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Cultura Documentos
2.
Fichas de Leitura ........................................................................................ 11
1. Relato de viagem ........................................................................................... 12
2. Artigo de divulgação científica .................................................................... 14
3. Exposição sobre um tema ............................................................................ 16
4. Apreciação crítica ............................................................................................................ 18
3.
Fichas de Gramática .................................................................................. 21
1. O português: génese, variação e mudança ................................................ 22
2. Fonética e fonologia ...................................................................................... 23
3. Funções sintáticas ......................................................................................... 24
4. Frase complexa – coordenação ................................................................... 27
5. Frase complexa – subordinação .................................................................. 28
6. Arcaísmos, neologismos e processos irregulares
de formação de palavras .............................................................................. 29
7. Campo lexical e campo semântico .............................................................. 32
4.
Questões de Aula ....................................................................................... 33
1. Poesia trovadoresca ...................................................................................... 34
2. Crónica de D. João I, de Fernão Lopes ......................................................... 37
3. Gil Vicente ...................................................................................................... 39
4. Luís de Camões .............................................................................................. 41
5. Os Lusíadas, de Luís de Camões ................................................................... 45
6. História trágico-marítima ............................................................................ 47
5.
Testes de Avaliação .................................................................................. 51
1. Poesia trovadoresca ...................................................................................... 53
2. Crónica de D. João I, de Fernão Lopes ......................................................... 57
3. Poesia trovadoresca / Crónica de D. João I ................................................ 61
4. Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente ........................................................... 65
5. Rimas, de Luís de Camões ............................................................................ 68
6. Farsa de Inês Pereira / Rimas ...................................................................... 72
7. Os Lusíadas, de Luís de Camões ................................................................... 76
8. História trágico-marítima ............................................................................ 79
9. Os Lusíadas / História trágico-marítima .................................................... 82
6.
Guiões de Visionamento de Filmes ................................................. 85
1. Robin Hood ..................................................................................................... 86
2. Reino dos céus (e/ou) O físico ...................................................................... 87
MÓDULO 1
Poesia trovadoresca; Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
14. Ler e interpretar textos literários.
Poesia trovadoresca
15. Apreciar textos literários.
• Cantigas de amigo: “Ai flores, ai flores do verde pino”, Dom Dinis; “Nom chegou, madr’, o meu amigo”,
16. Situar obras literárias em função de grandes marcos
Dom Dinis; “Bailemos nós já todas tres, ai amigas”, Airas Nunes; “Ondas do mar de Vigo”, Martim
históricos e culturais.
Codax; “Poys nossas madres van a San Simon”, Pero Viviaez;“Sedia-m’eu na ermida de San Simión”,
Mendinho (escolher 4);
• Cantigas de amor: “Quer’eu em maneira de proençal”, Dom Dinis; “Se eu pudesse desamar”,
Pero da Ponte; “Que soidade de mha senhor ei”, Dom Dinis (escolher 2);
• Cantigas de escárnio e maldizer: “Roi Queimado morreu com amor”, Pero Garcia Burgalês; “Ai, dona fea,
fostes-vos queixar”, Joam Garcia de Guilhade; “Foi um dia Lopo jograr”, Martim Soares (escolher 2).
– Contextualização histórico-literária.
– Representações de afetos e emoções:
> variedade do sentimento amoroso (cantiga de amigo);
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
Oralidade
Compreensão do Oral
1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
– Reportagem. 2. Registar e tratar a informação.
– Documentário. 3. Planificar intervenções orais.
4. Participar oportuna e construtivamente em situações
de interação oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
– Síntese. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com
diferentes finalidades.
Gramática
– Evolução do português. 17. Conhecer a origem e a evolução do português.
– Formação de palavras. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Conectores. do português.
– Subordinação. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Funções sintáticas. do português.
– Classes de palavras.
– Referente.
– Processos fonológicos.
– Étimo.
– Pronome pessoal em adjacência verbal.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observação direta (atenção/concentração;
participação nas atividades da aula; compreensão
e expressão escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questões de aula.
– Auto e heteroavaliação.
5
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MÓDULO 2
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira; Luís de Camões, Rimas
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira 14. Ler e interpretar textos literários.
• Leitura integral. 15. Apreciar textos literários.
– Caracterização de personagens. 16. Situar obras literárias em função de grandes
– Relações entre as personagens. marcos históricos e culturais.
– A representação do quotidiano.
– A dimensão satírica.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> características do texto dramático;
> a farsa: natureza e estrutura da obra;
> recursos expressivos: a comparação, a interrogação retórica, a ironia e a metáfora.
Luís de Camões, Rimas
• Redondilhas: “Descalça vai para a fonte”; “Endechas”; “Quem ora soubesse”;
“Os bons vi sempre passar”;
• Sonetos: “Ondados fios d’ouro reluzente”; “Um mover d’olhos, brando e piadoso”;
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
Escrita
– Síntese. 10. Planificar a escrita de textos.
– Apreciação crítica. 11. Escrever textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção
linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informação.
– Documentário. 3. Planificar intervenções orais.
– Apreciação crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente
– Anúncio publicitário. em situações de interação oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Documentário. e com diferentes finalidades.
– Síntese.
– Apreciação crítica.
Gramática
– Campo semântico e campo lexical. 17. Conhecer a origem e a evolução do português.
– Arcaísmos e neologismos. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Processos irregulares de formação de palavras. do português.
– Conectores. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Processos fonológicos. do português.
– Funções sintáticas.
– Classes de palavras.
– Subordinação.
– Referente.
MÓDULO 3
Luís de Camões, Os Lusíadas; História trágico-marítima
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas 14. Ler e interpretar textos literários.
• Imaginário épico (canto I, ests. 1 a 18; canto IX, ests. 52 a 53, 66 a 70, 88 a 95; 15. Apreciar textos literários.
canto X, ests. 75 a 91); 16. Situar obras literárias em função de grandes
• Reflexões do poeta (canto I, ests. 105 a 106; canto V, ests. 92 a 100; canto VII, ests. 78 a 87; marcos históricos e culturais.
canto VIII, ests. 96 a 99; canto IX, ests. 88 a 95; canto X, ests. 145 a 156).
– Imaginário épico:
> matéria épica: feitos históricos e viagem;
> sublimidade do canto;
> mitificação do herói.
– Reflexões do poeta.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a epopeia: natureza e estrutura da obra;
> conteúdo de cada canto; 33 horas
> os quatro planos e sua interdependência;
44 tempos
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
História trágico-marítima
• Capítulo V: “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho” (excertos).
Leitura
– Artigo de divulgação científica. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
– Relato de viagem. e ao tratamento da informação.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
Escrita
– Exposição sobre um tema. 10. Planificar a escrita de textos.
– Síntese. 11. Escrever textos de diferentes géneros
– Apreciação crítica. e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção
linguística.
13. Rever os textos escritos.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informação.
– Documentário. 3. Planificar intervenções orais.
– Apreciação crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente
– Anúncio publicitário. em situações de interação oral.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
Expressão Oral 6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Apreciação crítica. e com diferentes finalidades.
Gramática
17. Conhecer a origem e a evolução do português.
– Funções sintáticas.
18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Campo semântico e campo lexical.
do português.
– Coordenação.
19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Subordinação. do português.
– Processos fonológicos.
– Referente.
– Tempos e modos verbais.
– Conector.
– Classes de palavras.
– Relações semânticas.
– Geografia do português no mundo.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observação direta (atenção/concentração;
participação nas atividades da aula; compreensão
e expressão escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questões de aula.
– Auto e heteroavaliação.
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NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
Leia o relato da responsabilidade de Gonçalo Cadilhe e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Gonçalo Cadilhe, “Qualquer coisa nos lugares”, in Visão, edição online, 19 de junho de 2013 (consultado em maio de 2017).
7. Indique o único motivo de orgulho de ser português registado por este viajante.
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8. Explique, por palavras suas, a designação atribuída ao segundo cabo descrito pelo autor.
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9. Identifique e exemplifique duas marcas típicas do relato de viagem presentes neste texto.
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7. Refira por que razão o carpinteiro, José Joaquim dos Santos, assume um papel de relevo face aos
factos retratados.
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8. Comente a seguinte afirmação: “[…] os artistas começaram […] [a poder] exprimir as suas ideias
como artistas livres.” (ll. 16-18).
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5. Refira os dois universos espaciais onde se movem as personagens da obra, explicitando o modo
como se sentem em cada um.
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3.1. Classifique cada par de palavras, tendo em conta o étimo de que derivam.
