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CURSO DE TEOLOGIA:
VIDA COM PROPÓSITO
prefácio de
LUÍS HENRIQUE SOARES
1
ISBN 978-65-00-91923-3
24-190392 CDD-230.07
PREFÁCIO
Temos a grande alegria de entregar aos nossos alunos o novo texto
para o curso de Teologia: Vida Com Propósitos. Por certo, não é necessário
dizer muita coisa acerca da natureza de nosso material, visto que tem
estado perante a comunidade evangélica durante mais de 15 anos
ininterruptos e tem sido amplamente usada por aqueles que acreditam em
nosso trabalho sério e comprometido com fé e espiritualidade cristã.
Nestes anos, mais do que tudo, tenho razões para estar agradecido
a Deus pela maneira que ela tem sido recebida, pois, os testemunhos
favoráveis nos inspira a cada dia sermos melhores em nossa incansável e
inacabável busca pelo conhecimento, onde trabalhamos as riquezas
bíblicas produzidas por meio de muitas pesquisas, trazendo uma
linguagem acessível e de fácil alcance de compreensão tanto para
professores, líderes, pastores e leigos.
Não temos outra pretensão, fato, senão que este material seja uma
benção em sua vida em todos os sentidos. O leitor perspicaz perceberá a
riqueza que este material oferece. Estamos vivendo tempos de sede
espiritual, onde as heresias têm procurado se instalar no seio da Igreja.
Deus levantou este projeto para um grande avivamento espiritual.
Não basta apenas termos talentos naturais ou compreensão das
consequências das crises que o mundo atravessa. Cremos que precisamos,
exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a
ensinar a Palavra de Deus.
Esse material será, de fato, muito importante porque nos dará
ampla visão da teologia viva, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará
um ambiente mais espiritual na nossa Igreja (Koinonia). Aprendizados
errados geram desastres e resistência à Obra de Deus.
Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência
e submissão ao Espírito Santo que rege a igreja. Temos capacidade, em
Deus, de mudarmos o mundo, começando do mundo interior das
consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores
capacitados na Palavra de Deus.
Como defensores da fé cristã genuína, nossa preocupação com os
desafios da pastoral na grande cidade, pós-modernidade que se impõem a
fé, os desafios ideológicos fundados nas características fundamentais desse
3
APRESENTAÇÃO1
A teologia é o Estudo de Deus sob a ótica da da religião cristã. É uma
área ampla e complexa que abrange uma variedade de tópicos, incluindo a
natureza de Deus, a existência de Deus, a relação entre Deus e o mundo, o
papel da religião na sociedade, e o significado da vida. A teologia é um
campo antigo que remonta aos primeiros dias da civilização humana.
As primeiras teologias foram desenvolvidas pelos povos antigos do
Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma. Estas teologias eram baseadas em
crenças sobrenaturais e mitos, e muitas vezes eram usadas para explicar o
mundo natural e o lugar do homem nele (Cl 1.9-12 NAA).
Com o advento do Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, a
teologia se tornou mais sofisticada e acadêmica. Estas religiões
desenvolveram sistemas teológicos complexos que abordam questões
fundamentais sobre a natureza de Deus, a relação entre Deus e o mundo, e o
papel da religião na sociedade.
No século XIII, o filósofo e teólogo Tomás de Aquino desenvolveu
uma abordagem racional para a teologia. Aquino argumentou que a fé e a
razão podem ser combinadas para obter uma compreensão mais completa
de Deus e da realidade. A abordagem de Aquino teve uma grande influência
no desenvolvimento da teologia ocidental, e ainda é influente hoje.
No século XX, a teologia moderna se desenvolveu em resposta aos
desafios do secularismo, da ciência e da filosofia. Os teólogos modernos
procuraram desenvolver uma teologia que seja relevante para o mundo
moderno e que seja capaz de responder aos desafios do secularismo, da
ciência e da filosofia.
1
Cf. O Curso de Teologia: O Campo de Estudo das Disciplinas Estudadas. Prof. Daniel
Ramos, Youtube in: https://l1nq.com/4GcV2 A palavra “teologia” foi usada pela primeira vez no
século V a.C. pelo filósofo grego Platão. Platão usou a palavra para se referir ao estudo da
natureza dos deuses. A palavra “teologia” vem das palavras gregas “theos”, que significa
“deus”, e “logos”, que significa “palavra/ discurso”. No século I d.C., o teólogo cristão Justino
Mártir usou a palavra “teologia” para se referir ao estudo de Deus e da sua relação com o mundo.
Justino Mártir argumentou que a teologia cristã é baseada na revelação divina, e que a Bíblia é a
fonte de toda a verdade teológica. A palavra “teologia” tem sido usada desde então para se referir
ao estudo de Deus e da religião. A teologia é um campo amplo e complexo que abrange uma
variedade de tópicos, incluindo a natureza de Deus, a existência de Deus, a relação entre Deus e o
mundo, o papel da religião na sociedade, e o significado da vida
6
2
Em nossos trabalhos e estudos, buscamos nos aprofundar cada vez mais no
conhecimento de nossa área de atuação, isso é muito bom, pois toda a Doutrina de Deus deve ser
apreciada. Porém, nem sempre temos buscado nos aprofundar também no conhecimento do
Senhor e sua Palavra. Com vistas a levar os crentes a se aprofundarem mais na busca pela
verdadeira sabedoria, que se baseia no “temor do Senhor”, e que produz frutos em nossa vida
diária, demos início ao projeto Vida Com Propósito, que visa fornecer aos crentes bons materiais
cristãos que sirvam de fortalecimento e edificação, além disso, o projeto abrange a produção de
material relacionado ao trabalho ministerial.
3
Ou “ainda não se sente” preparado para servir a santa igreja.
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4
Dom Antonio de Assis Ribeiro, Bispo de Belém, PA, vai dizer que “A teologia do
serviço está intimamente ligada ao dinamismo das virtudes teologais, a fé, a esperança e a
caridade. Na teologia do serviço, somos todos servos, pois só Jesus Cristo é o Senhor! Todo poder
e autoridade lhe foram dados por Deus Pai (Mt 20.18). Somos todos convocados então a fixar os
nossos olhos nas atitudes de Jesus Cristo enquanto líder servidor promotor do Reino de Deus.
Logo, podemos dizer que toda e qualquer atitude que não se harmonize com a mentalidade e o
dinamismo da liderança de Jesus, deve ser evitada. Portanto, quem se voluntaria para servir na
Igreja, mas não tem fé, vai promover desgraças, sendo movido pela vaidade, prepotência, busca
dos próprios interesses, negligência, autorreferencialidade etc.”
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Zelo é um cuidado e dedicação intensos por alguma coisa ou por alguém. Na Bíblia,
essa qualidade de diligência também aparece como um dos atributos de Deus, que preserva a sua
santidade e retidão eternamente. Deus é zeloso em toda a Sua obra e no cumprimento da Sua
vontade soberana.
8
Amado irmão, por Jesus Cristo, o filho de Deus, a igreja pede: “ouça
a voz do Espírito” (Hb 3.7,8), entendam o vosso chamado como o próprio
Cristo correspondeu a sua missão de ser enviado a história para salvar a
humanidade (Jo 3.16). E com tão tamanha dedicação cumpriu sua missão
chegando a entregar a própria vida para que os objetivos nele confiados
prosseguissem até o fim.6
Assim, como obreiros de Cristo, é fundamental que
desempenhamos nossa missão como Cristo desempenhou a dele,
oferecendo nossas vidas para a glória da causa de Cristo – igreja militante.
E que ninguém se glorie qual “cargo algum”, pois o obreiro é servo da
igreja. Não se trata de alguém que dá ordens, mas como Cristo, aquele que
alimenta a esperança dos pobres, dos excluídos; enfim, a todos quanto
sentem necessidade e tem em seus corações um vazio que só pode ser
preenchido por Deus. Toda essa labor será compensada definitivamente na
glória – igreja triunfante.
Jamais arrogam para si coisa alguma, por exemplo: “meu
ministério”, sendo o ministério na verdade de Cristo, e em Cristo
desempenhamos uma missão. Missão essa que só tem uma finalidade:
“glorificar o santo nome de Jesus”. De Cristo, por Cristo, em Cristo, iremos
até o fim, pois a missão gloriosa que nos foi confiada vem de Deus.
Para que o bom aluno possa continuar a melhorar no exercício de
sua função na obra de Deus, ele deve observar alguns pontos essenciais
para sua formação vitalícia.
6
Na vida e missão de Jesus encontramos duas grandes paixões: a primeira, é a paixão
pela vida, pelo Reino, pelo compromisso em favor dos mais pobres e excluídos. Em sintonia com
o Pai, esta paixão é expressão de uma opção, assumida fielmente por Jesus até o fim. A segunda
paixão é a da “cruz”, imposta pelos poderes religiosos e civis. É a cruz patíbulo, instrumento de
tortura, imposta pelos romanos àqueles que ousavam contrariar seu domínio. Ela não é fruto da
opção de Jesus e nem do plano do Pai. É a visibilização da violência, do ódio, do fechamento
frente à proposta de vida revelada por Jesus. No grego, “cruz” é “staurós” e significa: prontidão,
estar preparado, mobilizado, firme, sólido, estar de pé, ser fiel até o fim… Jesus não buscou a cruz
do sofrimento, o patíbulo, a morte violenta... Ele buscou o “staurós”, ou seja, a cruz da
fidelidade, da vida comprometida. Nesse sentido, a “staurós-cruz” é vida aberta, expansiva,
oblativa, vida descentrada em favor dos outros. Ela não é um evento, mas um modo de viver, pois
perpassa toda a vida de Jesus. “Cruz-staurós” é vivida a partir de uma causa: o Reino. Assim
entendemos a afirmação de Jesus no evangelho deste domingo: “Se alguém quer vir após mim,
renuncie a si mesmo, tome sua ‘cruz-staurós’ cada dia e siga-me” (Lc 9,23). Significa esvaziamento
do próprio “ego” para viver em sintonia com os outros, sobretudo com os mais sofredores.
Infelizmente, a história da espiritualidade confundiu “cruz-patíbulo” com “cruz-staurós” e
acabou gerando uma espiritualidade do sofrimento, da mortificação, da penitência... como se isso
fosse agradável a Deus. Privilegiou-se a “cruz da dor” desligada da “cruz da vida”, do
compromisso com o Reino. Tudo isso desembocou numa vivência cristã intimista, farisaica,
descompromissada...
10
O bom aluno deve gostar de ler, e ler muito. Ele deve ler livros,
artigos, e outros materiais sobre teologia e assuntos relacionados. Ele
também deve ler a Bíblia regularmente. A leitura é fundamental para o
aprendizado de qualquer área do conhecimento, inclusive da teologia. Ao
ler, o aluno adquire novos conhecimentos, desenvolve o seu pensamento
crítico, e amplia sua visão de mundo. No caso da teologia, a leitura é ainda
mais importante, pois permite ao aluno conhecer a Palavra de Deus e a
tradição cristã. Ele deve ler livros de autores cristãos, tanto antigos quanto
modernos, para ter uma visão ampla da teologia.
O bom aluno deve fazer uma constante avaliação de si mesmo. Ele
deve refletir sobre seu progresso, identificar suas áreas de força e fraqueza,
e estabelecer metas para seu crescimento. A autoavaliação é essencial para
o desenvolvimento pessoal e profissional. Ao avaliar-se, o aluno pode
identificar os pontos que precisa melhorar e tomar medidas para isso. No
contexto da teologia, a autoavaliação é importante para que o aluno
identifique suas áreas de conhecimento e crescimento espiritual. Ele deve
refletir sobre o seu relacionamento com Deus, com a Igreja, e com o
mundo.
O bom aluno deve frequentar ambientes de culto para se conectar
com Deus e com outros cristãos. A frequência a ambientes de culto é uma
forma de expressar a fé e a devoção a Deus. É também uma oportunidade de
se conectar com outros cristãos e participar da vida da Igreja. O aluno pode
participar de cultos, grupos de oração, e outras atividades de comunhão
cristã.
O bom aluno deve ser humilde, como Jesus, que veio para servir e
não para ser servido. A humildade é uma virtude essencial para o bom aluno
de teologia. Ela permite ao aluno estar aberto a aprender com os outros,
mesmo que eles sejam mais experientes ou tenham opiniões diferentes. O
aluno deve estar disposto a ouvir críticas e sugestões, e a mudar de opinião
quando necessário.
O bom aluno deve observar bons obreiros para aprender com eles.
Ele deve prestar atenção ao que eles fazem e dizem, e tentar imitar o seu
exemplo. Observar bons obreiros é uma forma de aprender com a
experiência de outros cristãos. O aluno deve prestar atenção ao seu
testemunho, à sua sabedoria, e à sua capacidade de servir a Deus e à Igreja.
O bom aluno deve exercitar-se na prática do trabalho do Senhor.
Ele deve participar de atividades missionárias, pastorais, e outras
11
7
A Teologia proporciona um aumento da sua bagagem sobre fé, religião e
religiosidade. E possibilita uma base sólida para argumentar e responder as perguntas sobre
Deus. Também permite que você utilize a razão para explicar os fenômenos religiosos, pautados
pela ciência.
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SUMÁRIO
PREFÁCIO...........................................................................................................2
APRESENTAÇÃO...........................................................................................................5
SUMÁRIO.......................................................................................................... 13
MÓDULO 1 — INTRODUÇÃO........................................................................... 18
1.1 Apologética Teológica................................................................................. 22
1.2 O Pensamento Teológico............................................................................26
1.3 A Ciência Teológica......................................................................................28
1.4 A Importância da Teologia........................................................................ 29
1.5 A Metodologia Teológica.............................................................................31
1.6 O Fundamento Apostólico......................................................................... 40
1.7 A Doutrina Apostólica................................................................................. 42
1.8 Conselhos ‘De Doctrina Apostolorum’................................................... 43
MÓDULO 2 — HISTÓRIA DA IGREJA............................................................. 47
2.1 A Igreja Antiga.............................................................................................. 54
2.2 A Igreja Medieval.........................................................................................68
2.3 A Reforma Protestante............................................................................... 74
2.4 A Igreja Moderna......................................................................................... 83
MÓDULO 3 — BIBLIOLOGIA.......................................................................... 90
3.1 A Autoridade da Bíblia.................................................................................92
3.2 A Doutrina da Bíblia.................................................................................... 93
3.3 A Inspiração da Bíblia................................................................................. 95
3.4 O Antigo Testamento................................................................................. 96
3.5 O Pentateuco............................................................................................... 102
3.6 Os Livros Históricos.................................................................................. 105
3.7 A Poesia Hebraica....................................................................................... 110
3.8 Poesia e Profecia..........................................................................................111
3.9 Os Profetas Menores..................................................................................114
3.10 O Novo Testamento.................................................................................. 115
3.11 O Contexto da Terra Prometida..............................................................117
3.12 Os Evangelhos e Atos............................................................................... 119
3.13 As Cartas (ou Epístolas?)........................................................................ 124
14
MÓDULO 1 — INTRODUÇÃO8
“Pregue de um modo tal que,
se as pessoas não odiarem os pecados delas vão odiar você.”
—Lutero9
8
A Introdução à Teologia é a disciplina inicial para todos estudante, tanto católicos
como protestantes, para isso disponibilizamos a) apologética teológica: com a finalidade ensinar
o aluno defender a fé cristã apresentada diante do curso; b) o pensamento teológico: para que o
aluno entende qual a prerrogativa da ciência cristã; c) a ciência teologia: para o aluno entender
que a teologia não se trata apenas de tratado, mas científico; d) a metodologia teológica: para que
o aluno compreenda as ferramentas para manusear a teologia reformada na histórica; e) o
fundamento apostólico: para que o aluno entenda as raízes de todo pensamento eclesial na
história; f) a doutrina apostólica: como pressuposto de tudo o que pensa a igreja nascente e sua
operacionalidade, bem como seus conselhos.
9
Martinho Lutero (1483-1546) foi um monge agostiniano e professor de teologia
alemão que se tornou uma das figuras centrais da Reforma Protestante. Ele nasceu em Eisleben,
Alemanha, e morreu na mesma cidade. Lutero foi um homem de grande intelecto e
espiritualidade. Ele era um estudioso da Bíblia e um pregador apaixonado. Ele também era um
homem de convicção, e não hesitou em desafiar as práticas da Igreja Católica que ele acreditava
serem erradas. Em 1517, Lutero publicou “As 95 Teses”, criticando a venda de indulgências, que
eram documentos que prometiam a remissão dos pecados.
10
A Teologia proporciona um aumento da sua bagagem sobre fé, religião e
religiosidade. E possibilita uma base sólida para argumentar e responder as perguntas sobre
Deus. Também permite que você utilize a razão para explicar os fenômenos religiosos, pautados
pela ciência. Ou seja, é um curso que promove a união do saber científico e do saber teológico na
área das ciências humanas. E capacita profissionais para exercer presença pública. Os
profissionais formados nesta área são participantes ativos na transformação da realidade social e
valorização do ser humano. Uma atuação comum de teólogos é em ONGs e empresas, através de
consultorias.
19
11
A Teologia foi adotada no cristianismo como conhecimento sobre Deus (sabedoria),
com Santo Agostinho (Séc. IV a V) e seu conceito de teologia natural, acima da qual colocou a
Teologia Sobrenatural (theologia supernaturalis) baseada nos dados da revelação, situada fora do
campo de ação da filosofia e a subordinando como uma serva da teologia (ancilla theologiae) que
ajuda na compreensão de Deus. No século 18, a Teologia foi definida como o estudo das
manifestações sociais de grupos em relação às divindades (Hegel).
20
12
Em sentido estrito, a ciência refere-se ao sistema de adquirir conhecimento baseado
no método científico bem como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tais
pesquisas. Este artigo foca o sentido mais estrito da palavra.
13
RITO, Frei Honório. Introdução à Teologia. 31 p.
14
Cf. ERICKSON, M. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997, p
15. “Para alguns leitores, a palavra Doutrina pode se mostrar um tanto ameaçadora. Ela evoca
visões de crenças muito técnicas, difíceis e abstratas, talvez apresentadas de forma dogmática.
Doutrina, entretanto, não é isso. A doutrina cristã é apenas uma declaração de crenças mais
fundamentais do cristão: crenças sobre a natureza de Deus; sobre sua ação; sobre nós; que somos
suas criaturas; e sobre o que Deus fez para nos trazer a comunhão com ele.”
21
15
Como parceira de diálogo das demais ciências, pode contribuir na formulação da
ética e do sentido de totalidade. Conclui-se situando a Teologia entre as ciências humanas
hermenêuticas e como uma ciência de contraste. Tem seu objeto e método próprios também
diante das ciências da religião.
16
O surgimento da História científica coincidiu com o nascimento da História Antiga.
Representou a junção das teorias sociais e políticas da época com a leitura crítica das fontes
escritas antigas e a sistematização dos repertórios de fontes recolhidas pelos antiquários.
22
17
A palavra “revelação” é usada entre os cristãos para designar uma ação divina que
comunica aos homens os desígnios de Deus e a verdade que estes envolvem, sobretudo através da
palavra consignada nos livros sagrados.
18
Cf. Aurélio. O Novo Dicionário da Língua Portuguesa.
19
Fundamentos da Teologia: Apologética Cristã. Teológica Vida, Youtube in:
https://l1nq.com/kBARU
20
A apologética teológica é uma disciplina que visa defender a veracidade da fé cristã
contra as críticas e objeções de seus opositores. Ela é importante por vários motivos, incluindo:
a) Fortalecer a fé dos cristãos: A apologética ajuda os cristãos a compreender melhor sua fé e a
responder às objeções que possam surgir. Isso pode ajudá-los a fortalecer sua fé e a se sentirem
mais seguros em sua crença. b) Atrair novos cristãos: A apologética pode ajudar a apresentar o
cristianismo de forma racional e convincente a pessoas que estão procurando a verdade. Isso
pode levar à conversão de novos cristãos. c) Colaborar com outras religiões: A apologética pode
ajudar a construir pontes entre o cristianismo e outras religiões. Ao mostrar que o cristianismo é
uma fé racional e baseada em evidências, a apologética pode ajudar a promover o diálogo
inter-religioso.
23
21
Existem diferentes tipos de apologética, cada um com seu próprio enfoque. Alguns
tipos de apologética incluem: a) Apologética evidencial: Este tipo de apologética busca apresentar
evidências para a existência de Deus e para a veracidade do cristianismo. Exemplos de evidências
incluem os argumentos cosmológicos, teleológicos e morais para a existência de Deus, bem como
a evidência histórica para a ressurreição de Jesus Cristo. b) Apologética racional: Este tipo de
apologética busca demonstrar que a fé cristã é racional e consistente com a razão. Exemplos de
argumentos racionais incluem a argumentação de que a fé é necessária para a vida moral, bem
como a argumentação de que a fé é o único caminho para a verdade e a felicidade. c) Apologética
filosófica: Este tipo de apologética busca responder a objeções filosóficas à fé cristã. Exemplos de
objeções filosóficas incluem o problema do mal, o problema da liberdade e o problema da
moralidade. A apologética teológica é uma disciplina importante que pode contribuir para o
fortalecimento da fé cristã, a atração de novos cristãos e a colaboração com outras religiões.
24
22
Como Funciona o Pensamento Teológico? Pr. André Nascimento, Youtube in:
https://encr.pw/FQxVu
27
23
Os Pais da Igreja foram alguns cristãos que escreveram e exerceram liderança na
Igreja entre o final do primeiro século e o final do sexto século. Esse período da história da Igreja
ficou conhecido como “Cristianismo da Patrística”. Essa Era Patrística teve início com a redação do
último livro do Novo Testamento, o livro do Apocalipse, e a morte do último apóstolo de Jesus, o
apóstolo João. Isso significa que naquele período a liderança da Igreja precisou passar por uma
transição. Todos os apóstolos de Jesus tinham morrido, mas Deus levantou pastores e mestres
para liderar o seu povo. A palavra “pai” era uma designação comum atribuída pelos crentes
àquelas pessoas que ocupam os ofícios de liderança na Igreja. Eram os presbíteros ou bispos da
Igreja Antiga. Daí vem a expressão “Pais da Igreja”. Geralmente os pais da Igreja são
28
Se vocês não creem quando falo sobre coisas terrenas, como crerão
se eu lhes falar sobre as celestiais? (Jo 3.12 NAA).28 Para analisar a
coloca acima do objeto de sua investigação para extrair o conhecimento pelo método que lhe seja
mais apropriado. Na teologia cristã, ocorre o inverso: o/a teólogo/a não pode colocar-se acima do
objeto, e sim, sob o objeto do seu conhecimento. Em outras palavras, na teologia cristã, o ser
humano só pode conhecer Deus na medida em que este ativamente se faz conhecido por meio da
revelação. “E, mesmo depois de Deus ter-se revelado objetivamente, não é a razão humana que
descobre Deus, mas é Deus que se descerra aos olhos da fé”. Para a concepção cristã clássica, a
teologia é o estudo de Deus e sua relação com o ser humano através da sua Palavra, revelada por
meio de Jesus Cristo.
27
Cf. A importância da Teologia. Voltemos Ao Evangelho, Youtube in:
https://l1nq.com/dWKQk
28
A teologia tem uma importância histórica fundamental, pois ela é responsável por
dar forma à identidade e à cultura do cristianismo. Ao longo dos séculos, a teologia tem sido
usada para explicar os mistérios da fé cristã, para defender a verdade da Bíblia, e para orientar a
vida dos cristãos. A teologia teve um papel fundamental na formação do cristianismo. Nos
primeiros séculos da era cristã, os teólogos foram responsáveis por desenvolver as doutrinas
básicas do cristianismo, como a Trindade, a encarnação, e a salvação. Essas doutrinas foram
essenciais para a unidade do cristianismo e para a sua expansão. A teologia também
desempenhou um papel importante na defesa da fé cristã contra os ataques de seus oponentes.
No século II, por exemplo, o teólogo Justino Mártir defendeu a fé cristã contra os ataques dos
filósofos pagãos. No século IV, o teólogo Atanásio defendeu a divindade de Jesus Cristo contra os
ataques dos arianos. A teologia também tem sido usada para orientar a vida dos cristãos. Ela
fornece aos cristãos uma compreensão da natureza de Deus, do seu lugar no mundo, e do seu
propósito na vida. A teologia também fornece aos cristãos princípios para viver uma vida ética e
moral. A teologia continua a ser uma disciplina importante na atualidade. Ela é essencial para o
desenvolvimento do cristianismo e para a compreensão da cultura ocidental.
30
29
Cf. 10 Passos para uma Metodologia da Pesquisa Teológica | Prof. Dr. Michel
August. FTRB, Youtube in: https://encr.pw/V6zGj
30
Cf. ALVES. Cezar Andrade. Metodologia teológica e ciência. Rio de Janeiro: Loyola,
2019. A Ciência moderna expôs a Teologia a novos desafios. Esta obra explicita os princípios
metodológicos de ambas para justificar a presença da Teologia na cena acadêmica. São
evidenciadas as semelhanças e diferenças entre o método teológico e o científico, semelhanças
essas que justificam tal presença. Com particular ênfase são analisadas as premissas do método
científico — temática pouco frequente na literatura especializada —, sublinhando-se a premissa
da existência de uma natureza pura. Isso é pela primeira vez trazido num livro à reflexão sobre o
método científico. O delineamento dos dois métodos, com a explicitação das premissas, permite
uma melhor compreensão das relações entre Ciência e Teologia. Tal delineamento evidencia, de
um lado, importantes elementos em comum entre o método científico e o método teológico na
sua forma atual e, de outro, diferenças que trazem notável consequência para as Ciências da
Religião.
31
A apologética teológica é uma disciplina que busca defender a verdade da fé cristã.
Ela usa argumentos racionais e evidências para refutar as objeções à fé cristã e para apresentar as
razões pelas quais a fé cristã é verdadeira. A apologética teológica tem uma longa história. Ela já
era praticada nos primeiros séculos do cristianismo, quando os cristãos eram perseguidos por
sua fé. Os apologistas cristãos daquela época usavam a filosofia grega para defender a fé cristã
contra os ataques dos filósofos pagãos. Na atualidade, a apologética teológica continua a ser uma
disciplina importante. Ela é essencial para o evangelismo, pois ajuda os cristãos a responder às
objeções à fé cristã. A apologética também é importante para a defesa da fé cristã contra a
secularização e o pluralismo religioso. A apologética teológica pode ser dividida em duas
categorias principais: a) Apologética negativa: Essa forma de apologética se concentra em refutar
32
as objeções à fé cristã. Ela usa argumentos racionais e evidências para mostrar que as objeções à
fé cristã são infundadas. b) Apologética positiva: Essa forma de apologética se concentra em
apresentar as razões pelas quais a fé cristã é verdadeira. Ela usa argumentos racionais e
evidências para mostrar que a fé cristã é plausível e convincente.
32
[Do lat. claustra, orum.] “clausura, recinto fechado”.
33
Fenômeno de adaptação em um povo de um princípio de valor humano que lhe foi
pregado e ensinado, ou incutido. De acordo com a Sociologia é o conjunto de medidas para tornar
peculiar a um povo uma determinada ideia.
33
34
Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade
e professor de Filosofia da Teologia na Universidade de Berlim. Traduziu as obras de Platão para
o alemão. Foi influenciado por Kant e Fichte, mas não se tornou um idealista subjetivo.
34
vez mais isso não quer dizer que ele se enquadre precisamente dentro desta
categoria.
