Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
I. AHIMSÁ
A primeira norma ética milenar do Yôga é o ahimsá, a não-agressão. Deve ser
entendido lato sensu.
O ser humano não deve agredir gratuitamente outro ser humano, nem os animais, nem a
natureza em geral.
Não deve agredir fisicamente, nem por palavras, atitudes ou
pensamentos.
Permitir que se perpetre uma agressão, podendo impedi-la e não o
fazer, é acumpliciar-se no mesmo ato.
Derramar o sangue dos animais ou infligir-lhes sofrimento para
alimentar-se de suas carnes mortas constitui barbárie indigna de uma
pessoa sensível.
Ouvir uma acusação ou difamação e não advogar em defesa do
acusado indefeso por ausência, constitui confissão de conivência.
Mais grave é a agressão por palavras, atitudes ou pensamentos
cometida contra um outro praticante de Yôga.
Inescusável é dirigir tal conduta contra um professor de Yôga.
Sumamente condenável seria, se um procedimento hostil fosse
perpetrado por um professor contra um de seus pares.
Preceito moderador:
A observância de ahimsá não deve induzir à passividade. O yôgin não pode ser passivo.
Deve defender energicamente os seus direitos e aquilo em que acredita.
II. SATYA
A segunda norma ética do Yôga é satya, a verdade.
III. ASTÊYA
A terceira norma ética do Yôga é astêya, não roubar.
IV. BRAHMÁCHÁRYA
A quarta norma ética do Yôga é brahmáchárya, a não-dissipação da
sexualidade.
Esta norma recomenda total abstinência de sexo aos adeptos do Yôga
Clássico e de todas as correntes não-tântricas.
O yama brahmáchárya não obriga o celibato nem a abstinência do
sexo para os yôgins que seguirem a linha tântrica.
A sexualidade se dissipa pela prática excessiva de sexo com
orgasmo.
O yôgin ou yôginí que tiver conquistado progressos em sua qualidade
de energia mediante as práticas e a observância destas normas,
deverá preservar sua evolução, evitando relações sexuais com
pessoas que não se dediquem ao mesmo ideal de saúde e
purificação.
Preceito moderador:
A observância de brahmáchárya não deve induzir ao moralismo, puritanismo, nem ao
distanciamento ou à falta de afeto entre as pessoas, nem como pretexto para furtar-se ao
contato íntimo com seu parceiro ou parceira conjugal.
V. APARIGRAHA
A quinta norma ética do Yôga é aparigraha, a não-possessividade.
O yôgin não deve ser apegado aos seus bens e, ainda menos, aos
dos demais.
Muitos dos que se “desapegam” estão apegados ao desejo de
desapegar-se.
O verdadeiro desapego é aquele que renuncia à posse dos entes
queridos, tais como familiares, amigos e, principalmente, cônjuges.
Os ciúmes e a inveja são manifestações censuráveis do desejo de
posse de pessoas e de objetos ou realizações pertinentes a outros.
Preceito moderador:
A observância de aparigraha não deve induzir à displicência para com as propriedades
confiadas à nossa guarda, nem à falta de zelo para com as pessoas que queremos bem.
VI. SAUCHAN
A sexta norma ética do Yôga é sauchan, a limpeza.
VII. SANTÔSHA
A sétima norma ética do Yôga é santôsha, o contentamento.
VIII. TAPAS
A oitava norma ética do Yôga é tapas, auto-superação.
X. ÍSHWARA PRANIDHÁNA
A décima norma ética do Yôga é íshwara pranidhána, a auto-entrega.
CONCLUSÃO
O PRIMEIRO ESTÁGIO:
YAMA:
Refreamento;
O que deve ser evitado.
Disciplina Ética.
Mandamentos morais universal transcendendo credos, países, épocas e
tempos.
Disciplina social e individual relacionada aos cinco órgãos da ação: braços,
pernas, órgãos reprodutores e excretores.
Abrange Cinco princípios: Ahimsa; Satya; Asteya; Brahmacharya e
Aparigraha.
Yámas:
A= negação.
O Avô e os lobos
Um velho avô disse ao neto, que veio a ele com raiva de um amigo o qual lhe
havia feito uma injustiça.
E ele continuou:
“ Mas, o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o
lançam num ataque de ira. Ele briga com todos o tempo todo, sem qualquer
motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva não irá mudar coisa alguma.
Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois
ambos tentam dominar meu espírito.”
O garoto olhou intensamente nos olhos do seu avô e perguntou: e qual deles
vence, vovô?!
SATYA: A Verdade. SATYA.Veracidade.Aqui nesse yama há um apelo á
forma como você utiliza a verdade.
Certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que
despertou mandou chamar um advinho para que interpretasse seu sonho.
