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ENSINO DE LIBRAS PARA ALUNOS OUVINTES NO ENSINO FUNDAMENTAL

ATRAVÉS DA MÚSICA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA.

2019
RESUMO – A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, juntamente com o Português é
reconhecida como língua oficial no Brasil, sendo amplamente utilizada pelos
indivíduos surdos, bem como ouvintes no processo de comunicação. No tocante à
inclusão, diuturnamente os surdos frequentam escolas regulares, mas são
dependentes de intérpretes que mediam o conhecimento transmitido pelo professor
regente. Contudo, o que se percebe é que há uma falta generalizada de
profissionais especializados para suprir tal demanda, bem como de metodologias
capazes de maximizar a alfabetização dos alunos nos anos iniciais do ensino
fundamental vislumbrando o desenvolvimento da LIBRAS como L2 (segunda língua)
e ampliar desta forma o processo inclusivo, onde a música é vista como uma
metodologia lúdica eficaz empregada no processo de ensino-aprendizagem,
devendo desta forma ser empregada para contribuir no desenvolvimento do
bilinguismo, superando as limitações e incentivando a socialização entre os alunos
ouvintes e surdos.

PALAVRAS-CHAVE: LIBRAS, Música, Bilinguismo, Alfabetizar, ensino-


aprendizagem.

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA:

Diante de uma sociedade que possui diversos ditames legais que vislumbram a
socialização entre seus integrantes de uma forma igualitária em seus direitos e
deveres, qual seria o impacto do ensino da LIBRAS como segunda língua já nos
primeiros anos da alfabetização através da utilização da música como ferramenta
mediadora do conhecimento e desenvolvimento cognitivo da linguagem em prol de
uma sociedade inclusiva?

JUSTIFICATIVA:

Segundo pesquisadores da área linguística, a música é uma importante


ferramenta pedagógica utilizada na aquisição de novos conhecimentos, pois ensinar
a Língua de Sinais Brasileira através da musicalização não teve e nem terá a
premissa de formar indivíduos proficientes em instrumentos musicais ou com
conotação de formar uma sinfônica, tão pouco lançar cantores profissionais ou até
mesmo exímios profissionais da área da linguística, mas se tem por objetivo
trabalhar a música como instrumento lúdico que permeie o aprendizado da língua de
sinais, desenvolvendo potencialidades e afinidades com essa, bem como propiciar
uma interação social entre alunos ouvintes e os que possuem algum nível de
deficiência auditiva e necessitam de intérpretes.
A inclusão da LIBRAS nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como dos
outros níveis do aprendizado deve ser trabalhada veementemente e não apenas
debatida, pois devem as leis não somente versar sobre a temática e sim efetivar o
aprendizado e sua disseminação, construindo uma sociedade que realmente
detenha tal conhecimento pondo em prática a comunicação com aqueles indivíduos
que dependem dos sinais diuturnamente.

OBJETIVO GERAL

Relatar a contribuição da música como fonte ludo-pedagógica no processo de


aprendizagem da LIBRAS nos anos iniciais da educação básica do ensino
fundamental, fomentando o papel inclusivo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Demonstrar que a aquisição do aprendizado inclusivo pode ocorrer desde os


anos iniciais do ensino fundamental;
Enfatizar que a música pode ser um instrumento facilitador do aprendizado de
LIBRAS como L2, para alunos ouvintes;
Verificar a contribuição da música no aprendizado da LIBRAS no processo
inclusivo de alunos surdos na rede pública de ensino.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METODOLÓGICA

Com relação ao ato de ensino-aprendizagem e de todos os mecanismos que


estão inseridos nestes procedimentos, o emprego da música como instrumento
pedagógico e contributivo para o ensino de uma segunda língua, no caso, LIBRAS, é
de relevante importância e de grande apropriação dos conteúdos por parte dos
alunos.
A Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida por sua sigla LIBRAS é tida
como segunda língua oficial brasileira, isto posto e definido pela Lei nº 10.436 de 24
de abril de 2002, “Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e
expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a
ela associados” (BRASIL, Lei 10.436/2002), contudo está em processo de difusão,
assim sendo, versar sobre o contexto histórico dos surdos e de toda a gama de
avanços obtidos por esse grupo de indivíduos é de vital importância para o
desenvolvimento inclusivo que está em voga.

