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Bombas Hidráulicas
2
Bombas Hidráulicas
Wilson Denículi
Prof. Titular da UFV
Demetrius David da Silva
Prof. Adjunto da UFV
Luis César Dias Drumond
Prof. Adjunto da FAZU
Rubens Alves de Oliveira
Prof. Adjunto da UFV
2005
by 2005 Wilson Denículi
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida sem a autorização escrita e prévia dos detentores do copyright.
Impresso no Brasil
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
Santos Bernadete Miranda dos
L768d Terapêutica e desinfecção em avicultura/ Bernadete Miranda
2003 dos Santos; Aloísio da Silva Pinto; José Eurico de Faria –
Viçosa. UFV, 2003.
ISBN: 85-7269-155-3
SUMÁRIO
1 Introdução
2 Bombas Hidráulicas
3 Bombas
4 Altura Manométrica da Instalação
5 Escolha da Bomba e da Potência Necessária ao seu Funcionamento
6 Custos Mensais da Energia Elétrica
7 Peças Especiais Numa Instalação Típica de Bombeamento
8 Semelhança Entre Bombas
9 Curvas Características das Bombas
10 Curvas Características do Sistema (ou da Tubulação)
11 Estudo Conjunto das Curvas Características da Bomba e do
Sistema (ou da Tubulação)
12 Variação das Curvas Características das Bombas
13 Influência do Tempo de uso nas Curvas Características do Sistema
(ou da Tubulação) e da Bomba
14 Variação da Rotação do Rotor da Bomba, Mantendo-se o Diâmetro
Constante
15 Variação do Diâmetro do Rotor da Bomba, Mantendo-se a Rotação
Constante
16 Variação das Curvas Características das Tubulações ou dos Siste-
mas
17 Regulagem do Ponto de Operação da Bomba
18 Exercícios de Aplicação
19 Associação de Bombas
20 Cavitação - Altura de Instalação das Bombas
21 Operação com Líquidos Viscosos
22 Defeitos mais Comuns em uma Instalação de Bombeamento e suas
Causas
23 Localização de Falhas em Motor Elétrico
6
24 Referências Bibliográficas
25 Apêndices:
Apêndice A - Tabelas, Diagramas e Fluxogramas
Apêndice B - Cálculo de Diâmetros de Polias
Apêndice C - Revisão Sobre Análise Dimensional
Apêndice D - Revisão Sobre Viscosidade
7
1 INTRODUÇÃO
Máquina é a designação dada a tudo aquilo capaz de
transformar energias. A máquina pode absorver energia numa forma e
restituí-la em outra (por exemplo: o motor elétrico é uma máquina
porque absorve energia elétrica e restitui energia mecânica) ou
absorver energia em uma forma e restituí-la na mesma forma (por
exemplo: um torno mecânico absorve energia mecânica e restitui
energia mecânica). As máquinas podem ser agrupadas em máquinas
de fluido, elétricas e de ferramentas. As primeiras são capazes de
promover intercâmbio entre a energia do fluido (energia hidráulica) e
a energia mecânica; elas se classificam em máquinas hidráulicas e
térmicas. Nas máquinas hidráulicas, o fluido utilizado para promover
o intercâmbio entre a energia hidráulica e a energia mecânica não
varia sensivelmente de peso específico ao atravessá-las, sendo,
portanto, o escoamento através delas considerado como praticamente
incompressível. As bombas hidráulicas, as turbinas hidráulicas e os
ventiladores são exemplos de máquinas hidráulicas (no caso do
ventilador, o escoamento de ar pode ser tratado como incompressível,
visto que a diferença de pressão entre a entrada e a saída do ar nessa
máquina é menor ou igual a um metro de coluna de água).
As máquinas térmicas caracterizam-se por uma variação
sensível no peso específico do fluido que as atravessa. As turbinas a
vapor d´água e os compressores de ar são exemplos clássicos desses
tipos de máquinas.
As máquinas hidráulicas classificam-se em motoras (ou
motrizes) e geradoras (ou geratrizes). As motoras transformam energia
8
2 BOMBAS HIDRÁULICAS
São máquinas que recebem trabalho mecânico e o
transformam em energia hidráulica, fornecendo energia ao líquido.
A equação de Bernoulli, aplicada entre a seção de entrada
(seção 1) e a seção de saída (seção 2) de uma bomba, fornece
p1 V1 2 p V 2
+ + z1 + H m = 2 + 2 + z 2 eq.1
2g γ 2g
p2 p1 V2 2 V12
Hm z2 z1 eq.2
2g
sendo:
Hm = energia fornecida ao fluido, na saída (altura manométrica da
bomba);
p2 p1
= energia de pressão ou energia estática;
V2 2 V12
= energia cinética ou dinâmica; e
2g
z2 z1 = energia potencial.
3 BOMBAS
São máquinas que fornecem energia ao fluido, através do
rotor, na forma de energia cinética.
3.1.1 Rotor
Órgão móvel que fornece energia ao fluido. É responsável
pela formação de depressão no seu centro, para aspirar o fluido, e de
sobrepressão na periferia, para recalcá-lo (Figura 1).
3.1.2 Difusor
Canal de seção crescente no sentido do escoamento, que
recebe o fluido vindo do rotor e o encaminha a tubulação de recalque;
10
Figura 10 - Tipos de rotor: (a) aberto, (b) fechado e (c) semi fechado.
a) Rotor Aberto – usado para bombas de pequenas dimensões. É de
pouca resistência estrutural e baixo rendimento. Dificulta o
16
eq. 3
da qual se obtem:
eq. 4
p1 V1 2 p V 2
+ + z1 + H m = 2 + 2 + z 2 ht 12 eq.9
2g γ 2g
p2 p1 V2 2 V12
Hm H G ht 01 eq.10
2g
sendo:
v 2 2 v1 2 ~ v 2
= perda acidental na da saída da tubulação eq. 11
2g
Para reservatórios sujeitos à pressão atmosférica ou sujeitos a mesma
pressão, pode-se fazer:
eq. 12
Hm = HG + ht(1-2) eq. 13
p2 p1
Hm H G ht 01 eq. 13 -a
eq. 17
4 Q
DR eq. 18
VR
Q Hm
Pot (cv) ou eq. 19
75
0,735 Q H m
Pot (kW), eq. 20
75
sendo o rendimento da bomba.
C = Cc + Ta + CD eq. 21
em que:
Cc = custo do consumo energético;
Ta = taxa adicional a ser paga; e
CD = custo de demanda.
Cos Ø1
Ta C c ( 1). eq. 24
Cos Ø
sendo h e DS em metros.
29
8.1 CONCEITOS
a) Modelo: é o objeto de estudo; pode ser reduzido, ampliado ou
inalterado.
b) Protótipo: é o objeto nas suas dimensões reais; pode constituir-se
no próprio modelo.
c) Semelhança Geométrica: haverá semelhança geométrica entre o
modelo e o protótipo quando a relação entre suas dimensões
lineares homólogas for constante, ou seja (Figura 14):
d1 b 2 d 2
cte eq. 29
d'1 b' 2 d' 2
a) 1 x1 n y1 D z1 eq. 30
Como , escreve-se que, tendo em vista a relação c do
Apêndice C:
n D2 n D2 o
1 (n de Reynolds). eq. 33
b) 2 x2 n y2 D z2 Pot (ML3 ) x2 (T 1 ) y2 Lz2 ML2 T 3 eq.34
34
2 M x 2 x 1 L3x 2 z 2 2 T y2 3 M o Lo T o . eq.35
3 M x 3 1 L3x 3 z3 1 T y3 2 M o Lo T o . eq. 38
Usando os mesmos procedimentos anteriores, tem-se x3 = -1,
y3 = e z3 = -2, e z3 = -2 que, substituídos na equação 37, resultam em:
p
3 1 n 2 D 2 p (coeficiente de pressão) eq. 39
n 2 D2
d) 4 x4 n y4 D z4 Q ( ML3 ) x4 (T 4 ) y4 ( L) z4 L3 T 1 eq. 40
1
4 M x 4 L3x 4 z 4 3T y M o Lo T o . eq. 41
H m1 n 1 2 D1 2
( ) ( ) eq. 46
H m2 n2 D2
Pot 1 Pot 2
c) ou
1 n1 D1
3 5
2 n 2 3 D2 5
Pot 1 1 n1 3 D1 5
( ) ( ) eq. 48
Pot 2 2 n 2 D2
Para um mesmo fluido, 1 = 2 e para bombas iguais, D1 = D2,
podendo-se escrever a equação anterior como:
36
Pot 1 n
( 1 )3 eq. 49
Pot 2 n2
Protótipo Modelo
Qp = Q Qm = 1 m3/s
Hp = Hm Hm = 1 m
np = n n m = ns
37
p = máx. m = máx.