Chamou os guardas e ordenou que lhe desse, 100 açoites. Mandou que
trouxessem outro advinho e lhe contou seu sonho. Este, após ouvir o sultão
com atenção, disse-lhe:
Ademais, será sábio de nossa parte, antes de dizer aos outros o que
julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho. E ,
conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou não.
ASTEYA: Não-roubar:
o Não- Roubar.
o Abstenção da avareza;
o Excessivo e sórdido apego ao dinheiro, pessoas, situações;
enganação;
o falta de generosidade; mesquinhez; ciúme; zêlo.
o Não-roubar tempo dos outros, espaço dos outros.
o Mensagem: dar créditos ás pessoas. Elogiar honesta e sinceramente
os seus íntimos, as pessoas as quais convive.
o Lembrar-se de praticar o elogio a si mesmo.
O Sábio Mestre
Há muito tempo atrás havia um mestre que vivia junto com um grande número de
discípulos em um templo arruinado.Os discípulos sobreviviam através de esmolas e
doações conseguidas numa cidade próxima. Logo, muitos deles começaram a
reclamar sobre as péssimas condições em que viviam.Em resposta, o velho mestre
disse um dia: “ Nós devemos reformar as paredes do templo. Desde que nós
somente ocupamos o nosso tempo estudando e meditando, não há tempo para que
possamos trabalhar e arrecadar o dinheiro que precisamos. Assim, eu pensei numa
solução simples.”
E o mestre disse: “ Cada um de vocês deve ir para a cidade e roubar bens que
poderão ser vendidos para a arrecadação de dinheiro. Desta forma, nós seremos
capazes de fazer uma boa reforma em nosso templo.”
Os estudantes ficaram espantados por este tipo de sugestão vir do sábio mestre.
Mas, desde que todos tinham maior respeito por ele, não fizeram nenhum protesto.
O mestre disse logo a seguir, de modo bastante severo:
Assim todos concordaram que o mestre era sábio e justo e deveria ter uma razão
para fazer tal tipo de requisição. Logo, partiram em direção à cidade, prometendo
coletivamente que eles não seriam pegos, para não causarem a desgraça para o
templo. “ Sejam cuidadosos e não deixe que ninguém os veja roubando” ,
incentivavam uns aos outros, todos os estudantes que foram á cidade, com exceção
de um. O sábio mestre se aproximou dele e perguntou-lhe: “ Por que você ficou
pra trás?!”
O garoto respondeu: “ Eu não posso seguir as suas instruções para roubar onde
ninguém esteja me vendo. Não importa aonde eu vá, eu sempre estarei olhando
para mim mesmo. Meus próprios olhos irão me ver roubando. O sábio mestre
abraçou o garoto com um sorriso de alegria e disse: “ Eu somente estava testando
a integridade de meus estudantes e você é o único que passou no teste.”
BRAHMACHARYA:
Contenção da energia sexual
o Não- promiscuidade.
o Mensagem: Controle do prazer sensorial.
o Outras definições: celibato, estudo religioso, castidade.Evitar
relações sexuais ás quais você não exalte a espiritualidade da
pessoa, á qual você não enxerga no outro a sua alma divina, a qual
você não entenda que a quem você se entrega é uma alma em
movimento que habita um corpo.
Logo após esse encontro, ele tomou para si uma segunda esposa. Ao tentar
compartilhar o leito nupcial com ela na noite do casamento, ela o rejeitou
zangadamente.
“ Deixe-me dormir” , disse ela, “ vai procurar tua primeira esposa. Eu não
quero uma quinta roda na carreta. Escolhe: ou eu, ou a tua outra esposa”.
Em busca de consolo, ele foi até sua segunda esposa.Mas , quando tentou
deitar na cama junto a ela, veio a reclamação: “ Não comigo! Se casaste com
uma segunda mulher é porque eu não te sou suficiente, então volta para os
braços dela!”
Nada mais lhe restava fazer senão sair de sua própria casa e buscar um
lugar para dormir na mesquita mais próxima. Quando tentava adormecer em
posição de oração , escutou alguém que pigarreava atrás dele. Espantado,
voltou-se para trás, pois a pessoa que havia chegado não era outra senão
seu bom amigo que havia exaltado a maravilha de ter duas esposas.
“ Minhas esposas não me deixam chegar perto delas. Assim tem sido por
várias semanas.”
“ Mas então por que me disseste que era maravilhoso viver com duas
esposas?”
Não – possessividade.
Evitar querer colecionar pessoas, coisas, situações às quais não lhe são mais
úteis.
Aprender a largar, aprender a abandonar hábitos fúteis, condicionamentos
que lhe fazem mal e são opressores.
