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MANUAL DO

CRIMINALISTA
DE

SUCESSO

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA APRENDER PARA


INICIAR SUA CARREIRA E SE TORNAR UM
PROFISSIONAL DE SUCESSO.

Mário Elias Soltoski Júnior


CONHEÇA O AUTOR
Advogado Criminalista há 19 anos, marido da
Andréia e pai da Julia, Mario Soltoski é um
entusiasta pelo ensino do direito.
Criador de um método de ensino completamente
diferente de tudo que há no mercado, oferecendo
aos seus alunos o conhecimento prático que
adquiriu ao logo de toda a sua carreira e que faz
com que hoje, seu escritório seja referência no
assunto.
capacita advogados para que atinjam a alta
performance  em suas atuações, para que
obtenham o sucesso profissional.
Seu trabalho é desenvolvido em torno dos
poderosos princípios, estratégias e conceitos que
pode levar você se DESTACAR no mercado e
conquistar abundância, equilíbrio e prosperidade
na sua carreira de Advogado Criminalista.

Mário Elias Soltoski Júnior


SOBRE O E-BOOK

No presente livro,

VOCÊ ENCONTRARÁ
UM CONTEÚDO QUE
LHE GUIARÁ NESTE
INÍCIO DE JORNADA –
UMA VERDADEIRA
BÚSSOLA DO
SUCESSO.

São dicas importantes para que você, que


está iniciando a carreira de advogado(a), não
padeça das mesmas dores que a maioria dos
profissionais sofre no início da carreira.

Tal experiência nos demonstrou que no início


é de absoluta importância que o profissional
realize um eficiente plano de carreira, tenha
uma excelente relação com seus clientes e
conheça profundamente as prerrogativas
mais relevantes da advocacia criminal.

Ao final, apresentamos um checklist para ser


verificada no início de carreira, assim como
um questionário para autoavaliação que o
advogado deve realizar periodicamente para
direcionar seus resultados.
O conteúdo que trazemos neste livro,
evidentemente, poderá ser aplicado por
advogados iniciantes de qualquer área do
direito, contudo, ao serem formuladas,
sempre se fez tendo como foco o criminalista

Buscamos, assim, facilitar a vida de você


advogado iniciante, mostrando o caminho
para que você não sinta as mesmas
dificuldades pela qual passamos e possa
obter, num curto espaço de tempo, a alta
performance na advocacia criminal e, por
consequência,

UMA CARREIRA
DE SUCESSO!

Vamos começar?

Então vire a página,

e devore toda a informação que puder!

Mario
Soltoski
INTRODUÇÃO
Você recebe a imposição de grau, participa do
baile de formatura, acorda muito tarde no
domingo e depois comemora mais um pouco.
Chega a segunda-feira, você abre os olhos e
ainda na cama se pergunta:

E AGORA?

Esse é o momento de definir! Vários


caminhos estão abertos e é o momento de
decidir por qual você seguirá.
Você pode optar por estudar para concursos
públicos, pode optar por seguir carreira
acadêmica - e assim trabalhar com pesquisa,
extensão ou educação - e, por fim, pode optar
por advogar, seja em escritório já
estabelecido ou, ainda,  em escritório próprio,
com ou sem sócios.
SE OPTAR POR ADVOGAR EM
ESCRITÓRIO PRÓPRIO, COM OU
SEM SÓCIOS, VOCÊ
NECESSITARÁ TOMAR
ALGUMAS MEDIDAS.

1. Aadvocacia,
primeira medida é entender que a
além de um sacerdócio, também é
um negócio, ou seja, apesar de a advocacia
ter uma função social importante, os
escritórios existem com a finalidade
principal de obter lucro.
ADVOGADOS VENDEM SEU
TEMPO E SEU CONHECIMENTO!

2.Entendido que um escritório depende de


lucro, você deve “ir à batalha”, sabendo que
a sua profissão exigirá muita

ORGANIZAÇÃO,
DISCIPLINA E ESTUDO
CONTÍNUO!

3. Para
deve
alcançar os objetivos traçados, você
desenvolver uma estratégia, deve
conhecer muito bem suas prerrogativas e,
também, deve saber se relacionar com
pessoas.
PARTE 1

A CARREIRA DO
ADVOGADO
CRIMINALISTA
A carreira de advogado, assim como qualquer
outra carreira profissional, deve ser pensada
e planificada a longo prazo, direcionando-a
para a
ASCENSÃO PROFISSIONAL E O
ALCANCE DE OBJETIVOS.
As carreiras na advocacia, salvo raras
exceções, não são “meteóricas”, mas são
baseadas em fundamentos que demandam
muito tempo para serem assentados.
Assim, deve o advogado, especialmente o
criminalista, planejar sua carreira com
bastante cuidado, estabelecendo metas e
objetivos para o futuro,
visando alcançar
REALIZAÇÃO
PROFISSIONAL
E FINANCEIRA.
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Nesse planejamento, você deve, também,


levar em conta as limitações do ambiente que
desenvolve suas atividades, ou seja, você não
pode planificar algo que sua região não
comporta, como por exemplo, planificar
atuação com direito penal aduaneiro quanto
exerce suas funções no interior do Brasil ou,
ainda, se especializar em delitos contra a
administração pública quando seu escritório
fica situado em pequena cidade, longe dos
grandes centros.
Confira abaixo, uma lista dos mais
importantes itens relacionados à
planificação de carreira de um advogado
criminalista, sendo que a observação de cada
uma delas certamente gerará reflexos muito
positivos nos seus resultados.