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b. As portas continuam
fechadas.
e. Os arqueólogos fizeram
novas escavações.
g. Tudo permanece
em silêncio.
5.2. Substitua, nos casos possíveis, os complementos por um pronome, reescrevendo as frases.
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Evite os produtos industriais e faça lanches originais com receitas saudáveis para os seus filhos.
2.1. Assinale, agora, como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
a. A frase apresenta três orações.
b. A frase é simples, pois integra apenas uma oração.
c. A frase é complexa e foi obtida pelo recurso à coordenação.
d. A frase é constituída por duas orações coordenadas copulativas assindéticas.
e. A frase integra duas orações coordenadas copulativas sindéticas.
f. A frase apresenta duas orações coordenadas e uma oração subordinada.
3. Una os pares de frases de modo a obter frases complexas, recorrendo à coordenação indicada.
a. (explicativa)
(1) No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida.
(2) Quer a Europa quer Portugal atravessavam uma grave crise.
b. (adversativa)
(1) A Europa interessou-se pela descoberta do mar.
(2) Portugal foi pioneiro na política expansionista.
Coluna A Coluna B
[1] Oração subordinada adverbial concessiva +
[A] Se ler atentamente, vai perceber.
+ oração subordinante
[B] Ainda que seja difícil, acabarei o trabalho [2] Oração subordinante + oração subordinada
no prazo estipulado. adjetiva relativa restritiva
[C] Ele garantiu-me que falaria com [3] Oração subordinante + oração subordinada
os colegas que desobedeceram. substantiva completiva
[D] Ele fez o trabalho, que todos elogiaram, [4] Oração subordinante + oração subordinada
para que fosse exposto no átrio. adverbial consecutiva
[E] Como esperei tempo demais, decidi [5] Oração subordinante + oração subordinada adjetiva
que já não sairia com eles. relativa explicativa + oração subordinada adverbial final
[F] Mal terminou a sessão de cinema, [6] Oração subordinante + oração subordinada
fomos imediatamente para casa. substantiva relativa
[G] Ele esforçou-se tanto que acabou [7] Oração subordinada adverbial condicional +
por perceber. + oração subordinante
[8] Oração subordinada adverbial causal +
[H] Eles convidaram quem quiseram. + oração subordinante + oração subordinada
substantiva completiva
[I] O professor estava convicto de que [9] Oração subordinada adverbial temporal +
os alunos perceberam. + oração subordinante
[10] Oração subordinante + oração subordinada
[J] O professor elogiou os alunos que
substantiva completiva + oração subordinada
pesquisaram sobre a obra de Camões.
adjetiva relativa restritiva
[A] – ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
Coluna A Coluna B
[5] cuja utilização era usual noutros estádios da língua, mas que caíram
em desuso.
[C] Arcaísmos são termos [6] que designam novas realidades ou novos usos reclamados pela
evolução científica, tecnológica ou outra.
2. Classifique cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. Uma sigla é uma palavra formada pelas iniciais de um grupo de palavras, pronunciada de acordo
com a designação de cada letra.
e. Extensão semântica é o processo de transferência de uma palavra de uma língua para outra.
f. Amálgama refere-se a criação de um vocábulo através da junção de letras ou sílabas de um grupo
de palavras, que se pronunciam como uma só palavra.
2.1. Indique a que processo se refere cada uma das definições que assinalou como falsas.
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Joana Oliveira, in Visão, edição online, 16 de setembro de 2014 (acedido em maio de 2017).
3.1. Transcreva os termos que configuram processos irregulares de formação de palavras, indicando
como se designam.
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3.2. Refira que nome se dá, em termos de renovação do léxico, ao termo “globonautas”.
_____________________________________________________________________________________________________________
3.2.1. Indique os termos que estão na origem da nova palavra.
_____________________________________________________________________________________________________
3.2.2. Avance um significado para o novo vocábulo, atendendo aos termos que o compõem.
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Chuvisco
Chuvisco é isco da chuva? Enquanto se espera resposta, vale a pena resguardar a pergunta.
O chuvisco, adolescente atrevido, molha tudo sem respeito. Ao tempo que vai lençolando as poei-
ras, o chuvisco abraça a terra mais terna […].
Às vezes é um rio de pé, verticaindo. Gotas gordas aprisionam os homens e os bichos nos seus
abrigos. Até os pássaros vão peixando, humiudinhos.
Mia Couto, “Pingo e vírgula”, in Cronicando, 10.a ed., Lisboa, Editorial Caminho, 2002, p. 98.
4.1. Transcreva os vocábulos que configuram novos termos, indicando como se designam.
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4.1.1. Decomponha-os nos seus constituintes, indicando as classes de palavras a que pertencem.
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4.1.2. Integre cada nova palavra numa classe gramatical, referindo o seu significado.
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Samuel Siva, in Público, edição online, 1 de outubro de 2014 (acedido em maio de 2017, adaptado).
A B
Amigo, pois me leixades A dona que eu am’e tenho por senhor
E vos ides alhur morar, amostrade-me-a, Deus, se vos en prazer for,
[…] senon, dade-mi a morte.
[…]
1. Classifique cada uma das afirmações acerca da poesia trovadoresca como verdadeira (V) ou
falsa (F). [15 itens x 2 pontos = 30 pontos]
a. Durante a Idade Média, a cultura estava espalhada por todos os grupos sociais.
b. A poesia trovadoresca designa a produção poética entre os séculos XII e XIV.
c. O galaico-português diz respeito a língua utilizada na Península Ibérica ate ao seculo XVI.
d. A produção poética da era medieval encontra-se compilada em três grandes cancioneiros:
o da Biblioteca Nacional, o da Vaticana e o da Ajuda.
e. Os jograis eram populares que atuavam em espaços públicos, nas cortes ou em casas
senhoriais.
f. Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam os seus poemas, fazendo-se
acompanhar exclusivamente por jogralesas.
g. As cantigas de amor estão associadas a um ambiente cortês e à temática do amor não
correspondido.
h. O ambiente rural, de romaria ou doméstico surge nas cantigas de amigo.
i. Na cantiga de amigo, o poeta assume uma atitude de vassalagem perante a sua “senhor”.
j. As cantigas de amigo têm origem provençal.
k. Tematicamente, as cantigas de amigo enunciam o amor, a saudade e a dor provocadas pela
ausência do amado.
l. O paralelismo e o refrão são marcas formais associadas às cantigas de amigo.
m. A Natureza serve única e exclusivamente de cenário à manifestação da dor da donzela.
n. As cantigas de amor exprimem, pela voz de uma donzela, o amor não correspondido.
o. Há afinidades entre as cantigas de amigo e as cantigas de amor, uma vez que em ambas
se assiste à temática do sofrimento amoroso.
1.1. Corrija as afirmações que classificou como falsas. [70 pontos]
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GRUPO II
1. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[10 itens x 5 pontos = 50 pontos]
1. Recorde o estudo da Crónica de D. João I e identifique cada uma das personagens descritas.
[7 itens x 8 pontos = 56 pontos]
b. Personagem que representa a ameaça castelhana sobre a integridade nacional, acabando por
funcionar como “bode expiatório” no desencadear da revolução.
__________________________________________________________________________________________________________________
e. Personagem que aparenta ser uma pessoa vulgar, com as suas dúvidas e hesitações, chegando
a cometer erros. No entanto, revela-se líder das multidões, assumindo a responsabilidade da sua
missão e revelando toda a sua ambição, demonstrando, por isso, um cariz realista.
__________________________________________________________________________________________________________________
f. Personagem que se destaca enquanto herói com forte pendor místico. A par da sua faceta espiri-
tual e do virtuosismo, distingue-se também pela determinação, coragem, perspicácia e lealdade.
__________________________________________________________________________________________________________________
g. Personagem que se apresenta como a força gregária, animada de uma vontade definida e coletiva.
Expressões como “todos postos sob um mesmo cuidado”, “todos animados de uma só vontade”,
“enquanto a cidade soube” tornam-se emblemáticas. Apesar de ignorante, supersticiosa e, por
vezes, até cruel, revela-se como a força motora da revolução e, por isso, trata-se da personagem
que mais padece, resiste e se afirma.
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GRUPO II
1. Indique o tempo, o modo e a pessoa gramatical das formas verbais sublinhadas em cada frase.
[18 itens x 4 pontos = 72 pontos]
1. Complete o texto expositivo sobre a obra vicentina com os segmentos linguísticos fornecidos
abaixo. [15 itens x 8 pontos = 120 pontos]
Gil Vicente, a. _______________, foi, para além de poeta, um dramaturgo muito importante.
