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MOTIVAÇÃO NA AUTOESTIMA DO TRABALHADOR NO ÂMBITO ESCOLAR


MODALIDADE: TRABALHO DE PESQUISA

Jaqueline Alves Santos Barrios (FATEC PRESIDENTE PRUDENTE) ¹


Juliana Aparecida Oliveira Santos Barrios (UNESP PRESIDENTE PRUDENTE) ²
Jerson Joaquim da Silva (FATEC PRESIDENTE PRUDENTE) ³

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Atualmente os profissionais que laboram no ambiente escolar estão sendo mais exigidos
emocionalmente, as cobranças são constantes, onde os gestores procuram extrair o máximo de seus
colaboradores, quer por meio de metas, de objetivos, de sugestões de ideias ou de estratégias.
Nota-se, ao longo dos anos, que o cenário educacional cresce aceleradamente em termos de
mercado, de tecnologia, de criação de novos recursos mais avançados, do aumento da concorrência e
abertura de novas unidades, sendo que as organizações educacionais buscam pessoas qualificadas para
desenvolver atividades importantes, com intuito de minimizar seus custos e maximizar seus lucros,
encurtando as dificuldades sofridas no setor.
Tais fatores motivam trabalhadores a buscarem um crescimento profissional e se diferenciarem no
mercado de trabalho e conseguirem a ingressar em uma empresa com bom posicionamento no mercado.
Com isso, entende-se, que aumentou o interesse de pessoas mais experientes buscarem oportunidades em
entidades que forneçam um estudo qualificado que permitam aumentar seus conhecimentos e acreditar
em seus sonhos profissionais no mercado de trabalho.
Consequentemente, a exigência dessas organizações, principalmente as do setor escolar, cresce

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¹Discente de Graduação em Marketing. E-mail: jaqueline.stbarrios@gmail.com
²Graduada em Pedagogia | Especialista em Educação Especial Inclusiva. E-mail: jsantosbarrios2112@gmail.com
³Orientador do trabalho e professor do curso de graduação em Marketing. Email: jersonjsilva@hotmail.com
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cada vez mais, devido a este aumento de capacidades e competências das pessoas, elas buscam
profissionais mais qualificados e interessados para designar tarefas importantes dentro da organização.
Desse modo, as pessoas são motivadas a buscar, cada dia mais, um diferencial para alcançar um
espaço dentro de tais organizações.
Diante dessas informações, justifica-se a efetivação desta pesquisa para poder entender de que forma
a autoestima está ligada à motivação dos colaboradores no ambiente de trabalho escolar, visto que é um
ambiente em que pessoas buscam conhecimento de forma imediata, pois nota-se que os jovens de hoje,
aparentam ser menos resilientes em relação à ansiedade na busca de objetivos e de que forma a autoestima
pode estimular a criação de novas competências e ideias, muitas vezes de forma desorganizada.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Percebe-se que a autoestima é uma ferramenta poderosa para aumentar a motivação, fazendo com
que os colaboradores tenham um comportamento melhor em suas vidas e no trabalho.
De acordo com Moyses (2001) a autoestima significa gostar e confiar em si próprio, em suas ideias
e acreditar no ter direito de ser feliz. Entende-se, que a autoestima é necessária para que se possa ter uma
vida saudável, feliz, com convicção em suas ideias e desejos, não criando medo de se expor e, acima de
tudo, se sentir satisfeito consigo mesmo.
Portanto, supõe-se que autoestima é o modo de sentir a vida, de estar bem com ela. Pode-se inferir
que é a confiança no modo de pensar e enfrentar os dilemas e o direito de ser feliz. Entretanto, é preciso
ter autoconhecimento e autoconfiança para poder ter a sensação de que somos merecedores de nossas
necessidades, desejos e desfrutar os resultados de nossos esforços, (SCHMIDT, 2020).
Por exemplo, se um trabalhador se sente inseguro para enfrentar os problemas relacionados ao
ambiente de trabalho, se não tem autoconfiança e confiança em suas próprias ideias, ver-se nele uma
autoestima baixa. Ou, então, se falta a ele, respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente
merecedor do reconhecimento de seus superiores e colegas, se acha que não tem direito à felicidade, se
tem medo de expor suas ideias, vontades e necessidades, novamente nota-se uma autoestima baixa, não
importa que outros atributos positivos ele venha a exibir.
Branden, (2010), sugere algumas práticas para construir e manter uma autoestima elevada escolar,
pratique:
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Viver conscientemente. Participar intensamente daquilo que fazemos enquanto o fazemos, buscar e
estar totalmente aberto a qualquer informação, conhecimento que afirme nossos interesses, valores, metas
e planos. A prática da autoaceitação. Conseguir ouvir críticas ou ideias diferentes sem nos tornarmos
hostis ou competitivos. A prática do senso de responsabilidade. Cada um de nós é responsável pela
própria vida, pelo próprio bem-estar; que, se precisarmos da cooperação de outras pessoas para atingir
nossos objetivos, devemos oferecer algo em troca; e que a pergunta não é "De quem é a culpa?", mas
sempre "O que precisa ser feito?"
A prática da autoafirmação. Respeitar os próprios valores e as outras pessoas. A prática de viver
objetivamente. Estabelecer nossos objetivos ou planos de curto e longo prazo.
A prática da integridade pessoal. É dizer a verdade, honrar nossos compromissos e servir de exemplo dos
valores que declaramos admirar; é tratar os outros de maneira justa. Harmonize seu lar. Abra portas e
janelas e comece uma limpeza. Faça isso em todas as dependências da casa ou escritório. Lembre-se, só
fica o necessário!
Tenha objetivos. Materiais e espirituais. O verdadeiro Bem-Estar só é alcançado por meio dos objetivos
espirituais. Procure se tornar uma pessoa mais paciente, bondosa, serena, confiável e amiga, além de
humilde, aberta, sincera e simples e, principalmente, uma pessoa que tenha fé e confiança na vida. Utilize
seus talentos. Todos têm dons e talentos. Descubra quais são eles e comece a colocar em prática. Visite a
natureza. Pelo menos uma vez por mês, faça uma visita à mãe natureza. Pisar descalço na terra descarrega
as energias negativas. E não se esqueça, você é parte da natureza e deve estar em harmonia com ela se
quiser manter ou recuperar a qualidade de sua vida, (STOCKER, 2012).