1. APERFEIÇOAMENTO
CONTÍNUO
Em qualquer profissão o aprimoramento é
importante, mas no Direito Criminal essa
importância é multiplicada, eis que é uma
área em constante modificação. A cada dia
novas leis são editadas, assim como os
entendimentos sobre a leis evoluem.
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

UM ADVOGADO QUE NÃO


ACOMPANHA E NÃO SE ADAPTA A
TAIS EVOLUÇÕES JAMAIS TERÁ UMA
CARREIRA DE SUCESSO.

Se você não busca desenvolver competências


novas, não busca desenvolver habilidades
que lhe faltam, o fato é que você vai ficar
para trás. Então, se você quer ter alta
performance e se destacar no mercado, é
obrigação sua desenvolver habilidades que os
seus concorrentes e que o seu concorrente
principal, que é você, ainda não possuem.
A competência é como um músculo, quanto
mais desenvolvida e treinada, mais peso você
consegue carregar. Eu consigo fazer mais
coisas que eu não conseguia fazer antes
porque agora eu tenho musculatura nova.
O desenvolvimento é essencial não apenas
para que o advogado criminalista tenha uma
carreira de sucesso, mas, ainda, para que se
mantenha motivado no dia a dia, para
alcançar seus objetivos.
Um advogado de sucesso estuda não apenas
os aspectos teóricos das ciências criminais,
mas também os aspectos práticos da sua
profissão.
O estudo do advogado criminalista deve
ocorrer da forma clássica, ou seja, através de
leitura da literatura relacionada ao direito
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

criminal, verificando as atualizações


legislativas, doutrinárias e jurisprudências
sobre os mais variados temas afetos às áreas
de direito criminal, ou seja, à criminologia, ao
direito material, ao direito processual, ao
direito executório, etc.
Além do estudo clássico, ainda deve o
advogado criminalista buscar outros meios
de aperfeiçoamento, como a participação em
cursos, que podem ser tanto acadêmicos,
quanto profissionais.
Cursar especializações, pós-graduações,
mestrado e doutorado são excelentes táticas
para aperfeiçoamento profissional, assim
como a participação em palestras e
seminários. Contudo, o advogado
criminalista também necessita

APERFEIÇOAMENTO
NA PRÁTICA DA
ADVOCACIA.

Há, nos dias de hoje, inúmeros cursos


voltados à prática profissional, sendo que a
frequência pode ocorrer de forma presencial
ou virtual.
Os cursos virtuais, normalmente,
apresentam custo mais reduzido em relação
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

aos cursos presenciais, sendo que também as


aulas podem ser assistidas pelo aluno em
momento mais adequado, inclusive podem
ser revistas.

Infelizmente alguns profissionais tendem a


pensar que os gastos com cursos de
aperfeiçoamento são caros e desnecessários,
entretanto, tais profissionais verificarão,
com o passar do tempo, que o custo pela
ignorância será muito maior.
Assim, não importa o custo do
aperfeiçoamento, não importa se o curso será
frequentado de maneira presencial ou
virtual, o que importa mesmo é que o
advogado criminalista sempre esteja se
aperfeiçoando, devendo incluir tal obrigação
como tarefa regular da sua profissão.

SE O ADVOGADO DESEJA
REALMENTE CRESCER, NÃO PODE
DEIXAR DE COLOCAR O
APRIMORAMENTO PROFISSIONAL
EM SEU PLANEJAMENTO DE
CARREIRA.
Agora lembre-se:
informação não significa aprendizado. Para
fazer uma informação virar aprendizado,
você precisa colocar isso em prática.
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Então,
APRENDIZADO É
INFORMAÇÃO APLICADA.

Então, qual é o grande jogo pra você? A


resposta é: desenvolver musculatura
(competência) para que você consiga fazer
coisas que anteriormente não conseguia e,
com isso, passe a obter resultados que não
obtinha.
O JOGO É APRENDER!
2. MENTORIA
Tem um ditado antigo que determina: “quem
não tem padrinho, morre pagão”. Será que ter
um “padrinho”, um mentor, ajuda na carreira
do advogado criminalista iniciante?
Veja, uma das chaves do sucesso profissional
é a “instrução”, que significa se instruir
acerca daquilo que você quer desenvolver sua
maestria. Este é um dos principais pontos do
processo.

Para que essa instrução aconteça de forma


acelerada e você não perca tempo dentro de
um labirinto, você precisa encontrar um bom
instrutor, um bom mentor, alguém que sabe
fazer o processo. Alguém que já trilhou o
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

caminho, não só na teoria, mas na prática,


alguém que está no campo de batalha
constantemente. Não é alguém que desenha
mapas de campo de batalha, mas alguém que
tem cicatrizes do campo de batalha.

Logo após a aprovação no Exame da OAB, os


advogados descobrem rapidamente que a
prática é muito diferente do que se aprendeu
durante o curso de Direito e que “no mundo
real” são necessárias habilidades muito
diferentes das que aprenderam na faculdade.
Esse é o momento que a mentoria é essencial.
MAS COMO
FUNCIONA A
MENTORIA
A mentoria é o relacionamento profissional
entre um advogado mais experiente e um
advogado menos experiente. Nesse
relacionamento, o mentor compartilha
experiências e conselhos, visando guiar o
mentoreado na direção correta, fazendo com
que ele evite erros comuns no início da
carreira.
A mentoria pode se dar naturalmente, dentro
de um escritório ou em um círculo de
amizades ou, ainda, contratualmente,
quando o mentor realiza tal serviço
profissionalmente.
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Independente da forma da mentoria, ela se


dá pela sequência de encontros com objetivos
definidos (geralmente processos). As sessões
de mentoria podem ocorrer de maneira
presencial ou virtual.
Nas sessões, o mentor compartilha sua
experiência com o mentoreado, transmitindo
o conhecimento acumulado no exercício da
profissão, dos estudos que realizou, dos erros
que cometeu e dos acertos que alcançou.
A mentoria pode ocorrer de maneira
genérica, ou seja, relacionada à carreira
como um todo, ou específica, quando o
mentor auxiliar em processos específicos.

