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Brazilian Journal of Biomotricity

ISSN: 1981-6324
marcomachado@brjb.com.br
Universidade Iguaçu
Brasil

Magalhães Curty, Victor; Gattás Bara Filho, Maurício


ESTADO DE RECUPERAÇÃO AVALIADO ATRAVÉS DE DOIS MÉTODOS APÓS TESTE DE
APTIDÃO FÍSICA
Brazilian Journal of Biomotricity, vol. 5, núm. 3, 2011, pp. 186-199
Universidade Iguaçu
Itaperuna, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93020834002

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Curty & Bara Filho: Recuperação após teste de aptidão física www.brjb.com.br

ARTIGO ORIGINAL (ORIGINAL PAPER)

ESTADO DE RECUPERAÇÃO
AVALIADO ATRAVÉS DE DOIS
MÉTODOS APÓS TESTE DE APTIDÃO
FÍSICA
RECOVERY STATE EVALUATED BY TWO METHODS AFTER PHYSICAL FITNESS
TEST

Victor Magalhães Curty & Maurício Gattás Bara Filho

Faculdade de Educação Física e Desportos; Universidade Federal de Juiz de Fora - Juiz


de Fora, Minas gerais – Brasil.

Autor para correspondência:


Victor Magalhães Curty
Rua Travessa João Gerônimo, nº 80. Bairro Aeroporto
CEP 28470-000

zilian Journal of Biomotricity, v. 5, n. 3, p. 186-199, 2011 (ISSN 1981-6324)


Santo Antônio de Pádua – RJ, Brasil
Tel: (22) 3853 4155
E-mail: victorcurty_personal@hotmail.com

Submitted for publication: May 2011


Accepted for publication: Aug 2011

RESUMO
CURTY, V. M.; BARA FILHO, M. G. Estado de recuperação avaliado através de dois métodos após teste de
aptidão física. Brazilian Journal of Biomotricity. v. 5, n. 3, p. 186-199, 2011. Atualmente, busca-se um
método simples e eficaz para o controle da carga de treinamento e da recuperação. Nesse propósito, a
escala de qualidade total de recuperação é um método interessante a ser utilizado junto a outros métodos.
O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento da recuperação após o Teste de Aptidão Física
através do uso da escala da qualidade total de recuperação e da creatina-kinase. Vinte e oito homens
(idade: 18,5 ± 0,4 anos), que iriam realizar o Teste de Aptidão Física, participaram voluntariamente do
estudo. A intensidade do esforço foi classificada através da escala de percepção subjetiva do esforço criada
por Borg (1982). Todos foram submetidos a três coletas de sangue (pré-teste, 24 e 72 horas após os testes)
e responderam como se sentiam fisicamente de acordo com a escala de recuperação, simultaneamente as
coletas, para se avaliar a qualidade de recuperação antes e após os testes físicos. Foi utilizada ANOVA
para testar a significância do efeito do teste físico sobre os níveis de creatina-kinase e a escala subjetiva de
recuperação. O nível de creatina-kinase não respondeu de maneira significativa tanto na coleta 24 (192,9 ±
41,3) quanto na coleta 72 horas (178,0 ± 33,2a) após os testes em relação aos níveis pré-teste (182,7 ±
52,1). Porém, observando a qualidade de recuperação através da escala, foram observados menores
valores na recuperação tanto 24 (12,5 ± 3,4) quanto 72 horas (14,6 ± 4,3) após os testes em relação aos
valores pré-teste (18,3 ± 1,6). Pôde-se observar uma recuperação inadequada 72h após o término do teste
através da escala, mesmo a atividade sérica de creatina-kinase não apresentando alteração significativa em
relação ao teste físico executado.
Palavras-chave: Esforço físico; músculo esquelético; dano muscular; creatina-kinase; recuperação
muscular.
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ABSTRACT
CURTY, V. M.; BARA FILHO, M. G. Recovery state evaluated by two methods after physical fitness test.
Brazilian Journal of Biomotricity. v. 5, n. 3, p. 186-199, 2011. Currently, search is a simple and effective
method to control the training load and recovery. This purpose, the total quality recovery scale is an
interesting method to be used with other methods. The aim of this study was to analyze the behavior of the
recovery after the physical fitness test through the use of the total quality recovery scale and creatine kinase.
Twenty-eight men (age: 18,5 ± 0,4 years), that would perform the the physical fitness test, participated
voluntarily in the study. Intensity of effort was classified by the scale of perceived exertion created by Borg
(1982). All were submitted to three blood samples (pre-test, 24 and 72 hours after the tests) and they
answered how they felt physically by according to the recovery scale to assess the quality of recovery before
and after the physical tests. ANOVA was used to test the significance of effects of physically test about the
creatine kinase levels and the recovery scale. The level of creatine kinase didn’t answer significantly both in
samples 24 (192,9 ± 41,3) as in samples in 72 hours (178,0 ± 33,2a) after the test related to pre-test levels
(182,7 ± 52,1). However, observing the quality of recovery through of scale, was observed less values at the
recovery as 24 (12,5 ± 3,4) as 72 hours (14,6 ± 4,3) after the tests, related to the values pre-tests (18,3 ±
1,6). Could be observed an inadequate recovery 72 hours after the test through of scale, even the serum
activity of creatine kinase not showing significant changes in relation to the physical test run.
Key words: Physical effort; skeletal muscle; muscle damage; creatine kinase; muscle recovery.

