O documento discute a evolução da arte do retrato na Itália, desde a Idade Média até o Renascimento. Na Idade Média, o retrato não era objetivado e focava na tipicidade antes da autenticidade. No Renascimento, o retrato floresceu com a influência do humanismo e foi usado para celebrar indivíduos e senhores feudais, geralmente de perfil. Em Florença no século XV, os retratos passaram a ser mais realistas e de frente, influenciando o desenvolvimento do gênero.
O documento discute a evolução da arte do retrato na Itália, desde a Idade Média até o Renascimento. Na Idade Média, o retrato não era objetivado e focava na tipicidade antes da autenticidade. No Renascimento, o retrato floresceu com a influência do humanismo e foi usado para celebrar indivíduos e senhores feudais, geralmente de perfil. Em Florença no século XV, os retratos passaram a ser mais realistas e de frente, influenciando o desenvolvimento do gênero.
O documento discute a evolução da arte do retrato na Itália, desde a Idade Média até o Renascimento. Na Idade Média, o retrato não era objetivado e focava na tipicidade antes da autenticidade. No Renascimento, o retrato floresceu com a influência do humanismo e foi usado para celebrar indivíduos e senhores feudais, geralmente de perfil. Em Florença no século XV, os retratos passaram a ser mais realistas e de frente, influenciando o desenvolvimento do gênero.
RETRATO E SOCIEDADE NA ARTE ITALIANA ○ Atenção volta-se ao interior do indivíduo, sua santidade.
Processo de idealização e abstração;
● História sobre o artista: história social da arte; ○ Séc. V: Paolino da Nola “homem terreno ou celeste?”; ● História da arte: sobre a obra de arte (cruzada por contexto); imagem do imperador se encontra numa esfera suprema ● Renascimento: retoma influências greco-romanas: (consequência da mudança da ideologia imperial); ○ Cultura humanista -> razão -> eu ○ Séc. IV: retratos se tornam caracteres repetidos, ○ Estado moderno -> absolutismo (reis) -> burguesia (livre) constituindo uma tipologia; ○ Retrato: crime; ■ Homem semelhante a Deus -> adotam-se formas ○ Retratos de homens: reprovados; geométricas (valor privilegiado), estrutura ○ Vaidade: toma formas mercantis. quadrangular do rosto; ● Máscaras funerárias: retrato; ■ Retrato de Cristo: torna-se retrato por excelência; ● Ciências naturais: fisionomia -> aspectos anatômicos móveis; ■ Traços físicos assumem significados simbólicos; ● Naturalismo. ■ Retrato como estudo fisionômico dos indivíduos singulares não é objetivado pela arte medieval. ○ IDADE MÉDIA ○ Alta Idade Média: mínimo interesse pelo retrato; ■ Felipe, o Belo acusa Bonifácio VIII de heresia ■ Naturalismo medieval substituiu o da época (idolatria) por ter posto nas igrejas estátuas feitas clássica -> naturalismo simbólico (tipicidade antes à sua imagem, a fim de autocelebração (sentido da autenticidade); retomado na segunda metade do séc. XVI); ■ Criação/conservação de determinados ○ Conclusão dos juízes: o retratos do papa substituem o personagens; modelo; substitutivos de função mágica, como antigos ■ Retrato papal: indivíduos investidos de missão ídolos. Mau uso da imagem; superior; ○ Séc. III: retrato (complexo e rico na arte romana) sofreu ■ Situações sociais: celebração, monumentos grande mudança por conta da transformação da funerários; totalidade do sistema artístico; ■ Séc. XIII: retrato do indivíduo retorna; ● Corte de Frederico II: retratos do ■ Séc. XIV: rei Roberto d’Anjou com são Ludovico: imperador e seus conselheiros colocados além da imagem do doador, entra como nas portas da cidade (lugar de antigos protagonista no quadro. Significado ídolos); político-dinástico; ● Obras de sentido POLÍTICO e grande ● Louvre: retrato em madeira, rei Jean le valor cultural; Bon: talvez o primeiro retrato autônomo da ● Buscam no mundo clássico o naturalismo pintura europeia. perdido; ■ Centro de Avignon: artistas italianos ● Transformação da ideia de natureza, trabalhavam na corte pontifical: função e aspecto da imagem; ● Simone Martini: efígie