ADMINISTRAÇÃO GERAL

Introdução ao Pensamento Administrativos II

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INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO II

INTRODUÇÃO À TGA – TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO (ADMINIS-

TRAÇÃO GERAL)

Grécia – Platão
Para produzir é preciso que as pessoas se especializem: uns serão agricul-
tores, outros construtores, tecelões, sapateiros e assim por diante. Uma classe
de guardiões especializados e bem remunerados será constituída para proteger
a cidade.

Direto do concurso
1. (2015/IBFC/DOCAS – PB/IBFC/ADMINISTRADOR)
Assinale a alternativa correta.
A Administração recebeu influências que moldaram seu futuro caráter cien-
tífico, e grandes filósofos da Idade Antiga deixaram em seus escritos contri-
buições para a Administração Moderna. Essas contribuições, para o primeiro
filósofo, eram consideradas básicas para a moralidade e política e também
estimulava a discussão entre as perguntas lançadas obtendo assim novas
respostas para época. O outro filósofo considerava a crenças em ideias abs-
tratas, como bondade, beleza, justiça e a existência de dois mundos. E o
terceiro filósofo sistematizou a lógica com base nas investigações realizadas
com a realidade. Esses filósofos eram:
a. Sócrates, Platão e Aristóteles.
b. Cícero, Marco Aurélio e Aristóteles.
c. Lucrecio, Platão e Plotino.
d. Sócrates, Cícero e Aristóteles.
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Índia
Kautilya (Chanakya) viveu na Índia entre 370 a 283 a.C. Origem nobre, foi
professor, filósofo e conselheiro real do Império Maurya, que foi criado no norte
da Índia após a invasão de Alexandre, o Grande. Kautilya é venerado até hoje
como grande pensador e seus escritos ainda são recomendados.
Seu texto de administração, Arthashastra, é um tratado formado por 15 livros
divididos em 150 capítulos com os seguintes temas: deveres, papéis e responsa-
bilidades do rei e seus administradores, estratégia militar, cobrança de impostos,
administração do tesouro, recrutamento e pagamento de funcionários públicos,
dentre outros.
Parte de sua obra começa assim:
Se o rei é energético, seus súditos serão igualmente energéticos. Se é impru
dente, eles serão não apenas igualmente imprudentes, mas consumirão seus
bens. Além disso, o rei imprudente facilmente cairá nas mãos de seus inimigos.
Assim, o rei deve sempre estar alerta.
Em seguida:
Na corte, o rei nunca deve fazer os peticionários esperar na porta. Quando
o rei se torna inacessível a seu povo ou confia seu trabalho a seus imediatos,
é certo que causará confusão nos assuntos e descontentamento público, tor-
nando-se presa de seus inimigos.

Roma
O Império Romano cobre o período entre os séculos VIII a.C e IV A.D., que
arca seu fim no Ocidente. Somando a esse período o Império no Oriente, até a
queda de Constantinopla, em 1453, são mais de 2.200 anos de história. Nesse
período os romanos conheceram três sistemas de governo: monarquia (realeza),
república e império (-753 a 476).
Os romanos eram grandes engenheiros, gerentes de projetos e militares,
legisladores e administradores.
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Período Medieval
À medida que o Império Romano desaparecia, outra organização de grande
porte começava a escrever sua história, a Igreja Católica. Ela herdou muitas tra-
dições administrativas dos romanos, a exemplo da administração do território.
Sua estrutura geográfica acrescentou uma poderosa administração central com
diversas assessorias criadas ao longo dos séculos.
Essa estrutura preservou e fortaleceu tradições administrativas desenvolvi-
das pelos romanos como: hierarquia, descentralização de atividades, centrali-
zação de comando. Essa estrutura possibilitou à Igreja espalhar-se pelo mundo
sem concorrência até o período da Reforma Protestante.

Período Medieval – Regra de São Bento

A regra escrita a partir de 534 e adotada em 817 como norma de vida a todos
os mosteiros da Europa. Chega ao terceiro milênio como norma atual que rege a
vida dos monges e traz para a administração a definição do papel do abade, do
prior e do celeiro do mosteiro, dentre outros pontos:
• Abade: figura paterna do mosteiros;
• Prius: primeiro. Depois do Abade ele é o primeiro dentre os iguais, auxiliar
administrativo do abade. Pode haver a figura do prior administrador;
• Celeiro: administrador econômico do mosteiro.
–– Essa regra é aplicada ainda hoje nos mosteiros.

Período Medieval – Sistema Feudal

Principal lição administrativa é a importância do interesse comum. A autossu-
ficiência e a proteção contra as dificuldades da época fortaleceram um sistema
em que as pessoas se agregava ao redor dos senhores feudais.

