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DILEMA ÉTICO

É ético forçar alguém a se adaptar aos valores da cultura organizacional?

Como é de conhecimento de todos, as pessoas tem personalidades diferentes e


são movidas por valores e ideais próprios, que desenvolvem e absorvem ao longo de
sua vida. Além desses traços, os indivíduos ainda possuem características e opiniões
diferentes com relação ao trabalho e às melhores formas de desempenhar suas
tarefas nas organizações. É exatamente pelas distinções existentes entre nós,
humanos, que se estabelecem as diferentes preferencias e competências entre os
profissionais.

Com base nisso, imagine o caso de um profissional individualista e apreciador


da meritocracia (predomínio numa sociedade, organização, grupo, ocupação etc.
daqueles que têm mais méritos) ao se ver contratado por uma empresa onde o
trabalho em equipe está incrustado na cultura organizacional e a remuneração varia
de acordo com o tempo na empresa? Nesses casos, haverá um fator choque entre os
valores e crenças, que gerará um fenômeno semelhante à e dissonância cognitiva.
Nesse cenário, o trabalhador precisará adaptar-se à cultura da empresa e passará por
uma série de etapas para absorver os significados compartilhados por seus novos
colegas.

Se esse caso já é crítico, imagine o dos funcionários de uma empresa que tenha
sido comprada ou se fundido a outra que tem aspectos culturais diametralmente
opostos.

Agora, não haverá mais o “filtro da seleção”, que poderia eliminar os candidatos que
não compartilham os valores e crenças organizacionais, como o do exemplo anterior.
Os trabalhadores serão obrigados a aceitar e absorver a nova cultura, caso não
queiram passar por outro “filtro” em outra empresa...

Você acha justo que empresas e gestores forcem funcionários a aceitar valores
em que estes não acreditam? Como você agiria se trabalhasse em uma empresa que
fosse comprada por outra e tivesse de absorver valores nos quais não acredita.

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