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Sumário
01 - Introdução do Canto..................................................03
02 - Relaxamento................................................................10
03 - Postura..........................................................................11
04 - Aquecimento...............................................................12
05 - Respiração e Apoio.....................................................14
06 - Articulação Vocal........................................................21
07 - Vocalizes.......................................................................32
08 - Classificação Vocal.....................................................37
09 - Dinâmica.......................................................................38
01 - INTRODUÇÃO AO CANTO
APARELHO FONADOR
NÓS E OS INSTRUMENTOS
Assim como a voz humana, a maioria dos instrumentos musicais contam com
três elementos básicos:
Diferentemente das cordas de um violino, as nossas têm uma estrutura formada por três
partes, que permitem a diversidade de freqüências que um cantor é capaz de
alcançar. Em cada corda há uma espécie de ligamento, onde estão os músculos
contrativos, cobertos por uma membrana mucosa. Músculos que cobrem a cartilagem
anexa às cordas alongam os ligamentos e ajudam a produzir freqüências mais altas.
Quando se contrai, esse músculo aumenta a tensão da corda, o que gera uma
variedade ainda maior de freqüência. Quando o ar dos pulmões passa pela membrana,
ela oscila e troca energia vibracional com essa corrente, criando ondas de som.
O som produzido na laringe seria inaudível se não fosse amplificado. A estratégia que o
corpo usa para intensificá-lo é a seguinte: uma ação "empurra-puxa" do ar na laringe
aumenta o balanço das cordas vocais. Quando as cordas começam a se separar, o ar
dos pulmões sobe e faz pressão contra o ar que está parado no vestíbulo da laringe(1). A
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Dentro da laringe, uma cápsula formada por vários ossos e cartilagens interligados, o som
é produzido pela vibração das pregas vocais que em repouso encontram-se separadas
em forma de "V", e quando falamos, passam a se aproximar, ficando apenas uma
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pequeníssima fresta para que o ar passe e com o atrito faça as mesmas vibrarem
produzindo o som.
Na figura acima vemos o movimento das pregas que se afastam, quando inspiramos ar e
se unem quando falamos, cantamos, ou deglutimos algo. No caso da fonação para o
canto as pregas podem além de se unirem através dos músculos adutores da laringe,
também se alongarem ou contraírem, devido ao músculo vocal (TA) tireoaretenóideo que
na verdade faz parte da prega vocal que é composta de duas partes, o TA e a mucosa
que o recobre, essa é que entra em vibração. Ela está ligada a freqüência sonora, ou
seja, se o som é mais agudo ou grave, pois vibra mais (sons agudos) ou menos (sons
graves) vezes, dependendo da força da culuna de ar e também do posicionamento do
músculo TA, que mais alongado, junto com a coluna de ar, faz a mucosa vibrar mais
rapidamente e contraído, mais lentamente. Isso porque além de alongar e contrair, ele
também faz a pregas se unirem mais ou menos. Quanto mais unidas as pregas, maior a
vibração devido a pressão que o ar fará sobre elas.
Para cantarmos ou falarmos, além do som que sai da nossa laringe, devemos DAR
FORMA ao mesmo, para que possamos através disso formarmos os diversos fonemas que
nos proporcionam nos comunicar uns com os outros seja por meio da voz falada ou
cantada. Essa necessidade de darmos forma a boca quando cantamos é fundamental,
pois precisamos emitir o som que é projetado dos ressonadores orofaríngeo e faciais
principalmente nos sons agudos, em vez do som que sai simplesmente da garganta, para
que ele (som) se torne mais belo, tanto no aspecto da dicção, quanto com relação às
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sua propriedades (timbre, altura, intensidade, que é a potência, etc). Para tanto, deve-se
ovalar a boca, conforme a forma de cada pronúncia. Isso nos auxilia pelo fato, de que
nesse processo de ovalar a boca, o ar sofre uma certa pressão para sair, com isso, aliado
à pressão que sofre também pelo diafragma, que o empurra, o ar é levado para a
“CAIXA DE RESSONÂNCIA ALTA” através do palato mole, de onde será então, projetado.
Isso é fundamental para que o som seja emitido com toda a beleza que desejamos.
Os articuladores, que são vários músculos da face e órgãos da boca, são os responsáveis
por produzirem uma barreira sobre o ar que vem da laringe para que possamos produzir
sons consonantais, ou simplesmente dar forma às vogais, dando assim, origem aos diversos
fonemas que conhecemos.
São os fonemas gerados a partir da corrente de ar que passa livremente pela cavidade
bucal. Dependem do posicionamento da língua, dos lábios e do palato mole
(Articuladores Faciais). Podem ser Orais e Nasais.
- Vogais Orais:
Nessas, a corrente de ar passa somente pela cavidade bucal sem encontrar barreira. São
elas: a, é, ê, i, ó, ô, u.
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- Vogais Nasais:
Nessas, a corrente de ar passa ao mesmo temo pelas cavidades bucal e nasal e conta
com o trabalho do palato mole, que fecha parcialmente a passagem do ar pela boca,
mandando parte desse para as fossas nasais. São elas no total de cinco: nha, nhe, nhi,
nho, nhu.
SONS CONSONANTAIS
2 - RELAXAMENTO
Antes de cantar, muitas pessoas se lembram de checar a postura, respiração, fazem o
aquecimento da voz, mas se esquecem do elemento mais importante para se cantar
bem: o RELAXAMENTO.
É importante lembrar que não cantamos apenas com a voz; cantamos também com
nosso corpo. A melhor maneira para relaxar a voz, é relaxar o corpo.
Exercícios de Relaxamento:
PESCOÇO:
Movimente sua cabeça em círculos. Gire lentamente para um lado e depois para o outro.
Faça três vezes para cada lado;
Agora, deite a cabeça no ombro esquerdo e com a mão esquerda, segure a cabeça
nessa posição durante quinze segundos. Faça o mesmo para o lado direito;
OMBROS:
Deixe os braços relaxados e comece a girar os ombros lentamente para trás (cinco vezes)
e depois para frente (cinco vezes).
Tente encostar os ombros nas pontas das orelhas; fique assim por quinze segundos e
depois relaxe. Repita três vezes esse exercício.
OBSERVAÇÕES:
Use o bom senso! Mova-se com cuidado e devagar em cada exercício, vá ao seu próprio
ritmo;
Não force nem se machuque tentando relaxar. Se você tem algum problema nas costas
ou qualquer outro problema de saúde, consulte o médico antes de praticar qualquer tipo
de exercício físico.
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3 - POSTURA
"Cerca de dois terços da comunicação humana é não-verbal, transmitida por meio de
gestos de mão, expressões faciais ou outras formas de linguagem. A boa imagem corporal
começa com a postura - o modo como você se posiciona.” (Extraído do livro: Sucesso
profissional- Como fazer apresentações - pág. 40 - Publifolha).
os pés devem estar ligeiramente afastados, dividindo assim o peso do seu corpo;
as costas eretas;
o pescoço deve estar relaxado. Cuidado para não colocá-lo para frente nem para trás,
pois isso irá interferir diretamente na emissão da voz;
a cabeça também deve estar ereta. Uma boa dica é fazer com que seu olhar esteja
paralelo ao chão (não olhar para cima nem para baixo); imagine um ponto na parede na
altura de seus olhos; essa é a postura correta.
Todas essas orientações foram dadas partindo do princípio de que estará cantando em
pé, que é a melhor forma. Mas cantores altamente treinados conseguem cantar
praticamente em qualquer posição.
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4 – AQUECIMENTO
Como o nome já diz, o aquecimento prévio da voz é a preparação da voz para o seu uso
por um tempo prolongado e intenso. Podemos aquecer a voz através de sons que irão
"massagear" nossas pregas vocais, que como todo músculo, precisa ser preparado e
aquecido antes de ser utilizado na sua plenitude. É importante lembrar que o pré-
aquecimento pode e deve ser feito não só pelos cantores, mas por todas as pessoas que
trabalham falando.
EXERCÍCIO 1:
1) Inspire (armazenando o ar na região abdominal) até que a barriga esteja repleta de ar.
Observe que neste exercício a língua deve vibrar bastante!!!! Caso a sua língua não vibre
e você esteja forçando para emitir este som, PARE! Pois estará fazendo da forma errada.
Mas se você conseguiu emitir o som com a vibração constante da língua, repita este
exercício todos os dias pelo menos durante 10 minutos. Se for cantar em uma
apresentação ou videokê ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pré-aqueça sua
voz durante 20 minutos (no mínimo) antes de começar a cantar.
Pode-se também utilizar outras consoantes que possibilitarão o mesmo efeito como, por
exemplo, o som: Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... Como se você fosse imitar o som do
telefone('TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres (RRRR...) até acabar
o ar.
EXERCÍCIO 2:
Repita o exercício anterior com uma diferença. No final de cada som acrescentar as
vogais A,E,I,O,U.
Exemplo1:
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
Exemplo2:
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TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
IMPORTANTE!!!
Assim como nos exemplos acima, o som que você estiver produzindo para pré-aquecer,
deverá estar no mesmo volume, intensidade e tom.
***NÃO BRINQUE COM ESTE EXERCÍCIO FAZENDO SONS MUITO AGUDOS, MUITO GRAVES OU
MISTURANDO OS DOIS TONS.***
Repita os exercícios SEMPRE no seu tom natural, ou seja, sem forçar a garganta.
Se não conseguiu fazer estes exercícios até acabar o ar armazenado, ou seja, você
começou bem, mas no meio do exercício o som falhou, Pare! Respire fundo por 3 vezes,
relaxe um pouco e só então recomece.
É muito comum, no início, não conseguirmos emitir estes sons até o final, pois trata-se de
sons que nós não estamos habituados a produzir, mas com o treino diário, fica cada vez
mais fácil.
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5 – RESPIRAÇÃO
A respiração está extremamente ligada ao ato de cantar, pois a voz é produzida quando
o ar passa pelas cordas vocais, fazendo-as vibrar e produzir som. Não basta encher os
pulmões de ar para cantar. Temos que saber controlar a saída do ar, aprender a respirar
corretamente. Saber respirar é um grande passo para cantar bem.
Algumas vezes, encontramos uma certa dificuldade para respirar enquanto cantamos
(uma música muito rápida por exemplo) pois temos pouco tempo para respirar. Portanto,
temos que desenvolver a capacidade de respirar em um curto espaço de tempo. Apesar
de a inspiração nasal ser melhor, pois o ar é filtrado, aquecido e umedecido antes de
chegar aos pulmões, a respiração deve ser nasobucal (pelo nariz e pela boca
combinados). Então, não se preocupe em respirar só pelo nariz ou só pela boca. Use os
dois. O importante é deixar o maior espaço possível para que a passagem de ar seja feita
em menos tempo.
Durante a inspiração, o diafragma se contrai para baixo, dando mais espaço para a
entrada de ar nos pulmões. Na expiração ele volta para sua posição normal.
Ao cantar uma música, o objetivo deve ser o de manter o diafragma em baixo, pois isso
auxiliará no controle da saída de ar. É importante usar corretamente o diafragma durante
a respiração para não sobrecarregar as cordas vocais.
Exercícios de Respiração
Inspire sem levantar os ombros; imagine que apenas a base do pulmão está sendo
inflada.
Durante os exercícios, não vamos trabalhar apenas com o diafragma, mas também com
os músculos abdominais e intercostais. Quando trabalhamos com esses músculos, temos
condições de armazenar uma maior quantidade de ar pois, as costelas se afastam, o
diafragma desce , aumentando a cavidade torácica para os lados e para baixo.
Exercícios 1:
Inspire novamente e expire em forma de S... (o som deve ser o mesmo de um pneu
vazando ar). Procure manter o som reto. Para isso, lembre-se de usar o apoio do
diafragma e não deixe que o ar saia de uma vez. Calcule o tempo que você permanece
soltando o ar sem inspirar. Comece com 5 segundos e vá aumentando gradativamente.
Exercício 2:
Inspire;
Expire suavemente, os lábios em posição de assobio, fazendo com que a saída de ar seja
o mais constante possível.
Exercício 3:
Inspire;
Pausa;
Expire com um sopro longo e forte (como se fosse apagar uma vela). Não deixe o ar sair
todo de uma só vez, controle a saída do ar.
Exercício 4:
Inspire;
Pausa;
Expire soltando o ar em sopros curtos. Cuidado para não inspirar entre um sopro e outro,
use apenas o ar que você inspirou inicialmente.
Exercícios de Respiração II
Exercício 5:
Inspire;
Pausa;
Expire em "S". A saída do ar deve ser constante, sem oscilações. Não deixe o ar sair todo
de uma vez (imagine o som de um pneu esvaziando). Faça também em: "F" e "CH"
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Exercício 6:
Inspire;
Pausa;
Expire em sopros curtos, mas com o som de "ts", como se fosse uma bombinha de encher
pneu de bicicleta. ( ts, ts, ts, ts, ...) Controle o movimento do diafragma .
Exercício 7:
Inspire;
Pausa;
Comece expirando com um sopro e transforme em "s". Tente fazer com que a metade do
ar que você inspirou, saia através do sopro e a outra metade saia em "s".
Apoio Diafragmático
O que é apoio diafragmático?É uma tensão aplicada à musculatura abdominal que faz
com que o ar permaneça por mais tempo nos pulmões, não sendo emitido todo de uma
vez, isso porque o diafragma (membrana que separa os órgãos inferiores dos superiores)
provoca uma pressão dentro do corpo, formando a coluna de ar que permitirá a saída
controlada do ar.
Forma 1
1 - Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmões e inflá-
los, a ponto de sentir a ampliação da região abdominal e intercostal.
3 - Solte o ar em "zzz" - note que fica difícil até pra falar quando encolhe-se a barriga. É
que forma-se uma coluna de ar que impede o ar de ser solto de uma vez.
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Forma 2
1 - Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmões e inflá-
los, a ponto de sentir a ampliação da região abdominal e intercostal.
Forma 3
1 - Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmões e inflá-
los, a ponto de sentir a ampliação da região abdominal e intercostal.
3 - Solte o ar em "zzz" - esta forma, apesar de parecer um pouco mais complexa, acredito
que é a que se aproxima mais de um bom apoio diafragmático, pois a sua execução não
interfere nos órgãos internos de forma direta, ele acontece de fora pra dentro, não o
contrário.
Escolha uma das três formas (apenas uma das três, ok?) e exercite bastante o movimento
abdominal. Quando notar que está controlando bem o apoio, exercite a emissão
aplicando o apoio da seguinte forma:
1)· Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmões e inflá-
los, a ponto de sentir a ampliação da região abdominal e intercostal.
· Assim que começar a soltar, aplique o apoio e mantenha-o firme até o fim da emissão.
· Inspire lentamente, sem erguer o peito e deixando o ar alocar-se nos pulmões e inflá-los,
a ponto de sentir a ampliação da região abdominal e intercostal.
· Note que a cada "S" emitido, o abdômen faz um pequeno movimento ou contração. Isto
é sinal de que ele está comandando a emissão do ar. Valorize bem este movimento e, se
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possível, procure de fato forçá-lo. Quanto mais controle se tem sobre esta musculatura,
maior o controle sobre a emissão.
Faça os exercícios acima em "SSS", "XXX", "FFF", "ZZZ", "VVV", "GGG". Cronometre a
evolução.
É preciso lembrar do grande dorsal 10, na região lombar, (Figura D) que é utilizado na
inspiração, mas principalmente na expiração.
A capacidade pulmonar varia de indivíduo para indivíduo, segundo a idade e o sexo. Ela
difere também conforme a posição: menos importante na posição deitada, mais
profunda quando se está de pé e um pouco menos quando sentado.
Seguem os números recolhidos por vários autores e após numerosos exames
espirométricos.
10 -
Ela varia também conforme o tipo de respiração. Na respiração costal superior ela é
mínima, porque é a parte mais estreita da caixa torácica, permitindo pouco
desenvolvimento e provocando contrações intempestivas da região do pescoço e dos
músculos laríngeos. Ainda, a subida do diafragma fica limitada devido à ausência de
movimentos abdominais. Já a respiração costo-abdominal facilita o alargamento no
sentido antero-posterior, aumentando assim a capacidade respiratória, sem esforço, e
possibilitando a subida do diafragma. A capacidade não é a principal razão da eficácia
respiratória. O mais importante e o controle do sopro, do modo como ele é economizado,
disciplinado e utilizado conscientemente, a fim de fornecer a pressão que corresponde às
necessidades da música.
1 - Músculo transverso
do abdome
2 - Púbis
3 - Osso Ilíaco
4.Grande Reto
_ _ 5 - Pequeno Oblíquo
_ _ 6 - Grande Oblíquo
_ _ 7 - Cúpula diafragmática esquerda
_ _ 8 - Cúpula diafragmática direita
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6– ARTICULAÇÃO VOCAL
Articulação: processo pelo qual os órgãos da fala moldam o som vocal em sons
reconhecíveis da fala.
O primeiro passo para uma boa interpretação é o domínio de uma boa articulação. Tanto
no canto, quanto na fala (a muitas pessoas), os movimentos articulares devem ser mais
acentuados do que na conversação usual.
Lábios
Há pessoas que possuem um problema de excessiva tensão labial, o que impede a boa
mobilidade e flexibilidade. Por outro lado, existem pessoas que possuem um tônus labial
baixo, ou seja, flácido.
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A posição ideal para os lábios, é aquela que ajuda o rosto a Ter uma expressão
agradável, feliz. Deve-se evitar puxá-los exageradamente para os cantos ou para frente
quando se estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora.
Para aqueles com problema de tensão ou flacidez labial, existe um procedimento muito
simples e bastante eficaz, sugerido pelo fisioterapeuta e fonoaudiólogo Noélio Duarte.
Primeiramente, deve-se visualizar a boca e seus pontos-chave:
Quem tem excessiva tensão, deve relaxar os lábios, apertando com o indicador e o
polegar nos pontos indicados acima, seguindo a ordem numérica referida. Deve apertar
cada ponto com firmeza, no entanto, sem exageros, durante 5 a 10 segundos. Pode ser
incômodo, mas, ao final, os resultados vão valer à pena.
De um modo em geral, neste exercício das vogais, pode-se utilizar o "p" e o "b" para treino
labial, pois estas consoantes são totalmente dependentes dos lábios.
Língua
Cerca de 90% dos problemas que envolvem a língua são de tensão. Isso causa o
ressecamento da boca pela retração constante da língua. Este posicionamento não
estimula muito a produção de saliva em termos fisiológicos, e também interfere
consideravelmente na emissão do som, por razões explicadas mais adiante quando
falarmos da faringe.
Existem, também, aqueles que precisam tonificar a língua, sendo caracterizados pelo
acúmulo excessivo de saliva.
- colocar a língua um pouco para fora da boca e morder levemente a pontinha da língua
Maxilar
A tensão é um grande fator limitante da boa atuação dos maxilares. Pode-se perceber a
tensão existente ao se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca
fechada ocorre isto. Por isso, aparecem dores após o ensaio ou apresentação, ou mesmo
após a fala.
Nunca se deve usar posições forçadas, tais como empurrar o maxilar para frente, puxá-lo
para trás ou trancá-lo numa posição. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura
que for dada ao maxilar. Em relação à tensão ao maxilar inferior, pode-se realizar alguns
exercícios, lembrando que devem ter maior cuidado ao realizá-los aqueles com
tendência à luxação do maxilar.