do cardeal ■ Monumentos funerários: semelhança fisionômica: Stefaneschi e imagem de Laura; ● Interesse pela individualização; ● Importante na história do retrato pelo ● Conservar imagem precisa dos traços significado político de atualização ao exteriores do modelo. misturar retratos de contemporâneos em ■ Imagens do rei e do papa; episódios de lendas hagiográficas. ■ Descoberta do rosto humano na pintura sofrerá atraso; ○ SÉCULO XV - Florença ■ Giotto: inovadora capacidade de representar: ○ PRIMEIRA METADE ● Mudar esquemas representativos dos ■ Multidão pintada nas paredes de igrejas, objetos singulares da representação; narrativas evangélicas, celebrações, personagens ● Interferiu na relação entre os elementos contemporâneos substituem personagens sacros; representados; ■ Retratos de doadores de obra religiosa; ● Racionalização da representação; ■ Afrescos da Sagração: retratos ao natural; ● Linguagem Giotesca: rostos da Capela ● Celebração de um acontecimento Peruzzi (medalhões). contemporâneo; ● Introdução de indivíduos contemporâneos diferentes a imagem sagrada e o doador em representações pertencentes a outro terrestre); tempo. ● Pintura nórdica: influência italiana, ■ Mito Mediciano (seio do círculo cultural praticou retrato de perfil até 1420; neo-aristocrático): ● Culturas ocidentais: mitos do nascimento ● Um dos responsáveis: Vasari. da pintura (silhueta); ■ Vasari: na busca de modelos ao natural tenha ● Assumiu função genealógica, utilização forçado as identificações -> contribui para o limitada. nascimento da interpretação contemporânea das ■ Retrato civil: grandes afrescos das igrejas; pinturas sacras (Florença); ■ Retrato do príncipe; ■ Alberti: rostos conhecidos atraem os olhares; tem ■ Retrato de corte: função de glorificação: força aquilo retratado como a natureza; ● Celebrar o senhor, mostrar seu poder, ■ Retratos autônomos: na representação de um exaltar-lhe virtude, família, hábitos, etc. ou dois indivíduos: ■ Primeiro retrato individual representado de frente: ● Finalidade de reproduzir o modelo; Andrea del Castagno ● Pouco numerosos; ○ METADE ● Adotam o PERFIL. ■ Busto-retrato: viris, forte caracterização na ■ Perfil: grande papel na evolução do retrato; expressão, feições: influências clássicas; ● Equivalente plástico do retrato flamengo); ● Simplicidade do perfil em ser talhado em ● Alguns em homenagem a defuntos, glória moedas antigas (numismática); da família; ● Fórmula empregada a fim de celebração; ● Conserva, exibe e honra as imagens; ● Significado na tradição florentina deve ● Expostos ao público; ter-se tornado estável, sobrepondo-se ao ● Feitos em terracota, gesso e afins; significado original (colocar em planos ● Fama relacionada ao culto dedicado por Plínio ao retrato monumental; ● Atenção naturalista aos rostos ligada à retrato moderno, também limitaram o modelagem em gesso; desenvolvimento do gênero por um período de ● Interesse pelo estudo da fisionomia; tempo. ● Necessidade de individualização e ○ SEGUNDA METADE caracterização: diversidade dos homens. ■ Cortes de Urbino, Milão, Mântua, Ferrara: artista ■ Retrato esculpido; desfrutava de privilégios maiores que em ■ Retrato do jovem com uma moeda de Cosimo; Florença; ■ Membros da aristocracia florentina representados ■ Veneza: papel da imagem do doge aproxima a em diversas cenas: estética veneziana da milanesa / grandes pinturas ● Anunciação a Zacarias: galeria de sobre tela (função cívica e religiosa) aproxima-se patrícios; do ciclo mural de Florença: ● Cópias desses retratos eram distribuídas ● Antonello de Messina: confere às famílias que haviam encomendado ou significado heróico às imagens sem peso participado das despesas/decoração das erudita; capelas. ● Retratos dessa época estão entre os ■ Exaltação específica de um grupo hegemônico e maiores da pintura europeia de seu círculos: contemporânea; ● Ciclos ordenados por associados do ● Perdem função genealógica, ética e Medici, colaboradores, devedores, etc. histórica para ser objeto de FRUIÇÃO ■ Nobreza dos