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Dezembro, 2019
João Pessoa, PB
1. PAZ PÚBLICA
Os crimes contra a paz pública atacam diretamente o bem jurídico
tutelado pela legislação penal “paz pública”. Esta é o sentimento coletivo
de paz e segurança assegurado pelo poder punitivo da ordem jurídica.
A paz pública é, portanto, o sentimento de tranquilidade e segurança que
deve emanar de um sistema normativo e político. A sociedade espera do
direito e do Estado, que lhe sejam garantidas as condições para um convívio
coletivo harmonioso e em conformidade com as normas vigentes.
Tamanha importância deste bem jurídico obriga que a ofensa contra ele
dirigida seja tutelada pelo direito penal, incriminando-se as condutas as
quais, ainda que abstratamente, ponham em risco o sentimento coletivo de
tranquilidade.
O Código Penal trata o tema no Título IX da parte especial, enumerando
como delitos ofensivos à paz pública: incitação ao crime (art.286), apologia
de crime ou criminoso (art.287), associação criminosa (art.288) e
constituição de milícia privada (art.288-A).
A paz pública faz referência não à evitar a situação de quebra pacífica da
convivência por meio de uma calamidade, coisa que é protegida pela
incolumidade pública, mas sim de garantir que a mentalidade das pessoas
estejam em tranquilidade em relação à normalidade das circunstâncias do
ambiente; torna-se dever do Estado assegurar o bem estar da consciência
das pessoas.
Beccaria sustenta a existência de crimes que perturbam a tranquilidade
pública, a exemplo dos discursos fanáticos que provocam com facilidade as
paixões de uma população curiosa e que emprestam grande força à
multidão de ouvintes e especialmente um certo entusiasmo sem sentido e
misterioso, com poder muito maior sobre o espírito do povo do que a calma
razão.
2. FÉ PÚBLICA
3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Dessa forma, ficou fácil enxergar qual bem jurídico o legislador penal
desejou tutelar. Não é outro senão o desenvolvimento regular da atividade
do Estado, dentro de regras da dignidade, probidade e eficiência. O bem
jurídico tutelado, no seu pilar fundamental, é o interesse público
concernente ao normal funcionamento e prestígio da Administração
Pública.
Este Capítulo prevê delitos que só podem ser praticados de forma direta
por funcionário público, são crimes funcionais. Os crimes funcionais são
crimes próprios, porque a lei exige uma característica específica no sujeito
ativo, ou seja, ser funcionário público. Ser funcionário público constitui
elementar de todos os crimes funcionais e, dessa forma, comunica-se às
demais pessoas que não possuam essa qualidade, mas que tenham
cometido crime funcional juntamente com um funcionário público.
BIBLIOGRAFIA