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1. Man Ray, Objeto indestrutível, 1922-3.

Remade 1933

● Dadaísmo
○ Pós-Primeira Guerra Mundial
○ Anti-arte, há um questionamento do que é arte, questionamento das
estruturas artísticas e suas instituições. É uma vanguarda artística que
encontra a “destruição” da arte.
○ Primeira manifestação: Cabaret Voltaire
■ Lugares que não eram instituições.
○ Deboche, ironia.
○ Anarquia.
○ Apropriação e deslocamento.
■ Ready Mades, objetos na maioria industriais que já foram feitos.
São apropriados pelos artistas e tiram de sua função real para
transformar em outra coisa, sua obra.
○ Trabalham o gesto, prelúdio dos happenings. Acontece no momento,
nunca será igual e sempre será único.
○ Presença de manifesto por pessoas da literatura (após o Futurismo).
Tristan Tzara.
○ Contra pureza, contra tudo, menos à liberdade do indivíduo.
○ Carregados de erotismo.
○ Início das fotomontagens.
○ Primeiro filme de artista (Duchamp).
○ Importância imensa pois dá uma abertura gigante para toda a corrente
artística que se segue. Exemplo, os contemporâneos olhando para as
obras dos dadaístas.
● Man Ray.
○ Não se considerava fotógrafo, e sim artista que se utilizava de erros
fotográficos para se expressar de forma experimental.
○ Fase objetual (da obra em análise).
● Objeto indestrutível, 1922-3
○ Inicialmente feita com nome de objeto a ser destruído, pois tinha
acabado de passar por um término de relacionamento e recortou esse
olho, imagem da ex, e colocou nesse metronomo que funcionaria como
uma tortura pois ela ficaria sempre nesse tic-tac até ser destruído. Ele
de fato destrói, posteriormente é pedido para que ele fizesse
novamente. Ele faz cem cópias com o nome de indestrutível, pois
agora está eternizado no sistema.
○ Ideia de finitude.
○ Apropriação de objetos mecânicos.
○ Não é um ready-made, pois houve intervenção.

2. Duchamp, A Fonte, 1917.

● Objeto do cotidiano que ao ser colocado como arte causa uma grande
questão nos debates de arte através desse deboche.
● Até o movimento dadaísta entra em contradição ao receber o mictório
assinado por R Mutt, pseudônimo de Duchamp que já imaginava que não
seria aceito. Quais são os limites da arte, então? Quem os impõe? Quando
Duchamp afirma ser uma criação dele, a obra é sim integrada.
● Deboche, ironia, apropriação e deslocamento. Pensamento mais ligado ao
conceito da obra, ao que ela representa. Valorização dessa mensagem em
detrimento da aparência da obra. Movimento em direção ao conceitual.
● Duchamp mudou os caminhos da arte contemporânea.
● Artista que quer que a gente pense pra sempre no que está acontecendo.
● “A Fonte” é um ready-made (interpretado de formas inesgotáveis, depende da
curadoria).
● Artista que mais questiona o sistema nesse contexto.
● É arte desde que o artista faça a apropriação e o deslocamento.
● Duchamp é o primeiro artista a fazer uma instalação. Prelúdio.
● O nome “A Fonte” é a ironia entre o mictório que recolhe um fluído e a
decoração que expele água.

3. Magritte, O Filho do Homem, 1926

● Surrealismo
○ Última vanguarda.
■ Anos 20, cresce muito a movimentação nazifascista.
○ Artistas deslocando-se do eixo europeu com a perseguição
nazifascista, migrando muitos para os Estados Unidos, por
exemplo.
○ Hitler detestava a arte moderna, chamava de arte degenerada e
perseguiu muitos expressionistas.
○ Questiona estruturas artísticas.
○ André Breton, manifesto Surrealista.
○ Forma de pensamento a se expandir.
○ Estudo da psicanálise, onírico e sonhos.
■ Libertação das amarras morais, estéticas, culturais.
Isso ocorria, para eles, no momento entre a vigília e o
sono.
■ Quando dormimos que as imagens do subconsciente
aparecem; verdadeiro funcionamento do pensamento.
○ Mistura informações do consciente, subconsciente e
inconsciente.
○ Forte engajamento político (Socialismo).
○ Dali se desvincula do surrealismo, pois quer se libertar do
movimento socialista para falar de temas religiosos e mitologia.
● René Magritte
○ Origem belga, formação acadêmica alemã. Não consegue se
desprender da narrativa racional.
○ Questiona o sistema e a construção da obra.
○ Interpretações subjetivas.
○ Nesta obra, O Filho do Homem, 1926, a maçã não está
perfeitamente centralizada no rosto, revelando apenas uma
ponta do olhar. A nossa visão do mundo sempre estará tapada
por algo, seja nossas limitações culturais, ideológicas… Nunca
teremos uma visão total da realidade.
○ Referência ao seu pai.
○ Simbolismo da maçã na história.
○ Onde o homem for, a maçã o seguirá. Visão parcial da
realidade.