INTRODUÇÃO
Atualmente, os efeitos benéficos e nocivos do exercício físico estão sendo evidenciados e
cada vez mais o treinamento desportivo está se voltando para um processo rigoroso e
sistematizado (MIRANDA e BARA FILHO, 2008; FREITAS et al., 2009). A sobrecarga
imposta no treinamento tem aumentado substancialmente nos últimos anos na busca de
melhores desempenhos. Considerando o treinamento físico uma condição exógena de
estresse, o organismo humano responde alterando sua estrutura para realizar a atividade
de uma forma mais eficiente mantendo suas condições ótimas de funcionamento

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sistêmico (COSTA e SAMULSKI, 2006; FOSCHINI et al., 2007). A aplicação de estímulos
estressores, representados pela intensidade, duração e frequência do exercício físico,
deve sempre buscar o desequilíbrio da homeostasia dos sistemas biológicos de maneira
consistente com possibilidade de adaptação do indivíduo. A adaptação adequada ao
estímulo estressor permite ao organismo a reorganização de seu mecanismo funcional
para o restabelecimento de um estado homeostático ideal. Assim, se um mesmo estímulo
de estresse for imposto novamente, os mecanismos homeostáticos não serão rompidos
na mesma extensão (ANTUNES NETO et al., 2007; MCARDLE et al., 2008; MIRANDA e
BARA FILHO, 2008).
Atletas devem se engajar em elevadas cargas de treinamento, desde que haja condições
adequadas para permitir a recuperação entre as sessões (MORAES, 2008; MEEUSEN et
al., 2010). Após exercícios físicos exaustivos é possível identificar lesões no músculo
esquelético e o grau de lesão muscular depende da duração e intensidade do exercício
que, se realizados de forma exaustiva, pode provocar lesões nas células musculares em
função desta sobrecarga imposta (KNIFIS et al., 2008; FOSCHINI et al., 2007). É descrito
na literatura que através de marcadores bioquímicos e fisiológicos podem-se identificar
lesões musculares causadas pelo exercício físico intenso (AOKI, 2007; FREITAS et al.,
2009; SILVA et al., 2010). Entre os marcadores bioquímicos, podemos citar a glutamina
plasmática, a atividade da creatina-kinase (CK), uréia e o lactato sanguíneo (CUNHA et
al., 2006; RIBEIRO et al., 2008). Dentre esses, a CK é a mais utilizada por seu uso clínico
ser tecnicamente fácil e por ser encontrado fartamente no tecido muscular (SAMPAIO-
JORGE et al., 2006; MACHADO e WILLARDSON, 2010).
Existe uma relação intima entre a adaptação negativa do treinamento, devido a uma
recuperação inadequada, e nenhum nome citado na literatura atual apresenta um método
confiável para o monitoramento do treinamento e também não há um simples marcador
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que possa prever esse tipo de situação que comprometa de modo significativo o
desempenho desportivo (ALVES et al., 2006; CUNHA et al., 2006; HERMAN et al., 2006;
MIRANDA e BARA FILHO, 2008). Weinberg e Gould (2008) e Samulski (2009) citam que
indicadores psicofisiológicos têm sido utilizados por serem mais sensíveis e consistentes
do que indicadores fisiológicos, podendo estimar qualitativamente a o nível de estresse e
recuperação após exercícios. Podem ser utilizados para avaliar o estado de recuperação:
a avaliação do perfil do estado de humor (POMS), questionário de estresse e recuperação
(RESTQ-Sport), escala de percepção subjetiva do esforço de Borg (PSE), escala de
qualidade total de recuperação (TQR), dentre outros (BORG, 1982; WEINBERG e
GOULD, 2008; PRITCHETT et al.; 2009; FREITAS et al., 2009). O uso da escala de
qualidade total de recuperação (TQR) permite o monitoramento simples da recuperação
de cada indivíduo de acordo com o grau de estresse a que ele foi submetido, porém
poucos estudos têm utilizado este recurso (KENTTÄ e HASSMÉN, 1998; FREITAS et al.,
2010).
No Exército Brasileiro (EB), em consonância com as Forças Armadas nos mais diversos
países do mundo, o treinamento físico tem por fim manter os militares em condições
físicas que os tornem aptos para o serviço ativo. O EB submete seus quadros, três vezes
por ano, a um Teste de Avaliação Física (TAF) a fim de verificar o padrão de desempenho
físico individual. A principal finalidade dos testes de avaliação física aplicados em militares
é medir a habilidade destes em mover seus corpos eficientemente, relacionando suas
capacitações físicas com suas aptidões para as atividades militares em combate (AITA et
al., 2005; SILVA et al., 2002).
Como descrito, na literatura atual observa-se uma carência de métodos confiáveis para se
monitorar o nível de estresse e recuperação de praticantes de modalidades desportivas e