OBJETIVOS
Este estudo teve como objetivos analisar o papel da autoestima na motivação e competências de
colaboradores no setor educacional; averiguar os fatores que proporcionam autoestima dos colaboradores
do setor educacional; estudar qual é o papel do líder em relação à motivação em uma equipe de trabalho
e pontuar os fatores que proporcionam desmotivação nos colaboradores no ambiente escolar.

METODOLOGIA
A pesquisa teve uma abordagem qualitativa, pois possuiu a facilidade de poder descrever a
complexidade de uma determinada hipótese ou problema, compreender e classificar as peculiaridades dos
comportamentos ou atitudes dos sujeitos. A partir daí foi-se produzindo a parte teórica por meio da
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pesquisa descritiva e interpretativa, para finalmente, efetivar-se o texto oriundo dos pensamentos dos
autores citados neste trabalho.
Texto produzido, passou-se para o ajuste, isto é para a análise, portanto foi uma pesquisa analítica,
pois trouxe à luz do referencial teórico, uma nova interpretação para que pudesse elucidar um novo olhar
sobre o papel da autoestima na motivação dos trabalhadores o ambiente escolar.

RESULTADOS
Supõe-se que a motivação é necessária para que as pessoas possam continuar acreditando que são
capazes de conseguirem conquistar seus objetivos pessoais e profissionais no segmento educacional, e
em alguns casos não depende somente delas e, sim, da organização, (SIMIONATO, 2010).
Portanto, presume-se que as organizações necessitam enxergar que seus colaboradores precisam
também de incentivos, de estímulos e de motivações para permanecerem motivados a continuarem a
exercer suas obrigações. Ekman (2020) pontua que a autoestima, que por sua vez, permite ao colaborador
a acreditar que é possível acontecer e chegar ao ponto final desejável, por meio de si próprio e de suas
competências. Fator que proporciona a ele realizar suas atividades de maneira mais prazerosa e com mais
dedicação.
O trabalho de motivação deve ser estudado e bem elaborado pelas organizações educacionais para
impulsionar, naturalmente, o desenvolvimento de novas ideias e estratégias dos seus colaboradores. Desta
forma, elevando à auto estima, é possível formar um ambiente agradável de trabalho, aumentando ainda
mais a visão das pessoas quanto seus objetivos empresarias e pessoais.
Contudo, é importante que as organizações escolares se preocupem a criar renovações nas suas
atitudes diante das relações emocionais com seus colaboradores, criando métodos motivacionais que
ajudam melhorar e satisfazer os desejos e as vontades dos colaboradores diante de suas responsabilidades
e obrigações dentro da empresa, (SCHMIDT, 2020).
Bergamini (1997) ressalta que a motivação e autoestima são fatores mais importantes para alcançar
competitividade neste mercado globalizado. Para isso, as empresas precisam de pessoas comprometidas,
confiantes em seu trabalho e suas competências para alcançar algo determinado por elas.
Pressupõe-se, que a autoestima é um fator que leva o colaborador a acreditar em si próprio, ou seja,
que é possível reverter suas dificuldades e contratempos e consigo motivar-se para continuar sua vida
com confiança, naturalidade para alcançar seus objetivos.
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Observa-se que quanto maior for à autoestima do trabalhador, mais ele se motiva a crescer, não
