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Apostila Das Videoaulas - Gestão Estratégica e Organizacional PDF
Apostila Das Videoaulas - Gestão Estratégica e Organizacional PDF
Este capítulo tem por objetivo analisar as evoluções ocorridas na gestão das orga-
nizações, as novas ferramentas surgidas do acirramento concorrencial e do aprimora-
mento tecnológico; entre estas, a gestão de processos.
Os legados
O quadro 1 ilustra ações tomadas por países, exércitos e outras organizações,
evidenciando que muitas das teorias e técnicas hoje usadas para administrar organiza-
ções são oriundas de práticas do passado (MAXIMIANO, 2004).
Quadro 1 – Linha do tempo
Perspectivas históricas
Perspectiva histórica é uma forma de pensamento que auxilia na análise dos ce-
nários para a tomada de decisões. Se aprende com o passado para, no presente, não
repetir erros e repetir decisões de sucesso nas situações adequadas. Uma perspectiva
histórica permite análise das mudanças que ocorrem através dos tempos, nas aborda-
gens administrativas.
Para o estudo desse tema, será utilizado como referencial a abordagem classifica-
tória de perspectivas, definida por Daft (1999), conforme o quadro 2.
Quadro 2 – Perspectivas históricas
Perspectiva clássica
Segundo Daft (1999), o uso de máquinas, a definição de uma estrutura gerencial, o trei-
namento dos empregados, a organização das operações e as greves dos empregados, apre-
sentavam desafios que precisavam ser solucionados pelos administradores, fazendo surgir
A evolução da administração
Na administração científica:
a) os empregados deveriam ser cientificamente treinados de forma repetitiva,
como um “adestramento”, para aperfeiçoar suas aptidões, assim, a produção
seria garantida;
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b) o pagamento ocorria por peça produzida;
c) pressuposição de “vadiagem” sistemática dos operários;
e) supervisão funcional;
h) o princípio da exceção (verificação das ocorrências que estão fora dos pa-
drões);
Por volta de 1916, surgiu na Europa a Teoria Clássica, também conhecida como
Gestão Administrativa, liderada por Henri Fayol, que estabeleceu um conjunto de ope-
rações de toda a empresa:
Salienta Fayol (1989) que esse grupo de operações ou funções essenciais existe
sempre em qualquer empresa, seja ela simples ou complexa, de pequeno ou de grande
porte.
ordens dadas.
10) ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;
14) a união do pessoal: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças
para a organização.
A evolução da administração
Perspectiva humanística
A perspectiva clássica preocupava-se primordialmente na busca dos melhores
métodos para aumentar a eficiência, porém, Mary Parker Follett e Chester Barnard já
defendiam a importância da compreensão dos comportamentos, necessidades, atitu-
des e interações humanas no ambiente de trabalho.
Extensões contemporâneas
As extensões contemporâneas se originam das duas maiores extensões da pers-
pectiva humanista, segundo Daft (1999), predominante até os dias atuais, que são a
teoria dos sistemas e a teoria da contingência.
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O enfoque sistêmico, de acordo com Maximiano (2004), tem como bases:
c) Teoria Geral dos Sistemas: teoria do biólogo Ludwig von Bertalanffy, que
estudou os seres vivos (modelo da célula) como um sistema, com entradas,
processos e saídas; o desempenho de qualquer componente depende do
sistema em que se insere.
Bertalanffy (2008, p. 162) explica que “um sistema é ‘fechado’ se nenhum material
entra nele ou sai dele. É chamado ‘aberto’ se há importação e exportação de matéria.”
Portanto, um sistema é aberto quando ocorre troca de energia com o meio em que o
mesmo está inserido, através das entradas e saídas. A troca de energia (informações,
insumos, produtos, serviços, tecnologia, entre outros) deve ocorrer constantemente
para que o sistema possa se manter em operação (ciclo de eventos – homeostase ou
equilíbrio dinâmico).
As organizações, empresas, são consideradas sistemas sociais, pois têm por base uma
organização humana.
G overno
ENTRADAS SAÍDAS
PROCESSO
Subsistema B Subsistema C
A evolução da administração
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a) sinergia: segundo esse conceito, o todo é maior do que a simples soma das
A evolução da administração
Lawrence e Lorsch também realizam pesquisas sob esse enfoque. Destaca-se, se-
gundo Moraes (2001, p. 5), a pesquisa realizada em 1972, em que os autores concluí-
ram “que empresas com elevado desempenho apresentam maior ajustamento às ne-
cessidades do ambiente e enfatizaram que não há nada absoluto nas organizações”.
Perspectivas recentes
No que tange às abordagens mais recentes, merece destaque, de acordo com
Daft (1999), os movimentos pela gestão da qualidade, pela organização que aprende e
pela globalização, emergentes da competição internacional.
1
“Constitui-se no processo de delegação de autoridade que coloca o poder de decisão o mais próximo possível da clientela, ou seja, do local em que se de-
senrola a ação organizacional.” (MORAES, 2001, p. 95).
vo comum.” Os autores questionam: “e como fazer uma gestão adequada? Uma das
ferramentas conhecidas é a abordagem de processos, que fornece os instrumentos
básicos para a gestão das organizações: conhecer, fazer funcionar, avaliar e melhorá-
las continuamente.”
(PETRY, 2008)
Se tudo der certo, na noite deste domingo, precisamente às 8h38, hora de Bra-
sília, a sonda Phoenix vai pousar na região norte de Marte, um pedaço ainda não ex-
plorado do planeta vermelho. Sua missão será cavar a superfície em busca de água
líquida e bactérias ou outros sinais que denunciem a possibilidade de existir vida
em Marte. Na mesma hora, precisamente às 8h38 da noite, o número de crianças
mortas no mesmo dia em todo o planeta Terra por causas relacionadas à fome terá
chegado a 14 856. Só no domingo. A fórmula macabra é a seguinte: a cada cinco
segundos morre uma criança no mundo em decorrência de problemas provocados
pela carência de calorias e proteínas mínimas para a sobrevivência. É dramático que
a humanidade, em meio a progressos estupendos como a capacidade de escavar o
solo de outro planeta em busca de vida pregressa, ainda seja assombrada pelo fan-
tasma da fome – que ceifa a vida presente e futura na Terra. O mais dramático é que,
durante os dez meses em que a Phoenix rasgou o éter em direção a Marte, a situação
aqui embaixo ficou ainda pior. O trigo, o milho, o leite, o açúcar, o ovo, o frango –
tudo subiu. Em alguns casos, como o do arroz, esse cereal que alimenta metade dos
habitantes do planeta, o preço dobrou em um ano. Pela primeira vez na história, o
custo global de importar alimentos passará de 1 trilhão de dólares. Os pobres do
mundo estão inquietos. Na Somália, a polícia dispersa multidões famintas a tiros. Na
A evolução da administração
Indonésia, com quase metade de seus 230 milhões de habitantes vivendo na pobre-
za, cada aumento de 10% no preço do arroz joga 2 milhões de pessoas na miséria
absoluta. No Haiti, os preços altos derrubaram o governo. Na Malásia, país nem tão
pobre assim, o governo andou balançando. No México, protestos de rua contra o
preço das tortillas assustaram as autoridades. Na Tailândia, um dos celeiros de arroz
“Estamos vivendo a pior crise dos últimos trinta anos”, alarma-se o economis-
ta Jeffrey Sachs, professor da Universidade Columbia, em Nova York, e conselheiro
especial de Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas (ONU). E não vai me-
lhorar. Um relatório da FAO, a entidade da ONU que cuida dos alimentos e da agri-
cultura no mundo, acabou de sair do forno em Roma, trazendo previsões sombrias.
O documento, divulgado na quinta-feira passada, diz que os alimentos não voltarão
a ser baratos como antes. A comida mais cara, portanto, chegou para ficar. É uma
situação que deixa ainda mais vulneráveis 850 milhões de pessoas ao redor do pla-
neta, uma massa cronicamente subnutrida que vive sempre sob o espectro da fome.
Antes, uma análise elaborada por uma equipe do Banco Mundial já fazia previsões
parecidas. Dizia que os preços ficarão altos até 2009, quando então começarão a
cair. A queda, porém, não será acentuada, e os preços ficarão “bem acima” do nível
registrado em 2004. O Banco Mundial calcula que a situação ficará como está, ame-
açadora e preocupante, pelo menos até 2015. E em 2015 a população mundial terá
cerca de 600 milhões de bocas a mais para alimentar. É o equivalente a quase três
Brasis a mais. Vai dar?
ganhar fôlego no meio acadêmico a escola dos neomalthusianos. Eles acham que a
armadilha agora é gente demais vivendo num meio ambiente degradado demais.
Em 2050, prevê-se, seremos 9,2 bilhões de pessoas – ou 2,5 bilhões a mais do que
hoje. Em seu último livro, Jeffrey Sachs arrasta uma asa para o neomalthusianis-
mo e faz um apelo para que o total de habitantes não passe de 8 bilhões até 2050.
Não há receita pronta para superar a atual crise, mas duas medidas são inevitá-
veis. A primeira, de curto prazo, é despachar ajuda imediata aos milhões ameaçados
pela fome, de modo a evitar uma crise humanitária de grandes proporções. A se-
gunda é voltar a jogar dinheiro na agricultura. Num instituto de pesquisa no México,
desenvolveu-se um milho capaz de resistir à seca da África e um trigo que sobrevive
às pragas do sul da Ásia. Mas nunca apareceu o dinheiro para que as duas varieda-
des chegassem às mãos dos pobres. Nas Filipinas, onde as mulheres têm protestado
exibindo panelas vazias nas ruas, os cientistas identificaram catorze traços genéticos
que podem salvar o arroz da praga do gafanhoto, mas não têm dinheiro para exe-
cutar o trabalho. É uma negligência inadmissível. Intercâmbios são exequíveis há
séculos: os europeus trouxeram para as Américas o trigo e o cavalo e, daqui, levaram
a batata, por exemplo. Como hoje uma semente não consegue sair do México e
chegar ao Togo?
A evolução da administração
A fome nunca se ausentou da vida humana, seja por fúria da natureza, que criou
o fungo da batata que matou 1 milhão de irlandeses em meados do século XIX, seja
como consequência da bestialidade humana. Na Segunda Guerra Mundial, além da
bomba atômica, a fome foi uma arma poderosa. No gueto de Varsóvia, onde cada
judeu tinha direito a uma ração de menos de 200 calorias diárias – o recomendado é
em torno de 2 500 –, a fome estava à espreita em cada esquina dos 100 quarteirões
Se tudo der certo, a sonda Phoenix vai tirar uma fotografia de sua aterrissagem
sobre o solo de Marte. A imagem percorrerá 680 milhões de quilômetros e, em duas
horas, chegará ao centro da Nasa, nos Estados Unidos. Durante a viagem da foto,
morrerão 1 440 crianças de fome no mundo.
Atividades
HORIZONTAL
1. Um sistema social organizado racionalmente, por meio de normas escritas
e legais.
A evolução da administração
Referências
FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. Tradução de: BOJANO, Irene de;
SOUZA, Mário de. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1989.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
MORAES, Anna Maris Pereira de. Iniciação ao Estudo da Administração. São Paulo:
Makron Books, 2001.
PETRY, André. Vai ter para todo mundo? 2008. Disponível em: <http://veja.abril.com.
br/280508/p_068.shtml>. Acesso em: 10 nov. 2010.