DP = = D1 Dm = D2
Q 1 / 2 n H 3 / 4
n s n m1 / 2 , eq. 57
H m 3 / 4 ns Q
ou
Q1 / 2 n Q
ns n 3/ 4
3/ 4
, eq. 58
Hm Hm
em que:
n = rotação do rotor da bomba, rpm;
Q = vazão da bomba, m3/s; e
Hm = altura manométrica da bomba, m.
Duas bombas geometricamente semelhantes têm o mesmo ns,
que é um coeficiente de grande importância por ser definido em
função de grandezas físicas que se constituem dados iniciais de
projeto que são: Q, Hm e n.
A classificação das bombas segundo o ns é feita de acordo
com o Quadro 5.
Quadro 5 - Classificação das bombas de acordo com ns
Tipo de bomba Velocidade específica (ns)
Radial ou centrífuga 10 - 70
Diagonal ou mista 70 - 120
Axial 120 - 200
Observação importante: a definição de ns conforme equação
58 é válida apenas para bombas de simples sucção e um estágio. Para
um número ni de sucções e um número ne de estágios, a fórmula fica
assim escrita:
n Q / ni
ns eq. 59
H
( m )3/ 4
ne
Hm = HG + ht, eq.13
sendo
ht = hf + ha eq. 60
onde:
hf = perda de carga contínua; e
ha = perda de carga acidental.
As perdas de carga acidentais podem ser incluídas nas perdas
de carga contínuas, desde que se use o método dos comprimentos
equivalentes, onde as peças especiais como válvulas, curvas etc, são
transformadas, para efeito de cálculo, em comprimentos equivalentes
de canalização. Então, usando a equação de Darcy-Weisbach, pode-se
escrever a equação 60 como:
Le 16 Q 2
ht f K Q2 , eq. 61
D 2g D
2 4
em que:
45
de onde se obtêm:
4Q
J( )1,852 , eq. 64
0,355 C D 2,63
4Q
h t J Le Le( )1,852 e eq. 65
0,355 C D 2,63
4
h t Le ( )1,852 Q1.852 K' Q1.852 , eq. 66
0,355 C D 2,63
sendo:
4
K' Le ( )1,852 e eq. 67
0,355 C D 2,63
Considere-se a Figura 20
47
Hm = HG + ht eq. 13
Sendo:
h t h t1 h t 2 h t 3 , eq. 70
em que:
h t1 = perda de carga total no trecho L1;
16 f Le3
ht3 Q 2 K3 Q 2 eq. 73
2 2 g D35
Substituindo as equações 71, 72 e 73 na equação 70, obtém-se:
ht = K1Q2 + K2Q2 + K3Q2 = (K1 + K2 + K3) Q2 eq. 74
n
D m D1
m m
D2
n n eq. 77
Le Le1 Le 2
em que m = 5 e n = 2, quando se trabalha com a fórmula de Darcy-
Weisbach (ou fórmula universal), e m = 4,87 e n = 1,85, quando se
trabalha com a fórmula de Hazen-Williams.
A fórmula para o cálculo da perda de carga total é expressa
como:
Le
ht K * m
Qn eq. 78
D
L
Substituindo ( em ) na equação 78 tendo em vista a equação 77,
D
chega-se a:
n
Dm Dm
ht K n 1 n 2 Q n
*
eq. 79
Le L
1 es
Finalmente, a altura manométrica (Hm) pode ser calculada por:
n
Dm D2 n
H m HG K n 1
*
n Qn eq. 80
Le Le 2
1
em que:
16 f 8f
K* 2 eq. 81
2g g
2
W1 d1 W2 d 2
V1 e V2 eq.93
2 2
em que:
W1 = velocidade angular da polia da bomba; e
d1 = diâmetro da polia da bomba.
W2 = velocidade angular da polia do motor; e
d2 = diâmetro da polia do motor.
As velocidades angulares relacionam-se com as rotações de
acordo com as equações:
H m1 Q1 2 Hm Hm
( ) ou 21 22 cte. eq. 96
H m2 Q2 Q1 Q2
Q1 D
( 1 )2 eq. 97
Q2 D2
b) Segundo J. Karassik;
Q1 D 1
eq. 98
Q2 D2
65
Relação calculada
D1 D2 Q1 Q2 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95
Relação necessária
D1 D2 0,71 0,73 0,78 0,83 0,87 0,915 0,955
Pot1 D
( 1 )3 eq. 99
Pot2 D2
Observações:
16 f Le 8 f Le
K 2 eq. 62
2 g D g D5
2 5
4
K' Le ( )1,852 eq. 67
0,355 C D 2,63
Hm = H G + K Q2 eq. 68
Hm = HG + K’ Q1,852 eq. 69
18 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Exercício A
A Figura 41 mostra o esquema de uma instalação de
bombeamento, que tem por finalidade abastecer um canal de
distribuição de água para fins de irrigação.
72
Solução:
73
T 0,25 18
D 1,3 ( ) Q 1,3 ( ) 0,25 0,030
24 24
h 0,00167 m / m;
hS = JS LeS = 0,00167 x 90, 25 = 0,15 m (perda de carga na sucção); e
H mS H G h S 4 0,15 4,15 m (altura manométrica de sucção).
VR 1
JR ( )1,852 )1,852
0,355 C D 0R,63 0,63
0,355 x 130 x 0,200
JR = 0,00541 m/m.
hR = JR LeR = 0,00541 x 650 = 3,52 m (perda de carga no recalque).
H m R = HR + hR = 42,30 + 3,52
H m R = 45,82 m (altura manométrica de recalque).
em que:
HG = HS + HR = 46,30 mm.
Observações:
1000 x 110 x 50
Pot 27 cv (bomba) e
75 x 0,755 x 3.600
D1 = 179 mm
n1 = ? (dado desconhecido)
Observação: A rotação (n1) do rotor é o dado que falta para a bomba
operar com o ponto inicial de projeto.
n2 d 2 h 3500 d 2 12
d1 h 12
n1 3348
d1 1,045d2 0,545 (mm)
Fixando o diâmetro externo da polia do motor d2 = 100 mm, o
diâmetro externo da polia da bomba seria;
d1 1,045x100 0,545 104mm
A capacidade de cada correia, onde c = 0,0074 (Apêndice B) para
correia”C”, seria:
87
D1 = (dado desconhecido)
O ponto P2, homólogo a P1, é obtido pelo traçado da curva de
mesmo rendimento (equação 96). Essa curva já foi traçada quando se
considerou a opção de variar da rotação do rotor.
Conseqüentemente, o ponto P2 (Figura 44) é:
H2 = 54,6 m
Q2 = 115 m3/h
2 = 1 = 75,5%
n2 = n1 = 3.500 rpm
D2 = 179 mm
Levando os dados conhecidos à equação 98, tem-se:
Q1 D1 110
Q2 D2 115
D1 110
= 0,9565
D 2 115
Usando o Quadro 6, de Stepanoff, verifica-se que não há necessidade
de correção na relação D1/ D2. Daí, obtem-se que:
D1
= 0,9565 D1 = 0,9565 x 179 = 171 mm
D2
A usinagem (U) do rotor, para atender as necessidades de projeto, será
de:
D 2 D1 179 171
U 4 mm
2 2
A potência necessária ao motor comercial, para o diâmetro do
rotor (D1 = 171 mm) e o ponto de projeto (Q1 = 110 m3/h, H1 = 50 m,
n1 = 3.500 rpm e 1 = 75,5%) é a mesma que foi calculada quando
variou-se a rotação do rotor ( n1 = 3348rpm), ou seja: N = 30 cv.
