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Gestao Uan Hospitalar PDF
Gestao Uan Hospitalar PDF
Número 23
Ano V - Janeiro/Fevereiro de 2009
Perfil
•
Silvia Maria
Franciscato Cozzolino
Legado pelas
Ciências Nutricionais
Modelo de Implantação de Gestão da Qualidade em UAN - Estudo de Caso
Nutrição Clínica
Importância do Cuidado
Nutricional em Portadores
de Doença de Crohn
Alimentação Coletiva
Vegetais Minimamente
Processados: Seção em Destaque
Qualidade e Segurança UAN - Unidade
Gastronomia de Alimentação e Nutrição
Desenvolvimento de
Preparações Doces à Base de
Soja para Crianças com Dieta
Modelo de
Isenta de Lactose
Implantação de
Gestão da
Nutrição no Esporte
Importância e Aplicação Prática
do Índice Glicêmico na Competição
Janeiro/Fevereiro de 2009
Saúde Coletiva
Qualidade em UAN -
Síndrome de Down:
Visão Multidisciplinar Estudo de Caso
Alimentação e Nutrição
UAN - Unidade de
Modelo de Implantação
de Gestão da Qualidade
em Unidade de
Alimentação e Nutrição
Nutrição Profissional 23 - Janeiro/Fevereiro de 2009
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Alimentação e Nutrição
UAN - Unidade de
Introdução sam conceitos reconhecidos inter-
nacionalmente e que traduzem em
Os conceitos da qualidade sofreram práticas ou fatores de desempenho,
mudanças consideráveis ao longo encontrados em organizações líde-
do tempo. De simples conjunto res de classe mundial, que buscam
de ações operacionais, centradas e constantemente se aperfeiçoar e se
localizadas em pequenas melhorias adaptar às mudanças. Seguem os
do processo produtivo, a quali- conceitos de cada fundamento da
dade passou a ser vista como um excelência, segundo a FNQ:
dos elementos fundamentais do 1. Pensamento sistêmico: entendi-
gerenciamento das organizações, mento das relações de inter-
tornando-se fator crítico para a dependência entre os diversos
sobrevivência não só das empresas componentes de uma organiza-
mas, também, de produtos, proces- ção, bem como entre a organi-
sos e pessoas. Esta nova perspectiva zação e o ambiente externo;
do conceito e da função básica da 2. Aprendizado organizacional:
qualidade decorre, diretamente, da busca e alcance de um novo disponíveis, além de incluir os
crescente concorrência que envolve patamar de conhecimento para riscos identificados;
os ambientes em que atuam pesso- a organização por meio de 6. Visão de futuro: compreen-
as e organizações. O cenário que percepção, reflexão, avaliação são dos fatores que afetam a
se desenha no inicio do século XXI e compartilhamento de experi- organização, seu ecossistema e
aponta para uma completa revolu- ências; o ambiente externo em curto e
ção organizacional, no sentido de 3. Cultura de inovação: promoção longo prazo, visando sua pere-
que as organizações estão operan- de um ambiente favorável à nização;
do cada vez mais sob a forma de criatividade, à experimentação 7. Geração de valores: alcance de
redes dinâmicas e abertas. e à implementação de novas resultados consistentes, assegu-
idéias que possam gerar um rando a perenidade da organi-
Diante desta revolução é papel diferencial competitivo para a zação pelo aumento de valor
dos gestores conduzir estas orga- organização; tangível e intangível de forma
nizações na busca da excelência, 4. Liderança e constância de sustentada para todas as partes
fazendo da qualidade um diferen- propósitos: atuação de forma interessadas;
cial estratégico. A compreensão do aberta, democrática, inspira- 8. Valorização das pessoas: esta-
que é excelência em gestão deve dora e motivadora das pessoas, belecimento de relações com
partir do reconhecimento de que visando ao desenvolvimento da as pessoas, criando condições
as organizações e a própria socieda- cultura da excelência, à promo- para que elas se realizem profis-
de se encontram em um profundo ção de relações de qualidade sionalmente e humanamente,
processo de transformação. e à proteção dos interesses das maximizando seu desempenho
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Alimentação e Nutrição
desenvolvimento de ativida-
UAN - Unidade de
dução de custos e a eliminação de Implantar um modelo de gestão de o aplicou. O Ciclo de Deming tem
desperdícios. É recente, segundo o qualidade na UAN do hospital. por princípio tornar mais claros
autor, o entendimento dos servi- e ágeis os processos envolvidos
ços de saúde como organizações Objetivos específicos na execução da gestão como, por
que utilizam recursos e executam exemplo, na gestão da qualidade,
