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04/05/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.

 Coerência e progressão textual

A pesca
Affonso Romano de Sant’Anna

o anil
o anzol
o azul
o silêncio
o tempo
o peixe

a agulha
vertical
mergulha

a água
a linha
a espuma

o tempo
a âncora
o peixe

a garganta
a âncora
o peixe

a boca
o arranco
o rasgão

aberta a água
aberta a chaga
aberto o anzol

aquelíneo
ágilclaro
estabanado

o peixe
a areia
o sol

Apesar dos poucos elementos de coesão, temos um texto coerente porque há unidade de sentido que é
dada a partir do próprio título; ele também é elemento de referência e ativa o conhecimento de mundo.
As palavras, assim, ganham sentido e vemos que se trata da descrição de uma pescaria, situação que
corresponde ao esquema que temos arquivado na memória.

Como já dissemos, a coerência é o todo de sentido em que resulta o texto. Para que ela se estabeleça, é
preciso observar a não­contradição de sentidos entre partes do texto, o que se constrói pelos mecanismos
de coesão já explicitados.

Além disso, de acordo com Fiorin & Platão (1999), há vários níveis que devem ser levados em conta,
como o narrativo, o figurativo, o temporal, o argumentativo, o espacial e o de linguagem. Para todos eles,
dois tipos de coerência são fundamentais: a coerência intra e extratextual. A primeira corresponde à
organização e encadeamento das partes do texto, ao passo que a segunda pode estar relacionada tanto ao
conhecimento de mundo como ao conhecimento lingüístico da falante.

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No entanto, há textos que podem ser incoerentes aparentemente. Para se verificar se o texto tem sentido,
é preciso considerar vários fatores que podem levar à atribuição de significado ao texto. São eles: o
contexto, a situação comunicativa, o gênero, o(s) intertexto(s).

Esses fatores determinam as condições de produção e de recepção de um texto. É preciso ter
conhecimento dessas condições para julgar coerente (ou não) um texto. Para exemplificar, um texto
literário, por ser ficcional, admite o uso da linguagem figurada, ao passo que um texto científico não a
admite. Portanto, se houver o uso de uma metáfora em um texto científico, por exemplo, este será
julgado incoerente.

Vejamos um texto para melhor ilustrar o que foi dito até aqui.

O leão, o burro e o rato

Um leão, um burro e um rato voltavam, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos(1) e
colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma
paca e muita caça menor. O leão sentou­se num tronco e, com voz tonitruante que procurava
inutilmente suavizar, berrou:
— Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a
justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós
três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três
partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando
nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água(2) e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram
que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes
absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
— Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando­o no chão,
morto.
Sorrindo, o leão voltou­se para o rato e disse:
— Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos
suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não
havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor
agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio,
novamente, deixando­lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado,
toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro apenas um ratinho cinza(3) morto por acaso. O leão
ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato chamou:
— Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
— Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha
tão certa?  
E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você
precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você
precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição
na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um
intelectual, sou todo espírito!
— Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente
admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o
tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
— Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende,
acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.

MORAL: SÓ UM BURRO TENTA FICAR COM A PARTE DO LEÃO.

(1). A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito
comum.
(2). Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele

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bebia. Mas isso já é outra fábula.
(3). Os ratos devem se contentar em se alimentar de ratos. Como diziam os latinos: Similia similibus
curantur. (FERNANDES, Millôr)1

1 www.uol.com.br/millor (acesso em 05/12/06)

Ao analisarmos o texto, podemos verificar o seguinte:
No texto, a coerência narrativa é estabelecida, primeiramente, pela seqüência de ações que se
encadeiam: o leão propõe um desafio ao burro e ao rato, ambos aceitam, mas o burro não capta a
verdadeira intenção do leão e acaba morto; o rato, por sua vez, ao ver o burro morto, entende a
mensagem e, para preservar sua vida, faz a divisão do alimento considerada justa para o leão e, assim,
obtém sucesso.  

Na seqüência temporal, a narrativa apresenta uma sucessão de fatos que estabelece a progressão
temática do texto a respeito da exploração do homem pelo homem, ou da lei da sobrevivência em uma
sociedade competitiva, tema(s) este(s) que é (são) figurativizado(s) pelos animais partilhando o alimento,
em que se destaca a soberania do leão na cadeia alimentar.   