SENGE, Peter M. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende. 12.
ed. São Paulo: Best Seller, 2002.
SILVA, Sebastião Orlando da. Estilos de Administração. Rio de Janeiro: Erca, 1992.
Gabarito
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PALAVRAS SENTENÇAS
A evolução da administração
O certo é que elas precisam acontecer devido às mudanças das necessidades dos
clientes, dos avanços tecnológicos, dos aspectos econômicos, sociais, culturais, legais.
Da mesma forma, os gestores também precisam mudar.
O papel da gerência
Segundo Mintzberg (2010, p. 24), “não existe a melhor maneira de gerenciar, tudo
depende da situação”. O autor, ao referir-se aos gestores, diz que é necessário “[...] reunir
habilidades práticas com o toque certo de arte e um pouco de uso de ciência e você
acaba com um trabalho que é, acima de tudo, uma prática.”
Papéis interpessoais
• Representante da empresa (figurehead)
• Líder
• Contato
Papéis informacionais
• Monitor
• Disseminador
• Porta-voz
Papéis decisórios
• Empreendedor
• Resolvedor de conflitos
• Alocador de recursos
• Negociador
Programando
Estruturando
(modelando)
Gestor
Comunicando
controlando
No plan es
o das informaçõ
Liderando
No plano das pessoas
Agindo
No plano da ação
Dentro da unidade
Figura 2 – Um modelo de gestão – Mintzberg.
Segundo Mintzberg (2010, p. 98), “apenas juntos todos esses três papéis e em
todos os três planos é que chegamos ao equilíbrio essencial para a prática da gestão.”
O quadro 1 ilustra essa mistura entre os diferentes papéis, salientando a perspectiva
A abordagem funcional versus a abordagem por processos
A abordagem funcional
Em razão da simplicidade das cadeias produtivas, as primeiras formas de administra-
ção hierárquica ocorreram por meio de organogramas, conforme exemplo na figura 3. Essa
forma de estrutura organizacional determina ações verticais, funções limitadas aos departa-
mentos e aos setores. Essa estrutura já não é suficiente para atender as principais decisões
dos gestores atuais, devido, principalmente, à complexidade da cadeia produtiva, das orga-
nizações e do impacto da tecnologia da informação (MARANHÃO; MACIEIRA, 2004).
De acordo com De Sordi (2008, p. 1), “uma característica muito comum encontrada
em diversas organizações é a estrutura organizacional concebida segundo o conceito
de silos funcionais, que executam e gerenciam um conjunto de atividades bastante
específicas e especializadas.” Os estudos de Taylor, no século passado, introduziram os
conceitos de eficiência, especialização e medição do processo.
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Foi a partir desses estudos de Taylor que surgiu a necessidade de medição do
desempenho das atividades, da definição dos perfis e habilidades para os executantes
dos processos, emergindo a especialização, tanto dos profissionais, quanto da execu-
ção das atividades. Os especialistas, com domínio de determinada técnica, foram con-
centrados em áreas ou departamentos afins a essa especialização (DE SORDI, 2008).
Em consequência:
• medição do desempenho das atividades;
• definição do perfil e habilidades para os ocupantes dos cargos;
• especialização de atividades;
• especialização dos profissionais.
Anjos, Reis e Soratto (2002, p. 3) citam Rados et al. ao afirmar que “A estrutura fun-
cional é intrinsecamente verticalizada e hierárquica”. Os autores complementam que
uma organização que se utiliza de uma estrutura vertical, provavelmente identifique
uma ou mais das seguintes situações em suas atividades:
A abordagem funcional versus a abordagem por processos
h) os ciclos dos processos se alongam, pois as decisões sobem e descem a estrutura vertical;
i) as tarefas são realizadas dentro do solicitado, sem entendimento de como cooperar com o
todo organizacional;
OTIMIZAÇÃO DA
ORGANIZAÇÃO COMO
UM TODO
Constatação:
• desempenhar funções com excelência não implica satisfação do cliente final;
• problemas na comunicação e integração do trabalho entre as áreas funcionais;
• surgimento de lacunas não compreendidas pela gerência.
Em consequência:
• revisão das estruturas organizacionais;
• arquitetura organizacional sob a ótica do cliente;
• foco administrativo do fluxo de trabalho de áreas funcionais para processos
organizacionais.
Segundo Robbins (2000, p. 188), “companhias como AT&T, Boeing, British Teleco-
munications, Canadian Imperial Bank of Commerce, Xerox e Volvo reformularam com-
pletamente seu modo de fazer negócios.” De acordo com o autor, essas empresas bus-
cavam maior produtividade, velocidade em suas operações e a satisfação do cliente.
“[...] examinaram cuidadosamente como seu trabalho era realizado e então reorganiza-
ram horizontalmente suas empresas em torno de processos de trabalho”.
De acordo com Hammer (apud ANJOS; REIS; SORATTO, 2002, p. 3), “diversas em-
presas estão se organizando por processos, o que requer uma visão horizontal com as
pessoas trabalhando não mais em uma função, mas em um processo voltado para o
cliente. Existem responsáveis pelos processos e não pelos departamentos ou funções.”
PROCESSO 1
SAÍDAS
PROCESSO 2
A Gestão por Processos, segundo Campos (2007, p. 3), traz muitos benefícios para
a organização, entre eles:
CLIENTES
PROCESSO 2
Empresas estruturadas verticalmente e com ges- A gestão por processos desloca a gestão funcio-
tão funcional operam com dificuldade, os exe- nal, verticalizada, para uma gestão direcionada ao
cutores precisam obter autorização dos níveis cliente final (gestão por processos), criando auto-
hierárquicos de supervisão. nomia aos executores dos processos, tornando-os
mais produtivos, mais qualificados e com menores
custos operacionais.
Poder de decisão nos níveis hierárquicos supe- Poder de supervisão e controle para os próprios
riores. executores dos processos. Os executores e “donos
do processo” possuem “autonomia para” e “respon-
sabilidade por”.
As equipes organizadas para executar processos A estrutura funcional continua a existir, a ques-
ou subprocessos estão ligadas à estrutura fun- tão é definir como e por quem os membros
cional. da equipe devem ser avaliados. Uma solução
é criar uma organização por processos isolada
ou que trabalhe em conjunto com o órgão fun-
cional, mas dar aos representantes do proces-
so um papel igual ao dos gerentes funcionais
na avaliação e recompensa dos membros da
equipe.
desenvolvimento dos profissionais envolvidos. entregue. O gestor de processo não é o “chefe”, ele
não pode mandar, tem que negociar e exercer in-
fluência.
Existe um “chefe” que está acima das pessoas di- Esse papel não existe, fica disperso entre muitas
zendo o que fazer e como fazer. pessoas.
O foco dos gerentes está na supervisão e controle. Os funcionários são capacitados e motivados.
A capacitação das pessoas é uma das características que diz respeito às competên-
cias e ao direcionamento da visão dos objetivos do trabalho operacional. As diferenças
principais entre as duas abordagens encontram-se no quadro 6.
Força de trabalho como encargo trabalhista. Força de trabalho como um produto a ser co-
mercializado.
“O que eu quero para mim?” “O que eles querem e quais são seus objetivos?”
Forte influência das forças internas. Incorpora valores à cultura, abrangendo clien-
tes, fornecedores, parceiros e colaboradores.
Nas organizações orientadas para a tarefa, espera- Os processos devem ser relacionados com as ra-
-se dos funcionários um “desempenho satisfatório”. zões de sua existência, iniciando-se pelos reque-
Processos fragmentados homogeneízam o traba- rimentos e fatores críticos de sucesso do ponto
lho individual, e o desempenho pessoal excelente de vista dos stakeholders1. Em seguida, exami-
passa despercebido. nam-se os componentes da arquitetura do pro-
cesso, identificando-se seu nível de importância
ou de contribuição potencial para geração de
oportunidades de melhoria no desempenho do
processo.
Fazer um grande esforço é considerado um desper- Os indivíduos que têm um excelente desempe-
dício. nho nos processos podem gerar um resultado
de alto desempenho.
1
Partes interessadas em um negócio: clientes, funcionários, fornecedores, comunidade, entre outros. Shareholders: acionistas em um negócio (MORAES,
2004).
Departamentos tradicionais atuam como guardi- Nos laboratórios farmacêuticos, por exemplo, a se-
ões de normas e padrões, como centros de trei- quência tradicional de pesquisa, desenvolvimento,
namento e distribuição de especialistas. fabricação e marketing, está sendo substituída pela
sincronia de especialistas de todas essas funções tra-
balhando juntos como equipe, do início da pesquisa
até o lançamento do produto no mercado.
FORNECEDORES CLIENTES
A figura 9 ilustra que esse paradoxo acaba gerando conflitos de prioridade entre
os interesses das chefias funcionais e os interesses dos clientes. Maranhão e Macieira
(2004, p. 36) citam que cabe ao chefe funcional “dar sua contribuição para que a organi-
zação funcione no seu aspecto hierárquico, interno, orgânico e vegetativo (fluxos ver-
ticais), e ao dono do processo coordenar a obtenção da satisfação do cliente, mediante
a operação eficiente e eficaz do processo.”
O que significa ser uma organização orientada para processos, como o Sr. costuma
A abordagem funcional versus a abordagem por processos
Seu último livro, Além da Reengenharia, não fala exatamente da reengenharia, mas
de suas consequências. O Sr. pode detalhá-las? Talvez a principal consequência da reen-
genharia seja o surgimento da organização orientada para processos, da qual acaba-
mos de falar. A reengenharia começou como um projeto para melhorar o desempe-
nho organizacional, mas o que ela realmente criou foi um paradigma totalmente novo
de organização. É novo porque é baseado em um princípio diferente daquele das or-
ganizações tradicionais. E você me perguntará: Qual é o princípio das organizações
tradicionais? Elas se baseiam no fato de que os funcionários têm foco restrito, e a visão
Então, o que deve fazer uma empresa para enfrentar a transição, ou seja, para
deixar de ser tradicional e se transformar em uma organização orientada para proces-
sos? Para trabalhar dessa maneira, a empresa precisa principalmente de duas coisas.
Em primeiro lugar, um comprometimento sério dos altos executivos com a parte
que lhes cabe, sem isso nada acontece. Feito isso, o passo seguinte é identificar os
processos e colocar as chefias como responsáveis por eles. Isso difere daquelas orga-
nizações onde ninguém nunca tem responsabilidade pelo processo em questão e,
portanto, nunca há ninguém para estimular os esforços. O novo jeito de administrar
que se relaciona com essa responsabilidade é chamado de “propriedade de proces-
sos” (process ownership, em inglês). Na transição para esse tipo de gerenciamento, é
O Sr. acredita que os executivos, os chefes, terão dificuldade em mudar sua forma
de pensar e trabalhar de acordo com o novo modelo? Para alguns, a transição será
muito difícil; para outros, não. Há os executivos receptivos à mudança e há os que
acham simplesmente impossível fazê-la. Estes têm duas escolhas: sair da empresa
ou voltar para um cargo da linha de frente – e é isso que a maior parte deles faz.
O que, aliás, não é nenhum demérito, pois a linha de frente é muito importante na
nova organização voltada para processos, tão importante quanto os executivos.
