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e medidas
O experimento
Experimento
Como economizar cadarço
Objetivos da unidade
1. Permitir ao aluno criar e testar hipóteses;
2. Descrever situações e resolver problemas utilizando conceitos
de Geometria Plana.
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economizar Qual método de colocar cadarços nos sapatos utiliza um cadarço menor?
Neste experimento, seus alunos poderão encontrar a resposta dessa
questão experimentalmente, bem como observar sua demonstração
cadarço geométrica.
Conteúdo
Geometria Plana, Problemas de otimização.
Objetivos
1. Permitir ao aluno criar e testar hipóteses;
2. Descrever situações e resolver problemas utilizando conceitos de
Geometria Plana.
Duração
Uma aula dupla.
Introdução
Existem várias maneiras de amarrar os
sapatos e esses métodos diferem princi
palmente no apelo estético e no tempo
necessário para executá-los.
Dado um certo cadarço, suponhamos
que um usuário queira fazer o maior laço
que puder. Para conseguir fazer esse grande
laço, ele teria que usar a menor quantidade
possível de cadarço no ziguezague do
sapato, ou seja, teria que descobrir qual
método requer um cadarço mais curto.
Neste experimento, vamos tentar descobrir
que método é esse.
Inicialmente, seus alunos simularão
um sapato usando materiais bem simples
e medirão o comprimento necessário de
cadarço no ziguezague do sapato para três
maneiras habituais de amarração: o método
americano, o método europeu reto e o
método rápido das sapatarias. A partir daí,
eles poderão dizer qual é o método que
precisa de menos cadarço dentre os três
testados.
Após isso, eles tentarão criar um método
que utilize ainda menos cadarço e, por fim,
será apresentada a demonstração geométrica
do motivo por que o primeiro método utili
zado (método americano) é o melhor em usar
menos cadarço.
fig. 1
9ece[Yedec_pWhYWZWhe
Comentários iniciais
E;nf[h_c[dje ) % '&
Preparação
etapa
Comparação dos compri-
mentos dos cadarços '
Para esta etapa, os alunos deverão seguir
os passos abaixo:
Em um dos lados da placa de papelão, fazer ! As distâncias entre os
oito furos equidistantes entre si e à mesma furos do mesmo lado e
distância da borda. Fazer o mesmo no outro entre os furos de lados
lado, de modo que cada furo fique exata- opostos podem ser dife-
mente de frente com o correspondente; rentes para cada grupo.
Na verdade, é até melhor
que isso aconteça para
que haja mais variação
dos dados obtidos.
fig. 3
9ece[Yedec_pWhYWZWhe
Fazer um buraco no meio do sapato, como
mostra a figura 4;
fig. 4
A placa com furos representará o local para Peça para seus alunos
o ziguezague do cadarço. tomarem cuidado para
Passar o cadarço sem deixá-lo frouxo não deformar o papelão.
segundo o método americano e medir
o comprimento utilizado apenas no
ziguezague. Uma maneira de fazer isso é
medir o comprimento total do cadarço e
subtrair o que sobrou fora do ziguezague;
fig. 5
E;nf[h_c[dje * % '&
Fazer o mesmo para os métodos europeu
e da sapataria.
fig. 6
fig. 7
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etapa
Existe um método que usa
menos cadarço? (
Peça para seus alunos utilizarem o molde
do sapato construído na etapa anterior para
tentar encontrar um método que utilize
menos cadarço do que o método americano.
Lembre-os apenas das seguintes regras (que
foram utilizadas para todos os métodos
anteriores):
Todos os furos devem ser utilizados;
O cadarço deve ser passado de maneira
alternada entre a direita e a esquerda.
E;nf[h_c[dje + % '&
Se alguém tiver encontrado esse método,
ele deve ter cometido algum engano, pois,
como demonstrado no Guia do Professor,
o americano é sempre o que menos usa
cadarço. Verifique se não houve violação de
regra ou deformação no sapato.
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Provavelmente, no final do experimento,
os alunos já estarão um pouco convencidos
de que o método americano é o que menos
usa cadarço. Porém, ainda não poderão
afirmar com toda certeza, já que não viram
ainda uma demonstração formal disso. Por
isso, o professor deve aproveitar o momento
para fazer a demonstração desse fato.