O mentoreado busca ter informações para


não sentir as mesmas dores que o mentor
sentiu, isto é, busca evitar os mesmos erros,
acelerando, dessa forma, os resultados
profissionais traçados.

A mentoria aumentará exponencialmente os


seus resultados, contudo, para que tal
ferramenta apresente resultados, é
importante que o mentoreado confie no
mentor e esteja disposto a aplicar seus
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

conselhos.
3. ADQUIRIR EXPERIÊNCIA
Um dos grandes desafios do advogado
criminalista em início de careira está em
formar uma carteira de clientes.

O principal motivo para tal dificuldade está


na falta de experiência, eis que acusados na
área criminal tendem a não confiar suas
causas, que sobretudo podem atingir a sua
liberdade, a profissionais recém formados e
com pouca experiência.

Daí vem a recorrente pergunta:

“COMO ADQUIRIR EXPERIÊNCIA SE OS


CLIENTES NÃO CONFIAM O
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

TRABALHO PARA PROFISSIONAIS


INEXPERIENTES?”
Talvez a melhor saída para tal impasse seja a
inscrição, pelo criminalista iniciante, nas
listas de defensoria dativa, bem como a
aquisição de cursos de prática.

Mesmo que quase todos os Estados da


Federação possuam a Defensoria Pública, é
sabido que nem todas as comarcas contam
com tais defensores ou, ainda, a defensoria
pública não atende todos os casos. Nessas
lacunas, são convocados os advogados
dativos.
O CRIMINALISTA INICIANTE DEVE
LANÇAR MÃO DESSA FUNÇÃO PARA
ADQUIRIR EXPERIÊNCIA E OBTER
VISIBILIDADE, NÃO DEVENDO SE
IMPORTAR APENAS COM A
REMUNERAÇÃO QUE RECEBE.
Você irá ficar realmente bom quando
praticar EXAUSTIVAMENTE.

Mas você não pode praticar somente com o


objetivo de ficar melhor, você precisa treinar
a sua habilidade pelo “prazer de treinar”,
porque se você treina para ficar melhor, você
se contenta com pouco, seu cérebro irá te
sabotar e te acomodar.
Sendo assim, APAIXONE-SE
PELO PROCESSO
DE TREINAR!
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Em cada uma das defesas dativas que você


bem realizar, irá adquirir mais experiência,
acumulando com aquela já obtida. Além
disso, cada defesa bem realizada gera, no réu
defendido, a satisfação pelo trabalho em
favor dele realizado, passando a divulgar as
qualidades do profissional aos conhecidos,
dando maior visibilidade ao serviço do
advogado. Isso é de extrema importância!
Portanto, atuar como defensor dativo, muito
além do ganho financeiro, gera enorme
ganho de experiência e de visibilidade ao
criminalista iniciante.

COMO ME
INSCREVO

Em alguns Estados é possível a inscrição


através de páginas da internet da OAB e da
Procuradoria do Estado. Em outros, a
inscrição é feita diretamente, em cada
Comarca. Você deve verificar qual a forma
para se inscrever, em seu Estado, para atuar
como advogado dativo.

Convocado para atuar na advocacia dativa,


PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

você deve se esforçar ao máximo na atuação


e, assim, adquirirá boa experiência e
visibilidade.
TERCEIRIZAÇÃO DE
4. PROCESSOS

A terceirização de serviços na advocacia é


uma prática cada vez mais comum. A
terceirização nada mais é do que a
transferência do serviço advocatício para
outro advogado que seja especialista nessa
matéria.
A terceirização de serviços pode gerar grande
proveito ao advogado iniciante, na medida
que certas causas são tão específicas e raras
que o estudo e aprimoramento suficiente
para prestar serviço de qualidade
despenderia grande quantidade de tempo,
inviabilizando ou dificultando a realização de
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

outras atividades. Assim, realizar a


terceirização pode permitir que, além de o
advogado ter ganho, mesmo que reduzido,
com a causa, ainda poderá acompanhar o
trabalho de especialista, também refinando
seu entendimento sobre o assunto.
Além disso, a terceirização garante que os
serviços sejam prestados com mais rapidez e
segurança, isso porque o especialista já
possui aprimoramento suficiente para atuar
naquela causa. Em algumas causas a
celeridade e objetividade fará grande
diferença no resultado final.
Por outro lado, a terceirização deve ocorrer
em casos muito específicos e esporádicos,
não devendo o advogado iniciante terceirizar
todo o seu serviço, pois o advogado
remunerará o especialista, reduzindo seu
percentual de ganho financeiro na causa,
além de deixar de obter experiência pela
atuação direta.

Assim, a terceirização deve ocorrer somente


naquelas situações e demandas
absolutamente sui generis, que o estudo e
aprofundamento necessários para a atuação
imediata na causa demande tanto tempo que
seja demais dispendioso ao criminalista
iniciante, e assim que o pagamento ao
terceirizado seja mais viável.
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Optar pela terceirização de alguns serviços


deve integrar o plano de carreira do
advogado iniciante, contudo,

TAL TERCEIRIZAÇÃO DEVE TER


LIMITES BEM CLAROS E PRECISOS,
SENDO EXCEÇÃO E NÃO REGRA.
5. NETWORKING

O mundo e os negócios são movidos através


de relacionamentos humanos e, sem eles, o
advogado iniciante não irá muito longe.
Conhecer e interagir com pessoas gera
oportunidades mútuas. Por isso, o
networking é essencial para o destaque
profissional do advogado iniciante.