A sua “carreira” iniciou-se em 1502, terminando em 1536, b. _______________ em que produziu cerca
de 50 peças teatrais dispersas (c. _______________), cujos temas estão relacionados com a natureza
humana: a astúcia, a honestidade, os ideais, a vida e a morte. d. _______________, só vinte e seis anos
após a sua morte todas essas peças seriam compiladas numa só obra pelos seus filhos.
e. _______________, este dramaturgo não ficava apenas pela produção escrita. f. _______________,
Gil Vicente também encenava, representava alguns dos papéis que criava e, posteriormente, reescrevia
as suas peças teatrais, tornando-as mais perfeitas. Efetivamente, a sua longa e diversificada
experiência g. _______________ – a corte onde vivia – fizeram com que pudesse dedicar-se com sucesso
h. _______________.
Animador dos serões da corte, encontrava nesta também os modelos que dariam origem
i. _______________, “julgando” as suas vidas aparentemente honestas. Predominantemente voltadas
j. _______________, as suas obras também exploravam os vários processos de cómico (de linguagem, de
caráter, de situação), que contribuíam, pelo riso, para denunciar vícios, costumes e grupos sociais,
através das personagens que construía.
Existem diferenças entre o simples cómico e a sátira: k. _______________ tem como objetivo apenas
provocar o riso, e fá-lo de forma evasiva; já l. _______________ procura provocar o riso, mas com o intuito
de fazer pensar, servindo-se assim da caricatura. Por isso se diz que o teatro vicentino assenta
sobretudo na sátira, pois é caricatura do século XVI e as suas figuras funcionam como reflexo num
espelho distorcido dos tipos de homens reais, como no caso do fidalgo no Auto da Barca do Inferno,
personagem que denuncia os maus costumes e os defeitos da alta nobreza.
m. _______________, existe uma relação próxima entre o teatro de Gil Vicente e a sociedade
n. _______________, pois o escritor, através das suas obras, expõe e critica os diferentes grupos e estratos
sociais da época, deixando assim testemunho de um período de transição importante da história
portuguesa – a passagem da o. _______________ para a Época Clássica.
1. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [8 itens x 10 pontos = 80 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] Ainda que fosse jovem, Inês queria casar
[1] Oração subordinada adjetiva relativa explicativa
rapidamente.
[F] Se Brás da Mata não morresse, Inês nunca [7] Oração subordinada adverbial consecutiva
seria livre.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___.
B
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a temática
do Renascimento. [5 itens x 5 pontos = 25 pontos]
1. Indique a designação atribuída às palavras sublinhadas nas frases abaixo apresentadas, tendo
em consideração que vêm ambas de SOLITARIU-. [5 pontos]
3. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] O poeta quinhentista escreveu em redondilha [1] Oração subordinada substantiva
mas privilegiou o decassílabo. completiva
[B] Assim que leram as primeiras estâncias de Os Lusíadas, [2] Oração subordinada adverbial
acharam-nas difíceis. condicional
[D] Camões foi tão arruaceiro que acabou embarcado [4] Oração subordinada adjetiva
para a Índia. relativa explicativa
[E] Quem gosta de poesia tem de ler Camões. [5] Oração coordenada adversativa
[F] Como Camões viveu no século XVI, sofreu a influência [6] Oração subordinada adverbial
dos humanistas. concessiva
[G] Não só estudamos os sonetos como também lemos [7] Oração subordinada substantiva
várias redondilhas. relativa
[H] Perceberão melhor desde que leiam expressivamente [8] Oração subordinada adverbial
os textos. consecutiva
[I] A mulher petrarquista, que é normalmente inacessível, [9] Oração subordinada adverbial
tem traços físicos específicos. temporal
[J] É inevitável que os poetas exponham a sua visão. [10] Oração subordinada adverbial
causal
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
b. Muitos leitores acham a poesia lírica de Camões superior à de outros poetas da sua época.
___________________________________________________________________________________________________________________
e. Os alunos ficaram perplexos perante a ausência de dados sobre o nosso poeta maior.
___________________________________________________________________________________________________________________
f. Muitos jovens foram interrogados pelo professor acerca das temáticas camonianas.
___________________________________________________________________________________________________________________
k. O talento de Camões, como o de muitos outros poetas, não foi reconhecido na sua época.
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1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens sobre Os Lusíadas.
[7 itens x 6 pontos = 42 pontos]
GRUPO II
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___________________________________________________________________________________________________________________
1.2. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes que se encontram sublinhados
nas alíneas (A), (B), (D), (F) e (G). [5 itens x 7 pontos = 35 pontos]
___________________________________________________________________________________________________________________
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1.3. Indique a classe e a subclasse dos conectores presentes nas frases (A), (C) e (E).
[3 itens x 5 pontos = 15 pontos]
___________________________________________________________________________________________________________________
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1. Complete o seguinte texto, fazendo apelo aos seus conhecimentos acerca do capítulo V da
História trágico-marítima, “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”,
e evitando repetições de termos. [20 itens x 4 pontos = 80 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] Podemos constatar a dimensão [1] em cinco anos, com determinação, coragem e espirito
heroica do relato de solidariedade.
[B] O protagonista começou por assumir [2] ao enfrentar tantos obstáculos representa o caminho
as funções típicas para a imortalidade.
[C] O Herói, com aval da regente [3] na descrição de Jorge de Albuquerque Coelho.
Dona Catarina, [4] organizou as lutas contra os índios.
[E] Enfrentou, com disciplina, [6] de um verdadeiro líder, que nunca abandona aqueles
fé e espírito de sacrifício, que dependem de si.
[F] Também mostrou a sua coragem [7] mostraram o seu espanto ao verem o estado em que
e determinação estes se apresentavam.
[J] A viagem culmina na chegada [13] nos momentos passados em Pernambuco, aquando
à metrópole, da morte do pai de Jorge de Albuquerque Coelho.
[K] Perante o terror vivido a bordo [14] nas constantes palavras de fé e de encorajamento
da nau proferidas pelo protagonista e nas orações.
[L] Os que foram receber [15] com a ajuda dos frades que vinham na caravela
os sobreviventes que os socorreu.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___;
[H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___.
__________________________________________________________________________________________________________________
2.4. Identifique o processo de formação das seguintes palavras: [3 itens x 6 pontos = 18 pontos]
a. climatéricas ________________________________________________________________________________________________
b. embarcar ___________________________________________________________________________________________________
c. tripulação ___________________________________________________________________________________________________
1. a 5.
Resposta restrita 100
(5 itens x 20 pontos)
1. a 7.
Resposta múltipla 35
(7 itens x 5 pontos)
8. a 12.
Resposta curta 15
(5 itens x 3 pontos)
Tema e tipologia – 15
Estrutura e coesão – 10
Léxico e adequação do
Resposta extensa 50
discurso – 5
Correção linguística – 20
(30 + 20 pontos)
COTAÇÃO 100 50 50 200
1. Identifique o género e o tema desta composição lírica, justificando com expressões do texto.
2. Demonstre que o sujeito poético tem dificuldades em clarificar o seu estado de espírito.
4. Identifique o recurso expressivo, e o seu valor semântico, em “Ora nom moiro, nem vivo” (v. 1).
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Após ter conquistado milhares de espetadores em França, A gaiola dourada prepara-se agora
para ser um grande sucesso comercial em Portugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espe-
tadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz. Esta imediata atração do público
português por esta obra luso-francesa compreende-se perfeitamente, não só por causa da impres-
5 sionante onda de publicidade positiva que o filme tem recebido por parte da imprensa, mas também
por causa do contagiante estilo corriqueiro desta agradável comédia familiar de Ruben Alves, onde
somos apresentados à simpática família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de
um prédio de luxo que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital fran-
cesa. Os pilares desta afável família são Maria e José Ribeiro (Rita Blanco e Joaquim de Almeida),
10 um simpático casal de emigrantes portugueses que se tornou, com o passar dos anos, numa parte
indispensável do quotidiano da pequena comunidade que os acolheu e que agora os poderá perder,
já que Maria e José poderão em breve concretizar o seu grande sonho de regressarem permanente-
mente a Portugal, onde poderão levar uma vida mais simples, pacífica e próxima das suas tradições.
O problema é que nenhum dos seus amigos, vizinhos e patrões quer deixar partir esta simpática
15 família, que também está fortemente dividida, já que Maria e José parecem ser os únicos que estão
dispostos a regressar às suas origens e abandonar definitivamente a sua preciosa comunidade que,
durante três décadas, lhes deu tudo aquilo que eles precisavam para levar uma vida esforçada mas
feliz. Será que Maria e José estão mesmo dispostos a regressar ao nosso país e a virar para sempre
as costas à sua inestimável gaiola dourada?
20 Esta simples pergunta não tem de todo uma resposta óbvia, já que é a sua procura por parte dos
dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prático guião desta simples mas agradá-
vel comédia luso-francesa, que denota todos os seus traços e influências francesas graças à for-
ma requintada e pragmática como os seus criadores construíram e decidiram contar esta simples
história familiar, cujo principal apelo humano deriva da contagiante áurea popular bem portuguesa
25 que marca presença um pouco por todo o filme, e que acaba por acrescentar um reconfortante e
atrativo elemento de tradição, descontração, diferenciação e diversão a esta honrosa comédia que,
embora não seja abismalmente criativa ou irreverente, aposta numa história com pés e cabeça
que enfatiza os dilemas e os dramas da comunidade emigrante nacional sem nunca esquecer os
estereótipos culturais portugueses, que foram aqui aproveitados da melhor maneira possível para
30 desenvolver um estupendo ambiente tradicional e familiar, que tanto promove a diversão como a
emoção. Para este atrativo resultado final muito contribuiu a capacidade criativa de Ruben Alves
(realizador/guionista), que soube aproveitar o melhor de dois mundos para criar e evidenciar esta
ligeira mas francamente apelativa comédia familiar, que beneficia ainda de uma ótima prestação do
seu elenco nacional e internacional.
http://www.portal-cinema.com/2013/08/critica-gaiola-dourada-2013.html
(consultado em junho de 2017).
4. Ao longo do filme,
(A) o ambiente em que se movem as personagens é tipicamente francês.
(B) existe uma tensão entre o casal português e a comunidade que os acolheu.
(C) vários elementos culturais portugueses recriam um ambiente tradicional.
5. O segmento sublinhado em “já foi visto por mais de catorze mil espetadores” (ll. 2-3) desempenha
a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) complemento agente da passiva.
(C) complemento oblíquo.
9. Explique o significado literal do vocábulo “capital” (l. 8), sabendo que a palavra latina CAPITIA
significa “cabeça”.
11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “Esta simples pergunta não tem
de todo uma resposta óbvia” (l. 20).
12. Refira o tempo e o modo da forma verbal sublinhada em “que beneficia ainda de uma ótima
prestação do seu elenco nacional e internacional” (ll. 33-34).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual apresente as principais diferenças entre
as cantigas de amigo e as cantigas de amor.
Obedeça às seguintes orientações:
• Introdução – apresentação da temática do texto.
• Desenvolvimento – caracterização de cada um dos géneros, referindo:
− origem;
− sujeito de enunciação e destinatário;
− características essenciais das figuras feminina e masculina;
− ambiente.
• Conclusão – síntese geral das ideias e fecho do texto.
Leia o seguinte excerto do capítulo 115 da Crónica de D. João I. Se necessário, consulte as notas
apresentadas.
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco
sobr’ela.
Nem uũ falamento1 deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido2, que poermos logo
aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-Rei de Castela sobr’ela; e per que modo
poinha em si guarda o Meestre, e as gentes que dentro eram, por nom receber dano de seus ẽmi-
gos3; e o esforço e fouteza4 que contra eles mostravom, em quanto assi esteve cercada.
5 Onde sabee que como5 o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom
seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos
que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas
liziras6 em barcas e batees, depois que Santarem esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados
mortos que salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento7; e colherom-
10 -se8 dentro aa cidade muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras
pessoas da comarca d’arredor, aqueles a que prougue9 de o fazer; e deles10 passarom o Tejo com
seus gaados e bestas e o que levar poderom, e se forom contra11 Setuval, e pera Palmela; outros
ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e taes i12 houve, que poserom todo o seu13, e ficarom
nas vilas que por Castela tomarom voz.
15 Os muros todos da cidade nom haviam mingua14 de boom repairamento15; e em seteenta e sete
torres que ela teem a redor de si, forom feitos fortes caramanchões de madeira, os quaes eram
bem fornecidos d’escudos e lanças e dardos e beestas de torno16, e doutras maneiras com grande
avondança17 de muitos viratões18. […]
E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidal-
20 gos e cidadãos honrados19, aos quaes derom certas quadrilhas20 e beesteiros e homẽes d’armas pera
ajuda de cada uũ guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uũ sino pera repicar quando tal cousa
vissem, e como21 cada uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente22 corriam pera ela […]
____________
1 palavras,ditos; 2 alusão ao capítulo anterior, onde se descreve o soberbo acampamento do rei de Castela, que se estendia de Santos
até Campolide e outros lugares em volta; 3 inimigos; 4 coragem; 5 logo que; 6 lezírias (terras que ficam na margem do rio);
7 abastecimento; 8 refugiaram-se; 9 aprouve, agradou; 10 alguns; 11 em direção a; 12 aí; 13 que poserom todo o seu: que puseram em
segurança os seus haveres; 14 necessidade; 15 reparação, fortificação; 16 armas que disparavam setas a grandes distâncias;
17 abundância; 18 setas grandes; 19 de boa categoria social, burgueses; 20 quadrelas, lanços de muralha onde se colocavam os vigias;
21 quando; 22 apressadamente.
Fernão Lopes, in Teresa Amado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista, Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 170-172.
____________
23 designados; 24 avivavom-se os corações deles: sentiam-se mais corajosos; 25 operários; 26 folga; 27 onde.
1. No primeiro parágrafo, o narrador apresenta de forma sintetizada as ideias que serão desen-
volvidas ao longo do capítulo 115. Refira-as.
2. Demonstre que a população se dividiu no que respeita a tomar o partido do Mestre de Avis.
3. Enumere, baseando-se no segundo parágrafo, algumas das medidas tomadas pelo povo e pelo
Mestre, assim que souberam que o cerco à cidade estava iminente.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
O autocarro desde Joanesburgo sai às 8 da manhã para Maputo − entre tempos de paragem
noutras cidades ao longo do percurso e a travessia da fronteira de Ressano Garcia, chego a Maputo
já de noite. Fico plantado numa esquina à espera de um amigo de amigo de outros amigos. Não sei
sequer se existe mas, se existir, chama-se Henrique.
5 O que ficou combinado foi uma boleia com o Henrique até um promontório mítico para praticantes
de surf, onde quebra uma onda secreta, de qualidade mundial e de difícil acesso para viajantes soli-
tários, daí melhor apoiar-me na experiência e na viatura de quem sabe. O Henrique, se existe, sabe.
Por ironia do destino ou, quem sabe, por malícia das sinergias que a História tece, tanto Portugal
como as suas ex-colónias são excelentes destinos para o surf. A diferença é que na (ex) metrópole
10 as ondas estão à distância de um parque de estacionamento.
Já em Angola e Moçambique, a logística de chegar à praia envolve guias locais, veículos todo-
-terreno, provisões, equipamentos de outdoor e um espírito desinibido e aventureiro. Tal como fiz
há uns anos em Angola, socorro-me agora da ajuda de um português expatriado para chegar até às
ondas. Henrique, se existe, imigrou para Moçambique não apenas pelo trabalho mas também pelo
15 surf. Provavelmente até na ordem contrária de prioridades.
5. Na frase “onde quebra uma onda secreta” (l. 6), a palavra sublinhada introduz uma oração
(A) subordinada substantiva completiva.
(B) subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) subordinada adjetiva relativa explicativa.
8. Classifique a oração sublinhada em “Não sei sequer se existe mas, se existir, chama-se
Henrique” (ll. 3-4).
9. Refira a função sintática do segmento sublinhado em “na (ex) metrópole as ondas estão
à distância de um parque de estacionamento” (ll. 9-10).
10. Indique a função sintática do elemento sublinhado em “que me faz pensar” (l. 16).
11. Transcreva o referente do elemento sublinhado em “que permite sempre um tom de azul
no fundo do olhar” (l. 19).
12. Reescreva o segmento “No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
é aquela que menos me recorda Portugal.” (ll. 20-21), substituindo o conector por outro com
o mesmo valor lógico.
GRUPO III
Responda às questões.
Coluna A Coluna B
[I] O palco da expressão amorosa era o adro das igrejas, [4] Cantiga de maldizer
quando as donzelas acompanhavam a mãe às romarias.
Um dos mais importantes cronistas de Portugal foi Fernão Lopes, nomeado por a. _____________________,
em 1434, para “poer em crónica as histórias dos reis que antigamente em Portugal foram”, ou seja,
para escrever a história dos reis da primeira dinastia, e para registar “os grandes feitos e altos do mui
virtuoso e de grandes virtudes El-Rei meu senhor e padre”, isto é, para relatar os acon-
tecimentos ocorridos durante o reinado de seu pai, b. _____________________. O cronista trabalhou durante
vários anos, recolhendo c. _____________________, notícias escritas por portugueses e por estrangeiros, e ou-
vindo pessoas que tivessem presenciado acontecimentos d. _____________________, sempre procurando
informações e. _____________________, pois, como ele escreveu, “mentira em este volume e muito afastada da
nossa vontade”.
Foi nomeado guarda-mor da f. _____________________, em 1418. A palavra “Tombo” é derivada do verbo
tombar, que, além de significar cair, derrubar, significa também inventariar, registar, e é esse o sen-
tido que a palavra aqui adquire. Neste arquivo, inicialmente instalado numa das torres do Castelo de
São Jorge, em g. _____________________, eram registados e inventariados os documentos históricos.
Fernão Lopes h. _____________________ várias alterações políticas e sociais durante o seu longo período
de atividade, o que, certamente, foi muito útil para a elaboração das suas i. _____________________.
O facto de se servir das mais diversas j. _____________________ (documentais – livros de k. _____________________,
cartas, epitáfios, sermões –, monumentais e testemunhais), interpretando-as e relatando-as corretamente,
permitiu-lhe garantir maior exatidão ao que narrava, conferindo l. _____________________ às suas crónicas.
Desse aperfeiçoamento e dessa busca da fidelidade histórica decorre a m. _____________________ psicológica de
personagens n. _____________________ e individuais. Mas o cronista também se preocupa com a beleza da
forma, conferindo assim efeitos o. _____________________ às suas crónicas. Recorre, assim, a diversos recursos
linguísticos, alguns herdados da p. _____________________ precedente, outros inovação sua. É frequente o
recurso a interrogações q. _____________________ e a exclamações para sublinhar os momentos mais
emotivos/dramáticos da narrativa. Verifica-se também a recriação de r. _____________________ históricas
através da caracterização psicológica, apresentando-as ao leitor em ação, descrevendo os seus trajes,
as suas atitudes, os seus gostos, contando os seus ditos (discurso s. _____________________).
O realismo descritivo, através da descrição de vários planos, da exploração da sensação
t. _____________________ (principalmente a cinética) e da sensação auditiva, também esta bem patente nas
suas crónicas.
3. Classifique a cantiga, quanto ao género. Justifique com uma característica formal e uma carac-
terística temática.
“E sem duvida se eles entrarom dentro1, nom se escusara a Rainha de morte, […]. O Meestre
estava aa janela, e todos oolhavom contra ele dizendo:
– Ó Senhor! como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse
treedor! Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais.
5 E em dizendo esto, muitos choravom com prazer de o veer vivo. Veendo el estonce2 que neũa
duvida tiinha em sua seguranca, deceo afundo3 e cavalgou com os seus acompanhado de todolos
outros que era maravilha de veer. Os quaes mui ledos arredor dele, braadavom dizendo:
– Que nos mandaes fazer, Senhor? Que querees que façamos?
E el lhe respondia, aadur4 podendo seer ouvido, que lho gradecia muito, mas que por estonce
10 nom havia deles mais mester5. E assi encaminhou pera os Paaços do Almirante u pousava o Conde
dom Joam Afonso irmão da Rainha com que havia de comer. As donas da cidade, pela rua per u 6
el ia, saiam todas aas janelas com prazer dizendo altas vozes:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. […]
E indo assim ataa entrada do Ressio, e o Conde viinha com todolos seus, e outros boos da cidade
15 que o aguardavom, […]; e quando vio o Meestre ir daquela guisa7, foi-o abraçar com prazer e disse:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. Sei que nos tirastes de grande cuidado, mas vos mereciees
esta honra melhor que nós. Andae, vamos logo comer.
E assi forom pera os Paaços u pousava o Conde.”
Fernão Lopes, in Teresa Amado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista,
Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 99-100.
____________
1se eles entrarom dentro: se eles tivessem entrado; 2 então; 3 abaixo; 4 dificilmente; 5 nom havia deles mais mester: não tinha mais
necessidade deles; 6 onde; 7 maneira.
GRUPO II
Responda às questões.
GRUPO III
Vai Lianor Vaz por Pero Marques, e fica Pero Há homem empacho, má ora,5
Inês Pereira só, dizendo: quant’a dizer abraçar…
15 Depois que a eu usar
Andar1! Pero Marques seja. entonces poderá ser.
Quero tomar por esposo Inês (Não lhe quero mais saber,
quem se tenha por ditoso já me quero contentar...)
de cada vez que me veja.
5 Por usar de siso mero,2 Lia. Ora dai-me essa mão cá.
asno que me leve quero, 20 Sabeis as palavras, si?
e não cavalo folão3. Pero Ensinaram-mas a mi,
Antes lebre que leão, perém esquecem-me já...
antes lavrador que Nero4. Lia. Ora dizei como digo.
[…]
Vem Lianor Vaz com Pero Marques e diz Pero Soma, vós casais comigo,
Lianor Vaz:
25 e eu com vosco, pardelhas6!
10 Lia. No mais cerimónias agora; Não compre aqui mais falar.
abraçai Inês Pereira E quando vos eu negar
por mulher e por parceira. que me cortem as orelhas.
Lia. Vou-me, ficai-vos embora.
Gil Vicente, “Farsa de Inês Pereira”, in António José Saraiva (apresentação e leitura),
Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 198-199.
____________
1adiante!; 2 para proceder com todo o juízo; 3 fogoso; 4 imperador romano que supostamente incendiou Roma; 5 sente-se um homem
atrapalhado, que diabo!; 6 (o mesmo que pardeos) interjeição “por Deus!”.
2. Indique dois aspetos que levam Inês Pereira a aceitar casar com Pero Marques, fundamentando
a sua resposta com citações textuais pertinentes.
4. Baseando-se nas falas de Pero Marques, apresente três características da personagem que
permitam associá-la ao “asno” referido no verso 6.
5. Explicite a reação de Inês presente nos versos parentéticos (vv. 17-18), tendo em consideração a fala
de Pero Marques (vv. 13-16).
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Este livro de ensaios de Helena Vasconcelos faz aquilo que um livro de ensaios deve fazer: provo-
ca várias conversas, várias discussões, várias celebrações. Depois desta celebração, convoco agora
um tema para discussão. A autora diz que “a diferença entre as mulheres da minha geração e as que
nasceram pós-25 de Abril é abissal”. Ora, não tenho a menor dúvida em relação aos efeitos de Abril
5 sobre a condição feminina. Aliás, quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipação feminina. Lá em casa, a minha mãe, ex-operária, ex-miss
e precursora do uso da minissaia, fazia questão de deixar isso bem claro.
Como diz a autora de Humilhação e glória, “quando comparadas com as nossas «irmãs» eu-
ropeias”, as mulheres portuguesas podem sentir orgulho por terem “percorrido um caminho bem
10 árduo num tempo mais curto”. Mas quando é que começou esse “caminho bem árduo”? Depois
de 74? Não, não me parece. Esse caminho começou a ser traçado pelas mulheres mais novas da
geração da minha mãe. La mia mamma é a mais nova, e sempre existiu um abismo geracional entre
ela e as irmãs. Aliás, a minha tia mais velha é como se fosse a minha terceira avó. A caçula, a minha
mãe, era (e é) de outro planeta. E percebe-se porquê: saiu de casa cedo para trabalhar numa fábrica.
15 As minhas tias só saíram de casa para “ir servir” ou para casar. Foram educadas para serem seres
domésticos. Por oposição, a minha mãe foi a primeira mulher urbana da família. Com o crescimento
brutal da economia registado nos anos 60 e com a consequente abertura à Europa, a sociedade
portuguesa mudou para sempre, porque as raparigas começaram a trabalhar em fábricas e lojas.
Estas raparigas dos anos 60 e inícios dos 70 foram as grandes revolucionárias, porque desafiaram a
20 autoridade do pai e do marido. Não queriam casar para sair de casa, queriam trabalhar para casa-
rem em pé de igualdade com o maridinho.