Teologia Dialética ou Neo-ortodoxia. Prega o exato e inconcusso
cumprimento de uma doutrina religiosa; conformidade com essa doutrina
bíblica.
Teologia dialética. Teologia da crise ou, ainda, teologia da Palavra
ou neo-ortodoxia foi um movimento teológico que floresceu na Europa
(particularmente na Alemanha) da década de 1920.
Teologia do Antigo Testamento. Parte da Teologia Bíblica que trata
de forma ordenada e sistemática os estudos das verdades divinas
promulgadas pelos profetas, justos, anjos e sábios no Antigo Testamento.
Teologia do Novo Testamento. Trata de estudar as mensagens do
Evangelho anunciado por Cristo e seus seguidores, sobretudo a Doutrina
Paulina cuja influência alcança a Igreja por um todo em todas as épocas.
Alguns teólogos não exageram quando afirmam “se Paulo não tivesse
existido, o cristianismo não teria chegado às vias que chegou”.
Teologia do Processo. São representantes deste sistema Shailer
Mathews, Henry Wieman e Henri Bergson. Defendem a ação providencial
divina no Universo enfatizando as ciências naturais acima da revelação. A
Teologia do Processo é uma escola de pensamento influenciada pela
filosofia do processo, de Alfred North Whitehead. Com o passar dos anos, o
pensamento teológico floresceu a ponto de trazer um variante tão extensa
de diversificação do saber teológico que não seria possível enumerá-las
aqui neste texto, apenas destacamos alguns, como:
Teologia do Reavivamento. Apresenta um conjunto de doutrinas
pelas quais defendem o retorno da Palavra Divina, a santificação, a prática
da oração e o serviço de expansão do Reino de Deus.
Teologia Empírica. Também denominada de Teologia Natural, cujo
fundamento maior é a defesa do argumento cosmológico, pelo qual Deus se
revela ao homem por intermédio da natureza.
Teologia Evangelical. Tem como meta a doutrina da regeneração
humana, o retorno do cristianismo ortodoxo. Realça a necessidade de o
cristão ter uma experiência com o Salvador.
Teologia Existencial. Doutrina relacionada com a filosofia do
Existencialismo defendida por Sartre e Heidegger. Enfatiza a existência
acima da essência humana).
36
35
Enquanto a Teologia Protestante se organiza em quatro linhas (Bíblica, Sistemática,
Histórica, Pastoral), a Teologia Católica se organiza em cinco linhas (Bíblica, Sistemática,
Histórica, Moral, Pastoral). Contudo, trata-se de apenas organização da grade teológica, as
disciplinas contidas nas cinco linhas católicas estão distribuídas nas linhas protestantes.
37
36
RITO, Frei Honório. Introdução à Teologia, p 273.
38
37
A Bibliologia vem em primeiro plano, por tratar de fonte primordial para a
compreensão dos ensinamentos posteriores. Uma vez que é através da Bíblia que Deus se revela
ao homem como um Ser Pessoal, Espiritual e Atuante.
38
TEONTOLOGIA = justaposição de TEO (Deus [ou deuses]) + ONTOLOGIA (parte da
filosofia que trata do ser enquanto ser, i.e., do ser concebido como tendo uma natureza comum
que é inerente a todos e a cada um dos seres.
39
A verdadeira teologia deveria ao menos estar interessada em levar o conhecimento
acerca de Deus ao homem decaído pela conscientização moral e pelo conhecimento racional da
revelação divina pela fé, e não na formulação de doutrinas, uma vez que muitas das consideradas
seitas ou falsas religiões têm surgido devido às interpretações doutrinárias forjadas e defendidas
por interesses de sofismas daquelas chamadas “teologia”.
40
A relação entre teologia e conhecimento racional é complexa e não há uma resposta
simples. Alguns teólogos acreditam que a teologia é uma forma de conhecimento racional,
enquanto outros acreditam que ela é uma forma de fé. É possível que a teologia seja uma
combinação de ambas as coisas. Ela pode ser baseada na razão natural, na revelação divina, e na
fé.
39
41
Ao escolher uma obra de teologia para ler, é importante considerar seus interesses e
perspectivas teológicas. Se você é novo na teologia, pode ser uma boa ideia começar com uma
obra introdutória, como “Introdução à Teologia” de Millard Erickson. Esta obra fornece uma
visão geral abrangente do campo da teologia. Se você já tem algum conhecimento de teologia,
pode querer ler uma obra mais abrangente, como “Teologia Sistemática” de Wayne Grudem. Esta
obra aborda todos os principais tópicos da teologia, incluindo Deus, a Bíblia, a salvação, a igreja,
o estado e a vida eterna. Se você está interessado em um tópico específico da teologia, pode
querer ler uma obra que se concentre neste tópico. Por exemplo, se você está interessado na
teologia da igreja, pode querer ler “Teologia da Igreja” de Jürgen Moltmann. A teologia é um
campo complexo e fascinante. Ao ler obras de teologia, você pode aprender mais sobre Deus, a
Bíblia, a igreja e o mundo ao seu redor.
40
Deus e passou essa mensagem ao outro ladrão que era incrédulo, logo,
mesmo na cruz, ele praticou uma boa obra que foi tentar evangelizar o
ladrão descrente (Lc 23.39-43). Ora a bíblia enfatiza que a fé sem obra não
salva, da mesma forma a obra sem fé não salva (Ef 2.8-9).
Quanto a teologia e a religião não existe na verdade um
contrassenso, existem sim, o antagonismo dialético das funções, e fica
mais acentuado quando se trata de identificar a Teologia Oriental e
Ocidental, a Teologia Pura e a Teologia Crítica, a Religião como mecanismo
ideológico, a Teologia como instrumento pessoal.
A diferença básica entre a teologia e a religião encontra-se na
objetividade imanente de cada uma delas, ou seja, a teologia tem como
objetivo “levar” Deus ao homem através do conhecimento racional das
escrituras42 e pesquisas metódicas com a ajuda das ciências humanas. A
religião, pelo menos a que se diz cristã, tem como meta levar o homem a
Deus pela prática do amor e da fé em Jesus Cristo através da revelação e
experiência espiritual.
Muitos ensinamentos ou argumentos teológicos são mais radicais e
difíceis de serem derrotados que as doutrinas fanáticas de muitas religiões,
e como tais, estes prejudicam a Essência da Mensagem, desvirtuam a
Verdade, sendo, pois usados como instrumentos ideológicos de uma
manipulação alienista e utópica, ou de como uma apologética cujo objetivo
visa a defesa de interesses pessoais, são os sonegadores da verdade, os
especuladores da fé de uma sociedade carente de saber e ultrajada pelo
espírito de confusão
42
Não confundir isso como heresia gnóstica, que defendia que o homem só é capaz de
chegar até Deus através do conhecimento racional, pois sabemos de inúmeros irmãos e irmãs
espalhados pelo mundo ao longo dos séculos que professavam legítima fé na pessoa de Jesus
Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem; mas nunca souberam explicar racionalmente tais
questões.
43
Cf. A Doutrina dos Apóstolos. Parte 1: O Fundamento da Igreja. Prof. Daniel Ramos,
Youtube in: https://l1nq.com/DuOpl
41
arrebatar mais adeptos. Mas afinal, como era a Igreja Primitiva? Como se
comportam os irmãos e irmãs da comunidade de fé nascente? Seria este o
modelo para toda a igreja, ou deveríamos atualizar o modelo de
comunidade de fé?44
Em At 2.42-47 narra as atividades das primeiras comunidades de
fé, e está incluído nos chamados “sumários das primeiras comunidades”
que são descritas no livro:
44
O teólogo precisa interpretar a experiência humana à luz da fé em Deus, mostrar que
a existência humana não se reduz à racionalidade imanente. No mundo atual, o teólogo necessita
do diálogo entre a Teologia e a Ciência, sabendo que a Teologia deve respeitar a autonomia da
ciência e esta a da Teologia.
42
Por isto que o apóstolo Paulo exorta, assim: (2Tm 4.3-4) “Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos
ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.”
Em Atos 2, para que os cristãos se reuniam? Ali estavam essas
pessoas que tinham saído do mundo para se juntar ao grupo de pessoas
chamado de discípulos, e eles formaram a primeira igreja, mas para que
serve a igreja? O que ela faz? O que ela provê? Qual era o perfil da Igreja
Primitiva? “E perseveravam na doutrina dos apóstolos [ensino] e na
comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42), atividades puramente
espirituais. E esse é o modus operandi para a igreja em qualquer tempo,
uma vez que se diz fundamentada nas escrituras atentando para o detalhe
crucial.
45
Cf. Fundamento Apostólico - Cultura Podcast #05. Cultura do Reino, Youtube in:
https://l1nq.com/HA22x
46
A mística da igreja apostólica é a experiência espiritual dos primeiros cristãos. Essa
experiência era marcada por uma forte comunhão com Deus, um amor profundo uns pelos
outros, e um desejo ardente de servir a Deus e ao mundo. Por exemplo, At relata a experiência dos
primeiros cristãos, que eram cheios do Espírito Santo e testemunharam o poder de Deus. 1Co
descreve a vida da igreja em Corinto, que era marcada por um amor profundo e uma unidade
forte. A mística da igreja apostólica é uma fonte de inspiração para os cristãos de todos os
tempos. Ela nos lembra que a vida cristã é uma vida de comunhão com Deus, de amor uns pelos
outros, e de serviço ao mundo. Alguns dos elementos da mística da igreja apostólica incluem: a) A
comunhão com Deus: Os primeiros cristãos tinham uma forte comunhão com Deus. Eles
experimentaram a presença de Deus em suas vidas de forma profunda e pessoal. b) O amor uns
pelos outros: Os primeiros cristãos tinham um amor profundo uns pelos outros. Eles se
consideravam membros de uma família e se preocupavam uns com os outros. c) O desejo de
servir a Deus e ao mundo: Os primeiros cristãos tinham um desejo ardente de servir a Deus e ao
mundo. Eles estavam dispostos a sacrificar suas vidas por amor a Deus e ao próximo.
43
47
A Doutrina dos Doze Apóstolos – Escritos Apócrifos 06. Prof. Jonathan Matthies,
Youtube in: https://l1nq.com/dw0Wq
48
O mestre, o profeta e o apóstolo têm que ensinar a verdadeira Doutrina, isto é,
ensinar a justiça e o conhecimento do Senhor. Eles também têm de vivê-la, serem humildes e
desprendidos, trabalhadores e sensatos, entre outras virtudes. A “Didaché” diz que um profeta
deve viver à maneira do Senhor.
44
49
A doutrina cristã apostólica fornece um fundamento sólido para a fé e a prática
cristã. Ela é baseada na Bíblia e na tradição apostólica, e fornece aos cristãos uma compreensão
da natureza de Deus, de Jesus Cristo, e da salvação. A doutrina cristã apostólica é importante para
a vida cristã de várias maneiras, incluindo: a) Ela fornece uma base para a fé: A doutrina cristã
apostólica fornece aos cristãos uma compreensão da natureza de Deus, de Jesus Cristo, e da
salvação. Essa compreensão é essencial para a fé cristã, pois nos ajuda a entender quem somos,
por que estamos aqui, e o que nos espera no futuro. b) Ela orienta a prática cristã: A doutrina cristã
apostólica orienta a prática cristã, fornecendo aos cristãos princípios para viver uma vida cristã
autêntica. Esses princípios incluem o amor a Deus, o amor ao próximo, e o serviço ao mundo. c)
Ela promove a unidade cristã: A doutrina cristã apostólica promove a unidade cristã, fornecendo
aos cristãos um conjunto comum de crenças e práticas. Isso ajuda a superar as diferenças entre as
denominações cristãs e a promover a unidade da igreja.
47
50
A História da Igreja, apesar de ser confundida como algo entediante e sem
importância, é fundamental para o autoconhecimento do cristão que vai perceber a presença da
Igreja ao longo dos séculos divididos em a) história antiga; b) história medieval; c) história da
reforma; d) história moderna. Evidentemente, somente este capítulo, numa pesquisa mais
aprofundada consumiria centenas de livros, como não é nosso objetivo em oferecer um Curso de
História da Igreja, mas apenas uma síntese dessa história maravilhosa que se compôs por mais de
vinte séculos. Para mais informações a respeito da milenar história da igreja, cf. A história da
Igreja em 15 minutos. Lucas Lancaster - Escola de História da Igreja, Youtube in:
https://l1nq.com/mB53r
51
Luca Martini é um autor e missionário italiano. Ele nasceu em 1980 em Roma, Itália.
Ele se formou em teologia pela Universidade de Roma e pelo Seminário Teológico de
Westminster, nos Estados Unidos. Martini é o autor de vários livros, incluindo “Não Concordo
nem Discordo, Muito pelo Contrário”, “Enquanto a Fila Não Anda” e “Antes de Quebrar a Cara”. Em
seus livros, ele aborda temas como fé, vida cristã e missão. Martini também é um missionário
ativo. Trabalha com igrejas e organizações missionárias na Itália, na África e na América Latina.
Aqui estão algumas das principais contribuições de Luca Martini: a) Sua defesa de uma fé
autêntica e engajada. b) Sua abordagem honesta e desafiadora de questões importantes da vida
cristã. c) Seu compromisso com a missão e o evangelismo. Martini é um homem de fé e
convicção. Seu trabalho está influenciando cristãos em todo o mundo.
52
Cf. a perspectiva do comentário de Mt 16.18 da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD)
sobre A Igreja. É evidente que a Igreja não parte de outra vontade a não ser única e
exclusivamente divina. É Deus que quer a Sua Igreja e ninguém pode ter vontade semelhante. É
obra Santa!
48
53
Na Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), a palavra ecclesia vem traduzida em
português para ajuntamento, já a Bíblia de Jerusalém (Paulus) vem assembléia.
49
54
Do ponto de vista teológico, igreja significa a comunidade de pessoas que seguem a
Jesus Cristo. Ela é o corpo de Cristo, o povo de Deus, a nova criação. A igreja é um mistério, um
organismo vivo que é mais do que a soma de suas partes. Ela é uma obra do Espírito Santo, que a
une e a capacita para o seu propósito. A igreja tem duas dimensões: a dimensão local e a
dimensão universal. A dimensão local é a comunidade de cristãos que se reúnem em um
determinado lugar para adorar a Deus, estudar a Bíblia, e servir aos outros. A dimensão universal
é a igreja como um todo, que inclui todos os cristãos de todas as épocas e lugares. A igreja tem
várias funções, incluindo: a) Adoração: A igreja adora a Deus através de louvor, oração, e
comunhão. b) Ensino: A igreja ensina a Bíblia e a doutrina cristã. c) Serviço: A igreja serve ao
mundo, proclamando o evangelho e trabalhando pela justiça social. A igreja é um presente de
Deus para o mundo. Ela é o lugar onde os cristãos podem encontrar comunhão com Deus e uns
com os outros, e onde podem ser equipados para servir ao mundo. Cf. Mt 16.18; Ef 1.22-23; 1Pe
2.9-10.
55
Refere-se ao AT.
50
56
O dispensacionalismo é uma doutrina teológica e escatológica cristã que afirma que
a segunda vinda de Jesus Cristo será um acontecimento físico, envolvendo o arrebatamento da
Igreja, um período de sete anos de tribulação, a batalha do Armagedom e o estabelecimento do
reino de Deus na Terra. A palavra dispensação, que deriva do termo latino “administração/
gerência”, refere-se ao método divino de lidar com a humanidade e de administrar a verdade em
diferentes períodos de tempo. Em resumo, o dispensacionalismo afirma que a história humana é
dividida em períodos distintos, cada um com suas próprias regras e promessas de Deus. Aqui
estão alguns dos principais pontos da doutrina dispensacionalista: a) A segunda vinda de Jesus
Cristo será um acontecimento físico, não espiritual. b) O arrebatamento da Igreja ocorrerá antes
da tribulação. c) A tribulação será um período de sete anos de sofrimento para a humanidade. d) A
batalha do Armagedom será uma batalha entre as forças do bem e do mal, que terminará com a
vitória de Cristo. e) O reino de Deus será estabelecido na Terra após a tribulação. O
dispensacionalismo é uma doutrina influente no protestantismo, especialmente entre as
denominações evangélicas.
57
Grandiosa é a participação de Paulo para o progresso da Igreja, não apenas em sua
fundação como também em seu sistema bíblico-doutrinário. Alguns exegetas chegam a afirmar
categoricamente que se o apóstolo Paulo não tivesse existido, o cristianismo não teria chegado às
vias que chegou.
58
Cf. HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
Pentecostes é uma festa adotada pelo cristianismo, mas é do judaísmo. A palavra festa (hag, no
hebraico) significa fazer círculo. Isso revela o sentido primitivo de festa: uma reunião
comunitária (Ex 5.1), pois o povo se reunia especialmente para estudar os textos sagrados que
mais tarde viriam a ser Bíblia. O nome pentecostes vem da língua grega que significa cinquenta
dias depois da festa da Páscoa. No início, a festa de pentecostes, teve três nomes: festa das
Semanas, festa das Colheitas ou Dia de Primícias (tais nomes revelam o conteúdo da festa:
agrícola e situada no período das colheitas). A mudança para o nome de Pentecostes deu-se no
período grego (333-63 a.C.). O mais primitivo motivo desta festa foi a gratidão a Deus pelo dom
da terra, e, posteriormente, o povo bíblico incorporou o motivo de gratidão pela doação da Torah
(450 a.C). A Torah (instrução) são os cinco primeiros livros da Bíblia Cristã, o Pentateuco.
59
Cf. DUNN, James D. G. A Teologia do Apóstolo Paulo. São Paulo: Paulus, 2013. O
autor aborda com clareza a diferente perspectiva eclesiológica paulina. Especialmente no
capítulo 7, Dunn vai alinhar dentre muitas coisas a realidade intrínseca da unidade de Cristo e a
Igreja quanto ao mistério que os une em um Corpo Místico (e coloca a Igreja com Cristo no centro
da Trindade).
51
60
Cf. ERICKSON, 1997.
61
Em diversos casos, essas novas frentes “religiosas” são carregadas de ritos bizarros
em detrimento a simplicidade da fé em Jesus Cristo conforme o sistema bíblico-doutrinário. Tais
grupos são liderados pela ignorância (em alguns casos, por pura maldade) e, aborrecem o
verdadeiro conhecimento de Deus.
52
62
Na teologia lucana (Lc; At) há uma espécie de rito de inauguração, onde sempre é
marcado pela descida do Espírito Santo: a) o Espírito Santo desce sobre Maria em Lc 1.35 e
inicia-se o processo histórico Salvífico de Deus; b) o Espírito Santo desce sobre o Senhor Jesus
em Lc 3.22 e inicia-se o ministério de Jesus; c) o Espírito Santo desce sobre a igreja em At 2.4 e
inicia-se o ministério da Igreja espalhada no mundo. Nota-se que sempre, na perspectiva lucana
é necessária, a descida com Espírito como protocolo legitimando como ação primeira da vontade
de Deus e suas consequências na humanidade.
53
63
Os judeus da época dividiam-se em três classes, e as três tinham representação na
igreja de Jerusalém. Os hebreus eram aqueles cujos antepassados haviam habitado a Palestina
durante várias gerações; eram eles a verdadeira raça israelita. Seu idioma era chamado “língua
hebraica” a qual, no decorrer dos séculos, havia mudado de hebraico clássico do Antigo
Testamento para o dialeto que chamasse aramaico ou siro-caldaico.
64
É preciso muita atenção às chamadas nomenclaturas ministeriais no NT, pois são
distintas das realidades da atual igreja. Por exemplo: a palavra presbítero no NT trata-se do
crente mais idoso no meio da igreja. Por relacionar sabedoria e idade, é comum delegar funções
de frente a pessoas mais velhas, ou seja, o presbitério no NT não é (nem de longe) a realidade de
presbitério que temos hoje na igreja.
54
65
Cf. A História do Cristianismo Como Você Nunca Viu | Episódio 01. Escola do
Discípulo, Youtube in: https://encr.pw/rcqmS
66
No fim deste período, encontramos Estevão elevando-se tal eminência como
pregador, que os próprios apóstolos ficam ofuscados. Esse testemunho universal foi uma
influência poderosa no crescimento rápido da igreja.
67
A apostolicidade da nossa fé sempre será legitimada quanto à contemporaneidade em
comunhão com a mensagem apostólica: Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado.
55
68
Em nenhum momento, essa partilha dos bens fundamenta o socialismo, pois se
trata de conceitos distintos: a) partilha é quando eu sou proprietário de algo e compartilho com
todos os que precisam usá-lo, b) socialismo é quando todos são donos da coisa e ninguém tem
responsabilidade sobre o mesmo. Logo, a perspectiva lucana é a partilha e não o socialismo.
69
Lit. sofrimento.
56
70
A afirmação de que “nunca existiu um povo palestino” é uma afirmação controversa
que tem sido debatida por historiadores e cientistas políticos há muitos anos. Não há uma
resposta simples para essa pergunta, pois depende de como se define “povo”. Se “povo” for
definido como uma comunidade de pessoas com uma história, cultura e língua comuns, então é
possível argumentar que um povo palestino existiu por séculos. A região da Palestina tem sido
habitada por pessoas de diversas origens étnicas e religiosas, incluindo árabes, judeus, cristãos e
outros. Essas pessoas compartilhavam uma história comum, que incluía a ocupação romana, a
conquista muçulmana e a era otomana. Elas também compartilhavam uma cultura comum, que
incluía a língua árabe, a religião muçulmana e as tradições palestinas. No entanto, se “povo” for
definido como uma nação soberana com um estado independente, então é possível argumentar
que um povo palestino não existiu até o século XX. A Palestina nunca foi uma nação soberana, e
ela foi governada por diversos impérios e potências estrangeiras ao longo da história. A
afirmação de que “nunca existiu um povo palestino” é frequentemente usada por defensores do
sionismo para justificar a criação do Estado de Israel. Eles argumentam que a Palestina era uma
terra sem povo, e que os judeus tinham o direito de estabelecer seu próprio estado na região. No
entanto, esta afirmação é contestada por muitos historiadores e cientistas políticos. Eles
argumentam que a Palestina era habitada por um povo palestino com uma história, cultura e
língua comuns. Eles também argumentam que a criação do Estado de Israel resultou na expulsão
e no deslocamento de milhões de palestinos. Em última análise, a questão de saber se “nunca
existiu um povo palestino” é uma questão de interpretação histórica. Não há uma resposta simples
para essa pergunta, e ela continuará a ser debatida por muitos anos.
57
71
Apedrejamento é a pena capital judaica.
58
72
A “Grande Igreja” é a nomenclatura dada pelos historiadores para este momento da
Santa Igreja. Ou seja, antes de qualquer cisma na unidade em torno do Cristo, é comumente
chamada pelos grandes nomes da história do cristianismo.
60
crescer ainda mais devido à relativa paz de quarenta anos entre as duas
perseguições e o Edito de Milão.
O problema dos lapsos (caídos) foi grave nos séculos II d.C. e III d.C.
Hermas (O Pastor) e Cipriano (De Lapsis) escreveram tratados sobre a
questão. Hermas (que escreveu o livro “O Pastor”) representa uma posição
mediadora que aceita uma única queda. Os lapsos seriam aceitos de volta,
mas não mais para o lugar de líderes. Os lapsos seriam membros de
segunda classe na igreja. Embora Cipriano seja muito duro com os lapsos,
ele os chama a um abundante arrependimento para demonstrar sua
tristeza e aflição, sem desesperar pela misericórdia de Deus. Apenas estes
seriam recebidos novamente na igreja.
Fatos interessantes aconteceram no período da perseguição:
1. Os escritos do Novo Testamento foram terminados, entretanto a
formação do Novo Testamento foi terminada, entretanto a formação do
Novo Testamento com livros que o compõem, como cânon, não foi
imediata. Algumas igrejas aceitaram somente os livros como inspirados e
outras igrejas livros diferentes. Os livros foram aceitos gradualmente.
2. O crescimento e a expansão da igreja foi a causa da organização e
da disciplina. A perseguição aproximou as igrejas e exerceu influência para
que elas se unissem e se organizassem. O aparecimento da heresia impôs,
também, a necessidade de se estabelecerem alguns artigos de fé, e, com
eles, algumas autoridades para executá-las.
3. O credo Apostólico, a mais antiga e mais simples declaração da
crença cristã, foi escrito durante este período. Nesta época surgiram três
escolas teológicas. Uma em Alexandria, outra na Ásia Menor e outra na
África. Os maiores vultos da história do Cristianismo passaram por essas
escolas: Orígenes, Tertuliano e Cipriano.
Juntamente com o desenvolvimento da Doutrina,
desenvolveram-se também as seitas, ou como lhes chamavam as heresias
na igreja cristã, os cristãos não só lutavam contra as perseguições, mas
contra as heresias e doutrinas corrompidas.
a) os Gnósticos: do grego gnosis (sabedoria, conhecimento)
acreditavam que Deus Supremo é espírito absoluto e causa de todo bem,
enquanto matéria é completamente má criada por um ser inferior que é
Jeová.
61
73
Título moderno, pois a Exegese é própria da Teologia Reformada, e,
consequentemente, aproveitada pela Teologia Católica. Antes disso, a preocupação da Teologia
era Dogmática. A palavra Dogmática está praticamente em desuso, comumente aceita como
Sistemática, ainda que uma não necessariamente, Dogmática seja Sistemática. Há algumas
diferenças que devem ser observadas mais de perto.
67
74
Cf. A Idade Média | A História do Cristianismo | Episódio 3. Escola de Discípulo,
Youtube in: https://encr.pw/GquVk
69
gostou desta ideia e proibiu este desvio do propósito inicial, que tinha como
meta derrubar o Imperador Aleixo III. Tudo isto por causa da promessa de
Aleixo, filho do deposto Isaque II, que prometeu aos cruzados bom
pagamento pelo auxílio para que assumissem o Império.
O imperador foi derrubado, mas Aleixo não conseguiu cumprir suas
promessas, motivo pelo qual os cruzados tomaram Constantinopla em 1204
e saquearam seus tesouros. As relíquias das igrejas foram as mais visadas.
O Império Oriental foi dividido. Balduíno de Flandres foi feito imperador e
um patriarca latino foi nomeado papa. Esta conquista latina tornou-se um
desastre porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a
cristandade grega e latina.
A Cruzada das crianças (1212). Constituída por crianças e
adolescentes que acreditavam estarem possuídos do poder Divino e, por
isso, alcançariam com facilidade e sucesso a posse de Jerusalém. Multidões
de crianças e jovens partiram da França e do Sacro Império em direção aos
portos do litoral, querendo de lá embarcar em direção à Palestina. Teve fim
trágico pois, além de muitos pereceram na viagem, assim que alcançaram o
porto de Alexandria, no Egito, foram vendidos, pelos mercadores de
Marselha, como escravos para os muçulmanos.
5ª Cruzada (1217–1221). Essa Cruzada ficou conhecida pelo
completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da
Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do
rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Eram
constituídos por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frios, húngaros e
noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma
fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tabor, no Egito.
6ª Cruzada (1228–1229). A Sexta Cruzada teve como líder o
Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o
Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para
hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte,
assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de
Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder
dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais
uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo, o Rei Francês
Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num
ataque em Túnis em 1270 foi morto.
