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e
Hamar/ologia
Introdução
Agenda
da
Aula
• O
que
é
Teologia
Sistemá/ca?
• Áreas
de
Estudo
• Bibliografias
• Interrelação
das
doutrinas
O
que
é
o
ser
humano?
Uma
máquina:
o
ser
humano
vale
aquilo
que
ele
pode
fazer
(u/litarismo/rev.
industrial).
“A
perspec/va
cristã
da
natureza
humana
traz
consigo
um
paradoxo,
porque
reivindica
uma
estatura
mais
elevada
para
o
homem,
porém
leva
mais
a
sério
o
mal
que
há
nele
do
que
outras
antropologias.”
Reinhold
Niebuhr
(1892
–
1971)
Um
dos
principais
expoentes
da
neo-‐ortodoxia
norte-‐americana
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
28
O
que
é
o
ser
humano?
1
Ó
SENHOR,
Senhor
nosso,
quão
magnífico
em
toda
a
terra
é
o
teu
nome!
que
estabeleceste,
4
que
é
o
homem,
que
dele
te
lembres
E
o
filho
do
homem,
que
o
visites?
5
Fizeste-‐o,
no
entanto,
por
um
pouco,
menor
do
que
Deus
e
de
glória
e
de
honra
o
coroaste.
6
Deste-‐lhe
domínio
sobre
as
obras
da
tua
mão
e
sob
seus
pés
tudo
lhe
puseste:
7
ovelhas
e
bois,
todos,
e
também
os
animais
do
campo;
8
as
aves
do
céu,
e
os
peixes
do
mar,
e
tudo
o
que
percorre
as
sendas
dos
mares.
9
Ó
SENHOR,
Senhor
nosso,
quão
magnífico
em
toda
a
terra
é
o
teu
nome!
A
origem
do
ser
humano
Evolução
Natural:
Criacionismo
Criacionismo
Evolução
Evolução
Evolução
Fiat
Progressivo
Teísta
Deísta
Natural
A
origem
do
ser
humano
Evolução
Teísta:
Criacionismo
Criacionismo
Evolução
Evolução
Evolução
Fiat
Progressivo
Teísta
Deísta
Natural
A
origem
do
ser
humano
Criacionismo
Progressivo:
Criacionismo
Criacionismo
Evolução
Evolução
Evolução
Fiat
Progressivo
Teísta
Deísta
Natural
A
origem
do
ser
humano
Design
inteligente:
Criacionismo
Criacionismo
Evolução
Evolução
Evolução
Fiat
Progressivo
Teísta
Deísta
Natural
A
origem
do
ser
humano
Visões
acerca
do
início
da
humanidade:
“O
fundamentalismo
acentua
que
Deus
é
transcendente
e
trabalha
de
forma
direta
e
descon6nua.
O
liberalismo,
por
outro
lado,
enfa6za
que
Deus
é
imanente,
trabalhando
através
de
canais
naturais.”
(ERICKSON,
2013,
p.
443)
(*)
Formulado
pela
Assembléia
de
Westminster,
no
séc.
XVII,
composto
de
196
questões,
é
de
orientação
calvinista.
Junto
da
Confissão
de
Fé
de
Westminster
e
do
Breve
Catecismo,
compõe
os
símbolos
de
fé
das
igrejas
presbiterianas
ao
redor
do
mundo.
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
46
O
HOMEM
à
imagem
e
semelhança
de
Deus
• Textos
bíblicos
• Concepções
acerca
da
imagem
de
Deus
no
Homem
• A
Imago
Dei
e
a
Queda
• A
Imago
Dei
e
a
Redenção
Textos
Bíblicos:
• AT:
• NT:
– Gn
1.26-‐27
– 1
Co
11.7
– Gn
9.6
– Tg
3.9
– Sl
8
– At
17.28
– Mc
12.13-‐17
• Substancial:
– A
imagem
de
Deus
é
/da
como
uma
qualidade
ou
capacidade
humana
conferida
por
Deus.
Qualidades
psicológicas
ou
espirituais,
especialmente
a
razão.
– Dis/nção
entre
imagem
e
semelhança?
Imagem
Semelhança
Orígenes
Concedida
de
Desenvolvida
forma
imediata
gradualmente
Irineu
Razão
e
livre
Algum
/po
de
dom
arbítrio
sobrenatural
Escolás/ca
Atributos
naturais
Atributos
morais
Reforma
Termos
equivalentes
(paralelismo
hebraico)
(C)
2015
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Prof.
Tiago
Rebello
Perin
51
O
HOMEM
à
imagem
e
semelhança
de
Deus
• Relacional:
– A
imagem
de
Deus
é
entendida
como
a
experiência
do
relacionamento.
– Visão
baseada
na
Teologia
dialé/ca
(modelo
de
revelação
da
presença)
de
Karl
Barth
e
Emil
Brunner.
– Existencialismo:
com
a
ênfase
da
existência
em
detrimento
da
essência.
Portanto
a
imagem
é
a
experiência
presente
quando
um
relacionamento
está
a/vo.
– Pós
modernismo:
com
dissolução
do
indivíduo,
do
conceito
do
essencial
e
de
verdades
absolutas,
a
imagem
é
vista
de
uma
perspec/va
cole/va,
manifesta
no
relacionamento
social
(relação
horizontal).
• Funcional:
– A
imagem
de
Deus
não
é
algo
presente
na
c o n s / t u i ç ã o
h u m a n a ,
t a m p o u c o
n a
experimentação
do
relacionamento
com
Deus
ou
com
os
homens,
mas
antes,
é
vista
como
algo
que
o
homem
faz.
– Geralmente,
a
função
do
homem
que
representa
a
imagem
de
Deus
é
o
seu
exercício
de
domínio
sobre
a
criação.