processos que objetivam resultados. Assegurar a assistência nutricional, dividindo-a em quatro principais
Independentemente da política de o controle higiênico-sanitário e passos. O PDCA é aplicado princi-
saúde existente no País, que não a satisfação aos clientes internos palmente nas normas de sistemas
privilegia estes aspectos, há neces- e externos do hospital, atingir de gestão e deve ser utilizado (pelo
sidade de que “os administradores a excelência em qualidade pela menos na teoria) em qualquer em-
da saúde caminhem no sentido de Organização Nacional de Acredi- presa de forma a garantir o sucesso
garantir a eqüidade e a eficiência tação (ONA) e estimular e servir nos negócios, independentemente
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Alimentação e Nutrição
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da área ou do departamento (vendas, compras, enge-
nharia etc.). O ciclo começa pelo planejamento, em
seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são
executadas, checa-se se o que foi feito estava de acordo
com o planejado, constantemente e repetidamente (ci-
clicamente), e toma-se uma ação para eliminar ou, ao
menos, mitigar defeitos no produto ou na execução.
Definir os
Atuar métodos que 1ª etapa: toda organização deve definir sua própria
corretivamente permitirão atingir
as metas propostas identidade, estabelecer sua missão, formular os valores
que a caracterizam e os princípios que a orientam.
Visão: é a identificação para onde a organização está
Educar e treinar
Verificar sendo conduzida. É a condição básica para o inicio
resultados da de qualquer processo de mudança organizacional.
tarefa execuada Executar Missão: é o propósito ou o objetivo básico da organi-
a tarefa zação. É sua razão de existir. Geralmente, sua formula-
(coletas dados)
(CHECK) (DO) ção inclui a indicação do que a organização faz, quem
C D o faz, para quem, quando, onde e por quê. Valores:
São os compromissos básicos mais importantes para
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Alimentação e Nutrição
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Alimentação e Nutrição
a importância do seu serviço e dia (registrados conforme descreve Portaria nº 1210, Portaria nº
entrosamento. O material didáti- o item anterior). Há reuniões com 48/2002, Portaria CVS nº 15, de
co é uma cartilha, distribuída aos chefia/nutricionista ou chefia/co- 17/11/1991, Portaria CVS nº 6/99,
colaboradores. laboradores sempre que necessário de 10/03/1999, RDC nº 216, de
(registrados conforme descreve o 15/09/2004, Portaria nº 1428, de
Ocorre ainda o treinamento item anterior). 26/11/1993, Portaria nº 326, de
prático junto a um funcionário 30/07/1997, Códex Alimentarius,
mais experiente, 45 dias de Existe a descrição dos cargos e fun- Lei nº 8078, ISO 22.000, Lei nº
experiência com acompanha- ções, descrição das rotinas e roteiros 8078, Resolução nº 63, RDC nº 12,
mento pela nutricionista e dis- de serviço de todos os colaboradores, Resolução nº 275, NR nº 6, Porta-
cussão de pontos de melhoria ficando em um local de fácil acesso ria nº 24, de 29/12/1994, sites de
ou reprovação e, se reprovado, para consulta sempre que necessário. instituições do setor etc.
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Elaboração do Manual de Boas
Práticas e implantação
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dade. Entende-se que todos devem ser responsáveis por de Acidentes (CIPA), promove palestras, eventos
tudo que fazem, fazer certo sempre e dentro das normas para a semana de saúde dos colaboradores, promove
estabelecidas e voltados à melhoria continua. Somente campanhas de vacinação, faz inspeções periódicas
assim pode-se garantir a qualidade dos processos. nos setores, visando detectar fontes de insalubridade
e periculosidade, cumprindo normas de segurança,
Segurança e saúde no trabalho e o estado geral do ambiente de trabalho, tanto do
ponto de vista físico quanto social, visando tomar
Para evitar acidentes de trabalho e doenças ocupa- providências referentes à prevenção muito antes que
cionais, é necessário um conjunto de medidas técni- qualquer ocorrência acidental possa abater-se. Ao
cas, educativas, médicas e psicológicas, empregadas mesmo tempo essas inspeções auxiliam na obtenção
para preveni-los, eliminando as condições inseguras de clima participativo e favorável às tarefas voltadas
do ambiente e instruindo práticas preventivas. No para a segurança, demonstrando preocupação da
hospital existe uma equipe de Serviço Especializado administração sobre esse tema.
em Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho
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(SEESMT), composta de médicos, enfermeira, auxiliar Apesar da existência desta equipe são importantes
de enfermagem, técnicos de segurança e engenheiro ações por parte das nutricionistas para contribuir
de segurança. na melhoria das condições insalubres dos colabora-
dores. Por exemplo, providenciando equipamentos
Todas as normas são respeitadas por esta equipe, como adequados para as rotinas do dia-a-dia, preocu-
NR nº 6 (EPI), Portaria nº 24, de 29/12/1994 (PCM- pando-se com a ergonomia das áreas operacionais,
SO) etc. Em casos de necessidade, os colaboradores rotinas adequadas, evitando sobrecarga de peso
são encaminhados para a equipe. e de trabalhos, providenciando EPI adequados e
orientando quanto ao seu uso e quanto aos cuidados
A equipe promove várias atividades como a Sema- para evitar acidentes de trabalho etc. O trabalho em
na Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho conjunto com a equipe do SEESMT trouxe melhores
(SIPAT), coordena a Comissão Interna de Prevenção resultados a todos.
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Alimentação e Nutrição
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Logística e suprimentos no sistema para o setor financei- relatório de inventário, ordem de
ro acompanhar os pagamentos. serviço (solicitação de serviços para
O processo de suprimentos é dinâ- Todos os produtos são retirados do manutenção e TI), solicitação de
mico e complexo e envolve grandes estoque por meio de um sistema de produtos para almoxarifado central
somas de dinheiro. Erros na logísti- código de barras em acordo com (produtos de limpeza, descartáveis,
ca podem causar inúmeros pro- a requisição da nutricionista. O material para escritório etc.). Hoje
blemas, como grande quantidade inventário físico é realizado mensal- existe a necessidade de ampliar as
de estoque de alimentos, falta de mente e analisado juntamente com informações e está sendo nego-
espaço para armazenamento, falta os despenseiros para manter sem- ciada a compra de softwares mais
de matéria-prima etc. O pedido de pre um estoque mínimo e baixo. completos, com sistemas de custos,
compras é efetuado pela nutricio- Mensalmente acontece o cálculo de qualidade, análise de resto, sobra
nista, levando em conta o cardápio giro de estoque. de refeições etc.
e o estoque existentes. A solicita-
ção é feita via sistema interno de Informática Na área de clínica é utilizado um
compras e o setor de compras do software que simplifica e qualifica
hospital procede a cotação com os Na unidade de alimentação há o trabalho das nutricionistas e do
fornecedores já qualificados pelo um sistema informatizado ela- pessoal da produção/distribuição
setor de nutrição. Após a defini- borado pelo setor de Tecnologia de dietas. Algumas funções do
ção do fornecedor e do preço, o da Informação (TI), em que há programa: avaliações antropomé-
comprador formaliza o pedido e algumas funções que ajudam no tricas, bioquímicas, imunológicas e
retorna para o setor de nutrição, dia-a-dia como relatório de análises metabólicas calculam atividades e
que confere todos os itens no ato de compra, solicitação de compras, injúrias, dietas individualizadas, res-
do recebimento. Havendo qual- manutenção de entrega, lança- peitando suas aversões e alergias,
quer irregularidade, o despenseiro mentos de notas fiscais, lançamen- planejamento de dietas enterais,
comunica à nutricionista e ao setor tos de serviços diretos na conta orais e pediátricas, emite etiquetas
de compras para as devidas pro- do paciente (nutrição enteral, para montagem e distribuição de
vidências. Existe um impresso de suplementos e refeição de acom- dietas, registra fichas técnicas e
divergência de entrega em que se panhante), cadastro de produtos, os cardápios que fazem parte do
anota todas as irregularidades. Os com análise de produtos ativos e
fornecedores que apresentarem desativados, ficha kardex, relatório
maior número de divergências, seja de movimento mensal, relatório de
quanto ao atraso na entrega, falta consumo mensal, análise de saldos,
de mercadoria ou produtos com consumo x compras, saída por
qualidade duvidosa, são convoca- requisição, devolução para setor,
dos para uma reunião com a nutri-
cionista e o responsável pelo setor
de compras. O acordo definido
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Alimentação e Nutrição
