele estava no “transe comum nosso de cada dia”, ouvindo todas estas idéias novas, coisas que ele nunca havia pensado antes. Joe não
sabia que eu o estava colocando num duplo-dilema porque a pergunta não foi “vou ter uma cama seca?”. A pergunta era, na verdade, “em que
noite?”. Ele estava num quadro mental de referência para descobrir em qual noite ele conseguiria acordar na manhã seguinte com a cama seca,
em qual noite ele não molharia a cama.

Eu continuei: “Você voltará aqui na próxima sexta-feira à tarde e irá me dizer se foi na quarta ou na quinta-feira, porque eu não sei, e você não
sabe. Sua mente inconsciente não sabe. O seu subconsciente não sabe, a sua mente consciente não sabe. Ninguém sabe. Nós vamos ter que
esperar até a tarde da próxima sexta”. Então “nós” dois esperamos até a próxima consulta, e Joe chegou radiante, me contando a notícia mais
feliz.

“Doutor, o senhor se enganou, não foi na quarta ou na quinta, foi tanto na quarta quanto na quinta!”. Eu disse: “Duas camas secas em dois dias
consecutivos não quer dizer que você vai conseguir manter a sua cama seca pra sempre. Na semana que vem já estaremos na segunda quinzena
de janeiro, e certamente nela você não vai conseguir manter uma cama permanentemente seca, e fevereiro é um mês muito curto.” (não ligue pra
obviedade deste argumento, porque fevereiro é um mês curto).

“Eu não sei se a sua cama será permanentemente seca a partir do dia 17 de março, o Dia de São Patrício (santo padroeiro da Irlanda, responsável
pela cristianização do país), ou se será no dia 1º de abril, o Dia da Mentira. Eu não sei. Você também não sabe, mas existe uma coisa que eu
quero que você saiba; que quando a época da cama seca começar isso não será de minha conta. E nunca será da minha conta.”
Porque deveria ser da minha conta quando a sua época da “cama seca” começar? Isso foi na verdade uma sugestão pós-hipnótica que iria com
ele para o resto de sua vida. Agora isso é o que você chamaria de um duplo-dilema. O pequeno Joe não entenderia o que um duplo-dilema
significa. Você usa o duplo-dilema e o triplo-dilema sempre como uma parte da estratégia da psicoterapia. Você apresenta novas idéias e novas
compreensões e você as relaciona de uma forma indiscutível com o futuro remoto.

É importante apresentar idéias terapêuticas e sugestões pós-hipnóticas de uma maneira que as vincule a alguma coisa que acontecerá no futuro.
Joe iria envelhecer e ficar maior. Ele iria pro segundo grau e pra faculdade. Eu nunca mencionei o segundo grau pra ele. Eu mencionei a
faculdade, o futuro remoto e a idéia de se tornar um jogador de futebol americano. Eu não queria que ele ficasse pensando em uma cama
molhada. Eu queria que ele pensasse no futuro remoto e nas coisas que ele poderia fazer ao invés de pensar: “O que eu vou fazer hoje à noite?
Xixi na cama”.

CASO 3

A séria questão do que constitui poder e dominância e força e realidade e segurança foi aparentemente levada muito em consideração por Lal, de
aproximadamente 8 anos de idade. Em todos os eventos, um pouco antes do jantar ele se aproximava do seu pai e indagava: “Os professores
sempre dizem as criancinhas o que fazer?”. Um “sim” interrogativo era a resposta do pai. Lal prosseguia: “E os papais e mamães sempre,
sempre, dizem as criancinhas o que fazer?”. Uma outra afirmação interrogativa era oferecida em resposta. Continuando, Lal disse: “E eles fazem
as criancinhas fazerem o que eles mandam?”. Novamente o pai consente. Se impondo firmemente, com seus pés bastante afastados um do outro,
Lal então declarou, com os dentes cerrados: “Bom, você não pode me obrigar a fazer nada, e pra te mostrar isso eu não vou jantar e você não vai
poder me obrigar”.

A resposta que foi dada parecia oferecer uma oportunidade razoável para determinar os fatos, mas que podia ser testada em uma maneira
plenamente adequada, como se ele declarasse que não podia ser forçado a beber um copo a mais de leite. Por este teste, se explicou que ele podia
saborear o seu jantar, ele não precisaria ficar com fome e ele podia definitivamente estabelecer o ponto em que ele poderia ser obrigado a beber
seu leite ou não.

Depois de pensar bem, Lal concordou, mas declarou novamente que ele estava disposto a abdicar da sua primeira afirmativa caso não houvesse
dúvidas na mente de seu pai a respeito da força de seu argumento. Ele estava levemente certo de que um copo de leite extra grande seria um teste
adequado. Um copo grande cheio de leite foi colocado no centro da mesa, onde ele estaria mais visível, e o jantar foi servido de forma
descontraída enquanto o pai definia a disputa de vontades proposta.

A exposição foi feita de forma cuidadosa, e foi pedido ao menino que aprovasse ou desaprovasse cada declaração feita de forma que não pudesse
haver mal-entendido algum. O acordo final era que a discussão seria decidida pelo copo de leite e que ele, Lal, afirmou que seu pai não podia
fazê-lo beber o leite, que ele não precisava fazer nada que seu pai mandasse em relação ao leite. Por sua vez, o pai disse que podia obrigar Lal a
fazer qualquer coisa que ele quisesse que o filho fizesse com o leite, e que havia algumas coisas que ele podia obrigar Lal a fazer repetidas
vezes.

Quando um entendimento mútuo foi alcançado e a disputa podia começar, o pai ordenou: “Lal, beba o seu leite”. A resposta foi tranqüila, porém
determinada: “Eu não preciso beber e você não pode me obrigar”.

A ordem e a negação se repetiram inúmeras vezes. Então o pai simplesmente disse: “Lal, derrame o seu leite”.

Ele se espantou com essa ordem, e quando foi lembrado que ele tinha que fazer o que quer que fosse que lhe fosse ordenado em relação ao seu
leite, ele sacudiu a cabeça e disse: “Eu não preciso fazer isso”. Novamente a ordem foi repetida inúmeras vezes, sempre recebendo a mesma
firme negativa.

Então o pai de Lal mandou que esse jogasse o copo de leite no chão para, assim, quebrar o copo e derramar o leite. Lal se recusou
veementemente.

Novamente lhe foi lembrado que ele tinha que fazer o que quer que o pai lhe ordene em relação ao leite, e o pai prosseguiu com uma firme
ordem: “Não pegue o seu copo de leite”. Depois de alguns instantes para pensar Lal desafiadoramente levantou o copo da mesa. Imediatamente
uma nova ordem foi dada: “Não ponha o seu copo na mesa”. Uma série dessas duas ordens foi dada, eliciando consistentemente a ação
desafiante apropriada.

