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Tendências Teológicas do Século 21

Chegamos ao limiar das inovações. Inovações estas que dominam todo o cenário sejam na Igreja, na
política, na economia, na geografia e na história. O quadro do mundo atual é caótico. A fé do mundo está
morrendo. O fogo que ardeu no século passado e impulsionou a Igreja da geração anterior, rompendo
fronteiras geográficas e culturais, tem-se enclausurado entre quatro paredes, tentando “preservar”
aqueles veteranos da fé.

Por mais que lutemos para preservar a identidade da Igreja (visível), o cristianismo puro e simples (nas
palavras de C. S. Lewis) está cada dia mais minguado. Para mudar o atual estado em que nos encontramos,
temos de agir. Como diz Hank Hanegraff, “um câncer está devorando a Igreja de Cristo. Ele precisa ser
extirpado”. Algo tem de ser feito. Mas o que faremos ante as novas tendências?

Primeiro, devemos entender o que são tendências teológicas. Essa compreensão envolve as primeiras duas
palavras do tema proposto. Como o léxico Aurélio define:

1.
Tendência, do latim tendentia, “inclinação”, “propensão”, “vocação”, “pendor”, “força que
determina o movimento de um corpo”, “intenção”, “disposição”. É a mudança do original por
influência do meio em que está inserido.

2. Teologia, do grego theología, “ estudo das questões referentes ao conhecimento da divindade,


de seus atributos e relações com o mundo e com os homens, e à verdade religiosa”, “estudo
racional dos textos sagrados, dos dogmas e das tradições do cristianismo”, “tratado acerca das
verdades absolutas de Deus”.

Tendências Teológicas são mudanças licenciosas dos conceitos imutáveis de Deus promovidos por aqueles
que negando a fé original, enredam em tornar convenientes suas doutrinas falsas, entremeando verdades
absolutas com mentiras advindas de seus delírios malignos. Em simples palavras, é a secularização da
teologia, fruto da aversão aos pensamentos de Deus.

Segundo, devemos buscar mais a Deus de forma sincero para não nos incorrermos mesmo erros daqueles
que dizendo conhecer a Deus, negam com suas obras. É-nos necessário voltar à Palavra como o faziam os
crentes de Beréia, “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.11). É tempo de
amadurecermos na “fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).

É lamentável ainda termos em nossos dias crentes volúveis que desprezam as Escrituras e abraçam, sem
discernimento, modismos, inovações, falsos ensinos, doutrinas falsas burlariam teológicas e mensagens
que mais parecem com espiritismo e terapias de autoajuda do que o verdadeiro evangelho. Ou nos
voltamos às Sagradas Escrituras como única fonte suficiente do conhecimento de Deus, ou brevemente
não seremos mais o povo barulhento que perturbava as nações.

Terceiro, devemos clamar a Deus para que envie ceifeiros para sua seara. Ceifeiros da Palavra, que fale a
verdade, que impunha a espada que é a Palavra de Deus (Ef 6.17), que tragam luz às trevas que cobrem as
mentes da maioria dos cristãos que foram ensinados a acreditar em tudo o que os seus líderes e
esqueceram-se de conferir com as Escrituras.

Que o Senhor desperte em nós o fogo da sua Palavra que arde em nós quando há exposição da sua
verdade e que, à semelhança dos discípulos no caminho de Emáus, a despeito da noite em que se
encontravam, corramos para anunciar a verdadeira boa nova do Evangelho.

Sola Scriptura!
http://niloneiramos.blogspot.com.br/2009/11/tendencias-teologicas-do-seculo-21.html
“Teologia cristã atual”

Já por algum tempo tenho ousado pesquisar sobre a teologia contemporânea (desde 1995). Busco entender as
várias tendências e movimentos na teologia cristã atual e sua importância para a igreja evangélica
(confesso que não é tarefa fácil). Tenho tentado analisar criticamente os conceitos teológicos, à luz da
cosmovisão bíblica e evangélica e procuro aquilo que colabore com a promoção de uma formação
espiritual saudável na igreja e na minha vida pessoal.
Entendo que quando buscamos compreensão acerca da influência das teologias e conceitos presentes na
sociedade atual, podemos desenvolver modelos de ministério e evangelização que respondam aos desafios do
nosso tempo com mais propriedade e eficácia.
O contexto teológico nacional e talvez o internacional evidencia uma certa estagnação nos últimos anos no
que tange a produção de material puramente teológico. Acredito que as impostações da pós-modernidade
tem trazido sérios prejuízos para a teologia, dada a variedade de informações e pluralidade de opções que
oferece aos que ousam se aprofundar nesta ciência.
Nota-se que a preocupação atual a respeito do sentido real da teologia é buscado, bem como da sua
veracidade e do seu fundamento, mas existe uma concepção de teologia que a tem separado da prática
pastoral da Igreja e ao mesmo tempo a tem privatizado como teologia científica, colocando-a de lado por
suas características metódicas. A teologia tem atingido um alto grau de sofisticação intelectual e filosófica.

Tem havido também a promoção de uma teologia mais holística e sensacionalista sem qualquer
preocupação com a veracidade, baseada no sentimento pessoal de cada sujeito, e, enfim, um desinteresse
por sua veracidade baseada na Revelação de Deus (Bíblia Sagrada). Penso que toda reflexão teológica
genuína deve começar com Deus como o fundamento último de toda a realidade e da fé cristã.

As diversas correntes teológicas atuais são quase que inteiramente antropocêntricas, começando com as
necessidades e desejos humanos para então elaborar um entendimento de Deus como aquele cuja função
principal é satisfazer tais aspirações. Há um retorno a aquilo que ocorreu no período iluminista, que se
caracterizou por uma fé ingênua no homem e em suas potencialidades. A razão desse desprezo é que o
próprio conceito de revelação especial tem sido questionado.
Em síntese, a teologia contemporânea tem se tornado um esforço filosófico e especulativo que tem pouco
contato com as genuínas raízes da fé e da espiritualidade cristã.

http://estudos.gospelmais.com.br/breve-comentario-acerca-da-teologia-crista-atual.html#comments
Teologia contemporânea

É preciso delimitar a teologia contemporânea em dois conjuntos: todo o pensamento teológico moderno, atual e os
rumos e tendências determinados pelo pensamento teológico protestante; Sendo assim, é preciso recorrer às raízes,
às origens, se de fato desejamos discernir o que ocorre hoje nos arraiais teológicos protestantes.

A teologia própria do século 21 teve origem na eclosão da Reforma Protestante do século 16, que rompeu com as
estruturas do pensamento escolástico-medieval que preconizava o primado da razão sobre a fé, da filosofia sobre a
revelação. A teologia dos reformadores afirma que toda reflexão doutrinária sob o domínio da fé sustenta-se na
autoridade absoluta da Palavra de Deus.

A partir de então, a teologia passou a ter como ponto referencial o pensamento dos reformadores, pela aceitação,
ou pela rejeição dos seus pontos basilares. As correntes teológicas mais próximas de nós no tempo e no espaço são
definidas de acordo com o posicionamento analítico-crítico que assumem em relação aos grandes “solas” da teologia
reformada: sola Scriptura (Só a escritura), sola fide (Só a fé), sola gratia (Só a graça), solus Christus (Só Cristo),
coroados pela exultante doxologia que emana do reconhecimento humilde da soberania absoluta de Deus, expressa
pelo “soli Deo gloria”!

Da “sacra pagina” ao cipoal inextricável das teologias


No período anterior à Idade Média, as designações latinas “Sacra Pagina” e “Sacra Doctrina” eram empregadas para
expor as doutrinas religiosas ou dogmas em voga. Pedro Abelardo (1142) introduziu o então neologismo “teologia”
ao estudo das doutrinas sagradas na sua obra Introductio ad Theologian. Os termos até então eram “Sacra Pagina” e
“ Sacra Doctrina” de que se valia Santo Agostinho e que perdurou até o período de Tomás de Aquino (1225 – 1274).
O reformador João Calvino (1509 – 1546) nas palavras introdutórias das Institutas expõe que “toda sabedoria
(sapientia) que temos, ou seja, a verdadeira e sólida sabedoria, consiste de duas partes: o conhecimento de Deus e o
conhecimento de nós mesmos”. As Institutas de 1536 registram “Doctrina sacra” em vez de “Sapientia”.

