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RELATORIO QUASE DEUSES

O filme conta a historia de Vivien Thomas, um jovem negro afro-americano e


marceneiro e do Dr. Alfred Blalock, um cirurgião. A historia na década de 1930
em Nashville. Com a chegada da uma grande depressão econômica naquela
época, Thomas é demitido de seu emprego e com a crise os bancos faliram e
Thomas acaba perdendo todo seu dinheiro (economias) que guardou durante 7
anos com o objetivo de realizar seu grande sonho: faculdade de medicina.
Thomas consegue um emprego de zelador na clinica do Dr. Alfred Blalock,
nessa clinica realizavam-se experimentos em cães e a atividade de Thomas
era manter o canil limpo e os cães bem tratados. Na clinica Thomas consegue
chamar atenção de Blalock com suas habilidades médicas, com isso o Dr.
Blalock o convida para ser assistente em suas cirurgias experimentais. Mais
tarde foram trabalhar juntos no Hospital Hopkins e lá conheceram a Dra. Helen
Taussig, cardiologista – ela foi a responsável por apresentar um paciente com
a Tetralogia de Fallot e convencer o Dr. Blalock a direcionar suas pesquisas
cirúrgicas para solucionar o problema da síndrome do “bebê azul”.

Ela também observou que os pacientes nascidos com Tetralogia de Fallot


evoluíam bem até o fechamento do canal arterial. Estas observações levaram
ela a pensar que, se o canal pudesse ser mantido aberto ou então a criação
cirúrgica de um canal, poderia manter estes pacientes vivos .

Thomas utilizando um cão em seu experimento, ele fez: uma fistula incompleta,
suturou as artérias e as veias de uma extremidade a outra dos pulmões, a
partir criou o coração igual a da síndrome do bebe azul no cão, e com o modelo
da doença tentariam encontrar uma cura. A ideia era criar um desvio e
redirecionar a artéria para poder mandar mais sangue oxigenado para os
pulmões. Com o sucesso da experiência, passou a procurar uma solução
cirúrgica que permitisse uma maior irrigação sanguínea dos pulmões.

O Dr. Alfred Blalock conversou com os pais do bebe sobre a possibilidade de


uma cirurgia, porem era uma cirurgia arriscada pois além de naquela época a
cirurgia cardíaca ser um tabu e nunca ter sido feita antes, teria parar um dos
pulmões do bebe e ela já estava cianótica, não recebia oxigênio suficiente ,
sendo assim teriam que interromper parte da função pulmonar e poderia haver
complicações.

Juntos Vivien Thomas e o Dr. Alfred Blalock propuseram a anastomose da


artéria subclávia esquerda na artéria pulmonar esquerda para uma paciente
com Tetralogia de Fallot e estenose pulmonar e que apresentava crise
cianótica. Com o auxilio de Thomas, Blalock e Taussig realizaram a primeira
operação cardíaca em uma menina de 15 meses de idade. Apesar das
dificuldades a operação foi um sucesso.
Vivien Thomas e Alfred Blalock podem ser considerados os pioneiros da
cirurgia cardíaca e estudo do choque hipovolêmico. A cirurgia foi o maior
estímulo para o desenvolvimento da cirurgia cardíaca e considerada como um

dos mais importantes avanços médicos do século XX, a partir disso muitas
crianças com essa síndrome puderam ser operadas e curadas e daí em diante
mudaram o rumo da medicina fazendo com que fossem desenvolvidas outras
técnicas cirúrgicas a partir desse marco.

SOBRE A TETRALOGIA DE FALLOT:

A tetralogia de Fallot é um defeito cardíaco congênito, responsável por alterar o


fluxo sanguíneo normal. Esse defeito abrange quatro anormalidades
anatômicas, que são:

 Um estreitamento da via de saída partindo do lado direito do coração

 Um defeito do septo ventricular grande


 Deslocamento da aorta permitindo que sangue pobre em oxigênio flua
diretamente do ventrículo direito para a aorta (causando uma derivação
direita-esquerda), também chamada dextroposição da aorta
 Um espessamento da parede do ventrículo direito - Hipertrofia

Em bebês com tetralogia de Fallot, o estreitamento da passagem do


ventrículo direito restringe o fluxo sanguíneo para os pulmões. A restrição do
fluxo sanguíneo faz com que sangue pobre em oxigênio do ventrículo direito
flua através de um defeito do septo para o ventrículo esquerdo e então para a
aorta (derivação direita-esquerda). Quanto mais sangue pobre em oxigênio
(de coloração azul) circular para o corpo, mais azulado fica o corpo.

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