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CENTRO DE HUMANIDADES
Letras Espanhol
Análise do Discurso
Professora: Rherbenia
Aluno: Angel Canete Gómez
RESENHA - COMENTÁRIO
O presente artigo está dividido em 4 grandes partes, a primeira que se chama A Gênese
da Disciplina está a sua vez dividida em 3 itens que são: o primeiro, Estruturalismo,
Marxismo e Psicanálise: Um Terreno Fecundo; depois, A Especialidade de Análise do
Discurso; e por último, Procedimentos de Análise: A contribuição de Harris e Chomsky. A
seguinte parte seria Fases da AD: Os procedimentos de análise e a definição do objeto. A
terceira parte que se chama Uma Análise está subdividida em quatro: a primeira, Como ler
um texto: em pauta as noções de formação ideologica, formação discursiva, interdiscurso,
condições de produção, heterogeneidade, sujeito e sentido; a segunda parte, A noção de
sentido para a AD; a seguinte, O conceito de sujeito na AD; e a quarta parte, que se chama, As
condições de produção do discurso. Já a quarta e última das partes são umas Considerações
Finais a qual não tem subdivisões.
A Análise do Discurso tem origem na França, na década de 1960, seus precursores são
Jean Dubois, um linguista, lexicólogo envolvido com os empreendimentos da Linguística da
sua época, e Michael Pêcheux, um filósofo envolvido com os debates em torno do marxismo,
da psicanálise e da epistemologia. O pressuposto estruturalista ao que se contrapõe a Análise
do Discurso é que a língua não é apreendida na sua relação com o mundo, mas na estrutura
interna de um sistema autônomo. Pecheux retoma a dicotomia saussuriana língua/fala para
inscrever os processos de significação num outro terreno, mas não concebe nem o sujeito,
nem os sentidos como individuais, mas como históricos, ideológicos. Assim é que, Pecheux,
propõe uma semântica do discurso, concebido como lugar onde convergem componentes
línguístico e socioidelógicos, em contrapartida da teoria do valor, pressuposto saussuriano,
segunda a qual os signos se definem negativamente, subordina, a significação do valor, de
donde decorre que a significação é concebida como sistêmica.
A partir da proposta de Pecheux, tomada de Althusser, as possibilidades discursivas
dos sujeitos inseridos em determinadas formações sociais. Althusser postula que as ideologias
têm existência material e, por isso mesmo, devem ser estudadas não como ideias, mas como
um conjunto de práticas materiais que reproduzem as relações de produção. Trata-se do
materialismo histórico. O autor destaca que o Estado é, na verdade, um aparelho repressivo do
Estado que funciona pela “violência” praticada por suas instituições (escola, igreja, etc...),
tomadas como aparelhos ideológicos do Estado. Sendo assim, como a ideologia deve ser
estudada em sua materialidade, a linguagem se apresenta como lugar privilegiado em que a
ideologia se materializa.
A Análise do Discurso configura-se como uma ruptura epistemológica que opera com
o estudo do discurso ancorado aos conceitos de ideologia e sujeito. A gênese da Análise do
Discurso começa por meio do materialismo histórico que lhe dá o conceito de ideologia, do
estruturalismo do que pega o método de análise e, por último, a psicanálise lacaniana da qual
herda o conceito de sujeito.
Lacan postula que o consciente se estrutura como uma linguagem, como uma cadeia
de significantes latente que se repete e interfere no discurso efetivo, como se houvesse, sob as
palavras, outras palavras, como se o discurso fosse sempre atravessado pelo discurso do
Outro, do inconsciente. Assim, passa-se a crer que a inserção do sujeito no sistema afeta a sua
estrutura. O sujeito nada mais é do que um significate do Outro. A Análise do Discurso
concebe, assim discurso como a materialização dos modos de produção social. A Analise do
Discurso, nesse sentido, considera a linguagem apenas à medida que esta faz sentido para os
sujeitos inscritos em estrategias de interlocução, em posições sociais ou em cojunturas
históricas.