73
75
Cf. MORAES, J. G. Caminho das Civilizações. São Paulo: Atual, 1994. No livro
Caminho das Civilizações, o historiador brasileiro José Geraldo Moraes apresenta uma visão
panorâmica da história das civilizações humanas. O livro é dividido em três partes: A primeira
parte, intitulada "O nascimento das civilizações", aborda o surgimento das primeiras
civilizações na Mesopotâmia, no Egito, na Índia e na China. Moraes discute os fatores que
contribuíram para o surgimento dessas civilizações, como o desenvolvimento da agricultura, a
criação de cidades, a escrita e a religião. A segunda parte, intitulada "O mundo greco-romano",
trata da história da civilização greco-romana, que foi uma das mais influentes da história da
humanidade. Moraes discute a cultura, a política, a filosofia e a arte da Grécia e de Roma. A
terceira parte, intitulada "O mundo moderno", aborda a história das civilizações ocidentais
desde a Idade Média até os dias atuais. Moraes discute os principais eventos e transformações
que ocorreram nesse período, como a Reforma Protestante, a Revolução Industrial, a Revolução
Francesa e a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.
74
76
O escolasticismo foi um movimento intelectual que floresceu na Europa medieval,
entre os séculos IX e XV. Ele foi caracterizado pelo uso da razão e da lógica para interpretar a fé
cristã. O escolasticismo teve um impacto significativo no desenvolvimento da teologia cristã. Ele
ajudou a sistematizar a teologia cristã e a defender a fé cristã contra as críticas de filósofos e
teólogos não cristãos. Alguns dos principais teólogos escolásticos incluem: a) Santo Anselmo de
Cantuária (1033-1109), considerado o pai do escolasticismo. Ele é conhecido por seu argumento
ontológico da existência de Deus. b) São Tomás de Aquino (1225-1274), considerado o maior
teólogo escolástico. Ele é conhecido por sua síntese da fé cristã e da filosofia aristotélica. c) Duns
Scotus (1265-1308), conhecido por sua defesa do livre-arbítrio e sua crítica à metafísica de
Tomás de Aquino.
Alguns dos principais desenvolvimentos teológicos que ocorreram durante o
escolasticismo: a) O uso da razão e da lógica para interpretar a fé cristã: Os escolásticos
acreditavam que a fé e a razão são compatíveis e que a razão pode ser usada para entender a fé.
Eles desenvolveram um método de raciocínio chamado de "escolástica" para conciliar a fé e a
razão. b) A sistematização da teologia cristã: Os escolásticos organizaram a teologia cristã em um
sistema coerente. Eles desenvolveram um vocabulário teológico comum e criaram uma estrutura
para a teologia cristã. c) A defesa da fé cristã contra as críticas de filósofos e teólogos não
cristãos: Os escolásticos defenderam a fé cristã contra as críticas de filósofos e teólogos não
cristãos. Eles usaram a razão e a lógica para refutar as críticas à fé cristã.
77
Cf. FERREIRA, J. R. M. História. São Paulo: FTD, 1997.
78
A Reforma Protestante | A História do Cristianismo | Episódio 4. Escola de
Discípulo, Youtube in: https://l1nq.com/ifHBX
79
Cf. LINDBERGH, C. Reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal, 2001. Obra de
história da igreja que examina o movimento de reforma religiosa que eclodiu na Europa no século
XVI. O livro começa com uma discussão das condições sociais e culturais que contribuíram para o
surgimento da Reforma, incluindo a ascensão do humanismo, a insatisfação com a corrupção da
Igreja Católica e a invenção da imprensa. Um dos pontos fortes do livro é a sua abordagem
contextual. Lindberg não se limita a descrever os eventos da Reforma, mas também os coloca no
contexto das condições sociais, culturais e religiosas da época. Isso ajuda o leitor a entender
melhor as causas e as consequências da Reforma. Outro ponto forte do livro é a sua abordagem
imparcial. Lindbergh apresenta as diferentes perspectivas sobre a Reforma, incluindo as
perspectivas protestante, católica e secular. Isso ajuda o leitor a formar sua própria opinião sobre
a Reforma.
75
80
A catedral é composta por quatro estruturas principais: a) A catedral
propriamente dita: é a estrutura principal do complexo, com uma planta em cruz
latina. b) O campanário de Giotto: é uma torre de 84 metros de altura, construída
entre 1334 e 1359. c) O batistério de São João: é uma igreja octogonal construída entre
1059 e 1128. d) O museu dell'Opera del Duomo: abriga uma coleção de obras de arte
relacionadas à catedral, incluindo esculturas, pinturas e vitrais. Para saber mais
sobre a magnitude desta Catedral, cf. Catedral de Florença, arquitetura magnífica!
Arautos do Evangelho, Youtube in: https://l1nq.com/2z1Mb
76
81
Johannes Gensfleisch, conhecido como Johannes Gutenberg, nasceu provavelmente
em 1397 e é considerado o criador do processo de impressão com tipos móveis, a tipografia. De
uma família próspera, com o pai e o tio trabalhando na Casa da Moeda da cidade, Gutenberg
aprendeu a arte da precisão nos trabalhos em metal. Em 1428, partiu para Estrasburgo, onde fez
as primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis. Em 1442 imprimiu, na sua prensa
original, onze linhas em um pedaço de papel. Voltou a Mainz em 1448. Dois anos depois,
conheceu Johann Fust, que lhe teria feito um empréstimo, exigindo em troca a participação nos
lucros da empresa que formaram e à qual deram o nome de “Das Werk der Buchei” (Fábrica de
Livros). Pouco tempo depois, Pedro Schoffer também entrou na sociedade. Teria sido ele quem
descobriu tanto o modo de fundir e fabricar os caracteres, aliando o chumbo ao antimônio, como
a tinta negra, composta de fumo. No entanto, é a Gutenberg que se atribui o mérito da invenção
da imprensa, não só pela ideia dos tipos móveis, como pelo aperfeiçoamento da imprensa. Entre
os primeiros impressos estavam várias edições do “Donato” e bulas de indulgências concedidas
pelo Papa Nicolau V. No início da década de 1450, Gutenberg iniciou a impressão da célebre
Bíblia, de 42 linhas em duas colunas. Cada letra era feita à mão, e cada página era montada
juntando-se às letras. Depois de prensada e seca, era feita a impressão no verso da página.
Gutenberg teria imprimido trezentas folhas por dia, utilizando seis impressoras. A Bíblia tem 641
páginas, e calcula-se que foram produzidas cerca de 300 cópias, das quais ainda existem
aproximadamente 40. Nem todas as cópias são iguais, tendo algumas, no início de novos
capítulos, letras pintadas à mão. A Bíblia foi impressa em dez seções, o que significa que
Gutenberg deve ter possuído tipos suficientes para imprimir 130 páginas de cada vez. Em 1455,
terminada esta impressão, a sociedade desfez-se por diferenças de interesses e direitos,
suscitando-se entre Fust e Gutenberg tamanha dissidência que a justiça teve que intervir. Como
consequência do julgamento e como compensação pela dívida, Fust ficou com a impressora, os
tipos e as bíblias já completas, ou seja, todo o negócio de Gutenberg.
78
82
O Concílio Supremo do Reno foi uma reunião de bispos e príncipes
católicos do Sacro Império Romano-Germânico, realizada em Worms, na Alemanha,
em 1521. O objetivo do conselho era discutir as questões levantadas pela Reforma
79
Protestante, que estava ganhando força na Europa. O conselho foi convocado pelo
imperador Carlos V, que era católico. Carlos V acreditava que a Reforma era uma
ameaça à unidade do império e à autoridade da Igreja Católica. O conselho começou
em 28 de janeiro de 1521. O conselho se dissolveu em 25 de maio de 1521, sem ter
alcançado seu objetivo. A importância do Concílio Supremo do Reno é que ele marcou
uma divisão definitiva entre o catolicismo e o protestantismo. O conselho também
ajudou a espalhar as ideias da Reforma por toda a Europa.
83
As principais defesas de Lutero: Salvação pela fé; Presença da verdade
somente na Bíblia; Extinção do clero regular (ordens religiosas); Livre interpretação
da Bíblia, sem a necessidade de pregadores, padres ou outros intermediários;
Eliminação de tradições e rituais nos cultos religiosos; Fim do celibato (proibição do
casamento de padres, por exemplo); Proibição do uso de imagens nas igrejas; Uso do
alemão nos cultos religiosos (não mais o latim como única língua); Eucaristia e
batismo como únicos sacramentos válidos.
80
84
A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) disponibiliza os textos originais do Concílio
de Trento em seu site.
85
Obras em Língua Portuguesa sobre a inquisição são raríssimas, pouco se fala sobre o
assunto. Contudo, das mais apreciadas em todo o mundo, são essas: AYLLÓN, Fernando. El
Tribunal de La Inquisición; De la leyenda a La historia. Lima: Fondo Editorial Del Congreso Del Perú,
1997. WALSH, William T. Personajes de La Inquisición. Madrid: Espasa-Calpe, S.A., 1963. FALBEL,
Nachman. Heresias Medievais. São Paulo: Perspectiva S.A., 1977. MAISONNEUVE,
Henri. L’Inquisition. Paris: Desclée, 1989.
83
86
A Igreja Moderna | A História do Cristianismo | Episódio 6. Escola de Discípulo,
Youtube in: https://encr.pw/TBbRy
84
pastor, cerca do ano 1660, e que existe até hoje, considera-se tanto Batista
como Congregacional.
Na América do Norte a denominação batista iniciou suas atividades
com Roger Williams, clérigo da Igreja da Inglaterra expulso de
Massachusetts porque se recusou a aceitar as regras e opiniões
congregacionais. Roger fundou a colônia de Rhode Island, em 1644. Ali
todas as formas de adoração religiosa eram permitidas, e os membros de
religiões perseguidas em outras partes eram bem-vindos. De Rhode Island
os batistas espalharam-se rapidamente por todo o continente.
Depois da Reforma iniciada por Lutero, as igrejas nacionais que se
organizaram na Alemanha e nos países escandinavos tomaram o nome de
luteranas. No início da história da colonização holandesa da Nova
Amsterdã, hoje Nova Iorque (desde 1623), chegaram os luteranos da
Holanda.
Em 1652, solicitaram licença para fundar uma igreja e contratar um
pastor. Entretanto, as autoridades da Igreja Reformada da Holanda
opuseram-se a esse desejo, e fizeram com que o primeiro ministro luterano
voltasse à Holanda, em 1657. Os cultos continuaram a ser realizados,
embora não oficialmente.
Contudo, em 1664, quando a Inglaterra conquistou Nova Amsterdã,
os luteranos conseguiram liberdade de culto. Em 1638, alguns luteranos
suecos estabeleceram-se próximo ao rio Delaware, e construíram a
primeira igreja luterana na América do Norte, perto de Lewes. Porém a
imigração sueca cessou até ao século seguinte. Em 1710, uma colônia de
luteranos exilados do Palatinado, na Alemanha, estabeleceu a sua igreja em
Nova Iorque e na Pensilvânia.
No séc. XVIII, os protestantes alemães e suecos emigraram para a
América do Norte, aos milhares. Isso deu motivo à organização do primeiro
Sínodo Luterano na cidade de Filadélfia, em 1748. Daí as igrejas luteranas
cresceram, não só por causa da imigração, mas também pelo aumento
natural, sendo que atualmente há aproximadamente dez milhões de
membros nas igrejas luteranas.
Uma das primeiras Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos foi
organizada em Snow Hill, Maryland, em 1648, pelo Reverendo Francis
Makemie, da Irlanda. Makemie e mais seis ministros reuniram-se em
Filadélfia, em 1706 e uniram suas igrejas em um presbitério. Em 1716, as
igrejas e seus ministros, tendo aumentado em número e bem penetrado em
86
enquanto orava, foi batizada com o Espírito Santo. Após o batismo daquela
irmã começaria uma luta, pois na igreja Batista, alguns dos irmãos creram,
outros não: a igreja estava dividida.
Tal foi o desconforto que os missionários e dezoito simpatizantes
foram expulsos daquela Igreja Batista, no dia 13 de junho de 1911. Na
mesma noite da expulsão, ao chegarem à casa da irmã Celina, na Rua
Siqueira Mendes, 67, os irmãos resolveram se reunirem ali e nos próximos
três meses de cultos dirigidos pelo missionário Vingren e pelo irmão
Plácido. Daniel Berg pouco falava por ainda estar atrasado no aprendizado
da língua.
Nesse tempo na casa da irmã Celina de Albuquerque, surge a
necessidade de que o trabalho fosse organizado como igreja, o que se deu a
18 de junho de 1911, quando por deliberação unânime, foi fundado a
Assembleia de Deus no Brasil, tendo em Daniel Berg e Gunnar Vingren os
primeiros pastores.
O termo Assembleia de Deus dado a denominação não tem uma
origem definida entre nós, entretanto sugere-se estarem ligadas às Igrejas
que na América do Norte professam a mesma doutrina e recebem a
designação de Assembleia de Deus ou Igreja Pentecostal.87
Assim, desde esse tempo, o Movimento Pentecostal tomou conta
do Brasil, se tornando o maior grupo de cristãos dentro da nação, fora da
Igreja Católica, e segundo alguns sociólogos, em 2025 (se continuar nesse
ritmo de crescimento) os pentecostais atingirão a meta de um bilhão de
crentes em todo o globo terrestre.
E pensar que tudo começou com o “Mas receberão poder quando o
Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8), o
mais curioso é que confins da terra aqui neste texto, contextualizado no
período onde Roma era o centro do universo, se tratava da Espanha
(Portugal ainda não existia).
Para glória do nome do Senhor a profecia de Lucas, foi além do
esperado, além da Espanha, além dos confins da terra. O Brasil se tornou o
maior difusor da mensagem pentecostal do mundo.
87
Em 2017, a CPAD editou a Declaração de Fé das Assembleias de Deus com o
propósito de, pela primeira vez em sua história, unificar o pensamento pós-moderno das
diversas assembleias espalhadas pelos países de Língua Portuguesa, que vinha sofrendo
constante interferência de outras denominações e com isso, se fragmentando.
90
MÓDULO 3 — BIBLIOLOGIA88
“O analfabetismo bíblico da nossa geração
é a causa maior de um cristianismo aguado e sem consistência.”
—Hernandes Dias Lopes89
88
A mais importante ferramenta para o estudo da teologia, de longe, é a Bíblia
Sagrada, e sem ela, — a Bíblia — é simplesmente impossível estudar a Doutrina da Igreja, por
isso, essa disciplina está exposta neste texto abrangendo temáticas como a) a autoridade,
doutrina e inspiração da Bíblia; b) o Antigo Testamento exposto nas quatro repartições
(Pentateuco, Históricos, Poéticos, Proféticos); c) o contexto da terra prometida e Novo
Testamento (os Evangelhos, as Cartas e o Apocalipse). Para mais informações cf. Conhecendo as
Escrituras 1 (Antigo Testamento). Curso Bíblico Online, Youtube in: https://encr.pw/2BN62 (Veja
também o segundo vídeo dessa temática: Conhecendo as Escrituras 2 - (Novo Testamento).
Curso Bíblico Online, Youtube in: https://l1nq.com/rk9F1
89
Hernandes Dias Lopes é um pastor presbiteriano brasileiro, nascido em Nova
Venécia, Espírito Santo, em 15 de julho de 1959. É bacharel em Teologia pelo Seminário
Presbiteriano do Sul (Campinas, SP) e doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary
(Jackson, Mississippi, EUA). É pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, Espírito
Santo, desde 1985. Também é pastor colaborador da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São
Paulo, e diretor executivo da Luz para o Caminho, uma editora cristã. É um conferencista e
escritor prolífico, com mais de 150 livros publicados, em diversas áreas da teologia e da
espiritualidade cristã. Seus livros são traduzidos para diversos idiomas e são amplamente
utilizados em igrejas e escolas teológicas no Brasil e em outros países. É um defensor da
ortodoxia teológica e da fé reformada. É crítico do relativismo moral, da propagação da ideologia
de gênero e do movimento neopentecostal. No entanto, é também um defensor dos direitos e da
justiça sociais. Hernandes Dias Lopes é uma figura importante no cenário evangélico brasileiro.
Seu trabalho como pastor, conferencista e escritor tem contribuído para a divulgação da fé cristã
e da teologia reformada no Brasil e no mundo. Alguns de seus livros mais conhecidos são: “O
caminho para a maturidade cristã”, “O amor de Deus”, “A santificação”, “A doutrina da salvação”, “O
pecado”, “O fim dos tempos”. Hernandes Dias Lopes é um homem de grande fé e convicção. Seu
trabalho tem impactado a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
91
90
Cf. um vídeo sobre a composição dos livros do At: Em que línguas a Bíblia foi
escrita? Tarzan Leão, Youtube in: https://l1nq.com/zY76r
92
91
A Autoridade da Bíblia. Pr. Osiel Gomes, Youtube in: https://encr.pw/OEZNu
93
92
Existem algumas dificuldades na Bíblia, mas não há erros. Ninguém conseguiu
provar que a Bíblia está errada. Em alguns trechos houve erro do copista, mas com a análise de
outras cópias resolveu-se o problema. O que acontece às vezes, é problema de interpretação dos
homens, ou algo que ainda não foi esclarecido. Para ajudar com as dificuldades na Bíblia cf.
GEISLER, N; HOWE, T. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia. São Paulo:
Mundo Cristo, 1999.
93
Cf. A Importância da Doutrina Bíblica. Luciano Subirá, Youtube in:
https://l1nq.com/hETY4
94
quanto à sua autoridade” (Archer Jr. p.23). O que isso quer dizer? Que a
Bíblia possui exatidão histórica. Adão e Eva (1Co 11.8,9; 1Tm 2.13,14). Jonas
e o grande peixe (Mt 12.40). Que a teologia e a ética são inseparáveis. Rm
5.14-19 depende da veracidade de Adão. Se há erros históricos, haverá erros
doutrinários.
94
O Que é a Inspiração Bíblica? - Gabriel Junqueira. Igreja Presbiteriana de Santo
Amaro, Youtube in: https://l1nq.com/efVD4
96
palavras são inspiradas por Deus para cumprir os propósitos de Deus. Cf.
2Tm 3.16 que afirma que toda Escritura é útil.
Com o advento da Neo-ortodoxia (início do séc. XX), propôs-se que
o homem fosse o juiz do que é certo ou errado na Bíblia. Há dois conceitos
básicos:
1. O Modernismo: a Bíblia contém a palavra de Deus. Partes da Bíblia
é divina e verdadeira, outras são humanas e possuem erros.
2. A Neo-Ortodoxia: A Bíblia torna-se a Palavra de Deus. Na visão de
Karl Barth, a palavra de Deus seria um princípio dinâmico divino que opera
somente quando há um encontro vivo ou existencial entre o crente e Deus,
a verdade é considerada mais relacional que proporcional.
A implicação é declarar que os autores bíblicos, sendo pecadores
humanos, trouxeram erro para dentro das Escrituras, o texto bíblico. Para
eles, não importa os erros de transmissão e escrita, mas somente a
mensagem que foi transmitida (o kerigma – pregação, mensagem).
Observação: Esse tipo de interpretação é muito bem elaborada no filme: “A
Última Tentação de Cristo”.
Para os neo-ortodoxos, Deus usa o texto mesmo cheio de erros e
entra num relacionamento salvador com os homens. Querendo
salvaguardar a mensagem das Escrituras dos ataques à sua historicidade,
acabaram por negar a revelação proposicional das Escrituras (que Deus “se
revela” por meio de palavras formuladas em sentenças).
Segundo eles, a revelação não passa de apenas um encontro direto
entre Deus e o homem através de uma crise existencial de veracidade do
que está escrito, não tem importância histórica, apenas religiosa. São
“lendas piedosas”, que Deus usa para falar a nós.
A grande dificuldade desse ponto de vista é colocar a autoridade
das Escrituras num nível de fé que não se pode averiguar objetivamente. A
fé aceita ser inconsistente e incoerente, pois a verdadeira base dela fica
sendo a subjetividade da experiência pessoal de cada um.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ele falou (e fala) através dos livros que
ele mandou escrever. Todos os livros da Bíblia são divididos em capítulos e
95
Cf. A Linha do tempo do Antigo Testamento em 17 minutos. Escola do Discípulo,
Youtube in: https://acesse.dev/s2j0d
97
versículos, por exemplo, At 2.1 (lê-se: Atos capítulo dois versículo um). As
Bíblias são divididas em capítulos e versículos.
As versões mais modernas contêm também divisão de parágrafos,
titulações e notas auxiliares. Seu objetivo é auxiliar na leitura, contudo é
bom lembrar que esses auxílios não estão contidos nos textos originais
inspirados. Exemplos:
a) versículo mal dividido: Ef 1.4.
b) titulação incorreta: 1Co 13 O amor é o dom supremo. Na verdade
o amor é fruto do Espírito.
c) parágrafo mal dividido: Mt 5.13,14. Sal e luz são assuntos
interligados. Essa divisão pode conduzir a uma interpretação fragmentada
do leitor desatento.
As divisões da Bíblia são: o Antigo Testamento (AT) escrito antes
do nascimento de Jesus; e o Novo Testamento (NT) escrito Após a
ressurreição e ascensão de Jesus. A palavra testamento significa aliança ou
pacto.
Não são duas alianças distintas, uma nova e outra velha, mas uma
mesma aliança em duas dispensações distintas. O NT está escondido no AT
e o AT está revelado plenamente no NT. O AT é sombra ou figura do NT (Hb
8.5; Cl 2.16,17).
Portanto, a revelação divina nas Escrituras é: a) Histórica (acontece
dentro da história humana), b) Progressiva (à medida que acontece a sua
compreensão se torna maior), c) Orgânica (é perfeita em todos os seus
estágios), d) Adaptável (sua linguagem é compreensível a quem a recebe).
A Bíblia possui ao todo 66 livros (protestantes: 39 + 27) ou 73 livros
(católicos: 46 + 27). Em algumas seitas chamadas de igrejas para-cristãs
podem chegar a mais ainda (por exemplo, os Mórmons – O Livro de
Morôni). Essas diferenças têm a ver com livros do AT. No NT são todas
iguais.
O AT possui 5 divisões principais:96 Lei (Pentateuco): Gn, Êx, Lv,
Nm e Dt. Históricos: Js, Jz, Rt, 1 e 2 Sm, 1 e 2 Rs, 1 e 2 Cr, Ed, Ne e Et.
Poéticos: Jó, Sl, Pv, Ec e Ct. Profetas maiores: Is, Jr, Lm, Ez e Dn. Profetas
menores: Os, Jl, Am, Ob, Jo, Mq, Na, Hb, Sf, Ag, Zc e Ml.
Existem hoje no mercado várias edições da Bíblia. Não é difícil
perceber algumas diferenças nelas. Isso se deve, na maioria dos casos, a
96
Deuterocanônicos (ou apócrifos): 1 e 2 Macabeus, Tobias, Judite, Baruque,
Sabedoria, Eclesiástico; acréscimos a Daniel e a Ester (presentes somente nas versões católicas).
98
97
Bíblia Sagrada, Edição Revista e Atualizada, 2ª edição, p.5.
99
98
A Nova Almeida Atualizada (NAA) (ou Almeida Revista e Atualizada, 3ª edição), é
uma versão protestante da Bíblia Sagrada em português do Brasil, lançada oficial e integralmente
em 2017 pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), correspondendo à 3ª edição do texto da versão
Almeida Revista e Atualizada (1ª edição em 1959 e 2ª edição em 1993). Esta versão de tradução da
Bíblia oficialmente conhecida como NAA foi recebida entre os evangélicos com grande
aclamação, e já se ouve nos púlpitos das igrejas e nas escolas de teologia que esta será a tradução
padrão dos próximos anos.
100
99
Estatística de 1.993, cf. EKDAHL, E M. Versões da Bíblia. p. 115.
100
Cf. TABET, M. Ebraismo e Cristianesimo: riflessioni sul senso tipico della Sacra
Scrittura. Teologia della Bibbia. Studi su ispirazione ed ermeneutica biblica, Roma: 1998, p.
155-179.
102
3.5 O Pentateuco101
101
Cf. Aula 1 - LAB | Introdução ao Pentateuco | Guilherme Ferreira. Família
JesusCopy, Youtube in: https://encr.pw/ke3XJ
103
102
Cf. Êx 17.14,24.4-8, 34.27; Nm 33.1,2; Dt 31.9,22 e ainda Dt 1.1,5. No restante do AT:
Josué está repleto (8.31,32,34;11.15,20; 14.2; 21.2, 22.5,9; 23.6 dentre outras); Jz 3.4; 1Rs 2.3; 2Rs
14.6; 2Rs 21.8; Ed 6.18; 2Cr 34.14; Dn 9.11-13. No NT: Mt 10.5; Mt 19.8; Mc 1.44; Lc 5.14; At 3.22;
Rm 10.5-9; 1Co 9.9; Ap 15.3.
105
arqueológicas (Mari, Nuzi e Ugarit) têm trazido luz para esse período. O
mundo patriarcal está identificado com o “Crescente Fértil”
(Mesopotâmia, Palestina e Egito). Sua história está associada aos
desenvolvimentos dos Sumérios e acadianos na Mesopotâmia e dos
Egípcios no Egito.
Quatro personagens bíblicos recebem destaque: Abraão, Isaque,
Jacó e José. A vida de Abraão tem três fases distintas: a) Partida de Ur e
estabelecimento em Canaã (12.1-14.24); b) Espera do filho prometido
(15.1-22.24); c) Provimento para sua posteridade (23.1-25.18).
A vida de Isaque se mistura ao relato da vida de Jacó (25.19–35.29).
A vida de Jacó: a) Jacó adquire de Esaú a Primogenitura (Gn. 25); b) Jacó
rouba a Benção de Esaú (Gn 27); c) Jacó e Labão (Gn 28–32); Jacó retorna a
Canaã (32–35).
Os Filhos de Jacó (Gn 35.23-26): Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar
e Zebulom. (filhos de Lia). Gade e Aser (filhos de Zilpa, serva de Lia). José e
Benjamin (Filhos de Raquel). Dã e Naftali (filhos de Bila, serva de Raquel).
O Livro de Gênesis questiona: a) O ateísmo (existe um Deus que é
criador de tudo). b) O Panteísmo (Deus, embora imanente (presente na
criação), é transcendente a ela (é separado da criação). Deus não é a
criação, a natureza). c) O politeísmo – Existe apenas um Deus, que é o
Senhor (YHWH). d) O Deísmo (esse Deus intervêm na história da sua
criação e a governa). e) O materialismo (Deus não é a matéria, mas o seu
criador (creatio ex nihilo – criação do nada).
A queda do homem explica: a) a miséria do homem; b) o vazio
existencial do homem (Quem sou? De onde vim? Para onde vou?); c)
perdição e corrupção humana; d) a existência da morte.
103
Cf. Por que estudar os Livros Históricos da Bíblia? Felipe Rinaldo Queiroz de
Aquino, Youtube in: https://l1nq.com/ZbTjG (veja também: Livros Históricos da Bíblia. Aula de
Bíblia, Youtube in: https://l1nq.com/4Lxeq
106
104
Os livros históricos do AT são uma coleção de 12 livros que contam a história do
povo de Israel desde a sua criação até a sua queda do reino de Judá. Esses livros são (incluindo os
deuterocanônicos) são: Josué, Juízes, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas,
Esdras, Neemias, Rute, Ester, Tobias, Judite, 1 Macabeus, 2 Macabeus. Os livros históricos são
uma fonte importante de informação sobre a história do povo de Israel, sua cultura, sua religião e
sua relação com Deus. Eles também são uma fonte de inspiração e esperança para os leitores,
pois mostram como Deus sempre esteve presente com seu povo, mesmo nos momentos mais
difíceis.