A linha de frente na empresa orientada para processos é aquela que toma as decisões
O Sr. não acha que os executivos podem relutar em voltar a ser da linha de frente
porque isso significaria uma perda de status? Sim, é possível. Uma das coisas que as
empresas têm de fazer é mudar esse status social subliminar e passar a mensagem
de que ser chefe não é a única maneira de obter sucesso. Se eu acho que os execu-
tivos vão resistir? Sim, alguns deles vão, mas eu acho que, quando compreenderem
que não há outra escolha, eles poderão ultrapassar essa relutância. Uma das tarefas
da liderança executiva é fazer com que as pessoas entendam que não há outra esco-
lha, e que isso tem de acontecer.
O Sr. pode dar exemplos de empresas que estejam aplicando esse novo paradigma
com sucesso? Muitas das melhores empresas que eu conheço estão fazendo isso de
maneira bastante ostensiva para ter sucesso em setores econômicos muito difíceis
e concorridos. Um exemplo é a Motorola; outro é a Texas Instruments. A IBM, por
exemplo, está se concentrando muito em seus processos, e esse tem sido um dos
principais ingredientes de seu sucesso recente.
O Sr. acha que o renascimento da IBM se deve à sua localização nos processos?
Certamente, esse é um dos aspectos mais importantes de sua recuperação. Não
digo que seja o único, mas é um dos principais. E existem muitas outras empresas
A abordagem funcional versus a abordagem por processos
destacadas fazendo isso. Uma delas, sobre a qual eu falo em meu livro, é a American
Standard. Ela é menor do que a IBM; atua em todo o mundo nos segmentos de apa-
relhos de ar-condicionado, encanamentos e freios para caminhões, e está fazendo
isso com bastante seriedade.
Em seu livro, o Sr. afirma que esse enfoque gera novas oportunidades de trabalho.
Como isso acontece? Nós vemos que as organizações orientadas para processos são
aquelas que deixam os clientes mais satisfeitos e, consequentemente, crescem mais.
Crescimento significa novos empregos. Portanto, não estamos falando em redução de
empregos, mas de aumento, embora os novos empregos sejam diferentes, de outros
tipos. O crescimento é a maneira de obter sucesso. Em meu livro, menciono o caso
de empresas como a Eastern Airlines, que por continuarem a fazer negócios da ma-
neira antiga, saíram do mercado e não existem mais. Empresas desse gênero não têm
futuro, porque os concorrentes já estão fazendo as coisas de um modo diferente.
Se é como o Sr. diz – ”Os CEOs vêm e vão”–, qual é a importância dos presidentes na
organização? O papel do CEO ou presidente é realmente o de criar a cultura desejá-
vel, abrir o caminho e garantir sua continuidade. Se ele fizer isso, a organização terá
sucesso, mesmo depois que ele for embora.
1. Mintzberg apresenta dois modelos acerca dos papéis do gerente em uma orga-
nização, um modelo de 1973 e outro modelo mais recente. Tomando por base
tais modelos, apresente a principal diferença entre eles.
( 1 ) Organização funcional
( 2 ) Organização por processos
(( Rígida supervisão hierárquica.
(( As pessoas fazem parte de uma equipe responsável pelas tarefas de um
processo multifuncional.
(( Desloca a gestão, verticalizada, para uma gestão direcionada ao cliente
final.
A abordagem funcional versus a abordagem por processos
ANJOS, Francisco Antonio dos; REIS, Hilton Rodrigues; SORATTO, Alexandre Nixon.
Gestão por processos nas organizações e sua interação com o meio ambiente. XXII
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Curitiba: ENEGEP, 2002. Disponível em:
<www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR100_1026.pdf>. Acesso em: 14 nov.
2010.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
MINTZBERG, Henry. Managing: desvendando o dia a dia da gestão. Porto Alegre: Book-
man, 2010.
MORAES, Anna Maris Pereira de. Introdução à Administração. 3. ed. São Paulo: Pren-
tice Hall, 2004.
4.
De acordo com Cury (2000, p. 306), Hammer e Champy, com base nos resultados
dos seus estudos, colocam que: “as empresas não devem mais se organizar em torno
da divisão de trabalho de Adam Smith.” Os autores defendem a ideia de que as em-
presas precisam organizar o trabalho com foco nos processos, e não nas tarefas; que
as empresas se constituem em silos funcionais1, definem a estrutura hierárquica sobre
partes de um processo; e que, “[...] nestas organizações, as pessoas envolvidas em um
processo olham para dentro de seus departamentos e para cima em direção aos seus
chefes, mas nunca para fora, em direção ao cliente.”
1
Expressão utilizada para identificar a gestão funcional (vertical).
ATIVIDADE EMPRESARIAL
ATUAÇÃO
GOVERNAMENTAL CONCORRÊNCIA
(PREDATÓRIA)
(PROBLEMÁTICA)
ESTRUTURA DE PODER
(ALOCADA NOS MARGENS (MENORES)
CONSUMIDORES)
Em outra obra, Além da Reengenharia, Hammer (apud CURY, 2000, p. 324) afirma que
Colocando os processos em primeiro plano, a reengenharia deu uma virada de noventa graus nas
organizações, adotando uma perspectiva lateral e não vertical. Essa mudança tornou obsoletos
as certezas e os receituários dos livros didáticos sobre administração. Praticamente, tudo que se
aprendeu no século XX sobre empresas, aplica-se apenas às empresas orientadas para tarefas, até
agora a forma dominante da vida organizacional.
PROCESSOS
CLIENTES
DO PROCESSO
B
“PROPRIETÁRIO”
DO PROCESSO
C
CENTROS DE
EXCELÊNCIA
d) a atuação dos executores, dos proprietários e dos treinadores deve ser co-
ordenada e, embora não apareça no esquema, existe o líder para auxiliar na
integração, na motivação. O líder acrescenta a visão estratégica.
Processos: uma visão geral
O que é processo?
O termo processo, de acordo com Maranhão e Macieira, (2004, p. 13), “[...] possui
várias definições, todas análogas e complementares entre si”. O quadro 1 elenca algu-
mas definições.
Quadro 1 – Definições de processo
Rohit Ramaswamy (em Design and Mana- São sequências de atividades que são necessárias para
gement of Service Processes – 1996) realizar as transações e prestar o serviço.
Dianne Galloway (em Mapping Work Pro- Uma sequência de passos, tarefas ou atividades que con-
cesses – 1994) vertem entradas de fornecedores em uma saída. Um pro-
cesso de trabalho adiciona valor às entradas, transforman-
do-as ou usando-as para produzir alguma coisa nova.
Geary A. Rummler e Alan P. Brache (em Uma série de etapas criadas para produzir um serviço ou
Melhores Desempenhos das Empresas – um produto.
1994)
Processos: uma visão geral
ENTRADAS SAÍDAS
PROCESSO
ENTRADAS SAÍDAS
Processos: uma visão geral
SUBPROCESSOS
PROCESSOS
Quando examinamos com atenção uma Organização, a primeira coisa que vemos são as diversas
funções. No entanto, a visão sistêmica sugere que essa perspectiva não nos permite compreender
o modo como o trabalho é realmente feito, e isso é um precursor necessário ao aperfeiçoamento do
desempenho. Para ter essa compreensão, precisamos olhar os processos. (grifo dos autores)
FORNECEDORES CLIENTES
Albuquerque e Rocha (2006) citam que a visão sistêmica (visão horizontal) permi-
te identificar os principais processos interfuncionais, e gerenciá-los com foco no clien-
te final. A figura 7 ilustra essa cadeia de atividades.
Processos: uma visão geral
CLIENTE
Pedido
Problema de cancelado
Pedido Pedido
crédito OK?
(ALBUQUERQUE; ROCHA, 2006, p. 33)
completado submetido
encaminhado Pedido
VENDAS
reapresentado
Crédito
Pedido checado OK?
Cliente
recebido Pagamento
novo? Fatura Fatura
FINANÇAS
recebido
preparada enviada
73
Processos: uma visão geral
A abordagem horizontal, ou sistêmica, “[...] retrata um novo enfoque, exigido pela
dinâmica da sociedade atual, forçando as organizações a melhorarem seu desempe-
nho, para atenderem um mercado comprador, altamente competitivo e globalizado”
(CURY, 2000, p. 311).
b) evidenciar as atividades dos processos que passam por várias áreas funcionais;
Necessidade
Fábrica Promoção Sistema receptor
Pesquisa Marketing
/Mercado
Espec.
Produto
Chamadas
Fábrica
Vendas
(RUMMLER; BRACHE apud CURY, 2000, p. 312)
Desenvolvimento Espec.
de produto Produto
Fábrica
75
Processos: uma visão geral
As necessidades dos clientes
As organizações estão sendo exigidas pela sua competência em dar uma respos-
ta. Os clientes têm pressa e estão avaliando a organização por indicadores não con-
vencionais, deixando os gestores confusos. O que o cliente quer saber é onde está
seu pedido, é ter seu questionamento respondido rapidamente, é uma entrega rápida
(ALBUQUERQUE; ROCHA, 2006).
Albuquerque e Rocha (2006, p. 5) citam que depois que o cliente faz um pedido
ou uma consulta, “[...] a resposta só depende da organização, não depende de mais
ninguém, mesmo que haja uma desculpa [...]” (choveu, meu fornecedor não entregou),
elas explicam, mas não justificam a demora.
(MARANHÃO;
MACIEIRA, 2004.
Adaptado.)
A SOMA DOS
VALOR VALOR
VALORES DAS
AGREGADO DO PRODUTO
ENTRADAS
trabalho pode gerar três tipos de processos horizontais, pois pode ser reali-
zado de várias formas, que são:
DE PRODUÇÃO
PROCESSOS DE
PRIMÁRIOS
NEGÓCIOS
DE SERVIÇOS
BUROCRÁTICOS
PROCESSOS
COMPORTAMENTAIS
ORGANIZACIONAIS
MUDANÇAS
SUPORTE
Processos: uma visão geral
DIRECIONAMENTO
PROCESSOS
NEGOCIAÇÃO
GERENCIAIS
MONITORAÇÃO
São ligados à essência do fun- São centrados na organização São centrados nos geren-
cionamento da organização tes e nas suas relações
Viabilizam o funcionamento
São suportados por outros pro- coordenado dos vários sub- Incluem ações de medi-
cessos internos sistemas da organização ção e ajuste do desenvol-
vimento da organização
Resultam no produto ou servi- Garantem o suporte adequa-
ço que é recebido pelo cliente do aos processos de negócio Incluem as ações de su-
porte que os gerentes
devem realizar
Atendimento de garantia
Processos primários Processos de suporte
(RADUCZINER, 2008)
É por causa desse último passo que a implantação de BPM deve ser tratada de
forma planejada e orientada em resultados de curto, médio e longo prazo.
Como já dissemos, o BPM representa uma visão bem mais abrangente, onde a
busca por ganhos está vinculada a um novo modelo de gestão. Colocar tal modelo em
prática requer uma nova forma de analisar e decidir como será o dia a dia da organização
de hoje, amanhã, na semana que vem, no próximo ano e assim por diante...
Atividades
Processos: uma visão geral
Referências
ANJOS, Francisco Antonio dos; REIS, Hilton Rodrigues; SORATTO, Alexandre Nixon.
Gestão por processos nas organizações e sua interação com o meio ambiente. XXII
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Curitiba: ENEGEP, 2002. Disponível em:
<www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR100_1026.pdf>. Acesso em: 14 nov.