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também poucos estudos que envolvam a área militar, que avaliem a recuperação pós-
exercício. Com isso, o objetivo do presente estudo é analisar a recuperação após o teste
de aptidão física (TAF) do Tiro de Guerra através do uso da de qualidade total de
recuperação e a análise sérica de Creatina-kinase.

MÉTODO
Sujeitos
Vinte e nove voluntários, com idade média entre 18 e 19 anos, não usuários de esteróides
anabolizantes, suplementos nutricionais, participaram voluntariamente do estudo. Foi
requerido aos participantes que durante o período do estudo proposto não praticassem
nenhum tipo de exercício físico além das atividades de vida diárias, bem como não
participassem de nenhum outro tipo de estudo que fosse envolver qualquer tipo de
esforço físico. Todos assinaram um termo de participação consentida conforme a
resolução nº 251, de 07/08/1997 do CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE e a resolução nº
196, de 10/10/1996 que são as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa
envolvendo seres humanos.
Procedimentos
Inicialmente todos foram avaliados antropometricamente para obtenção da estatura, da
massa corporal total (MCT) e obter o índice de massa corpórea (IMC). No dia seguinte,
todos os participantes foram submetidos a uma coleta de sangue (CKP) e responderam a
pergunta “Como você se sente em relação a sua recuperação?” previamente a realização
dos testes, de acordo com a escala da qualidade total de recuperação (TQR I) citada por
Kenttä e Hassmén (1998). Essa escala consiste em uma tabela com valores numéricos,
representando vários níveis de recuperação que o indivíduo se encontra, desde uma
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recuperação inadequada até totalmente recuperado (Tabela 2). Passando assim para a
realização do TAF. A execução do TAF consistiu em:
• Corrida de 12 minutos (teste de Cooper): Realizado em terreno com superfície plana,
ao comando do avaliador, cada participante teria que correr a maior distancia possível,
em ritmo contínuo, até que completasse os 12 minutos de teste. Assim, foi registrada a
distância em que cada participante percorreu no tempo estimado.
• Flexão de braço: O teste foi composto da execução de sucessivas flexões de braço,
com apoio de frente, com as mãos e as pontas dos pés no solo, estando as pernas e
braços estendidos, aproximando o peito do solo na flexão dos braços e, em seguida,
estendendo estes últimos, voltando à posição inicial. Determinou-se que o exercício fosse
realizado de maneira ininterrupta, com o máximo de repetições possíveis, sem tempo. É
considerado como uma repetição o momento da extensão completa do braço. A
interrupção do exercício por parte do executante resultava no encerramento da contagem.
• Flexão na barra fixa: Ao comando do avaliador o militar empunhou a barra com os
punhos em pronação e os braços estendidos. Ao comando de "iniciar", executou o
máximo de repetições, elevando seu corpo até ultrapassar a barra com o queixo e
estendendo os cotovelos ao abaixar. Não foram permitidos movimentos abdominais
("galeios") e "pedaladas" para impulsionar o tronco (BRASIL, 2002). Toda a amostra já
era familiarizada com o exercício em questão, tendo realizado regularmente nas semanas
anteriores, durante as instruções de treinamento físico militar.
• Abdominal: O candidato na posição deitada em decúbito dorsal, com as pernas unidas
e estendidas e braços estendidos atrás cabeça, tocando o solo. Ao comando, o candidato
flexionava simultaneamente o tronco e membros inferiores na altura do quadril, lançando