(Gn
1.26-‐28,
Sl
8.7-‐8)
– Esse
é
o
chamado
mandato
cultural,
segundo
o
conceito
da
reforma
protestante.
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
53
Nossa
Semelhança
de
Deus
• Questões
Essenciais:
– O
que
a
Bíblia
quer
dizer
com
“alma”
e
“espírito”?
– Será
que
são
a
mesma
coisa?
– De
quantas
partes
compõe-‐se
o
homem?
• Tricotomia:
– Significa
uma
“divisão
em
três
partes”
(gr.
tricha,
“em
três
partes”;
temnein,
“cortar”),
é
aplicado
na
teologia
à
divisão
tríplice
da
natureza
humana
em
corpo,
alma
e
espírito.
– Conceito
dos
pais
alexandrinos:
Clemente,
Orígenes,
Gregório
de
Nissa.
– Referências
bíblicas:
• 1
Ts
5.23
• Hb
4.12
• 1Co
2.14-‐3.4
• 1Co
14.14.
• Dicotomia:
– Significa
uma
divisão
em
duas
partes
(grego
dicha,
“em
dois”;
temnein,
“cortar”),
aplica-‐se
na
teologia
àquele
conceito
de
natureza
humana
que
sustenta
que
o
homem
tem
duas
partes
fundamentais
no
seu
ser:
o
corpo
e
a
alma/espírito,
uma
parte
material
e
outra
imaterial
– Referências
bíblicas:
• Mt
22.37,
Lc
1.46-‐47
• 1Ts
5.23
vs
Lc
10.27
• Mt
6.25
e
10.28
vs
Ec
12.7
e
1Co
5.3,5
• Gn
35.18,
1Rs
12.7
e
At
15.26
vs
Sl
31.5
e
Lc
23.46
• Gn
41.8
e
Jo
13.21
vs
Sl
42.6
e
Jo
12.27
• Mt
16,26
• Ec
3.21
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
64
A
natureza
cons/tucional
do
Ser
Humano
• Dicotomia:
– Devido
à
cristologia
de
Apolinário
(Jo
1.14)
a
tricotomia
caiu
em
descrédito
e
desde
o
concílio
de
Constan/nopla
a
dicotomia
popularizou-‐se.
– O
liberalismo
teológico
fazia
dis/nção
entre
alma
e
corpo.
Porém,
levaram
ao
extremo
o
dualismo
subs/tuindo
a
doutrina
da
ressurreição
do
corpo
pela
da
imortalidade
da
alma.
• Monismo:
– O
ser
humano
é
uma
unidade
radical.
Não
pode
ser
pensado
como
composto
de
partes
ou
en/dades
dis/ntas:
“A
ideia
hebraica
de
personalidade
é
um
corpo
vivente
e
não
uma
alma
encarnada”
(H.
W.
Robinson)
– Reação
à
doutrina
liberal
da
imortalidade
da
alma
(isto
é,
sem
a
ressurreição
do
corpo).
– O
homem
não
pode
exis/r
à
parte
do
corpo,
portanto,
não
há
possibilidade
de
existência
desencarnada,
isso
exclui
a
possibilidade
de
vida
futura
à
parte
da
ressurreição,
e
do
estado
intermediário
• Unidade
condicional:
– Bem
como
o
Monismo,
enfa/za
a
unidade
do
indivíduo
humano.
– Diferentemente
do
Monismo,
considera
a
possibilidade
de
separação
do
aspecto
material
e
imaterial
do
ser
humano
no
estado
intermediário,
considerando-‐o
um
estado
de
transição.
(2Co
5.2-‐4
vs
1Co
15).
– Harmoniza
o
monismo
com
a
possibilidade
do
estado
intermediário,
podendo,
por
esse
mo/vo,
ser
também
denominada
de
“monismo
con/gente”.
• Considerações:
-‐ Seriam
a
dicotomia,
a
tricotomia
e
a
unidade
condicional
mutuamente
excludentes?
-‐ Ou
existem
mais
congruências
do
que
incongruências
entre
as
duas
concepções?
Parte
Corpo
Material
Alma
Parte
Imaterial
Espírito
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
69
A
natureza
cons/tucional
do
Ser
Humano
• Antropologia
X
Escatologia:
Estado
Vida
terrena
Vida
Futura
Intermediário
Alma
imortal
Liberalismo
Corpo
e
Alma
(não
há
ressurreição
do
corpo)
Não
há
estado
Neo-‐ Unidade
intermediário
“corpo
vivente”
ortodoxia
“corpo
vivente”
(não
há
vida
sem
(glorificado)
o
corpo)
Dicotomia,
Separação
da
Reunião
da
parte
Concepção
tricotomia
ou
parte
material
e
material
glorificada
com
evangélica
unidade
imaterial
a
parte
imaterial
condicional
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
71
A
natureza
cons/tucional
do
Ser
Humano
“Uma
vez
que
somos
seres
unitários,
nossa
condição
espiritual
não
pode
ser
tratada
independentemente
de
nossa
condição
csica
e
psicológica
e
vice
versa.
[...]
Os
diferentes
aspectos
da
natureza
humana
devem
ser
atendidos
e
respeitados.
Não
se
deve
depreciar
o
corpo,
as
emoções
ou
o
intelecto.
O
evangelho
é
um
apelo
à
pessoa
inteira.
É
significa6vo
que
jesus,
em
sua
encarnação,
tornou-‐se
plenamente
humano,
pois
ele
veio
para
redimir
tudo
o
que
somos.”
Millard
Erickson
Prof.
de
Teologia
Sistemá/ca
no
Seminário
de
Portland,
Oregon
-‐
EUA
(C)
2015
-‐
Prof.
Tiago
Rebello
Perin
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