Havendo interesse, a curva característica da bomba com o
novo diâmetro do rotor (D1 = 171 mm) poderá ser traçada com o uso
das equações:
90
Q1 D1
eq.98
Q2 D2
e
2
H1 D1
, sendo essa última, resultante da combinação das
H 2 D2
equações 96 e 98. Daí têm-se:
Q1
= 0,9565 Q1 = 0,9565 Q2
Q2
H1
= 0,9565 H1 = 0,9149 H2
H2
Os procedimentos para o traçado da curva característica com o
auxílio das duas últimas equações são análogos ao que foi feito
quando se analisou a variação da rotação para a composição dos
Quadros 9 e 10.
Cos Ø 1
Ta C C ( 1)
Cos Ø
Cos Ø = 0,87 (Quadro 3)
Como Cos Ø > Cos Ø1, não há taxa adicional a ser paga.
Exercício B
Uma bomba de sucção positiva aspira água de um reservatório
submetido à pressão atmosférica e alimenta uma caldeira com uma
vazão de 36 m3 /h. Um vacuômetro (V) e um manômetro (M)
instalados, respectivamente à entada e à saída da bomba e tendo seus
mostradores nivelados acusam as seguintes medidas: V = 5 mca e M =
45 mca.
Sabendo que a pressão absoluta na caldeira é de 3 kgf/cm2 e o desnível
geométrico da instalação de bombeamento é de 21 m, pede-se calcular
92
Solução:
p2 ab 3x104 kgf m2
30mca (pressão absoluta na caldeira)
1000 kgf m3
p1
= 0 (pressão efetiva no reservatório de captação)
A relação entre a pressão absoluta ( p2 ab ) e a pressão efetiva
( p2 ) pode ser escrita como:
p2 ab p2 patm
p2
30 10
p2
= 20 mca (pressão efetiva na caldeira)
H m 45 (5) 50mca eq. 8
p2 p1
Hm H G ht 01 eq. 13 - a
50 20 0 21 ht 01
8f L 2
ht 01 Q KQ 2 (fórmula universal)
gD
2 5
8f L
Sendo K
2 g D5
93
(10 x 10-3)2 K = 9
Q1 n1
eq.44
Q2 n2
10 n1
Q2 20 s
Q2 2n1
2
H1 n1
eq..47
H 2 n2
2
50 n1
H m2 200m
H m2 2n1
p '2 p1
H m2 H G h't 01 eq. 13-a
p2 0
21 9 104 20.103
2
200
p '2
143mca (pressão efetiva na caldeira)
94
p '2
143 10 153mca (pressão absoluta na caldeira)
19 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS
19.1 INTRODUÇÃO
(a) (b)
99
Q1 H
Pot1 (cv) eq. 105
75 1
Q2 H
Pot2 (cv) eq. 106
75 2
Q3 H
Pot3 (cv) eq. 107
75 3
QH
Pot (cv) eq. 108
75 t
Como:
Q = Q 1 + Q2 + Q3 eq. 109
e
Pot = Pot1 + Pot2 + Pot3 eq. 110
Q1H Q 2 H Q 3 H (Q1 Q 2 Q 3 )H
eq. 111
75 1 75 2 75 3 75 t
Q1 Q2 Q3 Q1 Q2 Q3 Q
eq. 112
1 2 3 t t
n
Q Qi
e q. 113
t i 1 i
Q H1
Pot1 (cv) eq. 114
75 1
Q H2
Pot2 (cv) eq. 115
75 2
O ponto P de funcionamento da associação das duas bombas
em série é Q, H, t, sendo a potência solicitada calculada por:
QH
Pot (cv) eq. 116
75 t
Já que:
H = H 1 + H2 eq. 117
e
Pot = Pot1 + Pot2 eq. 118
H H1 H2
eq. 120
t 1 2
Generalizando, para um número (n) qualquer das bombas
associadas em série, tem-se:
107
n
H Hi
eq. 121
t i 1 i
Qo Ho
Poto eq. 123
75 o
Como as bombas são iguais, o rendimento de cada uma, na
associação, é 1 = 2 = 76% (Figura 52).
110
H
o eq. 124
H1 H2
1 2
126 0,76 x 126
o 0,76
63 63 126
0,76 0,76
o = 76% (quando as bombas são iguais, o rendimento total não muda)
Substituindo os valores conhecidos na equação 123, tem-se,
para 1000 Kg f m3 :
1000 x 0,029 x 126
Poto = 64,1 cv
75 x 0,76
sendo 32,05 cv consumidos por bomba, já que eles são iguais.
Exercício B
Um sistema de recalque possui duas bombas B1 e B2, insta-
ladas em paralelo, Figura 53, e cujas características são conhecidas. A
tubulação de recalque, já incluídos os comprimentos equivalentes, tem
1200 m e a de aspiração, 40 m, ambas com diâmetro de 250 mm.
Sendo o coeficiente de Hazen-Williams igual a 120, calcular,
desprezando as perdas de carga localizadas, os seguintes elementos:
- traçado das curvas características da tubulação e das bombas;
- vazão de cada bomba, estando as duas em funcionamento;
- altura manométrica desenvolvida pela associação e por cada bomba,
na associação;
- potência consumida por bomba, na associação;
- rendimento total ou global;
- vazão da associação;
- potência total consumida; e
- vazão, altura manométrica e potência de bomba operando
isoladamente.
As características das bombas são apresentadas nos quadros
12 e 13.
Quadro 12 - Características da bomba B1
Q( /s) 0 10 20 25 30 35 40 45 50 55
Hm(m) 60 57 53 50 47 43 39 34 27,5 22
(%) - - 77 77,5 77 76,5 75 72,5 69 64
NPSHr(m) - - 0,2 0,3 0,45 0,7 1,0 1,4 1,8 2,4
Q( /s) 0 10 20 25 30 35 40 45 50 55
Hm(m) 50 46,5 42 38,5 35 30,5 24,5 17,5 9,0 -
(%) - - 81,5 80 78 77 73 68 62 54
NPSHr(m) - - 0,3 0,5 0,7 0,9 1,1 1,4 1,8 2,2
K ' = 1596
Hm = HG + K ' Q1,852 eq. 69
1,852
Hm = 30 + 1596 Q eq. 125
onde Q é dado em m3/s e Hm em metros.
Com a equação 125, constrói-se o Quadro 14.
Quadro 14 - Alguns valores de Q e Hm calculados com o auxílio da
equação 125
Q( /s) 0 10 20 25 30 35 40 45 50 55
114
Hm(m) 30 30,3 31,1 31,7 32,4 33,2 34,1 35,1 36,2 37,4
- Bomba B1:: Q1 = 39 /s
- Bomba B2 : Q2 = 23 /s
Ho = H1 = H2 = 40 m
Desse modo:
Q1 H1 1000 x 0,039 x 40
Pot1 27,7 cv e
75 1 75 x 0,75
Q2 H 2 1000 x 0,023 x 40
Pot 2 15,2 cv
75 2 75 x 0,81
B.5) Rendimento total ou global (o)
Para a associação em paralelo, tem-se:
116
Q1 Q 2 39 23
o 0,77
Q1 Q 2 39 23
1 2 0,75 0,81
o = 77%
Pot1' =
1000 x 0,0445 x 35
= 28,8 cv
75 x 0,72
- Bomba 2 operando isoladamente: o ponto de projeto passa para P2,
ou seja:
Q '2 = 33 /s; H '2 = 33 m e '2 = 77%
117
1000 x 0,033 x 33
Pot'2 = 18,8 cv
75 x 0,77
Observações:
- É importante verificar sempre a potência consumida para cada uma
das bombas na associação e operando isoladamente. No exemplo em
pauta, nota-se que as bombas B1 e B2 consomem mais energia
quando operam isoladamente. O motor a ser adquirido deverá levar
em conta a maior potência. Essa situação é característica da
associação de bombas centrífugas em paralelo.
Exercício C
A Figura 55 mostra a curva característica de uma bomba (B) e
de uma tubulação (S).
