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ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
PEDRO FALCI
TALES
METALOGRAFIA
Ouro Preto – MG
Julho de 2018
MATHEUS EKERMANN PACHECO
PEDRO FALCI
TALES
METALOGRAFIA
Ouro Preto – MG
Julho de 2018
1. OBJETIVOS
2.1 Corte
Para isso, deve-se usar discos abrasivos finos (normalmente de alumina ou oxido de
silicato) e farta refrigeração, a fim de não provocar alterações por calor na amostra. O
equipamento responsável por tais condições é denominado policorte.
Uma das maiores dificuldades neste processo é conseguir uma superfície plana,
evitar o encruamento e o superaquecimento (acima de 100º). Todos os cuidados são
fundamentais para não modificar a estrutura do corpo de prova. A Tabela 1 sintetiza os
principais problemas observados nas operações de corte e aponta as principais causas.
Tabela 1– Defeitos e possíveis causas durante a operação de corte. Fonte: Rohde, 2010
Defeitos Causa
Rolamentos defeituosos.
2.1 Embutimento
Tabela 2- Possíveis defeitos que ocorrem no embutimento e suas correções. Fonte: Rohde, 2010
2.3 Lixamento
É uma talvez a etapa mais importante durante o processo metalográfico. Isso porque
é responsável por remover defeitos provenientes do processo de corte, alisando a superfície
e possibilitando uma melhor visualização nas futuras etapas. Um defeito de lixamento é
dificilmente consertado.
Para isso, utiliza-se uma plataforma giratória na qual se acopla lixas, essa montagem
é denominada lixadeira. Essas lixas são colocadas em sequências, variando das mais grossas
às mais finas.
É o grande responsável pela qualidade do resultado. Por mais que ele, sozinho, não
consiga corrigir grandes erros de corte e lixamento, este consegue retirar os riscos deixando
a superfície pronta para a observação.
Para isso, a mesma plataforma giratória, porém, desta vez nela são acopladas um
pano de polimento com um material abrasivo.
O pano de polimento deve ser escolhido de acordo com o material, pois pode ser
pano de pelo alto ou de pelo baixo. Os abrasivos mais utilizados são a alumina e a pasta de
diamante, de diferentes granulações. É importante que a cada troca, a amostra seja limpa
com água corrente, passando um algodão com detergente neutro sobre sua superfície,
enxaguando e aplicando álcool sobre esta. Pode-se também utilizar a máquina de ultrassom
para obter melhores resultados. Para evitar manchas na superfície de estudo, a amostra deve
ser secada com o auxílio de um jato de ar preferencialmente quente.
Para isso, um reagente ácido é colocado em contato com a superfície da peça por
certo tempo (cerca de 10 a 20 segundos). O reagente causará a corrosão principalmente no
contorno dos grãos, onde a energia de ligação é menor. A fabricação desses reagentes é
complexa e extremamente complicada uma vez que cada um reage de forma diferente como
diferentes tipos de materiais e de constituintes macroestruturais.
Após o ataque químico a amostra deve ser rigorosamente limpa, para remover os
resíduos do processo, através da lavagem em água destilada, álcool ou acetona, e
posteriormente seca através de jato de ar quente.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
Os materiais utilizados como amostra no presente trabalho foram dois tipos de aço:
o SAE1020 e o SAE1045. Da nomenclatura, “SAE” se entende pelo sistema de
classificação dos aços SAE (Society of Automotive Engineers - EUA), de acordo com esse
sistema, o primeiro aço apresenta uma porcentagem de 0,20% de carbono, enquanto que o
segundo possui 0,45%, sendo ambos considerados aços-simples, isto é, aços sem elementos
de liga ou com porcentagens desprezíveis destes.
3.1 Métodos
3.1.1 Corte
Nesta etapa foi usado uma máquina de corte (policorte) da marca Arotec,
modelo Arocor 40 mostrada na Figura 2 e um disco fino de corte abrasivo.
Após o corte, as amostras foram lavadas com água abundante e detergente, sendo
secas com o auxílio de um secador de cabelo.
3.1.2 Embutimento
Foi-se utilizado o embutimento a frio. Este método utiliza-se uma mistura de resina
e catalizador que, juntos, compõem a resina de embutimento. A mistura foi feita em Becker
com o auxílio de um misturador de vidro.
3.1.3 Lixamento
Antes de iniciar o processo de lixamento, limpou-se mais uma vez a amostra com água
abundante e álcool. A utilização das lixas se deu em ordem crescente.
3.1.4 Polimento
Para este processo se utilizou a mesma plataforma giratória ilustrada pela Figura 4,
porém, ao invés de lixas, foram utilizados panos de polimento juntamente com pastas de
diamante e alumina de 6 μm, 3 μm, 1 μm e 0.05 μm; e um lubrificante.
Ressalta-se que, a higienização da peça é feita sempre para retirar partículas e evitar
manchas na superfície do aço que possam atrapalhar a análise.
3.1.6 Micrografia
Com a amostra devidamente preparada, seguiu-se para a análise da microestrutura
em microscópio ótico com câmera acoplada. Para este fim, foi utilizado o microscópio
modelo Olympus BX51M, o qual fornece aumento na faixa de 100 até 1000 vezes.
Figura 6 – Microscópio Óptico Olympus BX51M acoplado à um computador Fonte: Pesquisa Direta, 2018
Algumas amostras foram aumentadas em x1000 vezes, porem outras foram somente
em x500 e x200 vezes. O microscópio foi ajustado para obter uma imagem mais nítida
possível, assim como foi selecionado uma parte da amostra com a superfície mais plana
possível.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Pode-se observar pela amostra exibida na Figura 8 que, quanto aos procedimentos,
houve algum erro, pois, pode-se observar riscos no canto superior da figura ampliada 500x.
Tais riscos apareceram durante o processo de polimento, então acredita-se que foi causado
ou pelo pano de polimento, que se encontrava desgastado; ou porque a amostra não passou
pela máquina de ultrassom. Ainda sobre os procedimentos, é perceptível que os grãos não
estão muito bem definidos, portanto eles foram pouco atacados.
Esta amostra também possui uma quantidade menor de ferida do que de perita,
portanto, é de aço 1020.
4.3 Matheus Ekermann Pacheco – SAE 1020
Pela Figura 9, foi observado que os procedimentos foram bem realizados desde o
lixamento até o polimento uma vez que a amostra não possui riscos ou outros defeitos.
Pode-se observar, também, que alguns contornos de grão não estão muito visíveis, o que
indica que provavelmente o ataque não foi muito bem realizado.
A amostra apresenta uma baixa quantidade de perlita em comparação à ferrita, tal
fato comprova que a amostra é de um aço SAE 1020, conforme verificado na literatura.
5. CONCLUSÕES
Conclui-se então que este trabalho atingiu o objetivo de apresentar, na prática, as etapas
da preparação da amostra para um estudo metalográfico e evidenciar a importância de uma
boa técnica durante a preparação das mesmas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS