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Pe Julio M Lombaerde - A Mulher Bendita PDF
Pe Julio M Lombaerde - A Mulher Bendita PDF
deante
pelo
P. JULIO lJJARIA
)fissionario de N. Sra. do Smo. Sarramento
-1936-
Typ. do cO LUTADOR•
Manhumirim-Mlnas
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Ao illustre e zeloso
Bispo diocesano
Sua Exctn. Rvma.
D. José Maria Parreira Lara
dedico este trabalho
como expressão
de veneração e de amor filial.
OAU'l'OR.
lmprlmatur
Carati11ga, 20 Decembris 1935
t Josephus Maria
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Carta approbativa
deSua Excia. Rvma.
D. José Maria Parreira Lara
D. D, 8i$pO de Caratinga
t José Maria
BisPo de CaraLinga
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lntroducção
que é necessario ler
Para quem?
Parti. todos.
Leiam este livro aquelles que querem co
üe(':er lH:m a Mãe de Jesus e amai-a muito.
�[/;���·,:,.��� �e�i!��"{ªir:C��t!�e�56c�blecçlJes
prole11tantes. vol. de 324 pag •
.At<l ,u.:.s prol.t.�lantes etc, vol de 33-1 pag.
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P. Jullo Maria
Nr scrlbam mnum,
Dut, pta Yírgo, manum.
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d 1;.i�����!!�P�n��t?e�:ad:_v����cfi�·A n:��1�'!!U:!
����rh�ib�����l
prêlo.
ª�rêº ��rod��)�ªlªu;��- �:ev��1:!�e
• . 10SOOO
a. A Contemplação SobrenaturaL -Doutrina
de a
�liJa�d 0 at4�C8��;:l�q��� ��c:i�:r: ::m�tt':� n��
la da doutrina do! grandes mctitl'Có. Como hegaremos
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:����4o°ta ��� r�:�t�t e�n:o�0s8Ja��r:����� º:i:�ficlS��
• (Vozes de Petropolls)
a�ilr��o�eleíiod:Oi. 'J: roo i;:::.tl��0'. �e�n�ad�
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o r s
Jn�:lo��t� p�f� �s c:r !��ºcs;?i.�t:e:Um��1J80 º!
e
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--14-
toC:-:SvPs°t!t.e.mlca
Podcr de synthese, oonvlcçõee profundas, eis o que ee
de u
8:1":s::! ��01:,a�e:� ci:1p��[:,r :SJ:::ig��Om uma
poderosa e Invulgar dlalcelica., envolvem na aua delicada
cstructura questões du uma tal relevancla que parti. tratal
os convenientemente se faz mlstllr uma grande penl'traçlo
de senso psycbolog:lco e um cabedal de conhe.:lmentos que
culoúnum, sobre as convenções bypocrltas, os sophlsma.s e
paradoxos com que se busca inverter aqulllo que tem os
seus alicerces em razões de ordem moral, mas não de uma
moral ngnostlca. Independente, oriunda do arbllrio de quem
quer que seja. (Do Men.JtJgdro da Fé)
m:te�n�t�t:!ª�i�':v3��pcf �:���l�=f:!J� ;�
'
Eis um livro phantastlco, revefador. Não são simplesmen
.
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C A P I TUl:.O 1
L A Marlolatrla
Não quero inventar nenhuma objecç!i.o; os
amigos protestantes se encarregam da fabricação
e da propaganda.
Vou tirar litternlmente de seus escriptos a&
taes objeoções, para elles não me pod�rem accusar
de exaggero ou de má interpretação.
Eis a accusaçllo de Mariolatria, tal qual a trans-
crev s
ri!;
rni���e iJ,� faí�� !����ção de Alaria Sma.
Diz o articulista :
•Indiscutivelmente, e não ba quem ouse ne-
gar, no catholicismo Maria occupa o logar de des
taque, ê o dac totum• da cõrte cc.e&W. Todas as
invocações, todas ae adorações alo dirigidas, ape-
nas e unicamente a ella. Representa no oatbolici&
mo tudo, a suhstancia. e a essencia. A )faria são
feitos os sermões e Oíft>rta de>f' pN>c:enf<'i:, os fieis--
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m. Um objeeto de adoração
Pa.saemoa depressa sobre tão bolorenta obj�
çllo.
� triste ser obrig"ado a responder a taes toliceJ.
No eeculo vigesimo vir a.inda á baila a lü.
latria!
E' dizer que por este mundo afóra a 1rrandema·
ioria da populaoão, estes milhares e milhares de
homene educados e instruldos ador&m imagen�
oomo vuJiiares fetichistas, attribuindo vida a um
pedaQO de paa, implorando favores de um t.õco de
madeire, pedindo saude e vida de um blóco de
<t.immt.o... proetrando a fronte no pó do caminho de-
ante do lllD. papeUão. Nlio vA o protestante que-
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V. A obscuridade de Maria
Diz o amigo protestante que os Escriptores
Sagrados envolveram Maria Santiseim& num si
lencio completo.
Que extranha asserÇiiO !
Que calumnia !
QuantH ignorancia do Evangelho!
Si Jesus Christo falou pouco de sua mãe
Santissima, os anjos falaram, os Evangelistas ra
laram, o povo falou, o céu e a terra falaram . . .
Até Luthero faloa . . .
Será preciso recolher tudo o que disseram?
Seria escrever um livro. Resumamos, pois.
Disse acimn que o culto de Maria é essenci-
almente um cuUo evangelico, e provando isso, tu·
do está provado. :
Que culto mais evangelico do que aquelle
que começa no Evangelho com esta homenagem
vinda do céu: Ave, gratia 7,lena. .Ave Maria, eludo,
cU graça; o Senhor é comt·osco ; bemdüa sois vós
enlre as mulheres !
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VUI. Conclusão
Parece-me ter provado clara e solidamente a
theec opposta ao articulista protestante, mostran
do que os Cutholicos não adoram a Sma. Vir
gem, prestando-lhe um culto que convem unica e
exclusivamente a Deus, mas honram, louvam
e ln-vocam·na,. por ser ella Mãe de Jesua
Cbri&to, ou Mãe de Deus, e como tal estando
auma·hierarchia á parte, acima de todo1 os SautOB
e abaixo de DeUB.
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J
A VIRGEM IMJdACULADA
com o seu dl
. vino Filh&
� :-:
�-
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C A PITULO l i
! Immacnlada Conceição
SECUNDO A THEOLOOIA
I. As objecções protestantes
Quaes são as grandci:i objecções dos proteflt an
tes con tt·a a lmmacu lada Conceição de Maria Sma.
A primeira (negativa) ê: ca Imm acu lada Con
ceiqão não figura na BlbUan.
A segunda (positiva} é d8 S. Paulo que rlisse:
todos os homens peccaram num s6 (Rom. V. 12).
Examinemos o valor destas duas obje�õcs.
Diz o articulista que tal dogma não fi gura na
Biblia.
Mostrarei maia adeante como ê falsa e que elle
ali figura em di vare.os logarelil. não pelo •ome, mas
pela verdade. Pouco importa que ali não se eu
oontre o nome. O nome do uma cousa ê feito para
manifestar a cxistencia. desta cousa ; e antes de
ter um n ome, a couso. jã deve existir.
O nome penca importa e pódo ser mudado.
A pnlavra S'IJphilis é de recente adopção, e
hoje os medicos vêem syphilie em toda parle, em
bora não haja mais do que em tempos passados.
E' o que outróra M ch amava «impureza de nn
guea. Na Diblia não figuram as molestias: ophtdl
mia, chlorose , lumbago, mi>nin�it.e, corysa, epista
xis, etc., etc. embora as molestias existissem nes
" te temgo como hoje ; a dilfer.ença é que outróra
cl,lamavam-se taes molestias : dor de ofüos,fraque-
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tecB:�=��� c n
:::i: �1: ��fm��r;������da e
o mais eubJlme trophéu de victoria do Redem
ptor.
E' o milagre que Deus fez.
O sangue peccaminoso de Adão e Eva devia
chegar até Maria Smo., mas nntes de participar
de seu ser, neste momento qunsi imperccptivcl,
em que a alma creadn por Deu;:; devia unir-se
ao sangue lormado pelos progenito1·cs, para !or
mar a pessoa de Mari;1 Sma., DÇ:us retirou o pec
cado e a Virgem nasceu do Fnngu<! regenerado,
purificado de Adão e Evn, scnd•.1 ella, Maria,
preservada de todo contacto do peccndo.
Tal é o privilegio da lmmacu1ada Conceição.
Bem vê o meu caro protestante que a lei
geral, traçada por S. Paulo, não roí violada de
modo nenhum, mas basta saber interpretai-a.
Podemos, pois, repetir com o Apostolo.
Todos peccaram em Adão.
Mas : todos não receberam o sangue peccA
IDinoso de Adao.
Jesus Christo não podia recebei-o, por ser
Deus.
Maria Sma. não podia recebei-o, por ser Mãe
ele Deus.
o Christo foi leento do peccado original por
naturew.
Maria Sma. o foi por preservação; São Joio Bo,..
ptiBtao foi por purificaçao.
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x
corpo e da alma, e igidas por sua naturtza de homem,
para alcançar o seu fim natural.
Os dons sobrennturaes são: a graca
santificante que fez delles lilhos adop1ivos de bCus e
a pre�stinação á visão beatifica.
Os dons preternaturaea consistem na
immunidade do soffrimento, da morte, da concupis·
cencia e da ignorancia.
Assim cumulados de toda sorte de beneficias, sem
direito algum a taes bens, Adão e Eva desobedece·
ram a Deus, commelleram um peccado mortal, co
mendo do fructo da arvore do bem e do mal (Oen.
li· 17).
O peccad.o, como diz São Paulo, entrem no
mundo por um homem só. (Rom. V. 12)
As consequencias deste peccado foram desastro
sas.
Logo, Adão e Eva perderam todos os dons que
excediam as exigencias da natureza humana.
Como vimos acima, tinham elles recebido três
especies de dons : perderam lego os dons sobrena,..
turaes e preternaturaes, conservando apenas, e ain
da muito enfraQuecidos. os dons naturaes, proprios
de •ua condição de criaturn racionaes.
� f � : ��\ �� � ��
' 5 8e 0 "
ravel t; � �c d;� fot ���a na s � p J�
Gratuitts spoliatus, vulneratu.s in natura
natureza.
ltbtta.
Como disse supra, o pf'Ccado de Adão foi um
peccado pessoal nelle, mas tambem um pecca
do de raça, ou de natureza. emquanto elle era a
cabeça da humanidade, de modo que, todos aquel
les qtte partilham esta natureza, ou pertencem 4 raça
humanit, devii'm partilhar deste pt:ccado, caus:mdo na
humanidade inteira:
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V. A transm.lssão do peccado
Deante desta doutrina catholica, certa e clua,
as objecções protestantes se dissipam, como as tre-
ns doante do &ol matinal.
O sou grande argumento ê querer oppOr ao
dogma da Immaculada Coneeiçllo o texto de São
Paulo : todos os homens peccaram
num s6.
Tal lei ê oerta, e como acabo de provai-o, não
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fe'to na peeson do Adão, quando Dous, depois de
c.tr !t-ito o seu corpo soprou nelle o espirita, for
mando um homem na por!eição da innocencia e
da justiça original.
:·:.... )[aria é uma twgunda Eva . . . mas Eva antes
de sua quêda.
Tal ê a sublime doutrina da Egreja,
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vn. Conclusão
� por não terem comprehendido esta doutri
na que os amigos protestantes fazem mil objecçõcs
contra este dogma, proclamando-o em contradicção
com a lei geral, impossivel em sua realizacão,
Caros protestantes, estaes enganados!
Estudae melhor a doutrina Catholica, e vereis
como em tudo ella se harmoniza com a Biblia. a
acha nesta Biblia o seu fundamento e sua procla
mação.
Vejamos agora exaDtamente em que consh�te
o tal privilegio : será a conclusão deste capitu!o.
O peccado original é essencialmente uma p•·i·
vação.
E' a privação da graça primordial concedida
á natureza humana na pessoa de Adão.
Uma comparação, embora imperfeita, nos fará
comprehender esta privação.
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C l'I P I T V L O I l i
A Immacnlada Gooceiç�o
SECUNDO A SAGRADA ESCRIPTUR:A.
1. As provas Blblieas
Urna vPrriarle •nóde ser rE''lf>lada na Biblia de do i s
mcodos : explicilamente e implicilamcnte
Uma verdade e,;tá expllcJtnmentc na Sa·
rada E"cri!llurn, quando, �cm rr,dodnio, tal verdade
,.. Aorecenta claritmente �o e�oiri10, por cxem olo :
Jla;ia de quem nasceu Je:rns :-é a revelação ex•
pllcltu da ma1ernijade divina da Vi. gem Santa.
A' primciTa vi�ta qualQutr pt' 'n l comprehende
1e tal cxpres�ão s:gnific1 que ,Jlaria é mãe de
.Jesus.
Uma verdade póde ser revt\ada lambem lmpU·
eltnmente, quando cita est:i contida em oulra ver
e claramente revelada, p:ldc11do !iC, pelo raciocinio,
uzil·a de ;,ta verd:ide.
p,.., exem plo : Maria é Mlle de Jesus.
Ora. um3 J\'Ue � u'l1a M�dilneira nala perto do
ho.
Logo, 1\\Jria. é Medianeira entre je:;u s Christo e
CM homen�.
A 1nediaçJ;io universal d:t Vi•c""m l mm acuh1da é
�j,_. uma verdarl e contida impllcitumcnte no
trxto citado do Evangelho.
A lmrnaculada Cnnci>içl!n não é rrvelada explici
mente, ma' o é hnpllcltaruente, como con·
eequrncia de verdades explicitamente reveladas.
São estas verdades que deve:nos estudar aqu i,
Jll'3 depois completai as pelo testemunho expUclto
tradição dos primeiros seculos.
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�foeá� r e e
v����e, 00 �� 'f�r�
o a
��
º i�f�u
a
� avelmente
Este corpo devia pois ser santissimo, na altura
da alma santissima, á qual devia ser unido substan·
çJal.mente., para constituir a pessoa divina de
C�risto.
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tomprehenderüo que a
unlea mulher, cheia
"'- graça, bemdita entre todas as mulheres, é
Maria, a Virgem Santa, aMao do Deus.
o d a
Sendo ella a esc lhi a, mulher prophetizada,
pois cl\a que, sendo dnsemen te da primeira
mulher E\•n, escapou ti dom naçil do domonio, fi.
i o
e:mdô isenta de sua mordedura, e smaga do a ca n
b.>ça dn serpente, numa palavra : é Immacula•
da em sua Conceição.
Querendo ou não querendo, polo texto da Di
blia como pelo bom sonso, tí.'m que chegar a Ma
ria Sma. e reconhecer que 6 elln que foi prophe
t11ada no texto citado.
Deste modo é de novo uma revelação lm·
•Uclta da I mmaculada Conceição.
V. A raça da mulher
Nilo paremos aqui, mas estudemos cada phra-
1e desta passagem prophetlca da gloria de Maria.
Provndo que tal texto se npplica á Mll.c de
Jt'stn, analysemos os seus diversos aspectos p:i.m
melhor destacar o seu objecto central : a vtr..
&em Jttarlu.
Porei inimizade entre ti e a mulher.
Notemos bem que nüo 6 s mple!!\ mentc entre
l
En1. e n serpente, mas sim entre a· mulher brm
dila r n semente da serpente.
:-.inda póclc haver de mois formal !
Prlo pcccado original, Eva, Adüo e toda
a sun posteridade estãosujt!itos ao
demonio.
N11o ha simplesmente guerra, mas sim do
mblio de Satanás sobre a raça humana.
F. eis que Deus, annunclando a mulher,-a
\"irgem Maria, cuja semente é o Chrlsto, diz: po�
rd inimizade entre ti e a mulher.
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�ma:t:di�r����:6;:��s:! :=:%h;�cÔe����5).
Maria esmagou a cabeça da serpente pela
sua lmmaculada Concetçao, como jâ ncou dito,
embora o demonio armasse traições a seu Qal·
canhar.
Taes traições são oa aoffrimentos phyalcoa
e moraes, as perseguições, as barbaridades, os
crimes, o annlqullamento de Jesus durante a aua
Paixão e morte, que seriam para qualquer outra
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oa que Maria, tentações de deaespero, de
confiança, ou pelo menos de temor, de duvi
como o foram para oa Apostolo&.
O demonJo procurou deste modo abater a
ragem, diminuir a confiança, resfriar o amor
Virgem Sma., sem nada alcançar, pois a fé
Maria, a sua esperança e o seu amor esta
multo acima das vacillações humanas.
O demonlo Ignorava o segredo da lmmaculada
Conceição; por isso tentava-a, torturava·&, sob o
so de suas perseguições, mas em vão: só pou
alcançar o calcanhar, isso é, o corpo da Vir
aem Santa, continuando a sua alma elevada na
região da fé pura e do amor divino.
Armou traições, mas foi esmagado sob o pe�
., deste calcanhar virginal, que tinha o peso da
antidada de seu divino Filho.
Ets o sentido claro desta bella propbecia.
Na.o é preciso vergar ou adaptar o texto sa.
srsdo á these aqui delendlda ; é o seu sentido
obvlo, sempre acceito na EgreJa e delend.ido por
todos os seculos.
Bella e sublime revelação lmpllclta da Im
aaculada Conceição.
VI. A grande discussão
A bella prophecla, que acabamos de analysar,
u tn m d
re��B� :e:i� �eS::sa������t: S��D��:i�s��; :
tllscutida pelos protestantes, attrlbuJndo·lhe uma
ligulftcaçn.o dlfterente da lnterpretaçao cathollca.
E' o que aconteceu.
Nas dlversai versões da Blblla encontraram
..a variante.
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VII. Conclusão
Como acabnmoR cio t er, o nublimo dogma da
Immnculcda ConCPição não está explicitamente re
velado no Antigo Tostamento, n�o hn\'endo razão
para que Deus mani festasse aborta o publicamente
uma verdade, muito nci m n da comprehcnsãe dos
Judeus.
Deus agiu do mesmo modo com a revelação
do myeterio da SS. Trindada. novelou-o im.plici
tamente, em termos e compn.rnçõos veladas, que
nito doixnm apµnrecor logo o mystcrio, m:is por
mittom aos seculos vindouros, nn hora propicia,
deduzirem estas verdades, como conclusão, de
outra'i \'Brdades, explicitamente reveladas.
.e deste modo que ngiu com a lmmaculada
Conceição. Ha i11clicios, ha indicações, porêm de
tal modo confusas, q ue só depois de bem compre
hendidas outras \'erdndos, ó possivel deduzir del
las a Immaculada Concoição.
O que dominn no Antigo 'l'estamento é a Vir
gindade de Maria. Isto é claro é positivo :
O Senhor t'OS dard um si.gnal, d isse !saias a
Achaz. Eis que a. Virgem conceberá e dará á luz
um. filho, e cha11w1·ao o seu nome : Emmanuel,
isso ê : Deus comnosco ( !sai. VII. 14 }.
O Salvado!' cle\·erá n asce r cio uma Vi rge m : .e
uma verdade b:-isic.1, que deve servir do principio
ás. outras verdades.
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(1) Eva conlraria Evie: Eva enim feclt filios suos tnJ�
mkos Dei ; Maria oos pactficavit Deo. lllamatercuuctorum
Ylventium, spirltualls lnterfectrfx; hree cunctorum Mater,
911lrltualis vlvlficalrix. Ilia maledJcta multlplJcatur a Deo:
kc buedicta ln Mutrls utero (S. Antoninus ln sum. parte.
' t 61 e. 13).
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C l'I P I TU l'.; 0 I V
A Immacalada Conceição
SEGUNDO . As PALAVRAS DO ARCHANJO
L A Virgem Maria
A prova mais explicita, mais luminosa e mais
decisiva da Immaculada Conceição, são as pala
vras, com que, em nome de Deus, o Archanjo
veio communicar á }!aria Sma. o mysterio inef
favel da Enearnaçao, pedindo-lhe que consentis
se em ser a Mãe de Jesus.
Tudo ali é divinamente bello e divinamente
profundo, mostrando o que já era nesta hora a
virgem Santa, e revelando o que havia de ser
no futuro.
Retracemos, em breve commentario, esta
seena sublime, destacando apenas o que se refe
re é. sua Conceição Immaeulada e o que prova
a existencia deste privilegio na humilde Virgem
de Nazareth.
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n. A saudação do anjo
E entrando o anjo onde ella estava, disse-lhl':
-AH, eheia d« [i1'nfU 1 Ll.C. 1, :!b).
Cnmo tudo ó nim�; lci> nt:�la phrase . . . ) c
"'�Hlr..l prelimim1r, nenhu1a;i en:pha'ic. . . nen!nm a
1lavru supcrt1u:1.
A lradl•;!\o i:os mQstra o l.iminoso Arcltan
' so':> a f61·ma hum'.lm!. penc!rondo, fo ; l'·:·pcntc,
ll humllda crmL!a de :faz.i!·cth, onde esteva. ah-
1rtu. em coatemp:laçt:o a lt'Jtn!ldc Virgem e, in
::::mndo-sc re'ipeitosamt:ntc-. r.i i ri�e-lhe a SBuda
:o uca•lJ. na P:ile8fü t'1 : .trP (J(lu..irê-alcgra-t",
:zl•·r, a 11az srjri eomtiyo-Dru.'i tr ��alrf' / Avc
:er dizer tudo if!so.
Um1 tal saudação c:n ns:l cnü·c ns pt1ssoa5
atti1ign�, revestidas de digr.ülatle, nunca tinha ca
,(do cios ln.Lios de um anj'J pun:. so.uda.r uma cl'i
a.tura.
Quamlo, no antigo Tc�tamento, um anjo ap
p ceia a a.lgucr:1 , elle ficuvJ. cm pt'.:, graYe e ma.
ce�toso, cm1pa.nto o privih•c:i<�do dn appari<;íio so
ir...t;trava -
: om u t.oa:� <:>m te:r:i.
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Isab�rfig��"�11�i�1�1i�����t;i��;;tgº{1�ux:l�1{)
( T. 67)
Zacha·ri.as . . . foi cheio do Espirilo Sa11to
E será cheio do E�pirito Santo lá)
(Luc. 1.
Destes textos, os protcstant<.'s concluem : Si
Maria é Immaculada por estar ch<'ia rle graças,
então, I�abel, Zachnrias o João Baptista, são tam·
bom irr.rnaculados, por estarem cheios
do Esririto
Santo?
Bolla argumentação . . . de criança.
Si os caros crentes lessem o texto inteiro ,.&
riam immediatamente a differeoçJ. radical destas
duas expressões.