Diante de tanta concorrência na advocacia


criminal, o advogado que não conseguir fazer
seu marketing pessoal e não possuir um bom
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

networking ficará esquecido no mercado


jurídico.

Para realizar um bom networking o você


precisa, primeiramente, saber que estudos
demonstram que as

PESSOAS ALTRUÍSTAS TÊM MAIS


CHANCES DE SUCESSO, EIS QUE
DEMONSTRAM SE PREOCUPAR
COM O PRINCIPAL ATIVO DE
QUALQUER ESCRITÓRIO DE
ADVOCACIA: AS PESSOAS.
Por sua vez, o advogado deve participar de
eventos relacionado à advocacia e demais
áreas que gerem convivência, tais como
congressos, seminários, conferências, etc.

O NETWORKING FAZ COM QUE O


ADVOGADO SEJA LEMBRADO
PELAS OUTRAS PESSOAS.
Por isso, explore bem o seu networking nos
ambientes em que frequentar.
Os contatos realizados devem ser mais do
que uma mera troca de telefones ou cartões
de visitas, que depois serão esquecidos. Ao
conhecer novas pessoas, o profissional deve
interagir com elas e, assim, gerar
oportunidades.

Um NETWORKING bem desenvolvido pode


PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

transformar a carreira do advogado assim, se


realizado de maneira honesta, franca e
pensando não só em si mesmo, mas em
construir contatos sólidos e de mútua
confiança, se reverterá em excelentes
benefícios.
PORTANTO, EM SEU PLANO DE
CARREIRA, VOCÊ DEVE DESENVOLVER
UM COMPETENTE NETWORKING, SOB
PENA DE VER TODO O SEU
CONHECIMENTO RELEGADO AO
ESQUECIMENTO, ANTE À FALTA DE
PESSOAS QUE CONHEÇAM O SEU
POTENCIAL.
Como se vê desses poucos itens, o
planejamento de carreira de advogados deve
ser desenvolvido tendo como fundamento
informações básicas e ser traçado com
objetivos paralelos à curva de aprendizado e
experiência.

Por outro lado, o advogado deve ter em conta


que a carreira nessa profissão é composta de
vários ciclos que variam de acordo com o
tempo e com o volume de remuneração,
sendo que, na proporção em que adquire
conhecimento prático e experiência, melhor
será a sua remuneração.

SEJA CONTRA INTUITIVO,


PENSE QUE O CAMINHO
MAIOR RESISTÊNCIA TE
PARTE 1 | A CARREIRA DO ADVOGADO CRIMINALISTA

DARÁ MUITO MAIS


RESULTADO. PARE PARA
PENSAR, UM DIAMANTE SÓ É
FORMADO ATRAVÉS DA
PRESSÃO.

Ser apressado demais pode causar tropeços, o


que gerará frustração e dificuldade para
cumprir seus planos. Ao estipular suas
metas, você não deve cobrar imediatismo,
precisa ser paciente e perseverante e, assim,
certamente terá sucesso garantido.
LEMBRE-SE: SE VOCÊ QUER SER
ALGUÉM EXTRAORDINÁRIO,
VOCÊ PRECISA AGIR COMO
PESSOAS EXTRAORDINÁRIAS,
VOCÊ TEM QUE AGIR FORA DA
CURVA.
PARTE 2

RELAÇÃO ENTRE O
ADVOGADO
CRIMINALISTA
E SEU CLIENTE
Na advocacia criminal, o relacionamento
entre profissional e cliente é um dos
principais fatores de sucesso.

A relação entre o profissional e o cliente deve


ser baseada na absoluta confiança, pois na
advocacia criminal o cliente normalmente
deposita nas mãos do defensor um dos seus
bens mais preciosos, a liberdade. Na defesa
de tal direito, o cliente, via de regra,
confidencia ao advogado fatos que nem
mesmo as pessoas mais próximas dele
conhecem. Assim, manter a discrição e o
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

segredo são fatores essenciais dessa relação.

A TRANSPARÊNCIA também é de extrema


importância na relação com o cliente, mesmo
porque o Código de Ética e Disciplina dos
Advogados determina que, no
relacionamento do advogado com o cliente, é
fator determinante informar, de forma clara
e inequívoca, quanto a eventuais riscos de
sua pretensão.
Esse dever de informação se ajusta muito
bem quando tratamos sobre confiança,
devendo o profissional informar ao cliente
todas as movimentações importantes que
ocorrem no seu caso. A atitude de
transparência não “trava” o escritório ou
sobrecarrega o serviço, bem ao contrário,
estreita e fortalece o relacionamento do
advogado com o cliente, fazendo-o ficar mais
tranquilo, além de ser uma importantíssima
(e muito eficaz) ferramenta de marketing
pessoal.

UM RELACIONAMENTO ESTREITO ENTRE


PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

ADVOGADO CRIMINALISTA E CLIENTE É


MUITO IMPORTANTE, TODAVIA PRECISA
TER LIMITES, POIS É COMUM QUE, COM
O TEMPO, O CLIENTE, ATÉ PELA
TRANQUILIDADE QUE O PROFISSIONAL
TRANSMITE, QUEIRA FICAR MAIS
PRÓXIMO DO
ADVOGADO.

Tal proximidade, contudo, deve ser limitada


pelo profissional, pois estreitar laços com o
cliente pode gerar confusão acerca das
relações profissionais e contratuais e,
sobretudo, pode contaminar as emoções do
advogado, não permitindo que aja, durante a
causa, com a necessária isenção de ânimo,
fazendo-o atuar de maneira mais passional, o
que nunca é bom para o resultado da causa.
OS ADVOGADOS CRIMINALISTAS
DEVEM TRAÇAM UM LIMITE
CLARO ENTRE ELES E OS SEUS
CLIENTES.
Além da confiança, o advogado deve gerar
excelente impressão nas pessoas logo no
primeiro encontro.

LEMBRE-SE: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A


QUE FICA.

Essa impressão se dá através da inteira


atenção à explanação do cliente, permitindo-
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

se, primeiramente, ouvir o que as pessoas


têm a lhe dizer, sendo que durante tal tempo
deve o profissional se abster de manusear
celulares, computadores, etc., exceto quando
absolutamente necessários à conversa.
Depois, quando o cliente concluir a fala, daí
deve o advogado fazer seus apontamentos,
transmitindo confiança no que diz respeito
ao conteúdo das respostas, sendo sempre
atento ao descrito pelo interlocutor. Agir
assim, gerará a necessária boa impressão
inicial nos clientes.

O SEU CLIENTE QUER TER A SENSAÇÃO


DE SEGURANÇA – DE ESTAR PROTEGIDO,
SENDO ASSIM, PASSE PARA ELE ESSA
SEGURANÇA.
Essa conduta deve ser observada em todas as
situações posteriores à primeira conversa,
inclusive após a prolação da decisão final.
Portanto, a relação entre o criminalista e o
cliente deve ser de absoluta

CONFIANÇA,
DISCRIÇÃO E
TRANSPARÊNCIA,
sendo que o profissional deve sempre atender
seu cliente com a mais absoluta atenção.
Observadas essas atitudes, o futuro
profissional do criminalista certamente será
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

promissor.

1. OS HONORÁRIOS

Conseguir bons clientes nem sempre é a parte


mais difícil quando se advoga na área
criminal, mas sim, determinar o valor a ser
cobrado para cada trabalho realizado. Essa
dificuldade atinge, inclusive, os criminalistas
mais experientes.
Mas qual o motivo de ser tão difícil avaliar o
valor dos honorários a serem cobrados do
cliente?
Por um motivo muito simples:

NÃO EXISTE PARÂMETRO FIXO


PARA A REMUNERAÇÃO!

Quando o advogado atua em causas que


estão relacionadas com valores, os
honorários podem ser fixados
proporcionalmente. Já nas causas criminais
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

não há parâmetros, pois defendemos algo que


não é passível de ser valorado
monetariamente: A LIBERDADE.
Outra variável que dificulta a fixação do
valor de honorários é a complexidade da
causa, sendo que dois processos, pela prática
do mesmo delito in abstracto, podem gerar
níveis de trabalho e estudo completamente
diferente.

ASSIM, IMPORTANTE QUE


VOCÊ CRIE UM PADRÃO DE
ITENS A SE AVALIAR NO
MOMENTO DE FIXAR O VALOR
DE HONORÁRIOS.
Você deve ter noção que, pelo fato de tratar
sobre a liberdade do cliente, no direito penal
não há limite máximo para o valor de
honorários. Contudo, há limite mínimo, que é
a tabela de referência fornecida pela Ordem
dos Advogados do Brasil de cada Estado.

Assim, primeiro item a ser verificado pelo


advogado é o valor mínimo a ser cobrado. É
importante que você, com o passar do tempo,
crie a sua própria tabela de valores mínimos
de honorários (que sempre devem ser
superiores à tabela fornecida pela OAB),
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

sempre tendo em conta que deve partir desse


valor abstrato para a fixação concreta do
valor dos honorários.

Tendo o valor mínimo, deve o profissional


levar em conta que defesas criminais sempre
serão diferentes, mesmo que os clientes
estejam sendo processados pelos mesmos
tipos penais.

ASSIM DEVE OUVIR ATENTAMENTE O


SEU CLIENTE E AVALIAR A
COMPLEXIDADE DE CADA CAUSA,
AGREGANDO VALOR CONFORME A
DIFICULDADE.
Esse é o momento em que o advogado deve
verificar a possibilidade/necessidade de
recursos, de medidas assecuratórias da
liberdade, do número de testemunhas a
serem ouvidas, do desgaste emocional e,
também, do possível tempo de duração do
processo.

QUANTO MAIOR A DIFICULDADE,


MAIS VALOR AGREGADO.
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

Chegando em um valor compensatório para


trabalhar naquela causa, o você deve
verificar a possibilidade de pagamento do
cliente, sendo que a situação econômico-
financeira dele deve ser analisada no
momento de fixar o valor dos honorários.
Verificada tal condição, você deve agregar ou
desagregar valor, mas sempre tendo em
conta que os honorários, não
necessariamente devem ser pagos em uma
única parcela, podendo ser parcelados.
EM CASO DE PARCELAMENTO,
IMPORTANTE QUE VOCÊ RECEBA, NO
MÍNIMO, 20% NO INÍCIO,
o que dará maior segurança, e o restante
pode ser dividido em parcelas que, jamais,
devem ultrapassar o tempo previsto para a
conclusão do processo, pois, após o fim da
causa, condenados ou absolvidos, os clientes
tendem a subvalorizar o trabalho do
profissional, sendo mais difícil o recebimento
amigável.
COMBINADO VALOR
TOTAL E DAS PARCELAS,
JAMAIS PERMITA QUE O
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE

CLIENTE SAIA DO SEU


ESCRITÓRIO SEM
ASSINAR O CONTRATO DE
HONORÁRIOS.
Todo advogado deve ter um modelo
previamente estudado e preparado, apenas
para a inclusão dos dados específicos.
O contrato deve, ainda, prever
especificamente quais os limites do serviço a
ser prestado, isto é, se abrange todas as
instâncias e procedimentos acessórios, se
inclui custos operacionais, etc.
Com o passar do tempo, aumentando a sua
experiência e prestígio, você deve agregar
valor aos honorários, nunca esquecendo que
na advocacia criminal não há limite máximo
de valor.
Assim, possuindo um critério claro para a
fixação de honorários e, ainda, sempre
firmando contrato com o cliente, o
criminalista iniciante certamente se sentirá
compensado pelo seu trabalho e, com o
passar dos anos, alcançará todas as metas
que traçou.
PARTE 2 | RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO CRIMINALISTA E SEU CLIENTE
PARTE 3

PRERROGATIVAS
DO
ADVOGADO
CRIMINALISTA
“O ADVOGADO É INDISPENSÁVEL À
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA, SENDO
INVIOLÁVEL POR SEUS ATOS OU
MANIFESTAÇÕES NO EXERCÍCIO DA
PROFISSÃO, NOS LIMITES DA LEI.”