1. Lateralização
Abrindo a boca e movimentando o maxilar para a direita e para a esquerda.
2. Abertura total
Abrindo bem a boca por alguns segundos.
3. Projeção anterior
Com a língua na posição de repouso, projetando-se o maxilar para a
frente, permanecendo assim por alguns segundos.
4. Projeção posterior
Com a ajuda de um dedo, fazendo-se um recuo do maxilar por
alguns segundos.
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Faringe
A faringe tem a função de ampliar o som, e embora não seja essencial para a
articulação, está intimamente ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor
desempenho dependerá do comportamento da língua.
A ampliação do som será tanto melhor quanto melhor for o espaço que o som puder
ocupar dentro da boca.
Como se pode ver neste esquema, a voz terá uma melhor ampliação na posição 1, a
qual tem o dobro do tamanho da posição 2. Deve-se notar como o hábito tão comum da
posição 3 diminui consideravelmente o espaço para a ampliação da voz.
- pode-se escolher um tom médio, e com as vogais "a", "o", e "u" as pessoas podem cantar
variando o padrão de língua na posição 2 (representado pela vogal em minúsculo) e
posição 1 (representada pela vogal em maiúsculo).
Palato
O palato se divide em 2 partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula,
conhecida como campainha).
O palato duro está envolvido com a projeção da voz, e o palato mole com a formação
de sons orais e nasais.
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O som, na verdade, é formado por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a
importância do palato duro aliado a uma boa postura da cabeça:
Sabe-se que as narinas são responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só
será emitido com a "permissão" do palato mole (a úvula).
Sons nasais
Sons orais
Para emitir esses sons nasais, a úvula desce. Caso suba, os sons emitidos serão orais.
A origem dos problemas pode estar no hábito de colocação errada da voz, até
problemas mais sérios, como tumores, sinusite, adenóide e excesso de muco.
voz facial. É esta voz facial que o cantor, seja qual for sua voz, deve e precisa desenvolver.
Uma voz que não explora essas ressonâncias, mesmo sendo uma voz forte, será uma voz
sem brilho e sem qualidade sonora. A voz bem colocada tem penetração, beleza e
qualidade.
A voz não impostada, não trabalhada, geralmente é apoiada na garganta, emitindo,
assim, sons imperfeitos, sem brilho, mesmo que o timbre seja muito bonito e agradável.
Você já deve ter ouvido falar em “cantar na máscara”, ou seja, utilizar os ressonadores
faciais. Observe os ressonadores faciais fazendo este simples teste: coloque uma das mãos
encostadas no “Pomo de Adão”, que é a saliência da laringe e a outra entre o lábio
superior e o nariz, apenas encoste a mão. Não faça força nem aperte. Com a boca
fechada produza um som qualquer, como um “HUM”. Se observar uma vibração no
“Pomo” você está apoiando a voz na garganta e não nos ressonadores faciais, caso a
vibração maior seja abaixo do nariz você estará no caminho certo, utilizando esses
ressonadores faciais. Não se preocupe, faremos outros exercícios para tal
desenvolvimento.
Uma voz que não utiliza os ressonadores faciais tende a provocar um desgaste obrigando
o cantor a um esforço desnecessário e, sem dúvida, sua voz será envelhecida
prematuramente.
Impor a voz na face não significa forçá-la nos ressonadores faciais com excessos de
emissão e sim emiti-la de forma fisiológica sabendo explorá-la de maneira natural.
Os órgãos articuladores são: os lábios, os dentes, a língua, o palato duro, o véu palatar e a
mandíbula e são encarregados de transformar a voz em voz falada ou cantada. Qualquer
deficiência de articulação irá dificultar o entendimento do que se canta.
É importantíssimo saber pronunciar bem as palavras de acordo com o idioma e suas
regras, explorando os articuladores na forma correta dos vocábulos. A cavidade bucal
sofre diversas alterações de tamanho e forma pelos movimentos da língua, considerada
como o principal órgão da articulação, pois apresenta uma enorme variabilidade de
movimentos pela ação dos seus músculos.
CAVIDADES DE RESSONÂNCIA
Elas estão situadas à frente da coluna cervical, isto é atrás da parte óssea e do maxilar e
segem à laringe. Elas são compostas pelo baixo ou oro-faringe, limitada embaixo pelas
cordas vocais, à frente pela epiglote e a base da língua, e atrás pela parde anterior da
coluna vertebral que é recoberta pelos músculos constritores. Ao lado estão os pilares,
prolongados acima pelo véu palatino. Acima e atrás das fossas nasais, o cavum, ou rino-
faringe (figura A).
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Estas cavidades possuem paredes fixas (maxilar superior e palato duro) e paredes móveis
(mandíbula, língua, epiglote, lábios e véu palatino). Suas formas e dimensões são variáveis
dependendo das pessoas. Alguns destes órgãos têm um sentido muscular (língua, lábios e
mandíbula) e outros não têm (véu, palatino, laringe e cordas vocais).
No interior desta cavidade se encontra o véu palatino que se segue ao palato. Ele pode
ter um diâmetro transversal e sagital mais ou menos desenvolvido e ser mais ou menos
longo e musculoso. Qualquer que seja sua forma, o mais importante é sua mobilidade. Sua
posição depende das atitudes articulatórias e varia, segundo a ausência ou a presença
de nasalização (figura B). Neste caso, ele se abaixa e deixa passar um pouco de ar nas
cavidades nasais. Ele muda também, segundo os movimentos da mandíbula, dos lábios,
da laringe e o alargamento, mais ou menos pronunciado da faringe. Ao nível dos pilares,
do véu palatino e da parede faríngea, este alargamento é sentido como uma atividade
muscular importante e muito sensível (figura C ).
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A Língua
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7 - VOCALIZES
São exercícios vocais que trabalham com escalas e as vogais. Daí o termo "vocalize". As
consoantes também são necessárias, pois quando são bem pronunciadas, ajudam a
melhorar a dicção.
Os vocalizes têm várias funções, como para aquecimento vocal. Entretanto, também
contribuem para afinação, dicção, dinâmica e acentuação.
Exercício 04
Exercício 05
Exercício 06
Nesse exercício, vamos utilizar uma técnica chamada "boca chiusa". Você deverá realizar
esse exercício com a boca fechada, mas os dentes não podem estar cerrados.
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Observações:
Lembre-se que todos os exercícios devem ser feitos dentro de uma oitava, subindo de
meio e meio tom Associe aos vocalizes tudo o que foi visto sobre respiração.
Exercício 10
O objetivo desse exercício é trabalhar a colocação de voz.
Segure por quatro tempos a mesma nota e dê um intervalo também de quatro tempos.
Comece pela nota mais aguda e vá até o mais grave (lembre-se que estamos
trabalhando apenas dentro de uma oitava).
Exercício 11
Nesse exercício você vai perceber que estaremos cantando algumas notas que
normalmente não usamos em outros exercícios, que serão utilizados para aprimorar a
percepção musical. Esta é uma escala cromática, isto é, uma escala formada por
semitons. Primeiro, cante "I A", e depois "OH".
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Durante a prática desses exercícios tudo deve funcionar em conjunto: respiração, postura,
ritmo e tudo o que já vimos anteriormente. No vocalize 12, você deverá cantar a primeira
linha das vogais (uma em cada nota) e em seguida, repita o mesmo exercício cantando
a segunda linha das vogais. No vocalize 13, você deverá cantar primeiro "dá..." em todas
as notas de exercício. Só depois é que você deve passar para a próxima sílaba.
Exercício 14
Esse exercício deve ser feito cantando as vogais, usando apenas uma única respiração
para todo o exercício, sem pausas. O objetivo é trabalhar a extensão da sua respiração e
a sua capacidade de sustentar notas sem desafinar. Você não deve se sentir cansado
após esse exercício. Se isso acontecer, é preciso praticar mais os exercícios de respiração!