118
Solução
O processo clássico de obtenção da curva característica de
duas ou mais bombas associadas em paralelo já foi visto no exercício
anterior (exercício B), o qual se resume em somar graficamente as
curvas carcterísticas das bombas, mantendo-se a curva característica
da tubulação inalterada. Dependendo da escala utilizada no processo
clássico, é possível que, na obtenção da curva característica da
associação de bombas, o ponto de funcionamento da associação caia
fora do papel utilizado para o traçado das curvas. O uso do processo
descrito a seguir evita esse transtorno; ele se resume em deslocar para
a esquerda a curva carcterística da tubulação, mantendo as curvas
características das bombas inalteradas. Quando se trata de bombas
iguais associadas em paralelo, esse processo, chamado de modificação
da escala das vazões poderá ser usado, conforme descrito a seguir:
119
Exercício D
Com base na Figura 57, encontrar o ponto de funcionamento
de duas bombas operando em série.
121
Solução
O processo clássico de obtenção da curva característica de
duas ou mais bombas associadas em série foi visto anteriormente
(exercício A).
Similarmente ao que foi feito para bombas iguais operando em
paralelo, faz-se para bombas iguais operando em série. Neste caso é a
escala original das alturas manométricas que se multiplica por 2, 3, 4,
..., n, conforme o número de bombas e a curva característica da
tubulação se desloca para baixo, mantendo-se a curva característica da
bomba inalterada.
Este exercício será feito pelo método clássico (Figura 58) e
pelo método da modificação da escala das alturas manométricas
(Figura 59).
a) Método clássico:
122
Exercício E
Na Figura 60, estão representadas a curva característica de
uma bomba A à rotação constante e a curva característica do sistema
(S), onde deverão operar quatro bombas A, associadas conforme a
figura. Para essas condições pede-se:
a) A vazão e a altura manométrica da associação.
124
Solução
Pelo esquema da associação de bombas, na Figura 60, nota-se
que se trata de uma associação mista (série-paralelo).
A solução do problema consiste em obter a curva
característica da associação em série (ou paralelo) e, a partir dela,
obter a curva da associação em paralelo (ou série).
A Figura 61 esclarece melhor; nela foi obtida, primeiramente,
a curva característica da associação em série e, depois, a da associação
em paralelo, partindo da curva característica da associação em série.
125
Exercício F
Uma bomba centrífuga contém uma curva característica que
pode ser representada pela equação, para n2 = 3 500 rpm:
Hm = 24 – 1,6 x 105 Q2 eq. 126
3
sendo Q a vazão em m /s e Hm é a altura manométrica em m.
126
Esta bomba deve ser usada para recalcar água de um rio para
um reservatório, vencendo um desnível geométrico de 9 m. A
tubulação de recalque tem 53 m de comprimento, com diâmetro de 50
mm e rugosidade interna das paredes de = 0,1 mm. O comprimento
da tubulação de sucção é desprezível, assim como as perdas de carga
acidentais.
Com base nos dados apresentados, determinar o ponto de
funcionamento da bomba e o seu novo ponto de funcionamento,
quando a rotação cair para n1 = 3000 rpm, considerando que o
rendimento da bomba mantém-se constante.
Solução:
0,1mm
0,002
D 50mm
Pelo diagrama de Moody (Figura 1A do Apêndice A) tem-se f
= 0,023, sendo a constante (K) da tubulação calculada por:
16 x 0,023 x 53
K = 3,23 x 105
x 2g x 0,050
2 5
Exercício G
Considerando os dados do exercício F, qual é o ponto de
trabalho para duas bombas operando em série para n2 = 3500 rpm?
Solução
Hm = 24 – 1,6 x 105 Q2 (uma bomba) eq. 126
Hm = 9 + 3,23 x 105 Q2 (tubulação) eq. 128
O ponto de trabalho da associação em série pode ser obtido
graficamente ou multiplicando a altura manométrica da bomba pelo
número de bombas a serem associadas, igualando-se esse produto à
altura manométrica da tubulação.
Usando a segunda opção, tem-se:
2(24 – 1,6 x 105 Q2) = 9 + 3,23 x 105 Q2, eq. 133
cuja solução é
Q 0,00778 m 3 / s
Levando o valor de Q na equação da curva característica da
tubulação, tem-se:
H m 28,6 m
Exercício H
Considerar os mesmos dados do anterior (G) e obter o ponto
de trabalho para duas bombas associadas em paralelo.
130
Solução
Hm = 24 – 1,6 x 105 Q2 (uma bomba) eq. 126
Hm = 9 + 2,23 x 105 Q2 (tubulação) eq. 128
Seguindo o mesmo raciocínio do exercício G, pode-se também
solucionar o problema multiplicando a vazão da bomba pelo número
de bombas a serem associadas em paralelo e igualando com a vazão
explicitada da equação da curva característica da tubulação. Assim,
têm-se:
24 H m
Q (uma bomba) eq. 134
1,6 x 105
Hm 9
Q (tubulação) eq. 135
3,23 x 10 5
Para duas bombas associadas em paralelo, tem-se:
24 H m Hm 9
2 eq.136
1,6 x105 3,23x105
Elevando os membros da
equação 136 ao quadrado e revolvendo, tem-se:
Hm = 22,34 m
Substituindo Hm na equação 128 da curva característica da
tubulação, tem-se:
9 + 3,23 x 105 Q2 = 22,34 eq. 137
em que:
Q 0,0064 m 3 / s
Exercício I
Resolver, graficamente, os dois últimos exercícios, G e H,
para n2 = 3500 rpm.
Solução
A Figura 62 condensa a solução do exercício I, ou seja:
131
20.1 INTRODUÇÃO
p atm p1 Vo V1
ab 2 2
p atm p1
ab
Hs eq. 140
Para as condições ideais de temperatura e pressão, tem-se:
Patm = 1 atm = 10,33 m.c.a. = 760mmg = 10330 kgf/m2 (nível do mar)
P1ab = 0 (vácuo perfeito)
= 1000 kgf /m3 (peso específico da água a 4 oC)
Levando esses valores à equação 140, tem-se:
10330 0
Hs 10,33 m (valor teórico para água)
1000
Esta seria a altura de sucção máxima (teórica) com que poderia ser
instalada uma bomba comum (bomba sem dispositivos especiais que
permitem elevar o valor de Hs para bombear água).
Na prática, devem ser levadas em conta as seguintes
observações: a) não são desprezíveis as perdas de carga (e, às vezes, a
variação de energia cinética); b) a pressão absoluta à entrada da
bomba deve ser maior ou igual à pressão de vaporização do líquido
(P1ab Pv); c) a pressão atmosférica, em geral, é menor que uma
atmosfera (Patm < 1 atm); d) a temperatura da água, em geral, é maior
que 4 oC, o que diminui o valor do seu peso específico ( < 100kgf/m3)
Todas essas observações fazem com que a Hs para água seja menor do
que o valor teórico (Hs = 10,33m), podendo-se adotar na prática Hs 5
m para instalações usuais. Para a situação em que a temperatura do
líquido é alta (caso de caldeiras, por exemplo) e a altitude é elevada (o
que implica em pressão atmosférica baixa), o valor de Hs pode chegar
a valores negativos, significando que a bomba deve trabalhar afogada.
139
p atm
= 10 – 0,0012 A eq. 142
sendo A a altitude local em metros.
Na equação 141 levou-se em conta apenas a perda de carga
(ht) existente até à entrada da bomba. Considerando que as bolsas de
vapor serão levadas para a saída do rotor, deve-se adicionar à referida
equação a perda de carga H*, que leva em conta a perda entre a
entrada da bomba e a saída do rotor (porque é na saída que ocorre o
colapso das bolhas). Essa perda, H*, não é calculada pelas equações
usuais de perda de carga (como, por exemplo, a equação de Hazen-
Williams). Sendo assim, a equação 141 pode ser reescrita da seguinte
forma, fazendo ht (0-1) = hs:
p atm p v V V1
2 2
em que:
= coeficiente de cavitação da bomba ou coeficiente de Thoma,
adimensional.
O coeficiente de Thoma é uma medida da sensibilidade da
bomba à cavitação (quanto maior , maior a tendência da bomba à
cavitação).