Estar citei.o do Espirita Santo, na linguagem
biblica, quer dizer ter o dom de propbecla, de
modo que não é a tal pessoa que faia, mas é bem
Dous que fala, pelos seus labios - Sicut loculus
est per os sanctorum, et prophelarum ejus (Luc.
1. 70).
Por isso, em seguida de cada uma destas ex·
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
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- 101 �
2) Um colloquio.
�iJ Um consentiinento.
4) Um rructo recebido e trns:nittido ao ge
nero humano.
Afaria é a mulher bemdltn, como é bem·
dlto o fructo de seu seio.
Benedicla-tu in mlllierilms, et benec!ictus fru
clus�vtmtr-is tui: Jesus
(Luc. l. 24.)
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i ã
Innocencia original, ou
VII. Conclusão
Além das seis provas acima citadas, podiam-se ad·
duzir muitas outras, de valor menes explicito lalvez,
mas exprimindo, pelo menos em sentido metaphorico,
o grande mysterio da lmmaculada Conceição.
Cada pRrase do divino colloquio do Archanjo
com a Virgem Santa, as palavras de Sta. Isabel, o Ma
,m.tícat, a exclamação da mulher proclamando bem
aventuradas as entranhas que contiveram o Salvador,
a mulher revestida do sol e a cabeça coroada de es
ftllas, do Apocalypse, todas aquellas passag�ns se re
lerem mais ou menos diredamenle á lmmaculada
Conceição.
Limiterno· nos ás mais expressivas acima explicadas.
Primeiro argumento
Ave, cheia de gra.ça, disse $. Gabriel .
Maria está cheia, está repleta de graça.
O que está cheio não cabe mais nada além.
Ora, �i Maria não fosse lmrnaculada, podendo sel·o,
ella não e�taria cheia de '?"raça, faltando·lhe a graça da
lmm::iculada Conccic;.to.
Lego : Maria Santissima é immaculada !
Este argumento é irrefutavel, pois devemos ne
cessariamente admitlir q:.xe o Espirita Santo, que di·
dou estas palavras, conheçe a significação e a exten·
são dos termos empregados e fala. o mais claramente
passivei, para poder ser entendido.
Este texto seria o bastante, mas, para que não
h aja nenhuma duvida a respeito do sentido obvio, o
Espiri ta Santo continúa a repetir a mesma verdade,
em outras palavras, corroborando um texto pelo outro.
A segunda traducção deste termo dá o mesmo
resultado : 'Ave, toda formosa pela graça.
A graça é Q que torna a({radavel • Deus.
Maria é, pois., toda agradavtl a Deus.
Ora, &i ella não fosse immaculada, ella se: toma·
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ri.a mais agradavel a Deus, :endo·o; e já não �eria
mais toda formosa.
Lego : Meria Santissirr a é ln macu'ada !
Segundo argumento
Terceiro argumento
O/arfo argumento
Quinto argumento
Sexto argumento
Para tranquillizar a Virgem Santa, perturbada pela
•blime saudação, o Archanjo lhe diz: Nao temas,
llaria, pois achaste graça deante de Deus (Luc.
l 30).
Mas, como Maria Sma. podia achar a graça ?
Acha·se o que está perdido . . .
A g raça não estava perdida, pais S . João Baplis·
ta, S. José, Sta. lzabel, e tantas outra:i almas santas
Yiviam na graça de Deus.
Não se trata, pois, da,graça santificante, que exis
. em muitas almas.
Qual é a graça que Maria Sma. achou . . . que
estava perdida, e que ninguem tinha achado?
Esta graça é a graça original, perdida desde o
cado de Eva, e nunca mais achada par ninguem.
Podemos resumir este argumento, dizendo:
A unica graça oerdida desde Eva e nunca acha·
pelas cfr1.turas, é a graca origin.al.
Ora, Mada Sma. achou esta graça perdida, sen
reveslida della.
Lego , elh é lmmacu\3da.
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C 1' P I T U C. 0 \1
A Jmmacnlada Goncei1ão
SEOUSDO A TRADI�O
I. A tradição divina
Os protestantes admittem a palavra divina,
t�l qual foi escripta na Biblia, por inspiração di
vma.
A Egreja Catholica está de accôrdo sobre este
ponto, e admitte egualmente a Biblia como sendo
a palavra divi.na escripta.
Onde a Egreja discorda do erro protestante
é que alia além da Biblia, admitte cel'tas verdades,
não escriptas na Biblia, ou escriptns não de mo
do literal mas sim espiritual ou figurado.
Os protestantes admittem s6 a Biblia, dizen
do que todas as verdades reveladas por Deus es
tão na Biblia.
Ora, isto está em contradiccão com a propria
Biblia.
S. João, ao terminar o seu E\·angelho. diz
expressamente : 11/uitas outras cousas fez Jesus,
as quaes si se escrevessem, uma por uma1 creio
que nem, no niundo todo poderiam caber os li·
vros que seria preciso escrever (Joan. XXI. 25).
E' pois certo que Jesus disse cousas. que não
estão escriptas ; e o que disse e não io-i escripto
tem o mesn10 valor e a mesma autoridade que
aquillo que foi escripto na Biblia.
Nenhum protestante sincero pódo negar isso.
E <'1•u10 se chama esta palavra di•wina, não es
cript:i?
E' J::i. Paulo quem nos revela o nome destas
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t s
r�}a�s ;e�g: :_�e�i':r��-if�!1S(��f�� p�:J�:Sul:J.Z�11Ji�Í1�:f
�ái:f��·u1U:,:��tf�����u�:_��;:r�1�ed:roJ:'irr���fi,:
a fidelidade e a authrnricl.dad<:: das clt-açúes.
Deixarei tr:rlos lalfnos dos Seeulos seguintes para
os
• �-obrecarregar lirro, que deve ser antes de ll/.do,
mn
lfar, conSf'rvando e11lrelanlo a segurança da doutrina
fnteíru fidelidade na cilaçllo dos docmnentos.
Commemorantes sanctlssimrun, immaculatam, glorio
;.aam Dominam nostrem, Matrem Dei et scmper \'lrgi
}larium. (S. Jac. ln Liturgia sua)
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V. No quarto seeulo
Do terceiro, penetremos no quarto sec�o.
mais fecundo e mais luminoso ainda que o t�
ceiro, e.tlirmando o grande privilegio do. Mãe Cie
Jesus.
Temos dcantc de nós as figuras incompara
\'eis de Santo Athaaasio, de Sunt' Ephrem, de
São Basilio Magno, de Santo Epiphanio, de Wo
Gregorio de Nyssc, d!'! São Jeronymo, de Timo
theo, de Síi.o Sophronío e de São Jollo Cbry
ostomo.
E' a pleiade gloriosa de grandes ApostoLbs
to ir d r
�di�� d:ªs! f::a��a�:1C��c0ei��o�0 0 pa -
Devo limitar-me a curtas citaçõ�. sinilo ha
Yeria assumpto paru um livro inteiro.
Santo Athanasto� o invencivel pionefro·
ela gloria da Mãe de Deus contra os herejes d'o·
'Oriente, exclama com entliuslasmo communicra
tivo : E' justo que te acclamemos a nossa Mãe,
nossa Regeneradora, nossa Soberana, nossa Mes,_
tra, porque o Rei gupremo, o Senhor, nosso Deus.
aahiu de ti, Tu estás sentada a seu lado. Para
nós Elle é temlvel, mas para comvosco Elle •6
twn doçura e vos concede toda graça.
Por isso, o anjo vos proclamou : cheia U.
graça, a vós que possuis toda a graça em atuln�
clancia•. (22)
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Anastacto, o Sinnita, escrevia em 544, em
suas contemplações: «Dizei-me, quem entre oe
homens ou demonios ousaria pretender que Aquel
la, cuja carne é da mesma essencia que a carna
do Filho de Deus, não toi feita á imagem e seme
lhança d'Aquelle que della nasceu ?
Como seria ella a Mãe de um tal Filho, si ell•
não trouxesse em si mesma, em toda a sua inte
gridade, a imagem de seu Filho'?
André de Jerusalém, numa Homilia
aobre a morte de Maria Sme., disse : Maria era
immaculada, sem mancha ; a pl<"nitude da casti
dade sobrepujava n'ella tuc'lo o que existia : QuCB
cum essel immaculala,... impolluta.. .•
Hesyehlo de Jerusalém vi\'ia no começo
do 7.0 s�culo. Deixou diversos discursos sobre a
Virgom Maria nos quaes chama Maria : Pomba Im
maculada, toda pura, Virgem escolhida entre as
Virgens, gloria da terra, adorno da natureza, e
termina, dirigindo-se A Marin. «Maria, porque sois
pura do toda mancha, porque sois conservada, tal
um templo incorruptinl, tal um Tnbernaculo sem
mancha, o Padre Eterno vem habitar em YÓS, o
Espirito Santo YOB cobre com sua sombra, e o Fi
lho unico de Deus se reveste da vossa carne e
nasce de vós !•
Santo Elo"1 Bispo de Noyon, falando da
Purificação, di1 : Deve-se considerar como não
Wndo oontractado nenhuma mancha Aquella que
o Espirito Smt.e cobriu com sua sombra e que deu
4 luz o autor de toda pureza e de toda santidade•
Santo Ildefonso diz por sua vez : E'
constRnte que foi isenta de toda falta original
esta Virgem, pela qual a maldição de Eva não
foi somente retractada, mas pela qual a bençam
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:; ��!f: i: ��t!8a � f
e º e urpura, pelo sangue
c d e (1
Nas actas do sexto Concilio geral sob o
Pontificado de Santo Agatbão, lemos uma affir.
mação categorica da Immaculada Conceição.
Lemos no capitulo Vlli das Actas: «Contes·
amos que N. S. J. Cbristo encarnou-se por ope�
ração do Espírito Santo, da Santa e lmmaculada
t
esse �ec�;mf:S��Jo��1�U:n�i!. �':n�;;u��q�;ai)!���
oostra, Oel Genltrlcc, tiemperque Virgine llaritl (YI S;,·n. lf('n.
a.ct. 8J.
:l) Ex &llncta et lmmaculnttl carne ejut tn proprla. sub
stnntia carnem ai<sumpslsse (Idem.: Act. 18).
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.
. .
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X. Conclusão
Paremos um instante no limiar do decimo
gundo seculo para constatar como nestes se
culos mais remotos brilha, tal uma estrella, a ver
dade inconcussa da lmmnculada Conceição.
Nenhuma opposiçlio se levanta nem sequer
da parte dos berejes e outros inimigos da reli
gião.
Todos os escriptores cathollcos que tratam do
as1mmpto, manifestam a sua convicção plena e
integral a uma vercJ,ade considerada de tradição
apostolica.
f\enhuma voz discorde, nenhuma luta entre
os theologos, nenhuma reserva a este respeito.
Com o termo proprio-Immaculada-ou por
termos equivalentes, encontramos sempre Maria:
toda bella, isenta de todo peccado, livre da man
cha original, preservada de toda macula.
E' a Immaculada, tal qual, seculos após a E
greja a proclamará em defiuiçAo dogmatica, que
usará. para sempre como uma verdade implicita
mentfl revelada no Evangelho, e explicitamente
.,;Onfirmada pela fé universal da catholicidade.
Notemos bem esta rtrmeza e esta unidade de
t'nsino, tanto para preparar o nosso espirito para
a eclosão final do dogma que deve desabrochar
!'Obre esta haste, como para comprchender e apre
ciar em seu justo valor, as hesitações que Pncon
traremos nos dois geculos seguintes, hesite.ções
permittidas por Deus, e até necessarias, para o
brigar os theologos a estudarem até no fundo
esta glúriosa prerogativa de Maria, e definir to
das as suae consequencias.