A fim de se concretizar a “verdade” do texto, há também a coerência espacial, visto que os animais
encontram­se em uma floresta, ambiente que concretiza o cenário em que se desenvolve a história. Como
se trata de um texto ficcional, a coerência é estabelecida pela criação desse mundo possível em que os
personagens se inserem.

Quanto à linguagem, é coerente ao tipo de texto, que permite o uso do coloquial, a fim de aproximar­se
do interlocutor desse tipo de texto. Por isso, o vocabulário é acessível e há construções próximas à
oralidade, como “Me façam um favor”, em que o pronome oblíquo inicia a oração, uma forma que a
norma padrão rejeita.

Há um “jogo” de pressupostos e subentendidos, que caracterizam o texto como literário e consiste em
uma estratégia argumentativa para a defesa do ponto de vista implícito de que “vence o mais forte”.

Dessa forma, podemos considerar este um texto coerente, pois observamos tanto a coerência interna,
como a coerência externa dele. A primeira corresponde aos fatores ligados ao conhecimento lingüístico, já
apresentados anteriormente, ao passo que a segunda relaciona­se às condições de produção e/ou
recepção do texto, tais como o gênero, a situação comunicativa e as relações intertextuais.

Nesse sentido, podemos verificar que, por se tratar de uma crônica, é um texto que trata de tema do
cotidiano, em uma linguagem coloquial, mas que constrói opinião pelas estratégias argumentativas. Além
disso, de modo subentendido, faz alusão a outros textos existentes, do tipo fábula, que pressupõem a
existência de uma “moral”, recurso que se denomina intertextualidade. Pode­se notar que por esse
recurso há construção de uma ironia em relação à moral, que é apresentada de uma maneira
“subvertida”, isto é, de modo a levar o leitor à reflexão sobre a estupidez humana em suas relações
sociais.  

Sugestão de atividade

Sugerimos que, para amadurecer sua competência leitora, escolha um outro
texto narrativo, até mesmo uma nova fábula, e desenvolva sua análise,
contemplando os aspectos abordados até aqui.

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A clareza e a concisão compreendem duas qualidades primordiais de um texto bem elaborado. A primeira
diz respeito à organização coerente das ideias, de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi proposto
pelo texto, desde seu início até sua conclusão, enquanto a segunda está associada à não­prolixidade do
texto, ou seja, uma está ligada à outra.
Do ponto de vista da produção, de acordo com a intenção, deve­se selecionar a estrutura que sustentará o
texto, levando­se em consideração características peculiares a cada uma delas (narrativa, descritiva ou
dissertativo­argumentativa), as quais serão apresentadas mais à frente. O fundamental é garantir que
haja uma hierarquia de idéias e fatos na relação intratextual, a fim de se organizar um todo coeso e
coerente.

Nesse sentido, a organização dos parágrafos no interior do texto é de suma importância e constitui uma
das dificuldades que deve ser vencida pelo produtor, pois quando não se tem domínio dessa habilidade, há
duas tendências na construção dos parágrafos: ou o texto é um bloco único de informações ou confundem­
se período e parágrafo.

Para melhor compreensão, passemos a verificar essas duas etapas: da organização discursivo­textual e
da elaboração dos parágrafos.

Organização discursivo­textual 

Do ponto de vista de quem produz o texto, é preciso que haja conhecimento das condições de produção,
ou seja, é preciso saber para quê, para quem e por quê o texto será produzido. Além dessas, o tipo de
texto também é uma condição de produção, visto que o gênero determina as características de cada
texto, o que pressupõe o conhecimento delas para a organização discursivo­textual adequada.

Uma primeira preocupação deve ser com a pessoa do discurso, na cena enunciativa, tendo em vista que o
uso da 3ª ou da 1ª pessoa produz efeito de objetividade ou subjetividade. Dizemos efeito porque este é
resultado da intenção do locutor (para com o interlocutor) de “afastar­se” ou “aproximar­se” da
enunciação quando faz a escolha.

A partir desse primeiro posicionamento, o sujeito assume “a voz” que seja mais conveniente à produção
do texto­discurso. Trata­se da relação entre enunciação e enunciado, ou ainda, “o que se diz” e “o que se
quer dizer”.

É dessa escolha enunciativa que se pode avaliar se o texto­discurso é objetivo ou subjetivo, se o sujeito
aproxima­se ou distancia­se do ponto de vista que há no texto. Enfim, o modo de dizer, o que se pretende
dizer depende dessas escolhas prévias. Após essa primeira seleção, torna­se necessário saber que tipo de
texto pretende­se produzir, isto é, se o texto é descritivo, narrativo ou argumentativo.

Nesse sentido, Emediato (2004:136) propõe o seguinte quadro: 

PRINCÍPIO DE
MODOS DE ORGANIZAÇÃO FUNÇÃO DE BASE
ORGANIZAÇÃO

Posição em
relação ao
relação de influência   interlocutor. 
(EU­TU)
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Ponto de vista situacional   Posição em
ENUNCIATIVO (EU – Contexto) relação ao que é
dito. 
Relato sobre o mundo  
(ELE) Posição em
relação ao mundo
e aos discursos
dos outros. 

Organização da
construção
descritiva.  
Identificar os seres, objetos do mundo de
DESCRITIVO
maneira objetiva ou subjetiva.
(Nomear,
Localizar,
Qualificar e
Quantificar).

Organização da
lógica narrativa
(Actantes,
Construir uma sucessão de ações de uma história processos e
NARRATIVO no tempo em torno de uma busca e de um funções
conflito, com actantes e personagens. narrativas). 

Qualificação da
ação e estatuto do
narrador.       

Organização da
Explicar uma verdade, numa visão racional, para lógica
influenciar o interlocutor: convencê­lo (se argumentativa.  
ARGUMENTATIVO
argumentação demonstrativa) ou persuadi­lo (se
argumentação retórica) (Relações lógicas,
tipos de
argumentos).

 
Convencer é apresentar provas e, por isso, os argumentos “demonstram”, ou seja, comprovam o que
está sendo dito. Persuadir é “levar o outro a acreditar”, por isso é um ato retórico, ou seja, o sujeito­
enunciador deve construir os argumentos para persuadir “o outro”.

Exercício 1:

Observe atentamente estas frases:

I. Encontrei belas as palavras o qual não duvido da sinceridade de quem as escreveu.

II. Descobri a verdade de cuja lhe falei há três meses atrás.
Nessas frases ocorrem erros, assim descritos:

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A ­ falta de coesão em I: o pronome relativo “o qual”  não está em acordo com o
antecedente. 
B ­ falta de coesão em II: o pronome relativo “de cuja” está solto (sem função); a
expressão “há três meses atrás” é redundante; 
C ­ falta de coesão em I e II. 
D ­ falta de coesão e de coerência em II, apenas. 
E ­ falta de coesão e de coerência em I, apenas. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 2:

Leia com atenção o parágrafo seguinte e assinale a alternativa correta.

“Os problemas decorrentes do divórcio vêm suscitando polêmicas entre os que se interessam por essas
questões. A instabilidade econômica e social dos nossos dias muito tem contribuído para agravar a
situação das famílias de classe média.”

(apud GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna. FGV: 1980, p.476.)

A ­ O texto segue a norma culta e apresenta coesão e coerência. 
B ­ A coerência do texto é prejudicada porque a instabilidade econômica e social não é
causa do agravamento da situação da classe média. 
C ­ O texto é incoerente porque o segundo período, ao invés de estabelecer uma relação
lógica com o primeiro, inicia uma nova temática. 
D ­ A coerência do texto é prejudicada porque o divórcio não é mais uma questão
polêmica. 
E ­ O texto é incoerente porque, ao contrário do que afirma, não apenas famílias de
classe média se divorciam. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 3:

Assinale a ordem em que os fragmentos a seguir devem ser dispostos para se obter um texto com
coesão, coerência e correta progressão de idéias.

I. Por isso tem tanto consumidor confuso por aí, por isso há tanta gente postergando consumo, sem saber
que produto comprar, como decidir entre as dezenas de alternativas, sem a informação necessária para
avaliar.

II. Talvez seja essa a razão da queda da publicidade na maioria dos jornais e na televisão. Nem nossos
comerciais sabem mais vender o produto, só sabem criar emoções, sensações positivas, marcas “amigas”
ou “socialmente responsáveis”. Vender o produto é hoje considerado démodé.

III. A impressão que o consumidor tem é a de que todo produto é exatamente igual, o que muda são as
“emoções” escondidas nos anúncios. Vende­se um estilo de viver, uma atitude perante a vida, mas o

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produto em si, nem pensar.

IV. Estamos no caminho errado. Precisamos voltar a valorizar as equipes de vendas como se fazia no
passado, voltar a contratar pessoas que saibam vender e não somente tirar pedidos.

V. Se a sua empresa não está crescendo, talvez o problema não seja a política econômica do ministro
Palocci, a taxa de juros ou o câmbio. Provavelmente você é mais um daqueles que se esqueceram de que
vendas é tudo aquilo que é preciso fazer para que uma venda seja concretizada.

A ­  IV – II – III – I – V 
B ­ I – IV – III – II – V 
C ­ IV – V ­ III – I – II 
D ­ II – V – IV – I – III 
E ­ I – V – IV – III – II 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 4:

Leia o texto de Oswald de Andrade, que vem a seguir:  

Infância

O camisolão
O jarro
O passarinho
O oceano
A visita na casa que a gente sentava no sofá

Adolescência

Aquele amor
Nem me fale

Maturidade

O Sr. E Srª Amadeu
Participam a V. Exª
O feliz nascimento 
De sua filha
Gilberta 
Leia as afirmações:

I. Apesar do texto não apresentar elementos coesivos, é possível atribuir um significado a ele.

II. Os títulos Infância, Adolescência e Maturidade colaboram para que se estabeleça a unidade de sentido
do texto.

III. Em cada estrofe, o poeta nos apresenta flashes que caracterizam cada uma das três grandes fases
da vida.

IV. A falta de elementos coesivos no texto impede que o leitor depreenda sua unidade de sentido do
texto, ou seja, o texto não é coerente.

Assinale a alternativa correta:

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A ­ Apenas as afirmações I, II e III estão corretas. 
B ­ Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas. 
C ­ Apenas as afirmações I e III  estão corretas. 
D ­ Apenas as afirmações II e IV estão corretas. 
E ­ Todas as afirmações estão corretas. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 5:

Assinale a alternativa correta

A ­ "A prova está difícil,   mas   como estudei bastante consegui realizá­la com
facilidade" Substituir a adversativa mas, por   porém , significaria alterar, totalmente, o
sentido da frase, tendo em vista o rompimento do princípio da coesão. 
B ­ Coesão é um mecanismo que se preocupa com as grandes estruturas textuais, não
dizendo respeito, portanto, à escolha dos vocábulos que formam as frases. 
C ­ A presença dos conectivos   e, pois, assim , etc., é pouco importante para se
construir a estrutura coesiva das frases. 
D ­ Tendo em vista que coesão e coerência são instâncias distintas, é desnecessário
verificar como se articulam para configurar os sentidos textuais. 
E ­ A estruturação sequencial de palavras, frases, enunciados, mecanismo essencial
para garantir a procedência linguística dos textos, é conhecida por coesão. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 6:

Assinale a alternativa que transgride as regras de coesão e coerência de acordo com a
norma culta.

A ­ A escola é o lugar de onde podem sair futuros cidadãos conscientes, com os quais se
poderão construir uma nação mais crítica. 
B ­ Embora não tenham conseguido a vitória, porque o adversário exerceu forte
marcação no meio de campo, os jogadores empenharam­se bastante durante a partida. 
C ­ A seca era tão intensa naquela região que os lavradores não tinham mais água nem
comida e não mais confiavam nas promessas das autoridades, porque essas nada
faziam para solução do problema. 
D ­ Caso os atos de violência se tornem frequentes no Brasil, a sociedade brasileira se
mobilizará para exigir providências para diminuí­los. 
E ­ Embora fosse prolixo, o apresentador ultrapassou o tempo previsto. 

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Exercício 7:

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  Leia o texto atentamente e aponte a alternativa que melhor descreva sua incoerência:

No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos beijos. Cuidado com o barulho do papel de
bala, do saco de pipocas. Não os jogue no chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e incomodando, seja
discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o transgressor.

A ­ É impossível não fazer barulho com o papel de balas e sacos de pipoca. 
B ­ Não há lei que proíba beijos no teatro ou cinema. 
C ­ É impossível não mexer a cabeça em teatros ou cinemas. 
D ­ Mesmo que alguém esteja incomodando, não há a quem recorrer em cinemas ou
teatros. 
E ­ O texto recomenda que o espectador deve ser discreto no cinema, mas se o vizinho
estiver transgredindo as regras, que ele dê um escândalo. 

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Exercício 8:

Assinale a alternativa em que o trecho dado apresenta melhor redação, considerando coerência, clareza e
concisão.

A ­ Ele ficou tão desgostoso com o que a irmã lhe fizera que, quebrando um velho
hábito, decidiu não visitá­la no Natal daquele ano. 
B ­ O que a irmã fez­lhe causara­lhe tamanho desgosto que ele resolvera não ir visitá­la
naquele Natal e quebrar um velho hábito. 
C ­ Naquele Natal ele não visitaria a irmã, a qual lhe fizera um grande desgosto,
quebrando assim naquele ano um velho hábito. 
D ­ Decidira quebrar um velho hábito, pois não visitaria naquele Natal a irmã que lhe
deixara desgostoso como o que lhe fez. 
E ­ Uma vez que ela lhe fizera aquilo, deixando­o desgostoso, ele não visitaria a irmã no
Natal desse ano, quebrando um velho hábito. 

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Exercício 9:

(PUCCAMP­2002) – A única frase estruturada corretamente é:

A ­ O objetivo desta é para lhe falar que já enviei o material pelo correio. 
B ­ As discussões se deram devido a divergências quanto a prioridades. 
C ­ Ele sugeriu a substituição de alimentos de origem animal para os de origem vegetal. 
D ­ A higienização foi feita de acordo como recomenda o Ministério da Saúde. 
E ­ Em pesquisas realizadas de 90 a 99 mostram­se uma mudança significativa no setor.

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Exercício 10:
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Assinale a única alternativa em que não há problema na estrutura da oração.

A ­ Segundo a imaginação popular, os cientistas, que são normalmente pessoas sérias,
com cabelos grisalhos despenteados e andam sempre acompanhados de pesados óculos
de grau. 
B ­ A possibilidade de passar algumas horas da semana envolvidos com experiências e 
estudos teóricos, que apesar de simples exigem concentração. 
C ­ Viajando pelo sul da Bahia, o fotógrafo topou pela primeira vez com um cenário
desolador, de fornos, fumaça, árvores retorcidas e homens cobertos de fuligem que
caracterizam a produção artesanal de carvão. 
D ­ Esses grupos de adolescentes, que se reúnem para verificar a existência do ar,
montar uma impressora para vegetais, fabricar sabão ou analisar a anatomia de
animais. 
E ­ Com uma população de 9000 habitantes, a cidade, que se divide meio a meio entre a
zona rural e a zona urbana. 

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Exercício 11:

Assinale a única frase que não apresenta qualquer problema de construção.

A ­ Não deixa de ser impressionante os indícios de que o país sobrevive à crise. 
B ­ Os perigos que encontramos nas ruas da cidade grande pode começar desde a
infância. 
C ­ Não faltava motivos para que a multidão aplaudissem os candidatos. 
D ­ Os rios da região estão com a qualidade de suas águas comprometida. 
E ­ Ao contrário do que previa os comentaristas, houve uma boa receptividade ao novo
sistema de avaliação. 

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Exercício 12:

Leia.

De acordo com o Dicionário Aurélio, ambiguidade significa “qualidade ou estado de ambíguo”, sendo
que ambíguo, por sua vez, possui as seguintes acepções: “que se pode tomar em mais de um
sentido; equívoco; procedimento que denota incerteza, insegurança, indecisão, indeterminação e
imprecisão”.

Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambiguidade:

A ­ Os alunos disseram aos professores que estavam com a razão. 
B ­ O Presidente vê o desmoronamento da crise do Planalto. 
C ­ Enganaram os mestres os alunos, com seus truques e subterfúgios. 
D ­ Presidente e Governador se desentenderam por causa de sua má administração. 

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E ­ Vaticano espera dois milhões de fiéis para funeral do Papa. 

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Exercício 13:

Leia.

De acordo com o Dicionário Aurélio, ambiguidade significa “qualidade ou estado de ambíguo”, sendo que
ambíguo, por sua vez, possui as seguintes acepções: “que se pode tomar em mais de um sentido;
equívoco; procedimento que denota incerteza, insegurança, indecisão, indeterminação e imprecisão”.

Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambiguidade:

A ­ Peguei o ônibus correndo. 
B ­ Esta palavra pode ter mais de um sentido. 
C ­ O guarda deteve o suspeito em sua casa. 
D ­ O menino viu o incêndio do prédio. 
E ­ Deputado fala da reunião no canal 2. 

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Exercício 14:

Leia o texto que segue.

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Na seqüência “Alugam (...) vêem (...) Sabem”, o mecanismo de coesão utilizado é:

A ­ retomada por hiperônimo e hipônimos 
B ­ retomada por sinônimos 
C ­ retomada por substituição de nome próprio 
D ­ elipse do sujeito 
E ­ retomada por substituição de nome comum 

Comentários:

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Exercício 15:

Leia o texto que segue.

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O uso do artigo definido em “De posse de tais informações, obtidas na base costumeira, a polícia espera”
enquanto elemento de coesão, indica:

A ­ A retomada do termo já enunciado anteriormente 
B ­ A antecipação do termo que se encontra enunciado em seguida 
C ­ A referência  no contexto comunicativo 
D ­ A referência a um termo conhecido pelo leitor 
E ­ O uso inadequado do artigo definido. 

Comentários:

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Exercício 16:

Leia o texto que segue.

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Entre o primeiro e o segundo período, na seqüência abaixo, embora não haja conectivo, se fosse colocado
este seria:

“De posse de tais informações, obtidas na base costumeira, a polícia espera. Sabe que nas noites 
mais quentes, nos embalos ferventes dos sábados, o ponto, que já é quente, fica quentíssimo...”

A ­ quando  
B ­ apesar de  
C ­ mas   
D ­ porque  
E ­ portanto  

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Exercício 17:

Leia o texto que segue:

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Em “ (...)hora do rush ­ que precisa ser fiscalizado pessoalmente...” o pronome relativo que:

A ­ Retoma, anaforicamente, o termo hora. 
B ­ Retoma, anaforicamente, o termo rush. 
C ­ Antecipa, cataforicamente, o termo “capo”. 
D ­ Retoma, cataforicamente, o termo hora. 
E ­ Retoma, cataforicamente, o termo rush. 

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Exercício 18:

Leia o texto que segue:

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Para a progressão temática, o autor utiliza o recurso do dado/novo relativo às informações relevantes no
texto e estes correspondem, respectivamente, a:

A ­ A Guerra de Tróia e a guerra entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro. 
B ­ A guerra entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro e a Guerra de Tróia.    
C ­ A situação do tráfico de drogas no Rio de Janeiro e a violência em São Paulo. 
D ­ A violência em São Paulo e o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. 
E ­ A situação política do Rio de Janeiro e o governo de Tróia.   

Comentários:

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Exercício 19:

Em: Os livros são, como é óbvio, a principal fonte de instrução já inventada pelo homem. E para
aprender com os livros, são necessárias apenas duas condições: saber lê­los e poder adquiri­los.
Pelo menos 23% dos brasileiros já encontraram um obstáculo intransponível na primeira condição.

            Um número incalculável, mas certamente bastante alto, esbarra na segunda.

(Folha de S. Paulo – Editorial)

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Os termos já, para, apenas, pelo menos, já e mas estabelecem no texto relações, respectivamente,
de

A ­ tempo, finalidade, exclusão, restrição, certeza, oposição. 
B ­ tempo, finalidade, inclusão, distanciamento, tempo, objeção. 
C ­ espaço, consequência, intensificação, restrição, tempo, oposição. 
D ­ tempo, causalidade, exclusão, ressalva, certeza, consequência. 
E ­ intensificação, tempo, retificação, realce, espaço, causalidade. 

Comentários:

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Exercício 20:

Assinale a frase que não apresentam vícios de linguagem como: cacofonia, redundância e pleonasmo.

A ­ O gerente nunca gasta um vintém com seus subalternos. 
B ­ Devemos ser racionais, fé demais não é bom. 
C ­ Inauguraremos nossa nova filial em setembro próximo. 
D ­ Nossa primeira prioridade é a realização de um plebiscito popular. 
E ­ Vou repetir: “O governo vai criar empregos.”. 

Comentários:

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