Levantando-se e indo para o quadro-negro na parede o pai escreveu “Pegue o seu leite” de um lado e “Ponha o seu leite na mesa” no outro,
dividindo o quadro em duas áreas. Ele, então, explicou que ele iria fazer uma estimativa de cada vez que Lal obedecesse a uma ordem. Ele
lembrou a Lal que ele já tinha sido obrigado a fazer ambas as coisas repetidamente, mas que a estimativa seria, a partir de agora, feita através de
marcas de giz que o pai faria no quadro a cada vez que Lal obedecesse a uma dessas duas ordens.

Lal escutou com atenção redobrada.

O pai continuou: “Lal, não pegue o seu copo”, e fez uma marquinha de giz embaixo da ordem “Pegue seu leite” assim que Lal pegou o copo.
Então, “não ponha o seu leite na mesa” e uma marca foi feita embaixo de “ponha o seu leite na mesa” tão logo Lal colocou o copo na mesa.
Após algumas repetições deste padrão, enquanto Lal via o número de marcas em cada tarefa aumentar, seu pai escreveu no quadro-negro: “Beba
seu leite” e “Não beba seu leite”, explicando que uma nova pontuação seria feita para estes itens.

Lal escutou atentamente mas com uma expressão de quem começa a perder as esperanças.

Gentilmente lhe foi dito: “Não beba o seu leite agora”. Lentamente ele colocou o copo em seus lábios mas antes que pudesse beber, o pai lhe
ordenou: “Beba seu leite”. Com alívio, ele colocou o copo na mesa. Duas marcas de giz foram feitas, uma embaixo de “Não beba seu leite” e
outra embaixo de “Beba seu leite”.

Depois de algumas rodadas, Lal recebeu a ordem de não segurar o copo de leite acima de sua cabeça mas para derramá-lo no chão. Lenta e
cuidadosamente ele levantou o copo acima de sua cabeça. Ele foi prontamente ordenado a não deixar o copo ali. Então o pai foi para a outra sala,
voltando com um livro e outro copo de leite, e disse: “Acho que isso tudo é besteira. Não ponha o seu copo de leite na mesa”.

Com um suspiro de alívio Lal colocou o copo na mesa, olhou as marcas no quadro-negro, suspirou novamente e disse: “Vamos parar, papai”.

“Certamente, Lal. Esse é um jogo idiota e não é divertido, e da próxima vez que nós começarmos a discutir, vamos discutir por algo realmente
importante que nós possamos pensar e conversar sensivelmente a respeito”.

Lal concordou com a cabeça.

Pegando seu livro, o pai bebeu o segundo copo de leite se preparando pra sair da sala. Lal viu e, silenciosamente, pegou o seu copo de leite e
bebeu.

Realidade, segurança, definição de limites constituem considerações importantes no crescimento da compreensão na infância. Existe uma
necessidade desesperada de se mostrar e definir a si próprio e aos outros. Lal, com todo e bom respeito por si mesmo como pessoa e como uma
pessoa inteligente, desafiou um oponente a quem ele considerava digno e que, para o benefício de Lal, não demonstrou nenhum senso temeroso
de insegurança ao ser desafiado para a batalha.

A batalha foi em defesa de um princípio considerado por um dos competidores de grande mérito, e sua opinião foi rigorosamente respeitada mas
considerada como falha pelo outro competidor. Não foi uma mera briga por dominância entre duas meras pessoas. Foi a deteminação do valor de
um princípio. Linhas foram escritas, entendimentos atingidos, e as forças se engajaram na luta pela clarificação de uma questão finalmente
entendida pelos dois competidores como um erro e algo sem importância.

Mais de 20 anos se passaram, e Lal tem seus próprios filhos agora. Ele lembra dessa experiência com prazer e alegria e também com uma
imensa satisfação pessoal. Ele define isso como “a hora quando eu senti que realmente estava aprendendo muito. Eu não gostava do que eu
estava aprendendo, mas eu estava terrivelmente feliz pelo fato de estar aprendendo. Me fez sentir muito bem por dentro, do jeito que um
garotinho gosta de se sentir. Eu ainda quero contar isso como se fosse uma criança”.

CASO 4

Um dia, um de meus filhos olhou pro espinafre no seu prato de comida e disse: “Não vou comer essa coisa!”. Eu concordei plenamente com ele:
“É claro que não. Você não é velho o bastante, você não é grande o bastante, você não é forte o bastante”.

Esse é um duplo-dilema que torna a posição dele menos rígida e o espinafre mais desejável. Sua mãe ficou do lado dele, afirmando que ele era
grande o bastante e o assunto, então, se tornou uma briga entre a mãe dele e eu. O menino, claro, estava do lado dela. Enfim, eu me comprometi
a deixá-lo comer meia colher de espinafre. Eles acharam que a oferta era ruim, então eu tive que deixá-lo comer meio prato.

Ele comeu aquilo o mais rápido que pode e prontamente exigiu mais. Eu relutei, mas a mãe concordou com ele. Então eu amargamente admiti:
“Você é maior e mais forte que eu pensava.”. Isso deu a ele mesmo um novo status, uma auto-imagem mais imponente. Eu não pedi diretamente
que ele revisse os seus conceitos, mas isso ocorreu indiretamente ao:

a) Lhe dar uma oportunidade, um cenário (os dois lados da discussão entre sua mãe e eu) no qual ele poderia ver e cuidadosamente considerar
uma revisão de seu próprio comportamento, e;

b) As implicações desta mudança de comportamento que ele assimilou ao me ver amargamente admitindo que ele havia crescido.

A essência desta aproximação indireta é que ela organiza em torno de si as circunstâncias que permitem aos sujeitos fazerem suas próprias e
apropriadas escolhas.
A ABORDAGEM CLÍNICA DE ERICKSON ACERCA DO DUPLO-DILEMA

Uma revisão da interessante apresentação de Erickson à sua abordagem do duplo-dilema revela as seguintes características:

1. As questões nas quais o paciente está envolvido são normalmente de imediato e profundamente envolvente cunho pessoal. Há uma grande
força motivadora que Erickson estrutura na forma de um duplo-dilema que pode ser utilizado na mudança do comportamento. Isso se mostra
evidente em todos os casos, desde o incidente da vaca em sua infância até o problema de lidar com pacientes que resistem à terapia.

2. Erickson sempre aceita a realidade imediata do paciente e seus quadros de referência. Ele forma uma forte aliança de múltiplos lados e níveis
dentro da mente do paciente.

3. O paciente tem um problema porque as tendências a reações diferentes estão em conflito de tal forma que a mudança de comportamento
mostra-se impossível. Erickson facilita a expressão de todas as tendências a reações de tal forma que o conflito é “quebrado”. Isso foi
particularmente evidente no caso do roedor de unhas que, forçado a tocar piano, queria:

a) frustrar seus pais e, ainda assim;


b) parar com o seu hábito de roer unha;
c) se orgulhar de unhas longas e, ainda assim;
d) se deliciar roendo uma unha longa. Ele queria;

e) resistir à exigência do pai para que ele se submetesse à hipnose e, ainda assim;
f) ser hipnotizado mas por sua livre e espontânea vontade e à sua maneira.