Como conclusão doutrinal, que resume tudo
o quo acabamos de ver e synthetlza em faixo lu-
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- ' 1ó -
�111� 1
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C 1' P n u r. o v1
A Jmmacolada Gonceição
SEOl'�DO O DOOMA CATHOLICO
I. Prbneirns hesitações
N_gs onze primeiro!! scculos a l:iFtoriu. nilo
uns transmitte nenhuma impugnação da venlu
e catholica, acerca da Jmmaculada Conceição.
Cada um dos Doutores seguia E.lrnplesmentc
luzes tla fé e o nttraclivo de �ua piedade
para com a Sma. Vlrgcru (' nilo procurava pe-
11. trar mais avante numa questão, que uii.o to
va ás bases es�enci11es d:l. religiilo, e que ne
ntmm �ter.•je atacava.
1'' o começo deste seculo a que!'t.lo muda tle
pe1.;to... l!a um desenvolvimento intl'nso dos e s
-
.doi:; phl'osophicos que abre novo.- horizontes.
Os th<'ologos 1.erscrutam o. doutrina, e pc
tram ncl' mystcrios, querendo cont:uer a fun
. a religião.
Era UM progresso nota\'Cl, ttCCC"'-"'ªrio, mas
tJJ.
e n.lo JPixava de apresentar certos perigos.
O es o da rPLigHlo ó o mais �ublime dos
�Ul1os, qas deve ser dirigido por uma auto·
dnct" Mmpetentc.
Nai: q 1estões incertas e não definidas, Roma
xa r1 po aberto aos estudiosos. e som�nte,
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-
- :J) lnnocens fl MI ab orlginallbv11 H actuaHbus pccra·
ti-<. Xemo lta pra t •r te. (Scrru. � ln �ahc Rcg.)
c
non·1n1 t=u :�c�1\ '!��c�g�����a'���1�t�ir�� c�::�:iil
(�ermo 3 de Cacna Dom.)
Caro 'larire ex Adam assumpta, maculas Adre non
admlsit. (Serm. de Nt.t J
5) Bt'ata Virgo tota p�lchra fuit.(Rlc. S. Yic}.
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- 1 (,] -
V. O trlmnpho da verdade
Agora podemos resumir.
Após a tradição apostollca, ou -verdade
simples, certa e indiscutida, veio a opoca da
Impugnação, e esta suscitou os mais bellos e
os mais pr:>fundos estudos sobre o assumpto.
Estes estudos puzeram em plena luz, e com o
brilho de uma verdade innegavel, o privilegio da
Immaculada Conceição.
E' a epoca do triumpho que começa e que
deve ser sellada pela proclamação oUicial, infalli
vel, do dogma catholico da Jmmaculada Conceição
de Maria.
De vez em quando, um ou outro pôde ainda
combatel-o, porêm, em toda parte, os grandes the
ologos e os grandes santos o abraçam e defen
dem com enthusiasmo.
Os concilias não o proclamam ainda dogma
de fé, mas dizem claramente quo ê ama verdade
que um filho da Egreja não póde negar.
No começo do seculo XV o Papa Alexan·
dre V, sem definil-a como verdade de fê, appro
vou a doutrina da Immaculada Conceição.
Sta. Brigida e Sta. Izabel de Hungria fizeram
se propagandistas ardentes do grande privilegio
de Maria.
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-- 1 7 1_
_ ______
• A proclamação do dogma
Para concluir a exposição doutrinal e histo
do grande dogma, basta recolher umas das
vras da bella e luminosa Bulla do Santo Pa-
r!ºc��Ce%��1��i�e�L��ia�0M�e �e1D:i��
No dia 8 de Dezembro de 1854, Pio IX, cer
o de 53 Cb.rdiaes, de 43 Arcebispos, de 100
pos e mais de 50.000 romeiros, vindos de toda.a
partes do mundo, levantou-se de seu tbrono,
Basilica de S:lo Pedro, de Roma, na plenitu
de suu. autoridade intallivel, pronunciou e de
lu que : a doutrina que professa que a Bem
enturada Virgem Maria, desde o primeiro ins
te de sua Conceiçllo, fôra, por uma graça e
privilegio especial de Deus Todo Poderoso,
V'isla dos merecimentos de Jesus Christo,
tvador do genero humano, preservada e isen
de toda mancha do peccado original, é re
lada por Deus e, por conseguinte, deue ser
reditada formalmente por todos os fieis.» (18)
Um silencio religioso permittia até ouvir ca
palavra do Santo Padre que cstaYa tão com-
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VIII. Conclusão
Eis o dogma da Immaculada Conceição, ao·
ligo como o mundo, no privHegio divino ; antigo
de 19.50 annos, na pessoa ela Virgem bemdita.
Não é uma novidade: é uma verdade bash�a
da eligião de Jesus.
r
A verdade existiu. . . brilha no antigo no e
novo Testamento.
Os Apostolas procJamaram·na com toda a OU·
toridndc de Hill missão divina, e transmittiram-na
a t r n
r
�aPM�! �� ��s���<lci����: �ªfªr�Ja�ªo� �e���
eo Espirit<' Santo que dirige á �grcja, o cuida
do de escolher a hora opportuaa de manifestar
RO mundo o dogma implicitamente revelado na
Sagrada Escriptura e ervlilame1l/e expresso nas
tradições apostolicas.
Uma cousa é: revelar novidades, e 01tra
cousa é : proclamar verdades existentes.
Não ha quem não veja a dirrerença en
tre proclamar uma verdade e a existencia
desta verdade.
Proclama-se o que já existi.!.
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C A P I V ULO \I l i
I. Virgindade e Casan1ento
Eis a priruei!'a parte do argumento do pro
fessor baptista :
•As Sagradas Escripturas de modo nenhum
podem rebaixar a bem.dila entre as mulheres,
nem negar-lhe quulquer honra. que lhe pertença.
Ao contrario o verdadeiro ensino elo Novo Tes-
d
�ªç��ºJ� ����� �e��,1��:�1� s0a���L·��iafi�
e sobre o seu matrimonio depois, e a conccpção
��i);
de outros 1ilhos pelo �-eu legitimo marido, José,
ao emvez de deshonral-a, honra-a, na glorifica
ção da maternidade como tal, no sagrado plano
de Deus. A falsa theoria clerical romanista, de
que o celibato (com todos os seus males) é um
estado mais puro que o casamento, ó rcsponsa
vel pelo dogma, pela Egreja Catholica inventa
do, da perpetua virgindade de Maria.."
E' um pedacinl10 indigesto. Procm•cmos ana
lysal-o clara e sinceramente.
O professor quer dizer:
1-Que a Sagrada Escriptura. nllo póde re
baixar a Virgem Sma.
Muito bem ! Estamos de accordo; mas por
que então procura o sr. rebaLxal-a, negando-lhe
um titulo que a propria Escriptura lhe confer e ?
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Ent6ndo, 1>()is, que isto � bom para o /lome1n
..star a.�sim (solleiro).
Estds ligado a uma mulher � nll.o busques
desliuar-tr. Estás livre de mulher ? nao bJlsques
mullter.
Mas, si Lom.qres mulher, nào veccaste. E si
uma 11il'nrm se casou, não peccou; todavia estes
tertlo lribularôes da carnf'. E eu quizera pou
par-vos " ellas . . . (lbid. 25). O guc estd sem mu
lher, est<L cuidadoso das cousas que sao do Se
nho1·, como Jw. de agradar a Deus ! . . . Mas o que
estd. casado, esttf w.idarloso das cousas que são
do mundo, como o ha de dar gosto á sua mu
llter; e está dil'irlfrlo.
E a mulher soltrira o a virgem cuida das
cousas que são do Senhor ; para ser sauta no
corpo e no es11frifo. . .
Aquelle vai�· que casa a sua (filha) virgem,
faz brm, e o que não a rasa, faz melhor•. (ibid. 38).
Que ó que se deve concluir da passagem ci-
tada '? . . .
Duas cousas cssenciaes:
to. Casar-se é permiltido, é bom.
2". Não casar não é só permíttido, mas
melhor.
Poça o que quizer, torça ou desvie os ver·
siculos citados, e o meu professor de hebraico,
sí fôr sincero, deverá ou conceder ou negar
a citnçl.'i o ; o meio-termo ó impossivel.
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recer alguem em eompanhja de Mt rJa Sma. e
e São JoRé.
Durante a V1da publica de Jesus:, a sua mie
apparece de vez em quando; nunca veo:os a se u
lãclo taes outro& filhos.
Durante a paixão enconttamos a Virgem Sma.
em companhia de Maria Magdalcna, das santas
mulheres, co m S. Jollo, e de novo nun ca vemos
aJlj de tàes filhos ao seu lado, para coneo1al·a,
reconfo:rtal-a.
Jesus é crucificado e ao seu lado está. a.
Vtr1em Dolorosa, em pé, esmaguda sob o peso
de 11ua dor, e novamente nenhum de taes filhos
ali apparece.
Jesus morre, e de seus Iabios moribundos,
ne1':i1!f���: : ���:e
co c
s R e nto servira. para eluci
dar cala vez mais a solução t.la quePtlto, por
que hll de sever, que Maria milc de Thiago e
José. ;:ião era Maria Virgem ; e por con.::1�guinte-,
resulta claro que os chamados 1rmaos de Nosso
senhor eram filhos de outra m�e.
Lemos cru S•o João que estavam juntas à cruz
deJes isasua mãC', irma dc sua mae, fJ,7, ·a, mu.
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V. Conciusão
E' inulil multiplicar ns c'.tnc;ões, pois r�-. pro·
vas da vi rgi ndade perpatua da Virgem 81.n ta não
são simplc::m1ento extrinsccas, isto é, apoiadas so
bre a:> autorJdadcs, ma!'I intrinsecas, provfmientes
do proprio facto, ria palana diYin!l1 inl"rpretada
per ru:"a exegése le::il o cc;1sc:< ncios::i.
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· C 1' P I V U L O \1 1 1 1
I. O matrimonio
Citemos mais um trecho baptista.
Todas u &1crlpturas ensloam clara e positivamente
que o casamento é uma inst!tulçAo divina, estabeleelda por
Deus, e, consequentemente, é um estado de sanUdade (Heb.
18: .f.; Prov. St: J().28; Psal. 128) E' uma ldéa Inteiramente
estranha 68 Escrtpturu, e falsa, que o matrimonio consUtue
mna espeefe de lmpure7.&. O homem e a mulber no Jardim
do &:!en, antes de pecearem, receberam ordem de Deus;
d'rutttlcae. muJtlpllcae--vos, enchei a te!"l'V'.
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- 1 98-
asse
�� �
Só sendo no Seminario Baptista.
ue livro catholico o Sr. encontrou tal
0
Naturalmente em um livro Communista. Abra
qualquer pequenino Catecismo e o.li o Sr. encon
trará o seguinte :
Que é o matrimonio?
Ê um Sacramento que N. S. J. Chr. instituiu
para estabelecer uma santa e indissoluvel união
entre o homem e a mulher, dar-lhes graça de
se amarem, e educarem christilmcnte seus filhos.
Eis a doutrina Catholica em toda a sua sim
plicidade e encanto.
A Egreja considera e venera o matrimonio,
como um Sacramento instituido por Jesus Chris
to . . . Ora, cerno � que um Sacramento, que é
productor da graça, póde &el' uma impureza ?