personagens representados ESTÉTICA; confere prestígio ao drama/cena sacro(a); ● Passagem do retrato de objeto de ■ Finalidade de propaganda; testemunho genealógico para objeto de ■ Retrato florentino permaneceu mais cívico e coleção: fenômeno na Roma Clássica. biográfico que psicológico; ■ Aprofundamento da observação e da ■ Os mesmos motivos (séc. XIV) que permitiram a representação psicológica conclui-se um período elaboração de instrumentos para criação do crucial para a história do retrato; ■ Auto-retrato do artista: mudanças de função e ■ Situação não é igual em toda a Itália: áreas significado: caracterizadas por um desenvolvimento diferente ● 1500: efígie de Perugino; do retrato; ● 1501: Pinturicchio pinta seu retrato como ■ Oposição entre os domínios imperiais e a ornamento de interior numa das paredes república de Veneza; da galeria onde se encontra o episódio da ■ Retrato de estado: surge das novas exigências Anunciação; de apresentação dos senhores eclesiásticos e ● Imagem do artista (inserida em suas laicos, papa, imperadores, príncipes, soberanos: obras) é sua marca: tomar posse de seu ● Ressaltar o caráter público do modelo e produto, torná-lo inalienável; da imagem; ● Luca Signorelli: não se mistura à cena, ● Evidenciar sinais do exercício do poder, presente em outro plano; tanto pelos trajes, pose, expressão do ● Sphragis: selo do artista. olhar, etc; ● Despersonalização; ○ SÉCULO XVI ● Rafael: Leão X, Júlio II; ■ Modos de apresentação mudam: ● Evolução para um retrato onde a pessoa ● Primeiros anos: caracterização representa uma certa classe social; psicológica e maior peso à personalidade ● Ticiano: personagens rodeados de aura do modelo; simbólica, atributos, instrumentos e ● Segunda metade: características físicas objetos cheios de alusões, imagem que fixadas/exaltadas; modelo: pose áulica. ocupa o campo dos significados ■ Por trás está a mudança da função da imagem e alegóricos, supra-individuais, mas sem a história da Itália no séc. XVI: parecer despersonalizado, lida como ● Refeudalização, novos métodos de metáfora e história. governo, estruturas burocráticas, ● Retratos combinados; Contra-Reforma; ● “Crise” do gênero: culpa da produção em ■ Fórmula obtém êxito por conta do público série? cultivado, um grupo social que busca no retrato ● Frieza em relação a este retrato é signo algo diferente da imagem fixa; de uma virada na evolução do retrato; ■ Reconhecido o valor da introspecção: desejo de ■ Processo de despersonalização está em curso na parecer reflexivo, mostrar sensibilidade e cultura: Itália há um bom tempo, mas não avança no mudam também os atributos (acessórios); mesmo ritmo em todos os centros; ■ Surgem efígies de poetas, escritores e ■ Retrato como expressão de um estado da intelectuais; alma: Giorgine dava maior flexibilidade e relevo ■ Retrato com o secretário: de dois personagens: às suas obras, pintava sem estudo prévio no ● Instrumento e auxílio no exercício do papel. Pinturas de caráter direto e imediato; poder; ● Homem por Giorgine: examina o ● Célebre intelectual do tempo; espectador de soslaio, lábios contraídos ● Novos elementos para história das de forma enigmática; relações entre o intelectual e o poder. ● Mostrar uma irrepetível condição ■ Retrato reflexivo, etc, não obteve sucesso em existencial; Veneza: ● Aberto a diversas interpretações; ● Lotto refugiou-se na província; ● Não faz uso de símbolos fixos para ● Fórmula despertava preocupações; identificação do personagem ● Crise e temor pelo futuro; representado. ● Busca de uma beleza nova e diferente; ■ Técnica pictórica, pintura tonal mudam: oposição ● Propostas não repercutem, soluções ao contorno linear e cromático da imagem, assim alternativas rejeitadas pela classe como o assunto, conteúdo, rejeita classificação dominante. unívoca; ■ Inquietação dos primeiros maneiristas florentinos: reconsideração dos elementos formais, crise geral dos valores (desmoronamento dos Estados ■ Retrato augusto: protocolo internacional das italianos); cortes o impõe, igual em toda parte, salvo as ■ Província Vêneta: atraso do abalo dessa variações pessoais de qualidade; situação: ■ Princípio da semelhança importa menos que o da ● Interior: pintores trabalham para média conformidade da imagem à função; burguesia e aristocracia privada de poder ■ Nova ordem absolutista necessitava de um político real. certo tipo de retrato, exigências da religião ■ Popularidade do retrato na primeira metade do são renovadas: interrogação sobre a moralidade séc. XVI: destinação e consumo por camadas e legitimidade do gênero: sociais não muito elevadas; ● Cardeal Paleotti: aceita alguns tipos de ■ Retratos artesãos multiplicam-se; figuração e reprova outras: ■ Lomazzo critica: na época do romanos só se ○ Estátua do príncipe: produz efeito representavam príncipes, etc, depois o retrato sobre os súditos. perdeu a dignidade ao representar qualquer outra ○ Outros tipos: finalidades honestas; pessoa; ○ Restante: só deveriam fazer ● Quem é digno de ser retratado: resolve-se retratos de pessoas virtuosas pela escolha das expressões, trajes, (bondade moral, santidade cristã); atributos, idealização do personagem, ○ METADE ocultando seus defeitos, conferindo aura ■ Veneza: fachadas de igrejas tratadas como que o eleve; monumentos funerários à glória de uma pessoa ● Decoro artificial: quando o pintor atribui ou família; ao personagem o aspecto, expressão e ■ San Giuliano: retrato na entrada de igreja; comportamento que deveria ter conforme ■ Fórmula de sucesso em Veneza; seu estado, função. ■ Laicização da iconografia religiosa; ■ Roma: tais retratos se ocultavam nos interiores; ■ Uso de pedras que criam efeito ilusionista; ○ FINAL ● Inspiração distingue o artista. Retratista ■ Estagnação do retrato de corte: tendências deve revelar o caráter e essência do naturalistas: homem. Caricaturista revela o homem ● Reforma católica: condenação da verdadeiro por trás da presunção. idealização; ● Pintor deve seguir a regra do historiador ○ SÉCULO XVII que narra o fato como ele é; ○ INÍCIO ■ Bolonha: ■ Não existe estilo dominante; ● Caricatura: retratos semelhantes ao ■ Roma: Caravaggio, Annibale; modelo, mas que agrava ou aumenta ● Cronista: Ottavio Leoni: desproporcionalmente seus defeitos. No ○ Fazer história através do retrato todo aparecem como são, mas não nas desenhado. partes; ■ Rubens: Roma, Gênova, Mântua, Veneza; ● Posição polêmica contra a ■ Retrato internacional: faz vibrar o pesado traje despersonalização; espanhol de rendas, figuras parecem executadas ● Privilegia o privado, peculiar, irrepetível, de uma só pincelada; acentuando aquilo que é, ridicularizando a ■ Van Dyck: voltado para o colorido de Ticiano; vaidade da pretensão àquilo que deveria ■ “Retratos semelhantes e sem arte, outros com ser. arte, mas sem semelhança”, Giulio Mancini; ■ Exigências de linguagem simples (Reforma ○ METADE Católica, Paleotti) contribuíram para saída do ■ Bernini: busto barroco. Personagens esculpidos retrato de um conformismo excessivo; desfrutaram de prestígio e influenciaram a ■ Deve atingir uma verdade profunda que técnica-piloto da pintura para a escultura no ultrapasse o registro do natural, não imitação, retrato italiano; mas sim uma criação: ■ Graças ao modo de trabalhar no mármore, obtêm-se efeitos mais vibrantes e pictóricos: ● Bernini: problema ao achar meios mais de seguir/antecipar tendências; propõe as adequados de transformar a matéria; alternativas. ○ Deseja chegar a uma escultura que tenha a mesma capacidade ○ SÉCULO XVIII expressiva e ilusionista da pintura; ■ Retratos na Europa do séc. XVIII: Hogarth, ○ Vontade de personalizar o retrato Reynolds, Goya; para que ultrapasse a ■ Atinge apogeu jamais alcançado; caracterização dos traços: ■ Depois de Bernini nenhum artista estrangeiro foi expressão e movimento; acolhido em Paris com o mesmo respeito; ○ Retratos mais pessoais: facilidade, ■ Preferência pelo toque ligeiro do pastel: extroversão, mobilidade -> retrato ● Rosalba: Polônia, Paris, Viena, Veneza espontâneo, mundano. (estrangeiros de