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os braços à frente de modo que a sola dos pés se apóie totalmente no solo e a linha dos
cotovelos coincida com a linha dos joelhos e, em seguida, voltava a posição inicial
(decúbito dorsal), completando uma repetição. Teriam que realizar o número máximo de
repetições, do correto movimento descrito, dentro do tempo de um minuto. Os
movimentos incompletos não foram contabilizados. Os exercícios foram realizados em
sequência, com intervalos de 10 minutos entre cada modalidade.

Tabela 1 – Escala da qualidade total de recuperação (TQR scale adaptado de Kenttä e Hassmén,
1998).
Como você se sente em relação a sua recuperação?
Nível Recuperação
6 Em nada recuperado
7 Extremamente mal recuperado
8
9 Muito mal recuperado
10
11 Mal recuperado
12
13 Razoavelmente recuperado
14
15 Bem recuperado
16
17 Muito bem recuperado
18
19 Extremamente bem recuperado
20 Totalmente recuperado
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Após o término do TAF, aproximadamente 30 minutos após o encerramento, os
participantes responderam ao avaliador como eles consideraram a intensidade do esforço
exercido no teste, através dos valores representados na escala de esforço percebido,
proposta por Borg (1982), apresentado na tabela 2. Foi orientado aos atletas que eles
escolhessem um descritor e depois um número de 0 a 10 para se obter a intensidade do
esforço, onde “0” corresponde ao valor mínimo (condição de repouso) e “10” ao valor
máximo (maior esforço físico).

Tabela 2 – Escala de percepção subjetiva de esforço (PSE adaptado de Borg, 1982).


Percepção subjetiva de esforço
Nível Esforço
0 Nenhum
1 Muito, muito leve
2 Muito leve
3 Leve
4 Moderado
5 Pouco intenso
6 Intenso
7
8 Muito intenso

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9 Muito, muito intenso
10 Máximo

Como critério de inclusão para a sequência dos procedimentos utilizados neste estudo,
somente continuaram nesta pesquisa aqueles participantes que responderam que o
esforço exercido no teste ficou entre “muito intensa” a “máxima” de acordo com a escala
citada. Aquele que respondesse qualquer outro valor já estaria excluído dos
procedimentos seguintes. Dessa forma não teria o risco de manter inclusos àqueles
participantes que não realizaram o teste físico com o máximo de esforço possível.
Nas exatas vinte e quatro horas após o término dos testes, cada participante foi
submetido a uma nova coleta de sangue (CK24) e mais uma vez responderam ao
avaliador qual sua percepção de recuperação após o TAF (TQR II), mas não realizando
nenhum exercício físico, em nenhum dos próximos dias. Um dia de intervalo foi concedido
aos participantes (dia 4), sem nenhum compromisso no local do estudo, apenas
permanecendo em repouso sem realizar qualquer atividade que comprometa os
resultados do estudo, para que no 5º dia, aproximadamente setenta e duas horas depois
de realizado o TAF, os participantes retornassem ao mesmo local para serem submetidos
ao mesmo procedimento realizado no 3º dia (CK72 + TQR III) sem a realização de
qualquer exercício físico. Os procedimentos realizados estão resumidos no quadro 1,
conforme explicado acima.
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Quadro 1 - Desenho experimental:
Dia Dia Dia Dia Dia
1 2 3 4 5

Coleta (CKP)
+
Escala de Repouso Repouso
recuperação I + +
Avaliação
(TQR I) Coleta (CK24) Coleta (CK72)
+ + Repouso +
(Estatura e
TAF Escala de Escala de
peso corporal)
+ recuperação II recuperação III
Percepção (TQRII) (TQR III)
subjetiva do
esforço (PSE)

Amostras sanguíneas
Aproximadamente 5 ml de sangue venoso foram coletados do antebraço de cada
participante. Esta alíquota foi colocada em tubos para ser centrifugada tendo o soro
separado para dosagens da enzima CK. A coleta foi realizada por profissional habilitado
vinculado a um laboratório da região e nas condições de higiene exigidas pelos órgãos
públicos responsáveis. Para dosagem de CK foi utilizado o método espectrofotométrico,
que é um procedimento analítico pelo qual se determina a concentração de espécies

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químicas mediante a absorção de energia radiante (luz) a 340 de comprimento de onda
através do ensaio cinético ultravioleta. O aparelho utilizado foi o espectrofotômetro da
marca Bio Plus e o kit utilizado foi o LabTest.