Abril não iniciou o processo de emancipação das mulheres portuguesas. O pós-74 continuou-o
e, acima de tudo, deu-lhe forma jurídica. A sociedade portuguesa tem mais continuidades do que
aquelas que nós, crentes na democracia, estamos dispostos a ver. E, quando recusamos ver essas
25 continuidades, acabamos por trair a geração que começou a fazer a mudança. […]
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/
a-libertacao-das-mulheres-comecou-antes-de-abril=f785384 (consultado em junho de 2017, adaptado).
1. De acordo com a obra Humilhação e glória, as mulheres lusas têm a grande vantagem de
(A) terem conquistado a emancipação antes das mulheres do resto da Europa.
(B) se terem emancipado em menos tempo do que as da restante Europa.
(C) terem tido o apoio dos homens ao longo do processo de emancipação.
4. O segmento sublinhado em “quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipação feminina” (ll. 5-6) desempenha a função sintática de
(A) complemento direto.
(B) sujeito simples.
(C) complemento indireto.
5. No contexto em que surge, o termo “precursora” (l. 7) pode ser substituído por
(A) opositora.
(B) adjuvante.
(C) pioneira.
6. Em “saiu de casa cedo para trabalhar numa fábrica” (l. 14), a oração sublinhada é subordinada
(A) adverbial final.
(B) substantiva completiva.
(C) adverbial consecutiva.
7. A oração sublinhada em “acabamos por trair a geração que começou a fazer a mudança” (l. 25)
classifica-se como subordinada
(A) substantiva completiva.
(B) adjetiva relativa restritiva.
(C) adjetiva relativa explicativa.
9. Refira a classe de palavras do termo sublinhado em “as grandes revolucionárias” (l. 19).
10. Transcreva o referente do pronome pessoal sublinhado em “O pós-74 continuou-o” (l. 22).
11. Reescreva no futuro simples do indicativo a forma verbal sublinhada em “O pós-74 […] deu-lhe
forma jurídica.” (ll. 22-23).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 130 a 180 palavras, sobre o papel da mulher na sociedade atual, tendo
em consideração os vários domínios em que esta se emancipou.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulário adequado e diversificado.
____________
1 se por acaso; 2 magoar, compadecer; 3 alegres; 4 desejo, anseio; 5 crescente.
1. Classifique a composição poética, fundamentando a sua resposta com dois aspetos formais.
2. Com base na primeira glosa, mostre em que medida o estado de espírito do sujeito poético
se opõe à descrição da Natureza.
4. Refira a razão que o “eu” poético apresenta para o seu estado de espírito presente, justificando
a sua resposta com expressões das duas últimas glosas.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
A química da paixão
Quem não conhece aquele símbolo da paixão que traz a flecha do Cupido atravessando o cora-
ção? […] Na imagem, o alvo do deus alado é o coração […]; a seta, no entanto, atinge é a cabeça. […]
Havendo interesse por outra pessoa, a química provoca sintomas intensos e avassaladores em
todo o corpo. Os mais evidentes são o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória e
5 dos batimentos cardíacos, a dilatação das pupilas, os tremores e o rubor, além da falta de apetite,
concentração, memória e sono. Tudo é provocado por alterações em regiões específicas, já identifi-
cadas pela ciência com a ajuda da ressonância magnética funcional e de outras tecnologias.
Uma das responsáveis pelas descargas de emoções para o coração e as artérias é a dopamina,
um neurotransmissor da alegria e da felicidade libertado pelo organismo para potenciar a sensa-
10 ção de que o amor é lindo. […] “O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz
o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
de Campinas. […]
Em pesquisas recentes, estruturas do cérebro chamadas núcleo caudado, área tegmentar ven-
tral e córtex pré-frontal mostraram-se mais ativadas em pessoas apaixonadas. São zonas ricas
15 justamente em dopamina e endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao da morfina.
Juntos, esses agentes estimulam os circuitos de recompensa, os mesmos que nos proporcionam
prazer em comer, quando sentimos fome, e em beber, quando temos sede. […]
A feniletilamina, parecida com a anfetamina, é outra molécula natural associada a essa ava-
lanche de transformações, assim como a noradrenalina, que contribui com a memória para novos
20 estímulos. Por isso, os apaixonados costumam lembrar-se da roupa, da voz e de atos triviais dos
seus amados. […]
Enquanto a maioria das substâncias químicas apresenta níveis mais elevados no auge da paixão,
a serotonina, que tem efeito calmante e nos ajuda a lutar contra o stress, diminui em cerca de 40%.
O índice foi observado no estudo da italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa. […]
25 O prazo de validade do efeito paixão varia de pesquisa para pesquisa. Sabbatini observa que o
fundamental é a paixão passar naturalmente, o que acontece em alguns meses, com o cérebro
descarregando menos dopamina e reduzindo as endorfinas. “No auge, as alterações químicas são
tão intensas e tão stressantes que, se durarem tempo demais, o organismo entra em colapso”, diz.
http://super.abril.com.br/comportamento/a-quimica-da-paixao
(consultado em junho de 2017, adaptado).
2. Com base nos segundo e terceiro parágrafos, podemos concluir que as reações do nosso corpo
no processo de enamoramento
(A) são doentias e facilmente diagnosticadas com a medição da tensão arterial e a realização de uma
ressonância magnética.
(B) são causadas exclusivamente pela dopamina, uma substância química que atua no nosso organismo
do mesmo modo que a cocaína.
(C) são semelhantes às reações provocadas por várias substâncias aditivas, entre as quais a cocaína.
5. Em “a seta, no entanto, atinge é a cabeça” (l. 2), o conector empregue tem valor de
(A) adição.
(B) oposição.
(C) causa.
7. Em “é outra molécula natural associada a essa avalanche de transformações” (ll. 18-19) o consti-
tuinte sublinhado é uma
(A) personificação.
(B) metáfora.
(C) comparação.
10. Indique o antecedente do termo sublinhado em “que contribui com a memória para novos
estímulos” (ll. 19-20).
11. Classifique a oração introduzida por “que” na frase “Sabbatini observa que o fundamental
é a paixão passar naturalmente” (ll. 25-26).
12. Transcreva a oração subordinada adverbial condicional presente no último período do texto.
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 150 a 200 palavras, em que se refira à experiência pessoal e amorosa
na lírica camoniana, relacionando-a com a representação da amada e da Natureza.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulário adequado e diversificado.
Responda às questões..
1. Tendo em consideração o estudo feito da Farsa de Inês Pereira, associe cada elemento da
coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
[B] Inês, por sua vez, considera-se [2] e apresentam o Escudeiro a Inês.
[C] A mãe aconselha Inês [3] desajeitado, ignorante e pouco dado ao amor.
[D] Lianor Vaz é uma alcoviteira que traz [4] vítima das exigências e preconceitos sociais.
[E] Pero Marques demonstra ser [5] o verdadeiro estado social do seu amo.
[F] Os dois judeus são oportunistas [6] a não se precipitar com o casamento.
[G] O escudeiro Brás da Mata revela-se [7] adulador, falso e com duplo caráter.
[H] O Moço acaba por revelar [8] representar os falsos elementos do clero.
2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Gil Vicente, a sua obra e o contexto em que viveu.
Gil Vicente apresentou a sua primeira peça, a. ____________, a 7 de junho de b. ____________, à rainha
Dona c. ____________. Continuou a escrever sob a proteção da rainha até à morte desta, e prosseguiu a
sua criação dramática ao serviço do rei d. ____________. Em 1522, o autor dos autos continuou a gozar
da mesma confiança sob o e. ____________ de D. João III. Sabe-se que o f. ____________ continuou a apoiá-lo
financeiramente. O dramaturgo escreveu cerca de g. ____________ peças de teatro, de natureza diversa,
h. ____________ postumamente na já referida Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente. Entre outros
objetivos, Gil Vicente pretendia criticar a i. ____________, através da paródia, nem sempre satírica, de
variados tipos sociais, e ao mesmo tempo fazer j. ____________.
____________
1 por minha fé, na verdade
2 mesmo que
3 prudência
4 juízo, sensatez
4. Esclareça o sentido das primeiras três interrogações que se encontram presentes a partir
do verso 30.
____________
1 audácia
2 prudência, juízo
3 discreto, controlado
6. Descreva, por palavras suas, a mulher presente no poema, comprovando as suas afirmações
com expressões textuais.
7. Identifique o recurso expressivo presente em “entre rubis e perlas” (v. 3), explicitando o seu
sentido.
GRUPO II
Responda às questões.
3. Obtenha frases complexas, unindo os pares de frases simples, de acordo com o valor lógico
indicado.
a. Camões foi obrigado a partir para a Índia. Envolveu-se em situações complicadas. (causal)
b. Camões chegou à Índia. Nesse país, Camões descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
às dos europeus. (temporal)
GRUPO III
O texto em verso faz parte do nosso quotidiano e entra nas nossas casas, no carro, no local de trabalho
ou em qualquer outro espaço através de canções que nos tocam de muitas maneiras e que ficam gravadas
na memória do nosso coração.
Num texto de apreciação crítica, de 120 a 180 palavras, apresente um tema musical que o tenha
marcado, apreciando-o positivamente e referindo os seguintes aspetos:
− título da musica e do álbum a que pertence;
− cantor(a)/grupo musical que a interpreta;
− tema explorado;
− estilo musical;
− versos do tema musical com que mais se identifica;
− justificação pela sua preferência.
88 90
Assi a fermosa e a forte companhia Que as imortalidades4 que fingia5
O dia quási todo estão passando A antiguidade, que os Ilustres ama,
Nũa alma1, doce, incógnita alegria, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia
Os trabalhos tão longos compensando. Sobre as asas ínclitas da Fama,
Porque dos feitos grandes, da ousadia Por obras valerosas que fazia,
Forte e famosa, o mundo está guardando Pelo trabalho imenso que se chama
O premio lá no fim, bem merecido, Caminho da virtude, alto e fragoso7,
Com fama grande e nome alto e subido. Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,
89 91
Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, Não eram senão prémios que reparte,
Tétis2 e a Ilha angélica pintada, Por feitos imortais e soberanos,
Outra cousa não é que as deleitosas O mundo cos varões que esforço e arte
Honras que a vida fazem sublimada. Divinos os fizeram, sendo humanos.
Aquelas preminências gloriosas, Que Júpiter, Mercúrio, Febo8 e Marte,
Os triunfos, a fronte coroada Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10,
De palma e louro, a glória e maravilha3, Ceres, Palas e Juno com Diana,
Estes são os deleites desta Ilha. Todos foram de fraca carne humana.
____________
1 reconfortante, santa; 2 deusa do mar, esposa do Oceano; 3 admiração; 4 condição de imortal; 5 inventava; 6 constelado;
7 pedregoso; 8 Apolo; 9 Rómulo; 10 Hércules e Baco.
1. Estas estâncias inserem-se no episódio da “Ilha dos Amores”. Demonstre que os navegadores
portugueses são merecedores desta ilha, tendo em conta a estância 88.
3. Explicite o teor da reflexão do poeta, existente nas estâncias 89 a 91, fundamentando a resposta
com elementos textuais pertinentes.
4. Indique um recurso expressivo presente nos dois últimos versos da estância 90, explicitando
o seu valor.
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
O autor desta quase literal adaptação de Os Lusíadas reconhece – apesar do respeito, do cuidado
e do carinho que pôs na delicadíssima tarefa – que ela é de qualquer modo sacrílega.
Não se toca numa obra de génio, para a apresentar simplificada aos olhos do público, sem a tris-
te e aliás inevitável sensação de amarfanhar a sua beleza, de corromper e desfolhar o seu encanto
5 radioso.
Não me pejo de confessar que estive constantemente angustiado, que sofri contínuos e sérios
remorsos, enquanto procurava interpretar, em prosa corrente e fácil, a grandeza, a majestade épica
de Os Lusíadas.
Insisti e teimei em fazê-lo, não por gosto e deleite no trabalho, mas porque este me pareceu
10 necessário, urgente e – perdoe-se-me o orgulho – sinceramente patriótico.
É costume dizer-se que Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria, ou, menos retoricamente, o livro
nacional por excelência. De facto. Mas essa Bíblia, esse livro intrinsecamente nacional, só tomam
contacto com ele – quando o tomam… – os alunos dos liceus, a partir do meio do seu curso, e os
adultos.
15 As crianças não o leem, não o podem ler – as crianças que, por muito pouco que entendam
o francês, encontram nessa língua edições, à sua escala e medida, da própria Odisseia.
Não será tempo de oferecer-lhes uma singela, embora imperfeita adaptação da nossa Odisseia
– Odisseia real, e não apenas imaginária, e, mesmo por isso, mais do que a outra maravilhosa – para
que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acontecimentos notáveis e celebrados
20 por Luís de Camões e que são glória imorredoira da nossa terra?
6. Na expressão “Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria” (l. 11) está presente uma
(A) metáfora.
(B) comparação.
(C) enumeração.
7. A oração sublinhada em “É costume dizer-se que Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria, ou, menos
retoricamente, o livro nacional por excelência” (ll. 11-12) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “mas porque este me pareceu
necessário, urgente” (ll. 9-10).
12. Classifique a oração “para que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acon-
tecimentos notáveis e celebrados por Luís de Camões” (ll. 18-20).
GRUPO III
Escreva um texto de apreciação crítica, de 120 a 150 palavras, no qual apresente o seu ponto de vista
sobre a leitura de Os Lusíadas.
Obedeça às seguintes orientações:
• Introdução – apresentação e caracterização sumária do objeto (Os Lusíadas: planos narrativos,
matéria épica).
• Desenvolvimento – comentário crítico da obra, com apresentação de argumentos (importância
para a nação portuguesa).
• Conclusão – síntese geral das ideias e apelo à leitura ou ao estudo da obra.
Passados três dias, em que continuamente se deu à bomba, começou enfim a abonançar a procela.
Dos pedaços da ponte que o mar abatera, e de três remos do batel que escaparam do estrago,
trataram logo de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha.
Os nossos, então, pensaram em dar cabo dos estrangeiros. Jorge de Albuquerque dissuadiu-os
5 disso. No estado em que estavam, o único remédio era a nau dos corsários. Se ela escapara, trataria
decerto de demandar a nossa, por causa dos Franceses que nela iam; e vindo-os buscar, e não os
achando, decerto matariam os Portugueses todos. Lembrou-lhes também que já não tinham água,
nem vinho, nem mantimento algum, e só podiam esperar o que os Franceses lhes dessem.
Assim discutiam, travando razões, quando deram vista da nau francesa. Fizeram-lhes fogos.
10 Ela acudiu, desbaratada também, mas não destroçada como estava a nossa.
Tendo sabido que a nossa gente se quisera levantar contra os Franceses, e que Jorge de Albu-
querque se opusera a tal, mostraram-se gratos os compatriotas daqueles. Ofereceram-se para o le-
var consigo, e mais três portugueses que ele indicasse; deixá-los-iam desembarcar na primeira ter-
ra que tomassem, se assim desejava. Jorge de Albuquerque agradeceu-lhes muito: mas que muito
15 mais lhes agradeceria se quisessem levá-los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente,
e em tal transe. O destino dos outros seria o seu. Responderam os Franceses que não podiam.
Dois dias depois, aquietava o tempo. Os corsários, aproveitando a bonança, trataram de des-
carregar a “Santo António” das muitas mercadorias que nela vinham, e que haviam escapado do
furacão ou do alijar de carga que se havia feito. Até despojaram alguns portugueses dos próprios
20 fatos que traziam vestidos. […]
Negaram-se a prover os desgraçados de algumas coisas que precisavam, como enxárcias, ante-
nas, velas; a muito rogo, deram-lhes dois sacos de biscoito podre; e na segunda-feira, 17 de setem-
bro, afastou-se a nau deles a todo o pano, e foi-se esbatendo na atmosfera turva.
História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptação de António Sérgio
e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, edição Expresso, 2008, pp. 137-139.
2. Refira um dos argumentos apresentados por Jorge de Albuquerque Coelho para não atacarem
os franceses que estavam na nau.
3. Explicite o motivo que levou o capitão a não aceitar a proposta dos franceses.
4. Indique duas características de Jorge de Albuquerque Coelho, tendo em conta a sua atitude
neste excerto. Fundamente a sua resposta com expressões textuais.
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Inventar-se no Equador
Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e,
pelo contrário, o que é apenas tomado de empréstimo de outros. Pergunto-me que revelação será
para um francês comer os queijos italianos e beber os vinhos sul-africanos: “Afinal, não somos os
melhores do mundo”, terá ele de concluir. Se tiver capacidade para isso.
5 Um dos lugares-comuns que nós, os portugueses, temos sobre nós próprios é que somos uma
nação de poetas. Talvez sim, mas não mais do que os chilenos, com dois poetas distinguidos com
o prémio Nobel; ou do que os italianos, com outros dois Nobel e provavelmente o maior poeta de
todos os tempos, Dante; não para os ingleses, que dizem isso de Shakespeare. Os húngaros con-
sideram os seus poetas heróis nacionais e os chineses cultivam a poesia há milénios, e os persas,
10 já que lhes é proibido o vinho, escrevem poesia que o exalta.