4. Pollock, Lucifer, 1947

● Expressionismo abstrato
○ Pós-Segunda Guerra Mundial.
○ Movimento organizado.
○ Construção de um novo eixo artístico.
○ Encerramento com a ideia da obra em si.
○ Forte movimento da crítica (Greenberg) para consolidar o
Expressionismo abstrato como o verdadeiro movimento que
quebra com o clássico. Na verdade, conceitualmente, não faz
nada diferente do que já foi visto.
○ Consolidar os Estados Unidos na arte.
○ Misoginia, mulheres não são permitidas.
○ Greenberg fala que se a obra é linear, figurativa (conta com uma
história), ela não quebrou com o clássico (Será que não
quebrou?)
○ Ele associa a arte abstrata ao sensorial e, por isso, não é
figurativa.
○ Primeira e principal vanguarda dos Estados Unidos devido ao
movimento da crítica para que ele seja, de fato.
○ Arte pela arte.
○ O movimento propõe a intensidade emocional do
expressionismo com a estética anti-figurativa do Futurismo, da
bauhaus e do cubismo sintético.
○ Materialização do que é arte.
○ Arte pela arte.
○ Pollock, técnica de dripping, jorrando tinta pela tela para trazer a
materializada do que é arte (como na obra em análise).
○ Pollock abre seu ateliê para que as pessoas vissem como era
feito. A crítica o nomeia pai da performance (o que não é
verdade, pois elas já tinham sido feitas por mulheres).
Mercadológico.
○ O nome “Lucifer” vem dele ser um anjo caído, assim como a
obra.

5. Richard Hamilton. O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes,


tão atraentes? 1956.
● Pensamento precursor da Pop-Arte
● Pós Segunda-Guerra
● Richard Hamilton faz parte do Independent Group da Inglaterra que
pensa na cultura de massa.
● Estados Unidos como eixo da produção artística e da economia.
● Novo modo de vida estadunidense.
● Pega imagens de revistas que circulam, quebrando as barreiras entre a
alta-cultura, elitista, com a barreira da cultura de massa. Richard
Hamilton torna mais acessível com as imagens de grande circulação e
massificação da arte.
● Colagem a partir de imagens já prontas de revistas de grande
circulação. Prelúdio de novas possibilidades artísticas.
● O nome da obra contém ironia a essa estética descartável.

6. Donald Judd. Untitled, 1986.


● Minimalismo
○ Arte contemporânea que prioriza o conceito, não a obra em si. É uma
arte conceitual e minimalista.
○ Brancusi precursor do minimalismo, que pensa na minimização das
formas.
○ Contexto onde as ideias da obra são mais importantes que a arte em
si.
○ Obra e espectador, obra e ambiente.
○ Interação mínima.
○ Material extremamente polido para refletir o ambiente.
○ Saem do plano já que é difícil romper com a profundidade da tela,
trazendo-a para o espaço físico com esses objetos.
○ Não é entendido como escultura ou pintura, é uma forma ampliada de
entender a escultura. São os chamados objetos específicos.
○ Desprovidos de jogos de significação, que pode até passar
despercebida.
○ O ponto central é a interação entre ambiente, espectador e obra.
○ O olho enxerga volume desde que tenha cor; se não é possível quebrar
essa interação, Judd sai do plano.
○ Judd criou os objetos específicos.
○ A obra não tem nome, reforça a ideia de materializar uma ideia e não
uma obra em si.

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