Essa é a norma, ditada pelo artigo 133, da


Constituição Federal, que garante o livre
exercício profissional da advocacia em todo o
Brasil.

Com base na norma Constitucional, a Lei


8.906, de 4 de julho de 1994 – Estatuto da
Advocacia – disciplina os direitos e deveres
durante o exercício da profissão e da
atividade advocatícia.
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

As prerrogativas dos advogados estão


previstas nos artigos 6º e 7º do Estatuto da
Advocacia e garantem ao profissional o
direito de exercer a defesa plena de seus
clientes, com independência e autonomia,
sem qualquer submissão, exceto à lei.

As prerrogativas profissionais apresentam


mais valor ainda quando relacionadas à
advocacia criminal. Assim, para que o
advogado criminalista exerça, na
integralidade, sua função, é preciso que
conheça profundamente as suas
prerrogativas.
CONHECER AS PRERROGATIVAS
PERMITE QUE EM MOMENTOS DE
CRISE, MOMENTOS EM QUE
ENCONTRA OBSTÁCULOS PARA
FAZER VALER OS DIREITOS DE SEUS
CLIENTES, O ADVOGADO POSSA
TOMAR A MELHOR DECISÃO.

Sem prerrogativas conferidas ao advogado


para defender seus clientes, não haveria um
mínimo equilíbrio de forças.

O ADVOGADO É O ESCUDO QUE


PROTEGE O INDIVÍDUO INVESTIGADO
OU ACUSADO PELA PRÁTICA DE UM
DELITO DO PODEROSO APARATO
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

COERCITIVO DO ESTADO.

Confira abaixo, uma lista com as mais


importantes prerrogativas afetas à atuação
do advogado criminalista, sendo que a
consciência e a obediência delas são
essenciais para o real exercício da sua
função.
AUSÊNCIA DE HIERARQUIA
(ART. 6°)

Não existe hierarquia ou subordinação entre


juízes, membros do Ministério Público,
delegados, defensores públicos e advogados,
sendo que todos devem se tratar com
consideração e respeito recíprocos. Todos
possuem liberdade e autonomia para
exercerem suas atividades.

LEMBRE-SE: “JUIZ NÃO É DEUS,


PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO É ANJO E


ADVOGADO NÃO É SANTO”.
INVIOLABILIDADE DO
ESCRITÓRIO, DOCUMENTOS E
COMUNICAÇÕES (ART. 7°,
INCISO II)

É assegurado ao advogado, em nome da


liberdade de defesa e do sigilo profissional,
total inviolabilidade de seu escritório ou local
de trabalho, de sua comunicação realizada e
de seus documentos arquivados. Logo, além
de as dependências privadas do escritório,
nenhum e-mail, correspondência, arquivo ou
ligação telefônica pode ser violada por
terceiros.
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Essa prerrogativa do advogado visa proteger


sua liberdade de atuação, pois os documentos
e a comunicação do advogado são parte do
atendimento ao cliente na advocacia.

A exceção à essa regra ocorre nos casos de


busca e apreensão, contudo, a decisão deve
ter fundamento na violação da lei ou de
necessidade da prova, sendo específico
quanto ao objeto e na extensão do fato que o
justifica.

A execução do mandado de busca e


apreensão deve ser acompanhada por um
representante da OAB, como previsto
legalmente (art. 7°, § 6°).
COMUNICAÇÃO COM O
CLIENTE EM QUALQUER
SITUAÇÃO (ART. 7°, INCISO III)

O advogado tem o direito de se comunicar


com seu cliente em qualquer situação, até
mesmo quando se tratar de preso
incomunicável.
Especialmente nos casos de clientes presos, o
advogado tem o direito de comunicar-se
tanto pessoalmente, quanto por cartas,
telefonemas, e-mails ou outras formas.
Mesmo nesses casos, toda troca de
informação é protegida pelo sigilo
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

profissional.

PRISÃO EM FLAGRANTE (ART.


7°, INCISO IV)

Em caso de prisão em flagrante por motivo


ligado ao exercício da advocacia, é garantido
ao advogado a presença de um representante
da OAB, sendo que tal presença também é
garantida durante a lavratura do auto de
prisão em flagrante, sob pena de nulidade.
Nos demais casos de prisão cautelar, é direito
do advogado a comunicação expressa à
seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
PRISÃO CAUTELAR EM SALA
CONDIGNA (ART. 7°, INCISO V)

O advogado tem o direito de não ser preso


cautelarmente, senão em sala com
instalações e comodidade condignas, sendo
que, na ausência dessa, deve ser colocado em
prisão domiciliar.
Interessante ressaltar que a legislação usa o
termo “sala de Estado-Maior”, expressão
essa que gera muita polêmica, sendo que,
inclusive, o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Habeas Corpus n. 91.089,
esclareceu que se trata de uma sala e não
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

uma cela, não podendo ser gradeada.