Período Medieval – Organização do Trabalho

A organização do trabalho na Europa medieval demonstra associações entre
artesãos ou empresários do mesmo ramo de negócios, chamadas guildas, para
o controle da produção e distribuição de bens.
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Uma guilda regulamentava o trabalho entre seus associados, protegendo-os

da concorrência por meio de práticas justas de negócios entre eles. As guildas
também realizavam o treinamento de aprendizes e limitavam o número de arte-
sãos que produziam para os mercados locais.
–– Essas guildas podem ser associadas às unidades de assessoria às par-
cerias que surgem na empresa.

Do Renascimento à Revolução Industrial

Grandes transformações ocorreram na administração no período da Idade
Média para o Renascimento, assim como depois da queda do Império Romano.
As ideias e valores clássicos foram retomados, as profissões do que chama-
mos hoje de economia criativa se expandiram e a gestão de projetos encontrou
campo fértil da construção de monumentos. Como sempre, o período de confli-
tos acelerou o desenvolvimento da tecnologia para a guerra, de armas a embar-
cações e fortificações. Há consenso na ideia de que o berço do Renascimento
é na Itália, e nela, especificamente na cidade de Florença. (Séculos XIV a XVII)
Barões feudais perdem o poder nos séculos anteriores dando lugar aos países
e cidades-estados. A contingência urbana aumenta e com isso eleva a complexi-
dade dos problemas, estimulado o aprimoramento das estruturas.

–– Homem do renascimento
O conceito do Homem do Renascimento surge para representar a possi-
bilidade de pessoas desenvolverem com profundidade todos seus interesses
e potenciais, artísticos e técnicos, sem se restringir a uma só especialização.
Grande símbolo é Leonardo da Vinci – pintor, escultor, arquiteto e construtor.

–– Capitalismo mercantil
Expandiu a partir do século XV e trouxe profunda mudança nas práticas da
administração de negócios. A burguesia do período medieval se transformou em
poderosas famílias de comerciantes e banqueiros. As empresas dessas famílias,
consorciadas em sociedades anônimas, ocuparam expressivo espaço no cená-
rio das atividades econômicas.
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Surgiram, ainda, os intermediários e agenciadores de matérias-primas e mão

de obra. Os negócios se transformaram em redes, que fazia comércio de bens
em larga escala, através de fronteiras e oceanos.
O processo decisório passou dos trabalhadores para os empreendedores,
modificando a prática da administração participativa do período medieval.
–– Conceito de governança.

A acumulação de capital e a demonstração de riqueza passaram a desem-

penhar papel importante nas motivações dos proprietários das organizações de
negócios.
–– Veneza:
As práticas adotadas pelos comerciantes de Veneza incluem:
• Sociedades de famílias para construir empresas, por meio de contratos de
duração limitadas;
• Entrega de mercadorias em consignação para distribuidores, que recebiam
pagamentos de comissões sobre vendas;
• Uso de livros de contabilidade e do sistema das partidas dobradas.

Além de centro comercial era também uma cidade de guerreiros. Em 1943 foi
criado o Arsenal de Veneza. No século seguinte o Arsenal era a maior fábrica do
mundo, com força de trabalho entre 1.000 a 2.000 operários. Em 1570 foi capaz
de construir e preparar para combate 100 navios em dois meses, métodos simi-
lares à produção e administração de uma fábrica de automóveis.

–– Contabilidade:
A complexidade e volume das operações comerciais e industriais tornaram
necessário o controle e documentação das transações. No século XV o Arsenal
estava empregando contadores para a finalidade.
Em 1494, o frade franciscano Luca Pacioli divulgou o sistema das partidas
dobradas utilizado em Veneza, desenvolvido pelos banqueiros de Gênova e Flo-
rença no século anterior, esse sistema tinha a lógica intrínseca que o tornaria o
padrão universal da contabilidade.
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–– Partidas dobradas: para cada débito, existe um crédito. Esse sistema é

adotado até hoje como base para a contabilidade.

–– Maquiavel:
Das ideias renascentistas a respeito da Administração, as de Maquiavel con-
tam-se entre as mais influentes. Sua obra conhecia, O Príncipe, na qual faz
recomendações sobre como um governante deve se comportar, torna-se leitura
indispensável para todos os tipos de dirigentes.
• Se tiver que fazer o mal, o príncipe deve fazê-lo de uma só vez. O bem,
deve fazê-lo aos poucos;
• O príncipe terá uma só palavra. No entanto, deverá mudá-la sempre que
for necessário;
• O príncipe deve preferir ser temido a amado (contrário do que dizia São
Bento).

–– Reforma:
A Reforma Protestante, no século XVI, modificou valores que influenciavam
a cultura empresarial e criou novos paradigmas para a administração das orga-
nizações.
Enfatizou o espírito individualista e empreendedor e a responsabilidade indivi-
dual em substituição à submissão religiosa valorizada pela Igreja Católica. João
Calvino enfatizou que o homem não tinha controle sobre o que passasse além
da vida. Calvino e Martinho Lutero enfatizaram o trabalho duro como forma de
melhorar a situação pessoal e beneficiar a comunidade.