Os livros históricos podem ser divididos em três grupos: a) Os livros de Josué a 2 Reis
contam a história da conquista da terra de Canaã e da formação do reino de Israel. b) Os livros de
1 e 2 Crônicas contam a história do reino de Judá, a partir da divisão do reino de Israel. c) Os livros
de Esdras, Neemias e Rute contam a história do retorno dos judeus do exílio babilônico e da
reconstrução do templo em Jerusalém.
107
105
ALLEN, L. C. Os Profetas Anteriores in: Introdução ao AT, p. 143.
106
ALLEN, S. A. Ellisen. Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 63.
108
107
O Talmude é um conjunto de textos judaicos que contém interpretações e
comentários sobre a Torá, os Profetas e os Escritos Sagrados do Antigo Testamento. Ele é
composto por duas partes principais: o Talmude da Babilônia e o Talmude de Jerusalém. O
Talmude é considerado pelos judeus como uma obra sagrada, que contém orientações para a
prática religiosa e para a vida em comunidade. Ele foi compilado ao longo de vários séculos por
sábios e rabinos judeus, que registraram suas interpretações e debates em torno da lei e da
tradição judaica. O Talmude é uma obra complexa e extensa, que aborda diversos temas, como a
ética, a moralidade, a liturgia, a história judaica, entre outros. Ele é estudado por estudiosos
judeus e não-judeus como uma fonte de conhecimento sobre a cultura e a religião judaica.
110
108
Cf. A Poesia Hebraica | Pr. Jonas Barbosa. ADVEC - Assembleia de Deus Vitória em
Cristo, Youtube in: https://l1nq.com/eKxqx
111
109
Além disso, também seria interessante o aluno pesquisar sobre “profetas e
profecias” no vídeo #01 O Ministério Profético no Antigo Testamento | Profecias e Profetas |
Instantes Finais. Rede Brasil Oficial, Youtube in: https://l1nq.com/LU9jt
112
110
Cf. maiores informações a respeito da temática dos chamados “profetas menores”:
Os Profetas Menores. Moises Brasil, Youtube in: https://encr.pw/mXW3K
115
111
Cf. A Linha do Tempo do Antigo Testamento. Escola do Discípulo, Youtube in:
https://www.youtube.com/watch?v=yocwIZegWeI
116
112
Cf. A Galileia e o Templo de Jerusalém no Tempo de Jesus. Dom Paulo Jackson,
Youtube in: https://l1nq.com/EWUqF
118
113
Cf. Panorama Bíblico - Os Evangelhos | Mateus, Marcos, Lucas e João. Escola do
Discípulo, Youtube in: https://encr.pw/QG7zt
120
114
Cf. Cartas do Novo Testamento: Contexto Histórico. BibleProject - Português,
Youtube in: https://encr.pw/tKcmH
115
O debate acerca da autoria da Carta aos Hebreus é intenso e não tem a menor
condição de se encerrar, pois o assunto envolve uma complexidade de informações muito
antigas. Mas é bom lembrar que o próprio Lutero reconhecia a autoria paulina, ou pelo menos,
sua teologia em Hb. Em suma, a autoria de um texto bíblico não tem necessariamente relevância,
mas sim sua mensagem. Posto isso, independente de quem seja o autor de Hebreus, é um dos
textos mais brilhantes sobre a Pessoa de Jesus Cristo no Cânon Sagrado.
125
116
Cf. Review A Teologia do Apóstolo Paulo | James D. G. Dunn. Prof. Daniel Ramos,
Youtube in: https://l1nq.com/U2Scl
127
117
Cf. Declarando a Palavra | Luciano Subirá. Alcance Curitiba, Youtube in:
https://encr.pw/HZPIT
128
terra e Paulo os esclarece sobre essa questão. Paulo não é o fundador desta
comunidade nem a visitou pessoalmente.
2 Tessalonicenses. Carta escrita por Paulo, mas data e local da
redação são incertos. Temática: A segunda vinda do Senhor e o fim deste
mundo. Não se deve especular sobre essas questões. A comunidade de
Tessalônica foi fundada por Paulo
João escreveu por volta do ano 95 d.C., cerca de 40 anos após Paulo
ter ministrado na escola de Tirano em Éfeso. Pastorear uma Igreja de 40
anos de tradição, por onde já passaram muitos pastores é um grande
desafio. Nesse tempo há coisas que ficam e coisas que se perdem da Igreja
original. Seu objetivo principal é trazer conforto às Igrejas debaixo de
perseguição e mostrar que Deus tem tudo sob seu controle soberano.
Esboço básico:
118
Estudo Bíblico | Cartas Pastorais de Paulo, Panorama de Tito. Bethel Igreja Bíblica,
Youtube in: https://encr.pw/vGEOl
119
Ap 1-11. Bible Project Português, Youtube in: https://l1nq.com/t408t408t
130
MÓDULO 4 — HERMENÊUTICA120
“Nunca podemos ler a Escritura por nós mesmos.
Encontramos demasiadas portas fechadas e caímos em erros.
A Bíblia foi escrita pelo Povo de Deus e para o Povo de Deus,
sob a inspiração do Espírito Santo”
—Joseph Ratzinger121
120
Não se pode entender a Sã Doutrina sem passar pelas prerrogativas da interpretação
da Teologia Bíblica, por isso é necessário que o aluno saiba entender e contextualizar tudo o que é
apresentado, para não incorrer equívocos e sufixos desnecessários para a mentalidade sadia da
igreja. Aqui na parte Hermenêutica, elaboramos um caminho a partir da a) diferença de
interpretação e aplicação, as regras fundamentais e as várias formas de interpretar; b) a metodos
e os caminhos alaliticos da interpretação; c) a critica textuakl e a exegese bíblica; d) o
comportamento da exegese diante da pesquisa; d) análise histórica, lexical e sintática,
contextualizada, analogia e linguagens; e) os métodos clássicos da interpretação. Para maiores
informações, cf. O que é Hermenêutica Bíblica? Sua Importância para o Pregador Para
Interpretar? Teologia ao Alcance de Todos - Lenilberto Miranda, Youtube in:
https://l1nq.com/e34wP
121
Bento XVI, nascido Joseph Aloisius Ratzinger, foi o 265º papa da Igreja Católica, de
2005 a 2013. Ele foi um teólogo conservador que se opôs ao relativismo moral e à reforma
litúrgica. Bento XVI nasceu em Marktl am Inn, na Baviera, Alemanha, em 1927. Ele foi ordenado
sacerdote em 1951 e lecionou teologia na Universidade de Munique por muitos anos. Em 1977, ele
foi nomeado arcebispo de Munique e Freising e, em 1981, foi nomeado prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé. Como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger foi um
defensor da ortodoxia teológica e um crítico do relativismo moral. Ele também foi um dos
principais arquitetos da doutrina católica sobre a Igreja e a salvação. Em 2005, Ratzinger foi
eleito papa após a morte de João Paulo II. Ele escolheu o nome de Bento XVI em homenagem a
Bento XV, que governou a Igreja Católica durante a Primeira Guerra Mundial.
135
122
Cf. Como Interpretar e Aplicar os Textos da Bíblia. Contexto Bíblico, Youtube in:
https://l1nq.com/SDMXv
136
123
Cf. Duas Regras Básicas de Interpretação Bíblica. Pensando às Escrituras, Youtube
in: https://l1nq.com/zMRle
124
Cf. Como interpretar a Bíblia? - Augustus Nicodemus. Igreja Presbiteriana de Santo
Amaro, Youtube in: https://encr.pw/8FrXR
137
125
Hermenêutica - Métodos de Interpretação - Perícope e Estudos Indutivos - aula
10. RTM Brasil, Youtube in: https://encr.pw/hZ5ot
138
126
Às vezes, tomando o contexto do texto, é o suficiente para uma interpretação
correta. Outras vezes será necessário lançar mão do capítulo inteiro, ou do livro inteiro, ou ainda
a Bíblia inteira.
139
127
Cf. Por quê estudar Hermenêutica e Exegese? Ciro Zibordi - EBD e Escatologia,
Youtube in: https://encr.pw/WeKZ4
128
Cf. Perdemos os Originais da Bíblia! E Agora? [Crítica Textual - Aula 01]. Dois Dedos
de Teologia, Youtube in: https://encr.pw/MjN9T
140
terreno, assim como as escrituras de uma casa de hoje. (Dt 22.5) Naquela
época, as roupas dos homens e mulheres eram iguais, a diferença estava
apenas nas roupas íntimas. Muitos naquela época, como hoje, usavam as
roupas íntimas do sexo oposto por perversão.
b) pensamento: a maneira oriental de pensar é totalmente diferente
da ocidental. Silogismo é a análise de argumento formal baseando-se na
proposição de uma premissa maior e de outra menor, as quais se
verdadeiras levam à conclusão de que determinado fato é verdadeiro.
Silogismo é a estrutura do pensamento grego. Premissa maior: toda virtude
é louvável. Premissa menor: ora, a bondade é virtude! Conclusão: logo, a
bondade é louvável
No AT não existe silogismo. No Velho Testamento a lógica
baseia-se na experiência humana e não no raciocínio dedutivo. O
pensamento hebraico é um pensamento concreto e não abstrato. O hebreu
aceita o fato quando este fato se traduz em experiência. O que é Deus para
estas pessoas? Davi (Deus é o meu refúgio e minha fortaleza), Moisés (o
Senhor é forte e poderoso), Hagar (Deus é um Deus que ouve).
Personagens bíblicos não estão preocupados com a fisionomia,
mas de acordo com a experiência de cada um. Somos conhecidos como o
povo da Bíblia (lição, ano bíblico). Temos conseguido viver isto em nossa
vida, nossa experiência diária. Este conhecimento de nada nos aproveitará
se não traduzirmos este conhecimento em vida. É por isso que não devemos
fazer certas perguntas à Bíblia. Ex.: Como foi a fusão em Cristo
(Humanidade e Divindade)?
3. Linguístico (hebraico, aramaico e grego). As três línguas possuem
estruturas e expressões idiomáticas muito diferentes de nossa língua. Nas
melhores traduções há problemas. Idiomatismo é uma expressão específica
de uma língua, de um povo, isso pode acontecer ao traduzirmos expressões
de outras línguas, caso o leitor ignore frases como “O Senhor endureceu o
coração de Faraó”. Falta de equivalência entre as palavras traduzidas. 1Pe
1.20 (epílucis) iniciativa, impulso. Nenhuma profecia da Escritura foi feita
pelos profetas à sua conta, mas iluminados por Deus.
4. Filosófico. Esta laguna é significativa e também carece de atenção
especial. Indagações acerca da vida, das circunstâncias, da natureza do
universo diferem entre várias culturas. Para transmitir eficazmente a
mensagem de uma cultura para outra, o hermeneuta deve estar cônscio das
diversidades, similaridades e dos contrastes cosmovívicos.
142
129
Cf. a exposição sobre essa temática no vídeo: O que é Hermenêutica e Exegese? Pr.
Osiel Gomes, Youtube. in: https://l1nq.com/dZIjh
143
130
Cf. A exegese bíblica é um exercício de dissecação textual? | Manuel Alexandre
Júnior. Vida Nova, Youtube in: https://l1nq.com/KJjGz
145
131
Exegese da NPP | EP010 Podcast Com Texto. Paulo Won | Didaskalia, Youtube. in:
https://l1nq.com/VeNr7
147
132
Leitura literal distingue-se de leitura literalista. A leitura literal reconhece, respeita
e valoriza os diversos gêneros literários dos textos bíblicos. A leitura literalista toma
ingenuamente tudo ao pé da letra, pelo seu valor de face. Uma interpretação bíblica que se possa
verdadeiramente chamar de literal muitas vezes será figurada ou simbólica. Pois a Bíblia é um
texto religioso. E a linguagem religiosa é figurada ou simbólica por excelência, visto tratar do
inefável. Só se pode falar de Deus e das coisas de Deus de maneira aproximativa.
133
O intérprete deve descobrir o significado do texto estudado. Para isto é fundamental
que ele considere o que o escritor bíblico quis dizer ao produzir o referido texto e comparar com
outros textos produzidos pelo mesmo autor. O que Lucas registrou em seu Evangelho poderá ser
mais esclarecedor se comparado com Atos (outro registro de Lucas). Deve-se levar em conta os
idiomas da época: aramaico, hebraico e grego, afinal eles possuem um significado que não pode
variar. Por outro lado, também se deve considerar que o texto não está limitado à cultura
temporal e local. Por exemplo: em Efésios 5.18: “Não vos embriagueis com vinho”, o exegeta
precisa considerar que a recomendação de Paulo, por ser inspirada, vai além de sua consciência.
Isto significa que, embora essas implicações não contradigam o significado original, antes fazem
parte do texto, o objetivo do apóstolo é o estabelecimento de um mandamento, um princípio,
pois mesmo que o autor não esteja ciente das circunstâncias futuras como o uso de outros tipos
de bebida alcoólica, ele transmitiu exatamente a sua intenção, o mau uso pela embriaguez.
148
134
Cf. Como Fazer a Exegese do Texto Bíblico do Jeito Certo. Thalles Villas, Youtube in:
https://l1nq.com/R779T
135
No uso dos dicionários é importante ficar atento ao significado da palavra
pesquisada nos diferentes períodos da língua bíblica e nos diferentes autores do período.
136
Cf. O que é Léxico. Morgana Rodrigues, Youtube in: https://l1nq.com/mtzru
149
137
A função das gramáticas não é determinar as leis da língua, mas expô-las. Primeiro
a linguagem se desenvolveu como um meio de expressar os pensamentos da humanidade, depois
os gramáticos escreveram as leis e princípios da língua com sua função de exprimir ideias.
138
Cf. Como interpretar a Bíblia? - Augustus Nicodemus. Igreja Presbiteriana de Santo
Amaro, Youtube in: https://encr.pw/7czGh
139
A mentalidade de uma pessoa inclui suas crenças, sua compreensão sobre
cronologia, seus métodos de registrar a história, seus usos de figura de linguagem e os tipos de
literatura que usa para expressar seus pensamentos.
150
140
Cf. O que você precisa saber para interpretar a Bíblia corretamente. Ciro Zibordi -
EBD e Escatologia, Youtube. in: https://encr.pw/QB9CS
151
141
Por isso é preciso desconsiderar parcialmente a tradicional divisão em versículos e
capítulos, pois esta acaba, acidentalmente, sugerindo que cada versículo é uma entidade de
pensamento separados dos versículos anteriores e posteriores. E isto atrapalha a descoberta da
delimitação do pensamento do autor.
142
Cf. Ler, Explicar e Aplicar o Texto Bíblico - Hernandes Dias Lopes. Ministério Fiel,
Youtube in: https://encr.pw/qlLlo
152
143
Cf. As três linguagens da Bíblia. Pr. Paulo Damasceno, Youtube in:
https://l1nq.com/KEjRt
144
Cf. Métodos e técnicas Clássicos de interpretação (Hermenêutica). Prof. Luiz
Gonzaga Medeiros Bezerra Cunha, Youtube in: https://l1nq.com/8PVyV
153
145
Às vezes, tomando o contexto próximo do texto, é o suficiente para uma
interpretação correta. Outras vezes será necessária leitura/estudo do capítulo inteiro, do livro
154
MÓDULO 5 — HOMILÉTICA146
“Ponha fogo no seu sermão ou ponha seu sermão no fogo.
Eu me coloco em chamas, e o povo vem para me ver queimar.”
—John Wesley147
146
A disciplina da Homilética aqui neste texto vai se preocupar com o que objetivo para
o estudante da teologia, com os assuntos a) tipos e classificação de sermão; b) análise textual e
auxílios extratextuais; c) o propósito e critérios das ilustrações; d) principais elementos da
pregação. Para maiores detalhes, cf. Homilética - Prof. Jilton Moraes | Aula 1. FTRB, Youtube in:
https://encr.pw/Pd88I
147
John Wesley foi um clérigo anglicano e teólogo arminiano cristão britânico, líder
precursor do “movimento metodista” e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores
avivacionistas da Grã-Bretanha. Nasceu em Epworth, Inglaterra, em 1703. Ele foi o filho mais
velho de Samuel Wesley, um clérigo anglicano, e Susanna Wesley, uma mulher devota e
intelectual. Wesley foi educado na Charterhouse School e na Christ Church, Oxford, onde se formou
em 1726. Depois de se formar, Wesley tornou-se um ministro anglicano. Em 1735, ele foi enviado
para a Geórgia, uma colônia britânica na América do Norte, para converter os índios americanos.
No entanto, Wesley teve pouco sucesso em sua missão e voltou para a Inglaterra em 1738. Em
1738, Wesley experimentou uma experiência religiosa que ele chamou de “avivamento”.
156
148
1. Homilos, que significa “multidão, turma, assembléia do povo" (cf. At 18.17); 2.
Homilia (substantivo grego), que significa “associação”, “companhia” (cf. 1Co 15.33); e 3.
Homileo (verbo grego), que significa “falar”, “conversar” (cf. Lc 24.14s; At 20.11,24.26).
149
Montagem e Pregação Expositiva. Cortes Podcast Jesuscopy, Youtube in:
https://l1nq.com/1KAUs
157
150
Cf. Aprenda a Ler, Explicar e Aplicar o Texto Bíblico. Thalles Villas, Youtube in:
https://l1nq.com/9jOEY
151
Cf. O Textus Receptus ou Texto Majoritário? [Crítica Textual - Aula 04]. Dois Dedos
de Teologia, Youtube in: https://encr.pw/s5g8u
159
152
Cf. Comentário bíblico expositivo de Wiersbe ou o expositivo de Hernandes Dias
Lopes? Movimento Pentecostal, Youtube in: https://l1nq.com/ZYyFs
153
Cf. Como obter ilustrações para sua pregação. Thalles Villas, Youtube in:
https://encr.pw/q0rfj
160
154
Como montar uma pregação do zero. JesusCopy, Youtube in: https://encr.pw/6sjIi
161
diárias com Jesus, deve ser capaz de criar e/ou descobrir suas próprias
ilustrações.
Podemos apontar as principais: a) a Bíblia com sua narrativa de
fatos verdadeiros; b) a natureza foi uma constante nas ilustrações de Jesus
e muitos escritores bíblicos; c) a vida diária é uma excelente fonte, Paulo foi
o que mais utilizou este riquíssimo recurso; d) jornais, revistas, rádio,
televisão e outros veículos de comunicação de massa, são muito úteis; e)
bons livros, também são fontes que não podem ser desprezadas.
155
Ingredientes para um Bom Sermão - Pr. Elizeu Rodrigues. BleiaCast, Youtube in:
https://encr.pw/xIIpV
162
MÓDULO 6 — ANTROPOLOGIA156
“O desordenado amor por si mesmo é a causa de todos os pecados.”
—Tomás de Aquino157
156
Por mais que o centro da doutrina seja a pessoa do próprio Cristo, é inegável que o
ministério do Senhor Jesus consiste na salvação da humanidade. Muitas escolas de teologia
colocam duas disciplinas distintas como a) antropologia; b) hamartiologia), mas aqui vamos
integrar o assunto dentro da mesma perícope teológica para uma compreensão da humanidade
antes e depois da queda (e os assuntos subsequentes). Para mais integração sobre a mentalidade
antropológica (a partir da teologia reformada), cf. Antropologia Bíblica | Rev. Arival Dias
Casimiro. Igreja Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/0GBWk
157
Tomás de Aquino, em italiano Tommaso d'Aquino, foi um frade católico italiano da
Ordem dos Pregadores cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia,
principalmente na tradição conhecida como Escolástica, e que, por isso, é conhecido como
“Doctor Angelicus”, “Doctor Communis” e “Doctor Universalis”. Nascimento: 1225, Roccasecca,
Itália. Falecimento: 7 de março de 1274, Abadia de Fossanova, Abadia de Fossanova, Itália.
Influenciou: Immanuel Kant, René Descartes, João Duns Escoto, G.W. Leibniz, Martin Heidegger.
Influenciado por: Agostinho de Hipona, Aristóteles, Platão, Sócrates, Anselmo de Cantuária.
Formação: Universidade de Nápoles Federico II, Universidade de Paris Tomás de Aquino nasceu em
uma família nobre na Itália. Ele foi educado na Universidade de Nápoles, onde estudou filosofia e
teologia. Em 1244, ele entrou para a Ordem dos Pregadores, uma ordem religiosa fundada por
Santo Domingo.
158
Cf. Antropologia Bíblica: O que ou quem é o homem? – Rev. Luiz Lacerda #1. IPJO
Live, Youtube in: https://encr.pw/d63O7
164
159
Cf. Antropologia Filosófica (Parte 1). Prof. Dr. Roney de Seixas Andrade, Youtube in:
https://encr.pw/CYFdG
160
A antropologia filosófica é um ramo da filosofia que estuda a natureza humana. Ela
se preocupa com questões como a identidade humana, a consciência, o livre-arbítrio, a
linguagem, a moral e a cultura. A antropologia filosófica não é uma ciência, pois não se baseia em
experimentos ou observações. Ela é uma disciplina reflexiva que busca compreender o ser
humano a partir de uma perspectiva filosófica. A antropologia filosófica tem uma longa história,
que remonta à Grécia antiga. Alguns dos principais filósofos que se dedicaram à antropologia
filosófica foram Sócrates, Platão, Aristóteles, René Descartes, Immanuel Kant, Friedrich
Nietzsche e Jean-Paul Sartre. Os temas da antropologia filosófica são complexos e desafiadores.
Eles não possuem respostas fáceis, mas são fundamentais para a compreensão do ser humano. A
antropologia filosófica é uma disciplina fascinante e importante. Ela nos ajuda a compreender
melhor a nós mesmos e o mundo ao nosso redor.
Aqui estão alguns dos principais temas da antropologia filosófica: a) A identidade
humana: O que é ser humano? Quais são as características que nos definem como humanos? b) A
consciência: O que é a consciência? Como ela funciona? Qual é a sua relação com o corpo? c) O
livre-arbítrio: Temos ou não livre-arbítrio? Se sim, até que ponto? d) A linguagem: O que é a
linguagem? Qual é a sua função? Qual é a sua relação com o pensamento? e) A moral: O que é a
moral? Quais são os fundamentos da moral? Como devemos agir? f) A cultura: O que é a cultura?
Qual é a sua função? Como ela se relaciona com o indivíduo?
166
161
Cf. Como o homem é imagem e semelhança de Deus? - Pr. Marcos Granconato.
Igreja Batista Redenção, Youtube in: https://encr.pw/kY7Mp
169
162
Cf. Antropologia - A Doutrina do Homem - Teologia Sistemática Fácil. Pr. Emerson
Santos, Youtube in: https://encr.pw/sCLee
170
Também somos superiores aos anjos, que não se casam nem geram
filhos nem vivem na companhia dos filhos e filhas remidos de Deus. No
próprio casamento, espelhamos a natureza de Deus no fato de os homens e
as mulheres com igualdade de importância mas diversidade de papéis,
desde que Deus nos criou. O homem é como Deus no seu relacionamento
com o restante da criação. Especificamente, o homem recebeu o direito de
reger a criação, e quando Cristo voltar receberá autoridade para julgar os
anjos (1Co 6.3; Gn. 1.26, 28; Sl. 8.6‑8).
163
Cf. A Queda do Homem. Paulo Junior Oficial, Youtube in: https://encr.pw/KfYlR (o
aluno também tem a opção de assistir a exposição do Pr. Augustus Nicodemus sobre o assunto in:
https://l1nq.com/z4Slu)
171
164
Cf. Antropologia Bíblica - Corpo, Alma e Espírito. Instituto Teológico Davar,
Youtube in: https://l1nq.com/w4Ysy. Para mais informações a respeito, assista: Qual a diferença
entre corpo, alma e espírito? | Rev. Hernandes Dias Lopes | Trocando Ideias. Igreja
Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/3IGms
172
165
Cf. Aborto - Leandro Lima e Augustus Nicodemus | 5ª Reformada. Igreja
Presbiteriana de Santo Amaro, Youtube in: https://encr.pw/T1uwl
166
A legislação sobre o assunto. O artigo 128 do Código Penal brasileiro (que é de 1940)
permite o aborto quando há risco de vida para a mãe e quando a gravidez resulta de estupro.
Porém, apenas sete hospitais no país faziam o aborto legal. Esse ano, a Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a obrigatoriedade de o SUS (Sistema Único de
Saúde) realizar o aborto nos termos da lei. O projeto, porém, permite ao médico (não ao hospital)
recusar-se a fazer o aborto, por razão de consciência – um reconhecimento de que o assunto é
polêmico e que envolve mais que procedimentos médicos mecânicos. Por exemplo, o ministro da
Saúde, Carlos Albuquerque, disse ser contrário à lei e comparou aborto a um assassinato. Além
disso, médicos podem ter uma resistência natural, pela própria formação deles (obrigação de
lutar pela vida). “O juiz que autoriza o aborto é co-autor do crime. Isso fere o direito à vida”,
disse o desembargador José Geraldo Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em entrevista
ao jornal Estado de São Paulo (22/09/97). Segundo ele, o artigo 128 do Código Penal não autoriza
o aborto nesses casos, mas apenas não prevê pena para quem o pratica. No momento, existem
projetos de ampliar a lei, garantindo o aborto também no caso de malformação do feto, com
pouca possibilidade de vida após o parto.
175
de Deus (Gn 33.5; Sl 113.9; 127.3). Era Deus quem abria a madre e permitia a
gravidez (Gn 29.33; 30.22; 1Sm. 1.19-20). Não ter filhos era considerado
uma maldição, já que o nome de família do marido não poderia ser
perpetuado (Dt. 25.6; Rt. 4.5). O aborto era algo tão contrário à mentalidade
israelita que bastava um mandamento genérico, “Não matarás” (Êx 20.13).
Mas os tempos mudaram, a sociedade ocidental moderna vê os
filhos como empecilho à concretização do sonho de realização pessoal do
casal, da mulher em especial, de ter uma boa posição financeira, de
aproveitar a vida, de ter lazer, e de trabalhar. A Igreja, entretanto, deve
guiar-se pela Palavra de Deus, e não pela ética da sociedade onde está
inserida.
Há dois pontos cruciais em torno dos quais gira as questões éticas e
morais relacionadas com o aborto provocado. O primeiro é quanto à
humanidade do feto. Esse ponto tem a ver com a resposta à pergunta:
quando é que, no processo de concepção, gestação e nascimento, o embrião
se torna um ser humano, uma pessoa, adquirindo assim o direito à vida?
Muitos que são a favor do aborto argumentam que o embrião (e
depois o feto), só se torna um ser humano após determinado período de
gestação, antes do qual abortar não seria assassinato. Por exemplo, o
aborto é permitido na Inglaterra até 7 meses de gestação. Outros são mais
radicais.
Em 1973 a Suprema Corte dos Estados Unidos passou uma lei
permitindo o aborto, argumentando que uma criança não nascida não é
uma pessoa no sentido pleno do termo, e portanto, não tem direito
constitucional à vida, liberdade e propriedades.
Entretanto, muitos biólogos, geneticistas e médicos concordam
que a vida biológica inicia-se desde a concepção. As Escrituras confirmam
este conceito ensinando que Deus considera sagrada a vida de crianças não
nascidas (cf. Êx 4.11;21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Jr 1.5; Mt 1.18; Lc
1.39-44).
Apesar de algumas dessas passagens terem pontos de difícil
interpretação, não é difícil de ver que a Bíblia ensina que o corpo, a vida e as
faculdades morais do homem se originam simultaneamente na concepção.
