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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASQUILHOS

Ano letivo 2019|2020


Ficha de Trabalho de Geografia A – 10º ano
OS PRINCIPAIS PROBLEMAS SOCIODEMOGRÁFICOS
Entre os problemas sociodemográficos que Portugal enfrenta na atualidade, para além do envelhecimento
populacional e da baixa fecundidade, destacam-se o:

 o baixo nível de instrução


 o desemprego/ emprego precário.

Elabora um texto em que destaques, para cada um dos tópicos acima referidos, os aspetos mais relevantes,
nomeadamente:

- caracterização (com base em indicadores);

- contrastes (regionais ou de género);

- consequências.

Portugal tem uma população com níveis de escolaridade relativamente baixos


em relação aos países da UE, situação que pode ser verificada através de
diversos indicadores como, por exemplo, :
- população entre os 25 a 64 anos que concluiu o ensino secundário (Portugal
tem o 2º valor mais baixo, pouco mais de 30%);
- população entre os 18 a 24 anos que abandonou os estudos sem concluir o
secundário (Portugal tem º 2º valor mais elevado, quase 30%);
Apesar dos progressos realizados, em 2011 (último Recenseamento) verificava-
se que:
- cerca de 45% da população portuguesa tinha uma escolaridade inferior ao 2º
ciclo;
- quase 20% da população não tinha sequer o 1º ciclo;
- menos de 30% da população tinha escolaridade superior ao 3º ciclo, dos quais
12% o ensino superior.
Em termos regionais salientam-se alguns contrastes:
- na AML a percentagem de população com pelo menos o ensino secundário
era a mais elevada do país, estando o valor mais reduzido na RA dos Açores;
- em relação à média nacional, apenas na AML os valores no ensino secundário
e no ensino superior eram, em 2011, mais elevados;
- o Algarve tinha um valor superior à média nacional apenas no ensino
secundário, sendo inferior no ensino superior.
A situação de baixa escolaridade da população é responsável por diversos
problemas para o nosso país:
- baixa produtividade das nossas empresas;
- falta de capacidade competitiva em relação a empresas estrangeiras;
- maior dificuldade de reconversão da mão de obra e de inserção dos
trabalhadores no mercado de trabalho;
- maior dificuldade na melhoria da qualificação profissional dos trabalhadores;
- obstáculo ao desenvolvimento económico do país.
Relativamente ao desemprego e ao emprego precário, pode-se realçar alguns
aspetos:
- o desemprego afeta de forma mais significativa os jovens até aos 24 anos e
mais as mulheres do que os homens;
- em relação aos níveis de escolaridade, todos são afetados, contudo a taxa de
desemprego (% de ativos desempregados em relação ao total de população
ativa) é ligeiramente mais baixa entre os desempregados com nível superior;
- alguns aspetos contribuem para valores mais elevados da taxa de
desemprego (crises económicas; baixa qualificação da mão de obra;
concorrência de países de mão de obra barata…);
- o desemprego de longa duração (superior a um ano) é um problema grave
pela desmotivação que provoca nas pessoas, sobretudo quando é
acompanhado de perda ou redução do subsídio de desemprego;
- para além do problema do desemprego, também é de referir a precariedade
está relacionada com a maior facilidade dos despedimentos, com o trabalho
temporário, com o subemprego, com os baixos salários e com o trabalho ilegal.
O desemprego e a precariedade do emprego têm consequências para a
população afetada, nomeadamente:
- instabilidade profissional, com reflexos negativos ao nível pessoal e familiar;
- incerteza relativamente ao futuro;
- adiamento do nascimento dos filhos / redução do IS Fecundidade e
adiamento do casamento;
- aumento do risco de pobreza e dificuldade em fazer face ás despesas
correntes.

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