A demonstração, ao contrário das provas
tradicionais, não necessita de manipu-
lação algébrica e será feita logo abaixo.
Primeiramente, faremos a demonstração
de que o método americano utiliza menos
cadarço do que o europeu e depois de que
o europeu usa menos cadarço do que o da
sapataria. Sendo assim, chegaremos à con-
clusão de que o americano é o que menos
usa cadarço dentre os três.
Depois, no Guia do Professor, usando
uma propriedade de reflexão, mostraremos
que o método americano não só é que menos
usa cadarço dentre os três citados, mas
9ece[Yedec_pWhYWZWhe
também é o que menos usa cadarço dentre
todos os possíveis.
fig. 9
E;nf[h_c[dje , % '&
um mesmo lado do sapato). As linhas
horizontais sucessivas estão separadas
verticalmente por uma distância igual à
distância entre o par de furos.
A primeira linha do diagrama representa
os orifícios de um dos lados do sapato
(chamemos de lado esquerdo, pois é o lado
esquerdo do ponto de vista do usuário do
sapato). A segunda linha representa os
orifícios do outro lado (lado direito). Por fim,
as fileiras representam alternadamente os
orifícios de um lado e de outro.
Os traçados poligonais do diagrama foram
feitos da seguinte maneira: imagine que
estamos começando a passar o cadarço no
sapato. Iniciamos no primeiro orifício do
lado esquerdo, depois passamos para um
orifício do lado direito, e, portanto, para a
linha debaixo do diagrama. Então, pelas
regras de passar o cadarço, temos que
passar para o lado esquerdo novamente,
mas, ao invés de fazer o traçado para a linha
de cima (que representa o lado esquerdo),
traçamos para a linha de baixo (que também
representa o lado esquerdo). Observemos
que o traçado que fizemos tem o mesmo
comprimento do que se o tivéssemos feito
para cima. Portanto, o desenho que fizemos
mantém o comprimento do cadarço para
qualquer um dos métodos. Fazemos isso em
todas as passadas, sempre fazendo o traçado
para a linha de baixo e não para a de cima.
9ece[Yedec_pWhYWZWhe
O método americano e o método europeu ! Lembre-se que a soma
Usando o diagrama, podemos comparar os dos comprimentos de
métodos americano e europeu. É possível dois lados de um triângulo
ver que em alguns pontos os métodos sempre excede o compri-
coincidem, mas em outros não. Analisando mento do terceiro lado,
a menos que os três lados
o pequeno trecho pintado na figura 10,
estejam alinhados.
podemos ver que o traçado do método
americano é um dos lados de um triângulo
e o traçado do método europeu são os
outros dois. Podemos, então, concluir que
o traçado do padrão americano é menor do ! Observe que o que fizemos
que o do europeu neste trecho. Também funciona para quaisquer
podemos perceber que o método europeu quantidade de pares
sempre está ou coincidente com o americano de furos, distância entre
ou em trechos semelhantes ao analisado, de orifícios e distância
entre linhas. Portanto, é
onde finalmente concluímos que o método
uma demonstração para
europeu sempre usa mais cadarço do que um caso geral.
o americano.
fig. 10
E;nf[h_c[dje - % '&
O método europeu e o método das sapatarias
fig. 11
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fig. 12
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fig. 13
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Ficha técnica
Autor Projeto gráfico Universidade Estadual Matemática Multimídia
Samuel Rocha de Oliveira Preface Design de Campinas Coordenador Geral
Reitor Samuel Rocha de Oliveira
Coordenação de redação Ilustrador Fernando Ferreira Costa Coordenador de Experimentos
Rita Santos Guimarães Lucas Ogasawara de Oliveira Vice-Reitor Leonardo Barichello
Edgar Salvadori de Decca
Redação Fotógrafo Pró-Reitor de Pós-Graduação Instituto de Matemática,
Felipe Mascagna B. Lima Augusto Fidalgo Yamamoto Euclides de Mesquita Neto Estatística e Computação
Científica (imecc – unicamp)
Revisores Diretor
Matemática Jayme Vaz Jr.
Antonio Carlos do Patrocinio Vice-Diretor
Língua Portuguesa Edmundo Capelas de Oliveira
Carolina Bonturi
Pedagogia
Ângela Soligo
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