Os Pais da Igreja, que vieram logo após os apóstolos, reconheceram esta
verdade, como aparece claramente nos escritos de Tertuliano, Jerônimo,
Agostinho, Clemente de Alexandria e outros. No Império Romano pagão, o
176
167
Hamartiologia - Origem e Natureza do Pecado | Curso Teológico Ministerial. PIB
Araras, Youtube in: https://encr.pw/0ELwE
178
168
LANGSTON, A. B. Esboço de Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: JUERP.
179
169
Cf. O que é pecado. Luciano Subirá, Youtube in: https://l1nk.dev/yw2a6
180
170
Epistemologia ou teoria do conhecimento (do grego ἐπιστήμη [episteme], ciência,
conhecimento; λόγος [logos], discurso) é um ramo da filosofia que trata dos problemas filosóficos
relacionados com a crença e o conhecimento. É o estudo científico da ciência (conhecimento),
sua natureza e suas limitações. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a
validade do conhecimento, motivo pelo qual também é conhecida como teoria do conhecimento.
Por isso, na epistemologia estudamos o sentido primário das palavras em relação às escrituras.
Aqui veremos a sua aplicação buscando a definição divina para a palavra pecado.
171
Cf. STRONG, J. Strong's Exhaustive Concordance to the Bible. New Youk,
Hendrickson Publishers: 2009.
181
172
Deste modo, ainda pode significar falta (Jó 5.24) e ofensas no relacionamento
interpessoal (Gn 40.1; 1Sm 19.4). Teologicamente, a palavra passou a designar o erro cometido no
relacionar-se com Deus. O versículo-chave para essa compreensão encontra-se em Is 59.1,2:
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido,
agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso
Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”. O alvo é o ter
comunhão com Deus, que por um motivo ou outro não se atinge. E aí surge o pecado. Por isso, o
pecado constitui-se antes de tudo em uma ofensa a Deus.
Portanto, o adultério e o homicídio, embora envolvam ofensas a pessoas, em primeiro
lugar é uma ofensa a Deus por estar sendo violado um mandamento de Deus. Deste modo, o rei
Davi reconheceu que não apenas ofende pessoas, mas antes pecou contra o Senhor (2Sm 12.13).
Assim sendo, a desobediência à Lei de Deus também consistia em pecado. Jeremias anunciou que
pecamos quando não ouvimos a voz do Senhor, ou seja, quando desobedecemos a sua expressa
vontade (Jr 40.3), representada mediante a sua lei. Ou seja, o pecado é tratado como o oposto da
aliança ratificada através da Lei dada no Sinai. Por isso se afirmar: “Maldito aquele que não
confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo! E todo o povo dirá: Amém!” (Dt 27.26).
Embora isto adquira um certo tom jurídico, o que está em foco aqui é que desobedecer a Lei de
Deus, dada como instrução, é pecar contra o próprio Deus (Dt 9.16; Js 7.11; Ne 9.29; Jr 32.35; Dn
9.5). Por isso, muitas vezes se enfatiza a questão do pecado nacional – a nação como um todo
desobedecendo a Lei de Deus – do qual a pessoa individualmente não pode escapar, como em Jz
2.6-3.6; 2Rs 17.1-23 e 2Cr 36.11-16.
182
Impiedade (no gr. assebeia cf. 2Pe 2.6), consiste na oposição a Deus
e a seus princípios, em autêntica rebelião de alma. Ser ímpio significa ser
contrário a Deus e a seus mandamentos; é viver como se Deus não existisse.
Transgressão (no gr. parabasis), literalmente significa “ir além de
um limite estabelecido”. Consiste na violação de princípios piedosos
reconhecidos, que conduzem o indivíduo à quebra da lei (paranomia)
afastando-o da lei moral (Mt 6.14; Tg 2.11; At 23.3; 2Pe 2.16). O termo
parabasis (transgressão) relaciona-se diretamente com o termo grego
paraptōma, isto é, passos em falso, ou desviamos pela tangente, apesar de
estarmos instruídos o bastante para não fazê-lo. Assim, transgredir é
ultrapassar os “limites” estabelecidos na lei de Deus.
Se o pecado é definido como transgressão às leis divinas, então é
necessário que a igreja define coerentemente o que é doutrina, norma ou lei
divina para os dias hodiernos. Muitas pessoas cometem faltas contra a
tradição religiosa, mas não contra a lei de Deus.
E, infelizmente, assim como ocorreu no passado da religião judaica
do NT, para alguns zelosos, é mais grave transgredir a tradição do que o
mandamento divino. Qual a vontade de Deus para o homem moderno?
Quais costumes sociais enquadram-se na definição bíblica de Pecado?
Quais os limites da ludicidade, se para alguns o lazer é pecado? O que Deus
permite ou proíbe com base nas Santas Escrituras? Se pecado é transgredir,
o que se transgride na concepção teológica e doutrinária? Conotações no
Hebraico:
Chata’ “errar o alvo, pecado, oferta pelo pecado”. É a palavra mais
singular para definir o pecado na terminologia hebraica (Jz 20.16; Pv 19.2).
O verbo é usado mais de duzentas vezes, e as formas do substantivo, cento
e noventa e oito vezes no Antigo Testamento. A concepção de “alvo” sugere
um “padrão objetivo”. Entre os guerreiros de Benjamin havia homens que
podiam “dar tiros de funda num cabelo sem errar” (Jz 20.16).
Assim, usa-se a palavra no sentido de perder uma coisa de valor, ou
falhar na responsabilidade de alcançar um alvo importante. O termo é
usado para demonstrar tanto a disposição de pecar, como o ato resultante
(Gn 4.7; Sl 1.1; 51.4; 103.10). Aplica-se: a) a perda de alguma coisa de valor,
quem perder (pecar contra) a sabedoria, faz violência a si mesmo (Pv 8.36);
b) Designa, frequentemente, o mal praticado contra o próximo (2Sm 19.20;
1Rs 8.31); c) O pecado contra o concerto (Êx 32.30-33); d) Em Jó 1.5 a
palavra refere-se ao pecado íntimo, nos pensamentos do coração; e)
183
b) À idolatria (Dt 7.25, 26; Jr 16.18; Ez 5.11; 7.20; 2Cr 15.8): Idólatra é
o adorador de ídolos, e o culto que lhes é prestado é chamado idolatria. No
período pré-mosaico, a idolatria já era um costume dos povos. O Decálogo
proíbe explicitamente a idolatria no primeiro e segundo mandamentos (Êx
20.3-5). Em Deuteronômio 4.15-28, no caso de transgressão nacional, está
determinado o castigo para os idólatras.
A idolatria é pecado porque priva a Deus de um direito que lhe é
próprio – o culto e a adoração – daí ser considerada “coisa abominável”.
Ezequiel denuncia a idolatria como infidelidade e prostituição (16.36;
37.23) e, segundo o mesmo profeta, Jerusalém foi destruída devido a sua
idolatria (33.25; 36.18,25), provavelmente para cumprir-se Êxodo 22.20 e
Deuteronômio 13.12-16.
Muitos afirmam que o pecado é uma ilusão. Esta ideia (errônea)
assume várias formas de expressão. Por exemplo: a) nossa falta de
conhecimento é a razão pela qual temos a ilusão do pecado; b)
consideramos algo como pecado por não ter conhecimento pleno dessa
realidade.
Este tipo de pensamento conclui que quando a evolução tiver tido
tempo suficiente para progredir, a ilusão do pecado desaparecerá. Isto
significa dizer que aquilo que hoje consideramos pecado, um dia não o será
mais devido a uma maior luz que recebemos sobre este assunto. Por
exemplo: a) a bateria (instrumento musical) era considerada como
instrumento diabólico, hoje já não é mais; b) dizer que a terra era redonda,
já foi razão de se condenar homens, hoje já não é mais; c) um segundo
casamento era tido como impraticável pela igreja, hoje já não é mais.
Mas afinal o que é pecado? Vejamos algumas definições:
a) O Pecado é Egoísmo. Esta é uma das definições mais ouvidas. É
bíblica, embora correta ela é incompleta e insuficiente. O ato de viver uma
vida centralizada no “ego” ou “eu” é pecado, pois vai contra o princípio de
Deus de amar o próximo como a si mesmo. Contudo isso não define a
totalidade do que é pecado.
b) O Pecado é a Violação da Lei. Esta definição também é bíblica,
mas insuficiente, a não ser que o conceito de lei seja estendido de modo a
compreender todo o caráter de Deus, e não simplesmente os 10
mandamentos. 1Jo 3.4 afirma “Todo aquele que pratica o pecado também
transgride a lei: porque o pecado é a transgressão da lei”.
186
173
Cf. A Origem do Pecado no Mundo. Hernandes Dias Lopes, Youtube in:
https://l1nq.com/1LppW. Para maiores informações sobre essa temática, cf. EBD: A Origem do
Pecado (Estudo de Gênesis). Arival Dias Casimiro, Youtube in: https://encr.pw/X200l
174
A seita maniqueísta foi fundada por Mani (ou Manes), um monge asceta que nasceu
na aldeia rural de Nahar-Kouta, distrito de Mardini localizada entre o rio Eufrates e Tigre (não
muito distante da atual Bagdá) na Babilônia do Norte, em 14 de abril de 216 d.C. e pregou sua fé
187
pela Pérsia e por quase toda a Ásia, até a Índia e a China, se difundiu no Oriente, e no Ocidente
durou até o século VII. Contêm muitos elementos cristãos, gnósticos e orientais sobre as bases de
um dualismo radical entre o bem e o mal recebido da religião mazdeísta de Zoroastro. A base
dogmática do maniqueísmo é o dualismo que consiste na admissão de dois princípios opostos e
igualmente eternos: o Bem e o mal. São duas naturezas integradas por princípios contrários,
sendo intrinsecamente boas uma é essencialmente má a outra. Os dois reinos, o da Luz e o das
Trevas corresponderiam aos dois princípios já citados. Estes dois reinos gozaram de grande
período de paz, o que fez com que o mundo das Trevas ignorasse o mundo da Luz. Quando os
habitantes daquele se aperceberam do espetáculo admirável e encantador que constituía o reino
da Luz entraram em acordo para invadi-lo e misturar-se com eles. Tal foi a origem da luta entre
os príncipes dos dois reinos. Durante a batalha, muitas partículas da luz se confundiram ou
mesclaram-se com as da natureza do mal, ficando aprisionadas na matéria. Estas partículas
devem ser libertadas para que não sofram a condenação a que está sujeita a matéria. Sua
libertação se realiza diariamente em todo o mundo e em seus elementos, e de modo especial a
observam os eleitos através da comida e da bebida, atos pelos quais as partículas de luz, livres de
suas ataduras das trevas, são transportadas ao reino de Deus em dois navios luminosos, que são a
lua e o sol.
175
Cf. Teologia Sistemática - Hamartiologia: O Pecado e Suas Consequências. Moises
Brasil Maciel, Youtube in: https://l1nq.com/EZSnF
188
criou o mal no sentido moral. “Pois tu não és Deus que se agrade com a
iniqüidade, e contigo não subsiste o mal” (Sl 5.4-5). Deus não tenta
ninguém, pois ele é a fonte de toda boa dádiva e todo dom perfeito (Tg
1.13-17).
A palavra “mal” em Isaías 45.7 vem de uma palavra original que
pode ter vários sentidos. Neste contexto e em outros onde Deus faz ou traz
o mal, a palavra significa “calamidade” ou “punição”. É o oposto de paz.
Deus usaria Ciro para “abater as nações” (45.1).
Em 45.8, Deus promete salvação (paz) e justiça (punição ou mal).
Outros trechos usam a mesma linguagem. Os males que Deus ameaçou
trazer em 2 Reis 22.16 foram punições e calamidades (cf. Js 23.15, onde
aparece a mesma palavra no original). O mal não foi criado por Deus, o mal
foi a ausência da luz e do bem primeiramente em Satanás e depois no
homem. O mal não é uma coisa, como uma pedra ou a eletricidade. Você
não pode ter um “pote de mal”! Mas o mal é algo que acontece, como o ato
de correr. O mal não tem uma existência própria, mas na verdade, é a
ausência do bem.
Por exemplo, os buracos são reais, mas somente existem em outra
coisa. À ausência de terra, damos o nome de buraco, mas o buraco não pode
ser separado da terra. Quando Deus criou todas as coisas, é verdade que
tudo o que existia era bom. Uma das boas coisas criadas por Deus foram
criaturas que tinham liberdade em escolher o bem, ao não escolher o bem
trouxeram à existência o mal.
Em relação a Satanás, o pecado foi achado em Satanás (Is 14.12-20;
Ez 28.14,15). Esta afirmação é o mais próximo que a Bíblia chega de uma
indicação da origem do pecado. Antes do homem pecar, Satanás já tinha
pecado. Satanás era íntegro e moralmente sadio, (por mais que seja
estranho afirmar isso) até que seu desejo egoísta de se tornar maior que
Deus dominou o seu ser.
Por ter sido a primeira criatura a ser dominada por seus desejos
egoístas, é chamado pai da mentira. Satanás se voltou contra a verdade de
que somente Deus é Deus, e, muitos outros anjos acreditaram em sua
mentira. Ele deseja ser adorado e reconhecido como um deus. “[...] Ele (o
Diabo) foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade,
porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).
189
Podemos dizer que a morte é sem dúvida o preço pago pelo homem
como consequência de seu pecado. Normalmente os estudiosos definem
que com a queda do homem veio a morte e esta se manifestou de duas
formas: física e espiritual.
A morte surgiu como consequência de uma lei espiritual quebrada,
conforme descreve o apóstolo Paulo aos irmãos da igreja de Roma –
“porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23), Sem dúvida esta é uma
verdade absoluta. A morte atingiu o homem fisicamente e espiritualmente.
Gostaria de analisar com você o que isso significa e também de
considerarmos que a morte fere também a relação do homem com todo seu
universo.
A morte espiritual. O homem e o Criador foram separados, a essa
separação chamamos de morte espiritual. A morte espiritual é a separação
entre a alma/espírito e Deus. A Queda implica diretamente na separação
espiritual com Deus. Em função da entrada do pecado no mundo, o homem
está privado de desfrutar dessa bem-aventurança, pois Deus não pode
conviver, nem manter comunhão com o pecador.
176
Cf. Rev. Augustus Nicodemus - Os Efeitos do Pecado. Primeira Igreja Presbiteriana
de Goiânia, Youtube in: https://l1nq.com/7C2JE
191
Por essa razão afirma-se não existir mais comunhão direta entre
Deus e os homens. No relato de Gênesis, vemos que após cometerem uma
infração direta à Lei de Deus, tanto o homem como a mulher
“esconderam-se”. Isso implica que a comunhão com Deus havia sido
quebrada.
A morte espiritual além da separação de Deus trouxe outro
resultado na vida do homem, ela fez com que o homem perdesse sua
semelhança moral que tinha com Deus. Tudo no homem ficou corrompido.
O homem sofre a morte psicossomática (psico [alma] – somática [corpo]),
como veremos no próximo item. A consequência final da morte espiritual
sobre o homem é a separação eterna de Deus. Somente a regeneração
oferecida por Cristo pode mudar o final desta história.
A morte física. O pecado trouxe ao homem a morte física, isto é, o
fim da existência do seu corpo como matéria. O homem ficou condenado a
se separar do seu corpo. O espírito voltará a Deus e o corpo voltará a terra
(Ec 12.7). A esta separação chamamos de morte física. A morte física
implica em uma deterioração do físico, dia após dia, até que o mesmo não
suporte mais o peso da existência. O corpo se tornou frágil e limitado.
Após a morte física seremos julgados por Deus e este julgamento
determinará nosso futuro eterno. Se você não nascer de novo, jamais terá
vida e isto te levará à morte eterna ou segunda morte; esta é a morte da
qual não há oportunidade de escapar.
A Bíblia diz “mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos
abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos
idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com
fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap 21.8).
A morte psicossomática. Estou chamando de morte psicossomática a
separação psicossomática: o homem em si mesmo. O homem, em função
do pecado, sofre da falta de unidade no que tange aos aspectos imateriais
do homem. Ou seja, o pecado desestabiliza a harmonia inicial do homem, e
devido a isso, não pode portar-se de maneira irrepreensível diante da Lei
de Deus, e do próprio Deus (Gn 3.8 o homem se esconde de Deus – é
dominado pelo medo e vergonha).
E as consequências ainda podem ser claramente observadas: A
mulher passa a sofrer as dores do parto (Gn 3.16 O que lhe é razão de grande
alegria, vem por meio de muita dor), o homem a (Gn 3.17 o homem passa a
sentir cansaço por causa do trabalho e condenado a se esforçar pelo
192
também nosso dia a dia. Exemplo: O sol produz um calor maior do que
podemos suportar e nos leva a sofrermos doenças e muitas vezes a morte.
A ausência do mesmo também pode nos levar a experimentar um
frio intenso que nos levará à morte. O livro do Apocalipse descreve o castigo
que estes elementos do universo trarão sobre nós. Portanto, até o universo
conspira contra nós por causa do pecado.
177
Cf. Hamartiologia (Doutrina do Pecado) Aula 3 - O Pecado Pessoal. Pr. Paolo
Freitas, Youtube in: https://l1nq.com/puSC1
178
Cf. O que é Pecado Social? Gidalti Guedes, Youtube in: https://encr.pw/6YfNJ
194
Quando Adão caiu, com ele caiu a raça humana, pois ele era a raça
de então. Sua queda começou a fazer parte da sua natureza moral,
195
179
Entre os demais povos antigos o conceito de pecado era: ofensa à divindade. Esta
ofensa ocasionava a ira da divindade, a qual precisava ser aplacada mediante sacrifícios. Os
sacrifícios foram estabelecidos em Israel não para simplesmente aplacar a ira, mas acima de tudo
para restabelecer a comunhão com Deus. O livro de Levítico é o manual das cerimônias
sacrificiais, para mostrar a Israel como tratar com o pecado cometido. É o livro onde mais
aparece a raiz ajx, ao todo 116 vezes em 85 versículos. A importância de remover o pecado é
atestada pelo uso desta mesma raiz no grau intensivo fiel para falar do ritual da purificação dos
pecados (Êx 29.36; Lv 9.15; Sl 51.9). Isto explica porque a mesma palavra que designa pecado
também designa a oferta pelo pecado (Lv 7.37; 2 Cr 29.21; Ne 10.33). Mas o ritual expiatório
levítico era bastante restrito: somente os pecados cometidos involuntariamente ou na ignorância
poderiam ser perdoados, ficando sem expiação os pecados cometidos deliberadamente (“à mão
levantada”: Nm 15.22-31).
180
Cf. O que Acontece Quando o Cristão Continua Pecando? - (Dúvidas do Cristão). Pr.
Antônio Junior, Youtube in: https://encr.pw/1mQtC
196
181
Cf. Como Viver a Vida Cristã? - Lucas Previde. Igreja Presbiteriana de Santo Amaro,
Youtube in: https://l1nq.com/Cu8um
198
182
Gênesis 3.22-24 - Os terríveis efeitos do pecado - Pr. Marcos Granconato. Igreja
Batista Redenção, Youtube in: https://encr.pw/5KVHu
199
183
Pecado. BibleProject - Português, Youtube in: https://encr.pw/uFvnp
200
184
Cf. Sempre caio no mesmo pecado. Paulo Junior Oficial, Youtube in:
https://l1nq.com/8m7Gz
185
Cf. N. Nazarian (Chapel Library). Tradução de Gustavo Stapait Viana 11/01. Rev:
Calvin G. Gardner 11/01.
203
pela nossa igreja, mas nos esquecemos de orar pelos servos do Senhor,
missionários, doentes, reis e por todos que estão em autoridade, e também
por muitos outros (Ef 6.17,18; 1Tm 2.1,2). Esta é uma das “pequenas
raposas.” Nós devemos orar por todos.
3. O pecado de tomar decisões e seguir o nosso caminho sem fé (Rm
14.23). Sim, qualquer coisa que não esteja de acordo com a Palavra de Deus,
não é de fé (Is 8.20). Muitos Cristãos decidem e fazem coisas, sem olhar às
Escrituras para conhecer o desejo de Deus. Outros estragam suas vidas,
com jugos desiguais ou amizades inconvenientes (2Co 6.14). É uma pena!
4. O pecado de fazer acepção de pessoas, ou o de agradar aos
homens mais de Deus (Tg 2.1-9; Gl 1.10). Este pecado é comum em muitas
igrejas. Mais cargos ou posições são dadas aos ricos e educados, do que às
pessoas espirituais que não são ricas ou educadas. Tenha cuidado de não
fazer acepção de pessoas.
5. O pecado de não ser generoso com Deus (Ml 3.8,10; Lc 6.38). Este
é um fato em que, o povo de Deus não oferta o suficiente a Deus. No tempo
do Velho Testamento os Israelitas davam dízimos e ofertas a Deus. Agora,
nós não damos metade disto. Muitos roubam a Deus dizendo, “Nós não
estamos no tempo da Lei.” Se no Velho Testamento os santos davam
dízimos, poderíamos dar menos? Cf. Gn 14.20; 28.22; Mt 23.23. Oremos
para que o Senhor livra-nos deste pecado e nos ensine a dar assim como Ele
nos mandou a dar (2Co 9.6).
6. Não buscar primeiro o Reino de Deus (Mt 6.33). Somente temos
tempo para as nossas próprias necessidades. Trabalhamos duro para
ganharmos mais, algumas vezes deixando de lado as reuniões por isso, mas
não temos tempo para o estudo da Palavra de Deus; para orar, para visitar e
praticar o evangelho diante os não salvos. Este é um outro pecado que tem
arruinado muitas vidas.
7. O pecado de mentir (Cl 3.9). Muitas vezes mentimos sem saber o
que fizemos. Nós cantamos com vozes altas, "Mais de Cristo" mas não
temos a consagração real. Nós cantamos, "Tudo Entregarei" mas a
oportunidade vem para ofertar e damos muito pouco. Nós pregamos mas
não vivemos a mesma mensagem. Que aprendemos a sermos fazedores da
Palavra (Tg 1.22).
8. O pecado de não amarmos os nossos irmãos como o Senhor nos
mandou a amar (Jo 15.12; Tg 2.8, 1Jo 3.16,18). O Senhor frequentemente nos
disse, “Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós.” (Jo 13.34;
204
15.12). Muitas vezes amamos apenas de boca, mas não pelas ações. Alguns
amam apenas aqueles que os amam ou que estão próximos a eles, mas não
têm nenhum amor por aqueles que são diferentes a eles. Que aprendemos a
amar nossos irmãos como nós amamos a nós mesmos.
205
MÓDULO 7 — DEUS186
“Para os crentes, Deus está no princípio das coisas.
Para os cientistas, no final de toda reflexão.”
—Max Planck187
186
Cf https://www.luteranos.com.br/textos/trindade | Um dos pontos mais altos do
ensino teológico é a pessoa de Deus, bem como sua revelação trinitária (Pai, Filho e Espírito
Santo). Como o próprio Senhor Jesus, na sua encarnação, é quem revela toda a Trindade,
repensamos a metodologia do pensamento teológico-metafísico a) a pessoa do Pai e sua obra; b)
a pessoa do Filho e sua obra; c) a pessoa do Espírito Santo e sua obra. Mesmo sabendo que os
anjos não compõem a divindade, pelo falo óbvio, não são divinos, mas apenas criaturas um
pouco maiores que os homens, colocamos aqui o estudo da angelologia por se tratarem de seres
espirituais. Cf. O Mistério da Trindade. Luciano Subirá, Youtube in: https://l1nq.com/BngUc
187
Max Planck foi um físico alemão, considerado o pai da física quântica. Ele nasceu
em Kiel, na Alemanha, em 23 de abril de 1858, e morreu em Göttingen, também na Alemanha, em
4 de outubro de 1947. Planck estudou física na Universidade de Munique e na Universidade de
Berlim. Em 1885, ele foi nomeado professor de física teórica na Universidade de Kiel. Em 1892,
ele foi transferido para a Universidade de Berlim, onde permaneceu até sua aposentadoria em
1928. Em 1900, Planck publicou uma teoria para explicar a radiação do corpo negro, que é a
radiação emitida por um corpo aquecido. A teoria de Planck baseia-se na ideia de que a energia é
quantizada, ou seja, ocorre em pequenas porções chamadas quanta. A teoria de Planck foi um
marco na história da física. Ela revolucionou a nossa compreensão da natureza da energia e
lançou as bases para o desenvolvimento da física quântica. Planck recebeu o Prêmio Nobel de
Física em 1918 por suas contribuições para a física quântica. Ele também foi membro da
Academia de Ciências da Prússia e da Royal Society of London. Algumas das principais
contribuições de Max Planck incluem: a) A teoria da quantização da energia, que é a base da física
quântica. b) A explicação da radiação do corpo negro. c) O desenvolvimento da teoria da
constante de Planck. Planck foi um dos físicos mais importantes do século XX. Seu trabalho teve
um impacto profundo na nossa compreensão da natureza da matéria e da energia.
206
188
Andando pela areia da praia, Agostinho submerge certa vez em pensamentos
profundos e altíssimos que se elevavam ao céu. Entre seus raciocínios, pensava ele no mistério da
Santíssima Trindade. “Como é que pode haver três Pessoas distintas – Pai, Filho e Espírito Santo –
em um mesmo e único Deus?” Ele avistou, de repente, um menino com um baldinho de madeira,
que ia até a água do mar, enchia o seu pequeno balde e voltava, despejando a água em um buraco
na areia. Santo Agostinho, observando atentamente o menino, lhe perguntou: “– O que estás
fazendo?” O menino, com grande simplicidade, olhou para Santo Agostinho e respondeu: “–
Coloco neste buraco toda a água do mar!” Diante da inocência do menino, o santo lhe sorriu e
disse: “– Isto é impossível, menino. Como podes querer colocar toda essa imensidão de água do
mar neste pequeno buraco?” O anjo de Deus o olhou então profundamente e lhe disse com voz
forte: “– Em verdade, te digo: é mais fácil colocar toda a água do oceano neste pequeno buraco
na areia do que a inteligência humana compreender os mistérios de Deus!”
207
189
A existência de Deus é uma questão que tem sido debatida por filósofos e teólogos
há séculos. Não há uma resposta definitiva para essa pergunta, pois ela depende de uma série de
fatores, incluindo a definição de Deus, a natureza da realidade e as evidências disponíveis. Cf. A
Existência de Deus. Luciano Subirá, Youtube in: https://encr.pw/vtc7E
190
Whitelaw deu a seguinte declaração relativa ao fato da existência de Deus dizendo
que: “Se existe ou não uma suprema inteligência pessoal, infinita e eterna, onipotente,
onisciente e onipresente, o criador, sustentador e governante do universo, imanente em tudo, o
Pai e remidor da humanidade, é sem dúvida o mais profundo problema que possa agitar a
humanidade, uma vez que todas as crenças religiosas do homem, está ligado não apenas à
felicidade temporal do homem, mas , também ao bem estar e progresso da raça humana.”
208
191
As religiões do mundo usam uma variedade de nomes para se referir a Deus. Alguns
desses nomes são comuns a várias religiões, enquanto outros são específicos de uma religião ou
cultura. Os nomes de Deus são importantes para as pessoas religiosas por vários motivos. Eles
podem ser usados para expressar a fé e a devoção de uma pessoa, para se conectar com Deus ou
para refletir sobre a natureza de Deus. Cf. Luiz Sayão - Os Nomes de Deus. Defesa do Evangelho
Oficial, Youtube in: https://encr.pw/UNYJX
212
192
Cf. Os Atributos de Deus e o Evangelho - Paul Washer. Defesa do Evangelho Oficial,
Youtube in: https://l1nq.com/sK2f0 | Cf. ao final deste tópico, Por: Tim Challies. Copyright: ©
www.challies.com. Usado com permissão. Design: www.joshbyers.com. Original: Visual Theology
– The Attributes of God. Tradução: Alan Cristie; Diagramação: Luis Henrique. © 2014 Voltemos ao
Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com Original: [Teologia Visual] Os Atributos de Deus –
Infográfico
214
Soberania (Dn 4.35; Mt 20.15; Rm 9.21) Deus não pode ser julgado,
nem mesmo sua mente esquadrinhada, ou seja, está acima do bem e do mal
definitivamente.