Attribuir tues absurdos A Egreja ali.o pôde ser
ignorancia, é calurunia, é despeito, é baixeza!...
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- 1 99 -
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-20 1 -
�
Nesta. arvore o Professor verá claramente
que S4o Thiago, or ser irmao do Senlwr ( isso
é: primo segundo na.o é filho de Maria Smn.,
mas sim filho de leophas ou Alpheu e de Maria
Salomé.
Em ve41 de ser filho de Maria Sma.. elle é
1fmplesmente sobrinho della e prlm.o•lrmão
de Jesus.
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-202-
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., � !": �
crj r;1;
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m. Um terceiro Thiago
Para atrapalhar tudo, o Professor baptista
erla. um terceiro Thiago, que não é Apostolo.
Escutem o que elle escreve:
r
o' no'.fa�.°e 0tã��i:�a��� N���· 1��st:�:n�8q�=
a razão ncmhuma pa.ru um leitor attento o sincero dà BibUa
:�:����s�ºEi1 i:l�:!;l�1g����ºM�:���� ���ªr: �8�2�9.
1!; 1 Cor. 15: 7; Actoe 15: 13, 21 : 18 e em diversos outroe
lagares. Deprehende-se de 1 Cor. 15: 7 que ell6 i::e conver
teu occaslão quando Jesus llio nppareceu depois da. re-
na
1urrelção.
É a conclusão do texto citado em que os
Actos nos mostram uns Apostolas perseverando
em oração com as Santas mulheres, com Maria
e com os Irmãos dellc.
Disto o Professor conclue: ha ahi os Aposto
las, as Santas mulheres, a Mãe de Jesus e os ir
mãos dclle.
Os dois Santos Tbiagos eram Apostolas.
Logo, tacs irmãos delle são outros persona�
gens e devem ser filhos de Maria Sma.
Que horrivcl syllogismo, ou melhor que s.u•
ph.is.mn nmphibologico !
Vcjamo.s hem os componentes da reu.nião ci
tada :
O texto diz : Subiram ao quarto de cima, oov
de permnnPciam Peclro, Jo(Jo, Thiago, André, Phi
lippe, Thnmé, Bartholomeu. Mathcus, Thiago fi
lho de Alphrm, Simao o zelador, Judas irmão de
Tlliago, a.� Snnlas mulheres, Marta, Mb.e de J�
.1;us, com os frmtlos dtlltt. (Act. I. 12-16.
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V. Outra balburdia
Citemos mais uma p89sagem do artigo desas
trado do Professor exegetioo baptieta.
A \'Ordado jã está claramente provada, mas
não será inutil provar mais uma vez a perYersi
dade da interpretação individual protestante.
Dizem elles e repetem que a Sagrdda Escri
ptura 6 um livro claro, ao alcance de todos.
P.: um erro. Nenhum livro precisa mais de
explica.ção e de estudo do que a Biblia.
Mas, mosmo si fosse ,·erdade, porque então
tecem ollee tantos cornmentarios, inventam tantas
hypotilese, até novos Thiagos, e escurecem com seus
commentarios o que é claro e luminoso.
Si assim fazem dos textos claros . . . que serã
então oom os obscuros 1
Eis mais um pedacinho, claro, que lhes serve
d'l protesto escuro.
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u
Q e absur !do
A verdade é-e os factos o provaram por
demais-que todos s o Apostoles eram vacillanteif1
no dia de Pentecostes rece
hesitantes . . . e que só
beram do Espirita Santo o dom do força e de
firmeza, que deveriam caracterizai-os em seguida.
VI. Provas Internas exegéticas
Depois de termos refutado o erro do illustre
Professor baptista, erro que elle reconhecerá, si
fôr sincero, é mister estabelecer claramente a
verdade unica, certa, evangelica.
Quero fazel-o aqui succinctamente, citando
as diversas provas internas da Sagrada Escri
ptura, interpretadas por uma exegllse obvia, lo
gica. irrespondiveJ.
Como tenho repetido a cada passo, o termo
irmaos de Jesus-nada prova contra a Virginda
de perpetua de Maria Sma.
Todos os historiadores concordam em dizer
que a palavra-Irmão-não tinha entre os he
breus e entre os judeus bellenistas, e em conse
queocla na linguagem dos escriptores sacros, o
sentido restricto que possue entre nós.
Servia para designar todos os membros de
uma mesma fam.ilia, ou todos os descendentes de
um mesmo pae, quasi indillerentemen.te.
vn. Conclusão
Paremos aqui.
O professor já. está abusando de nossa pa
ciencia, com as suas objccções sem fundamento,
que só têm por fim escm·ecer o que ó claro, e
baralhar o que é logico.
E agora o que resta cm pé de sua. ,fa!Ea e
sophistica argumenta9lio?
:Nada ! nada f sinão destroços de uma derro
ta. ,·ergonhosa.
Que mais faltará, digo com o proressor, para
a total destruição da thcotia protestante ?
Absolutamente nada . . .
)las o que fica de pé, firme, inabnlavel e lu
minoso é o dogma Catholico da Virgindade
per:petua da Virgem [mmaculada.
Resumamos aqui cm poucas palavras o que
temos amplamente desenvolvido e provado nes
tes dois artigos.
E' um dogma de fé na Egreja Catholica que
u �.lüe cio Jesus permaneceu Scm,p;:e Vir
gem.
E' a tradição unanime dos seculos, co:no é
o ensino do Evangelho.
E' o sentido do titulo que sempre a Egreja
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------·-'
·2
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l"'-
7-
_ __
§�:;10 ;��:Jra's
c lra
sar por um espirito humano a
idéa de que a rgem Immaculada, que não quiz
acceitar a dignidade de Milc de Deus sinão com
a condição de conservar a sua virgindade, que a
conservou antes e durante o parto, a tenha per
dido depois, para ter outros filhos, além de seu
fiJho divino ?
A simples supposição inspira horror.
Santo Thomaz diz muito bem: Uma tal idéa
deroga a dignidade e a Santidade da Mãe de
Deus. Seria de sua parte uma ingratidão sem
nome, si, não reconhecendo os milagres que o
céu multiplicou para a conservação de sua vir
gindade, ella tivesse voluntariamente renunciado
a uma integridade que Deus tanto estimava.
g
O abandono de uma tal rerogativa seria
sem
�:g �� i�� �:: :����� � �� ii� ifô! �.
1 ª
e
e
s o o
« ·
u /
que este seio virginal, onde o Espirita Santo ti
nha operado, do qual Jesus Christo tinha feito
o seu tabernaculo, pudesse ser profanado, nem
que José, nem que Maria tenham podHlo deixar
de respeitai-o.
Antes de sua Concelçllo e de seu parto,
Maria Sma. tinha dito em geral: Ndo conheço
varão. s. José entrou neste designio; e elle te
ria deixado de respeitai-o depois do parto mila
groso ?
Não, não; não póde ser ; teria sido um sacrl
legio indigno delles e Indigno de Jesus Christo.
Digamos, pois, bem alto, e com toda a certe
za d� nm dogma revelado por Deus:
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C l'I P I T U L O U'l:
I. Antes e depois
A primeira objecção denota muita ignornn
cia, tanto do sentido grnmmaticnl da palann,
quanto do E1entido exegétic·o da Biblia.
Parece-me impossivel que um professor de
cxogése seja c:ipaz de apresentar ta1 argumen
to ridículo, que n�m sequer possuo uma apparcn
-c'.:i d (> �:.1<.:"J.
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Examinemos de perto a tal phrasc do Evan
gelho:
E despertando José do somno, fez como lhe
linha mandado o ando do Senhor, e recebeu
(Maria como) sua esposa; e nao a conhecia, até
que deu á luz seu IUho prim.ogenilo (Math. L
24, 2ú).
Que prova tal texto?
Prova direclamenle que Ma.ria Sma. foi vir
gem até ao nascimento de Jesus Cltristo : nada
mais. . . nada menos.
O sentido grammatical e exegético é claro:
Donec peperit-Donec,-até,-eôsou, indica
a pcrsistencia de um estado até certo tempo,
porém não Implica a cessação deste estado após
este tempo.
Não ha ali nenhuma prova que Ma.ria não
ficou virgem depois.
Tal é a interpretação obvla, seguida pela E
greja Catholica e pelos protestantes inStruidos e
sinceros, sendo apenas combatida tal verdade
pelos ignorantes e pelos plagiadores, que se
contentam em copiar o que os outros escre
veram, sem nenhuma reflexão sobre a interpre
tação adaptada.
Cito aqui apenas umas interpretações f6'ra de
contestação, as de uns chefes protestantes: Grocio,
Calvino e Pearson, Owen, Dr. Hickes e Dr. Bra
mbal, todos elles protestantes e de posição.
Eis o que escreve Grocio (Annot. in \1.•th.
op. tbeol. l JJ p. 15).
•A negação de que José nllo conheceu Maria
antes de ella dar á luz, não inclue de Ill'nhum
modo a amrmaçiío para o tempo que seguiu.
Uma multida.o de exemplos demonstram que
isso era entre oei judeus um modo notoriu e
usual de exprim1r-11e . • •
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s
o.
te t
O Professor, examinanJo t:!h!R x o , será obri
do a confP@sa r 8 n •rdr-de li'blirn, ahi danmente
dicada, e a e i 11 z1 cln i 1 ' 1prf1laçlo ce1holica,
dos.
:
o a dos pr,l· o:; l Ít'� 1 ut, stú1, �es,
ac:ma <ri-
que
aria até que deu á luz seu filho primogenito.
ath. 1. 25) diz o não se tinlrn r. ilf- 1Hé ao
Pcimento do Snl\'ador; nada mais ; tõ� m querer
lar do que se-guiria.
O não foi-a conhecido ató dar ti luz o seu fi·
o, não traz, de nenhum modo, como consequen
que a conhecesse depois.
O protestante Grocio, já citado, diz com mui
bom senso: &A propria intenção do Escriptor
grado nos faz uma lei de limitar-nos ao tempo
o parlo, de que fala, não se tratando de outra
usa em sua intenção, sinão de fazer bem conhe
r que Jo�é ficou nelle estranho. De modo que
:' !� (Ô ���l':i�. ��
q
d
g
r � � � ����
n u a e
8 p
o com o que
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IV. O prhnogentto
Eis-nos chega.dos á ultima objecçüo de nosso
Pr@fessor.
Digamol-o logo: Êlle começou mal, e ter
minou o.inda peior.
A conclusão, que é o ultimo argumento de
opposição, é de uma miserla sem nome.
A mesma passagem, que acabo de refutar,
rornece um duplo argumento á teimosia do Pro
fessor.
O Evangelho diz que José nao conheceu Ma.
c:ratg�ér.«��).deu d luz o seu filho priuwgenito
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V. Provas biblleas
Recorramos á Biblia que os amigos protestan
tes dizem ser a regra de sua fé, e mostremos que
a Biblia approva completamente a interpretação
catholica, rejeitando integralmente o erro proles
lante.
A citação de Jogares pRralle1os vae dar-nos o
sentido exacto da palavra primogenilo.
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VII. Conclusão
Eis onde terminam as suas tristes objecções,
ro Professor.
O texto evnngelico, interpretado pelo bom
nso, pela scicncia e pela exegése sincera, fica.
pé, tul qual foi sempre entendido na Egreja
atholica.
José nao conhecia Maria; até que deu d luz
sru filho primogenito (Luc. !. 25).
Ficou provado que tal expressa.o refere-se
o que precede e nada dlz do que segue.