Revolução Industrial
A maior parte do tempo que antecedeu a Revolução Industrial, a história
da administração foi essencialmente história de países, cidades, governantes,
exércitos e organizações religiosas. Com a Revolução Industrial na Inglaterra do
século XVIII, o desenvolvimento das ideias e práticas da administração passou a
ser influenciado pela nova personagem social: a empresa industrial.
A administração moderna começava a crescer.
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–– Máquina a vapor:
A Revolução Industrial, cujas características tornaram-se mais evidentes a
partir de 1750, teve como principal precursor a utilização da máquina a vapor em
diferentes tipos de atividades, dentre elas as operações industriais. A máquina
a vapor não era uma ideia nova, James Watt a aprimorou com as contribuições
anteriores.
A primeira máquina foi vendida para uso em metalurgia em 1776, 11 anos
após a evolução do protótipo. Sem saber precificá-la, Watt propôs que a máquina
fosse avaliada em termos do número equivalente de cavalos para fazer o mesmo
trabalho. Até 1782 as máquinas de Watt foram usadas apenas para bombear
água nas minas de carvão e ar nas fornalhas para derreter metais, gradativa-
mente as máquinas foram usadas em navios, trens e fábricas.

–– Sistema de fabricação para fora (putting-out system):

Antes das máquinas a vapor as fábricas vinham evoluindo na Inglaterra. Sua
principal atividade era a produção de têxteis e o sistema para fora foi o precursor
das fábricas.
Nesse sistema os capitalistas entregavam matérias-primas e máquinas de
produção de têxteis para as famílias, que recebiam pagamento por peça. Esse
modelo sobreviveu à Revolução Industrial e hoje é usado pelas grandes vare-
jistas, que terceirizam sua produção de roupas para intermediários, que por sua
vez as “quarteirizam” para pequenas oficinas.

–– Sistema Fabril:
Alguns comerciantes começaram a reunir trabalhadores em galpões para
poder exercer maior controle sobre o desempenho. A concentração de traba-
lhadores usando máquinas aumentou grandemente a produtividade. Ao mesmo
tempo eleva a complexidade dos problemas.
A Igreja administrava com base em dogmas e na devoção dos fiéis, os mili-
tares usavam a hierarquia e a disciplina para controlar grandes contingentes
de pessoas, as burocracias governamentais funcionavam com base em regras,
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sem se preocupar com a obtenção do lucro e com a concorrência e com a Revo-

lução as empresas passaram a operar em um ambiente de concorrência, que
exigia crescimento com eficiência.

As organizações e a administração
Num mundo mais globalizado o sucesso, ou insucesso, de uma organiza-
ção depende de sua administração. Organizações são grupos estruturados de
pessoas que se juntam para alcançar objetivos comuns. Surgem em resposta
à necessidade dos indivíduos alcançarem metas ambiciosas. A Administração,
definida por Mary Parket Follet, é a arte de produzir bens ou serviços por inter-
médio de pessoas. Os objetivos da organização devem ser alcançados por meio
de outros que executam tarefas específicas.

Direto do concurso
2. (2016/FUNRIO/IF-PA/FUNRIO/2016/ADMINISTRADOR) Associe as duas
colunas conforme as seis fases da história das empresas apresentadas por
CHIAVENATO ( 2000:6): Indique a alternativa correta.
a. 1, 2, 3, 4, 5, 6.
b. 1, 3, 2, 4, 5, 6.
c. 1, 2, 4, 3, 5, 6.
d. 2, 1, 5, 6, 4, 3.
e. 4, 1, 5, 6, 2, 3.

Obs.: essa questão foi anulada pela banca.

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A teoria geral da administração estudada atualmente é dividida em três esco-

las: clássica, neoclássica e contemporânea.

As escolas se organizam em aspecto estrutural, ambiente, aspecto interno e

relacional.

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REFERÊNCIAS
Administração Básica, 6ª ed. – ADELPHINO TEIXEIRA DA SILVA;
Administração: teoria e prática no contexto brasileiro, 2ª ed. – FILIPE SOBRAL,
ALKETA PECI;
Teoria Gerald a Administração, da revolução urbana à revolução digital, 8ª ed.
– ANTONIO CESAR AMARU MAXIMINIAMO;
Teoria Geral da Administração, 3ª ed. – FERNANDO C. PRESTES MOTTA,
ISABELA F. GOUVEA DE VASCONCELOS;
Administração Geral e Pública, 2ª ed. – IDALBERTO CHIAVENATO;
Administração, 3ª ed. – PATRICK J. MONTANA, BRUCE H. CHARNOV;
Administração – IDALBERTO CHIAVENATO.

GABARITO

1. a
2. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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