193
A personalidade de Deus é um tema que tem sido debatido por filósofos e teólogos
há séculos. Não há uma resposta definitiva para essa pergunta, pois ela depende de uma série de
fatores, incluindo a definição de Deus, a natureza da realidade e as evidências disponíveis. Cf. A
Personalidade de Deus. ITADESP, Youtube in: https://encr.pw/eVPtq
216
Deus mantém com o universo e com os homens, bem como: Criador de tudo
(Gn 1.1,1.26; Jo 1.1-3; Ap 4.11). Preservador de tudo (Hb 1.3; Cl 1.15-17).
Benfeitor de todas as vidas (1Rs 19.1-7; Sl 104.27-30; Mt 6.26,10.29-30).
Governante e dominador das atividades humanas (Gn 39.21; Sl 75.5-7; 76.10;
Rm 8.28). Como pai de seus filhos (Gn 3.26; Jo 1.11-13; Hb 12.5-11).
194
Deus é uma trindade de pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai não é a mesma
pessoa que o Filho; o Filho não é a mesma pessoa que o Espírito Santo e o Espírito Santo não é a
mesma pessoa que o Pai. Eles são pessoas distintas; ainda assim, são todos o mesmo único Deus.
Eles estão em perfeita harmonia, consistindo de uma única substância. Eles são co-eternos,
co-iguais e co-poderosos. Se qualquer deles fosse retirado, então não haveria Deus. Existe,
aparentemente, uma separação de algumas funções entre os membros da divindade. Por
exemplo: o Pai escolhe quem será salvo (Ef 1.4); o Filho os redime (Ef 1.7); e o Espírito Santo os
sela (Ef 1.13). Um ponto que é necessário esclarecer é que Deus não é uma pessoa, o Pai, com Jesus
sendo uma criação e o Espírito Santo uma força de Deus (Testemunhas de Jeová). Nem é uma
pessoa que adquiriu três formas consecutivas, isto é, o Pai tornou-se o Filho que, depois,
tornou-se o Espírito Santo (Unicistas). Nem é a Trindade uma associação de três deuses
separados (Mormonismo). “Eu sou o SENHOR e fora de mim não há Deus” (Is 45.5). Cf.
Descomplicando a Santíssima Trindade. Bp Walter McAlister, Youtube in:
https://l1nq.com/CKOHu
217
Deus, bem como à ideia de que Deus é a fonte de toda a verdade e sabedoria.
Essa crença é considerada fundamental para muitas religiões e é
frequentemente vista como um ponto de partida para outras doutrinas e
ensinamentos.
Consubstancialmente entende-se, que há um só Deus e que sua
natureza essencial e indivisível. A existência de um Deus uno e único é o
tema principal do Antigo Testamento (Dt 4.35-39; Ez 45.5,6; Zc 14.9). Isto
foi necessário devido a persistente tendência de Israel para com a idolatria.
O politeísmo é uma tentativa da parte do homem pecaminoso de se livrar da
responsabilidade, hipotetizando as várias atividades de Deus.
A Doutrina da Trindade é um dos pilares fundamentais da teologia
cristã. Ela afirma que há apenas um Deus, mas que existe em três pessoas
distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Cada pessoa da trindade é
totalmente Deus, coeterno e coigual em substância, mas cada uma é
também uma pessoa distinta com papéis distintos na obra da salvação.
Essa doutrina é baseada nas Escrituras e foi desenvolvida e
articulada pelos pais da igreja, especialmente no Concílio de Nicéia em 325
d.C. e no Concílio de Constantinopla em 381 d.C.
Apesar de ser uma doutrina complexa e muitas vezes difícil de
entender, a Trindade é essencial para a compreensão da natureza de Deus e
da obra da salvação. É a base para a crença cristã de que Jesus Cristo é Deus
encarnado, que morreu pelos pecados do mundo e ressuscitou dos mortos,
e que o Espírito Santo é o agente da regeneração e santificação dos crentes.
195
Cf. A Doutrina de Cristo (Dr. Heber Campos). Igreja Presbiteriana do Renascença,
Youtube in: https://encr.pw/8g6r
218
196
É importante que o aluno de teologia saiba diferenciar o termo ressurreição nas
Escrituras, pois se afirmar que sete pessoas foram ressurretas antes de Jesus Cristo, mas trata-se
de um equívoco terminológico, as pessoas antes de Jesus de fato estavam mortas e por ato
miraculoso voltaram a viver (mas morrem novamente, ou estariam conosco até hoje). A Doutrina
da Ressurreição implica que o Senhor Jesus é o primogênito dos mortos (Ap 1.5) ou seja, a
ressurreição implica vida eterna, a pessoa nunca mais volta a morrer [DR].
219
(Cl 1.18), sumo sacerdote (Hb 5.1-10), aquele que vive (Ap 1.18), Libertador
(Rm 11.26) e a brilhante Estrela da manhã (Ap 22.16).
A essa impressionante variedade de nomes e descrições bíblicas
poderiam ser acrescentadas muitas outras; na verdade, muito mais do que
podemos pensar ou imaginar. Contudo, essas declarações múltiplas da
pessoa de Cristo nem sempre são de fácil compreensão. Na verdade, a igreja
primitiva batalhou duramente antes de chegar a uma descrição concisa e
precisa da pessoa de Cristo, no Concílio de Calcedônia (451 d.C.).
197
Cf. Cristologia e História | Cristologia. Pe. Françoá Costa, Youtube in:
https://l1nq.com/Xwx3y
220
198
As duas naturezas de Cristo estão unidas de forma inseparável em uma única
pessoa. Essa união é chamada de união hipostática. A união hipostática é um mistério que
transcende a compreensão humana. A doutrina das duas naturezas de Cristo é importante para o
cristianismo porque é a base para a salvação. Jesus Cristo, como Deus e homem, é o único que
pode salvar a humanidade de seus pecados. Ele é o mediador entre Deus e os homens. A doutrina
das duas naturezas de Cristo também é importante para a compreensão da identidade de Jesus
Cristo. Ele é o Deus-homem, o perfeito Salvador do mundo. Cf. As Duas Naturezas de Jesus.
Moises Brasil Maciel, Youtube in: https://encr.pw/CkfhC
224
199
Cf. Cristologia | Parte I | Questões Introdutórias | Sã Doutrina. Igreja Presbiteriana
de Pinheiros, Youtube in: https://encr.pw/n1mED
227
mas a resposta deve ser “não”. Há duas razões por que Jesus não poderia
pecar.
Primeiro, se Cristo pudesse pecar, então surgiria um problema
quanto à relação entre as vontades humana e divina de Cristo. A definição
de fé do Sexto Concílio Ecumênico de Constantinopla (680-81) afirma: “E
estas duas vontades naturais não são contrárias uma à outra como afirmam
os ímpios hereges, mas sua vontade humana segue, não resistindo ou
relutante, antes sujeita, à sua vontade divina e onipotente”. A vontade
humana não pode ser contrária à vontade divina em Cristo, mas apenas
sujeita a ela.
Em segundo lugar, por causa da unidade da pessoa, Cristo não
poderia pecar sem comprometer a Deus. A natureza humana de Cristo pode
ser “pecável” (capaz de pecar); mas uma vez que em sua constituição ele é
o Deus-homem, ele é, portanto, uma pessoa impecável.
O Espírito Santo em Cristo. Se Cristo era completamente divino, por
que lemos tantas referências à obra do Espírito Santo sobre ele durante sua
vida terrena? Desde o momento da encarnação (Lc 1.31,35), passando por
seu batismo (Mc 1.10), sua tentação (Mc 1.12; Lc 4.14), sua pregação (Lc
4.18), a operação de milagres (Mt 12.28), sua morte (Hb 9.14), sua
ressurreição (Rm 1.4; 8.11), até sua ascensão e entronização (Sl 45.1-7; At
2.33), descobrimos que o Espírito Santo foi um companheiro constante e
inseparável de Cristo.
Cristo escolheu não considerar sua igualdade com Deus como algo
a se explorar ou tirar proveito (Fp 2.6). Portanto, em completa dependência
do Espírito Santo, Cristo obedeceu ao Pai perfeitamente, sem apego à sua
própria natureza divina. Como John Owen argumentou, “O que quer que o
Filho de Deus tenha operado em, por ou sobre a natureza humana, ele o fez
pelo Espírito Santo”. O Espírito Santo produz em Cristo o fruto do Espírito
(Gl 5.22).
Assim, os crentes podem esperar não apenas um salvador
formidável, que derrotou os poderes das trevas, mas também um salvador
misericordioso, paciente, bondoso e amoroso, porque ele é pleno das
graças do Espírito Santo. Por causa desta verdade, Thomas Goodwin
afirmou que os pecados do povo de Deus movem Cristo mais à compaixão
do que à ira. De fato, Goodwin acrescenta: “Se houvesse infinitos mundos
feitos de criaturas amorosas, não haveria tanto amor neles como houve no
coração do homem Cristo Jesus”.
228
200
Cf. Aula de Soteriologia. SETAAD, Youtube in: https://encr.pw/y9pgT
229
201
Cf. A Doutrina da Justificação Pela Fé e Seu Impacto Para a Evangelização |
Augustus Nicodemus. Edições Vida Nova, Youtube in: https://l1nq.com/pyP3r
230
Sua vida não foi tomada. Ele a deu como sacrifício para nos redimir.
É evidente que justificar é mais do que perdoar. Pela justificação o crente é
declarado justo. A origem da justificação é a graça de Deus (Rm 3.24 e Tt
3.7). A base da justificação é o sangue de Jesus (Rm 5.9). O meio da
justificação é a fé que vem por Jesus (Rm 3.28; 5.1).
202
Cf. Regeneração (Paul Washer). Defesa do Evangelho Oficial, Youtube in:
https://encr.pw/Ij5Wr
203
Cf. As 3 Partes da Salvação: Justificação, Regeneração e Santificação. Antonio
Fonseca - ICP, Youtube in: https://l1nq.com/OCzQ8
232
204
Cf. O que produz a Fé Salvífica? – R.C. Sproul. Ministério Fiel, Youtube in:
https://l1nq.com/R4npb
235
confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem
confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nele crer é hipocrisia.
Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós
(Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e
rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos
inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse
presente, recusando-o assim.
O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas,
suponhamos que você largue tudo e aceite o presente. Nada mereces pelo
fato de estendermos a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim,
satisfazer a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à
salvação.
205
O autor começa o livro definindo a graça como "o favor imerecido de Deus". Ele
afirma que a graça é um dom de Deus, não algo que podemos merecer ou conquistar. O autor
então discute o propósito da graça. Ele afirma que a graça é para nos salvar dos nossos pecados e
nos reconciliar com Deus. A graça também é para nos transformar e nos capacitar para viver uma
vida santa. O autor então aplica o conceito de graça à vida do cristão. Ele afirma que a graça nos
dá a segurança de que somos amados e aceitos por Deus. A graça também nos dá a força para
vencer o pecado e viver uma vida de santidade O livro A Graça Transformadora é uma leitura
essencial para qualquer cristão que deseja entender a natureza e o propósito da graça de Deus. O
livro é bem escrito e fundamentado na Bíblia. Ele oferece uma perspectiva bíblica e prática sobre
a graça de Deus. Cf. Graça Transformadora. Luciano Subirá, Youtube in: https://encr.pw/c3EqR
236
se fez pobre por amor de vocês, para que, por meio da pobreza dele, vocês
se tornassem ricos (2Co 8.9 NAA).
3. A Salvação é pela graça. Pela graça sois salvos por meio da fé (Ef
2.8). “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os
homens” (Tito 2.11).
4. A Justificação e o Perdão dos pecados são pela graça. Sendo
justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus” (Rm 3.24). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a
remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7).
5. A Fé é pela graça. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que
mediante a graça haviam crido” (At 18.27).
6. A graça capacita-nos a servir. Pela graça de Deus, sou o que sou; e
a sua graça que me foi concedida, não se tornou vã, antes trabalhei muito
mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus comigo (1Co
15.10).
7. Graça capacita-nos a ser pacientes e perseverantes. Então me disse:
A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza (2Co
12.9). Acheguemo-nos portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a
fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião
oportuna (Hb 4.16).
8. Devemos crescer na graça. Pelo contrário, cresçam na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória,
tanto agora como no dia eterno. (2Pe 3.18 NAA).
9. A plenitude de nossa salvação na segunda vinda de Cristo será uma
nova expressão da graça de Deus. Por isso, preparando o seu entendimento,
sejam sóbrios e esperem inteiramente na graça que lhes está sendo trazida
na revelação de Jesus Cristo (1Pe 1.13).
10. Por toda a eternidade os salvos serão um monumento da graça de
Deus. Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus
Cristo [...] para louvor da glória de sua graça (Ef 1.5,6). Para mostrar nos
séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus (Ef 2.7).
Vemos, consequentemente, a singularidade do papel que a graça de
Deus desempenha em todo o plano de nossa salvação. Desde toda a
eternidade fomos eleitos por graça de Deus. No devido tempo, esta graça foi
revelada, em toda a sua beleza, por Jesus Cristo. Por esta graça é que somos
salvos, isto é, justificados e perdoados mediante a fé, a qual em si mesma é
237
206
Cf. Calvinista ou Arminiano? Escola do Discípulo, Youtube in:
https://l1nq.com/9lNf3
239
207
O Universalismo Cristão é um movimento religioso que tem suas raízes em várias
tradições religiosas e filosóficas, portanto, não é possível identificar um único idealizador e
fundador do movimento. No entanto, algumas figuras históricas importantes para o
desenvolvimento do Universalismo Cristão incluem George de Benneville, Hosea Ballou, William
Ellery Channing e John Murray. Essas figuras desempenharam papéis significativos no
estabelecimento das primeiras igrejas e comunidades universalistas na América do Norte no final
do século XVIII e início do século XIX. Cf. O Universalismo Absoluto e Total - Franklin Ferreira.
Ministério Fiel, Youtube in: https://encr.pw/7bAeQ
241
Jesus Cristo. Além disso, a doutrina do juízo final é vista como uma parte
essencial da fé cristã, na qual Deus julgará os vivos e os mortos de acordo
com suas obras.
Por fim, alguns argumentam que essa doutrina parece contradizer
várias passagens bíblicas que falam sobre a existência de um grupo de
pessoas que serão condenadas à punição eterna. Essas passagens sugerem
que a salvação não é universal e que a fé em Jesus Cristo é necessária para
escapar da condenação eterna.
Em resumo, o Universalismo Cristão é uma doutrina controversa
que enfrenta várias objeções por parte de muitos cristãos. Essas objeções se
concentram principalmente na aparente negação da responsabilidade
humana, da importância da crença em Jesus Cristo e da existência do
inferno e do juízo final.
208
Cf. A Trindade e a Pessoa do Espírito Santo - Franklin Ferreira. Ministério Fiel,
Youtube in: https://l1nq.com/j4eQq
209
Algumas das citações mais famosas sobre o Espírito Santo em Cristo incluem: “O
Espírito Santo é o dom de Deus para a humanidade. Ele é o que nos capacita a viver como filhos de
Deus” (Martinho Lutero). “O Espírito Santo é o poder de Deus em ação no mundo. Ele é o que nos
leva a amar a Deus e ao próximo” (John Wesley). “O Espírito Santo é a presença de Deus em nós.
Ele é o que nos dá paz, alegria e esperança” (Dietrich Bonhoeffer). Em última análise, a
interpretação do Espírito Santo em Cristo é uma questão de fé. Não há respostas fáceis ou
definitivas. No entanto, a compreensão do papel do Espírito Santo na vida de Jesus pode nos
ajudar a entender melhor a sua missão e a sua obra no mundo.
242
intercede (Rm 8.26). Ele ensina (Jo 14.26). Ele guia e conduz (Rm 8.14).
Características pessoais que são atribuídas ao Espírito Santo. Intelecto ou
poder de pensar (1Co 2.10, 11; Rm 8.27). Volição ou poder de vontade (1Co
12.11). Sensibilidade ou poder de sentir (Rm 15.30; Ef 4.30).
O Espírito Santo merece tratamento pessoal: a) pode-se mentir
para Ele (At 5,3); b) pode-se rebelar contra Ele e O entristecer (Is 63.10); c)
pode ser blasfemado (Mt 12.31); d) a importância de reconhecer a Sua
personalidade.
Em relação à Adoração, podemos afirmar categoricamente, que o
Espírito Santo é uma pessoa divina e, no entanto, desconhecida ou
ignorada como tal, está sendo privada do amor e da adoração que lhe é
devida.
210
Cf. A Divindade do Espírito Santo | Luiz Sayão. IBNU, Youtube in:
https://l1nq.com/oLsBD
211
É muito comum, nas minhas aulas sobre Pneumatologia, os irmãos ficarem
confusos quando pergunto se o Espírito Santo pode ser adorado. Contudo é simples a explicação:
o Espírito Santo é Deus e recebe toda a dignidade divina. Há, inclusive, uma oração muito antiga
em referência à Trindade: “Glória ao Pai, Glória ao Filho, Glória ao Espírito Santo". Como era no
princípio, agora e sempre. Amém!"
243
212
Cf. A obra do Espírito Santo | Conexão com Deus | Rev. Hernandes Dias Lopes.
Igreja Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/Cgrfp
Cf também a série de aulas expositivas do Prof. Dr. Jansen Racco: Curso de
Pneumatologia (Estudo sobre o Espírito Santo), Youtube, 2020 in: https://encr.pw/1Cqf7
244
213
Cf. Como ser cheio de toda Plenitude e Poder do Espírito | C. H. Spurgeon (1834 -
1892). SpurgeonTV, Youtube in: https://l1nq.com/GnLTc
245
214
Muita confusão acontece sobretudo nos meios pentecostais, quanto a presença do
Espírito Santo na vida do crente. É importante entender que existe uma larga distinção de ter e
ser batizado no Espírito Santo. Segundo a Doutrina, não há como reconhecer o projeto de
salvação, sem a revelação do Espírito Santo (Jo 14.16-18). Do contrário, ou seja, sem a revelação
do Espírito Santo, as pessoas poderiam compreender a Doutrina da Salvação pelas vias racionais,
assim o mistério seria racionalizado (seria possível?). Todos os crentes, de fato, tem o Espírito
Santo, pois é o Espírito Santo quem nos convence (infusão). Mas ser batizado no Espírito Santo
(efusão) é manifestação da presença do Espírito em nós, nas prerrogativas místicas. Assim, é
impossível ser cristão sem ter a pessoa do Espírito Santo, logo todo aquele que professa Jesus e
confessar-se pecador: é cheio do Espírito Santo.
246
215
Cf. Pr. Luciano Subirá - Os Dons do Espírito Santo. ADBLU, Youtube in:
https://l1nq.com/1EzO3
216
Dons não legitima o cristão, isso contradiz Mt 7.22,23. No contexto desse versículo,
a frase "mas em teu nome eu curei, profetizei" pode ser interpretada como uma afirmação de que
as pessoas que estão falando com Jesus realizaram milagres em seu nome. No entanto, Jesus diz
que isso não é suficiente para garantir a salvação. É preciso também viver de acordo com a
vontade de Deus. Dons é sinal da misericórdia de Deus na vida da pessoa, e o fruto é sinal da graça
de Deus na vida do crente (Gl 5.22,23). Em tempos pós-modernos é necessário vigilância quanto
“a manifestações” que aparentam ser de Cristo, mas não professam sua doutrina.
247
217
Quem pode profetizar: Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas
alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do
Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo o cristão cheio dEle (At 2.16-18).
Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: a) trata-se de um dom
que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob impulso do
Espírito Santo (1Co 14.24,25; 29-31). Aqui não se trata de entrega de sermão previamente
preparado. b) tanto no AT como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas
proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (1Co
14.3). c) a mensagem profética pode desmascarar a condição de uma pessoa (1Co 14.25), ou
prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (1Co 14.3, 25, 26, 31). d) a igreja
não deve ter como infalível toda a profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na
igreja (1Jo 4,1). Daí toda a profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (1Co
14.29,32; 1Ts 5. 20-21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a
santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submissa e
obediente a Cristo. e) o dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do
homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou
orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus
tomava o profeta para isso (1Co 12.11).
248
218
É necessário explicar que o cristão cheio do Espírito Santo possui “o discernimento
de Espíritos” por causa da prerrogativa das palavras do próprio Senhor Jesus em Jo 16.13,14
“Porém, quando vier o Espírito da verdade, ele os guiará em toda a verdade. Ele não falará por si
mesmo, mas dirá tudo o que ouvir e anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer. Ele me
glorificará, porque vai receber do que é meu e anunciará isso a vocês”. Saber o que o Espírito
Santo faz é vital para não cair no engano de espíritos malignos (ou até carnais).
219
O dom da fé é essencial para a vida cristã. Ele é o que nos permite aceitar Jesus como
nosso Salvador, confiar nele para nos perdoar e nos guiar, e viver uma vida de obediência a ele.
Aqui estão alguns exemplos de como o dom da fé pode ser manifestado na vida dos cristãos: a)
Alguém que tem o dom da fé pode crer que Deus vai curar um ente querido mesmo quando a
medicina diz que não há esperança. b) Alguém que tem o dom da fé pode crer que Deus vai
fornecer as necessidades financeiras mesmo quando as coisas estão difíceis. c) Alguém que tem o
dom da fé pode crer que Deus vai realizar milagres no mundo, mesmo quando parece que o mal
está vencendo.
249
220
Quantas pessoas Deus quer curar? Deus prometeu saúde ao seu povo, se este
permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (Êx 15.26). Sua declaração abrange
dois aspectos: a) “nenhuma enfermidade porei sobre ti (como julgamento), que pus sobre o
Egito”; e b) “Eu sou o Senhor que te sara (como Redentor)”. Curados todos entre três milhões:
Deus continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus
sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra. A cura é para todos:
Jesus, como o Filho encarnado de Deus, era a exata manifestação da natureza e do caráter de
Deus. No seu ministério terreno, revelava a vontade de Deus na prática, e demonstrou que está no
coração, na natureza e no propósito de Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo
diabo.
221
Quanto às línguas também é importante dizer que se trata de dons de inspiração, ou
seja, quem fala a língua é o crente e “não o Espírito no crente”. Na verdade, não há nenhuma
posição bíblica quanto o Espírito falar em línguas. O crente é inspirado por Deus e fala as línguas.
Isso não deve ser confundido com possessão (ou seja, o Espírito falar na boca de alguém).
222
As línguas estranhas é uma nomenclatura bíblica para descrever a manifestação oral
da adoração estática, o êxtase na adoração é quando o crente transcende as palavras na sua
língua nativa para adorar a Deus. É muito comum algumas pessoas chamarem de “língua dos
anjos” — por causa da referência de Paulo em 1Co 13 — mas é uma assimilação equivocada, pois
“as línguas” que falamos na igreja igreja, no mover de Deus sempre serão “estranhas”. É
importante que seja assim, pois é “estranha a razão humana”. ´Não se trata de um idioma falado
em outro lugar (até mesmo no céu). A própria bíblia nunca afirmou que o Espírito Santo fala
250
“línguas estranhas”. Mas trata-se de um mover entre Deus e sua Igreja. Além disso, Satanás é
um anjo caído (Ap 12.7) e certamente entenderia se fosse “línguas dos anjos”.
223
Cf. O Fruto do Espírito Santo (Estudo Bíblico). Desenhando a Bíblia, Youtube in:
https://encr.pw/MrT9H
251
cristã, não só para com Paulo (Gl 4.16), mas para com o próprio Evangelho
(Gl 1.6-9; 3.1; 5.7). Assim, fidelidade como fruto do Espírito não apenas se
resume à lealdade para com os homens, mas principalmente para com Deus
e à sua vontade.
Mansidão. A Mansidão é o oposto da agressividade, da raiva, da
violência. Sermos gentis uns com os outros revela o fruto do Espírito em
nós, e nos faz ser imitador do nosso Senhor (Mt 11.29; 2 Co 10.1).
Domínio próprio. O fruto do Espírito pode ser visto na relação que
alguém tem consigo mesmo. O domínio próprio também pode ser traduzido
como “temperança”. No sentido original, o termo grego descreve a
capacidade de uma pessoa conter-se a si mesma. Exercendo o domínio
próprio, submetemos todas as nossas vontades à obediência a Cristo. A lei
existe para propósitos de restrição, mas quanto a estas virtudes, nada
existe para limitá-las.
224
Cf. Angelologia | A Doutrina dos Anjos (Parte 1). Rede Brasil Oficial, Youtube in:
https://encr.pw/fAvfy
254
225
Cf. A Natureza dos Anjos - A Beleza do Mundo Espiritual. Fabio Segantin, Youtube
in: https://encr.pw/UNdEa
256
226
HIERARQUIA DOS ANJOS | Mundo Espiritual | Lamartine Posella, Youtube in:
https://encr.pw/S8ACm
257
quando rendem culto a Deus (Sl 148.2). Eles conhecem suas limitações e se
contentam com tudo o que fazem e podem fazer (Mt 24.36).
Os anjos são seres imortais. Os homens podem morrer, mas os
anjos são espíritos imortais (Lc 20.34-36). Eles não estão sujeitos à
dissolução, ou putrefação orgânica, visto que seus corpos são imateriais. A
imortalidade deriva da pura espiritualidade.227
A teologia católica acredita que os anjos são seres criados por Deus
que são superiores aos humanos em poder e inteligência. Eles acreditam
que os anjos desempenham um papel importante na vida dos humanos,
fornecendo proteção, orientação e conforto. A teologia católica também
acredita que os anjos podem ser adorados, mas não da mesma forma que
Deus.
A teologia reformada, por outro lado, acredita que os anjos são
seres criados por Deus, mas não superiores aos humanos. Eles acreditam
que os anjos não desempenham um papel tão importante na vida dos
humanos quanto a teologia católica acredita, e eles não acreditam que os
anjos podem ser adorados.
Aqui estão alguns exemplos específicos de como a hermenêutica
dos anjos difere entre a teologia católica e a reformada: a teologia católica
acredita que existem nove ordens de anjos, enquanto a teologia reformada
acredita que existem apenas três ordens de anjos. A teologia católica
acredita que os anjos podem ser adorados, enquanto a teologia reformada
não acredita que os anjos podem ser adorados. A teologia católica acredita
que os anjos desempenham um papel mais ativo na vida dos humanos do
que a teologia reformada acredita.
A hermenêutica dos anjos é um tópico complexo que tem sido
debatido por séculos. Não há uma resposta definitiva, pois ambas as
tradições têm argumentos teológicos fortes.
Em suma, A divergência dogmática dos anjos é um tema complexo
e controverso que tem sido debatido por séculos. Os diferentes grupos
227
É importante deixar claro que imortalidade é diferente de eternidade. Imortalidade
é dada às criaturas celestiais, pois não morrem, já a eternidade é atributo divino, ou seja,
somente Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) possuem são eternos: não possui início nem fim.
