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BIOGRAFIA
acompanhando Ditosa, acabada de empurrar da torre por Zorbas. Mas a gaivota evitou o chão
e voou sobre o porto de Hamburgo, por fim sabendo ser ave. Adormeci pouco depois, certo de
que às quedas se seguem os voos.
40 Hoje, no meu porto de Hamburgo, Sepúlveda ainda escreve, eu ainda digo à Joana “Amo-
- -te”, e a Teresa ainda é viva.
1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual as informações, apresentadas
de (A) a (E)¸ aparecem no texto. Começa pela letra (E).
(A) A criança declarou o seu amor a Joana.
(B) A criança vai com os pais ao rio.
(C) A beleza de Joana deixa o menino encantado.
(D) A Teresa sugeriu-lhe que lesse o romance de Sepúlveda.
(E) A criança recebeu de presente o livro de Sepúlveda.
2. Seleciona, com um X, a opção que completa corretamente cada frase (2.1 a 2.4).
2.1. Quando leu que as águas do porto de Hamburgo estavam cheias de crude, o menino
(A) quis ir atacar aquele mal.
(B) quis ir salvar uma gaivota.
(C) quis ir salvar os lagostins do Zêzere.
(D) pediu aos pais que salvassem a ave.
O CAVALEIRO DA DINAMARCA
EM FLORENÇA
- E no princípio de maio chegou a Florença.
- Vista do alto das colinas floridas a cidade erguia no céu azul os seus telhados vermelhos,
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- as suas torres, os seus campanários , as suas cúpulas . O Cavaleiro atravessou a velha ponte
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- sobre o rio, a ponte ladeada de pequenas lojas onde se vendiam coiros, colares de coral, armas,
5 pratos de estanho e prata, lãs, sedas, joias de oiro.
- Depois foi através das ruas rodeadas de palácios, atravessou as largas praças e viu as igrejas
- de mármore preto e branco com grandes portas de bronze esculpido. Por toda a parte se viam
- estátuas. Havia estátuas de mármore claro e estátuas de bronze. Outras eram de barro pintado.
- E a beleza de Florença espantou o Cavaleiro tal como o tinha espantado a beleza de Veneza. Mas
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10 aqui tudo era mais grave e austero .
- Procurou a casa do banqueiro Averardo, para o qual o seu amigo veneziano lhe tinha dado
- uma carta.
- O banqueiro recebeu-o com grande alegria e hospedou-o em sua casa.
- Era uma bela casa, mas nela não se via o grande luxo dos palácios de Veneza. Havia uma
15 biblioteca cheia de antiquíssimos manuscritos, e nas paredes estavam pendurados quadros
- maravilhosos.
- Ao fim da tarde chegaram os amigos do banqueiro Averardo.
- Sentaram-se todos para cear e, enquanto comiam e bebiam, iam conversando.
- Então o espanto do Cavaleiro cresceu.
20 Na sua terra ele procurava a companhia dos trovadores e dos viajantes que lhe contavam as
- suas aventuras e as histórias lendárias do passado. Mas agora, ali, naquela sala de Florença,
- aqueles homens discutiam os movimentos do Sol e da luz, e os mistérios do céu e da terra.
- Falavam de matemática, de astronomia, de filosofia. Falavam de estátuas antigas, falavam de
- pinturas acabadas de pintar. Falavam do passado, do presente, do futuro. E falavam de poesia,
25 de música, de arquitetura. Parecia que toda a sabedoria da terra estava reunida naquela sala.
- Já no meio do jantar levantou-se uma discussão sobre a obra de Giotto.
- - Quem é Giotto? - perguntou o Cavaleiro.
- - Giotto - respondeu do outro lado da mesa um homem de belo aspeto e longos cabelos
- anelados que se chamava Filippo - é um pintor do século passado que foi discípulo de Cimabué.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Porto, Porto Editora, 2017, pp. 21-23.
VOCABULÁRIO:
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campanário: torre com sino.
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cúpula: parte externa e superior dos monumentos.
3
ladeado: acompanhado (ao lado).
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grave: solene, sério.
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austero: rigoroso.
1. Assinala, com um X, as expressões que correspondem às primeiras imagens que o Cavaleiro teve
de Florença.
(A) Cidade erguida em colinas floridas.
(B) Cidade com edifícios altos de telhados vermelhos.
(C) Cidade com um grande aglomerado de casas de telhado vermelho.
(D) Cidade de comércio diversificado.
(E) Cidade de comércio especializado em enfeites.
(F) Cidade com arte dispersa pelas ruas.
(G) Cidade com arte reunida em várias igrejas.
3. Justifica a impressão do Cavaleiro: “Parecia que toda a sabedoria da terra estava reunida naquela
sala”. (linha 25)
Coluna A Coluna B
A. “lojas onde se vendiam coiros, colares de coral, armas, pratos 1. Dupla adjetivação
de estanho e prata, lãs, sedas, joias de oiro” (linhas 4-5) 2. Comparação
B. “a beleza de Florença espantou o Cavaleiro tal como o tinha 3. Enumeração
espantado a beleza de Veneza” (linha 9) 4. Metáfora
C. “aqui tudo era mais grave e austero” (linha 10) 5. Personificação