Tratamento estatístico
Inicialmente, foram testados os pressupostos de normalidade e homocedasticidade dos
dados, através do teste Shapiro-Wilk e do teste de Levene, respectivamente. Não
atendidos os pressupostos paramétricos, utilizou-se a ANOVA de Friedman para testar a
significância do efeito do TAF sobre os níveis de CK e a percepção de recuperação 24h e
72h após a realização do teste. Para identificar os momentos em que as variáveis
apresentaram diferenças significativas, procedeu-se à comparação múltipla de médias
ordenadas. Todos os dados foram analisados através do software SPSS (v.16, SPSS Inc,
Chicago, IL), considerando um nível de significância α = 0,05.

RESULTADOS
Os sujeitos apresentavam características antropométricas semelhantes, como pode ser
observado na tabela 3. Os coeficientes de variação foram abaixo de 10%.
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Tabela 3 – Características dos Sujeitos (MCT = Massa Corporal Total em Kg; IMC = Índice de
massa corporal).
Características dos sujeitos (n = 29) Média ± DP

Idade 18,5 ± 0,4

Estatura 174,1 ± 7,3

MCT (Kg) 72,2 ± 8,7

IMC 23,8 ± 2,6 Kg/m²

A percepção subjetiva de esforço, logo após o término do TAF, variou de 7 a 10 pontos


(9,1 ± 0,9) na Escala de Borg R-10, mostrando que a intensidade do teste foi percebida
pela maioria dos avaliados como “muito, muito intensa” (n=10) ou “máxima” (n=11) –
Figura 2.

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Figura 2 - Boxplots (mediana, 1º e 3º quartis, mínimo e máximo) da percepção subjetiva de
esforço logo após o término do teste de aptidão física (TAF), realizado em 29 militares do sexo
masculino.

O nível de CK apresentou alteração estatisticamente significativa entre as avaliações pré-


teste, 24h e 72h após a realização do TAF (χ2 (2) = 6,68; p = 0,03; n = 29), assim como a
percepção de recuperação (χ2 (2) = 23,57; p = 0,000; n = 29) - Tabela 4.

Tabela 4 – Média ± desvio-padrão do nível de creatina-kinase e de Recuperação antes e após


realização de teste de aptidão física (TAF) em 29 militares do sexo masculino.
Variável Medida Medida Medida
Pré-Teste 24h pós-teste 72h pós-teste
182,7 ± 52,1 192,9 ± 41,3 178,0 ± 33,2a
Nível de Creatina-Kinase (UI/L)
Nível de Recuperação
18,3 ± 1,6 12,5 ± 3,4b 14,6 ± 4,3b

(adiferença significativa: medida 24h x 72h; bdiferença significativa: medida 24h e 72h x pré-teste; p<0,05).

Na comparação múltipla das médias ordenadas, constatou-se aumento não significativo


do nível de CK mensurado 24h após a realização do TAF (p = 0,15), seguido por queda
significativa verificada 72h após o teste (p=0,01), quando os valores de CK retornaram
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aos níveis pré-teste.
Os resultados do TAF mostraram que os participantes apresentaram níveis de rendimento
entre “bom” e “excelente” (Tabela 5), conforme cita Aita et al. (2005) e Silva et al. (2002).
Essa classificação é utilizada para indivíduos homens com idade entre 18 e 28 anos. Com
isso, pode-se se observar um ótimo desempenho dos participantes em relação ao teste.

Tabela 5 – Média ± desvio-padrão do rendimento apresentado pelos participantes nos exercícios


realizados pelo TAF em 29 militares do sexo masculino.
Teste de Aptidão Física

Rendimento nos exercícios realizados (Média/DP)


Variáveis analisadas
Corrida de 12 Flexão na Flexão de
Abdominal
minutos barra fixa braços

Nº de repetições - 18 ± 5 50 ± 8 60 ± 11

Distância percorrida (metros) 2.800 ± 300 - - -

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Foram observados menores valores na percepção de recuperação tanto 24h (p=0,000)
quanto 72h (p=0,000) após a realização do teste em relação aos valores pré-teste - Figura
3. Os resultados encontrados tanto para CK quanto para recuperação não foram
influenciados pelo IMC dos avaliados.