manual de dietas do hospital, gera O gerenciamento e o controle (entender seus processo e fazer
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Gerenciamento e
controle dos processos
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Alimentação e Nutrição
Gerenciamento e
controle de riscos que tem como objetivo veri- adverso);
ficar, supervisionar, observar • Erro: desvio em relação ao que é
Etapas do processo de gerencia- criteriosamente ou registrar direito ou correto, em relação a
mento de riscos: a melhoria de uma atividade, uma norma ou método. Pode ou
1. Identificação de riscos: é o pro- ação ou sistema a fim de identi- não gerar um mal resultado do
cedimento que define aqueles ficar as mudanças; processo ou um evento sentinela;
eventos ou resultados que pos- • Evento adverso: qualquer ocor-
sam ter impacto nos objetivos rência médica nova e imprevista
Após a implementação das em um paciente que recebeu um
do processo. Deve ser feito o
recomendações, a auditoria interna
agrupamento das vulnerabilida- deverá analisar a afetividade dos produto e que não precisa neces-
des levantadas junto às diferen- controles implementados. sariamente de uma relação causal
tes áreas; Os pareceres emitidos pela auditoria com esse tratamento. Portanto,
2. Análise de riscos: é o procedi- serão registrados no sistema de um evento adverso pode ser qual-
informações de riscos, podendo
mento que determina o impacto acarretar alterações nas prioridades quer sinal, sintoma ou doença
que um risco pode ter e a pro- dos riscos, que são continuamente desfavorável e não pretendido,
babilidade de sua ocorrência; monitorados. temporalmente associado ao uso
3. Avaliação dos riscos: determina de um produto medicinal, seja
a prioridade no gerenciamento este considerado ou não relacio-
6. Comunicação: a comunicação nado a esse produto;
dos riscos através da compa-
consiste em um meio adequado • Evento sentinela: ocorrência
ração do nível destes riscos
de diálogo entre os gestores e a inesperada ou variação do pro-
no contexto dos objetivos da
coordenadoria da qualidade. cesso envolvendo óbito, lesão
organização;
4. Tratamento de riscos: é a ação física ou psicológica sérias ou os
Alguns termos e seus significados: riscos dos mesmos;
empreendida após a identifi-
• Risco: probabilidade de um • Ações corretivas: é a ação ime-
cação e a avaliação de riscos
evento (ameaça/vulnerabilida- diata e específica a ser tomada,
considerados inaceitáveis para
de) e conseqüência do evento sempre que os critérios não
a organização;
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Alimentação e Nutrição
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estiverem sendo atingidos; A melhoria contínua é baseada no sistema japonês
• Ações preventivas: ação implementada para eliminar as Kaizen, que, traduzido para o português quer dizer
causas de uma possível não conformidade. mudança (kai) e bom (zen), ou seja, a mudança para
melhor. Segundo Massaki Imai, idealizador do Kaizen,
Toda não conformidade deve ser relatada e encami- o mesmo significa melhoramento contínuo em toda a
nhada à coordenadoria da qualidade. Esta fará o en- organização. A liderança, objetivando melhorar cada
caminhamento para o gestor do setor envolvido e em vez mais os trabalhos, adota este princípio no dia-a-dia.
conjunto serão tomadas as devidas medidas. A coor- Grandes empresas utilizam este processo para incenti-
denadoria da qualidade define o grau de risco e envia var a participação de todos os colaboradores no cres-
para as autoridades competentes, se necessário. cimento da empresa e também pessoalmente. Toda a
melhoria nos processos de trabalhos que resultem em
Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) facilidade para o colaborador, redução de tempo gasto
e melhorias contínuas na realização dos trabalhos, redução de custos para
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• Melhoria na área gerencial: • Melhoria na área operacional: Devem, sempre, ser devidamente
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• % de satisfação do cliente
externo;
• % de aceitação da dieta via oral
pelos pacientes;
• % de reclamações escritas de
pacientes internados quanto ao
Serviço de Nutrição e Dietética
(SND);
• % do volume de dieta admi-
nistrado pelo volume de dieta
prescrito (nutrição enteral);
• % de satisfação do paciente
interno;
• % de resto dos colaboradores;
• % de sobra limpa dos
colaboradores;
• % de erros na preparação de
fórmulas infantis/número de
preparações.
dade começa no topo, que deve Benchmarking (comparação com
Exemplo de montagem do indi- demonstrar a existência de um as melhores práticas): processo
cador: Setor, Nome do Indicador, comprometimento sério e obsessi- contínuo para avaliar produtos,
Fórmula, Unidade de medida, vo. A direção estabelece a política serviços e processos de trabalho
Método de cálculo, Objetivo, da qualidade, estabelece os objeti- de organizações reconhecidas
Periodicidade, Início, Responsável, vos da qualidade, conduz a análise como representantes das melhores
Meta, Revisão e Responsável pela crítica do sistema, disponibiliza práticas, objetivando a melhoria
revisão. Mensalmente envia-se ao recursos e demonstra a importân- organizacional.
setor de qualidade os resultados cia em atender os requisitos exi-
dos indicadores, juntamente com gidos, internos, externos e legais. Devido à dificuldade de encon-
metas e análise crítica. Alguns re- A gerência tem, igualmente, um trar referências de indicadores na
sultados de indicadores são infor- papel-chave a desempenhar na literatura da área de nutrição hos-
mados à direção e, dependendo do transmissão da mensagem. Cada pitalar, em 27 de janeiro de 2006
indicador, são informados todos os gestor deve aceitar a responsabili- montou-se um grupo com nutricio-
colaboradores. Há um projeto para dade do comprometimento com nistas de 20 hospitais do Estado de
que bimestralmente se discuta os uma política da qualidade relativa São Paulo para realizar o benchmark
resultados dos indicadores com a à organização para a qualidade, e o benchmarking. Foram padroni-
alta direção. às necessidades dos clientes, à zados sete indicadores para troca
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Alimentação e Nutrição
rações, levando em consideração região, para gestantes e crianças e médico do trabalho, atuação
a economia, a educação, o meio carentes da região e para funcio- em parceria com o SEESMT na
ambiente, a saúde, o transporte, nários do hospital, participação semana da saúde, na qual ocorrem
a moradia, as atividades locais em campanhas de detecção de avaliações nutricionais - os colabo-
e o governo. Essas ações otimi- diabetes, colesterol e hipertensão radores com alteração nos exames
zam ou criam programas sociais, para a comunidade, orientando são encaminhados para o ambu-
trazendo benefício mútuo entre quanto à alimentação correta, latório de nutrição -, participação
a empresa e a comunidade, capacitação de voluntárias, em no Grupo de Apoio ao Tabagista
melhorando a qualidade de vida parceria com uma empresa, para (GAT), com orientações sobre
dos funcionários, quanto da sua desenvolver um trabalho educativo a alimentação, participação em
atuação da empresa e da própria sobre hábitos corretos de higiene campanhas contra o desperdício
população. pessoal, dos alimentos, dos utensí- dos alimentos e materiais e cons-
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Alimentação e Nutrição
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cientização sobre a importância Certificação O Hospital Nipo-Brasileiro é acre-
das ações para diminuir a destrui- ditado pleno - nível 2. Na avaliação
ção ambiental (coleta seletiva de Organizações acreditadoras: ONA setorial, o SND é nível 3, ou seja,
lixo no refeitório, economia de e Joint Commission. O hospital acreditado com excelência.
