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Tipos de leilão: judicial

O Leilão Judicial é o mais comum. É aquele que oferece aos participantes imóveis que foram
penhorados pela Justiça para o pagamento de uma dívida, de qualquer natureza.

Por exemplo, o Fernando era gerente da loja do Guilherme e processou o patrão em busca de
direitos como horas-extras, adicional noturno ou desvio de função. Ele venceu, em última
instância, e tem direito a uma indenização de R$ 100 mil, dinheiro que Guilherme não possui em
espécie. A justiça então penhora um de seus bens, um apartamento de R$ 500 mil. Ele vai a leilão
e com o dinheiro do arremate a dívida com o ex-funcionário é paga.

Tipos de leilão: extrajudicial

O Leilão Extrajudicial é aquele que reúne lotes com imóveis que não foram penhorados, que não
passaram por um processo judicial. Esse tipo de certame é mais frequente em épocas de crise,
porque oferece casas e apartamentos que não foram pagos pelos donos.

Vocês viram, nos últimos anos, a explosão imobiliária nas grandes cidades. Torres e mais torres
foram erguidas. Oferecendo áreas de lazer até com estúdio para ensaio de bandas de rock e sala
de cinema. A população, na ilusão de um bom momento econômico permanente, foi às compras
com tudo. E agora, a fonte secou.

O Brasil tem 12 milhões de desempregados, queda no poder de consumo e instabilidade política.


O dinheiro sumiu. E a inadimplência explodiu.

Por lei, as incorporadoras podem retomar o imóvel depois de 90 dias de atraso, ou seja, três
parcelas. O devedor é intimado e tem 15 dias para regularizar o pagamento. Caso não o faça, o
bem é retomado.

A legislação também proíbe construtoras e incorporadoras a vender este imóvel diretamente a


outro consumidor. Ele precisa ser negociado por meio de um leilão.

Qual deles é melhor para investir?

Nos dois tipos de leilão, tanto investidores quanto pessoas que buscam imóveis para morar
encontram boas oportunidades. Porém, as melhores ofertas estão no judicial. Isso acontece
porque a Justiça brasileira, como todos sabem, é lenta. É comum o processo se arrastar por 5, 10
anos. E a avaliação de preço feita lá atrás chega ao leilão completamente defasada. Eu já comprei
alguns imóveis em certames judiciais por 30% do valor de mercado.
Por outro lado, apartamentos de leilões extrajudiciais geralmente são novos, exigem poucos
reparos, estão em edifícios com ótima estrutura de lazer e com vagas na garagem, e muitos nem
foram habitados ainda.

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