Figura 3 - Boxplots (mediana, 1º e 3º quartis, mínimo e máximo) da percepção de recuperação


após teste de aptidão física (TAF), realizado em 29 militares do sexo masculino (*diferença
significativa em relação à medida pré-teste, p<0,05).
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DISCUSSÃO
No presente estudo o objetivo foi analisar a recuperação após o TAF do tiro de guerra
utilizando as variáveis escala de recuperação e análise sérica de CK. Métodos diretos e
indiretos vêm sendo utilizados para identificar, verificar e estudar lesões musculares
induzidos pelo exercício (FOSCHINI et al., 2007; MACHADO e WILLARDSON, 2009).
Vários estudos têm demonstrado que o estresse muscular induz a lesões em sua
estrutura, que são acompanhadas por alterações nas concentrações séricas e
plasmáticas de diversas proteínas intracelulares. A CK aumenta sua concentração após a
execução de exercícios, verificando indiretamente a existência de lesão muscular, sendo
esta proteína considerada um marcador indireto de lesão muscular (MCARDLE et al.,
2008; SILVA et al., 2010). Indicadores fisiológicos como a CK, por exemplo, representam
muito bem aumento de carga de treinamento. É descrito na literatura que testes
psicológicos podem revelar sinais de alerta mais facilmente do que os vários marcadores
fisiológicos ou imunológicos, podendo ser utilizado de maneira eficaz e prática para se
detectar uma recuperação inadequada (KENTTÄ e HASSMÉN, 1998; MIRANDA e BARA
FILHO, 2008; WEINBERG e GOULD, 2008; SAMULSKI, 2009).
Segundo Borg (1982), através de escalas de esforço percebido podem-se estabelecer
relações entre a percepção subjetiva de esforço e os dados objetivos de carga externa, ou
estresse fisiológico. O esforço percebido representa a intensidade máxima de exercícios
em que variáveis fisiológicas e psicofísicas encontrariam estabilidade e que este método é
válido quanto à utilização para identificar a fadiga durante/após exercícios físicos
(NAKAMURA et al., 2005).
Herman et al. (2006) realizaram um estudo para testar a validade e confiabilidade do

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método de PSE. Eles compararam o método PSE com medidas objetivas (%FCPico,
%FCReserva e VO2Pico) de intensidade do exercício, avaliando 7 homens e 7 mulheres.
Demonstrando relação significativa entre a PSE da sessão e a %FCPico, %FCReserva e o
VO2Pico. Apoiando, com os resultados apresentados, a validade e confiabilidade do
método PSE da sessão de exercícios para o controle da intensidade.
Em um estudo com mulheres destreinadas, Tibana et al. (2011) analisaram a relação
entre o número de repetições realizadas, a percepção subjetiva do esforço (PSE) no
treinamento resistido e a porcentagem selecionada de uma repetição máxima (1RM). Foi
realizado, em diferentes percentuais de 1RM (60, 80 e 90%), dois diferentes exercícios:
multiarticular (leg press) e uniarticular (cadeira extensora), ambos executados
unilateralmente. Observando que foram realizados um maior número de repetições com
60%, quando comparados a 80 e 90% de 1RM, em ambos os exercícios. A PSE se
elevou com maiores percentuais de 1RM em ambos os exercícios, concluindo que o
resultado deste foi diretamente proporcional a intensidade do exercício.
Rodrigues et al. (2010) avaliaram em uma sessão de treinamento resistido para membro
superior com dois tempos diferentes de intervalos e o efeito na percepção subjetiva do
esforço. Os 20 homens participantes realizaram 3 séries a 80% de 1RM nos exercícios:
supino horizontal, puxada frente, desenvolvimento sentado, rosca bíceps, rosca tríceps,
onde foram registrados o número de repetições alcançado e a PSE em cada série. Foi
observado que não houve diferença significativa entre os intervalos, mas ao longo das
séries ocorreu aumento da PSE nos dois intervalos.
No presente estudo foram apresentados os valores referentes à intensidade do esforço
(figura 2). Todos os participantes responderam entre 7 a 10 pontos na Escala de Borg R-
10, mostrando que a intensidade do teste foi percebida pela maioria dos avaliados como
“muito, muito intensa” (n=11) ou “máxima” (n=14). Este método foi utilizado com o intuito
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de obter informações sobre o esforço percebido de cada um dos participantes, para que
pudesse ter um controle maior sobre a pesquisa e que o resultado não fosse influenciado
por algum participante que não conseguisse atingir o seu máximo rendimento nos testes.
Embora, a intensidade da sessão pode ser menos precisa utilizando o método PSE que
quando utilizado medidas objetivas de intensidade do treinamento (%FCPico, %FCReserva e
VO2Pico) (HERMAN et al., 2006).
Em relação ao nível sérico de CK na corrente sanguínea, Almeida et al. (2006)
compararam dois métodos de treinamento para analisar o nível de CK e a freqüência de
dor muscular de inicio tardio, avaliando 40 estudantes universitários com pequena
experiência no treinamento com pesos, divididos em dois grupos: um grupo realizou o
treinamento de sistema de séries múltiplas (3 séries de 8 repetições com 2 minutos de
intervalo entre os exercícios e as séries) e o outro realizou o sistema de treinamento em
forma de circuito (3 séries de 8 exercícios seqüenciais com 30 segundos de intervalos
entre as séries). Os participantes foram submetidos ao teste de peso por repetição para
determinação da carga máxima que eles executariam em 15 repetições. Demonstrando
que o método em circuito é menos lesivo do que o método das séries múltiplas que
apresentou um aumento significativo na concentração sérica desta enzima analisando
amostras de sangue às 24, 48 e 72 horas após o termino da sessão de treino. Resultado
pelo qual pode ter sido apresentado devido a um maior estresse metabólico decorrente de
exercícios seqüenciais de um mesmo grupamento muscular mantendo 2 minutos de
intervalo, enquanto no método em circuito o intervalo entre as séries para o mesmo
grupamento muscular se mantinha por tempo mais prolongado, uma vez que as séries
dos exercícios eram realizadas de maneira não seqüenciais e mantendo o intervalo ativo
entre as séries para o mesmo grupamento muscular, já que nesse método os exercícios