O empenho do Movimento Social Surdo estimulou a organização de


políticas públicas que buscam viabilizar ao surdo brasileiro a livre utilização
da sua língua, inclusive como meio de instrução escolar.
(KENDRICK,CRUZ, 2018, p. 05).

Tal movimento expansionista da língua de sinais almeja ampliar de forma


substancial o número de indivíduos que conheçam e se utilizem da linguagem de
sinais com intuito de se comunicar, independente dos mecanismos utilizados para
sua aquisição. Diante de tal premissa, são utilizadas inúmeras ferramentas ludo-
pedagógicas de transmissão de conteúdos, e a música é uma delas, pois tende a
propagar o conhecimento de uma forma prazerosa, contribuindo significativamente
para o desenvolvimento cognitivo e emocional do ser humano desde os primórdios
das civilizações.

[...] nos tempos atuais, deve ser vista como umas das mais importantes
formas de comunicação [...]. A experiência musical não pode ser ignorada,
mas sim compreendida, analisada e transformada criticamente. (Nogueira,
2003, p.01).

Diante da importância da música para os seres humanos e de toda variedade


de possibilidades e dinâmicas que podem ser trabalhadas é que foi sancionada a Lei
11.769 de 18 de agosto de 2008, a qual imputa a obrigatoriedade da aplicabilidade
do ensino musical em todas as instituições de ensino básico nacional, isto inserido
nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, com vistas a ampliar as inúmeras
capacidades dos alunos, tais como: a expressão cultural, a comunicação, a
historicidade, experiências vivenciadas nas mais diversas abordagens que a música
confere através de suas infindáveis possibilidades.
Atrelada a riqueza cultural, artística e consonante a uma obrigatoriedade
imposta por lei, urge-se pela aplicabilidade na rede educacional básica, e
oportunamente, pode-se trabalhar o desenvolvimento de Libras com esta temática,
vislumbrando a incorporação e propagação desta língua ampliando a diversidade
cultural e inclusiva, onde o Projeto de Lei 562/2019 elenca tal premissa.
Ao se falar em música, refere-se às artes, aos alentos da alma e necessidades
do corpo, doravante fragmentado em três partes: a melodia, a harmonia e o ritmo. A
língua por sua vez, é uma aptidão inerente dos seres humanos, sendo esta um ato
regulatório da psique e dos processos mentais, contribuindo de forma essencial para
o desenvolvimento da socialização e alicerce primordial do conhecimento. De acordo
com os ensinamentos propostos por VYGOSTSKY (2001, p. 70-71), no processo de
interação entre os pais e seus filhos é que estes adquirem e aprimoram a
capacidade linguística, e o “intercâmbio verbal com os adultos torna-se assim um
poderoso fator de desenvolvimento dos conceitos infantis” (VYGOTSKY, 2001, p.70-
71).
Para a criança que é portadora de alguma deficiência auditiva, a inexistência
da possibilidade de ouvir compromete o processo de aquisição e desenvolvimento
da linguagem, bem como o conhecimento como um todo, visto que o relacionamento
com os adultos é de alguma forma limitado.
Segundo PEREIRA e ZANOLI (2007, p. 279), aproximadamente 94% dos
portadores de deficiência auditiva fazem parte de famílias que desconhecem ou não
tem a LIBRAS como linguagem usual, e desta forma a comunicação entre os
integrantes é pouco favorável ao desenvolvimento da língua.
A privação da linguagem falada contribui expressivamente para que os
indivíduos surdos adquiram a linguagem de sinais morosamente, refletindo
consequentemente em inúmeros atrasos e limitação cognitiva. Asseverado por
SLOMSKI (2010, p. 18), os indivíduos surdos apresentam rendimento escolar inferior
se comparado com alunos ouvintes que sejam da mesma idade ou escolaridade.
Díspar deste estudo, QUADROS e CRUZ (2011p. única)
Em meados da década de 1990 foi incluída nas escolas da rede pública a
educação especial contribuindo para a inclusão dos alunos portadores de
necessidades especiais. A Declaração de Salamanca foi um dos inúmeros
dispositivos internacionais que corroboraram para que essa premissa ocupasse
destaque, onde dezenas de governos e entidades internacionais firmaram
compromisso com a educação que deve ser igualitária para todos os indivíduos,
onde se urge por providências que vislumbrem a inclusão em uma educação para
crianças, jovens e adultos que apresentem qualquer tipo de necessidades
educacionais especiais.

Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na formação de


cidadão é necessário que todos tenham a oportunidade de participar
ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores,
dentro e fora da sala de aula. Envolvendo pessoas de fora da sala, no
enriquecimento de ensino e promovendo a interação com os grupos
musicais e artísticos, as localidades, e a escola contribuem também para
que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores, talentosos ou
músicos profissionais. (BRASIL, 1997, p. 06)

Os alunos que apresentam algum tipo de necessidade especial se deparam


com inúmeras dificuldades, até mesmo preconceitos no tocante do atendimento
educacional especializado na rede pública de ensino, onde alunos com surdez
enfrentam grandes provações, pois são sempre criticados por suas peculiaridades
linguísticas e culturais, que usualmente não são julgadas apropriadas ao mesmo
tempo em que desvalorizadas em suas vicissitudes socioculturais e linguísticas.

Não basta o professor ter uma lista de métodos e técnicas a serem


utilizados. O que ele precisa ter é capacidade de dar respostas diferentes
conforme cada situação. Não precisa tanto saber aplicar regras já
estabelecidas, mas construir estratégias, descobrir saídas, inventar
procedimentos. (LIBÂNEO, 2001, p. 51).

Diante deste percalço observado na intolerância preconceituosa, a comunidade


surda vem se mobilizando diuturnamente em busca do reconhecimento de algumas
características próprias dos surdos, como a sua linguagem, cultura e forma de
aprendizado, onde se travam batalhas em prol da legitimidade por estes pleiteada.
Pode-se dizer que no perpassar do tempo, foram atingidos marcos positivos e
avanços significativos através de leis que amparam tais demandas, onde a Lei
10.436 de 24 de abril de 2002 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS como sendo uma língua oficial Brasileira, bem como o Decreto 5.626 de 22
de dezembro de 2055 que elenca a propagação desta língua como sendo um
parâmetro necessário para inclusão destes indivíduos na educação regular pública,
bem como do recente Projeto de Lei nº 562/2019 que visa estabelecer a LIBRAS
como disciplina obrigatória em todos os níveis do aprendizado.
Cumpre salientar que se deve considerar o ritmo de cada aluno, destarte os
indivíduos sociais são únicos nas diversas fases do seu desenvolvimento cognitivo,
apresentando desta forma um ritmo próprio inserindo-se em um nível de
aprendizado, assim sendo, cumpre ser estimulada de uma forma diferenciada para
superar seus obstáculos.
No âmbito escolar e vislumbrando a realidade brasileira de ensino, urge-se
fazer uma consideração perspicaz, pois os professores da rede pública de ensino,
de modo geral, ministram conteúdos diuturnamente para um número elevado de
alunos em uma mesma turma, dificultando conceder atenção de forma eficaz a todos
os alunos na intensidade necessária para o pronto desenvolvimento, indo muito
além quando estes profissionais se deparam com alunos com limitações.
Ao adentrar no mundo da musicalidade, observamos que o seu estudo e
percepção vão muito além de apenas uma sonorização compassada, mas é uma
linguagem universal que abrange inúmeros ritmos e formas, contribuindo
veementemente o bom humor do ser humano, seus pensamentos, até mesmo
galgando motivações antes latentes. “a musicalidade é uma característica da
espécie humana e todos os seres humanos estão aptos a se desenvolverem
musicalmente.” (FIGUEIREDO, SCHMIDT, 2008, p. única)
Com a propositura de que a música é um meio lúdico eficaz de ensino da
linguagem, o professor como mediador do conhecimento pode utilizar este
mecanismo nas rotinas diárias como elemento estimulante de aprendizagem de
LIBRAS.