passagem); ■ Algardi: persegue no retrato um ideal de realismo ● Veneza: seu estilo não se afirma enobrecido por apelos clássicos: exclusivamente, convive com fórmulas ● Personagens nobres e dignos, pensativos, convencionais do retrato de aparato (traje sóbrios, eloquentes; tem grande importância). ● Preferência estética por uma forma de ■ Fra Galgario: maior retratista do séc. XVIII; apresentação mais respeitosa da ■ Pintura do Século das Luzes: já não é mais de gravidade e da reserva. corte, bajuladora ou panegírica; ○ FINAL ■ Jacopo Ceruti: quadros com camponeses, ■ Bernini: tendeu a uma maior gravidade, lavadeiras, mendigos, soldados. Retratista de consciência do prestígio, responsabilidades fidalgos de província, eruditos, moças: sociais, reflexão moral e mais elaborada; ● Evita a anedota: reduz cada um a uma ● Dominou o século XVII: invenções, humanidade comum. arroubos, mudanças de estilo, capacidade ■ Nápoles: ● Travesi: consciência de um momento ● Batoni: retratista da moda entre milordes histórico preciso graças a caracterização ingleses e aristocratas em Roma; dos rostos. ● Retrato intelectual: nos modelos é ■ Diante do compromisso moralista, desaparece a exaltado o traço sensível de homem de separação entre história, gênero e retrato. gosto. ■ Gêneros abolidos em nome da criatividade, mas ■ Raphael Mengs: pintor filósofo saxão. sua posição revolucionária permaneceu isolada ● Buscou um retrato despojado e devido ao rumo da história: introspectivo; ● Séc. XVIII: problema do valor moral da ● Retrato como máscara (vício): esforça-se imagem é objeto de discussões. por fazer o retrato mentir. ● Para uns a moralidade estava na fatura, ■ Lavater/Goethe: retrato tem importância para outros, na escolha e apresentação comparável ao quadro histórico; dos assuntos; ■ Vontade de legitimar o novo poder: volta do ● Moralidade: representação crítica da retrato de estado: realidade contemporânea, proposta de ● Interrupção para pintura burguesa modelos de comportamento. Traversi-Longhi; ■ Diderot: é histórica uma pintura que apresente ● Movimento neo-clássico faz ruinoso exemplos morais num contexto atual e cotidiano; desvio da seriedade de Mengs; ■ História do retrato italiano (a partir do retrato de ■ Hiato forçado traz consequências: propostas dos estado) é a história da justificação e idealização pintores modernos italianos não receberam no do presente. país o apoio ativo de um forte grupo burguês, ■ Caminhos diferentes: outros artistas saem das como na França e Inglaterra: normas do retrato de aparato barroco: ● Interrompe-se uma linha de ● Identificação do gosto e do senso moral desenvolvimento que teria mantido a arte (Shaftesbury) estimula aprendizado do italiana ao compasso da arte europeia. belo; ○ SÉCULO XIX ○ SÍNTESE ■ Retrato italiano tem destino modesto, sofre de ■ Primeiro momento: não reconhece crise europeia falta de vigor; do gênero; ■ Neoclassicismo: (linguagem internacional) o nível ■ Retrato ainda ocupa lugar privilegiado; ainda se mantém; ■ Vaga percepção da mudança no estatuto da ■ Romantismo/realismo/impressionismo: crise imagem; expressiva interrompe o curso da arte italiana: ■ Declaração do manifesto técnico: para ser uma ● Escolas locais se extinguem, clientes obra de arte o retrato não deve assemelhar-se a tradicionais desaparecem; seu modelo; ● Artistas italianos perdem contato com as ■ Morte do retrato: Revolução industrial, reprodução culturas figurativas europeias. técnica e alienação da sociedade capitalista. ■ Burguesia europeia: celebra nos retratos faustos e triunfos, multiplicação e miniaturização industrial do retrato (selo de correio). Redescoberta e reavaliação do retrato italiano do Renascimento; ■ Itália: participa de modo marginal da epopeia do retrato burguês por causa da grave crise expressiva que condena seus artistas ao provincianismo e carências materiais do grupo social de onde haviam saído, em outros países, os clientes dos retratos “grandes-burgueses”.
○ VANGUARDA ■ Itália: novo contato com a cultura europeia;