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REBELLO, Y. C. P. A concepção estrutural e a arquitetura.

São Paulo:
Zigurate Editora, 2001.

Resenha do livro: REBELLO, Yopanan Conrado Pereira, A Concepção


Estrutural e a Arquitetura

Capítulo 1: Conceituação dos Fenômenos Físicos que Ocorrem nos Sistemas


Estruturais
Nesse capítulo, são definidos conceitos básicos e usuais para facilitar a
compreensão dos sistemas estruturais. São apresentados elementos como
blocos, barras e lâminas e suas respectivas funções e exemplos. 
O conceito de força é explicado, dando início à discussão a respeito de forças
internas e externas a estrutura. Cargas são aquelas que atuam
externamente, podendo ser permanentes como o piso, as paredes e o
revestimento ou acidentas como o peso das pessoas, do mobiliário, a força
do vento, etc. Já a tensão é a aquela que atua internamente, podendo ser
aplicada perpendicular (tensão normal) ou paralelamente (tensão de
cisalhamento) à superfície resistente. Dependendo da intensidade da força e
do material utilizado é possível que ocorra deformação, para que isso não
ocorra é necessária a condição de equilíbrio estático interno e externo.
As estruturas podem ser classificadas de acordo com sua estabilidade,
podendo ser hipostática, isostática ou hiperestática. Sendo as hipostáticas,
aquelas com pouca estabilidade e portanto não recomendáveis para ser
executadas por questão de segurança, enquanto as isostáticas são aquelas
mais executadas devido a facilidade de cálculo e maior facilidade de
execução e, por fim, as hipostáticas apresentam maior estabilidade externa,
porém maior consumo de material. 
Ao submeter uma estrutura a uma força externa, é possível realizar tração ou
compressão. Se houver um aumento do tamanho de forma uniforme, pode-se
afirmar que a mesma sofreu tração simples ou axial. Já se houver uma
diminuição, conclui-se que esta sofreu compressão simples ou axial. No caso
desta última, é possível ocorrer perda de estabilidade, antes da ruptura do
material, sendo chamado este processo de flambagem.
Posteriormente, são apresentados os conceitos de força cortante, momento
fletor e momento torçor. E por fim, são analisadas as propriedades dos
materiais do ponto de vista estrutural como tensões de ruptura ou
admissíveis, módulo de elasticidade e coeficiente de dilatação térmica, caso
a caso.

Capítulo 2: Análise dos Sistemas Estruturais Básicos sob os Aspectos do


Comportamento Físico e dos Materiais
São apresentados diversos sistemas estruturais básicos (cabo, arco, viga de
alma cheia, treliça e viga verendeel) onde os mesmos são discutidos do
ponto de visto do seu comportamento estático, dos seus materiais, das
seções mais usuais para a sua execução, da aplicação e dos limites de
utilização e também dos elementos para o seu pré-dimensionamento.
Em sequência, pode-se observar uma tabela que demonstra a
compatibilidade de matérias como aço, concreto e madeira com cada sistema
estrutural tratado anteriormente, permitindo a conclusão de que o aço é o
material mais versátil.
Capítulo 3: Associação de Sistemas Estruturais Básicos
Existem dois tipos de associação de sistemas estruturais: os processos de
associação discreta e de associação contínua, sendo o primeiro aquele onde
os sistemas se inter-relacionam entre si e o segundo aquele onde se repetem
diversas vezes o sistema básico.
São exemplificados diversos tipos de associação e, por meio de observações
gerais, são explicadas as condições necessárias para realizar os mesmos.
Posteriormente, cada associação é classificada de acordo com a sua
afinidade com o aço, o concreto e a mateira, com a sua variedade formal,
com o vão criado e com a versatilidade de uso. Por fim, são apresentados as
várias formas de associar os materiais.

Capítulo 4: Sistemas Estruturais para Suporte de Vedações


A estrutura de suporte das paredes de vedação é normalmente tratada como
um assunto de pouca importância, porém esse capítulo reforça sua influência
no resultado formal da arquitetura. As vedações são submetidas a cargas
horizontais (vento) e verticais (próprio peso), sendo assim é necessário
observar soluções que envolvam tanto aspectos estruturais quanto estéticos
para a concretização do projeto.

Capítulo 5: Alguns critérios Práticos de Lançamento de Vigas e Pilares


Não há regras definitivas para o “lançamento” de uma estrutura. Porém, esse
capítulo trata de alguns critérios que facilitam esse procedimento tanto para
locação de vigas, quanto de pilares. É possível realizar um projeto com
poucos pilares e vigas, porém é necessário verificar se isso é
economicamente viável e de fácil execução. 

Capítulo 6: Analogias entre Sistemas Estruturais da Natureza e das


Edificações
Com o objetivo de fixar os conceitos e facilitar o aprendizado, são realizadas
analogias entre sistemas estruturais naturais e feitas pelo homem. Por meio
das mesmas, observa-se que a natureza pode ser considerada grande fonte
de inspiração para a realização de um projeto. Seu comportamento pode ser
estudado e reproduzido de diversas formas, como é possível observar nos
exemplos apresentados no capítulo.

Capítulo 7: Um pouco da História do Conhecimento Estrutural, sua


Divulgação e Aprendizado
Existem diversos agravantes para o estudo da história da arquitetura, tais
como a presença reduzida de registros muito antigos, o pequeno interesse na
arquitetura vernacular, o seu caráter artístico que é passível de interpretação,
etc. Esse capítulo mostra como a concepção estrutural na arquitetura foi se
desenvolvendo com o passar do tempo.

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