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Exercício 15
Esse exercício vai ajudá-lo a desenvolver sua mobilidade vocal. Cante cada nota da
escala; sem atropelar nenhuma. Você pode cantar alternando as vogais "A" e "O" cada
vez que subir o tom.
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8 - CLASSIFICAÇÃO VOCAL
Na música clássica vemos uma divisão bem clara e rígida para cada tipo de voz. Isso
ocorre por que o cantor (a) deve seguir uma partitura que já trás definidos o ritmo, a
tonalidade e o andamento da música que foram determinados pelo compositor.
Acredito que para o canto popular não há necessidade de uma classificação como no
canto lírico (clássico). Por exemplo: se uma pessoa que é contralto quiser cantar uma
música que foi composta originalmente para soprano, basta alterar a tonalidade da
música para adequá-la à sua tessitura.
Quando falamos em grupos vocais (corais, madrigais, etc) aí sim essa classificação vocal
existe e tanto na música popular como na música clássica pode-se perceber claramente
a divisão das vozes.
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9 - DINAMICA
É muito desagradável quando paramos para ouvir uma música e percebemos que ela
começa e termina sem dinâmica alguma; ou seja, não se percebe nenhuma variação de
volume durante toda a música. Para trabalhar com dinâmica, primeiramente é preciso
que o cantor(a) esteja integrado com os músicos que executarão o instrumental. Não
adianta o cantor se esforçar em demonstrar uma certa "emoção" enquanto canta e os
músicos não acompanharem a mesma idéia. Para quem canta com play-back, deve-se
ouvir com muita atenção seu instrumental antes de cantar. Para entendermos como
funciona a dinâmica numa música, vamos observar duas coisas importantes:
1. O que diz a letra - Esse é o ponto de partida. A partir do momento que decidimos passar
uma mensagem, devemos nos lembrar de usar todos os recursos disponíveis para que isso
aconteça (cada um a seu tempo). Portanto, leia a poesia antes e reflita naquilo que você
irá cantar interpretando-a durante a execução.
2.Volume - é o recurso que pode ser usado para se trabalhar com a dinâmica da música.
Grande é o Senhor
Grande é o Senhor
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APOSTILA AULA CANTO
POSTURA
RESPIRAÇÃO
VOCALIZES
REPERTÓRIO
Saber como trabalhar a respiração na técnica vocal, como já vimos em aulas anteriores,
é muito importante para desenvolver a capacidade de cantar bem. Para isso, é
necessário praticar os exercícios que foram dados com muita dedicação e aos poucos, ir
aumentando a intensidade deles.
Os vocalizes tem muitas finalidades. Uma delas é o aquecimento vocal, que deve ser feito
sempre antes da aula ou apresentação. Também devemos praticar os vocalizes com a
intenção de se melhorar a afinação, ritmo, etc.
Os dez minutos iniciais são para o relaxamento. Faça todos os exercícios que estão na
aula e outros que você souber que sirvam para relaxar os ombros, pescoço e costas.
Aproveite também para verificar a postura.
Nos próximos dez minutos, invista nos exercícios de vocalizes, que servem para afinação,
aquecimento, ritmo, etc.) No início do estudo, é preferível trabalhar apenas em uma
escala, isto é, faça apenas dentro de uma oitava. (Ex: começando no dó central do
piano/teclado siga as notas indo para a direita (agudo), fazendo os exercícios até o
próximo dó).
O tempo restante poderá ser aplicado no repertório. Essa é a hora de aplicar tudo que
você tem feito nos exercícios. Procure escolher músicas com ritmos variados.
" A voz é um código de expressão da alma, pois revela nossas impressões mais profundas
através de seu timbre, seu volume, sua forma de emissão, enfim. Quando trabalhamos
com a voz de alguém, colocamos em jogo o seu esquema de valores, toda a sua filosofia
de vida e toda a sua cosmovisão."
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