O efeito do treinamento musical no cérebro é semelhante ao da prática de


um esporte nos músculos. Ao mesmo tempo em que a música possibilita
essa diversidade de estímulos, ela, por seu caráter relaxante, pode
estimular a absorção de informações, isto é, a aprendizagem (NOGUEIRA,
2003, p. única).

Neste processo de ensino-aprendizagem consonante a inserção da música no


aprendizado da língua brasileira de sinais, deve-se conscientizar da realidade
socioeconômica e cultural dos alunos para que o foco das atividades não se
desvincule da realidade cotidiana, onde os procedimentos a serem desenvolvidos
devem focar preferencialmente o crescimento cognitivo do aluno independentemente
da faixa etária em que se encontra, contribuindo veementemente para a construção
de uma expressividade liberta de amarras, procedimentos mecanizados e estáticos,
ou seja, urge-se por um desenvolvimento da criatividade ímpar, de questionamentos
e possibilidades criativas.

A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela
também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar
e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de
criação e recreação. (LOUREIRO,2003, p.24).

A ludicidade com objetos coloridos, brinquedos e a música são ferramentas


importantes que estimulam e desenvolvem eficazmente o processo de ensino-
aprendizagem dos alunos, obviamente que estes apresentam desenvolvimento sem
a utilização destes artifícios, contudo haverá maior aproveitamento se forem
inseridos dentro das possibilidades e realidades do aluno.
Inserida neste contexto, a música contribui significativamente a fala, a
criatividade e no caso da inserção de LIBRAS a parte motora e o raciocínio. Os
alunos com o passar do tempo internalizam os sinais através da música, passando a
cantar utilizando sinais, contribuindo para a socialização com outros alunos que
possuam deficiência auditiva.
De acordo com FIGUEIREDO e SCHMIDT (2008, p. única), não existe nenhum
ser humano que não tenha contato com a música no seu cotidiano, pois esta é uma
realidade em que a humanidade está inserida. Todo ser humano nasce com a
musicalidade em seu interior, independentemente da menor ou maior afinidade com
esta. “a musicalidade é uma característica da espécie humana e todos os seres
humanos estão aptos a se desenvolverem musicalmente”. (FIGUEIREDO;
SCHMIDT, 2008, p. única).
Comprovadamente os alunos através da música apresentam maior
desenvolvimento cognitivo, psicológico, social e motor, onde o ensino de LIBRAS é
inserido.
A prática musical faz com que o cérebro funcione “em rede”: o indivíduo, ao
ler determinado sinal, necessita passar essa informação (visual) ao cérebro;
este, por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário (tato); ao final
disso, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correto (audição).
(NOGUEIRA, 2003, p. única).

O aluno ao se deparar com uma música sinalizada fica atento não somente a
letra e sua melodia, mas também nos movimentos das mãos e expressão facial e
corporal, assim sendo, estimulando o cérebro. Utilizar como ferramenta pedagógica
uma música é muito mais do que somente ouvi-la, é compreender o que se está
falando e gesticulando, é questionar as palavras utilizadas para compô-la, é sorver a
ritmicidade, é explorar a motricidade utilizando os sinais, pois através da elaboração
de paródias, pode-se recriar uma nova versão do que foi apreendido com a letra
original, estimulando ainda mais o senso criativo do aluno.
Cumpre salientar que o ato da utilização da música em sala de aula é propiciar
uma forma simplificada de relaxamento harmônico físico e mental nos alunos,
contribuindo para novas descobertas que fogem da rotina do dia a dia.