necessariamente no sentido profissional ou financeiro, mas dentro daquilo que ele espera viver durante a
sua carreira profissional, envolvendo atributos como o emocional, o criativo e o espiritual. Portanto, pode-
se alegar que quanto mais baixa a auto estima de um trabalhador, menos ele deseja fazer e é provável que
menos possa realizar.
De acordo com Stocker (2012), pode-se identificar em uma boa auto estima, vários fatores positivos
como: a pessoa não se deixa manipular pelos outros, buscando colaborar com ele; a pessoa acredita
firmemente em alguns valores e princípios; vive mais o presente; age de acordo com o que considera mais
justo para ela; julga ser valiosa em seu círculo de amizades ou em suas relações amorosas.
Por outro lado, à baixa autoestima pode ocasionar no trabalhador, as seguintes características,
conforme aponta Moyses (2021): agressividade; desleixo com a saúde – doente com frequência;
necessidade exagerada de agradar aos outros; insegurança; inflexibilidade; incapacidade de emitir
opiniões

CONCLUSÃO
Portanto, a pesquisa revelou que a motivação e a autoestima estão interligadas, mas isso não mostra
uma dependência de uma para outra, mas sim é importante dizer que para um colaborador se motive mais
facilmente é preciso estar com sua autoestima elevada. No ambiente escolar, ter um colaborador motivado,
propõe-se que ele age e reage diante de suas necessidades possuindo melhor visão do que quer para si
mesmo. Sendo a autoestima uma ferramenta poderosa para aumentar a motivação e manter um equilíbrio
no dia a dia, com alegria, comprometimento e confiança e si próprio, (SIMIONATO, 2010).
Perante as vantagens, entende-se que a organização escolar que usufrui de seus colaboradores
motivados e com sua autoestima elevada tem como resultados: aumento da produção, qualidade no
serviço, abertura para novas ideias, diminuição de atritos no grupo, evolução nas habilidades do
colaborador, (MOYSES, 2021). Essas são algumas das vantagens quando a organização valoriza a
motivação e autoestima dos seus colaboradores, podendo se apoderar de benefícios vantajosos que serão
fundamentais para o mercado de trabalho atual.
Sendo assim, a organização preocupada em melhorar sua aproximação com seus colaboradores, se
importando com a motivação e autoestima, poderão ter um entendimento melhor para evoluir sua
produção e aumentar principalmente sua qualidade de trabalho dentro da organização, tornando-se assim
um local mais agradável para com os profissionais da educação.
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Palavras-chaves: Motivação; Liderança; Ambiente escolar

REFERÊNCIAS

BERGAMINI, C. Motivação nas Organizações. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1997.


BRANDEN, N. Autoestima, liberdade e responsabilidade. Ed. Saraiva, São Paulo: 2010.
EKMAN, P. A linguagem das emoções. Ed. Lua de Papel. São Paulo: 2020.
MOYSES, C. Seu sucesso pela Autoestima. São Paulo: Leia sempre, 2021.
SIMIONATO, M.A. Competências emocionais – o diferencial competitivo no trabalho. Qualitymark,
São Paulo: 2010.
STOCKER, M. O valor das emoções. Ed. Palas Athena. São Paulo: 2012.
SCHMIDT, I. T. Motivação no Trabalho: Teorias Contemporâneas. São Paulo: Arte & Ciência, 2020.

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