Tan1n a Biblia como a grammntica e o mo-
o d e exprimir-nos, dá. e confirma este sentido.
J\1arla Sma. ficou pois virgem depois do na
imrnto de Jesus, como o foi antes e durante
11l<' nascimento, conservando intacta a sua pure
virginal.
Quanto ao termo prlmogenlto, é quasl
1•ril discutll-o.
E' uma luz meridiana que só não enxerga o
natismo cégo, ou então a impiedade empeder·
du, e contra tal estado de esplrfto ,não ha re·
•\·dio.
Primogenito é o prjmeíro nascido, seja elle
ou nno seguido de outros.
l)csdo que o primeiro nasce, é bem o pri·
S11·lro desde a hora de seu nascimento ; e qual·
qu•·r mile, tendo apenas um só filho, sendo in·
k!rrogada acerca deste filho, responderá. : Esto é
o mru prtmogenito, ou o meu primeiro filho,
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C J'I P I T U C.0 :it
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1WJsições chame dai:; o� doze anathemas �m que
1n1min tod aa doutrina r.a l hol icn a e11te reHp�ito.
I�6dP·80 resu mi l·os em três pontos.
l. Em Jesus Christo, o Filho do homem não
po,;�oalmon1e dü1tinc10 do FJlho de Deus.
2 A V irgem SmR. é ,.erdadf'iramAnte n Mãe
Deus, por it'lr a Mãe de Jesi:is Christo, que
D•:u!.
3 Em virtude dR. uu iiin hypostalica, lrn com•
unlcnçilo de Idiomas, isi:.o é: tlenomina
os, proprit>dadl'S 1:1 1wçõPs das d1111s n:iturozas
•m Josu� C�u·isto, que pódem ser n llril.mid:l.M á
1ua pessol\, ite mod o <IUA Re p6de dixer : Deus
rnorrt"lt por n6s, Deus sal\>ou o mundo, Dous
resusdtou.
Nf'storio não acceitou as doclaraçóoN do Papa
e continuou em sna11 Jwrt•11ias.
Para l<Xtermin:'lr completam,..nte o erro, e res
titui r n u nida de, rb cio ntrinR so mundo, o Paps.
re1rnlv1•u rt>unir o conf'ilio de Ephe100, (na A�in mo
nor) fim 431, <..'()nvidRndo io das º" bi11pos do mundo.
Pt•rto de 200 bispo11, 't'indos do todas as partes
do mundo, reuuiram-se em Epheso.
Slio Cyrillo presidiu a assembléa em nome do
Papa.
Nestorio recusou comparecer perante os bia
pos reunidos
Dflsde a primeira sessão a heresia toi oondem·
n1-' 1.
Sobre um tbrono. no centro da a1aembléa, 01
bispos collocaram o Santo Evangelho, para ropre..
eentar a assistencia <le JeRus Christo, que promette
ra estar com a sua EgrPja att1 a consummação dos
1eculos, espoctaculo santo e imponente, que desde"
entl.io toi adaptado C'm todos os concilios.
Os bispos, cercando o Evangelho e o repre-
1entante do Papa, pronunciaram todos unanimes e
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e
B. Vlr�J �e�� ���;o: �:1�nc�8á1 a'J17!���1mqoife�
corpus, et allqua V1rgincl corporls subsluntia, ex qun Chri&
tl corpus ln prlocl�o constitutum, postea auctum ac delnde
e e e
1ªuc� c�Jr��ircst1'1sti� �� ��rs����i�º�����fu� :�
�irgine aasumpslt, nunquam fulssc, omnlno demlua.rn, au
contlnua color1s naturalls actlone rcsolutnm, sed eadem sem
per Julsse com1ertn.m Verbo unltam. (Suarez: de Inca.ri)..
p. 2 d. 1),
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- ''(O
Terceiro vritwipio :
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-------1
Quarto prinetpio :
Quinto principio :
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VII. Conclusão
Que abysmo profundo !
Que altura vertiginosa !
Entretanto, não ba e:n tudo isso nenhum es
\orço de imaginação : é a consequencia certa,
theologica de sua ineffavel prerogativa de Mãe
de Deus.
Maria é Mãe de Deus . . . E' absolutamente
certo.
Esta dignidade supera todas as demais cli
gni dartes : é o ultimo grau de elevação de uma
criatura.
Ora, toda dignidade suppõe um direito ;
e nilo ha direito, sem que huja um dever em
-Outra pessoa.
Si Deus elevou tão alto a sua Mãe, é porque
elle quel' que seja por nós honrada, axaltada.
Nüo estamos bastante convencidos desta
verdnde.
A causa desta dcficiencia de convicção é
que comparamos n Virgem Santa com as outras
Mães, e nesta comparação reprcsentmno-ncs a
qualidade de l\lãc de DeuR como exterior e ac.
cldental, emquanto na realidade, ella tem a sua
base em seu proprlo ser moral, donde ellu .
inOue em seu ser physlco.
Maria concabcu o Verbo di\'ino cm seu seio,
porém esta Conceição foi o efiei�o de uma. ple·
nitude de graças e de uwa operaçilo do Espirito
Santo em sua alma.
Pódc-se dizer que uma m!íc não se torna
mais recommenclavel, cm si, por ter dado á luz
um grande homem, pois isto nilo lhe fraz nenhum
augmento de virtude ou de perieição ; mos a di·
gnidade de Mãe de Deus> em Maria, é a obra de
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13) Ip11a est qun 1ra·o1 c:n ruccrl! Dt:us non •potest
Matorem mundum potl!ft Deu4 r11c1·rP, n1nj1.111 ea.:h1m, majo
n
rem malr1 m -;uam matrem O.·I m pott· t tnccrt>. (S.f_Bern.
Spe<:. B. V. c. lO).
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C R P H U l:. 0 :!ti
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E la é po
l s i dn modo <>mincnte a :Mãe do mi·
nha \'ida,pois que'. <·01110 rliz o Ap<'lFltolo. minha
vida é o Cbristo : " Milti cnim vit'ere Christus
est ''.
Ora, si o Christo 6 minha
vida, a Mãe desta
vida é tambom minha müe.
s
Como e Yê, a E!'irrlptut'a forn�M d}ldos
des
ta prova, que aliás o �dl!l.pl<.:1:-1 raciodnio nos revela.
Segunda razão :
Qui11lcL razão :
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V. Triplice maternidade de
Maria
Convinha lembrar, de pa s.;a gem, a nossa tri
plice filiação dh•ina, para mf'lllor comprehender a
maternidade espiritual do Maria Sma. a noss:J
respeito.
Podemos, de facto, applicar á Virgem Jmma
culada tudo o que acabo do dizer de Deus.
O que Deus 6 por natureza, Maria o 6 por
participação. l\faria 6 nossa :Mãe, na ordem da
graça, e para a vida sobre nntural. nos três graus
que acabámos do vôr, Calando ele Deus, como Pae.
Nós somos p oi s seus filhos, por adopçllo,
por nlllnnça e emíim, yerdadeiramente por nas
cimento.
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ft.u::�11��d�sd�q8:e�t:Silh�e ra1r���s�:t:do:�e��
&11hor (Psal. 106. 2)
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t ue
devtai!�"p��P��d���� h���l���� o�:fu�12��.' q
:'.:.) Maria, Mater vcre orientlum pt � i:nt!am (Serm. 140).
3) 'Maria, Mater credentlum, qula Cbristum gcnult cre
dentiuR1 tratrura (ln fest. PurU.)
4) Maria, Materomnium ln Oeum credcntium (ln orat.
R.V.)
5) Maria, �fntcr justorum, qula nutrlt eos et adoptnt
ut Hllos (De Jaud. Ylrg. 1. 18).
6) Mater omnlum bonorum, bonitate graUae et glo
rtae (Sup. Mü!iu.s est. C. 182).
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VID. Conclusão
Bc11as e consolad oras verdades passaram de
ante de nosso espirita, neste capitulo.
Afaria é nossa Mãe querid a !
E dando·lhe este titulo, não enunciamos sim�
plesmente um termo de ternura, de piedade, de
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C l'I P I T U [; O X I I
As bôdás de Ganá
1. O texto d9 Evangelho
Comecemos pela citação do texto Evange
lico, Ue umo. bcllcza. sem par e de uma. simpli-
·
cidade encantadora .
Dcpoi."I de nal'rar o encontro de Jesus com
seus cinco primeirns discipulos: André, Simão
Pedro, Philipp'! e Nathnnael e mais um outro, o
Evangclbta continúa :
Cap. lf.-l Três dia.,13 depni,;, CC'lebraram-se umas bo
das em Canã do. (iaillêa : encontrava-sc lá a Mãe de Jesus.
2 E foi tambcm convidado Jesus com seus discipulos
para 11s boda".
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5-No 4o.
livro dos Reis ha outra expressa.o
semelhante, porém desta vez mais discordante
MO sentido (IV. Reis lll. 13).
O Rei de Israel foi consultar o propheta Eli
zeu. Este respondeu-lhe : Quid tnihi et libi est
Que lenho
eu comtigo ? Vae ter com
os prophe
tas de teu pae e de tua mãe.
E o ret de Israel disse-lhe : Porque juntou
o Senhor estes três reis para os entregar nas
mãos de Moab?
E Elizeu, 1·espondeu-lhe : Viva o Senhor dos
c:rercilos, em cuja presença estou, que, si ntlo
fosse por respeito á pessoa de Jusaphat, rei
de Judá, eu sem duvida não te allendena.
Esta passagem, conservando sempre o sen
tido de uuiilo, exprime aqui uma repulsa, porque
o pedido é feito por um rei perverso que não
merece resposta. Entretanto, em consideraçno do
piedoso Josaphat, o proplteta attende ao pedido,
e o milagre se realiza.
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2. Sentido de rigo1·
V. Outras tradueções
As diversas traduçcões correntes deste passo,
têm, cada uma, a sua significação espiritual, ox
pressiva, apenas fJÓde-se lamentar a falta de uni
dad� no texto.
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�fs ºiJs��,��a�r�u�;:,1.
lher era um termo de nob1·e2a. O Anjo empro-
Maria : e Bemdicla
Maria
O Evangelho não cita um f!Ó exemplo de Je
sus ter chamado Sma. cllinha mãe • ; aem
pre chamava-a e.Mulher.>
Tal vocabu1o não se adapta mais aos nossos
costumes modernos ; entretanto em certas familiu
nobres, os filhos dizE'm ainda : Senhor, meu pseL.
Senhora, minha mãe t . .. e em certos pai1es, na
Allemanha, �ntre outros, a palavra Mulher (Prau)
oontinúa a ser um titulo de nobreza.
Os protestantes podem Teri!icar na Biblia, que
tal expressão, eJn vez de ser injui·iosa ou fria, ê
ao contrario, um titulo de respeito e de veneração.
Na hora da morte, como ultimo brado de ao-
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IX. Conclusão
Recolhamos ainda a ultima phrase, com que
o l':vangelista encerra a scena d-:- Caná Jeeus
,
manifestou a sua gloria, e seus discfpulos cr1-
ram nelle (Joan. 11. 11)
Trata-se aqul de sua manifestação co;no Deus,
pelo poder dos milagres.
Esta hora não Unha chegado ainda, como
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BCrv!º��e �:� �
r
d t : �i� � c�1:;0 � � �
e v
�!::
de: � � �Ss �:
tos, em recompensa das virtudes que praticaram,
q
L O facto historlco
Antes de discutir os motivos da Assumpção
gloriosa de Maria., e de refutar as objecções pro
testantes a este respeito, narremos aqui o facto
bistorico, tal qual nos foi conservado pelos chris
t4os dos tempos apostoHcos, pelos Santos Padres
e..Doutores da Egreja, formando a.través doa se
culos, uma tradição firme, consttt.nte, ininterrupta.
Não é dogma de fé, porém o mundo Catho
lico espera ancioso que, apoiado sobre a revela
ção implicita da Assumpção na Sagrada Escri
ptura, e na revelação explicita da tradir;üo, a
autoridade suprema, proclame esta verdade, e
adorne com eUa o immortal diadema de gloria
da Immaculada,
Eis, em resumo o que nos dizem os Santos
e os Doutores da primitiva Egreja a este respeito
Na occasião de Pentecostes, Maria Sma. ti
nha mais ou menos 47 annos de edade.
Permaneceu ainda 25 annos na terra, após
este facto, para educar e torruar, por assim di·
zer,a Egreja nascente, como outróra ella educára.
protegera, e dirigira a intancia do Filho de Deus.
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�� :
mania do seu corpo ; nlio podia lançar um sus�
ir .
ura o céu, que nüo nttro.hlssc u suu alma
C :� �;:Z �: g� � �!�
º c g intensidade, que a terra.
c nt t
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imo volunt ptum esse sentire, ncc mortem, ncc aliquam ori
glnalls peccall pro-mlltatem a peccato proveoJsse Vlrgloi,
t1cd a voluotate Dei, qui slcut a pec<:ato prrescrvavlt mun-
�a�I f.tr1�cc;J�i18��o���b�::;:. custodisset nlsi cnm conror-
mortu�:
redem ª
��loc��t�:p�:t.1ci1u�biií!�r:'ã: r:11�n�tsf�it �
r
��� aicut docrt. s. Auguslinus e unanlmis conscn
swi theo1ogorum, etlamsl Adam non peceas11ct, nlai allo
qutn speciali Dei dono conservaretur, scd proprloo naturm
rcllnqucretur ex pugna conttnu.a caloris nativl et bumld.1 ta·
dicu.lls:, tandcm perirct. . .
Ita Dentam VJrgtnem attirmamus mortcm suetlnulsse,
non tanquam p<l!nam peceati quod lptia contr&xerit ; scd
vel tanquam con11Uoncm adnexam, corrupttblli naturm ho·
manre, vel certe ex debito modi naturallB conceptlonl
ortus sul, s et
Obnoxla fult mortl corporle, non obstante gratia prm
scrvatlonJe a peccato orlglnaU, qula Jlcet Deus grathe
suro prrevenerit inrectloncm anlmre, non tamen proocavlt
éarnls Ioodltatem, 1.iuam secum olfert uaturalis modus pro·
pagatlonls b.ll!lancc per st>minalem ratJonem ex Adam.
Et ldeo, ratione llllua mansit B. V. mortls discrlmlnl
t u,
��u°.:1�r1�J�a:;n:I'aªf:�oi!1�ft001���h�� s te��� s�
famea, s!Us, et alli corporales labores. (B. Angelus de Pu;
� expos. Symboll. llb. ó, C. 622),
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.
No dia seguinte, desdo a a u roro , os ApostQ,o.
lofl e os fiei�. coudu?.iriim o corpo Yeneravel para
•leigar.que linha Bido de�ignndo pelo proprio Jeaup,
O cortt>jo ia segu indo, numa. solemne lenti-
dü.o pam o Gt!thsemani.
Em frentu marchava S. João, levando a pal
m:'.l sngratla tio Arrhanjo S. Gabril.'l.
Pt•t.h'O, o Pontif:ce Su pre mo, reser\•át·a para
si o dir�ito Uo carre>gur o eEquire, o linha ndmit
tido Pu ulo á lio1m1 do Rcrd r-�he elo segundo.
S,·J?ui::uu os ou1ro� Aµostolos o os <liscipulot,
ter:rlo lod1:u:J act·sns tm m:1o. (5)
Clwgando om Gollh;uurnni, dellOSitaram o es
quife dcante do tumuloabe1 10,c preparado porellcs.
Pro:;trnndo·sc do joclh03 tributaram-lho a ho
menagem do dcspeditla, cm meio de suas lagl'Í
mas o solutos
Depositaram-no depois no tumulo, que foi
cuidadosanrnnto feC'hado, sella do e guardado, dia
tt noit e pl11os d irnipul os e os fieis, ató ao dia, em
.que São Thomá, chegando atrazado, pediu p ara
vêr uma ultima vez a $U8 Mãe querida.
Foi n"""'ª o ccasião que constataram a resurrei�
ção gloriM•·\ da Mãe de Jesus.
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Primefro argumento
Todas as obras de Deus sli.o de uma perfei
ta harmonia.
O seu fim corresponde ao começo, e o con
juncto corresponde ás diversas partes.
Si, após uma vida tão santo, a morte de Ma
ria Sma. fosse semelhante á morte dos outros,
seria isto um milagre mais admi.ruvel que aquel
le d.e u ma morte analoga a sua vida.
Entmndo de modo sobrenatural nesta vida,
é necessarlo sahir della de modo sobrenatural.
Tal sobrenu.tural, torna-se como natural pa
ri tal alma.
Ora, como vimos longamente, Maria Sma. pe
la sua Immacularla Conceiçllo entrou, de modo
sobrenatural, nesta vida; era preciso pois que
sahisse desta vida de modo sobrenatural ; e es
te modo era a resurrclção e assumpção ao céu,
em corpo e alma.
Segundo argumento
A morte deve ser o ec.ho da vida. Ê a lei
fLxada por Deus : Talis vila, mors ila.
Ora, t!lll Maria Sma. tudo foi, nilo simples
mente de uma santidade eminente, mas ella foi
em tudo a mulher bemdila, sem igual, superan
do todas ns mulheres, como lhe annunciou o
Archanjo.
Era preciso, pois , que ella fosse tambem su
perior a todas as mu lh eres, cm sua morte.
Morrer, e estar sujeito á destruição do tu
mulo, é a sorte de todos os homens.
E entre os homens, ha um certo numero,
cujo corpo Deus preserva da corrupçD.o, em re
compensa de suas virtudes, de sua angelica pu
reza, sobretudo.
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- 336-
Tei·ceiro argumento
A dignidade de Míle do Deus exigia que
Deus nno dei xasse no esquecimento do tumulo,
aquella de quem tomou a nossa humanidade-.
Maria Sma. foi feita pelo Verbo di\'ino, em
vlata de produzil-o em sua. Immanidnde.
Deus fez a sua Mãe com suas proprins míloi::;
e EHe a fez como qulz ser feito por C'llu.
Deus coll oc ou nesta Miio p1·ivilcglada e uni
ca como que a previsão do todas r.s prop1 iil,lades,
que della devia tomar cm sua cunc:cpçào e em
seu nascimento.
Elie prop!lrou a sua hunrnnicludc pl1ysica e
moral nu propria humanidade de Maria.
E' o que fez dizer aos Santos qu.J Maria é
um c11mo Jefus Chrislo começado.
E' o 7'abernaculo que não é feilo pela.y mãos
dos homens, isto é, ntlo é desta crcação IIcbr. (
IX. 11).
E' esta Arca da santificação (Parn.l. 1.'11. 8).
Donde devia s urgil' a gloria do l'niyenito
tlo Pae, cheio de graça e de verdade (.Jonn . !. H).
Eis porque Deus, devendo sahir Jc:-.ta arca
bemdita, cheio degraça, ena Mal'la, dcv1a ser cheia
de graça; e como Elle devia ser o fructo bem·
dito deste selo (Luc. 1. 42) clla foi boudila pa.
ra dal·o á luz (Luc. I. 42) ; como Jesus devia ser
a flor, ella foi a haste (lsaJ. II. 1) de tal modo
que se póde dizer que a humanidade inteira do
Verbo estava como em germen na Virgem Sma.,
donde brotou, como a Dor da sua virgindade.
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- 337 -
Quinto argumento
A arteiçllo filial de Jesus, para com a sua Mãe,
exigia que nílo a deixasse no esquecimento do
tumulo.
Póde-se dizer que não ba marca de respei
to, de obsequio, de dedicação e de amor, q.ue
Jesus nn.o tenha prodigalizado á sua Mil.e queri
da, cada vez que se apresentava a occasião.
Ora, tal dedicaçllo e tal amor não podem
conciliar-se com uma demora prolongada de Ma
ria, no tumulo.
Uma tal demora pareceria, da parte do filho,
uma especie de esquecimento, e até de abandono.
Seria até absurdo pensar que Jesus não te
nha feito para sua Mãe o que qualquer um de
nós faria para a nossa propria. mãe, si o pudes
semas fazer.
Supponhamos que a sorte de nossa mãe es
tivesse em nossas mãos, e que tivessemos o po
der de realizar para ella tudo o que nos ditasse
o nosso coração de filho ; que tarjamos nós?
Antes de tudo preservarlamos a nossa ma.e
da corrupção do tumulo; e nilo podendo preser
vai.a da morte, o nosso primeiro cuidado seria
resuscita1.a logo depois.
E' Iogico que Jesus assim tenha feito.
O amor quer a união.
Jesus permittiu que Maria Sma. passasse pe
la porta da morte; mas logo ao passar o limiar
desta porta, lá estava Elle para receber a sua
Mãe, na gloria, para unil-a a seu Coração ; não
somente a sua alma, mas o seu corpo; pois que
ria a sua Mãe... a sua Mãe inteira ... e a alma é
apenas uma parte de nós, incompleta em seu ue-
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r
nero, BBpi and após ao reconstituição
da sue.
personalidade, pela resurreiçllo do corpo.
Sexto argumento
A gloria da ascenoão
de Jesus Chrislo, como
sendo o íructo
de seus
so[frimontos, deve ha,•er
entre a ascensao e a assumpçao a mesma rela•
u
ção q e ha entre n paíxilo de Jesus e a compai
xão de Maria.
A relação directa da osconsilo e da paixão do
Salvador resulta da Sagrada Escriptura ; mas foi,
de modo especial, promulgada pela palavra que
Jesus d isso aos discipulos de Emmaús: O' eslul
tos e tardos de coraçao para crer tudo o que
annunciaram os propltelas / Porventura, não
era necessario que o Christo soffresse taes cou
sas, e que assim entrasse na sua gloria ? (Luc.
XXIV 25)
De outro lado, a relação immediata da paixão
do Filho e da compaixão da mfie foí promulgada,
de um modo energico, no Evangelho, pela prophe
cia de S. Simeão, falando do Filho á propria
mãe: Eis que este menino está posto para a
ruina e para a resurreiçào de muitos em Israel,
e para ser alvo de contradicçao. E uma espa
da lranspassará a lua alma. (Luc.
II 34 45)
a
Esta tr d ucção é larga ; o texto latino tem
q
uma variante ue parece ir al6m do text.o vulgar.
Et tua Jpslos animam pertransibit gladius
-o que quer dizer litteralmen te : O mesmo gla
dio lranspassará a alma delle e a vossa.
E' como si a alma do Filho e a da Mãe
fossem tão intimamente unidas, que o gladio que
transpassa uma, transpassasse necessariamente a
outra.
E' uma união maravilhosa que esgota toda
a energia de expressão e s
cuja ju tificação nos
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V. A assumpção gloriosa
O corpo da Virgem Santissima após a s11a
resuri•oic.;iio niio ficou aqui na terra.
A terra niio era digna do possuil·o; era-lhe
mistt'.ir o cliu, com a sua gloria e a sua felicidade
suprema.