Os métodos modernos da pedagogia musical estão absolutamente corretos


ao propor atividades de escuta ativa, não somente para evitar que os
alunos, se não tiverem nada de preciso a fazer, conversem ou se evadam
da aula através de devaneios, mas por que faz parte da natureza da obra
musical despertar uma admiração (SNYDERS, 1997, p. 27).

A música deixa de ser um objeto de prazer e diversão tornando-se desta forma


uma ferramenta capaz de contribuir eficazmente no desenvolvimento dos alunos,
aludindo às diferenças existentes e de como se podem minimizá-las.

Nesse sentido, não é exagero afirmar que os efeitos da música sobre os


sentimentos humanos estão, cada vez mais, migrando da sabedoria popular
para o reconhecimento científico (NOGUEIRA, 2003, p. única).

Consonante ao exposto anteriormente, muitas e significativas mudanças


puderam ser observadas no tocante ao tratamento dos indivíduos com algum tipo de
limitação auditiva no Brasil, para tanto se pode verificar o incremento de legislações
pertinentes ao amparo destes alunos em suas necessidades mais elementares no
processo de ensino-aprendizagem, desde sua inclusão nos inúmeros Planos Político
Pedagógico – PPP até mesmo na oferta de vários serviços especializados.
Muito embora estejam pacificadas as determinações nos vários preceitos
legais, pouco se tem observado no quesito inclusivo destas instituições, onde se
urge pela efetiva aplicabilidade e cumprimento da lei, deixando de ser uma ideologia
e tornando-se uma realidade.
Não se pode apartar de nenhuma maneira a inclusão na política educacional,
destarte é através de sua universalização que se vislumbrará o acesso dos alunos
portadores de necessidades educacionais especiais em escolas que estejam
preparadas para recepcioná-los e conceder um ensino de qualidade, preparando-os
para serem inseridos em uma sociedade competitiva.
Diante do exposto, a Língua Brasileira de Sinais pode e deve ser ensinada
desde a tenra idade, onde a música traz consigo um aparato extremamente lúdico e
perspicaz enquanto ferramenta pedagógica. Nesta ceara, a música contribui para o
ensino de Libras de forma engenhosa e inovadora, prendendo a atenção dos alunos
e desenvolvendo assim sua criatividade, cognição e motricidade.

[...] a escolarização de surdos se realize em escolas regulares monolíngues,


que não apresentam condições sociolinguísticas para a formação de
comunidades de uso da Libras, se efetiva o cerceamento de que as
crianças se tornem membros potenciais de uma comunidade linguística viva
e autônoma. (FERNANDES, MOREIRA, 2014, p. 64).

Em um resgate historiográfico, pode-se observar que a música sempre foi


trabalhada dentro da sala de aula nos mais diversos níveis educacionais e com
inúmeras faixas etárias como recurso pedagógico, tido até então sem a
aplicabilidade de libras, mas que se contempladas conjuntamente repercutirão
positivamente no desenvolvimento de aprendizagem dos alunos.

CRONOGRAMA

1º semestre 2020 2º semestre 2020 1º semestre 2021 2º semestre 2021


Levantamento X X X
bibliográfico
Enquadramento X X X
teórico
Coleta de dados X X
de campo
Análise de dados X X
Construção da X
dissertação
Revisão da X
dissertação
Entrega do texto X
final
Defesa da X
dissertação
REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto 5626/2005. Regulamenta a Língua Brasileira de Sinais.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5626.htm. Acessado em: 11/01/2019.

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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acessado
em: 11/01/2019.

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