4. Erickson invariavelmente adiciona elementos novos à situação que se relacionam com as motivações centrais do paciente de tal maneira que o
paciente se fascina. O paciente se abre, devido a curiosidade de conhecer melhor o novo ponto de vista que Erickson o apresenta; ele desenvolve
um momento criativo (Rossi, 1972), ou um momento de aceitação, para todas as sugestões seguintes. O paciente escuta com tanta atenção que
uma indução formal a um transe é normalmente desnecessária. O paciente escuta com tal tipo de atenção focada que Erickson define como o
“transe comum nosso de cada dia”.

5. O duplo-dilema real é criado por implicações que estruturam as escolhas mais críticas dentro da própria matriz associativa do paciente. Isso se
mostrou muito claro na maneira como o pai estruturou o desafio de seu filho, Lal, em uma questão apropriada onde um duplo-dilema reverso
poderia operar dentro da mente de seu filho. O pai então “exerceu” o duplo-dilema reverso para ter certeza que ele havia “colado” antes de dar a
sugestão-alvo. A importância de estruturar e utilizar as respostas internas do paciente para facilitar as sugestões foi enfatizada no caso do roedor
de unhas quando Erickson casualmente repetiu sugestões importantes de forma que o paciente fosse naturalmente afirmar que ele já tinha
pensado nelas.

6. Erickson normalmente oferece um número de duplos ou triplos-dilemas. O duplo-dilema não funciona como uma mágica. Ele apenas funciona
se ele for apropriado a uma necessidade ou quadro de referência dentro do paciente. O caso onde um duplo-dilema se encaixa tão bem a ponto de
efetivar uma mudança de comportamento precisa e previsível sozinho (como no caso de Lal) é provavelmente muito rara. Erickson nem sempre
sabe com antecedência qual duplo-limite ou sugestão será eficaz. Ele normalmente utiliza uma abordagem estilo “metralhadora” ao dar muitas
sugestões, mas de uma maneira tão inócua (através de implicações, casualidades, etc.) que o paciente não as reconhece. Enquanto assistia a
Erickson enquanto este oferecia uma série de duplos-dilemas e sugestões, Rossi frequentemente pensava em Erickson como um tipo de
“chaveiro mental”, gentilmente tentando essa chave, depois aquela chave... Ele olha para o paciente intensamente e com expectativa, sempre
buscando por mudanças sutis na expressão facial e na forma como o corpo se move, que forneçam uma indicação que a mente do paciente se
abriu; ele encontrou uma chave que funciona, para a sua alegria mútua com o paciente.

7. Erickson tenta amarrar o duplo-dilema e as sugestões pós-hipnóticas de mudança de comportamento para contingências futuras razoáveis. A
sugestão é feita ocasionada a uma inevitabilidade. Erickson, então, usa tanto o tempo como o próprio comportamento inevitável do paciente
como veículos para suas sugestões. Novamente notamos que a eficácia da abordagem de Erickson está na forma que ele prende as suas sugestões
a processos que ocorrem naturalmente dentro do paciente. A sugestão eficaz é aquela que é feita sob medida para adequar-se à matriz associativa
do paciente. Erickson está sempre ocupado observando e modelando a sugestão de forma a servir perfeitamente.

AS VARIAÇÕES DO DUPLO-DILEMA E A TEORIA DOS TIPOS LÓGICOS DE RUSSEL


A primeira exposição de Erickson ao duplo-dilema que o remete às suas humildes tarefas na fazenda revela uma característica comum a todos os
duplos-dilemas: há a livre escolha em um nível primário, ou objeto, que é reconhecido pelo sujeito, mas o comportamento é altamente
estruturado num nível secundário, ou metanível, de forma que passa frequentemente despercebido. Outros investigadores (Bateson, 1972; Haley,
1963; Watzlawick, Beavin, e Jackson, 1967; Watzlawick, Weakland, e Fisch, 1974) relacionaram as características fundamentais do duplo-
dilema à Teoria dos Tipos Lógicos na Matemática Lógica de Russel (Whitehead e Russel, 1910), que fora desenvolvida para resolver muitos
problemas clássicos e modernos de paradoxos na lógica e na matemática.

O duplo-dilema, deste ponto de vista, pode ser compreendido como um tipo de paradoxo que os sujeitos não podem solucionar facilmente, então
eles “se deixam levar por ele” e permitem que seus comportamentos sejam determinados. Neste sentido o duplo-dilema pode ser reconhecido
como um determinante fundamental do comportamento em equivalência a outros fatores básicos como reflexos, condicionamento e aprendizado.

A livre escolha no nível primário da decisão de alimentar ou as galinhas, ou os porcos primeiro estava, na verdade, contida dentro de um nível
mais amplo, o secundário ou metanível, das “tarefas que deveriam ser feitas”. O pequeno Erickson podia se perguntar o que ele queria fazer
primeiro no nível primário e ele poderia se sentir orgulhoso de ter-lhe sido permitido escolher naquele nível. O que o pequeno Erickson não
podia questionar era o metanível de “tarefas que deveriam ser feitas”.

Ninguém poderia questionar o metanível, provavelmente nem mesmo o seu pai, porque era uma estrutura mental existente dentro do metanível –
ou nível inconsciente, como uma premissa básica do seu estilo de vida. Os primeiros exemplos do duplo-dilema podem, assim, serem descritos
como a livre escolha de alternativas comparáveis num nível primário com a aceitação de uma das alternativas determinadas em um metanível.

LIVRE ESCOLHA DE ALTERNATIVAS COMPARÁVEIS

Para fins didáticos, podemos agora listar como um número de duplos-dilemas deste tipo pode ser utilizado para facilitar a hipnose e a terapia. O
metanível positivo determina que uma das escolhas livres dentre as alternativas comparáveis será aceita na situação terapêutica em si. Porque
nós vamos fazer terapia por nossa livre e espontânea vontade, para o nosso próprio bem, e aceitaremos ao menos algumas das escolhas
terapêuticas que nos são oferecidas. A “transferência” e a “empatia” (rapport) também são forças atrativas que normalmente operam no
inconsciente ou metanível.

Na hipnose podemos considerar que é a situação de transe em si que está determinando ao metanível que alguma escolha será aceita dentre as
alternativas comparáveis apresentadas no nível primário pelo hipnoterapeuta. Nos exemplos a seguir a livre escolha é oferecida ao nível primário
de “quando” e “como” se dará o transe, mas é determinado no metanível que o transe se manifestará.

“Você gostaria de entrar em transe agora ou depois?”

“Você gostaria de entrar em transe de pé ou sentado(a)?”

“Você gostaria de experimentar um transe leve, médio ou profundo?”


“Neste grupo, qual de vocês gostaria de ser o primeiro a ter a experiência do transe?”

“Você quer estar de olhos abertos ou fechados durante o transe?”

Podemos notar facilmente nos exemplos acima que existe uma quantidade infinita de duplos-limites que podem ser constituídos na forma de
uma pergunta simples, oferecendo a livre escolha dentre alternativas comparáveis, uma das quais será a escolhida. A habilidade do terapeuta está
em reconhecer quais grupos de alternativas se aplicarão melhor ao paciente, para que ele possa escolher mais adequadamente.