Segundo Stepanoff, nas proximidades do ponto de rendimento
máximo da bomba tem-se:
Patm Pv V12
H smáx hs H *
eq. 146
2g
equação esta que, multiplicada por (-1), pode ser reescrita como:
Patm Pv V12
( H smáx hs ) H * eq. 147
2g
Patm Pv
( H smáx hs ) NPSH d eq. 148
V12
H
*
NPSH r eq. 149
2g
Observações:
a) Em lugar da curva (NPSHr ,Q), alguns fabricantes apresentam a
curva (Hsmáx , Q) para bombas operando com água fria ao nível do
mar, devendo-se corrigi-la em condições diferentes.
b) V12/2g é uma parcela de energia responsável pela entrada do
líquido na bomba; daí fazer parte do NPSHr.
c) O sinal (-) deverá ser usado para Hsmáx nas equações 147 e 148,
quando a bomba estiver afogada.
d) Na prática, o NPSHd deverá ser maior que o NPSHr em pelo
menos 15%.
e) Para duas ou mais bombas operando em paralelo, devem-se tomar
cuidados especiais no funcionamento de uma só bomba, pois neste
caso a vazão cresce, crescendo também o NPSHr (ver Figura 54);
Em razão do exposto, no ponto onde a bomba opera isoladamente
precisa ser verificado se o NPSHd > NPSHr, evitando, assim, a
ocorrência da cavitação; além disso, o motor selecionado deve ter
capacidade suficiente para atender a esse ponto de funcionamento.
143
Solução
Pv 0,0429 x 104
0,431 m
0,996 x 103
4 Q1
h s Ls ( ) 1,852
0,355 C D S2,63
4 x 0,039
( ) 1,852 x 40 0,13 m
0,355 x 3,14 x 120 x 0,250 2,63
Patm Pv
= 9,28 m e = 0,431 m
4 x 0,023
hs ( )1,852 x 40 0,048 m
0,355 x 3,14 x 120 x 0,250 2,63
146
Patm Pv
9, 28 m e 0, 431 m
sendo:
4 x 0,033
hs ( )1,852 x 40 0,093 m
0,355 x 3,14 x 120 x 0,250 2,63
NPSH 'r2 = 9,28 – (4 + 0,431 + 0,093) = 4,76 m
Exercício B
Estudar a instalação do exercício A, apresentado na Figura 51,
quanto ao problema da cavitação, considerando a água à temperatura
de 25 oC. Referir-se apenas às bombas quando operando em série e
não isoladamente.
Solução
Pela Figura 51 obtêm-se:
Bomba B1
HS = 2500 – 2502 = -2 m (bomba afogada)
LS = 100 m
DS = 200 mm
A = 2500 m (altitude local conforme Figura 51)
Bomba B2 (na associação)
HS = 2504 = 4 m
LS = 200 m
DS = 200 mm
A = 2504 m (altitude local conforme Figura 51)
Pelas curvas características da Figura 52, obtêm-se, para o
ponto de trabalho da associação das bombas em série:
Qo = 29 /s (vazão de cada bomba na associação)
Hm = 63 m (altura manométrica de cada bomba na associação)
148
Patm P
NPSH d H S v hS eq. 148
em que:
Patm
= 10 – 0,0012 A = 10 – 0,0012 x 2500 = 7 m
Pv 0,322 x 10 4
0,322 m (Quadro 9ªA do Apêndice 1)
0,997 x 10 3
4 Qo 4 x 0, 029
hS LS ( )1,852 ( )1,852 x 100 1,15 m
0,355 C DS
2,63
0,355 x 3,14 x 80 x 0, 2002,63
pB ab
Em termos de pressão absoluta, escreve-se como:
pab p P
B
B atm 63,85 7 70,85 m
Assim sendo, o NPSHd da bomba B2 é calculado do seguinte
modo:
pBab pv
NPSH d (H S hS ). eq. 148
sendo
HS = 4 m
pv
0,322 m
p atm
= 10 – 0,0012 A = 10 – 0,0012 x 2504 = 7 m
hs = 1,15 m
tem-se, pela Equação 148, que:
NPSHd = 70,85 – (4 + 0,322 + 1,15) = 65,4 m.
Como o NPSHd >>> NPSHr, a bomba B1 não cavitará.
21.1 INTRODUÇÃO
150
H *o H o C Ho eq. 153
o* Qo* H o*
Pot o* (cv ) eq. 155
75 o*
g) os demais valores correspondentes a Q1, Q2 e Q3 são obtidos ana-
logamente ao que foi feito anteriormente;
154
H *o
Ho eq. 160
C Ho
d. Introduz-se o par de valores (Qo e Ho) nas curvas características en-
contradas no item a. Esse par de valores (Qo e Ho) será equivalente
a ( Q *o e H *o ) se o rendimento o coincidir com o rendimento 'o
obtido com o novo par de valores (Qo , Ho).
e. Se 'o o, faz-se nova tentativa, adotando o novo rendimento 'o
e partindo do item b. Esta tentativa será repetida até que os dois
últimos rendimentos estejam o mais próximo possível um do outro
(duas a três tentativas é suficiente).
H *o
H 'o (altura manométrica equivalente em água) eq. 162
C 'H o
Exercício A
Solução
Seguindo a metodologia proposta para o caso, (item 21.2),
tem-se:
A.1) Da curva característica da bomba operando com água (Figura 73)
obtêm-se, para o ponto de máximo rendimento:
Qo = 170 m3/h
Ho = 46,3 m
o = 68%
Quadro 19 - Valores Q*3 , H*3 , *3 e Pot*3 da bomba operando com óleo
Q*3 Q 3 C Q3 H *3 H 3 C H3 *3 3 C *o Q *3 H *3
3 Pot*2
75 *3
193,8 m3/h 39,2 m 45,4% 55,6 cv
A.5) Levando os pares (Q*, H*), (Q*, *) e (Q*, Pot*) dos Quadros 16,
17, 18 e 19 à curva característica da bomba operando com água
(Figura 73), traçam-se as curvas características da bomba operando
com óleo, conforme pedido no exercício. Essas curvas estão
representadas na Figura 74, (linhas tracejadas).
Exercício B
Especificar uma bomba capaz de fornecer uma vazão de 140
m /h de óleo com viscosidade de 6,50 cm2/s, densidade de 0,90, numa
3
163
Solução
Seguindo o método descrito no item 21.2, tem-se:
H o* 30
Ho 38 m
CH o 0, 79
C 'Qo = 0,81
coeficientes estes que permitem calcular, usando os dados de projeto
( Q0* 140m 3 / h e H 0* 30m ):
Q*o 140
Q 'o 173 m 3 / h
C 'Qo 0,81
H 'o 30
H 'o 36 m
C H o 0,83
C o* = 0,60
B.7) O rendimento da bomba operando com óleo é, portanto:
o* o' C o* = 83,1 x 0,60 = 50%
B.8) A potência consumida pela bomba com óleo é:
*o Q*o H *o 900 x 140 x 30
Pot*o 28 cv
75 *o 75 x 0,50 x 3600
Observações:
- A potência consumida pela bomba operando com óleo deve ser
praticamente igual àquela para a mesma bomba operando com água,
ou seja:
1000 x 173 x 36
Pot = 27,8 cv
75 x 0,831 x 3600
- O problema em questão deve também ser analisado do ponto de vista
da cavitação, utilizando os dados equivalentes em água,
Exercício C
166
Solução
Como os dados do problema são válidos para água, a
aplicação dos coeficientes de correção sobre esses dados conduzem
diretamente aos valores equivalentes em óleo.
Com os valores de Qo = 184 m3/h e Ho = 31,4 m lebados à
curva característica fornecida, Figura 76, encontra-se uma bomba com
rendimento o = 68% e diâmetro do rotor de 340 mm, que deverá
operar a 1.450 rpm (este valor está situado à esquerda do diâmetro do
rotor, na curva característica da bomba).
Introduzindo os valores de Qo e Ho nas Figuras 68, 69 e 70,
têm-se, para a viscosidade de 3.000 SSU:
C Ho 0,68
C Qo 0,64
C o 0,39
Os valores correspondentes em óleo são:
Q*o Q o C Qo = 184 x 0,64 = 118 m3/h
Exercício D
Solução
Causas:
a) Perda de escorva.
b) Entupimento na sucção.
c) Ar na tubulação de sucção.
E – A bomba absorve maior potência.
Causas:
a) Altura manométrica inferior à altura para a qual a bomba foi calcu-
lada. Neste caso, a vazão aumenta, originando sobrecarga no motor
(caso de bombas centrífugas).
b) Defeitos mecânicos no conjunto bomba-motor, como: empeno do
eixo, desgaste de mancais, gripamento de disco ou discos,
rolamentos de esferas muito desgastados ou quebrados, gaxetas
apertada.
