O documento resume um livro sobre Design Thinking e como essa abordagem pode ser aplicada em sala de aula para tornar o ensino mais centrado no aluno e nas metodologias ativas de aprendizagem. O Design Thinking enfatiza a importância da empatia, da experimentação e do erro como parte do processo de aprendizagem e inovação.
Descrição original:
Resumo sobre o livro Design Thinking de Tim Brown.
O documento resume um livro sobre Design Thinking e como essa abordagem pode ser aplicada em sala de aula para tornar o ensino mais centrado no aluno e nas metodologias ativas de aprendizagem. O Design Thinking enfatiza a importância da empatia, da experimentação e do erro como parte do processo de aprendizagem e inovação.
O documento resume um livro sobre Design Thinking e como essa abordagem pode ser aplicada em sala de aula para tornar o ensino mais centrado no aluno e nas metodologias ativas de aprendizagem. O Design Thinking enfatiza a importância da empatia, da experimentação e do erro como parte do processo de aprendizagem e inovação.
BROWN, Tim (recurso eletrônico), Uma metodologia poderosa para decretar
o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018
Design Thinking é uma abordagem para inovação altamente utilizada
no mundo dos negócios desde a década de 90. Tal abordagem utiliza-se de ferramentas do Design Industrial para estruturar novas ideias no momento de criação. No livro de Tim Brown, um dos fundadores desses estudos nos Estados Unidos, tenta explicar e apontar cases de sucesso com a utilização do Design Thinking em sua consultoria IDEO, uma das primeiras empresas a utilizar o DT em negócios no mundo. A seleção da presente leitura torna-se essencialmente pertinente aos educadores, uma vez que tal enfoque passa a ser amplamente utilizado no Brasil, sobretudo no setor de serviços e em educação. Com inúmeros autores atuais apontando as metodologias ativas de aprendizagem como o caminho para a nova escola, designando a sala de aula invertida como um caminho alternativo para aulas mais interativas em que o professor atua como mediador e em que os recursos tecnológicos são utilizados como meio de pesquisa para a solução de problemas, o Design Thinking aponta como uma forma incrível de educadores adaptar a noção de metodologias ativas em suas salas de aulas. Assim, torna-se amplamente necessário que os educadores tenham conhecimentos sobre esse approach de inovação e que através desses conhecimentos consigam implementar mudanças, mesmo que implementares, em seu ensino.
Assim, os capítulos dispostos no livro de Tim Brown levam-nos a
conectar com essas ideias e a já visualizá-las no universo educacional. Assim, na primeira parte do livro Tim Brown tenta nos mostrar, através do case das bicicletas Shimano, como a aproximação geral para resolução de problemas nas empresas e instituições adota um caráter cartesiano e linear. Explicando- nos sobre o desafio de inovar junto à emrpesa Shimanno, Tim Brown mostra- nos que sua equipe buscou, em lugar de já resolver o problema, explorar o universo ciclístico conversando com pessoas que fazem e não fazem uso de bicicletas, dando foco maior para aquelas que não utilizam-nas, observando suas dores e os motivos de não adotarem a bicicleta como um meio de locomoção em suas vidas. Somente esse tipo de interesse no público levou- os a descobertas incríveis sobre a utilização de bicicletas e esse universo. Nesse momento o autor explora a questão de que no Design Thinking é preciso um espaço para explorar, para experimentar e para rever conceitos. Nesse ponto, Brown aponta para um dos principais pilares do DT que é a abertura para errar. Para ele é mais importante que erremos logo, pois quanto mais erramos, mais próximos ficamos de encontrar as respostas que procuramos. Assim, essa premissa do Design Thinking é um grande desafiador para educadores de forma geral. Esse olhar para o erro como forma de aprendizado é encantador e digno de ser implementado em sala de aula, dando aos alunos o espaço para experimentarem e errarem, e nessa busca observarem oportunidades nunca visualizadas.
Em seguida Tim Brown assegura que o processo de inovação deve
estar baseado nas pessoas, ou centrado nas pessoas, ele afirma que é muito difícil enxergarmos oportunidades de melhoria, pois nos adaptamos às circunstancias e aos fatos de forma a tentar facilitar a nossa vida, ou seja, em nosso dia-a-dia vamos pendurando jaquetas em cadeiras, anotamos senhas nas mãos e ajustando os cintos de segurança no carro, sem pensar ou refletir se haveria um outro modo de fazer. Assim, Brown salienta que seria nesses aspectos do cotidiano que se escondem as possibilidades de melhoria. No entanto, para visualizarmos esses aspectos é necessário amplo poder de observação, bem como, adotar a empatia. A empatia é a chave para o processo de inovação, ao colocarmo-nos no lugar das pessoas, podemos ver através de nossos olhos como ela interage com o mundo e assim, verificar se é possível fazer diferente. Esse ponto de empatia é algo extremamente importante para educadores, muitas vezes, o aluno tem uma maneira de fazer a educação diferente, a forma e os caminhos que ele procura para solucionar os desafios devem ser colocados em conta, as estratégias para resolver um teste, e os artifícios de que lança mão devem ser observados cuidadosamente, e quem sabe, propor melhorias em sala de aula. O professor, sobretudo o das séries fundamentais, deve colocar-se no lugar da criança, e com esses olhos reter o que é possível fazer de diferente em sala de aula. Eventualmente os atos impensados de uma criança podem nos colocar em uma rota de descoberta nunca percebida.
Em seguida Brown, salienta da importância do incentivo de um espaço
físico permissivo da criatividade, onde seja possível as pessoas discutirem ideias, fazerem braimstormings, bem como prototipar algo que surgiu como solução para uma necessidade não atendida. Assim, o autor enfatiza a importância da criação de uma cultura institucional permissiva do ato criativo que seja validada por todos. Desse modo, no tocante a esses espaços, as instituições de ensino, na figura de seus gestores necessitam apoiar a criação de tais espaços e validar esses novos formatos de estudos em que mormente haverão discussões e criações, o que não implica a ausência de cronograma e processos, mas sim a interação mais orgânica e menos mecanicista de um estudo. Além disso, o autor aponta a necessita de as equipes saberem divergirem e convergirem opiniões durante o processo de pesquisa e criação. Esse ponto destacado pelo autor é valioso, pois demonstra da importância em ensinarmos as nossas crianças a se expressarem e a ouvirem o outro com respeito.
Por último o autor salienta sobre a relevância de se testar hipóteses e
tangibilizar ideias. Assim, ele diz que é fundamental que tudo o que se discute em reunião como a possibilidade de melhoria de um sistema de fila em bancos, por exemplo, devem ser providenciados em protótipos que sejam rápidos, sujos e baratos. Ou seja, que sejam feitos sem preciosismo, com materiais e artefatos recicláveis, de forma rápida e sem apego, apenas para que os pesquisadores possam ver suas ideias diante de si elaboradas em papel e sucata, e que, mais tarde, eles possam também apresenta-las aos clientes e por meio das sugestões destes, iterá-las, ou seja, melhorá-las. Desse modo, é urgente que alunos em sala de aula tenham oportunidade de solucionar perguntas problemas levantando hipóteses e testá-las com protótipos, avaliando as variáveis por si próprios. Todo teste é necessário para o ganho de experiências e para conclusão exclusiva do aluno acerca do que se pensou como solução para a situação apontada.
Enfim, em termos gerais os princípios do DT são únicos e de muita valia
para educação que deveria investir em colaboração, empatia e experimentação em sala de aula, de maneira a formar alunos mais críticos e capazes de propor novas soluções para o novo mundo que enfrentarão décadas a frente.