228
Anjos, os Ministros de Deus em Favor da Igreja | Rev. Hernandes Dias Lopes,
Youtube in: https://acesse.dev/6M1mK
258
MÓDULO 8 — ECLESIOLOGIA229
“Deus só frequenta as igrejas vazias.”
—Nelson Rodrigues230
229
Alguns alunos se perguntam qual é a diferença entre História da Igreja e Eclesiologia?
E a resposta apesar de parecer bem óbvia, pode ser de fato confundida, pois um assunto diz
respeito ao outro. Mas enquanto a História da Igreja tem a ver com os fatos que aconteceram ao
longo dos séculos, a Eclesiologia trabalha a questão dogmática do que se entende enquanto igreja.
Para melhorar a compreensão dessa mentalidade, cf. O Que é Ser Igreja? Luiz Sayão. IBNU,
Youtube in: https://encr.pw/3d8fu
230
Nelson Rodrigues foi um escritor, jornalista, dramaturgo, contista e cronista
brasileiro, considerado o mais influente dramaturgo do Brasil. Ele nasceu em Recife,
Pernambuco, em 23 de agosto de 1912, e morreu no Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 1980.
Rodrigues começou sua carreira como jornalista no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai,
Mário Rodrigues. Ele também trabalhou como repórter policial, de onde acumulou uma vasta
experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça, “Vestido de
Noiva”, foi escrita em 1942 e estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1943. A peça foi
um sucesso estrondoso e lançou Rodrigues como um dos principais dramaturgos do Brasil.
Outras peças de Rodrigues que se tornaram sucessos de crítica e público incluem “O Beijo no
Asfalto”, “A Falecida”, “Toda Nudez Será Castigada” e “A Serpente”. Rodrigues também
escreveu contos e crônicas, que foram publicados em jornais e revistas. Seus contos são
geralmente sobre temas sombrios e perturbadores, como o desejo, a traição e a violência. Suas
crônicas são conhecidas por seu humor ácido e sua crítica social. Rodrigues foi um autor prolífico
e escreveu mais de 20 peças, 50 contos e 100 crônicas. Seu trabalho é considerado um dos mais
importantes da literatura brasileira do século XX. Algumas das principais características da obra
de Nelson Rodrigues incluem: a) O uso de temas sombrios e perturbadores, como o desejo, a
traição e a violência. b) A representação realista da sociedade brasileira, com seus contrastes
entre riqueza e pobreza, amor e ódio, bem e mal. c) O uso de uma linguagem coloquial e
coloquial, que aproxima o público das personagens. O legado de Nelson Rodrigues é significativo.
Ele foi um autor inovador que ajudou a revolucionar o teatro brasileiro. Seu trabalho continua a
ser estudado e apreciado por leitores e espectadores de todo o mundo.
260
231
Cf. A História do Cristianismo Como Você Nunca Viu | Episódio 01. Escola do
Discípulo, Youtube in: https://encr.pw/POwh2
262
232
Na pós-modernidade existe um equívoco muito grande da grande maioria dos
cristãos a respeito do “ser igreja” e muitos pensam que individualmente “são igreja”, o que não
tem fundamento na Escritura. Cada um de nós individualmente somos apenas “membros do
Corpo de Cristo” e este “Corpo de Cristo” é, de fato, a Igreja (Rm 12.5; 1Co 12.27).
233
A função da igreja é servir a Deus e às pessoas. Ela é um corpo de pessoas que foram
salvas pela graça de Deus e que se reúnem para adorar a Deus, aprender sobre a Bíblia, crescer na
fé e servir ao mundo. Cf. Qual a função da igreja? - Jonas Madureira. Coram Deo, Youtube in:
https://encr.pw/0TkZ3
263
234
Cf. A Igreja e a sua Missão Evangelizadora - Rev. Hermisten M. P. Costa. JMC,
Youtube in: https://encr.pw/23Bdg
264
235
Cf. Missiologia - Missões no Novo Testamento. PIB Araras, Youtube in:
https://l1nq.com/lM0pD
236
BOSCH, David J. Missão Transformadora: Mudanças de Paradigma na Teologia da
Missão. São Leopoldo: Sinodal, 2002, p. 15.
237
Johannes Verkuyl, foi prisioneiro durante a segunda guerra mundial na Indonésia,
em 1963 retornou a Holanda e assumiu o cargo de Secretário Geral do Conselho Missionário
holandês. Dois anos mais tarde aceitou a nomeação como o sucessor de J. H. Bavinck na
universidade reformada livre de Amsterdã. Aposentou-se lá em 1978 como professor e chefe do
Departamento de Missiologia e Evangelismo.
238
Em sua obra Contemporary Missiology citado por Roger Greenway in: Ide e Fazei
Discípulos. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.49 (Cf. também CARRIKER, Timóteo. O Caminho
Missionário de Deus: Uma teologia bíblica de missões. Brasília: Palavra, 2005. p. 201).
239
Mateus foi escrito para os judeus, para ensiná-los sobre Jesus e fazer deles o apoio
para a missão da igreja junto aos gentios. Marcos era um “tratado” missionário para os gentios
265
que precisavam de um breve relato sobre a vida e os ensinamentos de Jesus. Lucas, um gentio
convertido à fé em Jesus, escreveu para os gentios como ele, os quais precisavam saber que Jesus
os queria em seu Reino tanto quanto os judeus. João abertamente declarou seu propósito
missionário: “Para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome” (Jo 20.31).
240
Cf. Fazer discípulos, ordem de Cristo, missão da Igreja, necessidade do mundo.
Igreja Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/3R1jK
241
BOSCH. Missão Transformadora. 1991, p. 57.
242
1. Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra O Pai dá ao Filho a onipotência.
Portanto, fazei discípulos de todas as nações (mandato: Fazer nas nações discípulos do Filho
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo). Batismo na fórmula trinitária. 2.
Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (mandato: Ensinando-lhes a
obedecerem o ensino do Filho). 3. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século (o Filho promete sua onipresença por meio do Espírito Santo).
266
243
CARRIKER, T. Missão Integral: Uma Teologia Bíblica. São Paulo: SEPAL, 1992. A
missão integral é baseada na crença de que o evangelho de Jesus Cristo é transformador em todas
as áreas da vida humana. O evangelho não apenas salva as pessoas dos seus pecados, mas
também as capacita para viver uma vida plena e justa.
267
244
Filho do Homem é usado 31 vezes em Mt (Mc 14X; Lc 26X; Jo 12x).
268
247
MACARTHUR, J. O Evangelho Segundo Jesus. São José dos Campos: Fiel, 1991, p.
229. O trecho é um resumo do ensino bíblico sobre a salvação. Ele enfatiza que todos os seres
humanos são pecadores por natureza e que a única solução para o problema do pecado é a graça
de Deus. A graça de Deus é oferecida a todos, mas só pode ser recebida pela fé em Jesus Cristo. Se
você não é salvo, você pode receber a salvação hoje mesmo, simplesmente crendo em Jesus Cristo
como seu Salvador.
248
BARTH, K. An Exegetical Study of Matthew 28.16-20 en The Theology of the
Christian Mission. London: SCM Press, p. 69. A interpretação de Barth destaca a centralidade do
Grande Mandamento para a missão da igreja. Ele enfatiza a natureza universal, discipular e
contínua da missão. A presença e autoridade de Cristo ressuscitado são cruciais para a motivação
e o direcionamento da missão. Esta interpretação tem influenciado muitas teologias da missão
do século XX, enfatizando a responsabilidade, o alcance e a continuidade da missão da igreja. É
importante mencionar que, enquanto Barth enfatiza a dimensão global da missão, outros
teólogos apontam para a necessidade de equilibrar este foco com atenção às necessidades locais e
o engajamento com o contexto cultural.
270
249
Cf. Uma Análise Panorâmica do Evangelho de Marcos | Rev. Hernandes Dias Lopes.
Igreja Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://encr.pw/91fHi
250
HEDLUND, R. The Mission of the Church in the World: A Biblical Theology. Grand
Rapids: Baker books, p. 155. O ponto de vista de Hedlund é compartilhado por muitos teólogos. A
missão da igreja é uma missão de reconciliação é um conceito central na teologia cristã. Essa
missão é baseada no amor de Deus pela humanidade, que foi demonstrado na morte e
ressurreição de Jesus Cristo. A missão de reconciliação da igreja tem implicações importantes
para a vida da igreja. A igreja deve ser um lugar onde as pessoas se sintam acolhidas e aceitas,
independentemente de sua raça, origem ou religião. A igreja também deve ser um agente de
transformação social, trabalhando para promover a paz, a justiça e a reconciliação no mundo.
251
A palavra “evangelho” se usa oito vezes em Mc onde usa somente 4 vezes em Mt,
onde sempre é “o evangelho do reino” e 3 vezes em Lc, enfatizando a importância do evangelho.
272
252
Cf. Capacitação online Teologia de Lucas-Atos (aula introdutória) - Victor
Fontana. Seminário Teológico Jonathan Edwards, Youtube in: https://l1nq.com/ygggl
253
Para uma descrição mais ampla da missiologia de Lucas/Atos veja o capítulo “La
misión en el Evangelio de Lucas y en los Hechos” com Bases Bíblicas da Missão: Perspectivas Latino
Americanas. Buenos Aires: Nueva Creación, 1998.
274
254
LOPEZ, D. La misión liberadora de Jesús según Lucas. Padilla, 1998, p.224.
255
STOTT, J. A Mensagem de Atos. São Paulo: Aliança Bíblica Universitária, 1994.
276
256
Cf. A Missão do Filho de Deus (Jo 3.16-21) Rev. Augusto Brayner. IPAB, Youtube in:
https://encr.pw/sUNgk
278
5.23,24) que tem a autoridade completa do Pai e veio para fazer a vontade
do Pai (Jo 5.19-30; 8.29).
c) A Missão dos Discípulos (Jo 20.21-23): Paz seja convosco! Assim
como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou
sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Se de alguns perdoardes
os pecados, são-lhes perdoados; se os retiverdes, são retidos.
1. Façamos alguns comentários sobre os elementos desta comissão.
“Paz seja convosco”. Esta frase é mais que uma saudação (Jo 20.19,21,26).
Pela sua morte, Jesus deu a paz que o mundo não pode entender, dar nem
tirar, que persiste até na tribulação. A paz que Jesus lhes presenteia é “sua
paz” (Jo 14.27; 16.33). É a paz que se deve compartilhar com o mundo.
2. “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Este verbo
indica um ato no passado que todavia tem efeitos no presente. Na mesma
maneira em que foi enviado, os discípulos são enviados “ao mundo” (Jo
17.18). Não pertencem ao mundo da mesma maneira que Jesus não pertence
ao mundo. Os escolhidos do mundo (Jo 15.19) e o mundo irá odiar como
odiou a ele (Jo 15.18-25). O mundo ao qual os manda, primeiramente é o
mundo caído, mas também inclui a ideia de “toda a humanidade”, não
somente os judeus (Jo 1.29 “o pecado do mundo”, cf. também Jo 10.16;
11.52; 12.32 cf. vv. 20).
O modelo da missão da comunidade de discípulos, é Jesus. Por isso,
John Stott disse que esta comissão é a mais ignorada, pois é a mais
trabalhosa.
3. A promessa do Espírito Santo. O ato de soprar simboliza que está
entregando (ou prometendo) o Espírito Santo, que se cumprirá nas
promessas de Jesus sobre o Consolador. O Espírito Santo os fará lembrar
das palavras de Jesus, interpretar o significado de sua obra e
acompanhá-los em seu testemunho e sua missão com o poder para
convencer e converter (Jo 14.25-26; 15.26-27; 16.7-11,12-15).
4) Perdão dos pecados. O Espírito Santo também lhes dará
autoridade para anunciar o evangelho e suas promessas de perdão dos
pecados aos que creem e adverte aos que entrarão em juízo. A missão em
João significa tanto o juízo como a salvação.
Enfim, a missão segundo João é a revelação do Pai por Jesus, e Jesus
dá aos discípulos a mesma missão para fazer da mesma forma.
280
257
Cf. A Teologia da Missão Integral - Augustus Nicodemus, Filipe Fontes e Jonas
Madureira. Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper, Youtube in:
https://encr.pw/5Je2D
281
258
Cf. O Espírito Santo Como Maior Impulsionador de Missões | Renato Marinoni.
IBNU, Youtube in: https://l1nq.com/Krqtw
259
Cf. A Bíblia é um Livro Missionário. Video da Hora, Youtube in:
https://l1nq.com/BxFtd
283
260
Cf. Pr. Álvaro Alén Sanches - O Preparo Missionário - CIMAD 2010. CPAD Vídeo,
Youtube in: https://encr.pw/iMq48
285
261
Cf. Métodos de Evangelização | Pr. Hernandes Dias Lopes. Igreja Presbiteriana de
Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/3FW33
286
262
Cf. A Igreja e a Missão em uma Sociedade Pós-Moderna, Plural e Mística | Ronaldo
Lidório. Edições Vida Nova, Youtube in: https://l1nq.com/O8tj6
287
263
Cf. A Importância da Formação Teológica Missionária. Igreja Presbiteriana de
Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/wielv
289
5. Discipulado é exemplo:
a) como discípulos de Cristo devemos seguir seu exemplo (1Pe 3.21;
1Jo 2.6).
b) Logo, nossos discípulos também devem seguir nosso exemplo!
c) o que Paulo ensinou sobre o exemplo: 1Co 4.16; Gl 4.12; Fl 3.17;
1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; Hb 13.7.
6. Como Jesus ensinou os seus discípulos:
a) dando exemplo: Jesus chamou os doze a fim de estarem com ele
(Mc 3.14). O que eles viram durante os anos em que andaram com Jesus não
lhes poderia ter sido comunicado apenas por meio de discurso. As curas e
milagres, o tempo investido na oração, as conversas espontâneas com Ele,
suas atitudes [...] tudo isto se tornou um modelo a ser seguido (Jo 13.15).
b) momentos de ensino: o Dr. Ralph Neighbour Jr. define
momentos de ensino como “aqueles momentos específicos quando o
discípulo está pronto para receber ajuda” e cita como exemplo Mt 17.14-20,
onde os discípulos estavam totalmente abertos à correção de Jesus por
terem fracassado.
c) experiências em comum: ao chamar um grupo para andar
consigo, Jesus proporcionou que os discípulos aprendessem não apenas por
meio de o observar, mas também por observar as atitudes dos que
compunham o grupo. O discipulador deve saber que os membros da célula
irão impactar um discípulo novo. Às vezes, essa interação pode ser muito
significativa.
d) aprendizado mútuo: algumas vezes, Jesus intencionalmente
fazia os discípulos discutirem entre si algum assunto e chegarem a suas
próprias conclusões antes que Ele mesmo se pronunciasse sobre aquilo (Mt
16.13-15).
7. Nos dias de hoje […]
a) A prática independe da teoria: Em Mc 4.26-28 Jesus ensinou que
não importa quanto conhecimento a pessoa tenha acerca de como germinar
uma semente, o que faz com a semente brote é o ato do plantio. Assim
também é na vida espiritual, o novo convertido não tem que entender como
as coisas funcionam para que possa frutificar; basta praticar os princípios e
eles darão resultados por si. E ele aprenderá imitando a prática de outros
cristãos bem-sucedidos.
b) E o entendimento teórico dos princípios seguirá a prática!
293
(no grego: eirene) significa serenidade, bem estar total (Jo 14.27; Rm 5.1; Fp
4.7; 1Ts 5.13); longanimidade (no grego: makrothumia) significa paciência
(Pv16.32; Ef 4.2; Cl 1.11; 3:12; Hb 6.12); benignidade (no grego: chrestotes)
significa benignidade (Lc 6.27; Rm 2.10;12:21; Gl 6.9; 1Tm 6.18; 1Pe 2.15).
bondade (no grego: agathosune) significa: bondade magnânima (Dt
28.47,48; Rm 15.14; Ef 5.9)264; fidelidade (no grego: pistis) significa
fidelidade ou lealdade (Mt 24.45; 25.21,23; 1Co 4.1,2; 1Tm 1.12; 2Tm 2.2);
mansidão (no grego: prautes) significa suavidade (Nm 12.3; Mt 5:5; Mt
11.29); domínio próprio (no grego: enkrateia) significa vitória sobre o desejo
(Gn 4.7; At 24.25; 2Pe 1.6).
O que leva o fruto a de desenvolver na vida da pessoa:
a) O paralelo entre o natural e o espiritual. Jesus disse ser a videira e
nós os ramos. O fruto aparece nos ramos (galhos), mas isso só é possível
pelo fluir da seiva da árvore (Jo 15.5).
b) Fatores que contribuem para o desenvolvimento do fruto: água.
Quanto mais regada, maior o potencial de frutificação da árvore. Figura a
Palavra de Deus, que torna mais fértil o nosso coração. O tipo de terra. Em
Mt 13.3-8 Jesus fala que os diferentes tipos de solo em que a semente cai
são responsáveis por determinar a produção; a terra boa é a que mais
produz. Fala da condição do nosso coração para com as coisas de Deus.
Semeando e colhendo: a) Semeando na carne ou no Espírito (Gl
6.7,8). Experimentaremos a ação do Espírito Santo em nós, o que nós
mesmos decidimos investir nestas áreas. b) Decidindo a que lado se inclinar
(Rm 8.5,6). A pessoa vai se inclinar a um lado ou a outro; não existe meio
termo (Ap 22.11).
264
O significado das palavras benignidade e bondade são muito parecidos. Estudiosos
definem a primeira como uma qualidade do coração e da emoção, e a segunda como uma
qualidade da conduta e ação.
265
Cf. O que é Liturgia - Termos Teológicos. Canal A Porta Estreita, Youtube in:
https://l1nq.com/hXnFx
295
vai tomando o sentido de culto devido a Deus. É nesse sentido que a palavra
“liturgia" aparece na tradição grega do Antigo Testamento, até o
cristianismo.
A palavra liturgia no AT aparece mais ou menos 170 vezes na versão
LXX e é tradução dos verbos hebraicos sheet e abbad, que significam:
serviço prestado a alguém, porém com esta diferença: a) sheet: serviço de
dedicação incondicionada por parte de um servo; e de confiança por parte
do patrão. b) abad: serviço honroso, trabalho escravo. Este verbo deriva da
palavra ehed: escravo, servo. (Liturgia no AT é marcada pelo espírito de
escravidão e pela exterioridade cultural (Lv 24.1-9). Porém, as duas
palavras na Escritura Hebraica são usadas indiferentemente, seja para o
“serviço” em sentido profano, como para o “serviço” em sentido religioso.
Na tradução dos LXX foram escolhidos termos técnicos para o uso
profano e para o uso religioso. Por exemplo: quando os dois termos se
referem ao culto prestado a Javé pelos sacerdotes e levitas é usada a palavra
leiturghia, leiturghein; quando ao invés se refere ao culto prestado ao
Senhor pelo povo, a palavra era latein, dulia.
Na intenção dos LXX, a palavra liturgia é o termo técnico para
indicar o culto levítico, ou seja, uma forma de culto fixada por um liturgo
(livro da lei). Esta palavra liturgia exprime e engloba: a ação do culto,
através do qual serve-se a Deus e somente a Ele, na sua “tenda”, no seu
“templo” e sobre o seu “altar”; a unidade de um culto, o qual sendo
destinado ao Senhor, único Deus verdadeiro, e também único na sua
realização. (Segue-se à risca a prescrição da lei). A liturgia é marcada,
portanto, pelo espírito de escravidão (Lv 23).
Em sentido profano “Os magistrados são ministros (leiturghoi) de
Deus” (Rm 13.6). “Os pagãos têm participação dos bens espirituais dos
judeus. Por isso devem assistir-lhes com as coisas materiais” (Rm 15.27).
“Assistiu-me em minhas necessidades (Leiturghoi) e arriscou a própria
vida para prestar-me serviços” (Fl 2.25-30). “Arrecadar esmolas para os
cristãos de Jerusalém é prestar liturgia aos irmãos (2Co 9.12 BJ).
Em Hebreus 1.7-14 fala-se de liturgia. Deve ser entendido não em
sentido cultural, mas de serviço que os Anjos prestam a Deus em favor dos
homens. Em sentido ritual sacerdotal do AT. “Serviço de Zacarias no
templo de Jerusalém” (Lc 1.23) Cristo o liturghista do verdadeiro santuário,
realiza uma liturgia superior. Liturgia e Liturghista, embora se referindo a
Cristo, são comparações do Pontífice judeu (Hb 8.2.6).
297
266
Cf. Teologia do Culto - Pr Arival Dias Casimiro. Igreja Presbiteriana de Pinheiros,
Youtube in: https://l1nq.com/Nq2Zq
298
sua interpretação. Tudo isto por que? Paulo dá uma explicação em 1Co
14.2-5.
Clemente Romano, na Antiguidade, tinha grande autoridade,
apesar de ter-se conservado apenas um escrito saído de sua pena: Carta aos
Coríntios, que a Igreja Síria contou entre as Sagradas Escrituras. A Carta aos
Coríntios foi escrita nos últimos anos do império de Domiciano (cerca do
ano 96). Ocasião e motivo desta carta foram contendas naquela Igreja.
Alguns membros mais jovens da comunidade haviam-se rebelado contra a
autoridade dos presbíteros, expulsando-os de seus ofícios. Quando a Igreja
de Roma tomou conhecimento do fato, dirigiu a presente A Carta a Corinto.
Na questão da liturgia indica a ação cultual do bispo, do presbítero
e do diácono e indica também o rito em si mesmo. Os ministros sagrados
são os principais responsáveis pela liturgia. É, aliás, a primeira vez que este
termo liturgia aparece na literatura cristã, sendo definido de maneira
muito simplesmente: função de apresentar oferendas.
No Oriente Grego, desde a Antigüidade até hoje, a Liturgia, sempre
significou Celebração, segundo um rito particular. Assim, a liturgia de S.
Crisóstomo, de S. Basílio, de S. Tiago, de S. Marcos, dos Doze Apóstolos. As
Igrejas mais antigas conservam uma liturgia, expressão da fé apostólica.
Remontam ao apóstolo, fundador dessa Igreja.
No Ocidente latino a palavra liturgia é ignorada, ao contrário de
outras palavras técnicas do vocabulário cristão transliteradas do grego para
o latim. Ex: Episcopus, presbitex, ecclesia, apostulus, profheta, baptismus,
eucharistia, evangelium […]. Na linguagem latina ocidental, ao invés de
liturgia usa-se outros termos, como: Officia Divina, Sancta, Misteria Sacra,
Divina, Opus Divinae, Sacre Rittus, Rittus Ecclesiastici.
Desde o início do movimento litúrgico (1909) até os nossos dias, a
maioria dos autores de manuais têm-se esforçado por dar uma definição de
liturgia que resume em breves palavras a sua natureza e caracteres
essenciais. Tarefa tanto mais difícil quanto a liturgia é uma realidade viva,
rica e uma ao mesmo tempo, não se compreende a liturgia senão tomando
parte nela; dificilmente se deixa encerrar em conceitos: é por isso que ainda
nenhuma das definições dadas pareceu satisfatória.
Toda a ação a favor da vida é liturgia, no sentido amplo da Palavra.
É participação no serviço libertador de Jesus. Sendo isto Liturgia, será
preciso ainda celebrar? Não basta apenas agir, lutar a favor da vida para
299
nós e através de nós e de todos que aderem ao projeto do Reino pela força e
animação de seu Espírito.
Segundo L. Beauduin: “A liturgia é o culto da Igreja”. O. Casel diz
que “A liturgia é a ação ritual da obra salvífica de Cristo, ou melhor, é a
presença, sob o véu de símbolos, da obra divina da redenção”. A Mediator
Dei, não rejeitou apenas as definições que faziam da liturgia uma coisa
absolutamente exterior e acessória. Sublinhando a realidade sobrenatural
que ela contém, convidou à busca da sua inteligência no sacerdócio de
Cristo e numa noção justa da Igreja, Corpo Místico de Cristo, como o sugere
já a maior parte dos pioneiros do movimento litúrgico: “A Igreja é a
continuadora do múnus sacerdotal de Jesus, sobretudo no desempenho da
sagrada liturgia” (MD 3, cf. 22: “A sagrada liturgia outra coisa não é mais
que o exercício desse múnus sacerdotal de Cristo”). A definição da Mediator
Dei: “O culto público total do corpo místico de Cristo, cabeça e membros”.
O CVII inaugurou a sua exposição dos “princípios gerais para a
restauração e progresso da liturgia” com uma lição sobre a “natureza da
liturgia e sua importância na vida da Igreja”. Evitou propositadamente as
formulações de tipo escolar para se aproximar da linguagem e das
categorias bíblicas.
O conceito de liturgia apresentado pela Sacrossanto Concílio é
quase idêntico ao da Mediator Dei: “A liturgia é considerada como exercício
da função sacerdotal de Cristo” (SC 7). “Todavia, a liturgia é o cume para o
qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte de onde emana
toda a sua força”(SC 10).
Estas duas definições, mais outras contribuições presentes no
mesmo documento, podemos resumir assim: “A liturgia é ação sagrada
através da qual, com um rito, na Igreja e mediante a Igreja, é exercida e
continuada a obra sacerdotal de Cristo, isto é, a santificação dos homens e a
glorificação de Deus”.
É fácil constatar as reminiscências da Mediator Dei, mas o Concílio
juntou vários outros aspectos importantes. A liturgia, cujos elementos
essenciais são constituídos pelos sacramentos, é na sua totalidade um sinal
sagrado, como o resto da própria Igreja; o elemento visível é sinal eficaz
numa realidade sobrenatural, eficácia diversa conforme se trata de sinais
sacramentais ou de outros sinais, mas que permanece análoga.
A ação litúrgica faz não só subir até Deus a prece de adoração e
súplica da Igreja, mas também descer sobre a Igreja e os seus membros as
301
267
Cf. Como era o Culto na Igreja Primitiva? - Gutierres Siqueira. Gutierres Fernandes
Siqueira, Youtube in: https://encr.pw/e0CRZ
302
268
Cf. Como é a Liturgia Pentecostal Reformada? Bp Walter McAlister, Youtube in:
https://l1nq.com/N5Zwe
303
269
SARTORE, Andrei Medeiros. A importância da oração na vida do Cristão. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 01, Vol. 06, pp. 146-152 Janeiro
de 2019. ISSN: 2448-0959
304
66.18), fé (Hb 11:6), vida em união com Cristo (Jo 15.7), submissão à
vontade de Deus (1Jo 5.14-15; Mc 14.32-36), direção do Espírito Santo (Jd
20), espírito de perdão (Mt 6.12) e relacionamento correto com as pessoas
(1Pe 3.7).
Jesus nos deu o exemplo dessa aproximação com o Pai através de
palavras, ou seja, nos deu o exemplo de uma vida de oração e nos ensinou
para assim fazermos também, nos ensinando a oração do Pai Nosso
descrita no evangelho de Mt 6.9 como uma oração modelo, e nos versículos
anteriores, versículo 6, que ele diz as multidões no decorrer do seu sermão
da montanha, dizendo: “Mas quando você for orar, vá para seu quarto,
feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em
secreto, o recompensará”.
É claro que ao lermos o contexto desse versículo de Mt 6.6, vemos
que Jesus aconselha a multidão ao seu redor a orar dessa maneira, para
fazerem diferentemente dos fariseus ao qual ele retrata no versículo 5
como hipócritas, pois o intuito deles orarem eram de serem vistos pelos
homens onde eles gostavam de orar em pé nas sinagogas, às esquinas das
ruas para serem reconhecidos pelos homens como os “espirituais”, e Jesus
alerta a multidão a fazer o inverso, de orar buscando o reconhecimento
celestial e não o terreno.