Mas não quero falar desse lugar-comum. Interessa-me hoje outro: o de que nós, os portugueses,
somos extremamente criativos e desenrascados, que sabemos sempre dar a volta ao bico do prego,
que temos uma capacidade acima da média internacional para inventar soluções para os problemas
que nos afligem. Uma voltinha pelo Equador, esse país com um pé em cada hemisfério e a cabeça
15 acima das nuvens, faz-me pensar que não há nada como viajar para questionar certos lugares-
-comuns nacionais.
Passear a pé pelas ruas de Quito, a capital da nação sul-americana, ou de Guayaquil, o seu mo-
tor económico, é revelador. Nunca vi em Portugal nada que se assemelhe à enorme inventividade,
imaginação e esperteza desta gente desesperada por chegar ao fim do dia com algo na barriga. Bem
20 se diz que a necessidade aguça o engenho, e o engenho dos equadorenhos é notável.
Cada esquina, cada semáforo, cada arcada apresenta uma nova solução para o velho problema
de ganhar a vida. Inventa-se em todo o lado uma ocupação, uma fonte de rendimentos, um modo
de arranjar uns trocos. O nível de receitas é quase sempre mínimo, e pergunto-me como é possível
viver com tão pouco. Mas é uma pergunta banal, típica de um europeu que observa a vida dos sul-
25 -americanos. Eles perguntariam como podemos viver nós com tanto, e perguntariam, sobretudo:
Para quê?
2. Segundo o conteúdo do terceiro parágrafo, há uma outra característica dos portugueses que
(A) deve ser questionada.
(B) salienta a sua supremacia.
(C) os diferencia dos outros povos.
6. A oração “que revelação será para um francês” (ll. 2-3) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
7. O grupo nominal sublinhado em “somos uma nação de poetas” (ll. 5-6) desempenha a função
sintática de
(A) complemento direto. (B) complemento oblíquo. (C) predicativo do sujeito.
10. Identifique o referente do pronome “nos” em “que nos afligem” (l. 14).
11. Indique a relação semântica que se estabelece entre “Equador” (l. 14) e “país” (l. 14).
12. Indique a subclasse do verbo sublinhado em “pergunto-me como é possível viver com tão
pouco” (ll. 23-24).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual exponha as vantagens e desvantagens
dos Descobrimentos portugueses.
Tenha em atenção os seguintes tópicos:
• Introdução – caracterização dos Descobrimentos portugueses.
• Desenvolvimento – vantagens e desvantagens dos Descobrimentos: exemplificação com obras
literárias ilustrativas.
• Conclusão – síntese geral das ideias e fecho do texto.
Responda às questões.
1. Tendo em conta o estudo de Camões e da época em que viveu, associe cada elemento da coluna A
a um segmento da coluna B, de modo a obter informações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
[B] O rei D. Sebastião concedeu-lhe [2] que o poeta tinha uma formação cultural profunda.
[C] Em 1572, Camões publica [3] uma pensão de 15 000 reais por ano.
[G] Na época em que Camões viveu, a epopeia era [9] oficialmente o dia de Camões e de Portugal.
[H] Sobre a vida de Camões são [10] pelos avanços científicos e tecnológicos.
[J] O dia 10 de junho é considerado [12] nos reinados de D. João III e D. Sebastião.
2. Complete com os termos apresentados, de modo a obter um texto expositivo sobre Os Lusíadas.
144 145
Assi foram cortando o mar sereno, Nô1 mais, Musa, nô mais, que a Lira2 tenho
Com vento sempre manso e nunca irado, Destemperada3 e a voz enrouquecida,
Até que houveram vista do terreno E não do canto, mas de ver que venho
Em que naceram, sempre desejado. Cantar a gente surda e endurecida.
Entraram pela foz do Tejo ameno, O favor4 com que mais se acende o engenho5
E à sua pátria e Rei temido e amado Não no dá a pátria, não, que está metida
O prémio e glória dão por que mandou, No gosto da cobiça e na rudeza
E com títulos novos se ilustrou. Dũa austera6, apagada e vil7 tristeza
____________
1 não; 2 instrumento musical associado à poesia; 3 desafinada; 4 aplauso; 5 talento; 6 sombria; 7 repugnante, infame.
4. Atente na estância 145. Explicite os lamentos do Poeta presentes nos quatro primeiros versos.
Jorge de Albuquerque, antes de tudo, satisfez largamente o senhorio da barca e os que o haviam
ajudado no salvamento. Desembarcou em Belém com alguns companheiros, e dirigiu-se em roma-
ria a Nossa Senhora da Luz, pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda. Já os seus amigos e parentes
tinham tido notícia de que chegara; e D. Jerónimo de Moura, seu primo, e muitas outras pessoas
5 amigas suas, trataram logo de o ir buscar. Sabendo que desembarcara e que caminho levara, segui-
ram para ali imediatamente, encontrando-se com o grupo dos que o acompanhavam. Saudou-os
então D. Jerónimo de Moura, inquirindo se eram eles, os do grupo, os que com Jorge de Albuquerque
se tinham salvo. E confirmando eles que de facto o eram, perguntou D. Jerónimo:
– E Jorge de Albuquerque? Vai adiante? Fica atrás? Ou tomou por outro caminho?
10 Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu:
– Senhor, Jorge de Albuquerque não vai adiante, nem fica atrás, nem tomou por outro caminho.
Cuidando D. Jerónimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que não grace-
jasse, e respondesse à pergunta.
E Jorge de Albuquerque:
15 – Senhor D. Jerónimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis?
– Decerto.
– Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vós sois meu primo, D. Jerónimo, filho de D. Isabel,
minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei!
Só havia um ano que não se viam.
História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptação de António Sérgio
e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, edição Expresso, 2008, pp. 145-146.
7. Explique o motivo pelo qual D. Jerónimo de Moura não reconheceu Jorge de Albuquerque.
GRUPO II
Responda às questões.
3. Transforme cada par de frases simples numa frase complexa, de acordo com o valor lógico
indicado entre parênteses. Proceda às modificações necessárias.
a. Muitos portugueses partiram para a Índia em busca de riqueza. Os portugueses sabiam os perigos
que enfrentavam. (concessão)
b. Camões escreveu Os Lusíadas. Os feitos dos portugueses foram imortalizados. (fim)
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 150 a 180 palavras, comparando a viagem à Índia descrita
n’Os Lusíadas e a viagem de Jorge Albuquerque na nau Santo António, atendendo a:
− objetivo(s) da viagem;
− percurso efetuado;
− perigos e obstáculos enfrentados;
− condições de regresso à Pátria.
Coluna A Coluna B
[A] A ação passa-se no século XIII, [1] de devolver a espada a seu pai, Sir Walter Loxley.
[B] O rei Ricardo Coração de Leão [2] morre nessa funesta batalha.
[C] Robin Hood e os seus companheiros [3] num símbolo de liberdade para o seu povo.
[D] Um nobre cavaleiro, moribundo, [4] em França, na última batalha travada pelo rei Ricardo
incumbe Robin Coração de Leão.
[E] Quando chega a Inglaterra, Robin [5] prepara uma conspiração na corte, juntamente com
depara-se o rei de França.
[G] Sir Walter Loxley está velho e cego, [7] ao tentar unir os barões do Norte.
[H] Para proteger a nora, agora viúva, [8] de modo a não serem capturados pelo xerife
e o seu património, o ancião de Nottingham.
[J] É nesta conspiração que Robin tem [10] com uma nação devastada, sem homens válidos
um papel preponderante, para os trabalhos agrícolas.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___;
[G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___.
Robin Hood foi realizado em a. _______________, por b. _______________, que convidou c. _______________
para criar o argumento. É um épico, protagonizado pelo ator d. _______________, no papel do herói
proscrito. A intriga não obedece à história que nós conhecemos, a começar logo pelo estatuto de
Robin, um soldado inglês que assume a identidade de um nobre cavaleiro moribundo, Robert Loxley
(e. _______________), e que, a pedido do pai de Robert, Sir Walter Loxley (f. _______________), casa com
a belíssima viúva Marion Loxley (g. _______________).
3. Refira três acontecimentos/factos presentes no filme que remetam para o contexto religioso
e sociopolítico da Idade Média.
__________________________________________________________________________________________________________________________
1. Ficha técnica
a. Título
b. Realizador
c. Atores principais
d. Género
e. Data de estreia
f. Prémios
5. Comentário crítico