LIVRE ACESSO A ESPAÇOS


(ART. 07, INCISO VI)

Todo advogado tem acesso livre às salas de


sessões dos tribunais, inclusive ao espaço
reservado aos magistrados, às salas e
dependências de audiências, secretarias,
cartórios, ofícios de justiça, serviços
notariais e de registro e no caso de delegacias
e prisões, mesmo fora da hora de expediente
e independentemente da presença de seus
titulares.
Os advogados têm, ainda, direito a ingressar
livremente em qualquer edifício ou recinto
em que funcione repartição pública ou outro
serviço público em que o advogado deva
praticar ato, obter prova ou informação de
que necessite para o exercício de sua
profissão.
Por fim, os advogados têm o direito de
ingressar em qualquer assembleia ou reunião
de que participe ou possa participar o seu
cliente, ou perante a qual este deve
comparecer, desde que munido de poderes
especiais.

Em todos esses espaços, o advogado tem o


direito de permanecer sentado ou em pé,
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

assim como retirar-se, independentemente


de autorização de quem quer que seja (art. 7°,
inciso VII).

DIREITO DE SER RECEBIDO POR


MAGISTRADO,
INDEPENDENTEMENTE DE HORA
MARCADA (ART. 07, INCISO VI)

Todo advogado tem direito de ser recebido


diretamente pelo representante da
Magistratura, não podendo ser preterido ou
desrespeitado, independentemente de
horário previamente marcado ou outra
condição.
NESSE SENTIDO, É INACEITÁVEL QUE
O MAGISTRADO RESERVE HORA E DIA,
PREDETERMINADOS, PARA O
ATENDIMENTO AOS ADVOGADOS.

A negativa infundada do juiz em receber


advogado durante o expediente forense,
quando o profissional da advocacia estiver
atuando em defesa do interesse de seu
cliente, configura ilegalidade, sendo
orientação do Conselho Nacional de Justiça
que,

"O MAGISTRADO É SEMPRE


OBRIGADO A RECEBER ADVOGADOS
EM SEU GABINETE DE TRABALHO, A
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

QUALQUER MOMENTO DURANTE O


EXPEDIENTE FORENSE,
INDEPENDENTEMENTE DA URGÊNCIA
DO ASSUNTO, E INDEPENDENTEMENTE
DE ESTAR EM MEIO À ELABORAÇÃO DE
QUALQUER DESPACHO, DECISÃO OU
SENTENÇA, OU MESMO EM MEIO A
UMA REUNIÃO DE TRABALHO. ESSA
OBRIGAÇÃO CONSTITUI UM DEVER
FUNCIONAL PREVISTO NA LOMAN E A
SUA NÃO OBSERVÂNCIA PODERÁ
IMPLICAR EM RESPONSABILIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA."[1].

_____________________________
[1] CNJ, Pedido de providência nº 1465, Relator Conselheiro Marcus Faver,
Requerente: José armando Ponte dias Júnior, Requerido: Conselho Nacional
de Justiça, decisão de 04.06.2013
DIREITO DE USO DA PALAVRA
(ART. 07, INCISOS X E XI)

Todo advogado tem direito de fazer uso da


palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou
tribunal, mediante intervenção sumária,
para esclarecer equívoco ou dúvida surgida
em relação a fatos, documentos ou
afirmações que possam influenciar no
julgamento, bem como para replicar
acusação ou censura que lhe forem feitas.
Tem ainda o advogado o direito de reclamar,
verbalmente ou por escrito, perante qualquer
juízo, tribunal ou autoridade, contra a
inobservância de preceito legal, de
regulamento ou de regimento.
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

DIREITO DE RECUSA DE
DEPOR COMO TESTEMUNHA (ART.
07, INCISO XIX)

Os advogados têm o direito de recusarem-se


a depor como testemunhas em processos nos
quais funcionaram ou devam funcionar.
Todo advogado, ainda, tem o direito de se
recusar a depor sobre fato relacionado com
pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo
quando autorizado ou solicitado pelo
constituinte, bem como sobre fato que
constitua sigilo profissional.
DIREITO DE EXAME, VISTA E
RETIRADA DE AUTOS (ART. 07,
INCISOS XIII, XIV E XV)

Por mais incrível que pareça, mesmo depois


da maciça divulgação das liminares
concedidas pelo Supremo Tribunal Federal,
ainda há a prática abusiva de autoridades
policiais e judiciárias que insistem em
descumprir tão básico preceito da
Democracia que é franquear ao advogado o
irrestrito acesso a autos de inquéritos e
processos, quando em defesa dos direitos de
seus clientes.
Desde o ano de 2009, com a edição da Súmula
Vinculante 14, ocorrendo o desrespeito a esta
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

prerrogativa, não só cabem medidas civis e


penais, como também Reclamação ao
Supremo Tribunal Federal.

O advogado tem o direito de examinar, em


qualquer órgão dos Poderes Judiciário e
Legislativo ou da Administração Pública em
geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando
não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de
justiça, assim como examinar, em qualquer
instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos
de flagrante e de investigações de qualquer
natureza, findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, assegurada a
obtenção de cópias, com possibilidade de
tomar apontamentos.
Da mesma maneira, têm os advogados direito
a vista dos processos judiciais ou
administrativos de qualquer natureza, em
cartório ou na repartição competente ou,
ainda, retirá-los pelos prazos legais.

AS PRERROGATIVAS NÃO SÃO


PRIVILÉGIOS, MUITO LONGE DISSO. NA
VERDADE, ELAS ASSEGURAM DIREITOS
ELEMENTARES PARA QUE O
PROFISSIONAL DA ADVOCACIA POSSA
DEFENDER OS DIREITOS DO CLIENTE.
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

Os advogados podem enfrentar sérias


restrições para fazer valer suas
prerrogativas. A informação e a
conscientização são os caminhos propostos
para se defender as prerrogativas
profissionais de violações.
A Ordem dos Advogados do Brasil, através do
Conselho Federal, disponibiliza Canal
Prerrogativas, o qual é acessado través do
endereço www.prerrogativas.org.br. Esse
Canal é um importante meio de divulgação de
notícias e ações da OAB na defesa das
prerrogativas profissionais.
Além disso, o advogado que teve suas
prerrogativas violadas poderá acessar o
canal no link DEFENDA-SE
(http://www.prerrogativas.org.br/defenda-
se) para receber auxílio da Ordem dos
Advogados.