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eram realizados de maneira alternada por grupamento muscular.
Na tabela 4 estão sendo apresentados os valores de CK após o TAF. Porém, pode ser
observado que não ocorreu uma grande alteração, apesar de os participantes terem
classificado a intensidade do teste como “muito, muito intenso” ou “máximo” na escala de
Borg. Os valores de CK pouco se elevaram do 2º para o 3º dia (CKP – CK24), o que não
excedeu os limites de normalidade, através do volume de exercício exigido pelo teste,
podendo demonstrar que o período de recuperação de 24 horas possa ter sido suficiente
para a recuperação de possíveis lesões musculares que foram gerados a partir do teste.
Fato que pode ser explicado pela hipótese de que o TAF tenha sido intenso para os
participantes, mas os intervalos longos entre os exercícios e seu baixo volume não foram
suficientes para gerar lesões no tecido muscular. Como foi demonstrado por Almeida et
al. (2006), que ao avaliar dois métodos diferentes de exercícios encontraram valores
significativos de CK após os testes com o método de maior volume. Pode ser observado
também na tabela 4 que o nível de sua atividade sérica retornou no 5º dia (CK72) para
valores semelhantes, até inferior, aos encontrados na fase pré-teste. Já quando se
comparado os valores encontrados na coleta CK72, seus níveis reduziram de maneira
significativa em relação aos valores apresentados da coleta CK24, também na tabela 4.
A diferença metodológica e os diferentes níveis na peformance dos participantes
voluntários, encontrada nos diversos estudos, também podem ser fatores preponderantes
para que os resultados encontrados em testes apresentem diferenças.
Em um estudo utilizando como desenho experimental duplo-cego randomizado,
objetivando verificar a eficácia de algumas técnicas que visam promover a hipertrofia
muscular, Sampaio-Jorge et al. (2006) avaliaram 44 voluntários de ambos os sexos,
realizando cinesioterapia, eletroestimulação e cinesioterapia associada a
eletroestimulação. Tanto o grupo que foi submetido à cinesioterapia quanto o grupo
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submetido a eletroestimulação não apresentaram alterações na concentração de CK 48
horas após ter sido submetido a estes métodos. O que contaria resultados encontrados
por Asano (2006), que obteve resultados significativos com 70% de 1RM imediatamente
após o treino. Este resultado pode ter ocorrido devido a um maior volume de exercícios,
divididos em um exercício para cada grupo muscular, trabalhando vários grupos
musculares em uma mesma sessão, e conseqüentemente, aumentando os níveis de CK
como foi apresentado. Já no último grupo avaliado por Sampaio-Jorge et al. (2006), em
que os participantes foram submetidos à conduta combinada de cinesioterapia associada
à eletroestimulação, foi apresentado um aumento de 150% na concentração de CK da
população mista e de 200% nos homens 48 horas após os estímulos.
É descrito que para se obter um ótimo desempenho e a continuidade do atleta, dentro do
processo de treinamento e competições, um dos principais pontos em que se deve ter
atenção é na recuperação após os treinamentos e competições (HACKNEY e
BATTAGLINI, 2007). Segundo Miranda e Bara Filho (2008), Weinberg e Gould (2008) e
Freitas et al. (2009), uma das principais respostas de adaptação negativa ao treinamento
é consequência do excesso de estímulos e da percepção de recuperação insuficiente,
juntamente com uma queda ou não melhora do rendimento atlético.
Analisando a recuperação dos participantes através da escala de qualidade total de
recuperação (TQR scale, KENTTÃ e HASSMÉN, 1998), pôde-se observar que nas
primeiras 24 horas após os testes (TQR II) todos se sentiam na condição entre “mal
recuperado” e “razoavelmente recuperado”. Também, após as primeiras 24 horas pôde se
observar a atividade sérica de CK não sofreu alteração significativa em relação aos seus
valores pré-teste. Nas 72 horas após os testes os participantes ainda se encontravam em
condições de má recuperação. Em média, de acordo com a escala (TQR III), os