2010.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
85
mais informações www.iesde.com.br
CAMPOS, Eneida Rached. Metodologia de Gestão por Processos. Campinas: Uni-
camp, 2007. Disponível em: <www.prdu.unicamp.br/gestão_por_processos/gestão_
processos.html>. Acesso em: 10 set. 2009.
CURY, Antonio. Organização e Métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
GONÇALVES, José Ernesto Lima. As empresas são grandes coleções de processos. RAE
– Revista de Administração de Empresas, v. 40, n. 1, p. 6-19, jan./mar. 2000.
LOBOS, Julio. Encantando o Cliente: externo e interno. São Paulo: J. Lobos, 1993.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
RADUCZINER, Marcelo. Gestão por processos: 5 passos para o sucesso e algumas ar-
madilhas. 2008. Disponível em: <www.administradores.com.br/informe-se/informa-
tivo/gestao-por-processos-5-passos-para-o-sucesso-e-algumas-armadilhas/15750/>.
Acesso em: 17 nov. 2010.
Gabarito
Os processos empresariais podem ser: de negócio (são aqueles que geram va-
lor para o cliente e envolvem a fabricação de produtos ou prestação de servi-
ços); organizacionais (processos que dão o suporte necessário aos processos
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de negócio, garantem o funcionamento dos subsistemas organizacionais – RH,
Finanças, por exemplo); gerenciais (são processos que dão apoio ao processo
de negócio da organização, são responsáveis pelo desempenho da organiza-
ção no ambiente em que está inserida: planejamento das metas, negociações
com fornecedores, entre outros).
MACROPROCESSOS
PROCESSOS
SUBPROCESSOS
Atividade
“Uma atividade corresponde a uma unidade lógica de trabalho executada dentro
de um processo” (DE SORDI, 2008, grifo nosso). Segundo o autor, as atividades também
podem ser denominadas pelos termos processo elementar ou tarefa. As ativida-
des podem ser executadas manualmente ou podem utilizar recursos tecnológicos e
serem automatizadas.
b) para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas elementos isolados, mas também
suas inter-relações.
Um processo deve ser decomposto até o nível necessário para uma melhor aná-
lise. Esse nível ideal de decomposição difere de organização para organização, em
função dos produtos e/ou serviços prestados ou comercializados, da complexidade
das operações, entre outros. À medida que o processo é decomposto, ele vai sendo
observado em detalhes, em etapas, operações. O nível de detalhamento será definido
pelo observador, analista, do processo. De Sordi (2008) sugere um diagrama de decom-
posição, conforme figura 1.
(FLEURY, 2010)
Processos
Subprocessos
Tarefas
Escopo
A análise de um processo pode ocorrer de forma mais abrangente ou mais restri-
ta, dependendo do objetivo do trabalho a ser desenvolvido. “Esta variação do ângulo
de visão do processo de negócios, atendo-se a um determinado nível de detalhamen-
to entre o mais geral e o mais específico, é denominado escopo de análise do processo”
(DE SORDI, 2008, p. 60, grifo do autor). Como escopo, entende-se o macroprocesso, ou
o processo de negócio, ainda denominado processo de cliente. Segundo Fleury (2010),
“[...] é a extensão ou amplitude do negócio descrito no diagrama; é o limite do contex-
to apresentado”.
(FLEURY, 2010)
ORIGEM ENTRADA
Fornecedor “A”
EXTERNO
Conceitos fundamentais da gestão por processos
Processo “X”
Fornecedor “B”
Produto “I”
INTERNO
Processo“Y”
Cliente “A”
Processo “X”
EXTERNO
Produto “I” Cliente “B”
INTERNO
Processo“Y”
(FLEURY, 2010)
ORIGEM ENTRADA
Processo“X”
Fornecedor “B” Insumo “2”
Produto “1”
Insumo “3”
Processo “Y”
Processo “Y”
Cliente “B”
Fluxo de trabalho
O fluxo de trabalho descreve uma sequência de atividades que compõem um pro-
cesso, evidenciando a(s) atividade(s) a ser(em) realizada(s) após findas essas atividades,
em outros processos e/ou subprocessos. Quanto maior o número de atividades sendo
(FLEURY, 2010)
Pagar funcionários Nível 0
Horistas Contexto
Calcular
Calcular pagamento Calcular Nível 2
pagamento
bruto descontos Segunda
líquido
decomposição
Figura 8 – Exemplo de árvore do processo.
I O
entradas saídas
(inputs) (outputs)
Recurso modificado ou PROCESSO Resultado da execução do
consumido pelo processo processo
M
mecanismos
(mechanisms)
Algo que possibilita a execução do processo,
mas não é consumido pelo mesmo
(FLEURY, 2010)
C Contrato de trabalho
E Pagar funcionários S
Número de horas horistas Contracheque
Conceitos fundamentais da gestão por processos
trabalhadas
M Sistema de pagamento
Calcular
pagamento
líquido
Sistema de pagamento
Figura 11 – Diagrama de decomposição do processo.
Maranhão e Macieira (2004, p. 92) citam que “é a documentação que permite es-
tabilizar o processo, mediante a fixação de critérios objetivos para balizar a forma de
fazer, medir, de prover os registros dos resultados dos processos e auditá-lo.” Acrescen-
tam que o instrumento mais eficiente para documentar um processo são as normas.
Os autores definem norma como “[...] uma solução escrita de um processo que se
repete.” A norma deverá ser, em momento oportuno, definida pela organização, oficia-
lizada e controlada.
Conceitos fundamentais da gestão por processos
A Norma NBR ISO 9000:2000 define registro como “documento que apresenta
os resultados obtidos ou fornece evidências de atividades realizadas.” Por meio dos
registros, os produtos podem ser rastreados, as atividades verificadas, inspeções,
auditorias.
Texto complementar
Reengenharia e Reestruturação
(NOGUEIRA, 2007, p. 231-234)
[...]
Atividades
2 3 4
HORIZONTAL
3. Documento que apresenta os resultados obtidos ou fornece evidências de
atividades realizadas.
Conceitos fundamentais da gestão por processos
No máximo duas pessoas podem cruzar a ponte de cada vez, e elas devem
estar com o lampião.
Não importa para que lado da ponte a pessoa estiver atravessando, o tempo
do lampião continua sendo contado.
Sabendo que o fluxo de trabalho descreve uma sequência de atividades que Conceitos fundamentais da gestão por processos
compõem um processo, responda:
Referências
FLEURY, Newton Meyer. Organização e métodos II. A Empresa Visualizada por Pro-
cessos. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 2010. Disponível em: <www.
uff.br/sta/textos/nf048.ppt>. Acesso em: 10 nov. 2010.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
NOGUEIRA, Arnaldo José França Mazzei. Teoria Geral da Administração para o Século
XXI. São Paulo: Ática, 2007.
2. Palavras cruzadas:
1
N
O
2 3 4
T R E G I S T R O
Á N M
T D A
I I
C C
5
D O C U M E N T A Ç Ã O
D
6
F L U X O
R
E
PALAVRA SENTENÇA
INDICADORES Elementos quantificadores usados para verificar a performance de um processo.
FLUXO Descreve uma sequência de atividades que compõem um processo.
DOCUMENTAÇÃO Permite estabilizar o processo, mediante a fixação de critérios objetivos para ba-
lizar a forma de fazer, medir, de prover os registros dos resultados dos processos
e auditá-lo.
3.
b)
Atividade Tempo Pessoas que atravessam a ponte
Atividade 1 3s Tom e Beto.
O processo administrativo
na gestão de processos
Fayol (apud Maximiano, 2002) cita que a administração é uma atividade comum
a todas as pessoas. A administração existe na família, nos grupos sociais, nas empre-
sas, no governo, e isso exige planejamento, organização, comando, controle e coorde-
nação. Segundo o autor, todos deveriam aprender essas atividades. Ele divulgou sua
teoria dividindo as empresas em seis funções, cada qual com suas atividades.
Coordenação
utilização de
Organização
Proteção da
das pessoas
Manufatura
Comando
Produção
Procura e
Compra
capital
Venda
Troca
PLANEJAMENTO
ENTRADAS SAÍDAS
CONTROLE ORGANIZAÇÃO
INSUMOS RESULTADOS
DIREÇÃO
O PLANEJAMENTO E A ORGANIZAÇÃO DEVEM SER
COMPLEMENTADOS PELA DIREÇÃO, POR MEIO ATO DE ORGANIZAR, ESTRUTURAR E INTEGRAR OS
DA LIDERANÇA, COMUNICAÇÃO, ORIENTAÇÃO E RECURSOS, AS ATRIBUIÇÕES DE CADA PESSOA E
MOTIVAÇÃO. AS RELAÇÕES.
De acordo com Oliveira (2007, p. 167), “[...] para todo e qualquer desenvolvimento
de um projeto de administração de processos, é necessário efetuar algumas pergun-
tas.” São elas:
Processo administrativo: planejamento e controle
DECISÕES PLANEJAMENTO
Nível tático
TÁTICAS TÁTICO
Planejamento estratégico
Segundo Schermerhorn Jr. (1999), o planejamento estratégico envolve os seguin-
tes passos:
b) escolha dos temas: a escolha dos temas deve anteceder a elaboração dos
objetivos. Os temas usualmente utilizados são: crescimento, participação
de mercado, produtividade, qualidade, inovação e resultado econômico-
-financeiro;
Planejamento tático
De acordo com Oliveira (2002, p. 48), o planejamento tático “tem por objetivo
otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Trabalha na
decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento
estratégico.”
FINANCEIRO
PLANEJAMENTO PLANEJAMENTOS
ESTRATÉGICO OPERACIONAIS
RECURSOS
HUMANOS
RESULTADOS
PRODUÇÃO
APRESENTADOS
PELAS UNIDADES
ORGANIZACIONAIS
ORGANIZACIONAL
RETROALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
O processo de controle
Controle, para Maximiano (2004, p. 359), “é processo de produzir e usar informa-
ções para tomar decisões sobre a execução das atividades e sobre os objetivos”. Para
Moraes (2001, p. 125), o controle está “intimamente associado com planejamento,
porque o plano estabelece metas e os métodos para atingi-las. O controle investiga a
extensão em que o planejamento foi bem-sucedido.”
Quantidade e qualidade
Controle tático ou de produtos e serviços;
Nível tático funcional Desempenho dos recursos
humanos; Desempenho dos
fornecedores.
OBJETIVOS DA EMPRESA
OBJETIVOS FUNCIONAIS
RECURSOS
MARKETING PRODUÇÃO FINANÇAS
HUMANOS
ADMINISTRAÇÃO DE PROCESSOS
Acredito que parte do problema está no fato de muitos planos serem extre-
mamente abstratos. E quando falamos de estratégia, estamos nos referindo a algo
concreto, objetivo e que estabelece metas amplas e respostas sobre como a empre-
sa vai se diferenciar dos seus concorrentes. Em segundo lugar, acredito que a im-
plementação não ocorre por negligência da liderança e falta de follow-up. Ou seja,
as pessoas tomam conhecimento da estratégia e voltam para as rotinas normais de
trabalho e de negócios. Não há um acompanhamento adequado da implantação do
planejamento estratégico.