O neologismo teologia acolhido com reservas pelos eruditos da época, tornou-se o termo técnico adequado para
identificar os expositores de assuntos religiosos, como teologia paulina, joanina, agostiniana, luterana, calvinista,
bartiana, e também, mais modernamente, para identificar a área específica de abordagem a que se propõe: teologia
bíblica, exegética, histórica, prática, sistemática, para mencionar apenas as que figuram na enciclopédia teológica
clássica. Nos tempos atuais abre-se ilimitado espaço para a inserção de “teologias” para todos os gostos e
tendências subjetivas; aqui estão: Teologia da revolução, da secularização, lúdica, política, dialética, feminista, do
negro, da libertação, do paradoxo, da crise, da esperança, liberal, fundamentalista, ortodoxa, neo-calvinista, e até
mesmo uma teologia da morte de Deus! Neste cipoal inextricável, confuso, caótico, a teologia reformada que se
apoia no inamovível fundamento da soberana Palavra de Deus desfruta do dever imperativo de fazer ouvir a sua voz
crítica e orientadora e, assim, indicar o reto caminho em meio às encruzilhadas convidativas mas perigosas a que
todos estamos expostos.

De Charles Hodge a Paul Tillich


É fácil e ao mesmo tempo delicado citar os nomes que mais se destacam na teologia contemporânea. A
subjetividade do tema o complica. O que determinado teólogo representa para certo crítico não é necessariamente
o mesmo para todos os críticos.

Divido os teólogos em dois grupos que se destacam pelas diferenças ideológicas. Um grupo é marcado pela presença
de eminentes teólogos clássicos do protestantismo que se firmaram numa linha calvinista, de fidelidade sem
reservas às Escrituras Sagradas. Nesta galeria figuram C. Hodge (1799 – 1878), B. B. Warfield (1851 – 1921), A.
Kuyper (1837 – 1920), H. Bavinck (1854 – 1921), L. Berkhof (1873 – 1956). O outro grupo não apresenta uma linha de
pensamento teológico uniforme, nem quanto aos aspectos capitais da fé cristã. A autoridade divina das Escrituras
Sagradas em termos da sua inspiração, infalibilidade, inerrância, suficiência, necessidade, fidedignidade, recebe
deste grupo um veredicto negativo, contestador, próprio de uma postura teológica que se abre ao chamado
liberalismo teológico, de quem F. F. Schleiermacher é o pai (1768 – 1834) e o filósofo I. Kant é o avô (1724 – 1804).
Os maiores destaques recaem sobre K. Barth (1886 – 1968), E. Bruuner (1889 – 1965), R. Bultmann (1884 – 1976) e
P. Tillich (1886 – 1965).

http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/297/teologia-contemporanea
O momento atual da teologia

Nesta entrevista concedida a Flávio Senra, o teólogo João Batista Libanio apresenta um quadro resumido dos
principais desafios e oportunidades da Teologia no atual cenário brasileiro.

Como você avalia a situação atual da Teologia?


O mapa teológico apresenta-se vastíssimo. Difícil de emitir juízo global. A tendência acadêmica atual, forte nas
universidades e incentivada pela CAPES, acentua a especialização em autores, textos cada vez mais restritos. Avança-
se em profundidade textual. Perde-se em amplidão de horizontes, em sínteses complexas. Abrem-se novos campos
de estudo como o da teologia das religiões. Faustino Teixeira tornou-se referência importante nesse setor. Com
efeito, a proliferação dos cursos de Ciências das Religiões está a produzir literatura de diálogo nessa fronteira. Falta
ainda clareza. Mas progride-se em oferecer alimento religioso para ambientes alheios à fé cristã.
A espiritualidade tem seduzido excelentes teólogos e teólogas. Assinalo aqui alguns últimos escritos de Maria Clara
L. Bingemer, além de Faustino Teixeira que visita bastante esse departamento teológico. A ecologia tem ocupado as
principais preocupações de L. Boff com vastíssima obra. Os clássicos tratados de teologia ainda provocam textos
dirigidos principalmente aos estudantes e interessados pela teologia. Além da coleção Teologia e Libertação, que
infelizmente por razões de contingências adversas encerrou o projeto de uns 50 volumes, publicando um bom
número de 30, a editora espanhola Siquém em convênio com as Paulinas vem publicando manuais de teologia de
nível médio na coleção Livros Básicos de Teologia. A FAJE prossegue na publicação das coleções Bíblica e Theologica
com obras de peso.

Predomina no momento a literatura teológica de consolo, de autoajuda com tiragens altíssimas, de conteúdo fluido,
superficial e midiático. Sob certo sentido, cresce o mercado teológico, mas não dos livros de peso e sim os de
divulgação espiritualizante. Percebe-se queda do interesse pelo estudo sério da teologia no meio do clero e dos
religiosos/as. Em compensação, aumenta a faixa de leigos que procuram aumentar a cultura teológica. No Brasil
ainda se considera luxo comprar livro. Em qualquer pequeno aperto orçamentário, risca-se esse objeto da lista
enquanto entram objetos supérfluos de consumo, especialmente eletrônico.

O novo mundo produzido pela técnica e seus desafios para a compreensão da vida, o esgotamento do modelo das
sociedades de consumo, a revolução sexual e as novas configurações da família, a situação da pobreza e o desafio
ecológico, o colapso dos sistemas de representação e a nova geopolítica global, os fundamentalismos religiosos
estão em destaque na pauta mundial. Como a teologia pode se posicionar neste cenário?
De fato, a pergunta elenca ladainha pesada de problemas que desafiam a vida do cristão. E a teologia oferece-se
como reflexão sobre a fé. Nesse sentido, afetam-na todas essas questões.
A técnica está a transformar a cultura cada vez mais intensamente. Nos inícios, ela aliviava o corpo do peso
muscular. Em vez de capinar horas a fio, o trator liberou os braços do camponês. Para quê? Teilhard de Chardin
imaginou que iríamos ter mais tempo para tarefas intelectuais e espirituais. Talvez tenha resultado, em parte,
verdade. As pessoas começaram a dispor de mais tempo livre para lazer e outras atividades.

Nesse momento, porém, a tecnologia avançou e prolongou os sentidos, especialmente o ouvido e a vista com
enorme parafernália de TV, vídeos, DVDs, etc. Ela entra precisamente quando o espaço vazio do trabalho manual
poderia ser preenchido por atividades intelectuais e espirituais. No entanto, acabou ocupando as pessoas com
programas de TV que primam por muita estupidez e alienação, sem desenvolver necessariamente a capacidade
intelectual nem espiritual. Há, porém, na pluralidade de canais ofertas de melhor nível, frequentadas menos pelas
grandes massas.
No atual momento, a tecnologia pretende mais. Quer afetar diretamente o cérebro, ampliando as possibilidades de
conhecimento, sobretudo pela Internet e pelo conjunto de possibilidades que ela abre. De novo, a ambiguidade
desse meio tem produzido efeitos realmente de avanço cultural como de degradação moral. Então, desafia a fé
cristã assumir tal avanço tecnológico das três ondas e oferecer alimento cultural e espiritual.

No referente à sociedade de consumo, não diria que no Brasil ela demonstre sinais de esgotamento. Antes, alardeia-
se nos jornais o acesso das classes C e D ao consumo. E a crise financeira atual tem produzido menor impacto sobre
a economia brasileira, em parte devido ao crescimento do consumo da população. Mais. Infelizmente a mentalidade
consumista cresce, especialmente no meio das crianças e dos jovens. Aqui a teologia de viés ecológico tem
trabalhado para acordar o cristão para vida de sobriedade a partir da mensagem e prática de Jesus.
A revolução sexual tem tido positivas influências na teologia, a começar por as mulheres assumirem papel
protagonista na produção teológica que vai além da reflexão sobre a mulher. Interpreta toda a teologia sob o ponto
de vista da mulher com reflexões originais. Além disso, a temática sexual interessa cada vez mais a teólogos/as,
apesar de toda dificuldade no interior da Igreja católica de tratar de tal assunto. Haja vista o livro do teólogo inglês J.
Alison, radicado no Brasil. Obra inteligente de fina sensibilidade, de densidade e de alto nível teológico [Fé Além do
Ressentimento. Fragmentos católicos em voz gay. São Paulo: É Realizações Editora, 2010].