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participantes se sentiam na condição entre “razoavelmente recuperado” e “bem
recuperado” enquanto que a atividade de CK apresentava valores semelhantes aos
encontrados inicialmente na coleta pré-teste, demonstrando que através desta variável os
participantes possivelmente estariam totalmente recuperados não relacionando os
resultados encontrados pela escala e a atividade de CK, uma vez que suas condições
psicofísicas não apresentavam uma significante recuperação.
Freitas et al. (2010) avaliaram a recuperação de 12 atletas de voleibol durante o período
de pré-temporada. Os atletas foram avaliados após retornarem de um microciclo de baixa
intensidade seguido de 72 horas de recuperação, sendo realizadas as avaliações 30
minutos antes das sessões de treinamento, através da escala TQR. Com os resultados
eles observaram uma queda na recuperação dos atletas no início da pré-temporada e
aumento da mesma no final desse período, quando se aproximava do período
competitivo, demonstrando uma adaptação decorrente do período de treinamentos.
Segundo Kenttä e Hassmén (1998), o uso da escala para a avaliação do estado subjetivo
de recuperação é um método válido e confiável para o monitoramento de estresse,
podendo ser utilizado como uma ferramenta de precisão para estimar a intensidade do
exercício dando maior enfoque sobre aspectos cognitivo, não confiando somente em
marcadores fisiológicos, permitindo que se concentre nas sugestões psicofisiológicas de
qualquer indivíduo submetido a um esforço intenso. Como já mencionado, a CK é um
ótimo método para se avaliar o aumento da carga de treinamento, porém, esta não
apresentou alterações significativas com o TAF, não fornecendo dados precisos para seu
uso em relação a recuperação dos avaliados. Enquanto que com o uso da escala pôde-se
observar uma recuperação insuficiente dos participantes mesmo nas 72 horas após o
TAF.
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CONCLUSÃO
O tempo de recuperação de 72 horas após o TAF se mostrou suficiente para que a
atividade sérica de CK retornasse para níveis pré-exercício. Porém, quanto a percepção
subjetiva da recuperação, o tempo de 72 horas se mostrou insuficiente para que os
participantes se sentissem totalmente recuperados. Mais experimentos precisam ser
realizados para se saber mais sobre sua validade, quando se comparado a outros
métodos mais específicos.

APLICAÇÕES PRÁTICAS
Dentro do processo de treinamento desportivo ainda há muitas dúvidas em relação ao
momento ideal de se aplicar uma nova carga de treino, em relação ao tempo de
recuperação após a realização dos exercícios, ou mesmo de se realizar qualquer tipo de
exercício sem prejudicar o desempenho do praticante bem como sua evolução ao
decorrer das sessões de treinos. Com os resultados do presente estudo pôde-se observar
a importância de se avaliar a recuperação pós-exercícios por meio de outros métodos
menos utilizados, mesmo que simples e menos precisos, não se limitando aos resultados
apresentados apenas por um único método. Dessa forma, pode-se realizar um
acompanhamento diário com os atletas através dos métodos de percepção de esforço e
da qualidade de recuperação, que são métodos de fácil e rápida aplicação e também de
baixo custo.

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