F – Ruídos estranhos.
Causas:
a) Presença de ar na bomba.
b) Um dos defeitos prováveis citados no item D.
de retardamento, se hou-
ver, e, então, verificar a
voltagem na bobina de
retenção. Se a voltagem
for correta, a bobina está
defeituosa; se não houver
voltagem, o circuito de
controle está aberto.
Ligações soltas ou Fazer inspeção visual de
defeituosas no cir- todas as ligações do cir-
cuito de controle cuito de controle ou fazer
verificações locais do
circuito.
Mau contato Abrir a chave de desliga-
ção manual , fechar a
chave magnética à mão e
examinar os contatadores
e as molas.
Circuito de linha Verificar a voltagem nas
aberto no painel de três fases e os contata-
controle dores magnéticos.
Circuito aberto nos Verificar a voltagem nos
cabos para o motor cabos.
Cabos mal ligados. Verificar a numeração e
ligação dos cabos.
O motor não atinge Voltagem baixa ou Verificar a voltagem nas
a velocidade incorreta três fases, no painel de
controle e nos cabos
condutores do motor.
Ligações incorre- Verificar as ligações cor-
tas no motor retas dos cabos no motor
e comparar com o diagra-
ma de ligações no motor.
Sobrecarga mecâ- Verificar a regulagem do
nica rotor e se há algum eixo
travado ou apertado.
172
24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, G. L. Classificação e funcionamento das bombas; curvas
características. III Curso de Bombas Hidráulicas, Ed. Engenharia, escola de
Engenharia da UFMG, 1972. 402 p.
CATÁLOGOS DAS BOMBAS MARK PEERLESS, São Bernando do Campo, São
Paulo. [s.ed.] [s.p.].
DJALMA, F. C. Instalações elevatórias; bombas. 2. ed. Belo Horizonte: Fundação
Mariana Resende Costa: 1979, 353 p.
KSB Bombas Hidráulicas S.A. São Paulo: Manual de Treinamento, 1985.
173
25 Apêndices
175
Apêndice A:
Tabelas, Diagramas
e Fluxogramas
176
Diâmetr Joelh Joelh Curv Curv Tê Tê Tê Entrad Entrad Saída Válvul Válvula de Registr Registr Registr
o o 90o o 45o a 90o a 45o 90o 90o 90o a a de de a de Retenção o de o de o de
externo passa saída saída norma borda canali- pó e Tipo Tipo globo gaveta ângulo
gem de bilater l zação crivo leve pesad aberto aberto aberto
direta lado al o
Mm
ref.
20 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3 2,3 0,3 0,9 0,8 8,1 2,5 3,6 11,1 0,1 5,9
(1/2)
25 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4 2,4 0,4 1,0 0,9 9,5 2,7 4,1 11,4 0,2 6,1
(3/4)
32 (1) 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1 3,1 0,5 1,2 1,3 13,3 3,8 5,8 15,0 0,3 8,4
40 (1 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6 4,6 0,6 1,8 1,4 15,5 4,9 7,4 22,0 0,4 10,5
¼)
50 (1 3,2 1,3 1,2 0,6 2,2 7,3 7,3 1,0 2,3 3,2 18,3 6,8 9,1 35,8 0,7 17,0
½)
60 (2) 3,4 1,5 1,3 0,7 2,3 7,6 7,6 1,5 2,8 3,3 23,7 7,1 10,8 37,9 0,8 18,5
75 (2 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8 7,8 1,6 3,3 3,5 25,0 8,2 12,5 38,0 0,9 19,0
½)
85 (3) 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0 8,0 2,0 3,7 3,7 26,8 9,3 14,2 40,0 0,9 20,0
110 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3 8,3 2,2 4,0 3,9 28,6 10,4 15,0 42,3 1,0 22,1
(4)
140 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10,0 10,0 2,5 5,0 4,9 37,4 12,5 19,2 50,9 1,1 26,2
(5)
160 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1 11,1 3,6 5,6 5,5 43,4 13,9 21,4 56,7 1,2 28,9
(6)
Quadro 1A - Perda de carga localizada (Equivalência em metros de canalização de PVC rígido ou cobre)
179
Diâme- Coto- Coto- Coto- Coto Curva Curva Curva Entra- Entra Regis- Regis- Registro Tê Tê Tê saída Válvu Saída Válvula de
tro velo velo velo velo 90o 90o 45 da da de tro tro ângulo passa- saída bilateral la de de Retenção
Externo 90o 45o 90o 45 R/D R/D normal borda gaveta globo aberto gem de pó e canali- Tipo Tipo
ralo ralo ralo =1½ =1 aberto aberto aberto lado crivo zação leve pesado
longo médio curto
mm pol.
13 ½ 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 1,6
19 ¾ 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 2,4
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 3,2
32 1 ¼ 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 0,9 2,7 4,0
38 1 ½ 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 1,0 3,2 4,5
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 1,5 4,2 6,4
63 2 ½ 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9 0,4 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 1,9 5,2 8,1
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 2,2 6,3 9,7
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2 0,7 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 3,2 8,4 12,0
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0 0,9 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 4,0 10,4 10,1
150 6 3,4 4,3 4,9 2,5 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0 1,1 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 5,0 12,5 19,3
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,5 1,5 3,5 6,0 1,4 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 6,0 16,0 25,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5 1,7 85,0 43,0 5,5 16,0 16,0 65,0 7,5 20,0 32,0
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,6 2,2 5,5 9,0 2,1 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 9,0 24,0 38,0
350 14 7,2 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11,0 2,4 120,00 60,0 7,3 22,0 22,0 90,0 11,0 28,0 45,0
Quadro 2A - Tubulações de ferro fundido e aço (Comprimentos equivalentes a perdas localizadas em metros de
canalização retilínea)
180
Tubos Valores de C
Aço corrugado 60
Aço com juntas “lock-bar”, novos 135
Aço galvanizado (novos e em uso) 125
Aço rebitado, novos 110
Aço rebitado, em uso 85
Aço soldado, novos 120
Aço soldado, em uso 90
Aço soldado com revestimento especial novos e em 130
uso)
Chumbo 130
Cimento amianto 135
Cobre 130
Concreto - acabamento liso 130
Concreto - acabamento comum 120
Ferro fundido, novos 130
Ferro fundido, em uso (ver também tabela XII) 90
Ferro fundido, tubos revestidos de cimento 110
Grês cerâmico vidrado (manilhas) 110
Latão 130
Madeira, em aduelas 120
Tijolos, condutos com revestimento de cimento 100
alisado
Vidro 140
Quadro 5A - Coeficientes de Christiansen para correção de perda de carga contínua em tubulações com
múltiplas saídas
m = Expoente da vazão ou da velocidade média do escoamento nas fórmulas para o cálculo da perda de carga contínua.
183
Peça k Peça k
Ampliação gradual* 0,30 Junção 0,40
Bocais 2,75 Medidor venturi** 2,50
Comporta aberta 1,00 Redução gradual* 0,15
Controlador de vazão 2,50 Registro de ângulo, aberto 5,00
Cotovelo de 90 0,90 Registro de gaveta, aberto 0,20
Cotovelo 45 0,40 Registro de globo, aberto 10,00
Crivo 0,75 Saída de canalização 1,00
Curva de 90 0,40 Tê, passagem direta 0,60
Curva de 45 0,20 Tê, saída de lado 1,30
Curva de 22,5 0,10 Tê, saída bilateral 1,80
Redução excêntrica* 0,15*** Torneira 10,00
Entrada normal de canalização 0,50 Válvula de pé 1,75
Entrada de borda 1,00 Válvula de retenção 2,50
Existência de pequena derivação 0,03 Velocidade 1,00
Apêndice B:
Cálculo do Diâmetro
de Polias
191
1) Correias em "V":
n 2 ( d 2 h) n1 (d1 h)
d1 h e d2 h
n1 n2
2) Correias planas:
n2 d 2 n1 d1
d1 e d2
n1 n2
sendo:
d1 = Diâmetro externo da polia da bomba, mm
d2 = Diâmetro externo da polia do motor, mm
n1 = Rotação da polia da bomba (rpm)
n2 = Rotação da polia do motor (rpm)
h = Valor conforme tabela abaixo, mm
Correia A B C D E
h(mm) 9 11 12 16 26
sendo:
NV = capacidade de cada correia, cv
192
Exemplo:
Um motor de 10 cv com rotação de 1750 rpm tem
uma polia em “V”de 200 mm de diâmetro externo.
