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Somente um Deus poderia manter Seu lugar nos corações dos homens durante
quase dois mil ano e exercer Seu poder de redenção, que hoje como Santo
Antão antigamente, dá alívio e bênção aos fiéis. E não é apenas a Igreja Católica
que repousa sobre o dogma da divindade de Cristo. A mesma garantia de que
Deus apareceu sob forma humana deu à mensagem luterana sua força viril.
O poder de redenção do filho de Deus 'é louvado nos painéis do altar dos Van
Eyck, em Gand. O abençoado conhecimento de que um Deus viveu na terra
guiou o seráfico pincel de Fra Angélico. E todos os seus anjos, bem como as
amoráveis madonas de Memling, Rafael, Murillo, as crucifixões, piedades,
ascensões de Dürer, Grnewald e todos os grandes pintores e escultores, .o
milage inteiro de cor, linha e forma da arte cristã, no Ocidente, brotaram
exclusivamente da mais fervente absorção em conhecimento através da fé. El
Greco, o visionário santo, utilizou seu gênio para mostrar a luz sobrenatural na
qual o Senhor apareceu a S. Antão e outros grandes santos. E finalmente, a fé
no Redentor inspirou as obras de Dante, de Dostoievski e de muitos outros,
capacitando-os a ocupar o lugar elevado que mantêm para nós hoje no reino das
letras.
O pequeno retintim que Ario inventou está esquecido. Mas a grande música de
Cristo, o Redentor, soará através de toda a eternidade. Se tempo vier em que
Sua Igreja não mais exista, a música a que a fé n’Ele deu origem continuará a
proclamar Sua Verdade, a espalhar alegria sobre a terra, até ao dia do Juízo
Final. Em todas as centenas e centenas de obras de João Sebastião Bach, em
todas as suas cantatas, missas, paixões, hinos, está vocalizada a oração de
alguém cuja fé se acha profundamente arraigada na confiança cena em Deus
Redentor. É a Ele que Bach louva nas suas fugas, nos recitativos, nas árias e
coros da Paixão segundo S. Mateus e na Missa em Si menor. No Oratório de
Handel, uma voz de solo rejubila-se: "Sei que meu Redentor vive!''; e coro e
orquestra respondem, num hino regozijante de "Aleluia!" Na Missa Solemnis de
Beethoven há o poderoso motivo do "Et incarnatus est!". "Deus encarnado"
tornou-se uma verdade eterna. Mil e seiscentos anos antes, S. Antão havia dado
testemunho disso na basílica de Alexandria.