energia, redução no consumo de passa por certificação do Sistema
água etc.), publicação de matérias de Acreditação - ONA. O Sistema Conclusões
relacionadas à alimentação no Brasileiro de Acreditação é uma
jornal do hospital, no jornal do entidade não governamental sem Implantou-se um modelo de
bairro e no jornal e na revista da finalidade lucrativa, integrada gestão de qualidade na UAN do
comunidade japonesa. por financiadores, prestadores de Hospital Nipo-Brasileiro utilizan-
assistência e representantes pú- do algumas etapas consideradas
Além de realizações de atividades blicos. Tem como finalidade dar relevantes, que foram citadas
técnicas e administrativas inerentes suporte ao processo de acredita- anteriormente. A assistência
ao serviço, é importante para o nu- ção no Brasil, normatizando, re- nutricional é assegurada com
tricionista o papel de educador nas gulando, credenciando e contro- a comprovação por meio dos
ações de responsabilidade social. lando as agências de acreditação indicadores com metas atingidas:
Nestas ações não só se ensina como existentes no País. Instrumento % de pacientes avaliados em 72
também se aprende muito. para avaliação: Manual Brasileiro horas/meta 100% e média 88%
de Acreditação Hospitalar, de- (nem sempre a meta é atingida,
Garantia da qualidade, senvolvido a partir do Manual da pois alguns pacientes cirúrgicos
auditoria interna e externa Organização Pan-Americana da recebem alta antes de completar
Saúde (OPAS). Possui parceria 72 horas), % de satisfação do
A auditoria interna é realizada por com a ANVISA desde 2001. O paciente externo/meta 85,9%,
pessoas que fazem parte da pró- Sistema de Acreditação tem como atingindo acima de 90%, % de
pria organização (deve-se capacitar objetivo proporcionar confian- orientações nutricionais na alta/
auditores). Deve ser parte integrante ça à população por meio de um média 31%, atingindo acima de
do sistema da qualidade das organi- processo de avaliação completo 43%, % de aceitação alimentar/
zações, permitindo que o ciclo de e imparcial, proporcionar infor- meta 90%, sendo a média atin-
melhoria contínua esteja presente. mação sobre o desempenho para gida acima de 85% (relaciona-se
Tem como objetivo assessorar a as partes interessadas, inclusive a baixa aceitação alimentar quan-
organização no desempenho efetivo população em geral, e estimular do o paciente é idoso, crítico ou
de suas funções e responsabilidades, as organizações e os profissionais pós-cirúrgico), % de erros na
fornecendo-lhes análises, apreciações, a cumprirem padrões assistenciais preparação de fórmulas infan-
recomendações, pareceres e informa- reconhecidos como de qualidade. tis/meta 0%, meta atingida. O
ções relativas às atividades examina- O hospital é certificado por uma controle higiênico sanitário é
das, promovendo, assim, um controle empresa certificadora. assegurado pela elaboração e
efetivo dos padrões predefinidos de implantação dos manuais e POP,
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segurança e qualidade. Deve ser um Resultado de uma avaliação: planilhas de controle e não ocor-
processo objetivo, rigoroso, plane- • Não acreditado; rência de não conformidade. O
jado, metódico e conduzido perio- • Acreditado - nível 1: segurança relatório de avaliação externa
dicamente. Devem ser registrados e (aborda a estrutura); emitida pela certificadora com-
conduzidos por pessoas independen- • Acreditado pleno - nível 2: segu- prova a excelência em qualidade
tes das atividades auditadas. rança e organização (aborda os pela ONA atingida pelo SND do
métodos); Hospital Nipo-Brasileiro, portan-
Auditoria externa é realizada por • Acreditado com excelência - to, o sistema de gestão em quali-
auditores contratados pela organi- nível 3: segurança, organização dade aplicado no hospital pode
zação. São auditores de instituições e excelência (aborda o sistema servir como modelo para outros
credenciadas, para concessão de de garantia e melhoria da qua- serviços que pretendem buscar a
certificados. lidade). excelência em qualidade. NP
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Alimentação e Nutrição
UAN - Unidade de
Currículo
Érica Uchida Watanabe é graduada em nutrição pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP) e especialista em Gestão
da Qualidade e Controle Higiênico-Sanitário de Alimentos pelo Instituto Racine. Possui experiência de dois anos na área de nutrição no
Japão, na Província de Tochigui, na Universidade de Utsunomiya, Hospital Ditiikadaigaku, Hospital Saiseikai e Escola Sakura Shôogakoo.
É nutricionista chefe da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) da Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo - Hospital Nipo-Brasileiro
desde 1996, nutricionista supervisora das unidades da Beneficência Nipo-Brasileira, Casa de Reabilitação Social em Santos, Recanto de
Repouso Sakura Home, Centro de Reabilitação Psicossocial em Guarulhos, Casa de Repouso Suzano, Casa de Repouso Akebono, Centro de
Ação Social Amami e Projeto de Integração Pró-Autista (PIPA). Realiza atendimento no Consultório de Nutrição do Hospital Nipo-Brasileiro
desde 2004 e integra a equipe de auditoria interna do Hospital Nipo-Brasileiro desde 2008.
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