A pergunta de duplo-dilema é unicamente adequada à abordagem experimental de Erickson para o fenômeno do transe. Portanto:

“Diga-me, onde você começa a sentir mais dormência, na perna esquerda o na direita?”

“O que a sua mão direita fará primeiro, levantar, descer ou vai se deslocar pro lado? Ou vai ser a sua mão esquerda? Vamos esperar pra ver qual
delas será.”

“As suas pálpebras vão ficar pesadas e se fecharão ou elas vão continuar leves e abertas nessa posição?”

“Você deseja que a hipnose lhe tire toda a dor ou você quer que deixe um pouquinho da dor como um sinal importante da condição do seu
corpo?”

“O tempo pode variar de intensidade. Ele será condensado? Ou expandido?”

“Qual parte do seu corpo ficará mais pesada? Quente? Leve? Etc.?”
O DUPLO-DILEMA RELACIONADO AO CONSCIENTE E AO INSCONSCIENTE

Provavelmente os duplos-dilemas mais fascinantes para o psicólogo experiente são aqueles que de alguma forma lidam com a interconexão entre
o consciente e o inconsciente (Erickson, 1964a). Muitos destes são indutores de transes, como os seguintes:

“Se o seu inconsciente quer que você entre em transe, sua mão direita irá levantar. Senão, a sua mão esquerda se levantará.”

Independentemente de a resposta ser sim (mão direita) ou não (mão esquerda), o sujeito já foi, de fato, induzido ao transe, já que qualquer
resposta realmente autônoma (o levantar de uma das mãos) requer que um estado de transe exista. Esta é uma situação particularmente curiosa
porque neste caso o duplo-dilema no nível consciente primário parece efetuar uma mudança no inconsciente ou metanível. E é exatamente por
causa dessa possibilidade que os seres humanos são presas fáceis dos paradoxos.

Os paradoxos, é claro, originam problemas, mas eles também podem ser usados para facilitar os primeiros estágios do processo de terapia onde é
normalmente necessário que se quebre os velhos e inadequados “quadros de referência” dos pacientes (os seus metaníveis) para facilitar a
possibilidade de criar novos e mais adequados modelos mentais (Erickson, 1954; Rossi, 1972, 1973; Watzlawick, Weakland, e Fisch, 1974).

Duplos-dilemas também podem ser usados para facilitar uma interação criativa entre o consciente e o inconsciente. Quando um paciente está
bloqueado ou limitado no nível consciente, o terapeuta pode simplesmente notar que a limitação existe a nível consciente e prosseguir para
facilitar o inconsciente de alguma forma como a seguinte:

Agora não importa realmente o que a sua mente consciente faça porque é o seu inconsciente que irá encontrar novas possibilidades, as quais a
sua mente consciente não se deu conta ou pode ter esquecido. Você não sabe que novas possibilidades são essas, sabe? Mas o seu inconsciente
por trabalhar nelas sozinho. E como elas irão ser comunicadas a sua mente consciente? Elas virão num sonho ou num momento de reflexão?
Você as reconhecerá facilmente em um nível consciente ou você se surpreenderá? Você estará comendo, fazendo compras ou dirigindo quando
elas vierem? Você não sabe quando elas virão, mas você ficará feliz ao recebê-las.

Nessa série de duplos-dilemas a consciência é enfraquecida por não saber e o inconsciente é facilitado por um número de truísmos a respeito da
autonomia do inconsciente e as muitas formas possíveis que ele tem de se comunicar com a mente consciente. A pessoa está num duplo-dilema
com um provável metanível de expectativa esperançosa por um trabalho construtivo. Mas, devido ao fato que a sua mente consciente não
consegue lidar diretamente com o inconsciente, as limitações do nível consciente são impedidas de se manifestar até que o inconsciente possa
enviar uma solução através da resolução de algum problema original.

Weitzenhoffer (1960) apresentou convincentemente a visão que o termo “inconsciente”, em contextos semelhantes ao que nós o usamos aqui,
não significa o mesmo que o termo “inconsciente” para Freud. Nosso uso do termo “inconsciente” é similar ao usado com a assinalação de dedos
e o Pêndulo de Chevreul (Cheek & LeCron, 196, onde Prince (1929) define subconsciente ou co-consciente como cada processo “no qual a
personalidade ignora”, mas “que é um fator na determinação de fenômenos conscientes e corpóreos” é mais apropriada.

Para conceituar adequadamente o duplo-dilema e os fenômenos hipnóticos em geral, é bem possível que no futuro o termo “metanível” possa
substituir termos como “inconsciente, subconsciente ou co-consciente”, já que os metaníveis podem ser mais precisamente definidos e, assim,
nos permitir aplicar as ferramentas de lógica simbólica, matemática e teoria sistêmica para os problemas humanos.

O DUPLO-LIMITE TEMPORAL

Erickson irá usar o tempo frequentemente como um duplo-dilema para facilitar um processo psicoterapêutico. Seguem alguns exemplos típicos:

“Você quer se livrar desse hábito ainda essa semana ou na próxima? Parece ser muito súbito. Talvez você deseje uma margem de tempo maior,
como três ou quatro semanas”.

“Antes da entrevista de hoje chegar ao fim, o seu inconsciente irá encontrar uma forma segura e construtiva de comunicar alguma coisa
importante a sua mente consciente. E você não sabe mesmo como ou quando isso vai acontecer. Agora ou mais tarde”.

Ao explicar o uso de tais duplos-dilemas terapêuticos, Erickson os vê como abordagens que permitem ao paciente cooperar com o terapeuta. O
paciente experimenta grande incerteza, medo e agonia dentro de si ao não saber como se livrar de um sintoma ou revelar algum fato traumático.
O duplo-dilema terapêutico dá ao inconsciente do paciente o poder de decisão e concede à mente consciente a oportunidade de cooperar.

O DUPLO-DILEMA REVERSO

Erickson nos fornece alguns exemplos do duplo-dilema reverso ao:


a) Reverter a direção da vaca ao puxar o seu rabo;
b) Fazer com que os pacientes revelem informações ao pedir-lhes que não o façam;
c) Utilizar o duplo-dilema reverso de Lal para fazê-lo beber leite.
Vamos analisar o exemplo de Lal para ilustrar como a Teoria dos Tipos Lógicos poderia explicar o duplo-dilema reverso:

1. O pai imediatamente reconhece a o desafio posto por Lal pelo seu comportamento e pelo desafio verbal de não jantar;

2. Reconhecendo que é uma questão de princípios, o primeiro passo do pai é mudar o campo de batalha, do jantar inteiro para um mero copo de
leite.

3. O pai então define as regras do jogo de forma que o desafio se cristalize verbalmente em um set reverso: Lal “não tinha que fazer nada que o
seu pai lhe obrigasse em relação ao leite”. O pai percebe o set reverso, mas o filho não. O filho acredita que a disputa tenha a ver apenas com o
leite; ele está, em sua crença no nível primário ou objeto. O filho não percebe o set reverso que está operando dentro dele em um metanível.

4. O pai, então, dá ao filho uma chance de exercer o set reverso de forma que a sua operação esteja firmemente estabelecida dentro dele. O pai
agora está dando comandos ao filho a nível primário enquanto está também prendendo seu filho firmemente ao set reverso no metanível.

5. O pai prepara uma tabela de pontos para demonstrar claramente ao filho “que existem algumas coisas que ele faria com que Lal fizesse um
número variado de vezes”. Lal começa a se sentir desesperançoso com esta demonstração repetitiva – ele sabe que ele está perdendo de alguma
forma, mas ele não sabe porque ou como, já que o set reverso está operando em um metanível que é o inconsciente.

6. O pai finalmente dá o comando crítico: “Não beba o seu leite”, que conclui o duplo-dilema. Lal levanta o copo pra beber, mas o pai se
intromete para salvar a auto-estima de Lal nos segundos finais ao mandar o filho “beber”, então Lal não precisaria beber.

7. Lal finalmente bebe o leite, mas apenas quando o nome do jogo é modificado de forma que “nós bebamos leite juntos”. O desafio de Lal se
transforma; o conflito entre pai e filho é finalmente solucionado em um comportamento conjunto de beberem leite juntos.

O DUPLO-DILEMA NON SEQUITUR

A ilógica continua a ter um momento especialíssimo com as inserções casuais de Erickson de todas as formas de non sequiturs (falácias lógicas)
e reductio ad absurdi (reduções ao absurdo)na forma de duplos-dilemas. Como foi ilustrado nos exemplos de Erickson ao fazer as crianças irem
pra cama, ele irá normalmente dar uma série de duplos-dilemas quando apenas um não for o suficiente. Frequentemente, quando mais ele lança
os duplos-dilemas, mais absurdos eles se tornam, no entanto a consciência não reconhece o absurdo deles e é, por fim, estruturada por eles.

No duplo-dilema non sequitur existe uma similaridade no conteúdo das alternativas oferecidas ainda que não exista conexão lógica. Então
Erickson diz: “Você quer tomar um banho antes de ir pra cama, ou você prefere vestir o seu pijama no banheiro?”. Qualquer um poderia ter
vertigens ao tentar entender o sentido ou a “lógica” de tal proposição. Se não se pode entender, ou refutar, a tendência é simplesmente concordar
e “deixar rolar”.

O DUPLO-DILEMA ESQUIZOGÊNICO

A relação entre o uso do duplo-dilema por Erickson e os estudos do mesmo por Bateson et al. (1956) na origem da esquizofrenia oferece um
estudo interessante de similaridades e contrastes (vide Tabela 1).

Pode ser notado, em resumo, que o duplo-dilema esquizogênico leva injunções negativas que são reforçadas no metanível ou nível abstrato, que
está fora do controle da vítima ao nível primário. O duplo-dilema terapêutico de Erickson, ao contrário, sempre enfatiza concordâncias positivas
no metanível e oferece alternativas que podem ser recusadas ao nível primário. Erickson relatou que “Enquanto eu coloco os pacientes em um
duplo-dilema, eles também sentem que, inconscientemente, eu nunca, jamais irei prendê-los a ele. Eles sabem que eu irei desistir a qualquer
momento. Então eu os colocarei em outro duplo-dilema em alguma outra situação para ver se eles podem usá-lo de forma construtiva porque
este atende adequadamente as suas necessidades.”.

Para Erickson, então, o duplo-dilema é um dispositivo útil que oferece ao paciente as possibilidades para uma mudança construtiva. Se um
duplo-dilema não servir, ele vai tentar outro e outro, até encontrar algum que sirva.

TABELA 1

Duplo-Dilema Esquizogênico (Bateson)


1. Duas ou mais pessoas
A criança “vítima” é normalmente atormentada pela mãe ou por uma combinação de pais e irmãos.
2. Experiência repetida
O duplo-dilema é mais uma ocorrência repetida do que um único evento traumático.
3. Uma ordem negativa primária
“Faça isso ou aquilo e eu vou te punir.”
4. Uma ordem secundária
Conflitando com a primeira ordem em um nível mais abstrato (meta), e como a primeira, reforçada por punições ou sinais que ameacem a
sobrevivência.
5. Uma ordem negativa terciária
Proibindo a vítima de escapar do campo.
6. Finalmente, o set completo de ingredientes não é mais necessário quando a vítima aprendeu a perceber o seu universo em padrões de duplo-
limite.

Duplo-Dilema Terapêutico (Erickson)


1. Duas ou mais pessoas
Normalmente paciente e terapeuta estão envolvidos numa relação positiva.
2.Uma ou várias experiências
Se um não for o bastante, vários duplos-dilemas serão oferecidos até um deles funcionar.
3. Uma ordem positiva primária
“Concordo com você, continue fazendo isso e aquilo.”
4. Uma sugestão positiva secundária ao metanível que facilita uma interação criativa entre o primário (consciente) e o metanível
(inconsciente).
Respostas em ambos os níveis são permitidas para solucionar conflitos interrompidos.
5. Uma concordância positiva terciária
(empatia, transferência) Isso prende o paciente a sua tarefa terapêutica, mas o deixa livre para sair se essa for a sua decisão.
6. O paciente deixa a terapia quando a mudança em seu comportamento o livra da transferência e dos duplos-limites evocados.

ÉTICA E LIMITAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DO DUPLO-DILEMA

Como Erickson indicou em sua primeira exploração do duplo-dilema, há limitações significativas em seu uso. Quando o duplo-dilema é usado
em ambiente terapêutico, há uma sensação positiva associada ao metanível terapêutico que determina que alguma escolha seja feita. Por causa
deste contexto basicamente positivo (ou metanível), os pacientes irão aceitar uma alternativa mesmo que eles não liguem pra nenhuma delas.
Eles aceitarão tomar um remédio amargo, se for fazer bem a eles.

Quando uma escolha livre dentre alternativas comparáveis é oferecida sem um metanível positivo estruturando a situação, os sujeitos estão livres
para recusar todas as escolhas. Se nós nos aproximarmos de um estranho e perguntar: “Você vai me dar 10 centavos ou um real?”, nós
obviamente receberemos um “não vou dar nada” como resposta porque não há um metanível fazendo com que o estranho aceite uma das
alternativas oferecidas. No entanto, se o estranho por acaso foi caridoso, esta característica da caridade pode funcionar como um metanível
positivo que irá determinar que ele nos dará pelo menos 10 centavos.

Porém, quando o relacionamento ou o metanível estiverem competitivos ou negativos, poderemos sempre esperar uma rejeição a todas as
alternativas oferecidas por duplo-dilema a nível primário. A situação competitiva de um debate gera resultados negativos, como Erickson
descobriu, a menos que as alternativas favorecem o outro lado.

Na situação fortemente negativa de guerra ou danos: “Você quer um soco no nariz ou um chute na boca?”, podemos esperar rejeição universal
das alternativas. A utilidade terapêutica do duplo-dilema, então, é limitada a situações que são estruturadas por um metanível positivo. A
presença estruturadora de um metanível positivo junto a livre escolha no nível primário também define o uso ético do duplo-dilema.

PESQUISAS ACERCA DO DUPLO-DILEMA

Já que o uso satisfatório do duplo-dilema a nível clínico depende tanto da empatia (rapport) e do reconhecimento da individualidade única do
paciente, podemos antecipar dificuldades em assegurar resultados positivos em trabalhos experimentais onde abordagens padrão podem ser
usadas com grandes grupos de sujeitos com pouco ou nenhum conhecimento de suas diferenças individuais. As estatísticas na quantidade de
sucessos de um único duplo-dilema na situação padronizada de um laboratório iriam, assim, ter pouca aplicabilidade em um ambiente clínico.

Uma situação padronizada de teste que emprega um conjunto de duplos-dilemas, todos direcionados a facilitar um ou alguns comportamentos
intimamente relacionados teria maiores chances de produzir um efeito experimental significativo do que um único duplo-dilema. Uma segunda
grande dificuldade em tal pesquisa se encontra na dificuldade de definir e reconhecer o que é um duplo-dilema para um indivíduo particular.
Bateson (1974) comentou que “uma pesquisa grande e boba (tem sido feita) por pessoas que acham que podem contar o número de duplos-
dilemas em uma conversa. Isso não pode ser feito pela mesma razão pela qual você não pode contar o número de piadas”.

Para ser capaz de contar o número de duplos-dilemas ou possíveis piadas em uma conversa, alguém deveria teoricamente ter acesso à estrutura
associativa inteira de uma pessoa. Mesmo com computadores isso não é prático. No entanto, pode ser possível escrever programas de
computador para duplos-dilemas que poderiam operar na estrutura associativa finita construída dentro do programa. Em outro nível,
antecipamos que essa pesquisa tão fascinante poderia ser feita investigando parâmetros que influenciam o tipo de set de duplos-dilemas reversos,
como ilustrado no caso de Lal.

Acrescentando-se ao relato de Bateson (1972) do duplo-dilema para deuterolearning (aprender a aprender), trabalhos experimentais com
animais e humanos acerca de mudanças reversas e não-reversas (Kendler & Kendler, 1962) sugere outros paradigmas de pesquisa relacionando o
duplo-dilema a problemas fundamentais de aprendizado. A natureza fundamental do duplo-dilema em estruturar todas as formas de
comportamento humano indica que tal pesquisa deveria ter alta prioridade.

REFERÊNCIAS

Bateson. G. (1972). Steps to An Ecology of Mind. New York: Ballantine.

Bateson. G. (1972). Steps to An Ecology of Mind. New York: Ballantine.

Bateson. G. (1974). Personal communication. Letter.

Bateson. G., Jackson. D., Haley. J., and Weakland. J. (1956). Toward a
theory of schizophrenia. Behavioral Science, 1, 251-264.

Cheek. D., and LeCron, L. (1968). Clinical Hypnotherapy. New York: Grune & Stratton.

Erickson, M. (1964a). A hypnotic technique for resistant patients: The patient, the technique, and its rationale and field experiments. American
Journal of Clinical Hypnosis, 1, 8-32.

Haley, J. (1963). Strategies of psychotherapy. New York: Grune & Stratton.

Kendler, H., and Kendler, T. (1962). Vertical and horizontal processes in problem solving. Psychological Review, 69, 1-16.

Prince, M. (1929). The Unconscious. New York: Macmillan.

Rossi, E. (1972). Dreams and the Growth of Personality: Expanding Awareness in Psychotherapy. New York: Pergamon.

Rossi, E. (1973). Psychological shocks and creative moments in psychotherapy. American Journal of Clinical Hypnosis, 16, 9-22.

Watzlawick, P., Beavin, J., and Jackson, D. (1967). Pragmatics of Human Communication: A Study of Interactional Patterns, Pathologies and
Paradoxes. New York: Norton.

Watzlawick, P., Weakland, J., and Fisch, R. (1974). Change: Principles of Problem Formation and Problem Resolution. New York: Norton.

Weitzenhoffer, A. (1960). Unconscious or co-conscious? Reflections upon certain recent trends in medical hypnosis. American Journal of
Clinical Hypnosis, 2, 177-196.

Whitehead, A., and Russell, B. (1910). Principia Mathematica. Cambridge: Cambridge University Press.

Citação:
Postado Originalmente por Max
Neste texto, percebe-se que Erickson era gênio também na arte de escrever e de explicar, pois falou de uma técnica
extremamente poderosa porém com uma linguagem tão simples e instrutiva que é preciso fazer força, até, para não
conseguir entender. Simplesmente fantástico!!!
Citação:
Postado Originalmente por Max

A partir da leitura deste texto, decidi continuar buscando aprofundamento no que ensina PNL, porém irei direto à fonte
deste que é considerado como o maior hipnoterapeuta da história, e não mais, com tanta ênfase, a Bandler, Grinder e
outros dessa linha.
Claro que sim, Kopher!

O primeiro exemplo que me veio à mente é o Kiss-test do Mystery. Parece que pode-se modificá-lo da forma a seguir:

PUA: "Vc quer me beijar agra ou mais tarde?"

Feedback 1:
HB: "Nem agora e nem depois."
PUA: "Eu não disse que vc podia. Só queria ver se era isso o que vc tinha em mente."

Feedback 2:
HB: "Hummm... agora não." ou
"Não aqui."
PUA: "Ok." (E tenta focar em conforto e ou isolá-la pra tentar de novo, mais tarde)

Feedback 3:
HB: "Agora."
PUA: Beije-a.

Feedback 4:
HB: "Não sei..."
PUA: "Hummm... vamos ver." (e beije-a)

Acho que a diferença é que por vc ter dado mais opções a ela - o que na verdade nem são, propriamente, opções -, pode
haver mais chances de persuadí-la a fazer o que queremos.

Quero saber o que vocês acham do que sugeri. Postem também outras sugestões.

Gostei velho, a hora do beijo é realmente decisiva. Dá pra brincar e criar sexual tension tb. Também pode-se usar o
Duplo Dilema para direcionar o game para que ele siga na direção que voce quiser. Quem quiser dar uma lida nos field
reports do Overrunner, vai ver ele usando Duplo Dilemas quando ele pergnta para a hb: "Voce quer sair
comigo hoje ou nesse final de semana?" e "Voce quer ir para o meu quarto ou para um lugar
mais reservado?" ( Esse é chamado por Sofia Bauer e Ernest Rossi de "Duplo Vinculo Non
Sequitur, hehehehe).

