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José Evangelista, em seu livro "Tecnologia de Alimentos", introduz o corpo

humano como primeira embalagem para nossos órgãos.

Posteriormente, aborda o fato das embalagens terem sido criadas a fim da


conservação dos alimentos, após o homem perceber que os mesmos estavam se
deteriorando com o tempo. As primeiras embalagens eram confeccionadas de chifres de
animais, cestos de cipó, de bambu, palha entre outras. Na medida em que o crescimento
industrial foi crescendo, as embalagens foram adquirindo tamanhos e matarias com
maior potencialidade protetora. A famosa era do plástico só tomou verdadeiro impulso
em 1942, com a fabricação do polietileno em escala industrial.

Evangelista define embalagem como "vender o que protege e proteger o que


vende" ou "a embalagem é a arte, a ciência e a técnica de acondicionar o produto, para
que ele seja transportado, vendido e consumido". Existem diferentes tipos de
embalagens que se adaptam à vários tipos de acondicionantes: recipientes, envases,
envoltórios, vasilhas.Segundo o decreto-lei 986/69 afirma que embalagem é aquilo que
"acondiciona", "guarda", "empacota" ou "envasa" o produto alimentício. Portanto, o
autor conclui que embalagem é "todo o acondicionante que exerça funções de proteção
do alimento "in natura", da matéria-prima alimentar ou do produto alimentício,
temporária ou permanente, no decorrer de suas fases obtenção, elaboração e
armazenamento".

O autor abrange em seu livro que as embalagens, no setor do alimento


industrializado, foram criadas com o objetivo de preservar e fornecer proteção ao
produto.

As embalagens em geral são o maior elo entre os produtores e os consumidores,


pelo fato que, na embalagem contém todas as informações que o consumidor precisa
para adquirir o produto. A importância das embalagens, segundo o autor, são as funções
que desempenham e pela sua adequação ao produto.

José Evangelista, no tópico sobre as funções das embalagens deixa claro


algumas delas que são: a) proteger o conteúdo do produto, sem por ele atacado; b)
resguardar o produto contra problemas ambientais; c)favorecer ou assegurar em
processo de conservação; d) evitar contatos inconvenientes do produto; e) melhorar
apresentação do produto; f) possibilitar melhor observação do produto; g) favorecer o
acesso ao produto; h) facilitar o acesso ao produto; i) educar o consumidor sobre o
produto.

Segundo o autor, as embalagens alimentícias devem exercer as seguintes funções:

 Manter as condições de segurança;


 Ser isenta de toxidade;
 Não causar incompatibilidade com o produto;
 Ser adequada à forma, peso e tamanho do produto;
 Aparência visual para chamar atenção do consumidor;
 Possuir qualidades funcionais;
 Possuir baixo custo;
 Educar o consumidor para o uso produto;
 Indicar a origem do produto, seu fabricante e seu padrão de qualidade;
 Contribuir o menos possível, para o agravamento do problema da poluição.

Evangelista fala também que as embalagens possuem várias origens e vários


modelos, dentre elas as de origem: animal (bexiga, cêra animal, estômago, pele de
porco, tripa...), vegetal (bambu, cipó, madeira, palha...), mineral (barro cozido, folha de
alumínio, louça...), sintéticas (plástico).

 Embalagens impermeáveis: são embalagens que não permitem agentes


ambientais com os produtos;
 Embalagens de proteção contra o frio: são embalagens que protegem alimentos
que necessitam passar por mudanças de temperatura ao serem transportados
 Embalagens autoclavaveis: (página 481) “as embalagens constituídas por
laminados plásticos representam grande conquista da tecnologia de alimentos,
por tornarem possível a apertização de produtos envoltos por plásticos.”
 Embalagens encolhíveis: embalagens plásticas que se tornam rígidas a partir do
aquecimento, destinado à carnes, frutas, hortaliças, etc.
 Embalagens “One way”: são embalagens utilizadas apenas uma vez. Econômica
para o produtor.
 Embalagens “mini-porções”: são embalagens que fornecem uma pequena
quantidade de um produto, geralmente distribuída por hospitais nas refeições.
 Embalagens do “Tipo Família”: são embalagens que contém uma grande
quantidade de um produto, destinado a várias pessoas.
 Embalagens “cortesia”: são embalagens de um produto, que após ser consumido,
tem outra utilidade.
 Embalagens “brindes”: é um recurso de atração para o consumo de um
determinado produto, visando à maior venda dele.
 Embalagens auxiliares: (página 485) “aquelas que se destinam a transportar,
guardar ou proteger, temporariamente, produtos já embalados”.

Evangelista finaliza seu tópico sobre embalagens (página 487) nos informando sobre a
escolha delas, e cita o planejamento para a escolha delas, constituídas das etapas:
estudo, criação do modelo, viabilidade da utilização e aceitação do modelo.

Lucas José Ferreira

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