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Trabalho PFM2 Usinagem Por Feixe de Eletrons PDF
Trabalho PFM2 Usinagem Por Feixe de Eletrons PDF
Bruno Damiani
Bruno Schaukoski
Carlos Peterle
Hamilton Mendonça
Renara Carvalho
Tiago Oliveira
FACULDADE DO CENTRO LESTE
1. Introdução:
O feixe de elétrons é uma tecnologia utilizada para processamento de materiais,
utilizando o calor gerado pelo impacto dos elétrons com o material a trabalhar. Devido
às diferentes possibilidades de aplicar-se este calor sobre a peça têm-se diferentes
formas de utilizar o feixe eletrônico; como por exemplo:
• Soldagem
• Corte
• Tratamento superficial
• Micro-usinagem
Este processo foi inicialmente utilizado por volta dos anos 50, na área de
soldagem, quando as primeiras construções nucleares passaram a exigir a
soldagem isenta de oxidação, de materiais reativos como o titânio e o zircônio.
O canhão emissor de elétrons, que sempre trabalha em alto vácuo (10-4 Torr), é
o dispositivo que gera os elétrons. É composto, basicamente, de um mecanismo de
emissão e aceleração dos elétrons, constituído pelo cátodo e pelo ânodo.
O cátodo, que é montado dentro de uma válvula conhecida por “Wehnelt”,
é feito de um filamento de tungstênio, e quando aquecido até 2.500°C ou 3.000°C,
liberta elétrons.
A alimentação do canhão é feita por um transformador especial de alta tensão,
que produz uma grande diferença de potencial (ddp) entre o cátodo e o ânodo, da ordem
de 150kV, suficiente para acelerar os elétrons em direção à peça a ser usinada. Os
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elétrons assim acelerados chegam a atingir de 0,2 a 0,7 da velocidade da luz. Os elétrons
acelerados são direcionados para o ânodo e o atravessam saindo por um orifício na
extremidade. Na saída do ânodo, os elétrons acelerados passam pelo diafragma que
serve para fazer convergir o feixe. Mesmo no vácuo, o feixe tende a dispersar-se. Para
evitar essa dispersão, ele é conduzido através de um conjunto de lentes magnéticas.
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3. Vantagens:
- Altas taxas de furação (até 4000 furos/s);
- Fura qualquer material;
- Sem distorção térmica ou mecânica;
- Parâmetros controlados via computador;
- Grande precisão.
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3.2. Desvantagens:
- Equipamento caro;
- Tempo de não produção para fazer vácuo (lead-time);
- Camada refundida;
- Requer grande conhecimento do operador;
- Até 10 mm de espessura;
- Tamanho limitado da peça à câmara de vácuo;
- Requer proteção contra raios-x.
4. Aplicações:
Por enquanto, algumas aplicações da usinagem por feixe de elétrons ainda se
encontram em fase experimental, não representando uma alternativa competitiva do
ponto de vista técnico ou econômico, quando comparadas a outros processos. Mesmo
assim, a indústria aeroespacial, a aeronáutica e a eletrônica são exemplos de áreas que já
vêm utilizando este processo com resultados positivos na produção de múltiplos
microfuros, litografia em semicondutores e microusinagem de peças complexas.
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Características Gerais:
- Energia cinética dos elétrons (75% da velocidade da luz) Energia térmica para
fusão ou vaporização de qualquer material;
- Requer câmara de vácuo – 1Pa (10-2 mbar) (reduzir atrito dos elétrons com
moléculas de gás);
- Densidade de 108 W/m2 (contra 107 W/m2 do EBW);
- Pulsado: Normalmente um único pulso é suficiente, mas se o material for
espesso, pode-se utilizar múltimos pulso (1 kHz);
- Cobre-junta: material sintético ou orgânico para gerar aumento da pressão de
vapor e expulsar o material (o que pode ocasionar em respingos);
- Tolerâncias da ordem de 5% do φ furo ou 0,03 mm;
- φ furo: 0,1 a 1,4 mm em espessura até 10 mm (grande relação penetração/largura –
até 100:1);
- Camada refundida e ZAC de 0,025mm.
Princípios de funcionamento:
Equipamento:
Canhão de elétrons:
- Gerar, dar forma e defletir o feixe de elétrons para a peça;
- Só operada em forma pulsada;
- O feixe passa por uma abertura (pinhole) para retirar elétrons espúrios da periferia
do feixe (melhor foco maior densidade de energia);
- Tem também proteção contra respingos/vapores (série de discos rotativos
sincronizados com a pulsação do feixe).
- Fonte de energia: 150 kV; até 12 kW e 120 J/pulso
- Para evitar descargas, os componentes de alta tensão são imersos em óleo dielétrico;
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Furos por EBM feitos em uma chapa de 1mm de espessura (ampl. 10 x).
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7. Conclusão:
A usinagem por feixe de elétrons traz grande precisão nas peças usinadas e com
altas taxas de remoção de material. Sua utilização é muito restrita devido aos altos
custos dos equipamentos e segurança diferenciada devido a radiação emitida pelo
equipamento.
8. Bibliografia:
“Fundamentos da Usinagem dos Metais”. Edgard Blücher
Telecurso 2000 - Cursos profissionalizantes - Processos de Fabricação II
HTTP://www.lmp.ufsc.br/disciplinas/emc5240/Aula-29-U-2007-1-
processos_nao- convencionais.pdf