Os Duplos Dilemas que eu mais curto são os "Duplos Vinculos Consciente/inconsciente". Quem leu o (Forbidden)
Gemini Pattern pode perceber que é usado aí, quando se fala das 2 mulheres. Sedutores Naturais adoram usar esse
tipo de Duplo Dilema: "Sua boca diz não, mas seu corpo diz sim!". Se assemelha muito com as
Pressuposições do Modelo Milton da Programação Neurolinguistica. Quem ler o "Vivenciando Erickson", vai ver
o Erickson usando isso o tempo todo, como: "Éinteressante como o nosso inconsciente é sábio. Ele sabe quando estamos
com calor e faz ficarmos suados. Voce não precisa raciocinar que está com fome. O teu inconsciente te comunica isso. É
o teu inconsciente que controla as batidas do teu coração. É ele que tão sabiamente faz crescer o teu cabelo”... com essse
discurso, a pessoa passa a confiar em algo dentro dela, o qual ela não possui controle, e fica a mercê das manipulações
psicoterapeuticas dele.

Esses Duplo Dilemas tiram a autonomia da pessoa, e a dá a alguma outra coisa, de modo que fica mais facil burlar a
vontade dela e controlá-la.

Eu usei isso em uma garota. Eu disse: "Nunca se sabe quando vamos nos apaixonar por alguêm. Nosso coração é como
um cavalo indomável. Um dia maltratamos quem nos quer, no outro dia somos maltratados por essa mesma pessoa. Nao
se escolhe por quem vai se apaixonar. Só o seu coração possui esse poder de decisão."... e contei uma estória sobre isso.
Ela então não podia recusar o meu Direct Game, pois ela nao tinha certeza que nao iria me querer amanhã.

Quando ao Richard Bandler e John Grinder, é por essa razão que parei de estudar muito a PNL. A PNL parece mais ser
uma industria de Marketing que utiliza as tecnicas de Erickson para criar capital. ao Richard Bandler e John Grinder
ficaram ricos explorando um pobre velhinho numa cadeiras de rodas que não cobrou nada para ensinar a eles tudo do
que a Neurolijnguistica é hoje. Ainda assim a Neurolinguistica nem chega aos pés da Abordagem Ericksoniana. Tem
tanta coisa sobre a abordagem de Erickson que ainda não sabemos... Por isso, prefiro Erickson do que preferir a PNL e a
Bandler. Erickson era humilme demais: dava seminários na sua propria casa e não cobrava nada! (ao contrario desses
dois aí e do Tio Ross).... Quem lê “Minha Voz irá Contigo” e “Vivenciando Erickson” fica maravilhado.

Dizem que o Mystery é o "Milton Erickson da Sedução". Eu não concordo. Existe ainda tanta coisa ainda nao descoberta
na sedução. Milton Erickson esgotou as possibilidades na Hipnose, sendo o maior hipnotizador da História, e criou
abordagens jamais imaginadas, como a abordagem indireta. A sedução, ao contrario da hipnose, ainda está em sua
infancia. Tem muito por aí....

Abraço
____________

Os Padrões da Rosa

PADRÃO 1
Um excelente padrão por Brother Soul, Mindlist:

A teoria básica deste padrão é usá-lo como um método para induzir a mulher a entrar em um transe profundo (ela na
verdade irá até ajudá-lo - isso não é ótimo?!?!), e colocar a sua imagem no lugar da mente dela onde está a imagem de
quem ela ama, e então prender sua imagem ali como uma verdade absoluta. Agora, esse tipo de padrão vai criar uma
obsessão real e irá focalizar os sentimentos dela em você.

O problema é que esse padrão não deve ser usado na maioria dos contextos, a menos que você deseje manter a HB por
muito tempo (uma one-itis, talvez). Portanto, o uso deste padrão é muito, muito perigoso. Por favor tome cuidado porque
você pode fazer dela uma garota obsessiva. Isso basicamente cria uma forte compulsão através de mudanças de
submodalidades e ancorando essa alteração. Sugiro que use tal padrão em sua namorada ou esposa.

O ambiente para este padrão está em iniciar uma conversa com a HB. Vou assumir que, para os propósitos deste padrão,
você seja capaz de iniciar e manter um fluff talk com ela. Durante o fluff talk, desenvolva o rapport, e pergunte a ela
como algumas vezes você tem um dia ruim e se sente pra baixo. Então, conte a ela que você aprendeu um exercício de
visualização fantástico num livro de relaxamento.

Veja, as mulheres adoram conversar sobre (e praticar) qualquer coisa relacionada a auto-ajuda e em melhorarem como
pessoas. Pergunte a ela se você pode mostrá-la um exercício que vai lhe permitir se sentir incrivelmente bem a qualquer
hora. (a maioria das mulheres irão concordar com isso - se ela não quiser, bom... você está sem sorte... e, cá pra nós,
você iria querer uma HB assim?)

[INÍCIO DO PADRÃO]
Sabe, eu aprendi um exercício de visualização incrível que ajuda a você se sentir melhor nos momentos em que você
está se sentindo pra baixo. De verdade. Ele me ajudou a me manter numa boa durante o dia e me fez me sentir muito
bem. Você quer que eu te mostre ele, e assim você também poderá fazê-lo e se sentir maravilhosa? Só vai levar um
minuto ou dois, e com certeza você vai se maravilhar com as coisas que ele pode fazer por você.

ELA: Sim, claro, eu adoraria. bla bla bla...

Tá. Eu adoraria compartilhar isso com você e contribuir para a sua felicidade [note o ambiente para reciprocidade
criado]. Eu te convido a visualizar uma tela mental, parecida com uma tela de cinema, na sua frente. Enquanto você vê
essa tela mental, permita-se ver nela a sua flor favorita. E, enquanto você vê essa flor, permita que toda a riqueza de
detalhes da flor esteja na tela mental. Veja a flor com todas as suas cores, cada detalhe da flor muito bem definido.
Agora, se eu fosse te perguntar que tipo de flor você está vendo, o que você me responderia? (uma boa forma de
descobrir qual é a flor favorita dela)

ELA: Uma rosa (mas poderia ser uma tulipa, orquídea, etc. Escute a resposta e a integre no padrão)

A sensação de ver a rosa com detalhes tão belos não é MARAVILHOSA? Enquanto você vê aquela flor, veja a bela cor
da rosa. Deixe que a sua rica textura crie vida. Enquanto você vê a sua cor, ouve o som das petalas se mexendo ao sabor
de um vento suave. E, aproxime-se e deixe o perfume dela se tornar mais forte, mais rico e, tão delicioso. Você pode
reparar que isso te faz se SENTIR TÃO RELAXADA E CONFORTÁVEL.

Agora, enquanto você olha para esta linda rosa... se você fosse visualizar a imagen de um membro de sua família que
você ame mais do que tudo no mundo, como por exemplo um filho, mãe, pai, ou alguém especial para você, onde essa
imagem estaria na tela mental? Deixe-se perceber o lugar onde a imagem estava (percepção pressuposta aqui). Algo que
tornaria aquela rosa realmente maravilhosa seria colocá-la no mesmo lugar onde você viu a imagem da pessoa que você
ama.

E agora que você vê a imagem da rosa naquele lugar especial, deixe que cada pétala da rosa represente uma parte de um
objetivo, sonho, ou desejo que você tenha em sua vida. Deixe que a SUA MENTE INCONSCIENTE coloque estes
objetivos, sonhos e desejos dentro da flor. Enquanto você faz isso, me veja naquela imagem sorrindo enquanto você me
entrega a rosa para segurar pra você. Permitindo a você SE SENTIR MARAVILHOSA ao saber que você pode me pedir
a rosa a qualquer momento e eu a darei pra você, fazendo você se SENTIR TÃO MARAVILHOSAMENTE BEM.