2. Qual sua percepção hoje sobre o uso da internet como recurso estraté-
gico? Elano Dantas Rodrigues
Esses livros sobre estratégia militar são muito provocativos e trazem alguns
conceitos interessantes. Por exemplo: você nunca ataca diretamente seu inimigo, vai
pelos flancos. Essa é uma boa estratégia, pois significa que você não deve atacar o
seu concorrente no campo em que ele atua. Apesar disso, não gastaria muito tempo
Não tenho uma medida científica sobre a velocidade das mudanças. Certamen-
te, a informação muda mais rapidamente do que há alguns anos. Mas, na minha
opinião, essa questão é superdimensionada. Há muito barulho mas pouca mudança
realmente importante. A indústria se move vagarosamente. Meu ponto é: não de-
vemos superdimensionar as mudanças. Vamos compreender que a comunicação é
muito mais fácil, que há mais informação disponível, mas que isso não significa que
os fundamentos do mercado mudam freneticamente. A empresa precisa ter uma
proposta de valor clara e consistente e de longo prazo.
Toda e qualquer boa estratégia é uma inovação em si, porque ela inova na pro-
posta de valor da companhia. Normalmente, as pessoas pensam em inovação do
ponto de vista tecnológico. Mas o que torna uma inovação relevante é quando ela
permite a realização da estratégia e gera valor para a empresa. Fico preocupado
quando ouço as pessoas falando que a inovação vale por si, que basta inovar que já
está ótimo. É um equívoco.
Não existe uma estratégia boa para todas as companhias. Mas há algumas
questões ganhando força quando penso no Brasil. Uma delas é uma classe média
crescendo tremendamente. As empresas que aprenderem a atender esse mercado
poderão atuar globalmente. As companhias americanas não entendem essa clien-
tela, porque priorizam consumidores com renda maior. Por isso, as empresas não
devem simplesmente reproduzir os modelos de negócios de outras companhias.
Devem criar modelos próprios para atender a diversidade do país nos mais diferen-
tes sentidos.
Atividades
a) Negócio
b) Missão
c) Visão
d) Princípios
e) Estratégia competitiva
P R O C E S S O D C O Ç M T S O A T M D
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O Ç Ç P N Ã M D N N Ã I O E A S Ã Ç Z O
MORAES, Anna Maris Pereira de. Iniciação ao Estudo da Administração. São Paulo:
Makron Books, 2001.
2.
3.
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Processo administrativo: planejamento e controle
à L D Z A M E C Z C O N T R O L E S A A
a) CONTROLE – MEDIÇÃO
b) DIREÇÃO
c) TÁTICO – ESTRATÉGIA
d) PROCESSO – PLANEJAMENTO
e) LIDERANÇA
f ) OPERACIONAL
g) ORGANIZAÇÃO
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Processo administrativo: planejamento e controle
PLANEJAMENTO
ENTRADAS SAÍDAS
CONTROLE ORGANIZAÇÃO
INSUMOS RESULTADOS
DIREÇÃO
O PLANEJAMENTO E A ORGANIZAÇÃO
DEVEM SER COMPLEMENTADOS PELA ATO DE ORGANIZAR , ESTRUTURAR E
DIREÇÃO, POR MEIO DA LIDERANÇA, INTEGRAR OS RECURSOS , AS ATRIBUIÇÕES
COMUNICAÇÃO, ORIENTAÇÃO DE CADA PESSOA E AS RELAÇÕES.
E MOTIVAÇÃO.
Organização
– Dividir o trabalho
– Agrupar as atividades em
estrutura lógica
Controle
– Designar as pessoas para
sua execução
– Alocar os recursos neces-
sários
– Coordenar os esforços
Direção
Macro-orientado.
Desenho Genérico e Aborda a organi-
Nível organizacional sintético zação como uma
estratégico totalidade.
Micro-orientado.
Nível operacional
Desenho de Detalhado Aborda cada
cargos e tarefas e analítico operação separa-
damente.
Figura 3 – O processo de organização nos níveis organizacionais.
De acordo com Maximiano (2004, p. 210), assim como as demais funções admi-
nistrativas, organizar é também um processo, “é um processo de tomar decisões de
dividir o trabalho, atribuir responsabilidades a pessoas e estabelecer mecanismos de
comunicação e coordenação.”
Definição de
autoridade
Divisão do trabalho
Independente do tamanho ou do ramo de atividade da organização a divisão do
trabalho é necessária, pois, segundo Maximiano (2000), a divisão do trabalho é um
processo;
a) por meio do qual uma tarefa é dividida em partes, onde cada uma das quais
é atribuída a uma pessoa ou grupo de pessoas;
Unidades de trabalho
Após a definição dos objetivos, o trabalho é dividido em unidades ou blocos, de
acordo com critérios apropriados à realização desses objetivos.
Divisão do trabalho
em blocos
Identificação do
trabalho necessário
para realizar os
objetivos
Análise dos
objetivos
HIERARQUIA
AMPLITUDE DE CONTROLE
Hierarquia
A autoridade é dividida em níveis, no sentido vertical. As pessoas que estão em
determinado nível têm autoridade sobre as que estão no nível inferior. Por outro lado,
as pessoas têm responsabilidades e prestam contas para as que estão acima. A disposi-
Processo administrativo: organização e direção
Amplitude administrativa
Também denominada amplitude de controle, a amplitude administrativa diz res-
peito ao número de pessoas subordinadas a um gerente, ou seja, é o número de subor-
dinados que cada pessoa, com cargo que lhe confere autoridade (gerentes, superviso-
res, chefes, entre outros), consegue supervisionar adequadamente, eficazmente. Não é
padronizada, e definir a amplitude ideal não é tão simples. De acordo com Maximiano
(2004, p. 217), “as decisões sobre a amplitude de controle, de forma geral, apresentam
b) estrutura aguda: com grande número de chefes e pequeno número de subordinados por
chefe.
Os fatores acima elencados foram divididos em graus, e esses graus foram pon-
derados, de modo a refletir a influência sobre a amplitude de controle. Dessa forma,
quanto mais similar forem as funções supervisionadas, maior poderá ser a amplitude
de controle. Por outro lado, a amplitude deverá ser maior se os subordinados precisa-
rem de muita supervisão e controle. A análise da ponderação utilizada por Barkdull
deve observar que quanto mais alto o número associado a um grau, menor deverá ser
a amplitude de controle.
Quadro 2 – Ponderação de Barkdull para a amplitude de controle
2 4 6 8 10
Considerável
Planejamen- Escopo e Intenso esforço
Escopo e Escopo e esforço reque-
to requerido comple- requerido; polí-
complexida- complexidade rido, orientado
xidade ticas e áreas não
de limitados moderados apenas por
mínimos especificadas
políticas gerais
Os cargos de supervisão podem ser avaliados por meio dos fatores identificados
por Barkdull. Para tal, deve-se associar o cargo escolhido para análise a um índice de
supervisão. Esse índice é a soma dos pontos da escala que descrevem esse cargo, no
conjunto de fatores, de acordo com a escala constante no quadro 3.
Controle Organização
Processo administrativo: organização e direção
DIREÇÃO
Nível 3 Organiza pessoas e recursos para a efetiva e eficiente busca de objetivos predeterminados.
Nível 2 Contribui para o alcance dos objetivos do grupo, trabalha bem com o grupo.
Nível 1 Faz produtivas contribuições com talento, conhecimento e bons hábitos de trabalho.
Outra pesquisa de grande relevância para o estudo da liderança foi realizada por
Kouzes e Posner. Segundo os autores, é preciso conseguir que as equipes se adaptem
aos novos processos implementados nas organizações, como forma de transformar
as ameaças em oportunidades. As equipes devem ser fomentadas pelo líder ao en-
tusiasmo, à autoestima, à geração de ideias. Kouzes e Posner (1991) exploram casos
e descobrem milhares de líderes e, através de suas experiências pessoais, definem os
compromissos da liderança, elencados a partir das cinco regras básicas da liderança
exemplar, que são:
c) permitir que os outros ajam: os líderes devem ter capacidade para permi-
tir que os outros ajam, por meio do trabalho em equipe, do empowerment
e da confiança. As pessoas devem estar capacitadas para tomar decisões e
agir, implementando mudanças necessárias, de forma que as organizações
possam acompanhar as constantes alterações do ambiente globalizado,
mas elas só se arriscarão se houver uma relação de credibilidade e confian-
ça com seus líderes;
Motivação
Todo o comportamento é motivado por alguma coisa, por alguma situação. Daft
(1999, p. 318) diz que a motivação “refere-se às forças internas e externas de uma
pessoa, que provocam entusiasmo e persistência em seguir certo curso de ação.” Os
estudos sobre o tema são acompanhados por gestores, uma vez que a motivação dos
empregados afeta diretamente os níveis de produtividade.
PROCESSO
GERAM INFORMAÇÕES
DE DECISÃO
ORGANIZADOS
FORMATADOS
Subsidiando
PROJETOS
PROCESSOS
PLANOS DE AÇÃO
Sistematização das atividades.
Estruturação das atividades.
PROJETOS
PROCESSOS
PLANOS DE AÇÃO
Sistematização das atividades.
Estruturação das atividades.
Texto complementar
A arca de Noé
(UHLMANN, 1997, p. 132-142)
Absalão era um homem que se podia conceituar como justo. Era um estudioso
e quando repetia os sábios dizendo que os lados de um quadrado eram iguais, real-
mente tornava-se difícil entendê-lo. Dos seus 65 anos de idade, a maior parte havia
dedicado à arte da guerra, onde conceitos técnicos e científicos eram aplicados. Par-
ticularmente, era apaixonado pela organização das forças de combate e o uso de
armas avançadas, tais como lanças de grande alcance, setas orientais e na última
novidade bélica: o lançador de pedras. Era um verdadeiro general. Com o avanço da
idade e o aumento correspondente da sabedoria, Absalão também se preocupava
com assuntos humanos, os quais, porém, o perturbavam um pouco. O Criador já não
era reverenciado, como no seu tempo, os filósofos eram ridicularizados, havia uma
inversão completa na política, acreditava-se mais na energia e na astutice dos jovens
do que na ponderada e segura orientação dos mais velhos.
– Absalão!
Absalão – voltou a voz – não estou contente com os homens. Estão politizados;
guerreiam entre si e só defendem interesses pessoais. O trinômio Adão-Eva-cobra
Mas Absalão nada conhecia de barcos, nem de navegação, porém não discutiria
para não perder a grande oportunidade dada pelo Criador. Absalão era um sexagená-
rio e estava difícil ganhar a vida com o status de que se achava merecedor. Porém... 4
meses... era muito pouco tempo. Era preciso resolver um problema técnico – construir
um barco enorme. Que objetivo! Absalão provaria que era capaz de salvar a humanida-
de com a sapiência dos mais velhos, usando a energia dos mais jovens!
– Sim, senhor, mas qual o tipo, para qual carga, para que navegação?...
– Sim, sim, Noé, isto são detalhes. É um barco para grande carga e águas pesa-
das. Quero fazer uma longa viagem com a família e levarei tudo.
– Está bem, senhor. Aqui mesmo temos florestas, com madeira de densidade
0,8 g/cm3 , com quantidade suficiente. Se a carga é grande, faremos o centro de
gravidade baixo e o centro de empuxo alto, de modo a obter grande estabilidade...
Processo administrativo: organização e direção
acho que com 10 bons carpinteiros, que consigo arranjar, e mais 1 mês de trabalho
duro, estaremos com o barco pronto...