Quantas correias "B" devem ser usadas? Qual
deverá ser a rotação da bomba a ser acoplada ao
motor, para uma polia em “V” de 150mm de
diâmetro externo?
Solução:
V = n2d2 = 3,14 x 1750 x 0,200 = 1099 m/min,
valor este abaixo do limite máximo permitido.
NV cn2 d 2
Apêndice C:
Revisão Sobre
Análise Dimensional
195
1. INTRODUÇÃO
A análise dimensional uma técnica de grande valia no
estudo dos relativos ao escoamento dos fluidos; ela leva em
conta apenas as dimensões das grandezas físicas envolvidas no
problema, não se preocupando com os coeficientes numéricos
que eventualmente possam existir. Esses coeficientes, em geral,
são obtidos através da pesquisa (análise experimental). Pode-se
afirmar, portanto, que a análise dimensional necessita estar
atrelada com a análise experimental. Algumas de suas
aplicações são:
- previsão de fórmulas físico-matemáticas;
- redução do número de parâmetros físicos necessárias
em um programa experimental;
- estabelecimento dos princípios do projeto de modelos;
- verificação da homogeneidade dimensional das
equações (uma equação é dita dimensionalmente homogênea
quando todos os seus termos tiverem as mesmas dimensões).
A análise dimensional pode ser estudada de acordo com:
- método de Lord Rayleigh
- teorema dos ou teorema de Buckingham.
L3 T-1 = ( L T-2)x Ly Lz
L3 T-1 = Lx+y+z T-2x
x y x 3
2 x 1
Nota-se que o sistema de equações, devido k + 1 < n, é
composto de apenas duas equações com três incógnitas.
A solução do sistema leva a:
x = 1/2
z = 5/2 - y
A equação (3c) fica escrita como:
Fr = C V-2y gy h y
(solução final pela análise dimensional;
equação teórica).
201
1 g1 x g 2 y g 3 z g 4
1 1 1
2 g1x g2 y g3 z g5
2 2 2
g1x g2 y g3 z g6
3
3 3 3
Solução:
Levando em conta as regras e as relações apresentadas
anteriormente, tem-se:
Regra 1:
Grandezas Físicas Símbolos Dimensões
Número de Reynolds Rey 1
Massa específica ML-3
207
Velocidade V LT-1
Viscosidade dinâmica ML-1T-1
Comprimento característico D L
Re y 1 / 2
A relação útil (c), vista atrás, permite escrever:
2 = Rey eq.9c
0bservacão: Como Rey é um adimensional, não há necessidade
de se proceder como anteriormente; basta usar a relação útil (a).
Regra 6:
Substituindo 1 e 2 das equações 7c e 9c na equação 5c, tem-se:
VD
F ; Re y 0 , ou
VD
Rey = f eq.10c
A análise dimensional só consegue chegar até a equação
10c; daí para frente lança-se mão da análise experimental. Para o
caso, a experiência evidencia que:
209
VD
Re y eq.11c
Solução:
Regra 1:
Grandezas físicas Símbolos Dimensões
Vazão (grandeza dependente) Q L3T-1
Aceleração da gravidade g LT-2
Soleira L L
Carga hidráulica H L
Regra 2:
Definição das grandezas de base.
Número de termos = n – k = 4 – 2 = 2
Número de grandezas de base, igual ao número de
dimensões ou seja: k = 2. Não escolher Q e L como grandezas
de base para que não figurem em mais de um termo .
As grandezas de base são, portanto, H e g, sendo uma de
natureza geométrica e a outra, de natureza cinemática.
210
Regras 3, 4 e 5:
Determinação dos termos 1 e 2, para obtenção da
função:
F(1;2) = 0 eq. 12c
1 = Hx gy Q eq. 13c
L0 T0 = Lx (LT-2 )y L3 T-1 = Lx+y+3 T-2y -1
x y 3 0
2 y 1 0
A solução do sistema de equações conduz aos valores:
y = -1/2 e x = -5/2, que levados à equação 7c conduz a:
1 = H-5/2 g -1/2 Q = Q/g1/2 H5/2 eq.14c
2 = Hx gy L eq.15c
L0 T0 = Lx (LT-2 )y L = Lx+y+1 T-2y
x y 1 0
2 y 0
a solução do sistema de equações leva a:
y = 0 e x = -1, que substituídos na equação 9c permite
escrever:
2 = H-1 g0 L = L/H eq. 16c
Substituido-se as equações 14c e 16c na equação 12c,
tem-se:
F(Q/g1/2H5/2 ; L/H) = 0 ou
Q/g1/2H5/2 = F1(L/H) eq. 17c
211
Solução:
As dimensões, nesta aplicação, serão usadas no sistema FLT.
Regra 1:
Grandezas físicas Símbolos Dimensões
Energia cinética EC FL
Massa m FL-1T2
Velocidade V LT-1
x 1 0
x y 1 0
2 x y 0
Notar que o número de equações supera o número de incógnitas.
A solução do sistema de equações conduz a: x = -1 e y = -2,
valores estes que levados à equação 20c, levam a:
= m-1V-2EC = EC/mV2 eq.21c
Substituindo-se a eq. 21c em 19c, tem-se:
F(EC/mV2) = 0
Tendo-se em vista a regra 7, a função anterior se escreve como:
EC/mV2 = C
EC = CmV2 eq.22c
A qual representa a solução do problema usando os
recursos da análise dimensional.
Valendo-se da experimentação conclui-se que C =1/2, o
que leva à conhecida equação da energia cinética:
1
EC mV 2 eq.23c
2
Solução:
O ângulo é um adimensional e por isso não deve figurar na
análise inicial (ver Regra 2). Nesse caso, o problema pode ser
solucionado substituindo-se e V por Vx (velocidade do
projétil na direção x) e Vy (velocidade do projétil na direção y),
conforme esquema seguinte:
1 R x Vx y g
1 1
eq. 28c
x1 y1 1 0
y1 2 0
Do sistema de equações, tem-se: x1 = 1 e y1 = -2, que levados à
equação 28c, conduzem a:
1 = RVx-2g = Rg/Vx2 eq. 29c
Detewrminação de 2:
2 R x Vx y V y
2 2
eq. 30c
x2 y 2 1 0
y 2 1 0
216
SISTEMAS DE UNIDADES
MECÂNICAS
GRANDEZAS FÍSICAS SÍMBOLOS FLT MLT
EQUAÇÕES DIMENSIONAIS
Área A L2 L2
Volume Vol L3 L3
Velocidade linear V LT-1 LT-1
-2
Aceleração da gravidade g LT LT-2
Energia cinética EC FL ML-2T-2
-1
Velocidade angular ω T T-1
Força F F MLT-2
-1 2
Massa m FL T M
-3 -2 -2
Peso específico FL ML T
-4 2
Massa específica FL T ML-3
Pressão P FL-2 ML-1T-2
-2
Viscosidade absoluta FL T ML-1T-1
Viscosidade cinemática L2T-1 L2T-1
Módulo de elasticidade E FL-2 ML-1T-2
-1
Potência mecânica Pot FLT ML2T-3
Potência nominal N FLT-1 ML2T-3
-1
Potência hidráulica NH FLT ML2T-3
Potência elétrica NE FLT-1 ML2T-3
Torque T FL ML2T-2
3 -1
Vazão volumétrica Q LT L-3T-1
Vazão em peso QP FT-1 MLT-3
-1
Vazão em massa Qm FL T MT-1
Tensão cisalhante FL-2 ML-1T-2
Tensão superficial FL-1 MT-2
218
Peso P F MLT-2
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
Apêndice D:
Revisão Sobre
Viscosidade
220
1. Conceituação de viscosidade
Viscosidade é a propriedade que possuem os fluidos reais
de resistirem a sua mudança de forma qundo submetidos a
forças tangenciais ou de atrito.
Fluidos reais são substâncias que se deformam
continuamente quando submetidas a forças tangenciais, por
menores que elas sejam.