Agora enquanto você sente essas sensações, veja que a imagem se torna mais limpa, mais detalhada. A imagem é rica,
sua textura é rica, atingindo detalhes em 3D. Deixe a fragrância se ampliar, sinta o doce aroma da flor. Permita que a
imagem cresça ainda mais, e cresce mais um pouco a cada vez que você respira. E enquanto você a vê crescer, a imagem
vai se aproximando de você... se tornando mais clara. Se aproximando de você. Veja a cor se tornando mais viva, mais
detalhada. E, se torna mais nítida, e cada vez mais se parece com um filme... com movimento.

Agora, permita a SUA MENTE pôr essa flor dentro de você. Algumas vezes, a mente consciente se coloca no caminho e
atrapalha o seu crescimento. Deixe a sua mente INCONSCIENTE encontrar esse lugar especial dentro de você. Aquele
lugar especial onde você guarda tudo aquilo que é absolutamente verdadeiro. Você sabe onde aquele lugar especial fica,
e enquanto você sente a presença e a localização daquele lugar especial, permita que a minha imagem segurando aquela
flor ENTRE PROFUNDAMENTE naquele lugar especial e se tranque lá. Enquanto a minha imagem segurando a flor se
fixa lá, escute o barulho característico de um portão se fechando com força. Você sabe que a imagem agora está trancada
dentro do seu lugar da verdade absoluta.

Agora, isso poderá te surpreender mas a sua mente inconsciente irá permitir que a minha imagem segurando a flor
apareça para você durante o seu dia-a-dia para te lembrar dessas sensações maravilhosas e te permitir se SENTIR TÃO
MARAVILHOSAMENTE BEM. E, enquanto você dorme, a sua mente consciente fará da imagem um sonho... te
ajudando a se SENTIR TÃO BEM.

[FIM DO PADRÃO]

COMENTÁRIOS:
Agora, este padrão não se baseia em comandos embutidos para criar um estado de excitação na garota. Mas, deixe-me
assegurá-lo, ao final deste padrão a garota estará muito excitada... molhadinha por você. A melhor coisa sobres esse
padrão é que ele não apenas cria excitação física, como também cria os "frissons cálidos" (warm fuzzies) que são os
responsáveis por gerar o rapport e a conexão com você. É como se fosse um "compre 2 e pague 1".

A chave do padrão é que ele liga você a todos os desejos, sonhos e esperanças dela (você segurando a flor) e coloca
aquela sua imagem (movendo as imagens) no lugar onde ela tem imagens daqueles que ela ama. O "ponto G" da questão
é que o padrão leva aquela imagem para dentro do lugar dela da verdade absoluta, para fixar para sempre o amor dela
por você. O processo inteiro de pedir a ela que te permita mostrar isso pra ela é que realmente a coloca (com ela
ajudando) dentro de um transe, um transe altamente relaxante.

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PADRÃO 2
Por Jobet Claudio, Mindlist:

Você pode fazê-la se sentir bem, confortável e confiante fazendo-a imaginar o símbolo do amor eterno e felicidade - a
rosa - em detalhes extravagantes. Note as mensagens da beleza eterna da natureza e de aproveitar e gozar o momento. A
sedução foi conduzida via Internet (por isso todos os "me imagine te abraçando", etc.), mas como sempre - adapte-a às
suas necessidades.

[INÍCIO DO PADRÃO]

EU: Veja... quando você pensa sobre isso... tudo é momentâneo. Por quanto tempo você teve um cara não importa... as
memórias maravilhosas que vocês podem compartihlar juntos, aqui mesmo, agora mesmo... isso é o que conta. Deixa eu
te dar um exemplo. Imagine... uma rosa. Uma linda rosa... agora... segure-a pelo caule... gentilmente... cuidado com os
espinhos... agora... olha para as pétalas... note a cor suave das pétalas... e como elas são macias de se tocar... como elas
são suaves como o veludo... é uma coisa linda, uma obra de arte maravilhosa... agora... olhe para ela pensando na beleza
da natureza.
Perceba agora... que esta rosa... pode não mais parecer assim... daqui a duas horas, talvez... ela irá perder o seu frescor e
irá finalmente murchar. Mas o que é importante... agora... é que você está olhando pra ela... em todo o esplendor de sua
beleza. Agora mesmo, você a tem... para você admirar. Para seus olhos olharem... para ela aquecer o seu coração e te
fazer sentir tão bem. É parecido com o amor. Nem sempre pode estar por aqui... pode estar contigo por pouco tempo... o
que é importante... é viver intensamente esse momento... para tê-la para sempre na sua memória como algo maravilhoso
para se lembrar.

ELA: [uma resposta simulada no tema geral sobre ser desconfiada] Mas eu não posso confiar mais em ninguém. Eu vou
me machucar de novo.

EU: [uma imagem construtora de confiança em resposta ao que foi dito por ela] Tudo bem. Isso vai fazer você SE
SENTIR MELHOR. Respire profundamente... e aquela rosa que você está segurando... agora... eu estou devolvendo esta
rosa... para você... pegue-a gentilmente da minha mão... Agora... não é incrível a sensação... de perceber que você pode
confiar a alguém os seus anseios mais profundos... seus sonhos mais queridos... seus maiores desejos?
Eu vou estar aqui se você precisar de mim. Tudo bem... só mais uma coisa... o que eu quero que você faça... é olhar para
o lugar de onde essa sensação boa está vindo... e perceber como ela pode se tornar duas vezes mais forte... duas vezes
melhor quando você permite que ela cresça (vá até dez vezes depois que você tiver acabado).

ELA: [uma resposta simulada no tema geral de se sentir tão bem que começou a chorar] Chega, chega! Já tá bom, por
favor! [silêncio] Você me fez chorar aqui no meu PC, sabe, eu me senti tão bem.

EU: Tudo bem, tudo bem... vem... eu estou te abraçando agora... sinta o calor dos meus braços.

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PADRÃO 3
Para fazer a rosa imaginária que você dá a ela passar sentimentos ainda mais especiais, você pode usar a técnica seguinte
sugerida por Ned Ragdnuos em ASF:

"Crie uma rosa em sua mente, sinta sua fragrância, veja as brilhantes gotículas de orvalho nas folhas, sinta como os
espinhos são tão afiados que penetram a sua pele, mas de alguma forma a sensação é de prazer, como a sensação de SE
RENDER, AGORA PARA MIM eu acho que quando eu dou uma rosa com a minha imaginação, é muito mais real que
as rosas que outros caras dão, porque aquelas murcham e morrem (aponte para longe), enquanto (continue descrevendo
como a rosa que você deu para ela estará sempre no coração dela, crescendo pouco a pouco a cada dia, até que um dia
vocês talvez se reencontrem)."

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