Acom panhada pelos anjos, lc\·ada sob as rnas
azas luminosas, '.\laria Sma. brilha com um esplen
dor incompara\'ol, seu corpo ó lr::rnsfigurado,
glorioso, e penetra no cliu, 110 meio das acclama
ções da côrto celeste.
As hierarchias a[astam-so deanto della, os se
raphins abrem as suas phalanges amorosas, para
deixal-a passa r ; e em presença de toda a côrte
celeste, Jesus corôa, ao mesmo tempo, os seus
privilegios, as suas "irtudcs o os seus soífrimentos.
Elia 6 Rainha, como Jesus Christo seu
·
Filho, é Rei.
Rainha pelo esplendor de sua perfeição,
pois tudo o que não 6 Deus, ó meuo:s perfeilo do
que ella.
Rainha pE>la imm6nsidado de sua fcllcldade,
pois toda a íclicidade, que ha 1108 suntos e em
cada um delles, accumula·se o concentra·se em sua
alma extasiada.
nainha pela extensão de seu poder, pois o
céu inteiro está p1·estee: a 0Ledecc1··lhe, e desde en
tão as abobadas celestes começam a rt'percutir os
écos d66te hymno que não terá fim: A' mãe do
lorosa do Cordeiro Immaculado, gloria, honra.
poder, no seculo dos seculos.
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VI. Conclusão
A. conclusão destas considerações pódee deve
ser curta.
Para uma alma sincera a discussão 6 impos
sh•el, e perante o bom senso as objeoções protea-
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i11"'�1 r�"'s.tllJ.:��fl")J:'""�1-�l;�>1�Kii1-�-1(t
*"'��++:f:•�·�... + ... ��..+�:i.:��.........� ... �=-- , .. ��·,,.;· *
I. A objecção protestante
Recolho a obje cça.o do jornal Baptista, mo
delo de odio antl-chr1stão e de cegueira lanatica..
Leiam bem o pedacinho, e examinem o que
provam os argumentos citados :
•Em que razões se apoia o Catholicismo pa
ra provar o ollicio medi aneiro da Virgem Maria?
Em puros raciocinios humanos. Entre todas as
suas razões, falta justamente a mais necessarla
e fundamental-a razão biblicn, a razão da car
ta constitucional do Christianismo, o N. Testa
mento.
Esse ensinamento contradJz a Sagrada Escri
ptura•que ensina clara e percmptorinmente não
s ó que Christo é o Mediador, mas que é o uni
co Mediador entre Deus e os homens. Eis ape
nas algumas passagens:
•Ü Filho do homem veiu buscar e salvar o
que se havia perdi do. (Lucas, 19: 10)
«E os escribas delles e os phariseus mur
muravam contra os seus discipuJos� (de Jesus)
•dize ndo : Porque comeis e bebeis com publica
nos e peccadores ? E Jesus respondendo, disse
lhes : Não necessitam de medico os que estão
sãos, mas, sim, os que estão enfermos ; eu não
vim e hamar os justos, mas, sim, os peccadores
ao arr ependimcnto. (Luc. ii: 30-32).
cQ u anto mais o sangue de Christo, que pelo
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Entramos numa ca�a de commerci.o, e aW
encontramos o dono da casa e o caxelro.
O dono é o medianeiro principaJ, nec essario,
perfeito, cntl'C o comprador e a mercadoria a
comprar.
O caxeiro está. egualmente vendendo merca
dorias, mM como medianeiro secundaria, como
en.cal'reg1ldo, util.
Negociando com um dellP.s, estamos satisfei
tos, e nem sequer nos lembramos de que o dono é
o unico mediador de compra, e que o seu caxei
ro é um mediador nomeado, encarregado de ven
der fazendas.
Sentimos S('r natural que no lado do do110
haja um ujudante, e compramos das mãos deste
njudaate com a mesma confiança que das ma.os
do dono.
Pois bem, tal é, com to<1a a imperfeição da
comparaçíl.o, o orncio do medianeiro principal
e do s ecundaria.
Jesu� Chri:sto é o unicn Medianeiro entre
Deus e os homens. E" certo : Ellc é m ais que !\ie
êianciro. Ellc é o Senhor, é o i\1C'itre, é Deus.
Fazendo-se homem, lhe npprouve nomear a
Virgem Santi'�sima, a sua uüxiliar: auxiliar se
cundaria, não neccssarin, ma� surnruamente util.
Porque os protestantes ncceitam tal medla
nefro pcl'to dos homens e núo a acc citam perto
de D:2us?
A media.cão do auxiliar de commercio em
nada prejudica, altera ou dimiuue os direitos e
o offlcio do dono da casa. . . porque tal auxiliar,
não age por conta propria, mas sim por conta
de seu scnh.Ot\ e segundo as suas ordens.
Assim a Med iacâ:o secundaria de Maria Sma.
cm nu.da prejudica, altera ou diminue a autori
dade de Jesus Christo, pois ella nilo age por
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VII. Conclusão
Grandes e sublimes verdades passnram de
ante de nosso espirita.
Verdades certas, irretutaveis, mas que en
tretanto não constitueIJ1. dogma de Ié, porque a
Egreja não as deliniu ainda.
Convém notar que uma verdade mlo é me
nos certa e menos provada, por não ser ainda
declarada dogma de Ié, pela a.utoridado infallivcl
da Egreja.
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C A P I T U t. O KV
I. O odio protestante
É triste escrever um tal livro, para refutar
erros, não somente grotescos e absurdos, mas
sobretudo erros volu_ntarios, inventados pelo odfo,
-pela inveja e pela mais estupenda contradicção
com o bom senso.
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m. A base da Verdade
O Leitor tera notado quo doi Jogar saliente
ao grande dogma da Imma.culada Conceição, pro
T&ndo complotamente esta grande e sublime ver
dade, sob os diversos aspectos que se apresenta.
Depois de ter mostrado, no primeiro Capitu
lo, quo o Culto de Maria Smn 6 um Culto com
pletamente evangelico, praticado pelos Apostolas,
pela primitiva Egreja e pelos ChrisUos dos pri
meiros Seculos, concentro a attenção sobre a rm
maculada ConcPição cte Maria, por iwr eata ver
dade como o fundamento do todos os seus
privilegias.
Poderá ainda haver duvida no espirita do lei
tor sincero?
Parece-me impossh·el.
E�ta \·erdade provada pela thoologia (cap. II.
pag. 45) pela Sagrada Et1criptura (Cap. HL pg. 64),
pelas palavras do Archanjo (Cap. IV. pngina. 83),
pela tradição (Cap. V. pag. 148) forma o pAdestal
granitico, inabalavel do grande dogma C<1.tholico,
exposto e discutido no Capitulo vr. (pag. 148).
E' impossivel percorrer estns provas, ler es·
tas citações tão bellas e luminosas dos Santos
Padres, sem sentir, e como que apalpar a verda
de sempre ensinada. defendida e prochunada SO·
lemnemente pela Egreja Catholica.
T<1.l é a base de toda a polemica a respeito
da Mãe de Jesus.
Provado que Maria foi preservada do pecca·
do original, em previsão da suo. maternidade di·
vina, provadas estão a sua pureza perpetua e to·
das as outras prerogativas que adornam a sua
fronte ,·irglnal.
Aliás, como se póde vôr no Cap. VU, os pro·
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(Filho,
.Mãe verdadeira eu sou, de um Deus que li
E d'Elle filha sou, bem que sua Mãe ;
Ab reterno nasceu, mas e meu Filho,
Bem que nasci no tempo, eu sou sua Mãe.
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------ ----
V. A Mãe de Deus
Estamos aqui deante do cumulo da ignoran
·-eis e do nbsurdo.
O protestantismo admitte que Alaria é Mãe
'fh Jesus- JJ.aria de quem nasceu Jesus Math. (
1. 16) e não admitte que Maria 6 Mde de Deus.
Como explicar taes contradicções f
E' a renovação do erro de Nestorio, condem
nado no quinto Seculo pelo Concilio de Epheso,
no anno 431.
Pretendia esse heresiarcha que em Jesus Chris
to havia duns pessoas : uma divina e outra hu
mana A primeira, Rendo Filho do Padre Eterno,
.a segunda, sendo Filho de Maria.
Neste c·u;o, �faria S a seria )fiie de i1:na
m.
pessoa hum•mn, e nada teria com a Pe::>soa Uh·ina
..em ,Jesus Chri!:to.
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Conclusão
Terminando estR,. 1Jaginas de rlt>Í•·w1 1loR pri·
vilPgios rlR Vi rgem SHnl i�sima, sin10 ;1 111·c.-�i.ida
de d+i rN�olher-me, cte df'pôr um i"i;t:111h• li f'flpa·
d'l. dA doifl gume� ctft poll.lmio·1, p11ra dirigir á ca·
rinhosn Mãe de Jt>1ms e nossa Mãa u1w1 11r1·c� fer
vorosa p1•los pobri>s e infelizes prot..t>l:i nlPA, que
fecha m o coração ao amor de eu" qu .. dila Mãe
oel.,.ste, para deixar pentJtrar n olle o odio da ser·
pentA n ntigA.
Deste modo, mau grado seu, Pllvs i·t>:iliu1m
mois umn prophecia que diz rupt•ito á Virgem
Immaculnda o aos St"UR dí'lractor.,s.
Dirigindo·se á se rpPnto malditn qu� :icibava
de pMrler os nossos primeiros paes, DPUPõ lhe disse:
Porei inimizades enlrs U e a mulher� entre
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P. lul/o Maria
rAPITULO II
A lmrnaculada Conceiçao segundo a Theo-
logla . . . . . . . . . . . . . . . 4;;
1. As objecções protestantes - 2. O que é o
peooado original - 3. A Conceição do Maria Sma.
-4. A preservação de .Mnrin - 5. A transmissão
do peccado - 6. A exoepção a esta toi - T. Con
clusão.
CAPITULO lil
À lmmaculada Conceiç4o segundo a Sa
grada Escrlptura . . . . . . . . . . . 64
1. As provas biblicas -2. O
Tabernaculo di
vino -3. O mais antigo d.:>gma - 4. raça da A
mulher -5. A
grande discussão - 6. Conclusão.
CAPITULO IV
A Jmmaculada Concetç{lo segundo as
palavras do Àrchanjo . . . . . . . . . 83
1. A Virgem Maria - 2. A Saudação do Anjo
- 3. A Toda Formosa-4. Nova objecção-5.
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Deus
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CAPITULO V
CAPITULO VI
CAPITULO VII
CAPITULO VJIJ
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CAPll'ULO IX
Novos erros proteslrintes . • . . , . 220
L Anl'lR e depois - 2 . Provas biblic.1 s-3.
Provas do Bom sonso - 4. O PrimOgt>nit:> - 5.
Provas bibhc.:is -6. Prov11. archoologiM-7. Con
clusilo.
CAPITULO X
CAPITULO XI
CAPITULO XI[
As bodae de Cand . . . . 290
1. O t<'xto do EvangAlho - 2. Orig..m de um
mal en t,..n .ticto - 3. Texto<t p aralleloe -4. O senti
do unico -5. OutrP..s trt1ducçõos - 6. A Scl"llla eo
cantadorf\ - 7. Outra discord�rnoia - 8. l!"'azui t udo
<> q uo e>lloJ voe disser! - 9. Conoluello.
CAPITULO Xlll
Morte e Assumpç4o d• Maria . 319
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- 396-
CAPITULO XIV
CAPITULO XV
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- 397-
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