Vejo que ao mesmo tempo que Jesus aconselhou a multidão a orar
dessa forma naquela época na idade antiga, da mesma forma Jesus espera
que hoje na pós-modernidade vimos assim fazer, tirando um tempo para
Ele todos os dias em nosso quarto, para alcançarmos essa intimidade com
Ele por meio da oração.
Devemos ter em mente como se fosse cravado em nosso ser, que a
intimidade com Deus através da oração é crucial na vida espiritual de todo
cristão (LOPES, 2000, p. 70) diz:
Diante disso pergunto, será que Deus tem tido prazer em nós? Tem
se agradado de nós por estarmos nos deleitando Nele? Será que o Pai tem
305
Nee (1986, p.51) afirma: “A oração exercita o espírito, que por sua
vez é fortalecido por meio de tal exercício”. A negligência na oração seca o
homem interior. Nada pode substituí-la, nem mesmo a obra cristã. Muitos
estão preocupados com a obra, e concedem pouco tempo à oração. Essas
palavras de Watchman Nee de seu livro, diz o homem espiritual, fala
profundamente a realidade de muitos cristãos em nossa pós-modernidade,
e muitos são esses cristãos que estão com o seu interior sedentos por
negligenciar a oração, onde não conseguem serem saciados, preenchidos
nem pelos seus atos corriqueiros de cristão, pois somente a oração
preencherá esse vazio, por isso Jesus falando sobre a persistência da oração
em Mt 7.8 “Pois todo o que pede, recebe, o que busca, encontra, e àquele
que bate, a porta será aberta”.
Ou seja, somente buscando a intimidade com o Pai através da
oração e não fazendo outros atos corriqueiros de cristão, vamos encontrar e
ter o preenchimento da abundância de Cristo em nosso interior e não a
seca, e assim estarmos bem com o nosso Criador, pois como se diz: Nada
melhor do que estar bem com Deus. Nee (1986, p. 51) também afirma: “O
homem espiritual fica mais forte por meio de tais exercícios, porque se o
crente ora frequentemente com seu espírito, sua eficácia espiritual
aumentará grandemente.”
306
Louvai ao Senhor!
Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Seja bendito o nome do Senhor,
desde agora e para sempre.
Desde o nascimento do sol até ao ocaso,
seja louvado o nome do Senhor.
Exaltado está o Senhor,
acima de todas as nações,
e a sua glória, sobre os céus.
Quem é como o Senhor, nosso Deus,
que habita nas alturas;
que se curva para ver o que está nos céus e na terra;
que do pó levanta o pequeno e,
do monturo, ergue o necessitado,
para o fazer assentar com os príncipes,
sim, com os príncipes do seu povo;
que faz com que a mulher estéril habite em família
e seja alegre mãe de filhos?
Louvai ao Senhor!
270
Cf. O que estão fazendo com o Louvor? - Paulo Junior (Legendada). Defesa do
Evangelho Oficial, Youtube in: https://l1nq.com/6FBG4
309
271
Cf. Qual é a diferença entre dízimos e ofertas? - Pr. Marcos Granconato. Igreja
Batista Redenção, Youtube in: https://encr.pw/8yiVd
314
272
Cf. Os Três Tipos de Espiritualidade - Pr Hernandes Dias Lopes. Igreja
Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/OnNxt
317
Por isso temos que retomar sempre esses temas para melhorar nossa
compreensão, de tal maneira que possamos agarrá-la e, a partir daí,
começar a moldar melhor nossa vida. Nossa dificuldade começa com a
palavra espírito que na modernidade recebe diversos sentidos.
Segundo o conhecimento filosófico, o ser humano tem duas
maneiras de conhecer: os sentidos, pelos quais captamos o mundo sensível,
e o intelecto, pelo qual captamos o mundo inteligível ou suprassensível. A
partir disso, entendemos as palavras espírito e espiritual como sendo os
entes não-materiais, os valores e as coisas culturais e os valores
ético-humanistas.
Com o tempo, na nossa cultura ocidental, a compreensão filosófica
da palavra espírito e a compreensão da fé se misturaram, pelo que
espiritual passou a significar valores ético-humanistas. Isso faz pensar que
por espiritual o cristianismo entenda a busca desses valores. Essa busca,
porém, é própria de todas as religiões.
Essa mistura da experiência filosófica e da experiência cristã leva a
distorções que nos dificultam o viver espiritual. Por exemplo: distinguimos
o "fazer coisas materiais" e o "fazer coisas espirituais". A partir dessa
distinção, um mecânico que conserta carros, busca ampliar sua oficina, ele
faz coisas materiais, é materialista, não entende de coisas espirituais. Já um
professor de literatura, que leciona na faculdade, lê bastante, participa de
congressos, faz coisas espirituais, é espiritualista e entende de coisas
espirituais. Partindo dessa concepção, pessoas como mães de família,
operários, lavradores não teriam vida espiritual. O analfabeto também não
poderia ter acesso a ela.
Se quisermos entender o que é espírito, espiritualidade, vida
espiritual, devemos deixar de lado esse modo de pensar. Surge a pergunta:
mas então, quando falamos de espiritualidade cristã, o que entendemos por
espírito?
A tradição cultural do Ocidente entende por espírito o modo de
existir próprio do ser humano, modo que o distingue dos outros níveis de
ser, tais como o vegetal e o animal. O Espírito não é, portanto, algo oposto
ao corpo. Espírito é o modo de existir, ou seja, deixar-se atingir e abrir-se à
dimensão originária que chamamos de Deus-mistério. Mas o
Deus-mistério não é o que está além do nosso alcance, não é o estranho
longínquo, o misterioso, e enigmático, o abstrato. Ele é, pelo contrário, o
aquém, isto é, a intimidade mais íntima da interioridade de nós mesmos.
318
MÓDULO 9 — ESCATOLOGIA273
“A terra é o único inferno que os cristãos irão suportar,
e o único paraíso que os descrentes irão desfrutar.”
—Jonathan Edwards274
O tempo passa e faz com que a vida do corpo físico termine. O que
haverá depois? A Teologia, que é a doutrina de Deus, tem na Escatologia o
estudo do fim, seja da pessoa em si mesma, seja de toda a humanidade. É
uma área muito interessante e que pode ser analisada sob o prisma de
diversas religiões, cada qual com seus preceitos, dogmas e crenças.
À luz do cristianismo, a escatologia está fundada na palavra de
Deus, a Bíblia Sagrada. Diversos pontos do antigo e do novo testamento
trazem informações sobre o que ocorre no final dos tempos. O livro escrito
por João, nomeado Apocalipse é quem mais se ocupa de detalhar tais
acontecimentos e, portanto, ocupará lugar de destaque em nosso estudo.
273
O acontecimento das últimas coisas é, sem dúvida, o que mais mexe com a
hermenêutica dos pentecostais, mas essa disciplina foi colocada em penúltimo plano não por ser
a menos importante, mas pelo fato de que para sua devida compreensão é necessário percorrer
outros caminhos que o antecedem. Mesmo confundindo escatologia e apocalíptica, não
necessariamente se trata da mesma coisa, pois o Apocalipse é o texto canônico, enquanto a
Escatologia é dogmática. Para melhor iniciar os estudos de escatologia, cf. O Final de Todas as
Coisas: Lição 1 - Escatologia, o estudo das Últimas Coisas. Assembleia de Deus Online, Youtube
in: https://l1nq.com/UGj6G
274
Jonathan Edwards foi um pregador congregacional, teólogo calvinista e missionário
aos índios americanos, e é considerado um dos maiores filósofos norte-americanos. Edwards
nasceu em East Windsor, Connecticut, em 5 de outubro de 1703. Ele foi o filho mais velho de
Timothy Edwards, um pastor congregacional, e Esther Stoddard, filha de Solomon Stoddard, um
famoso pregador congregacional. Edwards foi educado em Yale College, onde se formou em 1720.
Depois de se formar, Edwards se tornou um pastor congregacional em Northampton,
Massachusetts. Ele ficou conhecido por suas pregações poderosas e por sua defesa da teologia
calvinista. Em 1733, Edwards pregou um sermão que causou um grande avivamento religioso em
Northampton.
321
275
Moltmann costuma frisar que sua produção teológica posterior permanecerá ligada
à experiência pastoral: ele não pertence àquele tipo de teólogo que pretende separar a cátedra do
púlpito, o que acaba determinando que seus textos se encontram entre os textos teológicos mais
lido no mundo (Fulvio Ferrario).
322
276
Cf. O Estado Intermediário dos Mortos em Cristo. Ciro Zibordi - EBD e Escatologia,
Youtube in: https://l1nq.com/j4XRw
323
277
Uma Noite de Escatologia-1/3-Augustus Nicodemus e Convidados. Escola Charles
Spurgeon, Youtube in: https://l1nq.com/vNWc0
325
pessoas vão poder ver o começo do governo de Jesus aqui na Terra (Ap
7.9,14; Sl 37.9-11).
Durante o período de grande tribulação muitas pessoas serão
salvas, por terem se mantido fiéis a Cristo, não se curvando às forças do
mal. Muitas vezes a fidelidade custará a própria vida do corpo físico, mas
estará garantida a vida eterna junto a Deus.
O período de mil anos é descrito no capítulo 20 do livro do
Apocalipse. Neste lapso temporal, Satanás será lançado no abismo e Jesus
governará com seus eleitos, os quais não adoraram a besta, nem a sua
imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos.
Existem diversidades de interpretações quanto ao milênio,
conforme leciona Hernandes Dias Lopes:
278
Cf. Novos Céus e Nova Terra. Hernandes Dias Lopes, Youtube in:
https://encr.pw/4tgaj
328
Depois destas cousas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia
enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante
do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com
palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso
Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro […] O louvor, e a
glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a
força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém (Ap
7.9-12).
Não é por outra razão que Paulo apontou que coisas que nenhum
coração humano já imaginou estão reservadas por Deus para aqueles que o
amam (1Co 2.9). E não há maior amor do que este: de dar alguém a sua vida
pelos seus amigos (Jo 15.13). Deus continua acreditando no ser humano.
Assim concluímos, o estudo da Escatologia Cristã nos permite
compreender, na medida de nossas limitações humanas, a grandeza das
coisas que Deus tem preparado para aqueles que o adoram, juntamente
com seu filho amado Jesus Cristo. E, à luz do Espírito Santo, isso é possível,
naquilo que Deus deseja que saibamos.
E como assevera Charles Finney (2004, p. 501): “Deus é, e deve ser,
um soberano absoluto e universal.” A fonte inesgotável de saber e adoração
a Deus é a Bíblia Sagrada e a Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu
para mostrar os acontecimentos futuros. Quem tiver sede venha, e quem
quiser beba de graça da água da vida! (Ap 22.17).
279
Cf. Escatologia no Novo Testamento - Dr Russel Shedd. TV Amide, Youtube in:
https://l1nq.com/B9Zl3
330
o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. 1Co 15.57 Mas graça a
Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.”
Os profetas escatológicos foram homens capazes de mudar as
atitudes ou opiniões de muitos governantes e reis. Como exemplo clássico
encontramos a passagem de Daniel: A escatologia bíblica é rica em fontes
proféticas. Vejamos algumas mais importantes:
1. Invasão de Israel por todas as nações do mundo: Eu ajuntarei todas
as nações contra Jerusalém para combaterem (Zc 14, Ez 36,37,38; Dn 11.12;
Joel 2,3 e Is 23,24).
2. O retorno dos judeus à sua nação: “Então saberão que eu sou o
Senhor seu Deus, vendo que eu os fiz ir à cativeiro entre as nações, e os
tornei a ajuntar para a sua terra. Não deixarei lá nenhum deles. (Ez 39.28).
3. Guerra entre os governos do Norte e do Sul. Ez 38 “Veio a mim a
palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dirige o teu rosto para Gogue,
terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal, e profetiza contra
ele, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue,
príncipe e chefe de Meseque e Tubal; e te farei voltar, e porei anzóis nos
teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros,
todos eles vestidos de armadura completa, uma grande companhia, com
pavês e com escudo, manejando todos a espada”.
4. Ataque nuclear (Zc 14.12). “Esta será a praga com que o Senhor
ferirá todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: apodrecer-se-á a
sua carne, estando eles de pé, e se lhes apodrecerão os olhos nas suas
órbitas, e a língua se lhes apodrecerá na boca, Naquele dia também haverá
da parte do Senhor um grande tumulto entre eles; e pegará cada um na mão
do seu próximo, e cada um levantará a mão contra o seu próximo”. (Ez
39.12-13) “E a casa de Israel levará sete meses para sepultá-los, para
purificar a terra. Sim, todo o povo da terra os enterrará; e isto lhes servirá
de fama, no dia em que eu for glorificado, diz o Senhor Deus”.
5. Guerra Termonuclear (Ap 16.9) “E os homens foram abrasados
com grande calor [...] a carne deles se consumirá enquanto eles ainda
estarão em pé, e seus olhos serão consumidos em suas órbitas” (Zc 14.12).
6. Cancer (Ap 16.2) “Então foi o primeiro e derramou a sua taça
sobre a terra; e apareceu uma chaga ruim e maligna nos homens que
tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.”
331
280
Cf. Literatura Apocalíptica. BibleProject - Português, Youtube in:
https://encr.pw/0ntbZ
332
281
Cf. A Importância da Hermenêutica Bíblica | Russell Shedd. Edições Vida Nova,
Youtube in: https://l1nq.com/vg708
282
Cf. Como Abordar a Literatura Apocalíptica. Teólogos, Youtube in:
https://www.youtube.com/watch?v=Za1lDF2deaY
333
283
Cf. Por que a Assembleia de Deus é dispensacionista? Ciro Zibordi - EBD e
Escatologia, Youtube in: https://l1nq.com/jXb79
284
Dispensação Rel. Entre os protestantes, período em que o indivíduo é
experimentado quanto à sua obediência a alguma revelação especial da vontade de Deus.
334
285
Período teológico pelo qual o mundo é governado por uma divindade.
286
Cf. A Maior Mentira Sobre Escatologia - Douglas Gonçalves & Victor Vieira.
JesusCopy, Youtube in: https://encr.pw/rKVwi
335
287
Cf. Panorama do Livro Apocalipse | Pr Hernandes Dias Lopes. Igreja Presbiteriana
de Pinheiros, Youtube in: https://l1nq.com/sMain
336
MÓDULO 10 — PASTORAL288
A pergunta mais importante que podemos fazer sobre qualquer hábito,
ação ou comportamento é: Isto contradiz o Evangelho?
—John Piper289
288
Não poderíamos concluir um Curso de Teologia sem expor a importância da Ética e
da Liderança Cristã. Impossível um estudante sério que não se porta nos limites éticos e nem
mesmo suporta a necessidade de uma liderança cristã. Assim, é estranho a espiritualidade da
igreja, uma “ovelha errante” que não tem para quem prestar contas. Falácias como “meu negócio
é com Deus e não com o homem” tem ganhado espaço nos nossos círculos, mas trata-se de
arquivos baseados em sofismas de quem não consegue se submeter a liderança da igreja, mesmo
sabendo que a autoridade da igreja é a Palavra de Deus (e nada tem igualdade com ela, ou se quer
pode ser comparada as Sagradas Letras), sabemos que o verdadeiro cristãos se submete uns aos
outros no amor do Senhor (Ef 5.21-33). Assim cf. Uma Conversa Sobre Liderança Cristã. Luciano
Subirá, Youtube in: https://l1nq.com/STIgN
289
John Piper é um teólogo e pastor batista reformado, fundador e professor do
desiringGod.org e chanceler do Bethlehem College & Seminary, em Minneapolis, Minnesota. Ele
nasceu em Chattanooga, Tennessee, em 11 de janeiro de 1946. Piper estudou na Wheaton College e
no Seminário Teológico Fuller, onde obteve o título de Doutor em Divindade. Em 1980, ele foi
chamado para ser o pastor sênior da Bethlehem Baptist Church, onde serviu por 33 anos. Piper é
um dos mais influentes teólogos calvinistas contemporâneos. Ele é conhecido por seu ensino
bíblico apaixonado e por sua defesa da doutrina da soberania de Deus. Ele também é um autor
prolífico, tendo escrito mais de 50 livros.
339
290
Cf. Ética Cristã. Pr. Osiel Gomes, Youtube in: https://l1nq.com/rSnFA
341
291
Segundo Chauí, em seu livro Convite à Filosofia (2008), podemos dizer que o Senso
Moral é a maneira como avaliamos nossa situação e a dos outros segundo ideias como a de
justiça, injustiça, bom e mau. Trata-se dos sentimentos morais. Já com relação à Consciência
Moral, Chauí afirma que esta, por sua vez, não se trata apenas dos sentimentos morais, mas se
refere também a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, a agir
em conformidade com elas e a responder por elas perante os outros. Isso significa ser
responsável pelas consequências de nossos atos.
292
Cf. Qual a diferença entre ética e moral? A filosofia explica, Youtube in:
https://l1nq.com/dpiyC
342
293
Ética e moral são temas relacionados, mas são diferentes, porque a moral se
fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou
religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.
294
Cf. Fundamentos da Ética Cristã. Pastor Josué Brandão, Youtube in:
https://encr.pw/p0obB
343
Desse modo, a Ética Cristã não se desassocia da moral e dos bons costumes
derivados das doutrinas bíblicas.
A Ética Cristã podemos dizer que é o conjunto de regras de conduta,
aceitas pelos cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. Em
Colossenses 2.8, Paulo nos adverte a vigiar contra todas as filosofias,
religiões e tradições que destacam a importância do homem à parte de Deus
e de sua revelação escrita.
Hoje, uma das maiores ameaças teológicas contra o cristianismo
bíblico é o "humanismo secular", que se tornou a filosofia de base e a
religião aceita em quase toda educação secular e é o ponto de vista
aprovado na maior parte dos meios de comunicação e diversão no mundo
inteiro.
A ética cristã é o sistema de valores morais associado ao
Cristianismo histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica
de seus preceitos [...] a ética cristã opera a partir de diversos pressupostos e
conceitos que acredita estão revelados nas Escrituras Sagradas pelo único
Deus verdadeiro.
São estes: 1. A existência de um único Deus verdadeiro, criador dos
céus e da terra. 2. A humanidade está num estado decaído, diferente
daquele em que foi criada. 3. O homem não é moralmente neutro, mas
inclinado a tomar decisões contrárias a Deus, ao próximo. 4. Deus
revelou-se à humanidade.
O Deus Trino é santo e imutável. Ele se revelou nas Sagradas
Escrituras, e por isso, a Bíblia é plenamente inspirada por Deus. Nesse
aspecto, os princípios ético-cristãos que derivam das Escrituras são
imutáveis e divinos. Esses princípios têm aplicação adequada para todas as
épocas e culturas, pois são universais. Assim, os padrões ético-cristãos não
podem ser relativizados: “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras
não hão de passar” (Mt 24.35).
Ele se revelou nas Sagradas Escrituras, e por isso, a Bíblia é
plenamente inspirada por Deus: Essa pressuposição é fundamental para a
ética cristã, pois é dessa revelação que ela tira seus conceitos acerca do
mundo, da humanidade e especialmente do que é certo e do que é errado. A
ética cristã reconhece que Deus se revela como Criador através da sua
imagem em nós. Cada pessoa traz, como criatura de Deus, resquícios dessa
imagem, agora deformada pelo egoísmo e desejos de autonomia e
independência de Deus.
344
295
Princípios e Fundamentos da Ética Cristã. Curso Básico Rhema, Youtube in:
https://encr.pw/DSGz5
345
296
Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem as
obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões
autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt
22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.1 4; Lv 1 9.1 8; Dt 6.5; 10.1 2; 30.6). Conforme esses
trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não
é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração [...].
Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em
santidade. Os preceitos civis e cerimoniais do AT que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já
não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores vindouras, e
cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim,
contêm sabedoria e princípios espirituais a todas as gerações [...]
346
linhas, o agir de quem optou por centrar a vida no querer do Pai, nos passos
de Jesus. Pode ser chamado de Torá (instrução, ensino) cristã, pois não
pretende ser uma lei, no sentido jurídico do termo, e, sim, uma orientação,
um projeto de vida.
As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e
diversificado do povo cristão. São oito qualidades que cada cristão deve ter.
Cada qualidade foi elogiada, enquanto cada pessoa que a possui foi
declarada “bem-aventurada”. A palavra grega makarios significa “feliz”. O
homem que reagir ao seu ambiente com esse espírito terá uma vida feliz. As
promessas de Jesus nas bem-aventuranças têm cumprimento presente e
futuro. As bem-aventuranças não podem ser vistas como uma “nova lei”
deixada por Jesus para alcançarmos a salvação. A salvação é pela graça. As
quatro primeiras bem-aventuranças descrevem o relacionamento do
cristão com Deus, e as outras quatro, o seu relacionamento e deveres para
com o próximo.
Ética nas Cartas Paulinas e Gerais. As Epístolas Paulinas, bem como
as gerais, trazem ensinamentos aprofundados sobre a nossa relação com
Deus (Rm 12.1,2; Hb 13.7-17), com o Estado (Rm 13.1-7; 1Pe 2.11-17), com o
próximo (Rm 13.8-10; 14.1-12; 1Jo 3.11-24), a injustiça social (Tg 2.1-13;
5.1-6), a questão da sexualidade cristã e do casamento (1Co 6.12-20; 1Co
7.10-24).
No Novo Testamento há treze cartas escritas por Paulo. Em cada
uma destas cartas, Paulo dá um ensino específico como norma de vida aos
crentes da sua e da nossa época. O Novo Testamento contém várias cartas
menores, que são chamadas de “universais”. Com exceção de 2º e 3º João,
são dirigidas à igreja em geral.297
Chamados a vida ética. Os israelitas foram reprovados por não
obedecerem a lei moral outorgada por Deus no deserto. Tal registro foi feito
para a nossa advertência, pois as Escrituras dizem acerca do perigo de não
vivermos o ideal ético do Reino (1Co 10.5).
Não cobiçamos as coisas más. Paulo adverte a Igreja em Corinto a
não incorrer no pecado da cobiça (1Co 10.6 NAA). No deserto os israelitas
cobiçam o que lhes fora proibido e, por isso, sentiram saudades do Egito
(Nm 11.4,5). Infelizmente, ainda hoje, pseudocristãos cobiçam os prazeres
297
Historiador e estadista, Churchill não ignorava a influência da Bíblia Sagrada na
formação das grandes nações. Sabia que, sem ela, a Civilização Ocidental seria inviável. Por isso,
foi tão categórico ao analisar as conquistas espirituais e morais da Inglaterra: ‘O estandarte da
ética cristã [a Bíblia] é, ainda, o nosso mais importante guia.
349
298
Além das Sagradas Escrituras, a Igreja de Cristo tem uma tradição riquíssima em
decisões de questões éticas, como aborda muito bem o pastor Claudionor de Andrade: ‘Se, por um
lado, não podemos escravizar-nos à tradição, por outro, não devemos desprezá-la. Sem o legado
dos que nos precederam, jamais teríamos conseguido estruturar nosso edifício teológico, moral e
ético. Logo, é-nos permitido eleger a tradição eclesiástica como o segundo fundamento da Ética
Cristã. [...] A tradição, quando bem utilizada, assessora a Igreja nos dilemas teológicos, morais e
éticos. O apóstolo Paulo reconhece-lhe a importância: ‘Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do
Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a
tradição que de nós recebestes’ (2Ts 3.6). O que não podemos fazer é colocá-la de pé de igualdade
com a Bíblia. A Didaqué é um dos tratados mais antigos e tradicionais da Igreja Cristã. Produzida
ainda nos dias apostólicos, ajudou os primeiros cristãos a posicionarem-se espiritual e
eticamente. A Doutrina dos Doze Apóstolos, como também é conhecida, realçava-se por
amorosas admoestações, conforme podemos observar: ‘Há dois caminhos: um da vida e outro da
morte. A diferença entre ambos é grande. O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás
a Deus que te fez: depois teu próximo como a ti mesmo. E tudo o que não queres que seja feito a
ti, não o faças a outro’. Mais adiante, prossegue o autor anônimo, citando as práticas que
conduzem o ser humano à perdição: ‘Mortes, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatrias,
práticas mágicas, rapinagens, falsos testemunhos, hipocrisias, ambiguidades, fraude, orgulho,
maldade, arrogância, cobiça, má conversa, ciúme, insolência, extravagância, jactância, vaidade e
ausência do temor de Deus” (cf. ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.17,18).
351
dito lugar. Como seu corpo pertence a Cristo, não deve violar suas normas
em seu jornal viver.
Concluímos com a afirmação de que a Bíblia Sagrada é o
fundamento para o viver ético-moral dos cristãos. É a única regra infalível
de fé e de conduta para a Igreja (2Tm 3.16). Portanto, em tempos de ataques
ideológicos contra a cultura judaico-cristã, a Igreja não deve furtar-se de
ser o “sal da terra” e a “luz do mundo” em pleno século XXI (Mt 5.13,14).299
299
A Encíclica Veritatis Splendor, de João Paulo II, afirma a existência de uma verdade
moral objetiva, baseada na lei natural e na revelação divina. A consciência é o julgamento prático
da razão sobre a moralidade de um ato específico, mas pode errar. Os atos intrinsecamente maus
são sempre errados, independentemente das circunstâncias ou das intenções da pessoa que os
pratica. Cf. Carta Encíclica: Veritatis Splendor. Gabriel Zavitoski, Youtube in:
https://www.youtube.com/watch?v=_UpqZqz0lc8
300
Cf. Liderança a partir de 2 Timóteo. Josué Gonçalves, Youtube in:
https://encr.pw/AQG5F
353
301
Cf. Liderança de Sucesso | Série Profissional do Futuro. Prazer, Karnal - Canal
Oficial de Leandro Karnal, Youtube in: https://l1nq.com/Pn5lh
354
302
Muitas vezes, as pessoas confundem elogios com infantilizar as pessoas. Isso é
exatamente o oposto desta proposta. Elogiar é reconhecer os avanços das pessoas, dar a elas (de
tempo em tempo) feedbacks quanto ao seu bom desenvolvimento nas tarefas.
355
303
Cf. Administração Eclesiástica - Pr. Douglas Baptista. Teologia Pentecostal
Assembleiana, Youtube in: https://encr.pw/szZX4
356
304
Cf. Qual o Limite de um Líder Ministerial? - Luciano Subirá. Josué Gonçalves,
Youtube in: https://l1nq.com/2ms3r
358
l) estratégia ministerial.
Estratégia tem a ver com ser diferente, criar e oferecer um
composto único de valor ao mercado (Michael Porter, 1996). São 03 as
estratégias atualmente usadas pelas empresas segundo o autor, a saber:
estratégia de custo, estratégia de diferenciação, enfoque, referências de
áreas específicas.
305
Cf. Como Fazer a Igreja Crescer e Avançar? | Trocando Ideias | Rev. Hernandes Dias
Lopes. Igreja Presbiteriana de Pinheiros, Youtube in: https://encr.pw/lTwmB
359
306
Cf. Igreja: Visão, Missão e Valores - Ricardo Mota. Igreja Presbiteriana de Santo
Amaro, Youtube in: https://encr.pw/hyg4x
361
VISÃO MISSÃO
negócio
Inspiradora Motivadora
307
Cf. Como criar um planejamento eficiente em apenas 100 segundos. Portal
Administradores, Youtube in: https://l1nq.com/HrQ1U
364
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