– Perdão, caro Noé, não quero interrompê-lo, mas como pode ter certeza dessa
cadencidade da madeira? E se os homens são realmente competentes? E se traba-
lharão com eficiência?
Absalão pensou: puxa, não havia pensado nisso! São precisos carpinteiros para
cortar as árvores e construir o barco. É preciso selecionar bem estes homens, pois
o Empreendimento não pode fracassar. Ah! Já me lembro. Meu auxiliar na Cruzada
Santa de Três Pedras fez ótima seleção de lanceiros. Roboão é seu nome. Hoje está
selecionando beterrabas para as indústrias egípcias, mas virá trabalhar comigo, por
um salário um pouco maior.
– Confio em você, Roboão. Já fez um bom trabalho para mim e tem grande expe-
riência com Pessoal. Realmente achei Noé muito simplista. Convide quem você achar
melhor para realizar o recrutamento e a seleção para a tarefa. Mantenha-me informado!
– E quanto ganharão?
–Não, não, Roboão. Este negócio de dinheiro com o pessoal das armas não dá certo.
Pensemos em outro: deve ser um especialista na coisa... Você me compreende...
– Então, Chefe, podemos fazer uma seleção entre os candidatos. Sairei em campo!
Mas onde colocar este pessoal! Absalão partiu, com seu habitual dinamismo e
logo adquiriu uma grande cabana de madeiras já com divisórias e tapetes, e contra-
tou imediatamente o pessoal da Zeladoria e Segurança, convidando alguns antigos
conhecidos das forças de combate. Iniciou-se assim a operação em grande escala.
– Minha filha, já lhe disse para não me interromper. Diga ao Dr. Noé que falo
com ele após o almoço.
– Certo, Chefe! Sabe que pode confiar em mim. Nunca sumiu uma flecha ou
Processo administrativo: organização e direção
– Ah! Outra coisa, Sr. Presidente, o Dr. Noé telefonou novamente. Parece aflito
para a aprovação de alguns desenhos.
Naquela noite, Absalão estava cansado, mas não pôde esquivar-se de receber
Noé em sua residência.
– Sim, chefe, obrigado. Por falar nisso, segundo a lei, mandei distribuir leite de
cabra pela manhã e pela tarde, para todos. Já está até codificado o material, para o
controle pelo computador. Mas para isso foi necessário adquirir 200 cabras, alugar
um pasto e contratar 5 pastores. Joia, Chefe! Veja só: dá 40 cabras por pastor e os
pastores só ganham 10 dinheiros!
– Darei um jeito para que seja boa, afinal, já temos 500 pessoas no efetivo e
todas passaram por você. E você ainda conseguiu comprimir o quadro, que era de
800 pessoas! Quanto economizamos?
– Ora, Chefe, Noé é um sonhador. Só pensa nos seus benefícios. Já lhe expliquei
a complexidade da contratação. Por exemplo: já aumentamos a oferta para 6 dinhei-
ros, porém todos os carpinteiros candidatos foram reprovados no 1.º psicotécnico.
Não adianta contratar pessoal sem aptidão psicoprofissional para o corte da madei-
ra. Se não passam nem neste exame, imagina nos outros. Além disso, o psicotécnico
deve ser o primeiro exame para eliminar logo os agressivos. O Sr. sabe, com toda
essa madeira para cortar, cortar pode haver acidentes sérios...
– Realmente, você tem razão, Roboão. Noé desconhece o que é uma boa orga-
nização. Toque como você achar melhor.
– Estes tecnocratas paisanos não funcionam e ainda querem aumento! Sr. Presi-
dente, sou da opinião de que devemos aumentar a equipe de recrutamento e aper-
tar as provas de seleção. Nossa equipe técnica deixa muito a desejar!
– Veja só! Faltam apenas 40 dias e a Divisão de Importação diz que há crise de
transportes e a madeira só chegará no prazo de 10 dias! O pessoal de P.O., mais o
de O&M junto com o CPD já fez tudo para diminuir o caminho crítico de um tal de
PERTO – mas estou vendo tudo longe!
– Quero uma reunião de emergência com os Diretores. Vou despedir o Setor da
Carpintaria e contratar outro.
– Se não fosse o Roboão com a equipe de Recrutamento, não sei o que seria...
– Mas, Presidente, perguntou Job, faltam 40 dias para quê?
– Para o Dilúvio, meu filho, para o Dilúvio!
– Sou uma perfuradora, senhor. Há dias não há ninguém. Dizem que pelo plano de
Classificação de Cargos e Salários e pela política de promoções, não fica ninguém...
Absalão voltou ao escritório. No caminho encontrou com Gau, que lhe disse
preocupado haver um zum-zum acerca de um tal de Pluvio que poderia ser um ter-
rorista, mas que sua equipe...
– Job, rápido!
Para: Absalão
PRORROGAÇÃO NEGADA.
E começou a chover... Absalão correu para fora, seguido de Jacob. A chuva era
forte, mas Jacob gritou:
ARCA DE NOÉ
Referências
_____. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
COLLINS, James C. Level 5 Leadership: the triumph of humility and fierce resolve, Har-
vard Business Review, January 1, 2001.
CURY, Antonio. Organização e Métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas,
KOUZES, James M.; POSNER, Barry Z. O Desafio da Liderança. Rio de Janeiro: Campus,
1991.
Gabarito
1.
DEPARTAMENTO
CARGO
UNIDADE
DE TRABALHO
Mapeamento de processos
Cada área da organização executa processos diferentes, por isso, é necessário
que todas estejam envolvidas com o mapeamento e análise de processos. A análise
dos processos serve de referência para avaliar a satisfação dos clientes, tanto internos
como externos, e buscar a inserção de melhorias nos mesmos.
1
O IBQN é uma organização sem fins lucrativos, cujo objetivo é trazer para o Brasil as mais modernas técnicas de Garantia da Qualidade, contribuindo para o
aperfeiçoamento tecnológico e gerencial das empresas e organizações brasileiras, então envolvidas no Programa Nuclear Brasileiro. Criado para ser o OSTI (Or-
ganismo de Supervisão Técnica Independente), responsável pela Garantia da Qualidade na área nuclear, o IBQN expandiu sua atuação e passou a disponibilizar
serviços para os mais diversos setores, desenvolvendo estudos de engenharia e implantando programas com foco na Qualidade, estimulando o desenvolvi-
mento organizacional, o aumento da competitividade, a responsabilidade social e a preservação do meio ambiente. Disponível em: <www.ibqn.com.br>.
2
Identificar Documentar o
oportunidades processo
1 3
Mapeamento e melhorias de processo
Implementar as Avaliar o
mudanças desempenho
6 4
Redesenhar o
processo
5
Figura 1 – Etapas para mapeamento de processos.
2
O Ciclo PDCA compõe o conjunto de ações sequenciadas pela ordem estabelecida pelas letras que compõem a sigla: P (plan: planejar), D (do: fazer, executar),
C (check: verificar, controlar), e A (act: agir, atuar corretivamente). Disponível em: Fonte: http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/7/76/PDCA.pdf>.
De acordo com os autores, são esses processos que agregam valor para o cliente
externo, e este deve ser monitorado constantemente para saber se está satisfeito. Os
clientes internos não podem ser esquecidos, o questionamento sobre se algo pode ser
melhorado deve ser sistemático.
Definir o escopo
São os limites do processo a ser analisado, pois os recursos designados para o
aperfeiçoamento do processo devem corresponder ao seu escopo. Os processos
podem se estender por toda a organização envolvendo muitas pessoas, muitas tarefas,
ou pode ser um subprocesso, operacionalizado com as tarefas de uma única pessoa.
Dessa forma, como citam Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009, p. 126), o escopo de um
processo pode ser amplo ou restrito (estreito). “Os recursos que a administração desig-
na para o aperfeiçoamento ou a reengenharia de um processo deve corresponder ao
seu escopo.”
Uma equipe de projeto, definida por Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009, p. 126),
“consiste em peritos que examinam uma ou mais etapas do processo, fazem sua análi-
se e realizam as mudanças necessárias”. A organização também pode utilizar um espe- Mapeamento e melhorias de processo
cialista (facilitador). Os facilitadores podem auxiliar orientando a equipe de projeto, e
pode ainda contar com uma equipe, denominada pelos autores de equipe condutora,
quando o processo perpassa várias áreas da organização.
Documentar o processo
Estabelecido o escopo, o processo deve ser documentado. Segundo Krajewski,
Ritzman e Malhotra (2009), essa documentação deve incluir listagem dos insumos
Avaliar o desempenho
Essa etapa deve avaliar o desempenho do processo com o objetivo de melhorá-
-lo. São definidos indicadores de qualidade, de satisfação do cliente, custos, tempos
de execução, entre outros. Com base nos indicadores definidos, são coletadas infor-
mações sobre o processo, comparadas com os índices (metas) definidos e propostas
ações de melhoria.
Redesenhar o processo
De acordo com Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009, p. 127, grifo dos autores),
“uma análise cuidadosa do processo e de seu desempenho com os indicadores sele-
cionados deve revelar incoerências, ou lacunas, entre o desempenho real e o deseja-
do.” Se encontradas falhas no desempenho, o analista deve verificar, pois estas podem
ter sido causadas por etapas desnecessárias, etapas inexistentes ou ainda problemas
extrínsecos.
Indicadores de desempenho
De acordo com Maranhão e Macieira (2004, p. 71), “indicadores de desempenho
são dados objetivos que descrevem uma situação, sob o ponto de vista quantitativo.”
Os autores complementam que os indicadores devem estabelecer relação entre as va-
riáveis que podem ser medidas, bem como devem associar o resultado aos objetivos/
metas definidos no planejamento. Os indicadores devem ser estabelecidos com vistas
aos objetivos, uma vez que são os objetivos que definem o que deve ser medido e onde
se quer chegar.
INDICADOR DE NÍVEL
INTERMEDIÁRIO –
ÁREAS/SETORES
INDICADOR
DE NÍVEL MAIS
BAIXO – OPERA-
CIONAL/TAREFAS
ESTRUTURA ÁRVORE DE
POLÍTICA ORGANIZACIONAL PROCESSOS
OBJETIVOS MODELAGEM DE
ESTRATÉGICOS PROCESSOS
INDICADORES
ESTRATÉGICOS OPERAÇÃO
MEDIDAS
MEDIDAS
PARTES
INTERESSADAS
ANÁLISE DE DADOS
ANÁLISE DE DADOS
GESTÃO
OPERACIONAL
Essa integração, segundo Maranhão e Macieira (2004, p. 78), requer “de um lado sis-
temas capazes de gerar, automaticamente, informações para a tomada de decisões vitais
(operacionais ou estratégicas) e do outro a necessária competência gerencial, capaz de
manter os talentos estimulados para a contínua agregação de valor aos processos.” Mapeamento e melhorias de processo
Segundo Lima Gonçalves e Dreyfuss (apud Cury, 2000, p. 318), “a TI muda os pro-
cessos por meio das características da informação, podendo-se considerá-la um recur-
so de projeto organizacional.” Os autores complementam que compete à TI “agregar
explicitamente valor ao longo do processo e, assim, contribuir decisivamente para os
processos de negócios, assumindo papel estratégico nas organizações.”