Aprender que nada e nem ninguém lhe pertence.
Mensagem: “ Cuide de seu jardim que as borboletas vêm até você.”
Amigo
Após vários testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía o tipo de
sangue necessário. Reuniram as crianças e entre gesticulações, arranhadas no
idioma tentaram explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um
voluntário para doar sangue.
Passado um momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão
que estava livre. O médico perguntou-lhe se estava doendo e ele negou. Mas, não
demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou
preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou. Os soluços ocasionais
deram lugar a um choro silencioso e ininterrupto. Era evidente que alguma coisa
estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra
ala. O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com
o Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e
explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando….
Minutos depois ele estava novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos
americamos:
_ “ Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido direito o que vocês disseram e
estava achando que ia ter que dar TODO o seu sangue para a menina não morrer.”
_” Mas se era assim por que então você se ofereceu a doar seu sangue para ela?
Nyámas:
SAUCHAN: Limpeza;
Pureza; Limpeza.Varrer da mente, coração e corpo tudo aquilo que não lhe
é produtivo e saudável. Agir mentalmente com clareza, sendo limpo com
você mesmo, cultivando bons pensamentos, bons sentimentos e mantendo
seu corpo saudável. Um coração limpo, livre de ressentimentos e com ampla
capacidade de compaixão e perdão.
2 – Trātaka
Trātaka é a fixação ocular. Serve para limpar e tonificar os
músculos e nervos ópticos, assim como para descansar a
vista. Desenvolve força de vontade e intuição e favorece a
meditação. Basicamente, os diferentes tipos
de trātaka consistem em fixar firmemente o olhar em um
ponto ou em fazer certos movimentos de rotação,
alongando músculos e nervos ópticos. Neste sentido,
podemos dizer que os trātakas são āsanas feitos com os
olhos. Existem três categorias de trātaka.
3 – Nauli
É o isolamento do músculo reto abdominal, pressionando
os órgãos internos contra a espinha dorsal e elevando ao
máximo o diafragma, ao mesmo tempo em que se imprime
um movimento ondulante à musculatura do ventre. Deve
fazer-se sempre com os pulmões vazios. Durante o nauli, o
abdômen apresenta uma aparência côncava, ficando
totalmente recolhido contra a coluna e para cima,
enquanto que o músculo reto abdominal permanece
projetado para frente, deslocando-se sinuosamente.
Para fazer nauli, acompanhe estas instruções. Em pé, com
os pés paralelos e afastados na distância do quadril, apoie
as palmas das mãos sobre a parte alta das coxas e flexione
levemente os joelhos, inclinando-se à frente.
Agnisāradhauti
4 – Neti
Neti é a atividade de purificação das mucosas nasais.
Compreende o sútra neti, que se faz usando um cordão,
o jalaneti, que se faz com água, o dugdhaneti, com leite e
o ghrītaneti, na qual usa-se ghee, manteiga clarificada. É
ótimo contra males dos seios frontais e nasais, como
sinusite, enxaquecas, rinites, corizas ou resfriados e ainda
favorece a saúde das regiões cerebral, cervical e escapular.
Cabe ressalvar que está contra-indicado para pessoas que
sofrem de hemorragias nasais freqüentes.
Sūtraneti
Jalaneti
5 – Dhauti
Existem quatro tipos de dhauti: antardhauti, que
compreende diversas técnicas para a limpeza dos órgãos
internos; dantadhauti que engloba um grupo de exercícios
para asseio dos dentes e órgãos dos sentidos; hṛddhauti,
que é descrito como purificação do coração, mas que
também atua sobre os órgãos internos e mūlaśodhāna, que
consiste em fazer a lavagem do reto. Dhauti significa
limpar, lavar, purificar.
Antaradhauti
Vārisāradhauti
Vāri significa água. Com o estômago vazio, ingere-se um
litro e meio de água morna e salgada. A continuação
fazem-se alguns ciclos de agnisāradhauti ou nauli e uma
invertida. Finalmente expele-se a água pela boca,
colocando dois dedos na garganta para provocar a
vomição. Para algumas escolas, vārisāradhauti é sinônimo
de vátasára dhauti ou shanka prakshálana.
Vahnisāradhauti
Dantadhauti
Hṛddhauti
Mūlaśodhāna
6 – Vasti
O vasti inclui dois métodos para a purificação dos
intestinos: um feito com água, jalavasti e outro com
ar, sthālavasti. No caso do primeiro exercício, necessitará
apenas de disponibilidade de tempo, pois este terá a
duração de uma a duas horas, dependendo das condições
dos intestinos do praticante. Já a segunda técnica exige um
domínio total da musculatura do abdômen.
Jalavasti
Sthālavasti