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DANS LA G DE": •
Nota.: ESle artigo roi lr.ldllZido do fr.tocês por Fr:wci.sco de USlro Azelo°edO.
anterior, mas pretendendo ser mais sóli r=t eSle admicivel mosaico, cujas pe
da e inexlirpável, eL� eSlabclecL� a supe dms multicoloridas form.�m um qua
riorid�de francesa pela reunii '. o dro harmonioso, para deixá-lo perder
nios.-. de ludo aquilo que é necessário à se em um.� unjformid�de cinza e em
felicidwe hum.�na. A grandezt da Fran baçada? Não: reavivemos, ao contrá
ça, nesta perspectiva, esL1v.t em sua diver rio, com um fervor ciumcolo, o brilho
sidade prodigiosa - não podendo ser a de cad� uma das pedras de que ele se
mais poderosa das nações, ela era O pais compõe, e eSlejamos certos de que a
aben çoado pela nalur=t, o resumo ideal grande Ogura que resulL� de sua mon
de lod� a Europa. Esse país excepcional L1gem se imporá mais nítida, mais bri
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"Iem uma riquezt de IOnalidades que lbante e mais indelével.
L.< f'[IlJ( PAlijE EHCLDIE DANIL.< GRANDE 7
niio propunha nenhum outro objetivo à causa das provínci.1S, ela simbolizará
alé.m da reconciliação geral da paz social, a união de IOdos OS franceses. (.. .) Ela
e COmO o seu único adversário, o centra demonstrará que patriotismo e regio
lismo, niio era claramente identificável nalismo não se contradizem, que os
nem aos indivíduos nem aos grupos de interesseS da Província são os mesmos
interesse, tomou-se pouoo a pouco a de Paris e que, quando se lr.lla de
própria expressão da superação dos COn desenvolver uma obra nacional, eles
fliJOs reais - o que pemúli.1 que ele fosse se fundem de maneira indissolúvel.21
utilizado como último reOJrSO em perio-
do de crise aguda
•
Doce França. pais das Artes e d1S letras,
Um exemplo ilustrativo do papel con da alegria de viver e do turismo a husca
-
rlvleres,
Nos coscades, nos Ines, nos SOlUces, nos
logo apareceu, porL,nlO, a noção de
ruisseaux.
"pequena pátria", tr.tdução ap roxim.1.tiva Qu� comme lesforê/s, les /andes, les
do alemão "Helma'''. As criaoças partiam c/alrteres,
do estudo de sua pequena pátria (e nu Onl lenJé blen souve,,' /a Iyre el tes
me rosas dirc tri= ministeriais estimula- plnceara
LA PETijE PATijE EllCLOIE DAKI LA GRANDE 11
Célébrons, engourmels, nos vlgnes el nos al egremenle músicos e d,nçarioos UII tra
IreU/es, jes regionais. As crianças em vLl' gem
Nos jardhlS, nos vergers, nos rucbes, nos
cobriam o artesanato típico de CleL, região,
moissons,
Nos bel/es basseS<OllTS, nos crecbes sons
o mobiliário, a arquiletu la, os costumes.
parell/es, Ao término de uma apresen tação do Mu
NoITe alxmdant glbler, nos SOVO/D'eUX seu Alsaciano de Estrasburgo, os exerci
polssons. dos pergunlaY.lm aos colegL'lis:
(. ..)
EIje I'alme, el ces vers le som tole brunb/e Que é um museu regional? Se fosse
oJ]rande, insL'lIado um museu na cidade ou vib
Tol qu 'on ne pelll a lmer d'/ln amour trop
onde você mora, quais os objetos ca
JervenJ, racterísticos de sua regL'io (roupas,
Queje ne qullleral pas plus morl que
vivanJ, móveis, objetos diversos da vida coti
Ma pellle patrle, endose dons la grande. de..na etc.) que seria necessário ex
por?,!6
(GeOT8CS Trouillol;25
Aliás, em m'lio de J 938 um decreto
A França cekbralb na escoL.. prim1ria instituira no Mio islério de Educação na
era seguramente m.'1is ru raJ e m.'l.is arctica cional uma Co miss.'io de Arles e Tradiçães
do que o país real. O problem. .. era que, PopuL'li'CS que tinha o objetim de
de um L'ldo, a escoL.., oorm."llmente 3ruS3-
d.. de desviar os jovens do trabalbo do desenvolver o estudo cientifico das
campo, tinha de demonstrar conslanle arIeS e tr:Idiçõcs populares, encorajar
mcole que não encorajaY.l o êxodo rural. a arte popular e o artesanato tradicio
De ouIJ'o, era mais fficil a consuução de nal, collborar para a conservação dos
um patriotismo selCOO e alegre a partir da monumentos relevantes d'1S artes e
celebração de um passado rural miLificado tradiçõcs populares e (worecer o sur
do que tendo como base uma modemid, gimento de museus ao ar livre e d ..
de industrial e urn...na c:utegad, de confl� terra, difundir o gosto e a prãtica da
tos. O regionalismo foldórico iria aos pou música, do canto e da dança e recupe
cos suplanL'If, duranle a Terceira Repúbli rar a dignidade das fesL'lS e espeL1cu
ca, a história nacional heroicizld, como o los da tr:Idição popul'lr.27
cimen to da iden tidade nacional. Os
"Toursdc France" cscoL'U'CS, que ap resen Na vercL1de, era porque a emlução
L'lY.lm inici.1.lmcntc, para cada regiáo, os rumo à modernidade urbana e industrial
fCO.1CSOS naturais, as indústrias, os monu e à uniformizaç:;o dos modos de vida era
mcotos históricos e os"gmndeshomens", um processo irrevcrsivel, que a valoriza·
se oricoL'lmm progressiY.lfficole, à med� ção dos particularísmos e do rural podia
da que foram se intensificando a uniformi ser vivida como uma cekbrnçl0 nost.:ilgi
zação dos modos de vid.. e a urb.wização, ca, festiY.l c comunit-ire
para um' vis.'io mais turístka e mais fold6- década de 30, tanto na escola quanto nos
rica do prus. O acento passou a seccoloca movirnentos paraescolares católicos e de
do sobre o pitoresco e o palrirnone'll. Uma esquerda, nos albergues da juventude ou
v:ui.wte dos Tours de France esoobres, nos campos de escoteiros, seria estirou
publicld, em 1939, tr:IL..Y.l d .. iniciação lad.. a reviver os cantos e as d,nças de
emogr:ífica. O prólogo era uma "FesL.. d-.s "outrora" e a redescobrir o arteSanato
provindas frances.-.s", na qual desfilaY.lffi tradicional.
12 ISTUOOS HISlÓRKOS. I99sns
tomo às regiões e à sua rica diversid F representlntes por sufrligio u!Ú ver.;aI, amplia.
3
como ddade1as da pálrill em perigo. As ção dos poderes decisórios no tocante ao
reCetênd,1S às regiões, boje, de forma orçunento). Estl descen.r:di7!lção política, a
mais importante da história francCS-1, paula
alguma visam a questionar a unidade
nece no el\tulLO muito limir.ada em SlJas apu.
nadonal, mas, no quadro de uma séria
cações quando romparada rom a de OUIrQS
inquieL�ção qu.'lnto à posição da FC.'lnça palses europeus. Apenas um exemplo: as da
no cenário intemooonal, são uLiliz3d� tIS de férias esoolares, diferentes segundo as
como "identidade nacional de socono". Academias, cuja divis:io não rorrc:sponde aliás
Daí a idéia, muiL� vezes apresentada àquela das regiões, continuam a ser fixadas
nestes últimos anos, e necc
ssari
..
u nente pelo Minislério nacional para O conjunlO do
imprecis.1. em lOdos os seus lermos, de lOIitório.
uma "Europa das regiões". Aqueles que 6. Ospré/ets, criados por Napoleão, são os
a exprimem esperam sem dúvida que, na representantcs do poder central nos dcparta,.
falia de uma FC.'lnça poderos.� na Europ.'l, roemos.
baja regiões francesas fones num COD 7. Na mesma époc:a. as duas maiorcs cida
junlO que não apresen Lm a ameaça do des da província, Lyon e Marselha, não uh...-
supranacional. pas",Y:lOl 05 500 mil babitlnleS.
8. Pierre Vidal de la Blacbe, Tablcau de
géograpbie de la France, pre5mbulo ii J-J/sIO�
Te de F-ranct! de '-"visse, 1903.
Notas 9. Gastoll Paris, Oisrours en Sorbonne aux
délégués des sociétés déparremcotlles de Pa
1. É neccsslrio, todavia, assinalar dois ca,. ris, 24 de março de 1985; publicado em IA
sos. ligados a conjunturasbisLÓricasc políticas tradillon en Poltou el en Charenles, Sociélé
complexas. O primeiro diz respeito � AIs;S.cia· d'Ethnograpbie Nationale et d'M Popubire,
Lorena alemã de 1871 a 1918, que ronservou, Congresso de Nion, 1896, Paris-Nion, 1897,
quando de seu retomo ii França, certos e1e reimpressão fac-similada Poitiecs, Ubrairie
manos da legislação aluü:i. A Córscg;l, muitO Brissaud, 1981.
recentemente, no contexto de uma crise I»
lítica e social aguda, obLC.e um CSt:J.bJlO tern. 10. IA Rena/ssanct! Provlnclale, nO I, ju
torial que aprescotl algumas especificidades. nho de 1906.
12. Em 1898, Maurras publicou um fuse" loca.is, autonomia das universidades; desen
culo intituladoDécenlralisalion (Paris, Rcvue \oUlvimento de obras de iniciativa privada no
Encyclopédique, 45 páginas), que dedicava "À campo das ciências, das letraS e das artes."
doutrina de nossos mestres Comte. Le Play, 17. Nascido em Mon'peUier em 1870, pro
Renan e Taine; aos Senhores Oficiais do Esra fessor adjunto de letras no ensinoserundário,
do-Maior do Exército francês, oCendidos pelos Jean Cbarles-Brun tinha feito parte do peque
irúmigos do Estado". Ele concluía nesse texto no grupo de jovens membros do f+tibrige.
peJa necessidade de ligar nacionalismo e dey gravirando ao redor de Olarles Maurras anleS
centra1j7;lçáo, mas sem rejeitar aootamente o da ruplUC'3. relacionada oom o Caso Dreyfus.
regime republicano. Isto ele só faria c:xplicita. Republicano, calÓlico social, Olarles-Brun do
mente em 1905, em uma controvérsia com votou sua vida. a partir de 1900, à ClIl'Sa regio
PauJ-Boncour (foulouse, Socié,é Provinciale nalista. Multiplioou Sl135 ooruerêuoa5 nas asso
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22. P:u2 ffi3is infonnaçõc:s, \U:l lese rccc;n.. Tours, Mame, 1939. Maciel )ean·Brunhes, 6-
re de )c::m·François Cbane� L'éooIe républ� Ihadoenliocntege6grafo)ean Brunbes, seria,
calne ., /es pelftes patrks, Univc:rsité Paris-I, depóisdaD GuclI. Mundial, pesquisodora no
janeiro de 1994. Centro de Etnologia Franccsa do MIISC'U de
Artes e Tradições Populares.
23. Micbel BréaI, Quelques m()/s SUl' /'fns.
/rUd/on p/lbllque, citado por Cbacles-Brun, 27. E... wmissão foi presidida pdo histo
Le JreglonaJlsme, Bloud et G_y, 1911, p. 152. riador lJJcien Fcbvre, pdo geógrafo A lbeIt
24. O mais conhecido destes manuais é o Demangoon e por Chac1c:s-Brun, delegado
Tour de Francepar dewc m/anis, de G. Bru geca1 d. Federação Regionalisu francesa
no (mulher de um ideólogo republicano), 28. Esta comissão foi composta de notá..,;s
que seria lido, durante 50 _nos, por milhões das províncias e de personalid.des externas,
de alunos. Os dois pequenos heróis do livro entre os quais Chacles-Brun, fundador da Fo
são 6rf.ios que fogem de PhaIsbourg, arranca· d=ç'io Regionalista Francesa'
da à França pclos pmssianos, e acab;un. df>
29. Para mais informações, >CC Christian
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gostamos de vivcr" sem mesquinharia, sem 32. Discucso deJean Coin, 25 de março de
espÍfiIO de intrigaJ (...)1 Cantemos nossos 1945, publicado en C4blers d'Hlslo/re de n�
oceanos, nossos rios. nQSSilS prõl.iasJ nossas lIIuldeJrecbetcbesMarxisles, 1982, n0 9, ''00-
MSCltl.S, nossos bgos, nCKS35 rontes. nossos átan.ie", p. 141.
riacbos! que, oomo as Dorestas, as landes e as 33. 1iá uns dois ou três anos, ti..,. surp......
clareiras,/ tantaS WlrS tentaram cantar a lira e de encontrar esta expressão como epígrafe da
os pinoos./Cdcbremos. comob�urmels, nos .ula de geogcafi. de um de meus filhosl
sas vinhas e parreir.Ls/ nOSMS horas. nossos
rvvn
.1' �1"I"'C. nossas colméias, nOSS1S messes
- ._ --' I
..
34. Pudemos assistir, quando dos del,<ltes
nossos bdos quinrnis. nossos cstábuJos san rcttntes sobre: a intcg;açio européia, a:alguns
iguaisJ nos5ã' nça abundante, nossos peixes poIítkos ddendendo acicr:ldamente • França
saborososJ (...)1 E eu te amo, e C$lcs >o""" das 365 especialid.des de queijos locais,
são uma humildc: ofacnda' a ti, que nunClSC ameaçada de aculrucação pdo Gouda.