Várias abordagens enfocam sobre a análise, mapeamento e melhorias de proces- Mapeamento e melhorias de processo
sos. O quadro 4 traz a abordagem de Albuquerque e Rocha (2006), que resume os tópi-
cos abordados neste capítulo e propicia o conhecimento das etapas citadas por esses
autores.
Quadro 4 – Etapas para análise e redesenho dos processos
ETAPA AÇÕES
cha, 2006. Adaptado.)
(Albuquerque; Ro-
Embora Albuquerque e Rocha (2006) tragam uma abordagem com 15 etapas, ela
não difere das demais abordagens. Os autores estabelecem maior detalhamento de
etapas, enquanto outros autores utilizam uma classificação com menor número de
passos.
Texto complementar
Outra iniciativa foi enviar 900 missionários de operações a campo, cada um vi-
sitando as lojas múltiplas vezes, para ajustar processos, ao mesmo tempo em que
conduziam, também, seminários de um dia de duração, nos quais os gerentes das
Atividades
Mapeamento e melhorias de processo
HORIZONTAL
3. Trata-se dos limites do processo a ser analisado.
4. Formalizar as etapas do processo, do fluxo de trabalho.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
177
mais informações www.iesde.com.br
6. Através da gerência _____________ se pode tomar melhores decisões, pois
se conhece e se avalia a opinião dos funcionários envolvidos no processo.
7. São dados objetivos que descrevem uma situação, sob o ponto de vista
quantitativo.
VERTICAL
1. É uma importante etapa na melhoria no mapeamento e melhoria de pro-
cesso.
2. A ___________ da informação muda os processos por meio das característi-
cas da informação.
5. ___________ o desempenho do processo tem como objetivo melhorá-lo.
Referências
CURY, Antonio. Organização e Métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
Mapeamento e melhorias de processo
Gabarito
3. Palavras cruzadas:
1
R
E
D
E
S
2
E T
3
N E S C O P O
H C
4
D O C U M E N T A R
O
L
5
A O Mapeamento e melhorias de processo
V G
6
P A R T I C I P A T I V A
L A
I
7
I N D I C A D O R E S
R
INDICADORES São dados objetivos que descrevem uma situação, sob o ponto de vista quan-
titativo.
TECNOLOGIA A ______ da informação muda os processos por meio das características da in-
formação.
Mapeamento e melhorias de processo
A intenção dos autores é chamar atenção para a tendência natural das pessoas
à lei do menor esforço, à natureza humana para a acomodação, assim, a solução de
problemas não depende somente da escolha da metodologia, mas da conscientização
das pessoas envolvidas no processo.
uma sequência lógica de passos. De forma que a solução de um problema progrida racio-
nalmente, esgotando cada etapa, que atua como pré-requisito para a etapa seguinte.
ESTRELA
7 DECISÓRIA
3
PASSO 3:
organizar e analisar
PASSO 6: dados e informações.
avaliar as possíveis 6 4
soluções.
5
PASSO 4:
PASSO 5: estabelecer as causas
elaborar as do problema.
possíveis soluções.
Fluxogramas. X X X
GUT. X X X X
Ferramentas para avaliação e melhoria de processos
Pareto. X X X
Verificar Educar e
resultados treinar
e analisar a
situação
Executar
C = CHECK a tarefa e D = DO
Verificar medir Executar
A
P
9 10
MELHORIA MELHORIA
8 11
7 12
6 13
5
14
4
3 15
2 16 MELHORIA
ANÁLISE 18 17
C D
1. CONHECIMENTO DO
Ferramentas para avaliação e melhoria de processos
PROCESSO EXISTENTE
2. Identificar problemas
4. Identificar causas
5. Priorizar causas
7. Priorizar soluções
A Melhoria
8. Desenvolver soluções
17. Medir
As ferramentas
Plano de ação – 5W2H
A planilha 5W2H é uma ferramenta de planejamento e constitui-se de um relató-
rio por colunas, cada uma delas encabeçada por um título (em inglês, na sua origem).
Os autores citam que a ferramenta é extremamente útil no dia a dia, tanto como
um checklist para as ações, como para auxiliar nas reuniões de solução de proble-
mas, dando agilidade e objetividade às ideias, com definição clara das tarefas e das
responsabilidades.
Why (por quê) Por quê? Para que esse processo existe?
Fluxogramas
Um fluxograma, de acordo com Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009, p. 127),
“esboça o fluxo de informações, clientes, equipamentos ou materiais através das diver-
sas etapas de um processo.”
OBSERVAR O AQUECIMENTO DA
GORDURA
ATINGIU A TEMPERATURA?
NÃO
SIM
SELECIONAR UM OVO
NA GELADEIRA
ATINGIU O PONTO
DESEJADO?
NÃO
SIM
ESCORRER O EXCESSO DA
GORDURA DO OVO
SERVIR O OVO
T – Tendência: refere-se à tendência; se nada for feito, o que pode ocorrer? Esta-
bilidade, agravamento ou atenuação.
Quadro 4 – Matriz GUT
O método da Matriz GUT deve, segundo Maranhão e Macieira (2004), ser definido
em grupo, e o peso atribuído por argumentação lógica, chegando-se ao consenso. Os
autores citam um exemplo, descrito no quadro 5.
MOTOR NÃO
PEGA
Filtro entupido
Tubulação entupida Falta de combustível
Bico injetor defeituoso Bomba defeituosa
ÁGUA
ENGARRAFADA
Garrafa
CONTAMINADA
Tampa
Água
2 4 6 8
CICLO DE
VIDA
1 3 5 7
d) construir gráfico;
e) registrar valores;
TOTAL 94 100
80 (75) 80
•
70 (68) 70
•
(60)
60 • 60
(52)
50 • 50
40 40
37
30 30
20 19 20
15
10 10
8 8
7
PROBLEMAS
F B G A E
OS
TR
OU
1
Comparação das práticas/processos com organizações consideradas de sucesso.
2
Técnica utilizada para identificar a raiz do problema. Pergunta-se cinco vezes por que tal fato está ocorrendo; sempre aguardando a resposta antes de
formular outro porquê.
3
Utilizada para reduzir um grande número de causas ou soluções; é feita uma priorização individual, depois em grupo.
4
Votação dada pelos integrantes do grupo para priorizar as causas.
5
Combinação aleatória de palavras em colunas, formando frases, algumas ficarão sem sentido, outras poderão ser a solução dos problemas.
6
Buscar diferentes ideias e em grande número, utilizando o conhecimento e experiência das pessoas.
Normalizar
Orientar a implantação
CONSOLIDAR O PLANEJADO Complementar, de for- 5W2H
DA IMPLANTAÇÃO ma participativa, as in- Cronograma
13 Complementar os dados necessários formações dos passos
8 a 12. Indicadores
para o planejamento: quem, quando,
quanto, recurso
DISSEMINAR INFORMAÇÕES Informar a todos os en- Reuniões
Informar os novos procedimentos, volvidos o que mudou, Testes (corrida piloto)
14
metas e papel de cada um o que fazer, onde che-
gar e como chegar.
7
É utilizada na avaliação do impacto das soluções e se relaciona com as causas; avalia o somatório da ponderação e ordena as soluções encontradas para os
problemas. Define grau de prioridade.
8
Para cada assunto que foi priorizado, é definido um peso para B – benefícios para a empresa; A – abrangência; S – satisfação cliente interno; i – investimentos
necessários; C – cliente externo satisfeito; O – operacionalidade simples.
Texto complementar
maior flexibilidade; e
Os fluxogramas procuram mostrar o modelo pelo qual as coisas são feitas, e não
o modo pelo qual o chefe diz aos funcionários que as façam; não a maneira segundo
a qual o chefe pensa que são feitas, mas a forma pela qual o manual de normas e
procedimentos manda que elas sejam feitas. Elas são, portanto, uma fotografia exata
de uma situação real em foco.
[...]
Vantagens do fluxograma
O fluxograma apresenta uma série de vantagens, que podem ser resumidas
em:
Salienta-se que os dois últimos itens podem ser considerados como opcionais,
embora sua representação possa proporcionar uma informação importante ao ana-
lista de sistemas, organização e métodos, bem como aos usuários do método admi-
nistrativo considerado.
b) Por que essa fase é necessária? Tem ela alguma influência no resultado
final da rotina analisada? Há, realmente, uma necessidade absoluta dessa
fase?
c) Onde essa fase deve ser feita? Será que a mudança do local em que essa
fase está sendo realizada não permitirá maior simplificação da rotina? Tal
mudança de local é viável?
d) Quando essa fase deve ser feita? A sequência está corretamente fixada?
e) Quem deve executar a fase? Há alguém mais bem qualificado para execu-
tá-la? Seria mais lógico ou conveniente que outra pessoa realizasse essa
fase?
Fica evidente que as perguntas apresentadas são necessárias, mas não suficien-
tes. O analista de sistemas, organização e métodos deve ter o discernimento para
identificar quais outras perguntas devem ser efetuadas para o adequado desenvol-
vimento dos trabalhos.
3. Associe as colunas.
1. PDCA
2. Estrela Decisória
3. Fluxograma
4. 5W2H
5. GUT
6. Diagrama de Ishikawa
7. Pareto
Referências
CURY, Antonio. Organização e Métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abor-
Gabarito
2. O PDCA pode ser definido como: P = PLAN : planejar, definir quantidade, prazo
e método para que a meta seja alcançada; D = DO : executar, treinar e educar as
3. Associe as colunas.
Aspectos sobre a cultura também podem ser abordados em níveis, como apre-
senta Schein (apud CHIAVENATO, 1999). O autor cita os artefatos, os valores comparti-
lhados e as pressuposições básicas. A figura 1 ilustra esses níveis.
PRIMEIRO NÍVEL DA
CULTURA
VALORES
COMPARTILHADOS
SEGUNDO NÍVEL DA
CULTURA
PRESSUPOSIÇÕES
BÁSICAS
TERCEIRO NÍVEL DA
CULTURA
a) nível dos artefatos: esse primeiro nível da cultura, chamado de nível dos
artefatos visíveis, são os mais fáceis de obter, perceber. É o que cada indi-
víduo ouve, vê, sente. É o ambiente construído pelas organizações; pelos
padrões de comportamento dos indivíduos. São padrões percebidos pela
b) nível dos valores compartilhados: esse é o nível dos valores que gover-
nam o comportamento das pessoas, são os valores relevantes; definem por
que as pessoas fazem; expressam o que a razão de ser do comportamento
das pessoas;
Normas
Para Cury (2000, p. 278), normas “são padrões de conduta nos quais os membros
Implementação e avaliação da gestão por processos
Valores
Normas e valores estão inter-relacionados, interdependentes. Cury (2000, p. 279)
conceitua valores como “o conjunto daquilo que a força de trabalho julga positivo ou
negativo numa organização.” É em razão dos valores que as normas podem sofrer jul-
gamento: se são boas ou ruins. Os valores são oriundos da sociedade na qual a organi-
zação está inserida.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
214 mais informações www.iesde.com.br
Recompensas
É importante que a organização possua um sistema de recompensas, pois, segun-
do Cury (2000, p. 279), as ciências do comportamento dizem que “as pessoas se com-
portam como uma função daquilo que recebem de recompensa ou reforço.” O sistema
de recompensas da organização deve privilegiar os mais competentes, sem esquecer
os menos dedicados, que também necessitam de estímulos, de motivação.