Importante, ainda, que o advogado verifique


se a sua Seccional possui canal telefônico de
plantão permanente para a defesa das
prerrogativas. Se sim, deve agendar os
números de telefone e, em caso de
necessidade, ligar imediatamente para o
plantão, pois os profissionais certamente
PARTE 3 | PRERROGATIVAS DO ADVOGADO CRIMINALISTA

auxiliarão na defesa e cumprimento das


prerrogativas profissionais da advocacia.

Para atingir sucesso profissional, o advogado


deve ganhar respeito dos juízes, membros do
Ministério Público, delegados e servidores em
geral, sendo que, para tingir tal respeito,
deve o advogado conhecer profundamente e
fazer valer suas prerrogativas.

ADVOGADO, CONHEÇA E
FAÇA VALER AS
PRERROGATIVAS DA
ADVOCACIA, ISSO SERÁ DE
VITAL IMPORTÂNCIA NA SUA
CARREIRA.
PARTE 4

CHECKLIST DO
ADVOGADO
CRIMINALISTA
INICIANTE
Para facilitar o início da carreira do
advogado criminalista, apresenta-se uma
lista de atitudes que devem ser tomadas
pelos profissionais, sempre tendo em conta
que tal lista não é exaustiva, você deve
identificar outras necessidades específicas e
coloca-las em prática o mais rápido possível.

Fazer plano para carreira;


Procurar local adequado para abrir
um escritório;
PARTE 4 | CHECKLIST DO ADVOGADO CRIMINALISTA INICIANTE

Buscar áreas de afinidade para atuação;


Decidir em quais áreas da advocacia
atuará diretamente;
Encontrar parceiros para demais áreas;
Buscar mentor;
Realizar inscrições para advocacia dativa;
Preparar tabela própria e desenvolver
sistema para estimar valor de honorários;
Desenvolver rotina de estudos;
Fazer cursos presenciais e on-line
para aprimoramento profissional;
Preparar padrão para atendimentos
aos clientes;
Preparar padrão para estudo das causas;
Desenvolver estratégia de marketing digital;
Preparar procedimentos para informações
processuais ao cliente;
Fazer autoavaliação periódica;

Por fim apresenta-se uma lista de perguntas


para que o advogado iniciante (ou não)
realize uma autoanálise periódica, sendo que
ao avaliar e responder cada pergunta deve
aplicar os resultados nas condutas futuras,
buscando minimizar erros futuros e, por
conseguinte, evolução profissional.

 Respeito prazos?
Trabalho com independência?
Organizo e estabeleço as prioridades?
PARTE 4 | CHECKLIST DO ADVOGADO CRIMINALISTA INICIANTE

Realizo primeiramente o
trabalho importante?
Sou consciente em relação aos
compromissos assumidos?
Meu trabalho tem qualidade?
Tenho atenção aos detalhes?
Estou sendo produtivo?
Tenho iniciativa para expandir
meus conhecimentos?
Uso conselhos para melhorar meu trabalho?
Me esforço para concluir as minhas tarefas?
Suporto pressão durante o trabalho?
Transmito profissionalismo ao cliente?
Demonstro bom senso?
Respeito o sigilo profissional?
Enfrento bem as situações difíceis ou
incomuns?
Encontro novas e melhores formas de
realizar os trabalhos?
Processo informações rapidamente?
Quais as minhas habilidades?
Quais as minhas dificuldades?
Aprendo com os erros que cometo?
Uso esse questionário para não repetir os
mesmos erros?
PARTE 4 | CHECKLIST DO ADVOGADO CRIMINALISTA INICIANTE
Sabemos que a advocacia criminal é muito
difícil e concorrida, principalmente no início
de carreira, mas também sabemos que se o
advogado tiver um objetivo bem claro e uma
estratégia bem traçada para alcançar tal
objetivo, certamente o atingirá.

Atingir objetivos pode demandar muito ou


pouco tempo, dependendo, é claro, da sua
capacidade de escolher os caminhos certos,
traçando táticas adequadas e aprendendo
com seus possíveis desacertos.
PARTE 4 | CHECKLIST DO ADVOGADO CRIMINALISTA INICIANTE

Buscamos, no presente livro, ajudar você a


ter uma visão geral sobre como estruturar
sua carreira em busca do sucesso profissional
e minimizar seus erros, explanando sobre
formas de agir, tendo em conta os erros que
cometemos no início de carreira.

Sabemos que os erros são recorrentes e, sobre


alguns, temos lembranças bem doloridas,
contudo também sabemos que foram de
grande valor para nosso aprendizado e
evolução na carreira da advocacia.
AGORA VOCÊ
ESTÁ PRONTO!
Esperamos que esse pequeno livro sirva para
que os advogados iniciantes, baseados na
nossa experiência, possam evitar esses erros
tão recorrentes na advocacia e, por
consequência, atinjam um nível de ALTA
PERFORMANCE o mais rápido possível.

BASTA VOCÊ COMEÇAR A APLICAR


ESSAS TÁTICAS NO SEU DIA A DIA.

Apresentamos a você algumas dicas para


chegar lá, mas o próximo passo está em suas
mãos!

UM ABRAÇO,

Mario
Soltoski

@mariosoltoskiadv

Advogado Mario Soltoski

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