A temática da família tem merecido relevo, talvez mais em cursos e palestras do que em escritos. Outro tema bem
delicado em face da pluralidade de famílias e de relações entre cônjuges que se constituem e buscam legitimidade
ético-social. E as religiões têm tido dificuldade em enfrentar tal problemática por conta de suas longas tradições
firmadas na leitura bíblica de família monogâmica, entre homem e mulher em vista da procriação com vínculo
estável. O mapa familiar da atual sociedade embaralha a vista de quem se põe nesse horizonte único.
A situação dos pobres permanece, na presente sociedade, igualmente ou senão mais grave. À condição de
empobrecido socioestruturalmente soma-se-lhe a de segregado da cultura informatizada, agravando-lhe a exclusão.
Pobres se tornam invisíveis no sentido de serem alijados para as periferias distantes e, sob certo sentido, escondidos
atrás de aparência melhorada e até, não raro, com acesso a celular e outros produtos eletrônicos. Não se sabe a
custo de quê. Continua válida a preocupação fundamental da teologia da libertação de batalhar na linha da
emancipação dos pobres antigos e novos.

Já apontei o problema ecológico como grave e urgente interrogante para a teologia. Mais uma vez menciono o
ingente trabalho teológico de L. Boff. Assistimos a certo colapso dos sistemas de representação e ao surgimento de
nova geopolítica global. A teologia política e a teologia pública, bem próximas da teologia da libertação, assumiram a
tarefa de pensar tal questão. Teólogos/as, especialmente ligados/as ao Instituto Humanistas da Unisinos, têm
produzido e recolhido de todas as partes contribuições significativas nesse campo.
E finalmente a pergunta se dirigiu aos fundamentalismos. Os teólogos das religiões e do diálogo inter-religioso
debruçam-se sobre tal tema. Na minha análise, cabe diferença básica entre religião, religiosidade e fé. A religião,
como tal, não gera e não dissolve violências nem fanatismos nem fundamentalismos. Depende de que doutrinas
religiosas ela administra. Além disso, a religiosidade responde primordialmente à experiência das pessoas no interior
de uma cultura. A fé, por sua vez, remonta à revelação. Essa trilogia necessita ser distinguida e articulada. Remeto o
leitor à reflexão que fiz em que distingui e articulei religião, religiosidade e fé [A Religião no início do milênio, 2º ed.
São Paulo: Loyola, 2011, p. 87-110]. Conforme se entenda cada uma dessas dimensões religiosas, a problemática se
encaminha em direções diferentes. A imprensa mistura os campos, gerando imagem negativa de toda religião e fé. A
teologia tem elementos para contrapor-se a tal jogada ideológica, situando a questão nos diversos momentos da
história.

O reconhecimento civil da Teologia abre um novo cenário para o ensino teológico. Também o surgimento de novas
escolas teológicas tem apontado outras perspectivas do ensino. Em que esta realidade favorece a produção
teológica?
A multiplicação de Institutos e Faculdades teológicas está a produzir dois efeitos antitéticos. De um lado, tem feito
aumentar o interesse pela teologia e assim tem estimulado o crescimento da produção teológica. O aumento do
público provoca as fábricas de teologia a se multiplicarem e a ampliarem a própria produção segundo a demanda do
mercado. Negativamente, porém, corre-se o risco de baixar o nível da produção por afã de satisfazer rapidamente ao
consumismo religioso. Além disso, o maior número de graduados e pós-graduados permite aceder mais facilmente a
esse grau, sem tanta preparação e capacidade teórica. Teme-se isso muito mais nas Instituições de corte pentecostal
e neopentecostal que sofrem maior pressão de crescente clientela a exigir mais teologia para seu consumo.

http://casadateologia.blogspot.com.br/2011/12/o-momento-atual-da-teologia.html

DALCIRLÉA G. DOS SANTOS

BACHARELANDO EM TEOLOGIA

MATÉRIA: TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA - PRF.º :BELO / 2014-1º SEMESTRE

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