Poder
Cury (2000, p. 280) cita que pressupostos, relacionados à cultura, devem ser
entendidos:
a) Quem tem poder na organização?
Implementação da reengenharia:
cuidados necessários
Implementação e avaliação da gestão por processos
De acordo com Oliveira (2007), as organizações devem considerar algumas pre-
cauções na reengenharia, ou melhoria de processos. Os fatores contra os quais as or-
ganizações devem se precaver estão elencados no quadro 1.
Quadro 1 – Precauções na implementação da gestão de processos
(OLIVEIRA, 2007. Adaptado.)
PRECAUÇÕES CARACTERÍSTICAS
Ter visão de conjunto do proces- Para que a gestão de processos tenha um enfoque global, é neces-
so de mudanças. sário que as mudanças sejam amplas.
Ter foco em prioridades estabe- Muitos problemas são oriundos da falta de priorização das oportu-
lecidas. nidades ou por priorizar tudo.
Ter foco nos processos e não nas São os processos que são constituídos de atividades, enfocados na
funções administrativas. satisfação das necessidades dos clientes internos e externos.
Ter interação entre os processos Os processos devem ser aplicados com base na estratégia definida
e as estratégias. pela organização.
As políticas não devem ser apenas frases bonitas, precisam ser ope-
Ter políticas adequadas.
racionalizadas.
Não ter timidez na aplicação dos Devem ser promovidas mudanças efetivas em toda a organização e
processos. não apenas automatizar um processo.
Não gastar muito tempo e ener- A discussão deve ser para definir o melhor processo para atingir
gia em levantamentos e análises os resultados esperados, enfocando em atividades que agreguem
das operações vigentes. valor aos produtos e serviços oferecidos pela organização.
Não vá na onda do fracasso in- estão fazendo. A consolidação do sucesso da organização ocorre
telectual. com a identificação dos problemas e formas eficazes de eliminá-los,
não apenas entusiasmo.
Ter padrinhos das competências A organização deve ter um padrinho ou patrono para cada compe-
da organização. tência identificada.
Ter profissionais com dedicação Os processos necessitam de pessoas com conhecimento das várias
adequada à administração de atividades da organização. O ideal é formar equipes multidiscipli-
processos. nares.
Ter foco de atuação no processo Foco nos processos, novos desenhos organizacionais, modernas
de geração de valores agrega- medidas de desempenho. Os processos devem servir e satisfazer
dos e não nas unidades organi- os clientes internos, mas a razão da existência e sobrevivência das
zacionais. organizações é o cliente externo.
Ter efetivo e ágil processo de co- As informações devem perpassar todos os níveis hierárquicos. A in-
municação e disseminação das formação cria responsabilidade, entendimento e compreensão da
ideias, propostas e decisões. realidade.
No ciclo PDCA1, seria a última etapa, o A de Act, ou seja, agir, tomar as medidas
necessárias para eventuais desvios constatados. Após essa etapa, roda-se o PDCA
novamente.
1
O ciclo PDCA é uma ferramenta da qualidade que facilita a tomada de decisões, visando garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência dos estabe-
lecimentos. A sigla é formada pelas iniciais: P, de Plan – Planejar; D, de Do – Fazer, executar; C, de Check – Checar; A, de Act – Agir . O PDCA é um ciclo e, portanto,
deve “rodar” continuamente. Para que “rode” de maneira eficaz, todas as fases devem acontecer. A supressão de uma fase causa prejuízos ao processo como um
todo. Disponível em: <www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf>.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
217
mais informações www.iesde.com.br
Morgan (1996) cita que as mudanças, para serem duradouras, devem ser oriundas
da mudança de valores. Senge (2003) diz que as mudanças devem decorrer de processos
de aprendizagem, que novas habilidades devem ser desenvolvidas a partir da consciên-
cia de novos valores, a partir da qual são formadas novas atitudes e novas crenças.
Texto complementar
A atuação da área de Recursos Humanos deve entrar nessa discussão por caber
a ela o papel de ir além da habilidade técnica e política, afinal, ela exige dos profissio-
nais que nela militam uma profunda capacidade e competência para visualizar os dois
lados da empresa: os objetivos da empresa e os interesses de seus funcionários.
Uma vez estabelecida esta “sintonia” de valores e objetivos entre todos para
com a Empresa, o enfrentamento da concorrência e variações do Mercado serão
trabalhados e absorvidos de forma mais tranquila. [...]
bem comum.
Atividades
a) Normas
b) Valores
c) Recompensas
d) Poder
CURY, Antonio. Organização e Métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
HERZOG, J. P. People: the critical factor in managing change. Journal of Systems Ma-
nagement. v. 42, n. 3, p. 6-11. Cleveland, 1991.
LOPES, Juliano de Jesus. Reflexões para o estudo de uma nova cultura organizacio-
nal. 2007. Disponível em: <www.faesp.br/rafi/ed2/artigos_juliano.aspx>. Acesso em: 8
dez. 2010.
3.
Oliveira (2007), cita características básicas para esse profissional, que se encon-
tram elencadas no quadro 1.
Quadro 1 – Características do gestor de processos
Ter em mente que os resultados é que são Saber liderar a equipe para consolidar e alavancar resul-
importantes. tados.
Os autores citam que, por vezes, os processos falham por problemas ligados à
liderança, à estatística e à comunicação. Uma vez que:
Cabe aos líderes não permitirem que as organizações caiam na imobilidade, eles
possuem a responsabilidade de avaliar os processos internos e externos, tanto em sua
performance (atingimento das metas), quanto em benchmarking (comparando com a
concorrência).
Goleman (2004), por meio da pesquisa realizada, conclui que existe um elo de
ligação entre o sucesso de uma empresa e a inteligência emocional de seus líderes. O
autor também aborda a possibilidade de uma pessoa adquirir inteligência emocional.
Segundo ele, estudos científicos sugerem a possibilidade de que haja um componente
genético na inteligência emocional, mas pesquisas psicológicas e o acompanhamento
da evolução do comportamento dos líderes indicam que a vivência também desempe-
nha papel de grande importância.
Paixão pelo trabalho por razões além do Forte impulso realizador; otimis-
Motivação dinheiro ou prestígio; propensão a perse- mo, mesmo diante do fracasso;
guir metas com energia e persistência. compromisso com a empresa.
Inteligência e competência técnica certamente são necessárias, mas não é mais sufi-
ciente. O líder precisa de inteligência emocional. Precisa se autogerenciar, ou seja, manter o
controle dos seus ímpetos, pensando antes de agir, o que só será possível se ele se conhe-
cer e perceber o impacto que suas reações causam naqueles que o cercam. Esse líder pre-
cisa gostar do que faz, precisa também desenvolver habilidades para lidar com as emoções
dos seus subordinados, por meio da chamada empatia, e ainda ser competente para se
relacionar com as pessoas, com vistas a conduzir essas pessoas no caminho desejado.
d) colaboratividade;
e) abertura a compartilhamento de informações;
f ) predisposição aos feedbacks, mudanças, diferentes pessoas e culturas;
g) comprometimento com a organização;
h) competência no uso de Tecnologia da Informação (TI).
a) comunicação eficaz;
b) orientação da equipe;
c) senso de equipe.
Comunicação eficaz
A comunicação e a interação entre os membros da equipe de trabalho deve ocor-
rer sempre que necessário e sempre que for possível viabilizar, pois, por vezes, segun-
do De Sordi (2008), os membros da equipe podem estar dispersos geograficamente. O
uso das tecnologias de informação e comunicação são de suma importância, principal-
mente, nessas situações, em que nem sempre é possível realizar encontros presenciais
entre os envolvidos.
Orientação da equipe
A equipe deve receber orientação das diretrizes pelo gestor do processo. A equipe
deve ter conhecimento dos objetivos a serem alcançados, dos valores e das atitudes;
Senso de equipe
Os membros da equipe devem ter os objetivos do processo como integrantes dos
seus objetivos profissionais. De Sordi (2008, p. 85) cita que “o uso de ferramentas como
a BPMS auxilia na criação da identidade do grupo.” O autor complementa dizendo que
essas tecnologias auxiliam, pois
a) facilitam a visualização, a comunicação e o entendimento do processo de negócio como um todo,
utilizando gráficos e diagramas interativos que acionam os sistemas de informação utilizados
no apoio à operação do processo, e permitindo que os profissionais compreendam como seu
trabalho agrega ao todo do trabalho, seja nas atividades precedentes, seja nas posteriores à sua;
Marketing
e desenv.
Pesquisa
Logística
Produção
Compras
Finanças
Processos de negócios
Figura 2 – Participação das áreas funcionais nos processos – Exemplo: empresa manufatureira.
De acordo com Oliveira (2007, p. 167), “[...] não é possível mudar a natureza do
trabalho sem alterar o trabalho administrativo.” O autor complementa dizendo que a
gestão de processos “é um ato de inteligência, pois corresponde a fazer muito mais, em
termos de resultados, com muito menos, em termos de recursos.”
Embora grande parte dos executivos tenha clara noção da importância dos
processos sob sua responsabilidade, poucos são os que conseguem administrá-los
plenamente. E é certo que muitas lideranças atribuíram à “Gestão Por Processos” uma
complexidade absolutamente inexistente. Vale lembrar que, quando algo começa a
complicar, é sinal de caminho errado: simplifiquemos.
O modelo de gestão nas empresas evolui segundo a maturidade da própria or-
ganização. Normalmente, no início de suas atividades, os administradores possuem
equipes e processos que coexistem de forma mais ou menos harmonizada. Há sim
sobreposição e até mesmo redundância em diversas atividades. Porém, se o negócio
anda, ninguém se incomoda com isso...
Quando o negócio se expande e a liderança não tem visão sistêmica, a admi-
nistração departamentalizada gera isolamento das diversas áreas da empresa, po-
dendo comprometer de forma perigosa não só a coesão de grupo, mas, sobretudo,
os resultados finais.
A “Gestão por Processos” tem como um de seus fundamentos principais a admi-
nistração multifuncional e sistêmica, buscando resultados predefinidos. Mas, para se
chegar a este ponto, é preciso considerar algumas etapas anteriores:
dor traz ao seu grupo de trabalho, à área onde atua e à empresa. Ao ampliar
a visão de cada membro sobre o todo e ajudá-lo a perceber mais claramente
seu papel no conjunto, ele passa a tornar-se mais responsável pela própria
produção, contribuindo para maior eficiência e melhores resultados.
a) Para que o gestor seja capaz de oferecer a melhor solução total para o clien-
te, ele deve conhecer, além das expectativas, as ________________________
dos clientes. Deve saber utilizar a ________________________ , não abrindo
O papel das pessoas na gestão de processos
V T Q L O A C S W I Ô Ò Ú K R S J F X V Â Í R É Í
Í N N X X Â Ç K X Ç N Õ I G M E U B Ç D Ü C A É E
G K Z Ç V Ç Ã N Ó N Â F Z É E D Q B A Z V D H B I
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R Z A U C Ü F Â Ê É T É S P Ü G D U Õ G À J P W J
GOLEMAN, Daniel. What makes a leader? Harvard Business Review, january, 2004.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de cada Dia:
modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
Gabarito
3.
a) NECESSIDADES – CRIATIVIDADE
b) CULTURA – CLIENTES – DISTRIBUIDORES
c) MELHORIAS – MUDANÇAS – AUTOGERIDOS
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