Sólidos reais são substâncias que se deformam até um
certo limite (chamado limite elástico) quando submetidos a
forças tangenciais, retornando a sua forma original quando
cessada essa força; aumentando-se a força tangencial, o sólido
pode atingir a chamada deformação plástica, não mais
retornando a sua forma original, podendo se romper caso essa
força atinja valores elevaddos.
Em alguns tratamentos da mecânica dos fluidos, para
tornar o estudo mais simples, costuma-se omitir o efeito da
viscosidade e da compressibilidade, sendo nesse caso, o fluido
denominado ideal ou teórico.
A definição matemática de viscosidade é apresentada
usualmente supondo-se um escoamento entre duas placas planas
paralelas, sendo o escoamento ocasionado pelo deslocamento de
uma delas relativamente à outra.
Suponham-se, portanto, duas placas planas e paralelas
(Figura 1D), ambas com área A e distantes de y. Admita-se que
221
V
(Placa móvel) F
v + dv
dy
v y
(Placa fixa)
AV
F= eq. 1D
y
V dv
eq. 2D
y dy
F dv
eq.3D
A dy
223
dv
A B A A’ B B’ (v + dv)
dy d dy
(v)
C tempo (t) D C tempo (t + dt) D
225
1 dp dz
eq.10D
dx dx R
2
p1V p V2
1 z1 z h f cte eq. 11D
2g 2g
1 dp dz dh f
0 eq .12D
dx dx dx
eq. 14D
= k ( ) n eq.16D
o k ( ) n 1 eq.17D
= k ( ) n eq.18D
sendo n > 1 e k, constantes que dependem da natureza do
fluido. Também, à semelhança do fluido pseudoplástico
a viscosidade aparente (o) para o fluido dilatante é expressa
por:
o k ( ) n 1 eq.19D
Nesse caso, como n > 1, a curva é progressivamente
crescente como pode ser observado na Figura 4D. As soluções
de goma-arábica se encaixam nessa categoria.
237
– Casson:
e o eq.20D
– Prandtl:
A sen1 eq.21D
C
– Eyring:
A C sen eq.22D
B A
– Williamson:
A
C eq.23D
B
1 4 1
n
0,4
0,75 log10 Re g(f ) 2 1, 2 eq. 26D
f n n
sendo os parâmetros desta equação já definidos na equação 25D.
10,649Q1,852
J= eq.41D
C 1,852D 4,871
R2
R1 v
b a vp
m g =P
vp
H = vp t
248
Fy
eq. 41D
AV
onde:
= coeficiente de viscosidade dinâmica ou absoluta,
ML– 1 T– 1;
F = força tangencial ou de atrito, MLT–2;
y = R2 – R1 = folga entre os dois cilindros de raios R1
e R2, L;
A = área lateral do cilindro interno, L2; e
V = velocidade tangencial ou periférica do cilindro
interno, LT–1.
A área lateral do cilindro interno pode ser calculada por:
y cilindro externo
V
cilindro interno
R1 R2
Mp = Pr = mgr eq.46D
M = FR1 eq.47D
251
onde:
P = peso do corpo utilizado para imprimir a rotação
angular (), MTL–2; e
g = aceleração da gravidade, LT–2.
Substituindo-se as equações (42D), (45D) e (48D) na
equação (41D) e, em seguida, o valor de , obtido da equação
(44D), chega-se a:
mgr 2 y
eq. 49D
2R 13 hVp
H D4
eq.50D
128 Q L
sendo esta equação válida apenas para fluidos newtonianos.
Observações:
a) Para o plástico de Bigham a equação utilizada
(conhecida como equação de Bucknigham) é:
HD 4 1 4 L 1 4 e
4
L
e 1 e q.51D
128 Q L 4 D H 3 D H
Piezômetro
H
D
tº
Niv. max.
b
Figura 10D – Viscosímetro Saybolt Universal
255
d 3 s
W eq.59D
6
A força de empuxo (FE) pode se calculada pela equação:
d 3 e
FE eq.60D
6
Depois que a esfera atinge a velocidade
constante (velocidade terminal), as três forças anteriores se
equilibram, de tal modo que:
dt W
Vt Fa
FE
Banho
termostático
s
Vt
258
Fa – w + FE = 0 eq. 61D
Substituindo-se as equações (358D), (59D) e (60D) na equação
(61D) e simplificando, chega-se a:
d 2 ( s e )
eq.62D
18 V
Na prática, a equação (62D) necessita de grandes
correções, porque a extensão do fluido no recipiente (Figura
11D) não é infinita e o efeito parede sobre a medida da
velocidade é muito grande. Verifica-se experimentalmente que a
velocidade (V) da equação (62D) pode ser corrigida por:
2
V 9d 9d
1 eq.63D
Vt 4d 4d
onde Vt = /t é a velocidade de queda observada no
viscosímetro e d é o diâmetro do tubo (Figura 8).
259
7. Exercícios de aplicação:
V
r
v
0
v v
y r
= 4524 x 10-6 kgf . m-2 . s . 12 s-1
= 0,0543 kgf . m-2 (tensão de cizalhamento)
b) Duas grandes superfícies fixas (S1 e S2) então separadas de 55
mm. O espaço entre elas está cheio de óleo ( = 550 x 10-4 kgf .
m-2 . s). Uma placa plana P (distanciada 35 mm de S2 e 20 mm
de S1) de espessura desprezível desloca-se com acréscimo de
velocidade dV = 0,44 m s-1 em relação a S1 e S2. A área de P é
igual a 1,20 m2.
Determinar: a força total capaz de provocar o deslocamento
de P em relação a S1 e S2 e a tensão de cizalhamento
SOLUÇÃO:
S1
dy1 = 35 mm
P V
dy2 = 20 mm
S2
261
F v
A y
Força provocada pelo deslocamento da placa P em
relação a S1 (F1):
v 0,44
F1 = A = 550 x 10-4 x 1,20 x = 0,83 kgf
y1 0,035
Força provocada pelo deslocamento da placa P em
relação a S2 (F2):
v 0,44
F2 = A = 550 x 10-4 x 1,20 x = 1,45 kgf
y 2 0,020
Força total (F):
F = F1 + F2 = 2,28 kgf
Tensão de cizalhamento ():
F 2,28
= = 1,90 kgf . m-2
A 1,20
y
1,125 m . s-1 A
v
75 mm v
SOLUÇÃO:
c.1) Considerando distribuição de velocidades linear:
Pela semelhança de triângulos, tem-se:
v v 1,125
= 15 s-1 (constante)
y y 0,075
v
= = 0,0048 x 15 = 0,072 kgf . m-2 (constante)
y
c.2) Considerando distribuição de velocidades parabólica:
v = 1,125 – 200 (0,075 – y)2
Derivando-se a equação anterior em relação a y, tem-se:
v
= 400 (0,075 – y)
y
O quadro apresentado a seguir elucida a questão:
263
Q 4Q 4 x 0,0133
V= = 1,69 ms-1
A D 2
3,14 x 0,12
264
SOLUÇÃO:
Q 4Q 4 x 0,0133
V= = 1,69 ms-1
A D 2
3,14 x 0,12
2 x 60 x 0,120
V = R1 = 2NR1 = = 0,24 m/s
60
A = 2R1h = 2 x 0,120 x 0,300 = 0,072 m2
y = R2 – R1 = 0,006 m
R 1AV
M = FR1 =
y
x 0,120 x 0,072 x 0,24
0,1
0,006
= 0,029 kgf. m–2. s
f.1)Viscosidade cinemática
g 0,029 x 9,81
800
= 3,56 x 10–4 m2s–1
dV
0,1 = r (0,6r)
dr
0,1 dr r 2 dr
dV
0,6 r 2 6
0,24
0,126
1 1 0,126
dV r 2 dr r 1 0,120
6 6
0 0,120
1
0,24= (–0,126–1 + 0,120–1)
6
Resolvendo a integral, tem-se:
= 0,029 kgf.m-2.s
Este resultado demonstra a validade da equação 47D,
onde se toma r como a média aritmética de r1 e r2 tendo em vista
que o espaço entre os dois cilindros é muito pequeno.
vol 60
Q= 40 cm3 / h
t 1,5
269
HD 4
4
3,14 x 833 x 0,73 x 0,5 x 10 3 x 3600
128 QL 128 x 40 x 10 6 x 0,914
8. REFERÊNCIAS bIBLIOGRÁFICAS: