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ENSINO MÉDIO

3
PROFESSOR MATEMÁTICA ÁLGEBRA

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MATEMÁTICA ÁLGEBRA

Luiz Roberto Dante

FUNÇÃO QUADRÁTICA
1 Função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Definição de função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Valor da função quadrática em um ponto . . . . . . . . . . . 6
Zeros da função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Forma canônica da função quadrática. . . . . . . . . . . . . .13
Gráfico da função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

ÁLGEBRA
A parábola e suas intersecções com os eixos . . . . . . . .26
Vértice da parábola, valor máximo ou mínimo
e imagem da função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
Estudo do sinal da função quadrática . . . . . . . . . . . . .35
MATEMÁTICA

Inequações do 2o grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41


Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

2118636 (PR)

Função quadrática 1

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MÓDULO
Função quadrática

A Gateshead Millenium Bridge é uma pon-


te localizada em Newcastle, Inglaterra. Utiliza-
da para pedestres e ciclistas, essa incrível obra
gira, permitindo a passagem de barcos no rio
Tyne. Sua estrutura é formada por duas pará-
bolas.

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EYE 35/ALAMY/GLOW IMAGES
REFLETINDO SOBRE A IMAGEM

A forma de parábola é muito utilizada na arqui-


tetura, principalmente em construções de pon-
tes, seja para sustentá-las, ou em construções
mais modernas, como é o caso da Gateshead
Millenium Bridge, cuja estrutura lembra muito
o arco de uma parábola.
Você sabe qual é o tipo de função que expressa
algebricamente esse tipo de curva? Sabe como
defini-la?

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CAPÍTULO

1 Função quadrática

Veja, no Guia do Professor, o quadro de competências e habilidades desenvolvidas neste módulo.


Objetivos: A função quadrática expressa algebricamente o comportamento dos pontos do gráfico que
descrevem uma parábola.
c Conceituar função
Os diretores de um centro esportivo desejam cercar com tela de alambrado o espaço em volta
quadrática.
de uma quadra de basquete retangular. Tendo recebido 200 metros de tela, eles desejam saber quais
c Identificar funções devem ser as dimensões do terreno a cercar para que a área seja a maior possível.
quadráticas. Podemos ilustrar o problema com o retângulo ABCD, de dimensões x e (100 2 x), pois o pe-
rímetro é igual a 200 m.
c Aplicar o conceito de x
A B
função quadrática na
CAROLIA/GETTY IMAGES

resolução de situações-
-problema.

100 – x 100 – x

D x C

Realidade Modelo matemático

Observe que a área do terreno a cercar é dada em função da medida x, ou seja:


f(x) 5 (100 2 x)x 5 100x 2 x2 ou
f(x) 5 2x2 1 100x → lei da função
Esse é um caso particular de função quadrática.

DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO QUADRÁTICA


Uma função f: R → R chama-se quadrática quando existem números reais a, b e c, com
a Þ 0, tais que f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, para todo x [ R.

Vamos identificar a função quadrática com o trinômio do 2o grau a ela associado e a escreve-
remos simplesmente como: f(x) 5 ax2 1 bx 1 c.
Exemplos:
1o) f(x) 5 2x2 1 100x, em que a 5 21, b 5 100 e c 5 0;
2o) f(x) 5 3x2 2 2x 1 1, em que a 5 3, b 5 22 e c 5 1;
3o) f(x) 5 24x2 1 4x 2 1, em que a 5 24, b 5 4 e c 5 21;
4o) f(x) 5 x2 2 4, em que a 5 1, b 5 0 e c 5 24;
5o) f(x) 5 20x2, em que a 5 20, b 5 0 e c 5 0.

4 Função quadrática

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Observe que não são funções quadráticas: PARA
f(x) 5 2x REFLETIR
f(x) 5 2x
f(x) 5 x3 1 2x2 1 x 1 1 Por que essas três funções não
são quadráticas?

SITUAÇÕES EM QUE A FUNÇÃO QUADRÁTICA APARECE

Na Geometria
O número de diagonais (d) em um polígono convexo de n lados é dado por uma função
quadrática. Observe:

n53 d50 n54 d52

n55 d55 n56 d59

Um polígono de n lados tem n vértices. De cada vértice partem (n 2 3) diagonais e, para


não considerar duas vezes a mesma diagonal, divide-se n(n 2 3) por 2. Assim, temos d em
função de n dado por:
n(n − 3)3) n2 2 33n 1 3
d(n) 5 5 ou d(n) 5 n2 2 n
2 2 2 2
Nos fenômenos físicos
Na queda livre dos corpos, o espaço (S) percorrido é dado em função do tempo (t) por
uma função quadrática S(t) 5 5t2, em que a constante 5 é a metade da aceleração da gravidade,
que é aproximadamente 10 m/s2.
No esporte
Num campeonato de futebol, cada clube vai jogar duas vezes com outro, em turno e retur-
no. Assim, o número p de partidas do campeonato é dado em função do número n de clubes
participantes, conforme vemos na tabela a seguir:

Número de clubes Número de partidas

2 2(2 2 1) 5 2
3 3(3 2 1) 5 6
4 4(4 2 1) 5 12

ÁLGEBRA
5 5(5 2 1) 5 20
A A
MATEMÁTICA

n n(n 2 1)

Pela tabela, vemos que o número p de partidas é dado por p(n) 5 n(n 2 1) 5 n2 2 n.
Observe que (n2 2 n) é o número de pares ordenados (pois há o “mando de campo”) menos
os jogos de cada time com ele próprio, que não existem.

Função quadrática 5

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PARA CONSTRUIR

1 As funções a seguir são definidas em R. Verifique quais delas 2 Para que valores de t as seguintes funções são quadráticas?
são funções quadráticas e identifique em cada uma os valo- a) f(x) 5 tx2 1 2x 1 5
res de a, b e c. Para todos os números reais diferentes de zero.
a) f(x) 5 (x 1 2)2 2 x(x 1 1)
f(x) 5 x2 1 4x 1 4 2 x2 2 x 5
5 3x 1 4
Não é função quadrática.

b) f(x) 5 x2 1 tx 1 3
Para todos os números reais.

c) f(x) 5 (t 2 2)x 2 1 3
Para todos os números reais, exceto t 5 2.
b) f(x) 5 (x 1 1)2 2 2(x 1 1)
f(x) 5 x2 1 2x 1 1 2 2x 2 2 5
5 x2 2 1
Função quadrática: a 5 1, b 5 0 e c 5 21.

d) f(x) 5 1 x 2 1 2x 1 5
t
Para todos os números reais diferentes de zero.

e) f(x) 5 25xt 1 2x 1 5
2 Para t 5 2.
c) f(x) 5 2(x 1 1)
f(x) 5 2(x2 1 2x 1 1) 5
5 2x2 1 4x 1 2
Função quadrática: a 5 2, b 5 4 e c 5 2.

f ) f(x) 5 (t 1 1)x2 1 2
Para todos os números reais diferentes de 21.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 3

VALOR DA FUNÇÃO QUADRÁTICA EM UM PONTO


Se f: R → R é dada por f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, dois problemas são importantes:
dado x0 [ R, calcular f(x0);
dada f(x0), calcular x0.
Exemplo:
Se f(x) 5 x2 2 5x 1 6, vamos calcular o valor dessa função para x 5 2, ou seja, f(2).
f(2) 5 22 2 5 ? 2 1 6 5 0
Agora, se f(x) 5 0, temos x2 2 5x 1 6 5 0, que é uma equação do 2o grau. Os valores que
satisfazem essa equação do 2o grau, ou seja, suas raízes, são 2 e 3.

6 Função quadrática

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1 Sobre uma circunferência são marcados pontos distintos e traçados todos os segmentos possíveis com extremidades nesses pon-
tos. O número de segmentos (s) é dado em função do número x de pontos marcados. Por exemplo:

x 5 2, s 5 1 x 5 3, s 5 3 x 5 4, s 5 6

4(44 2 11)
s 5 2(22 2 11) 5 1 s 5 3(33 2 11) 5 3 s5 56
2 2 2

a) Escreva a lei dessa função quadrática. Quais são os coeficientes a, b e c?


b) Quantos são os segmentos quando são marcados 5 pontos?
c) Quantos pontos precisam ser marcados para que o número de segmentos seja 21?
RESOLUÇÃO: c) f(x) 5 3 ⇒ x2 2 6x 1 8 5 3 ⇒ x2 2 6x 1 5 5 0
a) A lei dessa função é: Δ 5 36 2 20 5 16
2
s(x) 5 x(xx 2 11) 5 x 2 x 5 1 x 2 2 1 x x 5 6 ± 4 ⇒ x' 5 5 e x''' 5 1
2 2 2 2 2
1 1 Existem dois valores de x para os quais f(x) 5 3:
Os coeficientes são a 5 , b 5 2 e c 5 0.
2 2 x 5 5 e x 5 1.
52 2 5 20
b) s(x) 5 5 5 10 segmentos
2 2 d) f(x) 5 21 ⇒ x2 2 6x 1 8 5 21 ⇒ x2 2 6x 1 9 5 0
2
c) x 2 x 5 21 ⇒ x 2 2 x 2 42 5 0 Δ 5 36 2 36 5 0
2
Δ 5 1 1 168 5 169 x5 6 ± 0 53
2
x 5 1 ± 113 ⇒ x' 5 7 e x''' 5 26 (não convém) Existe um único x [ R tal que f(x) 5 21: x 5 3.
2
Precisam ser marcados 7 pontos. e) f(x) 5 23 ⇒ x2 2 6x 1 8 5 23 ⇒ x2 2 6x 1 11 5 0
Δ 5 36 2 44 5 28
PARA Não existe x [ R tal que f(x) 5 23.
REFLETIR
f ) f(x) 5 0 ⇒ x2 2 6x 1 8 5 0
Por que o valor x 5 26 não convém? Δ 5 36 2 32 5 4

x 5 6 ± 2 ⇒ x' 5 4 e x''' 5 2
2 Dada a função quadrática f:  R → R definida por f(x) 5 2
5 x2 2 6x 1 8, determine: Existem dois valores para x: x' 5 4 e x'' 5 2.
a) os coeficientes a, b e c;
3 Determine a lei da função quadrática f, sabendo que f(0) 5 1,
b) f(1), f(0), f(22) e f  1  ; f(1) 5 3 e f(21) 5 1.
 2
c) se existe x [ R tal que f(x) 5 3. Se existir, calcule x;
RESOLUÇÃO:
d) se existe x [ R para o qual f(x) 5 21. Se existir, calcule x;
e) se existe x [ R para que se tenha f(x) 5 23. Se houver, f(x) 5 ax2 1 bx 1 c
calcule x; f(0) 5 a ? 02 1 b ? 0 1 c 5 1 ⇒ c 5 1

ÁLGEBRA
f) se existe x [ R para que se tenha f(x) 5 0. Se existir, calcule x. Então, f(x) 5 ax2 1 bx 1 1.
RESOLUÇÃO: f(1) 5 a ? 12 1 b ? 1 1 1 5 3 ⇒ a 1 b 5 2
f(21) 5 a ? (21)2 1 b ? (21) 1 1 5 1 ⇒ a 2 b 5 0
a) Em f(x) 5 x2 2 6x 1 8, temos a 5 1, b 5 26 e c 5 8.
MATEMÁTICA

b) f(1) 5 1 2 6 1 8 5 3  a 1 b 5 2
f(0) 5 0 2 0 1 8 5 8 Resolvendo o sistema  , encontram-se a 5 1 e b 5 1.
f(22) 5 4 1 12 1 8 5 24  a 2 b 5 0
 
f  1  5 1 2 3 1 8 5 1 2 12
12 1 332 5 21
2 4 4 4 Portanto, f(x) 5 x2 1 x 1 1.

Função quadrática 7

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PARA CONSTRUIR

3 A área de um triângulo equilátero é dada em função da me- 5 Se o número de diagonais de um polígono é dado por
2 n2 2 3n , encontre o polígono que possui 170 diagonais.
dida , do lado, ou seja, A 5 f(,) 5 , 3 , que é uma função d5
4 2
quadrática. Calcule:
n2 − 3n
170 = ⇒ n2 − 3n − 340 = 0
2
a) A, quando , 5 2 cm;
22 3 Resolvendo o Bhaskara, temos que n 5 217 (não convém) ou n 5 20,
A 5 f(2) 5 5 3 cm2 ou seja, esse polígono é o icoságono (20 lados).
4

b) ,, quando A 5 25 3 cm2.
,2 3 5 25 3 ⇒ ,2 5 100 ⇒ , 5 10 cm
4

4 O espaço percorrido (em metros) por um corpo em queda 6 (Enem) A temperatura T de um forno (em graus centígra-
livre, em função do tempo de queda (em segundos), é dado dos) é reduzida por um sistema a partir do instante de seu
por S(t) 5 4,9t2. Se um corpo está em queda livre: desligamento (t  5  0) e varia de acordo com a expressão
2

a) qual é o espaço, em metros, que ele percorre após 3 s? T(t) 5 2 t 1 400, com t em minutos. Por motivos de segu-
4
S(t) 5 4,9t2
rança, a trava do forno só é liberada para abertura quando o
Para t 5 3 s, vem:
S 5 4,9 ? 32 5 4,9 ? 9 5 44,1 m forno atinge a temperatura de 39°.
Qual o tempo mínimo de espera, em minutos, após se desli-
gar o forno, para que a porta possa ser aberta? d
a) 19,0 min Queremos calcular o valor de t para o qual se
b) 19,8 min tem T(t) 5 39. Assim:
2 2

b) em quanto tempo ele percorre 122,5 m? c) 20,0 min 39 5 2 t 1 400 ⇔ t 5 361 ⇒


4 4
122,5 5 4,9t2 ⇒ t2 5 25 ⇒ t 5 5 s d) 38,0 min
⇒ t 5 4 ? 361 ⇔ t 5 38 min
e) 39,0 min

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 4 a 9 Para aprimorar: 1 a 3

ZEROS DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


O estudo da função quadrática tem sua origem na resolução da equação do 2o grau.
Um problema muito antigo, presente em registros cuneiformes escritos pelos babilônios há
quase quatro mil anos e que recai numa equação do 2o grau, é este:
“Determinar dois números conhecendo sua soma s e seu produto p''.
Chamando de x um dos números, o outro será s 2 x. Assim, p 5 x(s 2 x) ⇒ p 5 sx 2 x 2,
ou, ainda,

x2 2 sx 1 p 5 0

8 Função quadrática

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Para encontrar x (e, portanto, s 2 x), basta resolver a equação do 2o grau PARA
x  2 sx 1 p 5 0, ou seja, basta determinar os valores x para os quais a função qua-
2
REFLETIR
drática f(x) 5 x2 2 sx 1 p se anula. Esses valores são chamados zeros da função
quadrática ou raízes da equação do 2o grau correspondente a f(x) 5 0. Por exemplo, Dados quaisquer s e p, nem sempre existem
os dois números cuja soma é 7 e cujo produto é 12 são 3 e 4, que são as raízes da dois números cuja soma seja s e cujo produto
seja p. Por exemplo, não existem dois números
equação x2 2 7x 1 12 5 0 ou zeros da função quadrática f(x) 5 x2 2 7x 1 12.
reais cuja soma seja 3 e cujo produto seja 7.
Determinação dos zeros por fatoração Justifique por que não existem dois números
reais cuja soma seja 3 e cujo produto seja 7.
Vamos determinar os zeros de algumas funções quadráticas usando fatoração.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

4 Determine os zeros das seguintes funções quadráticas: A área dada por x2  2  4 é a mesma que a dada por
a) f(x) 5 x2 2 4 c) f(x) 5 x2 2 6x 1 9 (x  2  2)  (x  1  2). Logo, x2 2 4 5 (x 2 2)(x 1 2). É possível
b) f(x) 5 x2 1 2x d) f(x) 5 (x 2 3)2 2 4 constatar isso recortando adequadamente uma folha de papel.
b) f(x) 5 x2 1 2x
RESOLUÇÃO: A equação do 2o grau correspondente é x2 1 2x 5 0.
a) f(x) 5 x2 2 4 Fatorando o 1o membro da equação, temos:
A equação do 2o grau correspondente é x2 2 4 5 0. Fato- x2 1 2x 5 0 ⇔ x(x 1 2) 5 0
rando o 1o membro da equação, temos: Logo:
x2 2 4 5 0 ⇔ (x 2 2)(x 1 2) 5 0 x 5 0 ou x 1 2 5 0 ⇒ x 5 22
Para que um produto seja zero, pelo menos um dos fato-
Assim, os zeros da função são 0 e 22.
res precisa ser zero.
Logo, (x 2 2) 5 0 ou (x 1 2) 5 0. Verificação:
Se x 2 2 5 0, então x 5 2.
f(x) 5 x2 1 2x
Se x 1 2 5 0, então x 5 22.
f(0) 5 02 1 2 ? 0 5 0
Assim, as raízes da equação x2 2 4 5 0 são 22 e 2; ou os
f(22) 5 (22)2 1 2 ? (22) 5 4 2 4 5 0
zeros da função quadrática f(x) 5 x2 2 4 são 22 e 2.
Geometricamente, temos:
Verificação: 1 1

2
f(x) 5 x 2 4
f(22) 5 (22)2 2 4 5 4 2 4 5 0
f(2) 5 22 2 4 5 4 2 4 5 0
Geometricamente, podemos representar essa fatoração x x2 x
x
x
x ⇒
assim:
x x
2

x
2 x–2
x x x2 1 2x
x
x 1 1
4 2 2
22 4

ÁLGEBRA
2
x–2
x–2
⇒ x x2 x
x 2
MATEMÁTICA

x–2 x–2

x 1 1

x x(x 1 2)
2

Função quadrática 9

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A área dada por x2  1  2x é a mesma que a dada por x–3 3
x(x 1 2). É possível constatar isso recortando adequada-
mente uma folha de papel.
Portanto, x2 1 2x 5 x(x 1 2). x–3 x2 – 6x + 9 x–3
c) f(x) 5 x2 2 6x 1 9
Equação do 2o  grau: x2  2  6x  1  9  5  0. Fatorando o
1o membro, temos:
x2 2 6x 1 9 5 0 ⇔ (x 2 3)2 5 0 ⇔ (x 2 3)(x 2 3) 5 0 3 3

x–3 3
x2 2 ? 3 ? x 32
Logo: A área dada por x2 2 6x 1 9 é a mesma que a dada por
x 2 3 5 0 ⇒ x 5 3 ou x 2 3 5 0 ⇒ x 5 3 (x 2 3)2 5 (x 2 3)(x 2 3).
Nesse caso, x 5 3 é um zero “duplo” da função quadrática Portanto,
f(x) 5 x2 2 6x 1 9.
x2 2 6x 1 9 5 (x 2 3)2 5 (x 2 3)(x 2 3).
Verificação:
d) f(x) 5 (x 2 3)2 2 4
f(x) 5 x2 2 6x 1 9
Equação do 2o grau: (x 2 3)2 2 4 5 0.
f(3) 5 32 2 6 ? 3 1 9 5 9 2 18 1 9 5 0
Fatorando, temos:
Geometricamente, temos:
(x 2 3)2 2 4 5 0 ⇒
x ⇒ [(x 2 3) 2 2][(x 2 3) 12] 5 0 ⇒
⇒ (x 2 5)(x 2 1) 5 0
x2 – 6x Logo:
x 2 5 5 0 ⇒ x 5 5 ou x 2 1 5 0 ⇒ x 5 1
x x2 x Zeros da função: 1 e 5.
Verificação:
1
1 f(x) 5 (x 2 3)2 2 4
1 f(1) 5 (1 2 3)2 2 4 5 4 2 4 5 0
x 1 1 1 f(5) 5 (5 2 3)2 2 4 5 4 2 4 5 0

Determinação dos zeros por completamento de quadrado


Este é um procedimento muito útil no estudo da função quadrática. Analise alguns exemplos:
x 2 1 6x 5 x 2 1 2 ⋅ 3 ⋅ x 1 32 2 32 5 (x 1 3)2 2 9
(x 1 3)2

x2 3x Logo, x 1 6x 5 (x 1 3)2 2 9.
2

x 2 2 10x 5 x 2 2 2 ⋅ 5 ⋅ x 1 52 2 52 5 (x 2 5)2 2 25
(x 2 5)2

Assim, x2 2 10x 5 (x 2 5)2 2 25.


3x 9
2 2
x2 2 x 5 x2 2 2 ? ? x 1   2  
5 5 5 5
2 4  4   4
Faltam 9 regiões quadradas 2
de área 1. Por isso, somamos e Assim, x 2 2 5 x 5  x 2 5  2 25 .
subtraímos 9 para “completar 2  4 16
o quadrado”. De modo geral, temos:

2
2  p p2
x 1 px 5  x 1  2
 4 4

10 Função quadrática

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x2 1 8x 5 (x 1 4)2 2 16
2 2
4 4 16  2 4
x2 2 x 5  x 2  2 5 x2  2
3  6 36  3 9
2x2 1 8x 1 3 5 2(x2 1 4x) 1 3 5 2[(x 1 2)2 2 4] 1 3 5 2(x 1 2)2 2 8 1 3 5 2(x 1 2)2 2 5
Agora, vamos determinar os zeros de algumas funções quadráticas usando o completamento
de quadrado.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

5 Determine os zeros das seguintes funções quadráticas: Verificação:


a) f(x) 5 x2 1 6x 1 5 f(x) 5 x2 2 10x 1 16
b) f(x) 5 x2 2 10x 1 16 f(2) 5 22 2 10 ? (2) 1 16 5
c) f(x) 5 2x2 2 5x 1 3 5 4 2 20 1 16 5 0
RESOLUÇÃO: f(8) 5 82 2 10 ? (8) 1 16 5
a) f(x) 5 x2 1 6x 1 5 5 64 2 80 1 16 5 0

Equação do 2o grau correspondente: c) f(x) 5 2x2 2 5x 1 3


Equação do 2o grau correspondente:
x2 1 6x 1 5 5 0 ⇒
⇒ x2 1 6x 5 25 2x2 2 5x 1 3 5 0
Essa equação é equivalente a outra em que dividimos to-
Completando o quadrado, temos:
dos os termos por 2:
x2 1 6x 1 9 5 25 1 9 ⇒
⇒ (x 1 3)2 5 4 5 3
x2 2 x 1 5 0 ⇒
2 2
Extraindo a raiz quadrada em ambos os membros,
5 3
temos: ⇒ x2 2 x 5 2
2 2
⎧ x 13 5 2 ⇒ x 5 21
⎪ Completando o quadrado, temos:
(x 1 3) 5 ± 2 ⇒ ⎨ ou
⎪⎩ x 13 5 22 ⇒ x 5 25
x 2 2 5 x 1 25 5 2 3 1 25 ⇒
2 16 2 16
Zeros da função: 21 e 25. 2
⇒  x 2 5 5 1 ⇒
Verificação:  4 16
f(x) 5 x2 1 6x 1 5
f(21) 5 (21)2 1 6 ? (21) 1 5 5 ⎧x 2 5 5 1 ⇒x56 53
⎪ 4 4 4 2
51261550 ⎪
f(25) 5 (25)2 1 6 ? (25) 1 5 5 ⇒ x2 5 5± 1 ⇒ ⎨ ou
4 4 ⎪ 5 521 ⇒ x 5 4 51
5 25 2 30 1 5 5 0 ⎪⎩ x 2 4 4 4
b) f(x) 5 x2 2 10x 1 16
Equação do 2o grau correspondente: Zeros da função: 3 e 1.
2
x2 2 10x 1 16 5 0 ⇒
⇒ x2 2 10x 5 216 Verificação:

ÁLGEBRA
Completando o quadrado, temos: f(x) 5 2x2 2 5x 1 3
2
x2 2 10x 1 25 5 216 1 25 ⇒
f  3 5 2 ?  3 2 5 ?  3 1 3 5
⇒ (x 2 5)2 5 9 ⇒  2  2  2
MATEMÁTICA

9 15
⎧x 2 5 5 3 ⇒ x 5 8 5 2 1350
⎪ 2 2
⇒ (x25) 5 ± 3 ⇒ ⎨ ou
⎩⎪ x 2 5 5 2 3 ⇒ x 5 2 f(1) 5 2 ? 12 2 5 ? 1 1 3 5
Zeros da função: 2 e 8. 52251350

Função quadrática 11

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PARA CONSTRUIR

7 Usando fatoração, determine os zeros das seguintes funções b) f(x) 5 x2 1 10x 1 21


quadráticas: x 2 1 10x 1 21 5 0 ⇒ x 2 1 2 ? 5x 1 52 2 52 1 21 5 0 ⇒
(x 1 5)2
a) f(x) 5 x2 2 9 ⇒ (x 1 5)2 2 25 1 21 5 0 ⇒ (x 1 5)2 2 4 5 0 ⇒
x2 2 9 5 0 ⇒ (x 1 5)2 5 4 ⇒ x 1 5 5 ± 2 ⇒
(x 2 3)(x 1 3) 5 0 x 1 5 5 2 ⇒ x 5 23
x' 5 3 e x" 5 23 
⇒ ou
x 1 5 5 22 ⇒ x 5 27
Zeros da função: 23 e 27.

b) f(x) 5 x2 2 2x 1 1
x2 2 2x 1 1 5 0
(x 2 1)2 5 0
(x 2 1)(x 2 1) 5 0
x' 5 x" 5 1 (zero duplo)

c) f(x) 5 x2 1 6x
x2 1 6x 5 0
x(x 1 6) 5 0
x' 5 0 e x" 5 26

c) f(x) 5 x2 1 4x 1 3
8 Usando o completamento de quadrado, determine os zeros x 2 1 4x 1 3 5 0 ⇒ x
2
1 2 ?2x 1 22 2 22 1 3 5 0 ⇒

(x 1 5)2
das seguintes funções quadráticas:
⇒ (x 1 2)2 2 4 1 3 5 0 ⇒ (x 1 2)2 5 1 ⇒
a) f(x) 5 x2 2 6x 1 5 x 1 2 5 1 ⇒ x 5 21
x 2 2 2 ? 3x 1 32 2 32 1 5 5 0 ⇒

x 2 2 6x 1 5 5 0 ⇒ x 1 2 5 ±1  ou
(x 2 3)2 x 1 2 = 21 ⇒ x 5 23
⇒ (x 2 3)2 2 9 1 5 5 0 ⇒ (x 2 3)2 2 4 5 0 ⇒
Zeros da função: 21 e 23.
⇒ (x 2 3)2 5 4 ⇒ x 2 3 5 ± 2 ⇒
x 2 3 5 2 ⇒ x 5 5

⇒ ou
x 2 3 5 22 ⇒ x 5 1
Zeros da função: 5 e 1.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 10 e 11

12 Função quadrática

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FORMA CANÔNICA DA FUNÇÃO QUADRÁTICA
A função quadrática f(x) 5 ax2 1 bx 1 c pode ser escrita como:

f(x) 5 ax 2 1 bx 1 c 5 a  x 2 1 b x 1 c 
 a a
As duas primeiras parcelas dentro dos colchetes são as mesmas do desenvolvimento do qua-
drado:
2
 x 1 b  5 x 2 1 2 ⋅ x ⋅ b 1 b 2 5 x 2 1 b x 1 b 2 5 x 2 1b x 1 b 2
 2a  2a 4a 2 a 4a 2 a 4a 2
Completando o quadrado, temos:
2 2
f(x) 5 ax2 1 bx 1 c 5 a  x 2 1 2 b x 1 b 2 2 b 2 1 c 
Ou seja:  2a 4a 4a a

2 2 
f(x) 5 ax 2 1 bx 1 c 5 a  x 1 b  1 4ac 22 b 

 2a  4a 
(Forma canônica)

Ou ainda:
2 2
f(x) 5 a  x 1 b  1 4ac − b
 2a  4a

2
Sendo m 52 b e k 5 4ac 2 b , concluímos que k 5 f(m).
2a 4a
Assim, para todo x [ R e a Þ 0 podemos escrever qualquer função quadrática f(x) 5 ax2 1
1 bx 1 c da seguinte maneira:

f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k, em que m 52 b e k 5 f(m)


2a
(Outra maneira de escrever a forma canônica)

Por exemplo, vamos escrever a função f(x) 5 x2 2 4x 2 6 na forma canônica.


1a maneira:
Completando o quadrado:
x2 2 4x 2 6 5 (x2 2 4x) 2 6 5 (x2 2 4x 1 4) 2 4 2 6 5 (x 2 2)2 2 10
Logo, f(x) 5 x2 2 4x 2 6 5 (x 2 2)2 2 10.
2a maneira:
Calculando m 52 b , k 5 f(m) e substituindo em f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k:
2a
f(x) 5 x2 2 4x 2 6

ÁLGEBRA
a 5 1; b 5 24; c 5 26
m5 4 52 k 5 f(2) 5 22 2 4 ? 2 2 6 5 4 2 8 2 6 5 210 ⇒ k 5 210
2
Portanto, f(x) 5 (x 2 2)2 2 10.
MATEMÁTICA

Decorrências da forma canônica


Valor mínimo e valor máximo da função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c
Consideremos a função quadrática f(x) 5 3x2 2 5x 1 2.

Função quadrática 13

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Nesse caso, temos:
2
m 5 5 e k 5 f  5  5 3 ⋅  5  2 5 ⋅  5  1 2 52 1 , e a forma canônica é dada por:
PARA 6  6  6  6 12
REFLETIR 5 1
2
f(x) 5 3 ⋅  x 2  2
 6 12
Por que para todo x ≠ 5 temos
1 6 Analisando essa forma canônica, podemos concluir que o menor valor de f(x) para todo x [ R
f(x) . 2 ? 5
12 é 2 1 . Isso ocorre quando x 5 .
12 6
De modo geral, da forma canônica f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k, concluímos que, para qualquer x [ R:
a) se a . 0, o menor valor de f(x) é k 5 f(m);
b) se a , 0, o maior valor de f(x) é k 5 f(m).
Zeros da função quadrática e raízes da equação correspondente
2
f(x) 5 3x2 2 5x 1 2 ⇒ f(x) 5 3  x 2 5  2 1 (forma canônica)
 6 12
2 2
3 x 2 5  2 1 5 0 ⇒ 3 x 2 5  5 1 ⇒
 6 12  6 12
2
⇒  x 2 5 5 1 ⇒ x 2 5 5 ± 1 ⇒
 6 36 6 6
x 2 5 5 1 ⇒ x 5 1
 6 6

⇒ ou
 5 1 4 2
x 2 5 2 ⇒ x 5 5
 6 6 6 3
2
Logo, os zeros de f(x) 5 3x2 2 5x 1 2 são 1 e , que são também as raízes da equação
3
3x2 2 5x 1 2 5 0.
De modo geral, da forma canônica de f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, com a Þ 0, que é a(x 2 m)2 1 k
b
com m 5 2 e k 5 f(m), podemos chegar à fórmula que fornece os zeros da função e, portanto,
2a
às raízes da equação do 2o grau ax2 1 bx 1 c 5 0.
PARA Acompanhe as equivalências:
REFLETIR ax 2 1 bx 1 c 5 0 ⇔ a(x 2 m)2 1 k 5 0 ⇔
Justifique a passagem que subs- ⇔ a(x 2 m)2 52k ⇔ (x 2 m)2 5 2k ⇔
b2 2 44ac a
tituiu 2k por . 2
a 4a2 b 2 4ac
⇔ (x 2 m)2 5 ⇔
4a2
b2 2 4ac
⇔ x 2m5± ⇔
2a
b2 2 4ac
⇔ x 5m ± ⇔
2a
b2 2 4ac
⇔ x 52 b ± ⇔
2a 2a

x 5 2b ± b2 2 4ac
2a
(Fórmula que fornece as raízes da equação do 2o grau ax2 1 bx 1 c 5 0)

14 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 14 12/22/14 12:25 PM


Observações:
1a) O número Δ 5 b2 2 4ac é chamado discriminante da função quadrática f(x) 5 ax2 1 bx 1 c.
2a) Quando Δ . 0, a função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c tem dois zeros reais diferentes.
Quando Δ 5 0, a função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c tem um zero real duplo.
Quando Δ , 0, a função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c não tem zeros reais.
Relação entre coeficientes e raízes da equação ax2 1 bx 1 c 5 0,
com a Þ 0
Existindo zeros reais tal que:

x' 5 2b 1 ∆ e x'' 5 2b 2 ∆ , obtemos:


2a 2a
x' 1 x'' 5 2 b 1 ∆ 1 2b 2 ∆ 5 22b 1 ∆ 2 ∆ 52b
2a 2a 2a a
Logo, x' 1 x'' 5 2 .b
a

x' ? x'' 5 2b 1 ∆ ? 2b 2 ∆ 5
2a 2a
2
2
b 2 ∆ ( ) b2 2 b2 1 4ac
5 2
5 5 4ac2 5 c
4a 4a2 4a a
Logo, x' ? x'' 5 .c
a

Forma fatorada do trinômio ax2 1 bx 1 c, com a Þ 0


Quando Δ > 0, ou seja, quando a equação ax2 1 bx 1 c 5 0 possui as raízes reais x' e x”,
podemos escrever:
ax 2 1 bx 1 c 5 a  x 2 1 b x 1 c  5
 
 a a
2
5 a[ x 2 (x' 1 x")x 1 x'x"] 5
5 a[x2 2 x'x 2 x"x 1 x'x"] 5 a(x 2 x')(x 2 x")
Logo, ax2 1 bx 1 c 5 a(x 2 x')(x 2 x") (forma fatorada).

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

6 Determine, se existirem, os zeros da função quadrática 2a maneira 2 usando a fórmula:


f(x) 5 x2 2 2x 2 3. x2 2 2x 2 3 5 0
a 5 1, b 5 22 e c 5 23
RESOLUÇÃO: Δ 5 b2 2 4ac 5 (22)2 2 4 ? (1) ? (23) 5 16 ⇒
1a maneira 2 usando a forma canônica: ⇒ Δ . 0 (a equação tem duas raízes reais diferentes)
x2 2 2x 2 3 5 0
x 5 2b ± ∆ 5 2 ± 116 5 2 ± 4 ⇒
ax2 1 bx 1 c 5 a(x 2 m)2 1 k, em que m 52 b e k 5 f(m). 2a 2 2

ÁLGEBRA
2a
m51
 214 6
k 5 f(1) 5 12 2 2 ? 1 2 3 5 1 2 2 2 3 5 24  x' 5 2 5 2 5 3

x2 2 2x 2 3 5 (x 2 1)2 2 4 5 0 ⇒ (x 2 1)2 5 4 ⇒ ⇒  ou
MATEMÁTICA

 2 2 4 5 22 5 21
x 2 1 5 2 ⇒ x 5 3  x" 5

⇒ x 2 15 ± 2 ⇒  ou 2 2
 x 2 1 5 2 2 ⇒ x 5 21 Raízes da equação: 3 e 21.
Zeros da função: 3 e 21. Zeros da função: 3 e 21.

Função quadrática 15

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7 Para que valores de k a função f(x) 5 x2 2 2x 1 k tem zeros PARA
reais e diferentes? REFLETIR
RESOLUÇÃO:
Comprove que a equação x2 2
Condição: Δ . 0
2 4x 1 3 5 0 tem uma raiz igual
Δ 5 b2 2 4ac 5 (22)2 2 4 ? (1) ? (k) 5 4 2 4k
ao triplo da outra.
Assim:
4 2 4k . 0 ⇔ 24k . 24 ⇔ 4k , 4 ⇔ k , 1
Portanto, a função f(x) 5 x2 2 2x 1 k terá zeros reais e diferen- 9 Escreva na forma fatorada as funções:
tes para quaisquer k [ R tais que k , 1.
a) f(x) 5 x2 2 5x 1 6
8 Determine o valor de k positivo para que a equação x2 2 2kx 1 b) g(x) 5 5x2 1 10x 1 5
1 (k 1 1) 5 0 tenha uma raiz igual ao triplo da outra.
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
 x' 5 3x" a) A forma fatorada é f(x) 5 a(x 2 x')(x 2 x''), em que x' e x''
 x' 1 x" 5 2b 5 2k
 são as raízes da equação f(x) 5 0.
 a Assim:
 c x2 2 5x 1 6 5 0
 x' ⋅ x" 5 5 k 1 1
a Δ 5 b2 2 4ac 5 (25)2 2 4 ? 1 ? 6 5 1
3x"" 1 x" 4 5 2k ⇒ x" 5 1 k
x" 5 22kk ⇒ 4x" ⇒ x 5 2b ± ∆ 5 2(255)) ± 1 5 5 ± 1 ⇒
2 2a 2 ?1 2
x' 1 1 k 5 22kk ⇒ x'x ' 5 22kk 2 1 k ⇒ xx' 5 3 k
2 2 2 ⇒ x' 5 3 e x'' 5 2
Assim: Então, f(x) 5 (x 2 3)(x 2 2). (Note que a 5 1 não precisa
2 ser escrito.)
x' ⋅ x" 5 k 1 1 ⇒ 3 k ⋅ 1 k 5 k 1 1 ⇔ 3k = b) Fazendo g(x) 5 0, vem:
2 2 4
5 k 1 1 ⇔ 3k 2 2 4k 2 4 5 0 5x2 1 10x 1 5 5 0
a 5 3,
3 b 5 24 e c 5 24 Δ 5 b2 2 4ac 5 102 2 4 ? 5 ? 5 5 0
k 5 2b ± b2 2 4a
4acc ⇒ k 5 4 ± 1166 1 4488 5 4 ± 6644 =
⇒ x 5 2b ± ∆ 5 210 ± 0 5 210 ⇒
2a 6 6 2a 2?5 10
54 ± 8 ⇒ ⇒ x' 5 21 e x" 5 21
6 Então, g(x) 5 5(x 1 1)(x 1 1) 5 5(x 1 1)2
 418
k 5 6 5 2 PARA

⇒  ou REFLETIR
 4 2 8 5 2 2 (não convém)
k 5 Se Δ 5 0, a função quadrática é
6 3
Portanto, quando k 5 2, a equação x2 2 2kx 1 (k 1 1) 5 0 se um trinômio quadrado perfeito.
transforma na equação x2 2 4x 1 3 5 0.

PARA CONSTRUIR

9 Determine, se existirem, os zeros das funções quadráticas usando a fórmula:


a) f(x) 5 x2 2 3x
x2 2 3x 5 0
a 5 1, b 5 23 e c 5 0
Δ 5 b2 2 4ac 5 (23)2 2 4 ? 1 ? 0 5 9
2b ± ∆ 22( 3) ± 9 3 ± 3
x5 5 5 ⇒
2a 2 ?1 2
 313
 x' 5 2 5 3
⇒
 x" 5 3 2 3 5 0
 2
Zeros da função: 3 e 0.

16 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 16 12/22/14 12:25 PM


b) f(x) 5 x2 1 4x 1 5 11 Determine o valor de k para que a equação x2 2 (k 1 1) x 1
x2 1 4x 1 5 5 0
a 5 1, b 5 4 e c 5 5
1 (10 1 k) 5 0 tenha uma raiz igual ao dobro da outra.
Δ 5 b2 2 4ac 5 42 2 4 ? 1 ? 5 5 16 2 20 5 24 x 2 2 (k 1 1)x 1 (10 1 k) 5 0
Logo, a equação não tem raízes reais; consequentemente, a fun- x' 5 2x"
ção f(x) 5 x2 1 4x 1 5 não tem zeros reais. b 2(k 1 1)
x' 1 x" 5 2 5 2 5 (k 1 1)
⎨ a 1
c 10 1 k
x'x" 5 5 5 10 1 k
a 1
c) f(x) 5 2x2 1 2x 1 8 2x" 1 x" 5 (k 1 1) ⇒ 3x" 5 (k + 1) ⇒ x" 5
k 11
2x2 1 2x 1 8 5 0 3
a 5 21, b 5 2 e c 5 8
Δ 5 b2 2 4ac 5 22 2 4(21) ? 8 5 4 1 32 5 36 x' 5 2(k 1 1)
3
2b ± Δ 22 ± 36 22 ± 6
x5 5 5 ⇒ x' ? x" 5 10 1 k ⇒ 2(k 1 1) ? (k 1 1) 5 10 1 k ⇒
2a 2(21) 22 3 3
22 1 6 4 ⇒ 2k 2 1 4k 1 2 5 90 1 9k ⇒ 2k 2 2 5k 2 88 5 0
⎧ x' 5 5 5 22
⇒⎨ 22 22 a 5 2, b 5 25 e c 5 288
⎩ x" 5 22 2 6 5 28 5 4 5 b2 2 4ac 5 (25)2 2 4 ⋅ 2(288) 5 25 1 704 5 729
22 22
k 5 2b ± ∆ 5 22 ( 5) ± 729 5 5 ± 27 ⇒
Zeros da função: 22 e 4. 2a 2 ⋅ 2 4
k' 5 5 1 27 58
⇒ 4
k" 5 5 2 27 5 2 22 5 211
d) f(x) 5 x2 1 10x 1 25 4 4 2
x2 1 10x 1 25
a 5 1, b 5 10 e c 5 25
Δ 5 b2 2 4ac 5 102 2 4 ? 1 ? 25 5 100 2 100 5 0
12 O retângulo áureo ou de ouro dos gregos é um retângulo
x 5 2b ± ∆ 5 210 ± 0 5 210 5 25 especial em que valem as relações entre o comprimento (c) e
2a 2?1 25
Zeros da função: 25 (duplo) a largura (,):

10 (UERN) Uma artesã produz diversas peças de artesanato e as


vende em uma feira no centro da cidade. Para um vaso, es- c 5 
 ← Proporção
pecialmente confeccionado em madeira, o lucro obtido em  c 2
áurea
função da quantidade produzida e vendida x é representado
por f(x) 5 2x2 + 50x. Existe, porém, determinada quantidade c

em que o lucro obtido é o máximo possível e quantidades A proporção áurea pode ser observada na natureza, nas obras
superiores produzidas e vendidas não geram mais lucro; ao de arte e nas construções. Por exemplo, o templo grego Par-
contrário, começam a diminuí-lo, em função dos crescentes thenon tem suas medidas apoiadas na proporção áurea.
custos de produção. Para esse vaso, a quantidade máxima re- Se considerarmos c 5 1, a proporção será:
comendada para sua produção e o lucro máximo que pode 1 5  → 2 1  2 1 5 0
ser obtido são, respectivamente: b  12 
a) 24 e R$ 480,00. c) 25 e R$ 650,00. A raiz positiva dessa equação é chamada número de ouro.
b) 25 e R$ 625,00. d) 35 e R$ 735,00. Qual é esse número?
Reescrevendo a lei de f sob a forma canônica, obtemos:
f(x) 5 2x2 1 50x 5 2[(x 2 25)2 2 625] 5 625 2 (x 2 25)2. 2 1  2 1 5 0
Portanto, para x 5 25, o lucro atinge valor máximo igual a D 5 b2 2 4ac 5 12 2 4 ? 1 ? (21) 5 1 1 4 5 5
R$ 625,00.
 5 2b ± D 5 21 ± 5 5 21 ± 5 ⇒
2a 2 ?1 2
' 5 21 1 5
⇒ 2
" 5 21 2 5 (não convém)

ÁLGEBRA
2

O número é 5 2 1 .
2
MATEMÁTICA

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 12 a 17

Função quadrática 17

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 17 1/9/15 4:52 PM


PARA GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA
REFLETIR
Consideremos um ponto F e uma reta d que não o contém. Chamamos parábola de foco F e
A distância de um ponto a uma diretriz d o conjunto dos pontos do plano que distam igualmente de F e de d.
reta é a medida do segmento
Eixo da parábola
perpendicular à reta no qual seu
outro extremo é o referido ponto.
P

P
PF 5 PQ
F
A r

A distância de P a r é igual à me-


dida de PA. V

D Q d

A reta perpendicular à diretriz que contém o foco chama-se eixo da parábola. O ponto da
parábola mais próximo da diretriz (V) chama-se vértice, que é o ponto médio do segmento de reta
formado pelo foco e a intersecção do eixo com a diretriz (D).
O gráfico de uma função quadrática é uma parábola. Veja alguns exemplos:

Gráfico da função definida por f(x) 5 x2


f(x)
Para construir o gráfico, fazemos uma tabela com um número suficiente de valores:
(–3, 9) 9 (3, 9)
8
x 23 22 21 0 1 2 3
7
6 f(x) 9 4 1 0 1 4 9
5

(–2, 4)
4
(2, 4)
Marcamos esses pontos no plano cartesiano e desenhamos uma linha contínua passando por
3 eles, pois estamos trabalhando com números reais.
2  1 1  3 1  5 1
Observe que, por exemplo, os pontos  ,  ,  , 2  e  − , 6  também pertencem
1 (1, 1) 2 4 2 4 2 4
(–1, 1) à parábola.
–3 –2 –1 0 1 2 3 x
Gráfico da função definida por f(x) 5 x2, a Þ 0
Examine os gráficos da função definida por f(x) 5 ax2, para a 5 1 , a 5 1 , a 5 1, a 5 2 e
10 2
a 5 5; e para a 5 25, a 5 22, a 5 21, a 5 2 1 e a 5 2 1 .
2 10

a.0 a,0

y
y = 5x2
y = 2x2 0 x
y = x2 1 2
y=– x
y 10

1 2 1
y= x y = – x2
2 2

1 2
y= x y = –x2
10
y = –2x2
0 x y = –5x2

18 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 18 12/22/14 12:26 PM


Observe que:
y f(x) = 4x2
quando a . 0, a concavidade está voltada para cima;
quando a , 0, a concavidade está voltada para baixo; (1, 4)
todas as parábolas têm o mesmo vértice (0, 0) e o mesmo eixo x 5 0;
quanto menor o valor absoluto de a, maior será a abertura da parábola;
quanto maior o valor absoluto de a, menor será a abertura da parábola;
os gráficos das funções quadráticas f(x) 5 ax2 e g(x) 5 a'x2, em que a e a' são números opostos,
simétricos em relação ao eixo x. Veja, por exemplo, os gráficos de f(x) 5 4x2 e g(x) 5 24x2:
(x, y)
Generalização:
[– 1 , 1]
É possível demonstrar que o gráfico da função quadrática f(x) 5 ax2, a Þ 0, é a parábola cujo 2
1
foco é F  0,   e cuja diretriz é a reta horizontal y 5 2 1 .
 4a  4a x
0

a.0 [– 1 , –1]
2
(–x, –y)
y

(–1, –4)
V x
g(x) = –4x2
d
y=– 1
4a

a,0

y
y=–1
4a
d
V
x
F

Equação da parábola que tem vértice na origem


Consideremos a parábola que tem como diretriz a reta de equação y 5 2c e como foco o
ponto F(0, c). Nessas condições, a equação que representa essa parábola é x2 5 4cy, em que c é a
distância focal.
y

F(0, c)

ÁLGEBRA
P(x, y)

0 x

d
MATEMÁTICA

Q(x, –c) y = –c
PARA
REFLETIR

Parábolas com eixo de simetria


Nesse caso, o vértice está na origem (0, 0) e a parábola é simétrica em relação ao eixo y, que é horizontal são funções? Por quê?
o eixo da parábola.

Função quadrática 19

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 19 12/22/14 12:26 PM


Função quadrática e a equação da parábola
A mesma parábola do item anterior, cuja equação é x2 5 4cy, é gráfico da função quadrática
y 5 f(x) 5 ax2, em que a, como vimos, determina se a parábola é mais “fechada” ou mais “aberta”.
Quanto maior for o a, mais “fechada” será a parábola, ou seja, os valores de y crescem mais rapida-
mente em relação aos de x.
E qual é a relação entre a distância focal c e a constante a?
Substituindo y 5 ax2 em x2 5 4cy, obtemos:
x 2 5 4cy ⇒ x 2 5 4c ? ax 2 ⇒ a 5 1
4c
Isso significa que c e a são inversamente proporcionais. Assim, quanto menor for a distância
focal c, maior será a constante a, ou seja, mais fechada será a parábola, e vice-versa.

A MATEMÁTICA NA TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÕES

As antenas parabólicas geralmente têm um grande diâmetro para captar uma quantidade
maior de sinais do satélite; portanto, a distância focal em geral é grande. Assim, temos valores
pequenos para a e valores grandes para c. Veja na foto onde está o foco: é nele que fica o cap-
tador dos sinais de TV.

DANIEL CYMBALISTA/PULSAR IMAGENS


Foco

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Acesse o portal e interaja com o


simulador Construtor de grá-
ficos: função quadrática.

PARA CONSTRUIR

13 Como seria o gráfico de f(x) 5 x2 se considerássemos: b) somente os pontos cujas coordenadas são números reais
a) somente os pontos cujas coordenadas são números inteiros? e positivos?
f(x)
f(x)

(3, 9)
(23, 9) (3, 9)

(2, 4)
(22, 4) (2, 4)

(1, 1)
(21, 1) (1, 1)
(0, 0) x
(0, 0) x

20 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 20 12/22/14 12:26 PM


f(x)
14 Trace o gráfico de cada uma das seguintes funções quadráti- y = 2x2
y = 1 x2
cas em um mesmo sistema de eixos: 2

a) f(x) 5 2x2
b) f(x) 5 22x2
x
c) f(x) 5 1 x 2
2 y = – 1 x2
2
1
d) f(x) 5 2 x 2 y = –2x2
2

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 18

Gráfico da função definida por f(x) 5 ax2 1 k, com a Þ 0


Examine os gráficos das funções quadráticas definidas por:
f(x) 5 x2 1 2 y
y 5 x2 1 2
g(x) 5 x2 1 1 6
h(x) 5 x2 2 1 y 5 x2 1 1
5
j(x) 5 x2 2 2 y 5 x2
4
Compare-os com o gráfico da função k(x) 5 x2 que está y 5 x2 2 1
tracejado. O eixo de todas as parábolas é x 5 0. O ponto mí- 3
y 5 x2 2 2
nimo de f(x) 5 x2 1 2 é (0, 2); o de g(x) 5 x2 1 1 é (0, 1); o de 2
h(x) 5 x2 2 1 é (0, 21); e o de j(x) 5 x2 2 2 é (0, 22). 1

23 22 21 0 1 2 3 x
De modo geral, para a . 0, o ponto mínimo de f(x) 5 21
5 ax2 1 k é (0, k). 22

Observe agora os gráficos das funções quadráticas definidas por:


f(x) 5 2x2 1 2
g(x) 5 2x2 1 1
h(x) 5 2x2 2 1
j(x) 5 2x2 2 2
y
2
1

23 22 21 0 1 2 3 x
21
22
y 5 2x2 1 2
23
y 5 2x2 1 1
24
y 5 2x2
25
y 5 2x2 2 1
26
y 5 2x2 2 2

ÁLGEBRA
Compare-os com o gráfico de k(x) 5 2x2 que está tracejado. O ponto máximo de
f(x) 5 2x 2 1 2 é (0, 2); o de g(x) 5 2x 2 1 1 é (0, 1); o de h(x) 5 2x 2 2 1 é (0, 21); e o
de j(x) 5 2x2 2 2 é (0, 22).
MATEMÁTICA

De modo geral, para a , 0, o ponto máximo de f(x) 5 ax2 1 k é (0, k).

Repare que o gráfico de f(x) 5 ax2 1 k é congruente ao gráfico de g(x) 5 ax2, porém sua po-
sição é, em valores absolutos, k unidades acima ou abaixo, conforme k seja positivo ou negativo. A
parábola corta o eixo y no ponto (0, k).

Função quadrática 21

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 21 12/22/14 12:26 PM


Gráfico da função definida por f(x) 5 a(x 2 m)2, com a Þ 0
Observe a tabela e os gráficos das funções definidas por f(x) 5 2x2 e g(x) 5 2(x 2 3)2 traçados
em um mesmo sistema de eixos:

x f(x) 5 2x2 g(x) 5 2(x 2 3)2

A A A

22 8 A

21 2 A

0 0 18
1 2 8
2 8 2
3 18 0
4 A 2
5 A 8
A A A

y
(1, 8)
(2, 8) (2, 8) (5, 8)

(1, 2)
(1, 2) (2, 2) (4, 2)

(0, 0) (3, 0) x

O eixo da parábola f(x) 5 2x2 é x 5 0 e o eixo da parábola g(x) 5 2(x 2 3)2 é x 5 3. Cada uma
dessas curvas é simétrica em relação ao seu respectivo eixo. A parábola g(x) 5 2(x 2 3)2 é congruente
à parábola f(x) 5 2x2, mas sua posição é 3 unidades à direita do gráfico de f(x) 5 2x2.
De modo geral:
y
y 5 ax2 y 5 a(x 2 m)2

(x, a(x 2 m)2)


F

m x

d 1
y52
4a

o gráfico de f(x) 5 a(x 2 m)2 é congruente ao gráfico de g(x) 5 ax2, porém sua posição, em valores
absolutos, é m unidades à direita ou à esquerda do gráfico de g(x) 5 ax2, conforme m seja positivo
(m . 0) ou negativo (m , 0), respectivamente.
se a . 0, a concavidade da parábola é para cima e ela tem um ponto mínimo (m, 0); se a , 0, a
concavidade é para baixo e a parábola tem um ponto máximo (m, 0).
o gráfico é simétrico em relação à reta x 5 m e esta é o eixo da parábola.
é possível provar que o gráfico da função quadrática f(x) 5 a(x 2 m) 2 , a Þ 0 e m [ R é
1
uma parábola cujo foco é o ponto F  m,  e cuja diretriz é a reta horizontal y 5 2 1 .
 4a  4a

22 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 22 12/22/14 12:26 PM


Gráfico da função definida por f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k, com a Þ 0
O gráfico de f(x) 5 ax2 1 k tem uma posição que está, em valores absolutos, k unidades acima
ou abaixo do gráfico de f(x) 5 ax2. O gráfico de f(x) 5 a(x 2 m)2 tem uma posição que está, em
valores absolutos, m unidades à direita ou à esquerda do gráfico de f(x) 5 ax2. Portanto, o gráfico
de f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k é congruente ao gráfico de f(x) 5 ax2, tendo uma posição que está, em
valores absolutos, m unidades à direita (m . 0) ou à esquerda (m , 0) do gráfico de f(x) 5 ax2 e
k unidades acima (k . 0) ou abaixo (k , 0) do gráfico de f(x) 5 ax2. O eixo de simetria da parábola
dada por f(x) 5 (x 2 m)2 1 k é x 5 m.
Observe, por exemplo, os gráficos das funções quadráticas f(x) 5 2x2, g(x) 5 2(x 2 3)2 1 1 e
h(x) 5 2(x 1 3)2 1 1.
y

h(x)  2(x  3)2  1 g(x)  2(x  3)2  1

(3, 1) (3, 1)
f(x)  2x2
x  3 x3 x

A parábola dada por g(x) 5 2(x 2 3)2 1 1 está 3 unidades à direita e 1 unidade acima da pa-
rábola dada por f(x) 5 2x2 e é simétrica em relação ao eixo x 5 3.
A parábola dada por h(x) 5 2(x 1 3)2 1 1 está 3 unidades à esquerda e 1 unidade acima da pa-
rábola dada por f(x) 5 2x2 e é simétrica ao eixo x 5 23. O vértice da parábola g(x) 5 2(x 2 3)2 1 1
é V(3, 1), e o vértice da parábola h(x) 5 2(x 1 3)2 1 1 é V(23, 1).
Generalização:
De modo geral, é possivel provar que dados a, m, k, todos pertencentes ao conjunto dos nú-
meros reais, com a Þ 0, o gráfico da função quadrática f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k é a parábola cujo foco
é o ponto F m, k 1 1  e cuja diretriz é a reta horizontal y 5 k 2 1 .
 
 4a  4a
O vértice da parábola é V(m, k).
y
y = a(x – m)2 + k
y = ax2 y = a(x – m)2

F
k V
d y=k– 1
4a
0 m x

1
F  m, k + V(m, k)
ÁLGEBRA
 4a 

Observação:
MATEMÁTICA

A função f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k, com a Þ 0, é equivalente à função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c (a Þ 0),
em que b 5 22am e c 5 am2 1 k. Basta ver que:
a(x 2 m)2 1 k 5 a(x2 2 2xm 1 m2) 1 k 5 ax2 2 2axm 1 am2 1 k 5
5 ax 2 1 (
2am)x
2  1 am

2
 1

2
k 5 ax 1 bx 1 c

b c

Função quadrática 23

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 23 12/22/14 12:26 PM


PARA CONSTRUIR

15 Escreva as coordenadas do vértice e o eixo da parábola para b) f(x) 5 22(x 1 1)2


cada uma das funções quadráticas: Eixo: x 5 21; V(21, 0);
1 1
a) f(x) 5 3x2 1 1 F  21, 2  ; d: y 5
 8 8
V(0, 1); x 5 0

b) g(x) 5 23x2 1 2 c) f(x) 5 1 (x 2 1)2


2
V(0, 2); x 5 0
Eixo: x 5 1; V(1, 0);
1 1
F  1,  ; d: y 5 2
 2 2

c) h(x) 5 1 x 2 2 1
3
V(0, 21); x 5 0

18 Transforme cada função quadrática na forma canônica e de-


termine o eixo, o vértice, o foco e a diretriz de cada uma das
parábolas dadas pelas funções quadráticas a seguir.
a) f(x) 5 4x2 1 x 2 3
16 Quais das funções do exercício anterior possuem um valor mí- 1
2
49
f(x) 5 4  x 1  2 ;
nimo e quais têm um valor máximo? Quais são esses valores?  8 16
1 1 49 1
Valor mínimo: f(x) 5 1, h(x) 5 21; Eixo: x 5 2 ; V  2 , 2  ; F  2 , 23 ;
8  8 16   8 
Valor máximo: g(x) 5 2.
25
d: y 5 2
8

17 Determine o eixo, o vértice, o foco e a diretriz de cada uma


das parábolas dadas pelas funções quadráticas: b) f(x) 5 22x2 1 5x 2 1
2
5 17
a) f(x) 5 (x 2 2)2 f(x) 5 22  x 2  1 ;
 4 8
Eixo: x 5 2; V(2, 0); F  2, 1  ; d: y 5 2 1 5 5 17   5 
 4 4 Eixo: x 5 ; V  ,  ; F  , 2 ;
4 4 8  4 
9
d: y 5
4

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 19 e 20

24 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 24 12/22/14 12:26 PM


Gráfico da função definida por f(x)2 5 ax 1 bx 1 c
Vamos estudar o efeito dos parâmetros a, b e c na parábola que representa a função quadrática
f(x) 5 ax2 1 bx 1 c.
y
Eixo de simetria

Parábola
c
x1 x2
0 x
V
Vértice

Parâmetro a
Responsável pela concavidade e pela abertura da parábola.
Se a . 0, a concavidade é para cima.
y

Se a , 0, a concavidade é para baixo.


y

Além disso, quanto maior o valor absoluto de a, menor será a abertura da parábola (parábola
mais “fechada”), independentemente da concavidade.
Parâmetro b
Indica se a parábola cruza o eixo y no ramo crescente ou decrescente da parábola.
Se b . 0, a parábola cruza o eixo y no ramo crescente.

y y

ÁLGEBRA
MATEMÁTICA

x x

Função quadrática 25

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 25 12/22/14 12:26 PM


Se b , 0, a parábola cruza o eixo y no ramo decrescente.
y y

x x

Se b 5 0, a parábola cruza o eixo y no vértice.


y y

x x

Parâmetro c
Indica o ponto onde a parábola cruza o eixo y.
y

A parábola cruza o eixo y no ponto (0, c).

A PARÁBOLA E SUAS INTERSECÇÕES COM OS EIXOS


Nos gráficos a seguir estão indicados os pontos de intersecção da parábola com os eixos. Veja
como são determinados algebricamente esses pontos de intersecção a partir da lei da função qua-
drática.
a) f(x) 5 x2 2 2x 1 1
y

(0, 1)

(1, 0) x

26 Função quadrática

11_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 26 12/22/14 12:26 PM


Intersecção com o eixo y:
x 5 0 ⇒ f(0) 5 02 2 2 ? 0 1 1 5 1
A parábola intersecta o eixo y em (0, 1).
Intersecção com o eixo x:
f(x) 5 0 ⇒ x2 2 2x 1 1 5 0
Δ 5 4 2 4 5 0 (a equação admite uma raiz dupla)
x 5 2 ± 0 51
2
A parábola intersecta o eixo x em um só ponto: (1, 0). Isso significa que a função possui um
zero duplo: 1.

b) f(x) 5 24x2 1 1
y

(0, 1)
 1 
2 , 0 
 2  x
1 
 , 0
2 

Intersecção com o eixo y:


x 5 0 ⇒ f(0) 5 24 ? 02 1 1 5 1
A parábola intersecta o eixo y em (0, 1).
Intersecção com o eixo x:
f(x) 5 0 ⇒ 24x2 1 1 5 0 ⇒ 24x2 5 21 ⇒
⇒ 4x 2 5 1 ⇒ x 2 5 1 ⇒ x 5 ± 1 (a equação admite duas raízes distintas)
4 2
Observe que, nesse caso, Δ 5 0 1 16 5 16, ou seja, Δ . 0.
A parábola intersecta o eixo x em dois pontos:
 1 , 0 e  2 1 , 0 .
2   2 
Isso significa que os zeros da função f(x) 5 24x2 1 1 são 2 1 e 1 .
2 2
c) f(x) 5 x2 1 2x 1 3
y

ÁLGEBRA

(0, 3)
MATEMÁTICA

Função quadrática 27

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 27 12/22/14 12:20 PM


Intersecção com o eixo y:
x 5 0 ⇒ f(0) 5 02 1 2 ? 0 1 3 5 3
A parábola intersecta o eixo y em (0, 3).
Intersecção com o eixo x:
f(x) 5 0 ⇒ x2 1 2x 1 3 5 0
Δ 5 4 2 12 5 28 ou Δ , 0 (a equação não tem raízes reais)
A parábola não intersecta o eixo x.
A função f(x) 5 x2 1 2x 1 3 não admite zeros reais.
Conclusões:
A parábola da função quadrática f(x) 5 ax2 1 bx 1 c intersecta o eixo y sempre no ponto (0, c),
pois f(0) 5 a ? 02 1 b ? 0 1 c 5 c.
Essa parábola pode intersectar o eixo x em um ou dois pontos ou pode não intersectar o eixo x,
dependendo do valor de Δ 5 b2 2 4ac da equação correspondente.
f(x) 5 0 ⇒ ax2 1 bx 1 c 5 0
 ∆ 5 0 ⇒ uma raiz real dupla (a parábola intersecta o eixo x em um só ponto)

 ∆ . 0 ⇒ duas raízes reais distintas (a parábola intersecta o eixo x em dois pontos)
 ∆ , 0 ⇒ nenhuma raiz real (a parábola não intersecta o eixo x)

Graficamente, temos:

a.0

D,0

D50

D.0

a,0

D.0

D50

D,0

28 Função quadrática

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PARA CONSTRUIR

19 (Uece) Sejam f : R → R a função definida por f(x) 5 x2 1 x 1 1, 21 (IFCE) Seja f : R  →  R uma função quadrática dada por
P e Q pontos do gráfico de f tais que o segmento de reta PQ f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, em que a, b e c [ R são constantes e
é horizontal e tem comprimento igual a 4 m. A medida da cujo gráfico (parábola) está esboçado na figura.
distância do segmento PQ ao eixo das abscissas é: d
f(x)
Observação: A escala usada nos eixos coordenados adota o
metro como unidade de comprimento.
a) 5,25 m. c) 4,95 m.
b) 5,05 m. d) 4,75 m.
y

Q P

x
3
É correto afirmar-se que: d
a) a , 0. A concavidade da parábola voltada para cima
implica a . 0.
b) b . 0.
c) c , 0. Desde que x C 5 2 b . 0 e a . 0, tem-se
b , 0. 2a
d) b2 , 4ac.
x e) f(a2 1 bc) , 0. Note, no gráfico, que f(0) 5 c . 0.2
1 1 3 Como f(x) . 0 para todo x [ R e (a 1 bc) [ R,
2
2 2 segue-se que f(a2 1 bc) . 0.
Do gráfico sabemos que a parábola não inter-
Calculando o x do vértice, temos:
secta o eixo das abscissas. Logo:
b 1 1
xV 5 2 52 52 b2 2 4ac , 0 ⇔ b2 , 4ac
2?a 2 ?1 2
Pela simetria, temos:
1 3
22 (Unicamp-SP) Sejam a e b reais. Considere as funções qua-
xP 5 2 1 2 5 dráticas da forma f(x) 5 x2 1 ax 1 b, definidas para todo x
2 2
A distância da reta PQ ao eixo x será dada por f  3  :
  real.
2  2
f  3  5  3  1 3 1 1 5 19 5 4,75
    a) Sabendo que o gráfico de y 5 f(x) intercepta o eixo y no
 2  2 2 4 ponto (0, 1) e é tangente ao eixo x, determine os possíveis
valores de a e de b.
20 (Cefet-MG) Sobre a função real f(x) 5 (k 2 2)x2 1 4x 2 5 assi- Se o gráfico de f intersecta o eixo das ordenadas em (0, 1), então
nale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as falsas. b 5 1. Além disso, como o gráfico é tangente ao eixo das abs-
cissas, vem:
( ) O gráfico de f(x) é uma parábola para todo k [ R. Δ 5 0 ⇔ a2 2 4 ? 1 ? 1 5 0 ⇔
( ) Se k 5 1, então f(x) é negativa para todo x [ R. ⇔ a 5 ±2
Portanto, a 5 ±2 e b 5 1.
( ) Se k . 2, então f(x) é uma parábola com concavidade
voltada para cima.
( ) Se k 5 3, então f(25) 5 1.
A sequência correta encontrada é: d b) Quando a 1 b 5 1, os gráficos dessas funções quadráticas
a) V – F – F – F. c) V – F – V – V. têm um ponto em comum. Determine as coordenadas
b) F – V – F – V. d) F – V – V – F. desse ponto.
O gráfico de f não é uma parábola para k 5 2. De fato, para k 5 2 Se a 1 b 5 1 ⇔ b 5 1 2 a, então f(x) 5 x2 1 ax 1 1 2 a. Agora,

ÁLGEBRA
tem-se f(x) 5 4x 2 5, cujo gráfico é uma reta. sem perda de generalidade, tomando a 5 0 e a 5 1, obtemos
Se k 5 1, então f(x) 5 2x2 1 4x 2 5 5 2(x 2 2)2 2 1. Portanto, f1(x) 5 x2 1 1 e f2(x) 5 x2 1 x, respectivamente. Ora, como os
f(x) , 0 para todo x real. gráficos de f1 e de f2 possuem um ponto em comum, tem-se
Se k . 2, então o coeficiente dominante de f é positivo e, por x2 1 1 5 x2 1 x ⇒ x 5 1. Em consequência, o resultado pedido
conseguinte, o gráfico de f é uma parábola com a concavidade é (1, 2).
MATEMÁTICA

voltada para cima.


Se k 5 3, então f(25) 5 (25)2 1 4 ? (25) 2 5 5 0.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 21 e 22 Para aprimorar: 4

Função quadrática 29

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 29 12/22/14 12:20 PM


1o) y
VÉRTICE DA PARÁBOLA, VALOR MÁXIMO OU
MÍNIMO E IMAGEM DA FUNÇÃO QUADRÁTICA
1 2 3 4 x A determinação do vértice da parábola ajuda na elaboração do gráfico e permite determinar a
imagem da função, bem como seu valor máximo ou mínimo.
Im(f) Examine os exemplos:
1o) f(x) 5 2x2 2 8x
Escrevendo na forma canônica, temos:
f(x) 5 2(x2 2 4x) 5 2(x2 2 4x 1 4 2 4) 5 2(x 2 2)2 2 8
26 Vértice da parábola V(m, k): V(2, 28).

A função assume valor mínimo 28 quando x 5 2.


28 Logo, Im(f) 5 {y [ R | y > 28}.
(2, 28)

2o) f(x) 5 24x2 1 4x 1 5


PARA Lembramos que na forma canônica temos:
REFLETIR b 4ac 2 b2 ∆
m 52 e k 5 52
2a 4a 4a
Por que a função f(x) 5 2x2 2 8x Assim, o vértice de uma parábola dada por f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, a Þ 0, também pode ser
não tem valor máximo?
calculado assim: V  2 b , 2 ∆  .
 2a 4a 
2o) y
[
1
, 6] Nesse caso, temos:
6 2
f(x) 5 –4x2 1 4x 1 5
5
2b 24 1 2∆ 2(16 1 80) 296
xV 5 5 5 yV 5 5 5 56
2a 28 2 4a 216 216
Im(f)
Portanto, V  1 , 6 .
2 

21 0 1 1 2 x
A função assume valor máximo 6 quando x 5 1 .
Logo, Im(f) 5 {y [ R | y < 6}. 2
2

23 Poderíamos ter transformado a função quadrática f(x) 5 24x2 1 4x 1 5 na forma canônica


b
f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k, em que m 5 2 e k 5 f(m), e obtido a mesma solução:
2a
b 1
m 52 ⇒ m5
2a 2
2
1 1 1
k 5 f(m) ⇒ k 5 f   5 24 ?   1 4 ? 1 5 5 21 1 2 1 5 5 6 ⇒ k 5 6
 2  2 2
2
1
Assim, f(x) 5 24  x 2 1  e o vértice são dados por V  , 6 .
 2  2
1
Logo, a função tem seu valor máximo 6 quando x 5 .
2
Assim, Im(f) 5 {y [ R | y < 6}.
De modo geral, dada a função f : R → R tal que f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, com a Þ 0, se V(xV , yV)
é o vértice da parábola correspondente, temos, então:

a . 0 ⇒ yV é o valor mínimo de f
Im(f) 5 {y [ R | y > yV}
a , 0 ⇒ yV é o valor máximo de f
Im(f) 5 {y [ R | y < yV}

30 Função quadrática

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

10 Determine a Im(f ) e o valor máximo ou mínimo da função x2


2 a) f ( x ) 5 2 12
quadrática f(x) 5 x 1 4x 2 2. 8
3x 2
RESOLUÇÃO: b) f ( x ) 5 2 13
16
1a maneira: x2 x 1 115
f(x) 5 x2 1 4x 2 2 c) f ( x ) 5 2 1
16 4
2∆ 2(1 (166 1 88) d) f(x) 5 20,1x2 1 0,2x 1 4,8
yV 5 5 5 26
4a 4
Como a . 0, então a concavidade é para cima.
RESOLUÇÃO:
Im(f ) 5 {y [ R | y > 26}
a) Falsa, pois a altura máxima atingida pela bola é menor
Valor mínimo de f: 26
que 3 m.
2a maneira:
24 ? 2 1  ? 2
 
f(x) 5 x2 1 4x 2 2
52 1 5 2 m
∆  8
hmáx. 5 2 52
f(x) 5 x2 1 4x 1 4 – 4 2 2 4 ?a 24 ? 1 21
f(x) 5 (x 1 2)2 2 6 (forma canônica) 8 2
V(22, 26) b) Falsa, pois a maior altura atingida pela bola é igual a 3 m.
Valor mínimo (pois a . 0) de f : 26 (ocorre quando x 5 22).
24 ? 2 3  ? 3 9
 
Im(f ) 5 {y [ R | y > 26}  16 
hmáx. 5 2 ∆ 52 52 4 5 3 m
4 ?a 24 ? 3 212
11 (Epcar-MG) Lucas e Mateus são apaixonados por futebol. Eles 16 16
praticam futebol no quintal de casa, que é totalmente plano c) Falsa. Observando o gráfico da função, conclui-se que a
e possui uma rede de 3 m de altura. bola toca a rede.
y
8

6
3m f(22) 5 f(6) 5 3 m
4
Bola Bola
Rede

Rede
2
4m A B
210 28 26 24 22 2 4 6 8 10 12 x
22
4m 4m
24
Numa brincadeira, Mateus posiciona a bola a 4 m da rede
e Lucas varia sua posição em lado oposto à rede, aproxi- 26
mando-se ou afastando-se dela, conservando uma mesma
linha reta com a bola, perpendicular à rede. d) Verdadeira.
Mateus lança a bola para Lucas, com um único toque na bola, y
até que ela atinja o chão, sem tocar a rede. 8
Considere um plano cartesiano em que: f(22) 5 f(4) 5 4 m
6

ÁLGEBRA
cada lançamento realizado por Mateus é descrito por uma
Bola Bola
trajetória parabólica; 4
Lucas e o ponto de partida da bola estão no eixo x e
Rede

Rede

2
a posição da bola é um ponto (x, y) desse plano, em que A B
MATEMÁTICA

y 5 f(x) é a altura atingida pela bola, em metros, em re- 210 28 26 24 22 2 4 6 8 10 12 x


lação ao chão. 22
4m 4m
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que tem a
24
lei de uma função f que satisfaz as condições estabeleci-
das na brincadeira de Lucas e Mateus. 26

Função quadrática 31

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12 Determine k de modo que o valor mínimo da função e) a intersecção com o eixo y;
2
f(x) 5 (k 2 1)x 1 6x 2 2 seja 25. f) o eixo de simetria;
g) Im(f );
RESOLUÇÃO: h) o esboço do gráfico.
Condições:
RESOLUÇÃO:
2∆
kP
2 1 . 0 ⇒ k . 1e y V 5 5 25 a) Concavidade: voltada para cima, pois a 5 3 e, portanto,
a 4a
a . 0.
∆ 5 62 2 4(k 2 1)(22) 5 36 1 8k 2 8 5 8k 1 28 1
b) Zeros da função: 3x2 2 10x 1 3 5 0 ⇒ x' 5 3 e x'
x'' 5 .
2∆ 8k 1 28 8k 1 28 3
5 25 ⇒ 2 5 25 ⇒ 55 c) Vértice da parábola:
4a 4(kk 2 1)
1 4k 2 4
Resolvendo a equação em k, temos: V  2 b , 2 ∆  ⇒ V  10 , 2 64  ⇒ V  5 , 216  ⇒ V  12 , 25 1 
 2a 4a   6 12  3 3  3 3
5(4k 2 4) 5 8k 1 28 ⇒ 20k20k 2 20 5 8k 5 28 ⇒
⇒ 20k 2 8k 5 28 1 20 20 ⇒ 12k
12k 5 48 ⇒ k 5
48
⇒ d) Intersecção com o eixo x: (3, 0) e  1 , 0 .
12 3 
⇒ k 5 4 (satisfaz a condição k . 1) e) Intersecção com o eixo y: (0, 3).
Portanto, para que o valor mínimo de f(x) seja 25, temos de
f ) Eixo de simetria x 5 5 . É paralelo ao eixo y e passa por
ter k 5 4. 3
V  5 , 216 .
 
13 Situação-problema da introdução do capítulo: Os dire- 3 3
tores de um centro esportivo desejam cercar com tela de
alambrado o espaço em volta de uma quadra de basquete Im(f)) 5 y [ R | y > 216
g) Im(f { }
retangular. Tendo recebido 200 metros de tela, desejam saber 3
quais devem ser as dimensões do terreno a cercar com tela h) Esboço do gráfico:
para que a área seja a maior possível. y
(0, 3)
RESOLUÇÃO:
(3, 0)
[ 1 , 0]
3

0 x
x

100  x
16
Área do terreno: 2 [ 5 , 216 ]
PARA 3 3 3
(100 2 x)x 5 2x2 1 100x
A área máxima procu- REFLETIR
15 Considere a função f: [21, 3] → R cuja lei de formação é f(x) 5 x2.
rada é o valor máximo Qual é o fato que garante a Determine os valores máximo e mínimo e a imagem de f.
da função existência do valor máximo da
f(x) 5 2x2 1 100x. RESOLUÇÃO:
função f(x) 5 2x2 1 100?
A área assume o valor Como o vértice de f(x) 5 x2 é V(0, 0), temos xV 5 0, que per-
tence ao intervalo dado. Assim, o valor mínimo é yV 5 0 e o
máximo no vértice da parábola, ou seja, quando:
máximo é f(3) 5 32 5 9.
2b 2100 100
xV 5 5 52 5 50 (largura) y
2a 2(21) 22
Observamos, então, que a área máxima a ser cercada é uma 9

região quadrada cujo lado mede 50 m. (Lembre-se de que


quadrado é um caso particular de retângulo.)

14 Dada a função quadrática f(x) 5 3x2 –10x 1 3, determine:


a) se a concavidade da parábola definida pela função está A imagem é Im 5 [0, 9].
voltada para cima ou para baixo;
b) os zeros da função; 1
c) o vértice da parábola definida pela função;
d) a intersecção com o eixo x; x
–1 0 3

32 Função quadrática

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PARA CONSTRUIR

23 (Ibmec-RJ) Uma lanchonete vende, em média, 200 sanduí- 25 Qual é o valor de m para que a função f(x) 5 (4m 1 1)x2 2 x 1 6
ches por noite ao preço de R$ 6,00 cada um. O proprietário admita valor mínimo?
observa que, para cada R$ 0,10 que diminui no preço, a quan- 4m 1 1 . 0 ⇒ 4m . 21 ⇒ m . 2 1
tidade vendida aumenta em cerca de 20 sanduíches. 4
Considerando o custo de R$ 4,50 para produzir cada sanduíche,
o preço de venda que dará o maior lucro ao proprietário é: d
a) R$ 5,00 c) R$ 5,50 e) R$ 6,00
b) R$ 5,25 d) R$ 5,75
Seja x o número de reduções de R$ 0,10 no preço de venda do
sanduíche. 26 (FGV-SP) A Editora Progresso decidiu promover o lançamen-
A receita obtida com a venda dos sanduíches é dada pela fun- to do livro Descobrindo o Pantanal em uma Feira Internacional
ção R : R1 → R, definida por: de Livros, em 2012. Uma pesquisa feita pelo departamento de
R(x) 5 (6 2 0,1 ? x) ? (200 1 20 ? x) 5 22x2 1 100x 1 1 200
Além disso, o custo total para produzir os sanduíches é dado pela
Marketing estimou a quantidade de livros adquirida pelos
função C : R1 → R, definida por: consumidores em função do preço de cada exemplar.
C(x) 5 4,5 ? (200 1 20x) 5 90x 1 900
Por conseguinte, a função que dá o lucro total é L : R1 → R, definida Preço de venda Quantidade vendida
por:
R$ 100,00 30
L(x) 5 R(x) 2 C(x) 5 22x2 1 100x 1 1 200 2 (90x 1 900) 5
5 22x2 1 10x 1 300 R$ 90,00 40
O valor de x que proporciona o lucro máximo é igual a
10 R$ 85,00 45
2 5 2,5.
2 ? (22) R$ 80,00 50
Portanto, o resultado pedido é 6 2 0,1 ? 2,5 5 6 2 0,25 5 R$ 5,75
Considere que os dados da tabela possam ser expressos me-
24 (Cefet-RJ) Um objeto é lançado do topo de um muro, de altu- diante uma função polinomial do 1o grau y 5 a ? x 1 b, em
ra h, atingindo o solo após 5 segundos. A trajetória parabólica que x representa a quantidade de livros vendida e y, o preço
do objeto é representada pela equação y 5 20,5x2 1 bx 1 2,5, de cada exemplar.
cujo gráfico está apresentado abaixo, em que y indica a altura a) Que preço de venda de cada livro maximizaria a receita da
atingida pelo objeto em relação ao solo, em metros, no tempo x, editora?
em segundos. Tomando os pontos (30, 100) e (40, 90), segue que a taxa de
y variação da função y 5 ax 1 b é igual a:
a 5 90 2 100 5 21
40 2 30
Logo, 90 5 (21) ? 40 1 b ⇔ b 5 130.
Portanto, y 5 2x 1 130.
A função R : N → R definida por R(x) 5 x ? (2x 1 130) 5 2x ?
? (x 2 130), fornece a receita obtida com a venda de x livros. Logo,
a quantidade a ser vendida, a fim de se obter a receita máxima, é:
x v 5 0 1 130 5 65
2
Desse modo, o preço pedido é igual a y 5 265 1 130 5 R$ 65,00.
x
b) O custo unitário de produção de cada livro é de R$ 8,00.
a) Calcule a altura h e o valor do coeficiente b da equação da
trajetória. Visando maximizar o lucro da editora, o gerente de ven-
h 5 y(0) 5 2,5 m das estabeleceu em R$  75,00 o preço de cada livro. Foi
y(5) 5 0 correta a sua decisão? Por quê?
–0,5 ? 52 1 5 ? b 1 2,5 5 0 Seja L : N → R a função definida por:

ÁLGEBRA
5b 5 12,5 – 2,5 ⇒ 5b 5 10 ⇒ b 5 2 L(x) 5 2x2 1 130x 2 8x 5 2x2 1 122x 5 2x ? (x 2 122)
b) Determine a altura máxima, em relação ao solo, atingida que fornece o lucro obtido na venda de x livros (supondo que
pelo objeto. todos os livros produzidos são vendidos). Logo, a quantidade a ser
0 1 122
A altura máxima será calculada através do yV (y do vértice): vendida para se obter o lucro máximo é 5 61. Para essa
2
MATEMÁTICA

∆ 22 2 4 ? (20,5) ? 2,5 quantidade, o preço de venda unitário deveria ter sido


yv 5 2 52 5 4,5 m
4?a 4 ? (20,5) y 5 261 1 130 5 R$ 69,00.
Por conseguinte, a decisão do gerente não foi correta.

Função quadrática 33

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27 (Enem) Uma pequena fábrica vende seus bonés em paco- 30 (Enem) A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de
tes com quantidades de unidades variáveis. O lucro obtido é uma parábola em torno de um eixo z, conforme mostra a figura.
dado pela expressão L(x) 5 2x2 1 12x 2 20, em que x repre- Eixo de rotação (z)
senta a quantidade de bonés contidos no pacote. A empresa y (cm)
pretende fazer um único tipo de empacotamento, obtendo
um lucro máximo. Para obter o lucro máximo nas vendas, os
pacotes devem conter uma quantidade de bonés igual a: b C

a) 4. b) 6. c) 9. d) 10. e) 14.
Determinando o valor do x do vértice, temos:
V x (cm)
212
xV 5 56
2 ? (21)

28 (FGV-SP) Uma única linha aérea oferece apenas um voo diário


da cidade A para a cidade B. O número de passageiros y que
comparecem diariamente para esse voo relaciona-se com o
A função real que expressa a parábola, no plano cartesiano
preço da passagem x, por meio de uma função polinomial
do primeiro grau. da figura, é dada pela lei f(x) 5 3 x 2 2 6x 1 C, onde C é a
2
Quando o preço da passagem é R$  200,00, comparecem medida da altura do líquido contido na taça, em centimetros.
120 passageiros e, para cada aumento de R$ 10,00 no pre- Sabe-se que o ponto V, na figura, representa o vértice da pa-
ço da passagem, há uma redução de 4 passageiros. Qual é o rábola, localizado sobre o eixo x.
preço da passagem que maximiza a receita em cada voo? d Nessas condições, a altura do líquido contido na taça, em
a) R$ 220,00 c) R$ 240,00 e) R$ 260,00 centimetros, é: e
b) R$ 230,00 d) R$ 250,00 a) 1. b) 2. c) 4. d) 5. e) 6.
Seja x o número de aumentos de R$ 10,00 no preço da passagem.
A receita de cada voo é dada pelo produto entre o preço da passagem A abscissa do vértice da parábola y 5 3 x 2 2 6x 1 C é igual a
e o número de passageiros, ou seja: 2
(26)
R(x) 5 (200 1 10x) ? (120 2 4x) 5 240 ? (x 1 20) ? (x 2 30) 2 5 2.
3
Logo, o número de aumentos que proporciona a receita máxima é: 2?
2
220 1 30
xv 5 55 Por outro lado, sabendo que o vértice da parábola pertence ao eixo
2
das ordenadas, temos:
Portanto, o resultado pedido é 200 1 10 ? 5 5 R$ 250,00.
(26)2 2 4 ? 3 ? C
yv 5 2 ∆ ⇔ 0 5 2 2
29 Observe os gráficos das funções quadráticas f(x) 5 x , 2 ⇔
4a 4? 3
f(x)5 (x 2 2)2 e f(x) 5 (x 1 2)2 e responda: 2
⇔ 6C 2 36 5 0 ⇔
y ⇔C 5 6
f(x) 5 (x 1 2)2 5
f(x) 5 x2 Portanto, segue-se que o resultado pedido é f(0) 5 C 5 6 cm.
5 x2 1 4x 1 4
2
f(x) 5 (x 2 2) 5
5 x2 2 4x 1 4 31 (Uece) A função quadrática f assume seu mínimo quando
x  5  2 e é tal que seu gráfico contém os pontos (21,  0) e
22 0 2 x (0, 25). O valor de f(4) é: b
a) 24 b) 25 c) 5 d) 4
a) Como é o gráfico da função f(x) 5 (x 2 2)2 em relação ao f(x) 5 ax2 1 bx 1 c
gráfico de f(x) 5 x2? 2b 2b
Mínimo x 5 2: x 5 ⇒ 25 ⇒ b 5 24a
2a 2a
É deslocado 2 unidades para a direita. 2
f(x) 5 ax 2 4ax 1 c
b) E o da função f(x) 5 (x 1 2)2 em relação ao gráfico de f(21) 5 a ? (21)2 2 4a ? (21) 1 c 5 0 ⇒ 5a 1 c 5 0 ⇒ c 5 25a
f(x) 5 ax2 2 4ax 2 5a
f(x) 5 x2? f(0) 5 a ? (0)2 2 4a ? (0) 2 5a 5 25 ⇒ 25a 5 25 ⇒ a 5 1
É deslocado 2 unidades para a esquerda. f(x) 5 x2 2 4x 2 5
f(4) 5 (4)2 2 4 ? (4) 2 5 5 16 2 16 2 5 5 25
c) Quais são as coordenadas dos vértices das parábolas
y 5 x2, y 5 (x 2 2)2 e y 5 (x 1 2)2?
(0, 0), (2, 0) e (22, 0), respectivamente.
d) E as do vértice da parábola y 5 (x 2 m)2? E as da parábola
y 5 (x 1 m)2?
(m, 0); (2m, 0)

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 23 a 25 Para aprimorar: 5 a 9

34 Função quadrática

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 34 12/22/14 12:21 PM


ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA
Estudar o sinal da função quadrática f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, a Þ 0, significa determinar os valores
reais de x para os quais f(x) se anula (f(x) 5 0), f(x) é positiva (f(x) . 0) e f(x) é negativa (f(x) , 0).
Tal estudo depende do discriminante Δ 5 b2 2 4ac, da equação do 2o grau correspondente
2
ax  1 x 1 c 5 0, do coeficiente a e dos zeros da função (se existirem).
Dependendo do discriminante, podem ocorrer três casos e, em cada caso, de acordo com o
coeficiente a, podem ocorrer duas situações:

1o caso: Δ . 0
Neste caso:
a função admite dois zeros reais diferentes, x' e x";
a parábola que representa a função intersecta o eixo x em dois pontos.

a.0

f(x)  0 f(x)  0

x" x' x

f(x)  0

f(x) 5 0 para x 5 x'' ou x 5 x'


f(x) . 0 para x , x'' ou x . x'
f(x) , 0 para x'' , x , x'

a,0

f(x)  0

x" x' x
f(x)  0 f(x)  0

f(x) 5 0 para x 5 x'' ou x 5 x'


f(x) . 0 para x'' , x , x'
f(x) , 0 para x , x'' ou x . x'
Dispositivo prático:

1 1 x" x' x

ÁLGEBRA
2 2
x" 2 x' x

Δ.0 Δ.0
MATEMÁTICA

a.0 a,0
PARA
REFLETIR
Quando Δ . 0, f(x) tem o sinal oposto ao de a se x está entre as raízes e tem o sinal O que significam os sinais 1 e
de a se x está fora do intervalo das raízes. 2 no dispositivo prático?

Função quadrática 35

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 35 12/22/14 12:21 PM


2o caso: Δ 5 0
Neste caso:
a função admite um zero real duplo x' 5 x";
a parábola que representa a função tangencia o eixo x.

a.0

f(x) . 0 f(x) . 0

x" 5 x' x

f(x) 5 0 para x 5 x' 5 x''


f(x) . 0 para x Þ x'

a,0

x" 5 x'
x

f(x) , 0 f(x) , 0

f(x) 5 0 para x 5 x' 5 x"


f(x) , 0 para x Þ x'

Dispositivo prático:
x' 5 x"
x

2 2
1 1

x' 5 x" x

Δ50 Δ50
a.0 a,0

Quando Δ . 0, f(x) tem o sinal oposto ao de a para x diferente da raiz dupla da


equação.

36 Função quadrática

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 36 12/22/14 12:21 PM


3o caso: Δ . 0
Neste caso:
a função não admite zeros reais;
a parábola que representa a função não intersecta o eixo x.

a.0

f(x) . 0
x

f(x) . 0 para todo x real

a,0

f(x) , 0 x

f(x) , 0 para todo x real

Dispositivo prático:

2 2 2 2 2 2 2 2 2 x

1 1 1 1 1 1 1 1 1 ÁLGEBRA
x

Δ,0 Δ,0
MATEMÁTICA

a.0 a,0

Quando Δ , 0, f(x) tem o sinal oposto ao de a para qualquer valor real de x.

Função quadrática 37

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 37 12/22/14 12:21 PM


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

16 Estude o sinal das seguintes funções: 17 Quais são os valores reais k para que a função f(x) 5 x2 2 2x 1
a) f(x) 5 x2 2 7x 1 6 1 k seja positiva para todo x real?
b) f(x) 5 9x2 1 6x 1 1
c) f(x) 5 22x2 1 3x 2 4 RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO: a . 0 (j(jáá ssatisfeita,


atisfeita, pois a 5 1 . 0)
Condições: { ∆,0
a) a 5 1 . 0
Δ 5 (27)2 2 4(1)(6) 5 25 . 0
Zeros da função: x' 5 6 e x" 5 1. Cálculo de Δ:
Δ 5 (22)2 2 4 ? (1) ? (k) 5 4 2 4k
4 2 4k , 0 ⇒
1 1 ⇒ 24k , 24 ⇒

1 2 6
x
⇒ 4k . 4 ⇒ k . 4 ⇒ k . 1
4
Logo, k [ R | k . 1.

Então, f(x) 5 0 para x 5 1 ou x 5 6; 18 Para quais valores reais de m a função f(x) 5 (m 2 1)x2 2 6x 2 2
f(x) . 0 para x , 1 ou x . 6; assume apenas valores negativos para todo x real?
f(x) , 0 para 1 , x , 6.
b) a 5 9 . 0 RESOLUÇÕES:
Δ 5 62 2 4 ? 9 ? 1 5 0
Zero da função: x 5 2 1 .
3
Condições: {a∆,, 00 ⇒ m 2 1 , 0 ⇒ m , 1 I

Cálculo do Δ:
Δ 5 (26)2 2 4 ? (m 2 1) ? (22) 5
5 36 1 8m 2 8 5 8m 1 28
1 1
8m 1 28 , 0 ⇒
1 x
2 28 ⇒
3 ⇒ 8m , 228 ⇒ m , 2
8
1 ⇒ ⇒ m , 27 II
f(x) 5 0 para x  2 ; 2
3
Como as duas condições devem ser satisfeitas ao mesmo
1
f(x) . 0 para todo x  2 . tempo, fazemos a intersecção de I e II obtendo S:
3
c) a 5 22 , 0 I
Δ 5 32 2 4 ? (22) ? (24) 5 223 , 0 1
Portanto, Δ , 0 e a função não tem zeros reais.
II
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 x 7
2
2

S
7
2
2

Logo, f(x) , 0 para todo x real, ou seja, f(x) é sempre S 5 m [ R | m , 27


{ }
negativa. 2

38 Função quadrática

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 38 12/22/14 12:21 PM


PARA CONSTRUIR

32 Estude o sinal das seguintes funções quadráticas: d) f(x) 5 x2 2 4


x2 2 4 5 0 ⇒ x2 5 4 ⇒ x 5 ±2
a) f(x) 5 x2 2 3x 2 4
x2 2 3x 2 4 5 0 1 1
Δ 5 9 2 4(1)(24) 5 25 x
3 ± 5 ⇒ 22 2 2
x5 x' 5 4 e x" 5 21
2
f(x) 5 0 para x 5 22 ou x 5 2
f(x) . 0 para x , 22 ou x . 2
1 1
f(x) , 0 para 22 , x , 2
21 2 4 x

f(x) 5 0 para x 5 21 ou x 5 4
f(x) . 0 para x , 21 ou x . 4
f(x) , 0 para 21 , x , 4

b) f(x) 5 23x2 1 2x 1 1 e) 23x2 1 2x 2 4


2
23x 1 2x 1 1 5 0 23x2 1 2x 2 4 5 0
Δ 5 4 2 4(–3)(1) 5 16 Δ 5 4 2 4(23)(24) 5 244
− − − − − − − − − − −
x 5 22 ± 4 ⇒ x' 5 1 e x" 5 2 1 x
26 3
21 1
3 1
2 2 x
f(x) , 0 para todo x real
1
f(x) 5 0 para x 5 2 ou x 5 1
3
1
f(x) . 0 para 2 , x , 1
3
1
f(x) , 0 para x , 2 ou x . 1
3

c) f(x) 5 x2 1 4x 1 4 f ) f(x) 5 22x2 1 3x


2
x 1 4x 1 4 5 0 22x2 1 3x 5 0 ⇒ 2x2 2 3x 5 0 ⇒ x(2x 2 3) 5 0 ⇒
Δ 5 16 2 4(1)(4) 5 0 3
⇒ x' 5 0 e x" 5
24 2
x5 5 22
2 3
0 1 2

ÁLGEBRA
2 2 x

1 1 3
22 x f(x) 5 0 para x 5 0 ou x 5
2
3
f(x) 5 0 para x 5 22 f(x) . 0 para 0 , x ,
MATEMÁTICA

2
f(x) . 0 para x Þ 22
3
f(x) , 0 para x , 0 ou x .
2

Função quadrática 39

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 39 12/22/14 12:21 PM


33 Para que valores reais de x a função f(x) 5 x2 1 7x 1 10 é 35 Para que valores reais de x a função f(x) 5 x2 2 2x 1 6 é
positiva? negativa?
x2 1 7x 1 10 5 0 x2 2 2x 1 6 5 0
Δ 5 49 2 4(1)(10) 5 9 Δ 5 4 2 4(1)(6) 5 220
x 5 27 ± 3 ⇒ x' 5 22 e x" 5 25
2

1 1
11111111111
25 2 22 x x
f(x) . 0 para x , 25 ou x . 22 S5[

34 Dada a função f(x) 5 x2 2 8x 1 16, determine os valores reais


de x para os quais f(x) . 0.
36 Para quais valores f(x) 5 2x2 1 4x é positiva? a
x2 2 8x 1 16 5 0 a) 0,x,4
Δ 5 64 2 4(1)(16) 5 0 b) x,0ex.4
8 c) x,0
x5 54
2 d) x,4
e) x.0
2x2 1 4x 5 0
1 1 x(2x 1 4) 5 0
4 x x' 5 0 e x" 5 4
f(x) . 0 para x Þ 4 1
2 0 4 2 x

f(x) . 0 para 0 , x , 4

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 26 a 29

40 Função quadrática

12_2119656 _SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 40 12/22/14 12:21 PM


INEQUAÇÕES DO 2O GRAU
Desigualdades como estas:
x2 2 5x 1 6 . 0
x2 2 4 < 0
23x2 1 2x 2 1 , 0
22x2 1 5x . 0
3x2 , 0
x2 1 7x 1 10 > 0
3x2 2 4 > x 1 3
(x 2 3)(x 1 3) , 0
Denominam-se inequações do 2o grau.
Vejamos como encontrar a solução de inequações do 2o grau usando o estudo do sinal da
função quadrática.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

19 Resolva as seguintes inequações em R: Dispositivo prático:


a) x2 2 3x 1 2 , 0 d) 2x2 1 6x 2 9 . 0
b) 2x2 1 9 > 0 e) (x 2 1)2 > 3 2 x
111111111111
c) 2x2 2 2x 1 5 . 0 x

RESOLUÇÃO: Como devemos ter f(x) . 0, então S 5 R.


2
a) x 2 3x 1 2 , 0 d) 2x2 1 6x 2 9 . 0
Resolver a inequação x2 2 3x 1 2 , 0 significa determinar os a 5 21 , 0
valores reais de x para os quais a função f(x) 5 x2 2 3x 1 2 Δ 5 62 2 4 ? (21) ? (29) 5 36 2 36 5 0; Δ 5 0
assume valores negativos. A equação 2x2 1 6x 2 9 5 0 tem uma raiz dupla.
a51.0 x' 5 x" 5 3
Δ 5 (23)2 2 4 ? (1) ? (2) 5 9 2 8 5 1; Δ . 0 Dispositivo prático:
Dispositivo prático: 3
2 2 2 2 2 2 2 2x

1 1
1 2 2 x

As raízes da equação x2 2 3x 1 2 5 0 são x' 5 1 e x" 5 2. Nesse caso, é impossível obter a negativo e f(x) positiva, pois
Como devemos ter f(x) , 0, então S 5 {x [ R | 1 , x , 2} f(x) deveria ter o sinal de a para x diferente da raiz dupla.
é a solução da inequação. Logo, S 5 [.
b) 2x2 1 9 > 0 e) (x 2 1)2 > 3 2 x
a 5 21 , 0 Nesse caso, devemos inicialmente escrever a inequação
Δ 5 02 2 4 ? (21) ? (9) 5 36; Δ . 0 na forma f(x) > 0.
As raízes da equação x2 2 9 5 0 são x' 5 23 e x'' 5 3. (x 2 1)2 > 3 2 x ⇒ x2 2 2x 1 1 > 3 2 x ⇒
Dispositivo prático: ⇒ x2 2 2x 1 1 2 3 1 x > 0 ⇒ x2 2 x 2 2 > 0
1
a51.0

ÁLGEBRA
23 3
2 2 x Δ 5 (21)2 2 4 ? (1) ? (22) 5 1 1 8 5 9; Δ . 0
As raízes da equação x2 2 x 2 2 5 0 são x' 5 2 e x'' 5 21.
Dispositivo prático:
Como devemos ter f(x) > 0, então S 5 {x [ R | 23 < x < 3}
MATEMÁTICA

é a solução da inequação. 1 1
c) 2x2 2 2x 1 5 . 0 21 2 2 x
a52.0
Δ 5 (22)2 2 4 ? (2) ? (5) 5 4 2 40 5 236; Δ , 0 Como devemos ter f(x) > 0, então:
A equação 2x2 2 2x 1 5 5 0 não tem raízes reais. S 5 {x [ R | x < 21 ou x > 2} é a solução da inequação.

Função quadrática 41

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Inequações simultâneas
Resolver inequações simultâneas é o mesmo que resolver um sistema de inequações.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

20 Resolva 28 < x2 2 2x 2 8 < 0 em R. 21 Resolva o seguinte sistema em R:

RESOLUÇÃO: x 2 1 . 0
 2
 x 2 2 2x
2x 2 8 < 0  x 2 2 2x
2x 2 8 < 0 I  x 2 5x
5x 2 6 , 0
 2 ⇒  2
 x 2 2
2xx 2 8 >2 8  x 2 2x > 28
2x II
RESOLUÇÃO:
I
x2 2 2x 2 8 < 0 I
x21.0
a51.0
a51.0
Δ 5 36 . 0
x 5 1 (raiz)
x' 5 4 e x'' 5 22
SI 5 {x [ R | x . 1}

1 1
2 x 1
22 4
1 x
2
II
x2 2 2x > 0
a51.0
Δ54.0 II
x' 5 2 e x" 5 0 x2 2 5x 2 6 , 0
a51.0
Δ 5 49 . 0
1 1 x' 5 6 e x" 5 21 (raízes)
0 2 2 x SII 5 {x [ R | 21 , x , 6}

SI 5 {x [ R | 22 < x < 4};


1 1
SII 5 {x [ R | x < 0 ou x > 2} 21 2 6 x

Como temos duas condições que devem ser satisfeitas si-


multaneamente, vamos determinar a intersecção S 5 SI > SII:
Calculando S 5 SI > SII:
22 4
SI 1
SI

SII
0 2 SII
21 6

S
22 0 2 4 S
1 6

S 5 {x [ R | 22 < x < 0 ou 4 < x < 4} S 5 {x [ R | 1 , x , 6}

42 Função quadrática

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PARA CONSTRUIR

37 Resolva as seguintes inequações do 2o grau: d) x2 2 5x 1 10 , 0


Δ 5 25 2 4 ? 1 ? 10 5 215
a) 3x2 2 10x 1 7 , 0
Δ 5 100 2 4 ? 3 ? 7 5 16
x 5 10 ± 4 ⇒ x' 5 1 ou x" 5 7
6 3
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 x
1 2 7 x
3 S5[

S 5 x [ R |1 , x , 7 
 
 3

b) 22x2 2 x 1 1 < 0 e) 24x2 1 9 > 0


Δ 5 1 2 4 ? (22) ? 1 5 9
24x 2 1 9 5 0 ⇒ 24x 2 5 29 ⇒ x 2 5 9 ⇒ x 5 ± 3
x 5 1 ± 4 ⇒ x' 5 21 ou x" 5 1 4 2
24 2
23 3
1 2 1 2
21 1 2
2 2 x
2 2 x

 1
S 5 x [ R | x < 21 ou x >
S 5 x [ R | 2 3 < x < 3 
  
 2
 2 2

c) x2 2 10x 1 25 . 0
∆ 5 100 2 4 ? 1 ? 25 5 0 f ) 2x2 2 8x 2 16 , 0
x 5 10 5 5
2 ∆ 5 64 2 4(21)(216) 5 0
x 5 8 5 24
22

1 1
x 24
5

ÁLGEBRA
x
2 2
S 5 R 2 {5}

S 5 R 2 {24}
MATEMÁTICA

Função quadrática 43

13_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 43 12/22/14 12:22 PM


38 (UFG-GO) Duas empresas de transporte concorrentes adota- c) 3(x2 2 10) . 4x2 2 34
ram diferentes políticas de preços para um determinado tipo 3x 2 2 30 2 4x 2 1 34 . 0 ⇒ 2 x 2 1 4 . 0
x' 5 2 e x" 5 22
de transporte, em função da distância percorrida. Na empre-
sa A, o preço é de R$ 3,00 fixos, mais R$ 1,50 por kilometro
22 1 2
rodado. Já a empresa B cobra R$  8,00 fixos, mais R$ 0,10 mul- x
2 2
tiplicados pelo quadrado da kilometragem rodada. Tendo
em vista as informações apresentadas:
S 5 {x [ R | 22 , x , 2}
a) para um percurso de 20 km, qual das empresas tem o me-
nor preço?
Considerando VA o valor cobrado pela empresa A, VB o valor cobra-
do pela empresa B e x o número de kilometros rodados, temos: 40 (UFJF-MG) Sejam f: R → R e g: R → R funções definidas por
VA 5 3 1 1,5x f(x) 5 x 2 14 e g(x) 5 2x2 1 6x 2 8, respectivamente.
VB 5 8 1 0,10x 2
a) Determine o conjunto dos valores de x tais que f(x) . g(x).
Considerando x 5 20, temos: f(x) . g(x) ⇔ x 2 14 . 2x2 1 6x 2 8 ⇔ x2 2 5x 2 6 . 0
VA (20) 5 3 1 1,5 ? 20 5 33 Resolvendo a inequação, temos:
VB (20) 5 8 1 0,10 ? 202 5 48 S 5 {x [ R | x , 21 ou x . 6}
Logo,VA(20) , VB(20).
Logo, para 20 km a empresa A é mais vantajosa. 1 1
21 2 6 x

b) para quais distâncias a empresa B tem um preço menor


do que a A?
VB , VA

8 1 0,10 ? x 2 , 3 1 1,5x
0,10 ? x 2 2 1,5x 1 5 , 0 b) Determine o menor número real k tal que f(x) 1 k > g(x)
x 2 2 15x 1 50 , 0
para todo x [ R.
Resolvendo a inequação, temos: 5 , x , 10. k > g(x) 2 f(x)
Para as distâncias maiores que 5 km e menores que 10 km, o k > 2x2 1 6x 2 8 2 (x 2 14)
preço da empresa B será menor que o preço da empresa A. k > 2x2 1 5x 1 6
Concluímos que k é o valor máximo da função g(x) 2 f(x).
∆ 49 49
Logo, k 5 2 52 5 .
4a 4 ? (21) 4
39 Resolva as seguintes inequações do 2o grau:
a) 3(x 2 1) 2 6x > 2 2 2x(x 2 3)
3x 2 3 2 6x > 2 2 2x 2 1 6x ⇒ 2x 2 2 9x 2 5 > 0
Δ 5 81 2 4 ? 2 ? (25) 5 121
x 5 9 ± 11 ⇒ x' 5 5 e x" 5 2 1
4 2
41 (PUC-SP) Sendo f(x) 5 x2 2 3x 1 8, calcule o conjunto solu-
ção da inequação f(x) . 2 ? f(1).
1 1
21 2 5 x x 2 2 3x 1 8 . 2(1 2 3 1 8) ⇒ x 2 2 3x 1 8 . 12 ⇒
2 ⇒ x 2 2 3x 2 4 . 0
Δ 5 9 2 4 ? 1 ? (24) 5 25
S 5 x [ R | x < 2 1 ou x > 5
 
x 5 3 ± 5 ⇒ x' 5 4 e x" 5 21
 2  2
b) 2(x 2 1)2 , x
2(x 2 2 2x 1 1) 2 x , 0 ⇒ 2x 2 2 5x 1 2 , 0 1 1
Δ 5 25 2 4 ? 2 ? 2 5 9 21 2 4 x
x 5 5 ± 3 ⇒ x' 5 2 e x" 5 1
4 2
S 5 {x [ R | x , 21 ou x . 4}

1 1
1 2 2 x
2

S 5 x [ R | 1 , x , 2
 
 2 

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 30 e 31

44 Função quadrática

13_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 44 12/22/14 12:22 PM


Inequações produto-quociente
Desigualdades com as características abaixo são denominadas inequações-produto:
f(x) ? g(x) . 0
f(x) ? g(x) , 0
f(x) ? g(x) > 0
f(x) ? g(x) < 0
f(x) ? g(x) Þ 0
Já as desigualdades com as características abaixo são denominadas inequações-quociente:
f(x) f(x)
.0 <0
g(x) g(x)
f(x) f(x)
,0 ?0
g(x) g(x)
f(x)
>0
g(x)

Lembramos que a regra de sinal para o cálculo do quociente de dois números reais é a mesma
que para o cálculo do produto e que uma fração se anula quando o numerador é zero e o denomi-
nador é diferente de zero.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

22 Resolva as inequações em R: Quadro de resolução:


2
a) (x 2 3)(x 1 3x 2 4) . 0 24 1 3
b) (x2 2 9x 2 10)(x2 2 4x 1 4) < 0
c) (2x 1 1)(x2 2 x 1 5)(x2 2 9) > 0 f(x) 2 2 2 1

RESOLUÇÃO: g(x) 1 2 1 1
a) (x 2 3)(x2 1 3x 2 4) . 0
f(x) 5 x 2 3 f(x) ? g(x) 2 1 2 1
a 5 1; a . 0
Raiz: x 5 3. 24 1 3

De acordo com a inequação dada, devemos ter f(x) ? g(x) . 0.


1 Então:
S 5 {x [ R | 24 , x , 1 ou x . 3}
x
3
2
PARA
REFLETIR
g(x) 5 x2 1 3x 2 4 Como são obtidos os sinais de f(x) ? g(x)?
a 5 1; a . 0

ÁLGEBRA
Δ 5 25; Δ . 0
Raízes: x' 5 1 e x" 5 24. b) (x2 2 9x 2 10)(x2 2 4x 1 4) < 0
f(x) 5 x2 2 9x 2 10
a 5 1; a . 0
MATEMÁTICA

Δ 5 121; Δ . 0
1 1 Raízes: x' 5 10 e x" 5 21.
x
24 2 1
1 1
21 2 10 x

Função quadrática 45

13_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 45 12/22/14 12:22 PM


g(x) 5 x2 2 4x 1 4 Quadro de resolução:
a 5 1; a . 0 23 1 3
Δ=0
Raiz: x 5 2. f(x) 1 1 2 2

g(x) 1 1 1 1

1 1 h(x) 1 2 2 1

2 x
f(x) ? g(x) ? h(x) 1 2 1 2
Quadro de resolução:
21 2 10 23 1 3

f(x) 1 2 2 1
Logo, S 5 {x [ R | x < 23 ou 1 < x < 3}.

g(x) 1 1 1 1 2x 1 3
23 Resolva a inequação . 0.
x 22 4x
4x 2 5
f(x) ? g(x) 1 2 2 1

21 10
RESOLUÇÃO:
f(x) 5 2x 1 3
Logo, S 5 {x [ R | 21 < x < 10}.
a 5 21; a ,0
c) (2x 1 1)(x2 2 x 1 5)(x2 2 9) > 0 Raiz: x 5 3.
f(x) 5 2x 1 1
a 5 21; a , 0
Raiz: x 5 1. 1

3 2 x

1
g(x) 5 x2 2 4x 2 5
1 x
2 a 5 1; a . 0
Δ 5 36; Δ . 0

g(x) 5 x2 2 x 1 5 1 1
a 5 1; a , 0 x
21 2 5
Não tem raízes reais.

Raízes: x' 5 5 e x" 5 21.


Restrição:
x2 2 4x 2 5 Þ 0 ⇒ x Þ 5 e x Þ 21
1 1 1 1 1 1 1
x Quadro de resolução:
21 3 5
h(x) 5 x2 2 9
a 5 1; a . 0 f(x) 1 1 2 2
Δ 5 36; Δ . 0
Raízes: x' 5 3 e x" 5 23. g(x) 1 2 2 1

f(x)
g(x) 1 2 1 2
1 1
21 3 5
23 2 3 x

S 5 {x [ R | x , 21 ou 3 , x , 5}

46 Função quadrática

13_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 46 12/22/14 12:22 PM


PARA CONSTRUIR

42 Para quais valores reais de x a desigualdade x 2 3 1 1< x é 44 (ESPCEX-SP) Uma indústria produz mensalmente x lotes de
x22 um produto. O valor mensal resultante da venda deste pro-
verdadeira?
duto é V(x) 5 3x2 2 12x e o custo mensal da produção é dado
x 2 3 1 1 2 x < 0 ⇒ x 2 3 1 (1 2 x)(x 2 2) < 0 ⇒
x22 x22 por C(x) 5 5x2 2 40x 2 40. Sabendo que o lucro é obtido
2 2
⇒ x 2 3 1 x 2 2 2 x 1 2x < 0 ⇒ 2x 2 4x 2 5 < 0 pela diferença entre o valor resultante das vendas e o custo
x22 x22 da produção, então o número de lotes mensais que essa in-
t G(x) 5 2x 2 1 4x 2 5 ⇒ não tem raízes reais dústria deve vender para obter lucro máximo é igual a: d
− − − − − − − − − − − x a) 4 lotes.
b) 5 lotes.
c) 6 lotes.
tH Y
5 x 2 2 ⇒ raiz: x 5 2 d) 7 lotes.
2 1 e) 8 lotes.
2 x Seja L(x) o lucro obtido, então:
Quadro de resolução: L(x) 5 V(x) 2 C(x) 5 22x2 1 28x 1 40
2 O valor de x para que L(x) seja máximo será dado por:
f(x) 2 2 b 28
xV 5 2 52 57
2? a 2 ? (22)
g(x) 2 1
f(x)
1 2
g(x)
2 45 (Enem) O proprietário de uma casa de espetáculos obser-
S 5 {x [ R | x . 2} vou que, colocando o valor da entrada a R$  10,00, sempre
contava com 1 000 pessoas a cada apresentação, faturando
(x 22 4x 1 3)7 (40 2 5x)9
43 Resolva a inequação > 0. R$ 10 000,00 com a venda dos ingressos. Entretanto, perce-
(2x 2 1 6x 2 8)6 beu também que, a partir de R$ 10,00, a cada R$ 2,00 que ele
tG Y
5 (x2 2 4x 1 3)7
aumentava no valor da entrada, recebia para os espetáculos
O sinal de (x2 2 4x 1 3)7 é igual ao sinal de (x2 2 4x 1 3), pois a
40 pessoas a menos.
potência de expoente ímpar e base real tem o sinal da base.
Logo: Nessas condições, considerando P o número de pessoas
1 1 presentes em um determinado dia e F o faturamento com a
1 2 3 x venda dos ingressos, a expressão que relaciona o faturamen-
tH Y
5 (40 2 5x) 9 to em função do número de pessoas é dada por: a
2
Da mesma forma, o sinal de (40 2 5x)9 é igual ao sinal de (40 2 5x). a) F 5 2P 1 60P
Logo: 20
2
1 P
b) F 5 2 60P
8 2 x 20
th(x) 5 (2x2 1 6x 2 8)6 c) F 5 2P2 1 1 200P
2P2 1 60
A potência de expoente par e base real não nula é sempre positiva, d) F 5
então (2x2 1 6x 2 8)6 é positivo se x Þ 4 e x Þ 2. Para esses valores, 20
(2x2 1 6x 2 8)6 é nulo. e) F 5 2P2 2 1 220P
1 1 1 Sejam v o valor da entrada e n o número de aumentos de R$ 2,00.
2 4 x Logo:
v 2 10
Quadro de resolução: v 5 10 1 2 ? n ⇔ n 5

ÁLGEBRA
2
1 2 3 4 8
Assim, temos:
f(x) 1 2 2 1 1 1
P 5 1 000 2 40 ? n 5
g(x) 1 1 1 1 1 2 v 2 10
5 1 000 2 40 ? 5
2
MATEMÁTICA

h(x) 1 1 1 1 1 1 5 1 200 2 20v


f(x) ? g(x) P
1 2 2 1 1 2 O que implica v 5 60 2 e, portanto:
h(x) 20
1 2 3 4 8 2
F 5 60 2 P  ? P 5 2 P 1 60P
 
S = {x [ R | x < 1 ou 3 < x , ou 4 , x < 8}  20  20

Função quadrática 47

13_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 47 12/22/14 12:22 PM


46 A temperatura T na qual a água entra em ebulição varia b) Paulo e Paula têm a mesma altura e ficaram felizes em sa-
com a elevação E acima do nível do mar. Medindo a eleva- ber que estavam ambos exatamente com seu peso ideal,
ção em metros e a temperatura em graus Celsius, temos segundo a informação da revista. Sabendo que Paulo
E 5 1 000(100 2 T ) 1 580(100 2 T )2. pesa 2 kilos a mais do que Paula, determine o peso de
a) Em que elevação a temperatura será de 99,5 °C? cada um deles.
De acordo com o enunciado, temos:
E 5 1 000(100 2 T) 1 580(1002T)2 5
5 1 000(100 2 99,5) 1 580(100 2 99,5)2 5 PPaulo 5 PPaula 1 2 ⇒ (a 2 100) 2 a 2 150 5
4
5 1 000 ? 0,5 1 580(0,5)2 5 500 1 145 5 645
E 5 645 m 5 (a 2 100) 2 a 2 150 1 2 ⇒ 4a 2 400 2 a 1 150 5
2
5 4a 2 400 2 2a 1 300 1 8 ⇒ 3a 2 250 5 2a 2 92 ⇒
⇒ a 5 158
Portanto:
PPaulo 5 (158 2 150) 5 158 2 150 5 58 2 2 5 56 kg
4
PPaula 5 PPaulo 2 2 5 56 2 2 5 54 kg
b) Discuta o caso T 5 100.
Se T 5 100 °C, então E 5 0, isto é, ao nível do mar a água ferve
a 100 °C. 48 (UFSC) Um projétil é lançado verticalmente para cima com
velocidade inicial de 300 m/s (suponhamos que não haja ne-
nhuma outra força, além da gravidade, agindo sobre ele). A
distância d (em metros) do ponto de partida, sua velocidade
v (em m/s) no instante t (em segundos contados a partir do
lançamento) e a aceleração a (em m/s2) são dadas pelas fór-
mulas d 5 300t 2 110t2 ; v 5 300 2 10t e a 5 210.
c) Escreva a equação de E em função de T na forma geral da 2
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
função quadrática (E 5 aT2 1 bT 1 c).
E 5 1 000(100 2 T) 1 580(100 2 T)2 5
(01) O projétil atinge o ponto culminante no instante t 5 30 s.
5 100 000 2 1 000T 1 580(10 000 2 200T 1 T2) 5 (02) A velocidade do projétil no ponto culminante é nula.
5 100 000 2 1 000T 1 5 800 000 2 116 000T 1 580T2 5 (04) A aceleração do projétil em qualquer ponto da sua traje-
5 5 900 000 2 117 000T 1 580T2 5
5 580T2 2 117 000T 1 5 900 000
tória é a 5 210 m/s2.
(08) O projétil repassa o ponto de lançamento no instante
t 5 60 s.
(16) A distância do ponto culminante, medida a partir do
ponto de lançamento, é de 4 500 m.
(32) O projétil repassa o ponto de partida com velocidade
47 (UFRJ) Cíntia, Paulo e Paula leram a seguinte informação
numa revista: v 5 300 m/s.
Pelo enunciado, temos:
“Conhece-se, há mais de um século, uma fórmula para ex- d 5 300t 2 5t 2

pressar o peso ideal do corpo humano adulto em função da v 5 300 2 10t
a 5 210
a 2 150
altura: P 5 (a 2 100) 2 , em que P é o peso, em kilos, a t v 5 2 b 5 2 300 5 30 s
k 2a 2 ? (25)
é a altura, em centimetros, k 5 4, para homens, e k 5 2, para
(01) Verdadeira
mulheres”. (02) Verdadeira
a) Cíntia, que pesa 54 kilos, fez rapidamente as contas com (04) Verdadeira
k 5 2 e constatou que, segundo a fórmula, estava 3 kilos (08) Verdadeira
abaixo do seu peso ideal. Calcule a altura de Cíntia. (16) Verdadeira
O peso ideal de Cíntia é 57 kg. Então, fazendo P 5 57 e k 5 2 na dmáx. 5 2 ∆ 5 290 000 5 4500
fórmula, temos: 4a 220
a 2 150 (32) Falsa
57 5 (a 2 100) 2 ⇒ 114 5 2a 2 200 2 a 1 150 ⇒ O projétil repassa o ponto de partida no instante t 5 60 s. Então:
2
v 5 300 2 10 ? 60
⇒ a 5 164 cm ou 1,64 m v 5 2300 m/s

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 32 a 41 Para aprimorar: 10 a 12

48 Função quadrática

13_2119656_SER_EM_MAT_ALG_CAD3_C01_AL_PR.indd 48 12/22/14 12:22 PM


Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

A distância s é função de t dada pela expressão s(t) 5 at2 1


PARAPARA PRATICAR
PRATICAR 1 bt 1 c, onde a, b e c são constantes. A distância s em cen-
timetros, quando t 5 2,5 segundos, é igual a:
1 Quais das seguintes funções são quadráticas? a) 248 d) 200
a) f(x) 5 2x2 d) f(x) 5 x2 1 x b) 228 e) 190
2 e) f(x) 5 x(x 2 1)(x 2 2) c) 208
b) f(x) 5 2
x f ) f(x) 5 3x(x 2 1)
c) 2x 1 1 10 Faça o completamento de quadrado em:
2 As funções abaixo são equivalentes à função f(x) 5 ax2 1 bx 1 c. a) x2 2 2x
Determine, em cada uma delas, os valores de a, b e c. b) x2 1 6x 2 16

a) f(x) 5 2x2 c) f(x) 5 (4x 1 7)(3x 2 2) 11 Usando o completamento de quadrado, determine os zeros
b) f(x) 5 2(x 2 3)2 das seguintes funções quadráticas:
3 Sendo n o número de lados de um polígono convexo e d o a) f(x) 5 x2 2 2x 2 3
número de diagonais, calcule: b) f(x) 5 x2 2 8x 1 12
c) f(x) 5 3x2 2 8x 2 3
a) o valor de d, quando n 5 7;
b) o valor de d, quando n 5 10; 12 Determine, se existirem, os zeros das funções quadráticas
c) o valor de n, quando d 5 27; usando a forma canônica:
d) o valor de n, para que se tenha d 5 n. a) f(x) 5 x2 2 x 2 2 c) f(x) 5 x2 2 2x 1 1
4 Dada a função quadrática f(x) 5 3x2 2 4x 1 1, determine: b) f(x) 5 3x2 1 x 2 2

a) f(1) 13 Para que valores reais de k a função f(x) 5 kx2 2 6x 1 1 admi-


b) f(2) te zeros reais e diferentes?
c) f(0)
d) f ( 2) 14 Para que valores de m a função f(x) 5 (m 2 2)x2 2 2x 1 6
admite zeros reais?
5 Determine a lei da função quadrática f, sabendo que f(1) 5 2, 2
f(0) 5 3 e f(21) 5 6. 15 (Cefet-RJ) Seja f(x) 5 3 ?  x 2 1  2 4 , onde x é um núme-
 2 
6 De uma folha de papel retangular de 30 cm por 20 cm são ro real qualquer. O menor valor que f(x) pode assumir é:
retirados, de seus quatro cantos, quadrados de lado x. Deter- a) 23 b) 24 c) 25 d) 26
mine a expressão que indica a área da parte que sobrou em
função de x. 16 Para que valores reais de k a função f(x) 5 (k 2 1)x2 2 2x 1 4
não admite zeros reais?
7 O impacto de colisão Ec (energia cinética) de um automóvel
17 Determine o valor positivo de m para que a equação
com massa m e velocidade v é dado pela fórmula Ec 5 1 mv 2 . mx2 2 (m 1 1)x 1 1 5 0 tenha uma raiz igual à quarta parte
2
Se a velocidade triplica, o que acontece ao impacto de coli- da outra.
são de um carro de 1 000 kg?
18 Trace o gráfico de f(x) 5 x2 e determine os valores de f(x) para
8 Sendo r 5 f(0) para a função f(x) 5 23x 1 2 e s 5 g(0) para a x igual a:

ÁLGEBRA
1 3
b) 5
2
função g(x) 5 4x 2 4x 1 1, determine o valor de r 1 s. a) 2 c) 2
2 2 2
9 (Unifesp) A tabela abaixo mostra a distância s em centime- 19 Determine o eixo, o vértice, o foco e a diretriz de cada uma
MATEMÁTICA

tros que uma bola percorre descendo por um plano inclinado das parábolas dadas pelas seguintes funções quadráticas:
em t segundos.
a) f(x) 5 2(x 2 3)2 1 4 d) f(x) 52 1 (x 2 1)2 2 1
2
t 0 1 2 3 4 b) f(x) 5 22(x 2 3)2 1 4 e) f(x) 5 3(x 1 1)2 1 2
s 0 32 128 288 512 c) f(x) 5 (x 1 3)2 f ) f(x) 5 1 (x 2 2)2 2 3
5

Função quadrática 49

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20 Quais das funções quadráticas do exercício anterior possuem 29 Quais são os valores reais de x que tornam positiva a função
um ponto máximo e quais têm um ponto mínimo? Quais são f(x) 5 22x2 1 5x 2 2?
esses pontos?
30 Resolva em R:
21 Determine o valor de m para que o ponto A(2, 1) pertença à a) 26 , x2 2 5x , 6
parábola que representa graficamente a função dada por b) 7 < x2 1 3 , 4x
f(x) 5 (m 1 1)x2 2 1. c) 2 < x2 2 x < 20 2 2x
d) 3 , x2 2 2x 1 8 , 8
22 Determine os zeros das seguintes funções quadráticas:
a) f(x) 5 x2 2 11x 1 30 31 Resolva os sistemas de inequações em R:
b) f(x) 5 x2 1 4x 2 21 a)  x 2 1 6x 1 8 > 0 c)  x 2 2 2x > 0
c) f(x) 5 x2 2 36 x 1 5 , 0  2
 2x 1 2x 1 3 > 0
d) f(x) 5 6x2 2 5x 1 1
b)  x 2 2 1< 0 d)  x 2 2 2x 1 1. 0
23 Dada a função quadrática f(x) 5 2x2 2 x 2 3, determine:  2
 x 2 2x . 0
 2
x 2 4 , 0
a) se a concavidade da parábola definida pela função está
voltada para cima ou para baixo; 32 (Uern) Sobre a inequação-produto (24x2 1 2x 2 1)(x2 2 6x 1
b) os zeros da função; 1 8) > 0, em R, é correto afirmar que:
c) o vértice da parábola definida pela função; a) não existe solução em R.
d) a intersecção com o eixo x; b) o conjunto admite infinitas soluções em R.
e) a intersecção com o eixo y; c) o conjunto solução é S 5 {x P Z | 2 < x < 4}.
f ) o eixo de simetria; d) o conjunto solução é {x P Z | x < 2 ou x > 4}.
g) lm(f );
h) o esboço do gráfico. 33 Resolva as inequações em R:
x 2 2 5x 1 6
24 (Ulbra-RS) Preocupados com o lucro da empresa VXY, os ges- a) .0
x 22
tores contrataram um matemático para modelar o custo de
produção de um dos seus produtos. O modelo criado pelo x 2 2 3x 1 2
matemático segue a seguinte lei: C 5 15 000 2 250n 1 n2, b) <0
x24
onde C representa o custo, em reais, para se produzirem n
unidades do determinado produto. Quantas unidades deve- x22 2
c) <1
rão ser produzidas para se obter o custo mínimo? x
a) 2625. d) 625. x21 x
b) 125. e) 315. d) .1
x221
c) 1 245.

25 (Ifal) Assinale a alternativa que completa corretamente a fra- 34 Determine os valores reais de x para os quais a expressão
se: “A função real f(x) 5 x2 2 4x 1 5 x 2 2 7x 1 12
seja positiva.
a) não admite zeros reais”. x 22
b) atinge um valor máximo”.
c) tem como gráfico uma reta”. 35 (IFCE) O conjunto solução S , R da inequação (5x2 2 6x 2 8)
d) admite dois zeros reais e diferentes”. (2 2 2x) , 0 é:
e) atinge um valor mínimo igual a 21”.
a) S 5 2 4 ,
 
2  ø ] 2` , 1[ .
26 Para quais valores de m a função f(x) 5 x 1 5x 1 5m assume
2  5 
valores positivos para todo x real?
b) S 5 ] 2, 1` [ ø  2 4 , 1.
 
 5 
27 Determine k para que a função f(x) 5 kx2 1 (2k 1 3)x 1 k seja
c) S 5 2 4 ,
negativa para todo x real?  
2  ø ] 1, 1` [ .
 5 
28 Estude o sinal das seguintes funções quadráticas:
d) S 5  2` , 2 4  ø ] 1, 2 [ .
 
a) f(x) 5 x2 2 6x 1 8  5
b) f(x) 5 x2 2 10x 1 25
e) S 5  2 4 , 1 ø ] 2, 1` [ .
 
c) f(x) 5 x2 1 4x 1 8
 5 
d) f(x) 5 24x2 1 1

50 Função quadrática

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36 Dados f(x) 5 x2 2 2x 2 3 e g(x) 5 2x2 1 4, determine os 40 (Unifesp) A porcentagem p de bactérias em uma certa cul-
f(x) tura sempre decresce em função do número t de segundos
valores reais de x para os quais . 0.
g(x) em que ela fica exposta à radiação ultravioleta, segundo a
relação p(t) 5 100 2 15t 1 0,5t2.
37 A despesa total de um condomínio é de R$ 3 600,00. No en-
a) Considerando que p deve ser uma função decrescente va-
tanto, 10 condôminos deixaram de pagar, ocasionando um
riando de 0 a 100, determine a variação correspondente do
acréscimo de R$ 60,00 para cada condômino. Quantos são
tempo t (domínio da função).
os condôminos no total e quanto cada um dos pagantes
b) A cultura não é segura para ser usada se tiver mais de 28%
pagou?
de bactérias. Obtenha o tempo mínimo de exposição que
resulta em uma cultura segura.
38 Dois amigos levam juntos 24 horas para descarregar um trem
carregado de farinha. Se os dois trabalhassem sozinhos, um 41 (UFPR) O lucro diário L é a receita gerada R menos o custo de
deles levaria 20 horas a menos do que o outro para descarre- produção C. Suponha que, em certa fábrica, a receita gerada
gar a farinha. Em quanto tempo cada um deles descarregaria e o custo de produção sejam dados, em reais, pelas funções
o trem? R(x) 5 60x 2 x2 e C(x) 5 10(x 1 40), sendo x o número de
itens produzidos no dia. Sabendo que a fábrica tem capaci-
39 (UnB-DF) Os bancos A e B oferecem, cada um, duas op- dade de produzir até 50 itens por dia, considere as seguintes
ções de investimentos: X e Y. Designando por D uma quan- afirmativas:
tia a ser investida, então pD e qD – em que 0 < p, q < 1 e I. O número mínimo de itens x que devem ser produzidos
p 1 q 5 1 – representam as quantias a serem investidas nas por dia, para que a fábrica não tenha prejuízo, é 10.
opções X e Y, respectivamente. II. A função lucro L(x) é crescente no intervalo [0, 25].
Tendo em vista o risco de perdas resultantes de incertezas III. Para que a fábrica tenha o maior lucro possível, deve pro-
do mercado financeiro, um analista de investimentos propôs, duzir 30 itens por dia.
para cada banco, uma função f(x), definida para 0 , x < 1, tal IV. Se a fábrica produzir 50 itens num único dia, terá prejuízo.
que f(p) mede o risco de se investir a quantia pD na opção X e Assinale a alternativa correta.
f(q) mede o risco de se investir a quantia qD na opção Y. Nessa a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
situação, o risco total do investimento, i. e., o risco de se in- b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
vestir a quantia D, é calculado pela soma f(p) 1 f(q). Segundo c) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
o analista, quanto menor for o valor de f(p) 1 f(q), menor será d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
o risco. e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
O quadro abaixo apresenta as funções de risco f(x) para cada
banco.
PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR
Banco f(x)
1 Em um campeonato de futebol, cada time vai jogar duas ve-
A 2
0,3x 2 0,6x 1 0,40 zes com outro. Então:
a) se o número de clubes é 10, qual é o número de jogos?
B 0,5x2 2 0,5x 1 0,25
b) se o número de jogos é 42, qual é o número de times?

De acordo com as informações acima, julgue os itens que se 2 f e g são funções de R em R definidas por f(x) 5 2x 2 1 e
seguem. g(x) 5 x2 2 1. Determine as funções compostas (f F g)(x) e
(1) Para os bancos A e B, existe um valor de p para o qual (g F f )(x).
os riscos de se investir a quantia pD na opção X de cada
banco são iguais. 3 Dada a função f: R → R tal que

ÁLGEBRA
(2) Os investimentos na opção X realizados no banco A es-
 x 2 2 2x, para x , 5
tão sujeitos a maiores riscos que aqueles realizados na 
f(x) 5 3x 2 20, para 5 < x , 9
mesma opção no banco B. 2x 2 1 4x 2 2, para x > 9
(3) No banco A, o risco total de um investimento em que
MATEMÁTICA

se aplica pD na opção X e (1 2 p)D na opção Y é igual determine:


a 0,6p2 2 0,6p 1 0,5. a) f(6)
(4) No banco B, para que determinada quantia investida b) f(21)
sofra o menor risco total possível, metade deve ser in- c) f(10)
vestida na opção X e a outra metade, na opção Y. d) f(9)

Função quadrática 51

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4 (FGV-SP) Sejam f e g funções quadráticas, com f(x) 5 ax2 1 a) Sabendo que a parte negativa do gráfico de f é cons-
1 bx 1 c. Sabe-se que o gráfico de g é simétrico ao de f em tituída por segmentos de reta, determine a expressão
relação ao eixo y, como mostra a figura: matemática de f nos instantes anteriores à saída do
golfinho da água. Em que instante o golfinho saiu da
y
água?
g f b) A parte positiva do gráfico de f é formada por parte de
3
uma parábola, dada por f(t) 52 t2 1 6t 2 9. Determine
4
quantos segundos o golfinho ficou fora da água e a altura
x
máxima, em metros, atingida no salto.

9 (UFPR) Alguns processos de produção permitem obter mais


de um produto a partir dos mesmos recursos, por exemplo,
Os pontos P e Q localizam-se nos maiores zeros das a variação da quantidade de níquel no processo de produ-
funções f e g, e o ponto R é o interceptar de f e g com o ção do aço fornece ligas com diferentes graus de resistên-
eixo y. Portanto, a área do triângulo PQR, em função dos cia. Uma companhia siderúrgica pode produzir, por dia, x
parâmetros a, b e c da função f, é: toneladas do aço tipo Xis e y toneladas do aço tipo Ypsi-
(a 2 b)c bc
a) d) 2 lon utilizando o mesmo processo de produção. A equação
2 2a 2x 1 3y2 1 9y 2 30 5 0, chamada de curva de transformação
(a 1 b)c c2 de produto, estabelece a relação de dependência entre essas
b) e)
2 2a duas quantidades. Obviamente, deve-se supor x > 0 e y > 0.
abc Com base nessas informações, considere as seguintes afirma-
c) 2
2 tivas:
1. É possível produzir até 20 toneladas do aço tipo Xis
5 Uma região retangular tem perímetro igual a 40 m. Quais devem
por dia.
ser as dimensões do retângulo para que a área seja máxima?
2. A produção máxima de aço tipo Ypsilon, por dia, é de ape-
6 (UFC-CE) Sejam [0, 2] e [a, b] intervalos fechados de núme- nas 2 toneladas.
3. Num único dia é possível produzir 500  kg de aço tipo
ros reais, f: [0, 2] → R e g: R → [a, b] funções definidas por
Ypsilon e ainda restam recursos para produzir mais de
f(x) 5 x2 1 1 e g(x) 5 x 1 1. Se a função composta (g F f )é
12 toneladas do aço tipo Xis.
sobrejetiva, calcule a soma dos extremos [a, b].
Assinale a alternativa correta.
7 (PUCC-SP) Um projétil da origem (0, 0), segundo um refe- a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
rencial dado, percorre uma trajetória parabólica que atinge b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
sua altura máxima no ponto (2, 4). Escreva a equação dessa c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
trajetória. d) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
e) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
8 (Vunesp) O gráfico representa uma função f que descreve,
10 (Ufal) Determine o menor número inteiro tal que:
aproximadamente, o movimento (em função do tempo em
x2 2 4x 2 5 , 0.
segundos) por um certo período de um golfinho que salta e
retoma à água, tendo o eixo das abscissas coincidente com a
11 (EEM-SP) Resolva a inequação (x 1 4) , 2 2 em R.
superfície da água. x 11
Altura (metros)
12 (FGV-SP) O custo diário de produção de um artigo é
C 5 50 1 2x 1 0,1x2, onde x é a quantidade diária produzida.
Cada unidade do produto é vendida por R$ 6,50. Entre que
1 valores deve variar x para não haver prejuízo?
0
Tempo (segundos) a) 19 < x < 24
22 b) 20 < x < 25
c) 21 < x < 26
d) 22 < x < 27
24
e) 23 < x < 28

52 Função quadrática

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Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Revisão”. As resoluções

REVISÃO
encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

1 (Vunesp) A expressão que define a função quadrática f(x), 7 (AFA-SP) O gráfico de uma função polinomial do segundo
cujo gráfico está esboçado, é: grau y 5 f(x), que tem como coordenadas do vértice (5, 2)
y
a) f(x) 5 22x2 2 2x 1 4 e passa pelo ponto (4, 3), também passará pelo ponto de
y 5 f(x)
b) f(x) 5 x2 1 2x 2 4 1 coordenadas:
c) f(x) 5 x2 1 x 2 2 a) (1, 18) b) (0, 26) c) (6, 4) d) (21, 36)
d) f(x) 5 2x2 1 2x 2 4 2 x
22 21 1 8 (PUC-RS) Se x e y são números reais tais que x 2 y 5 2,
e) f(x) 5 2x2 1 2x 2 2
21 então o valor mínimo de z 5 x2 1 y2 é:
22
a) 21 b) 0 c) 1 d) 2 e) 4

23 9 (Enem) Existem no mercado chuveiros elétricos de dife-


rentes potências, que representam consumos e custos di-
24 versos. A potência (P) de um chuveiro elétrico é dada pelo
produto entre sua resistência elétrica (R) e o quadrado
da corrente elétrica (i) que por ele circula. O consumo de
2 (UFPR) O número N de caminhões produzidos em uma energia elétrica (E), por sua vez, é diretamente proporcio-
montadora durante um dia, após t horas de operação, é nal à potência do aparelho.
dado por N(t) 5 20 ? t 2 t2, sendo que 0 < t < 10. Supo- Considerando as características apresentadas, qual dos
nha que o custo C (em milhares de reais) para se produzir gráficos a seguir representa a relação entre a energia
N caminhões seja dado por C(N) 5 50 1 30 ? N. consumida (E) por um chuveiro elétrico e a corrente
a) Escreva o custo C como uma função do tempo t de elétrica (i) que circula por ele?
operação da montadora. a) E d) E
b) Em que instante t, de um dia de produção, o custo
alcançará o valor de 2 300 milhares de reais?

3 (UFRGS-RS) A parábola na figura a seguir tem vértice 0 i 0 i


no ponto (21, 3) e representa a função quadrática b) e)
E E
f(x) 5 ax2 1 bx 1 c. y
Portanto, a 1 b é:
a) 23
3
b) 22
2 0 i 0 i
c) 21
d) 0 c) E
e) 1
21 x

4 (FEI-SP) Ache os valores reais de p para os quais a função 0 i


f(x) 5 (p 2 1)x2 1 (2p 2 2)x 1 p 1 1 é positiva, qualquer
que seja x. 10 (Ufscar-SP) A figura representa, em sistemas coordenados

ÁLGEBRA
com a mesma escala, os gráficos das funções reais f e g,
5 (Unip-SP) Seja A o conjunto solução da inequação x2 2 5x 1 com f(x) 5 x2 e g(x) 5 x.
1 4 , 0 e N 5 {0, 1, 2, 3, ...} o conjunto dos números natu- f(x) g(x)
rais, determine o conjunto A > N.
MATEMÁTICA

6 (PUC-RJ) Sejam f(x) 5 x 1 5 e g(x) 5 1 2 x2, determine:


4
a) os valores reais de x para os quais f(x) > g(x); T

b) os valores reais de x para os quais f(x) < g(x). 0 k 2k x 0 x

Função quadrática 53

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Sabendo que a região poligonal T demarca um trapézio Sabendo-se que a área do triângulo ABC, em amarelo,
de área igual a 120, o número real k é: é de 6 unidades, determine o único valor de b, para
a) 0,5 d) 1,5 que a função f tenha como gráfico essa parábola.
b) 1 e) 2
c) 2 13 (PUC-MG) As funções yA 5 2x2 2 7x 1 366 e yB 5 2x 1 230,
apresentadas na figura a seguir, indicam, respectivamen-
11 (UFSM-RS) Algumas placas de te, as receitas obtidas ou a obter pelas indústrias A e B,
advertência para o trânsito 1m
em reais, desde o ano 2000, quando foram implantadas,
têm a forma de um quadrado até o ano 2010. O tempo x é contado em anos, sendo
de lado 1  m, que possui, no que x 5 0 corresponde ao ano 2000.
Mensagem
seu interior, retângulos desti- Receitas
nados a mensagens, confor- 400
me exemplifica a figura. 350
300
Dentre esses possíveis retân- 250
gulos, o de área máxima terá 200
área, em m2, igual a: 150
100
3 3 50
a) d)
2 4
0 2 4 6 8 10 12 Anos
2 2
b) e) Conforme se pode observar, os gráficos dessas funções
2 4
se interceptam no ponto em que x 5 8. Com base nas in-
1 formações contidas nesses gráficos, é correto afirmar que:
c)
2 a) a receita da empresa B tende a crescer cada vez mais.
b) somente depois do ano 2008, a receita da empresa A
12 (UFJF-MG) Considere a função f: R → R, f(x) 5 22x2 1 tenderá a diminuir.
1 bx 2 6, em que b [ R. c) até o ano 2008, a receita da empresa A foi ou será me-
a) Para quais valores de b  [  R a função f admite pelo nor do que a receita da empresa B.
menos uma raiz real? d) depois do ano 2008, a receita da empresa A deverá ser
b) Na figura a seguir está representada uma parábola, na maior do que a receita da empresa B.
qual A, B e C são os pontos de intersecção dela com os
eixos coordenados. 14 (Unifesp) Dado x . 0, considere o retângulo de base
y
4 cm e altura x cm. Seja y, em centimetros quadrados, a
área desse retângulo menos a área de um quadrado de
x
A B lado cm.
0 x 2
C a) Obtenha os valores de x para os quais y . 0.
b) Obtenha o valor de x para o qual y assume o maior
valor possível e dê o valor máximo de y.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1982.
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp, 1974.
COLEÇÃO do professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 1993. 14 v.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 1997.
DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. v. 1 e 2. (Coleção do Professor de Matemática).
MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O. Estatística básica. São Paulo: Atual, 1981.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986.
________. Mathematical Discovery. New York: John Wiley & Sons, 1981. 2 v.
REVISTA do professor de Matemática. São Paulo: SBM, 1982/1998. v. 1 a 36.

54 Função quadrática

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MAIS ENEM
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias

PONTE JUSCELINO KUBITSCHEK

OSTILL/SHUTTERSTOCK
Ponte JK, em Brasília, DF.

Na imagem encontra-se a ponte Juscelino Kubitschek ou matemática e conceitos de função do 2o grau estão envolvidos na
ponte JK, que foi inaugurada em 15 de dezembro de 2002, na ci- sua elaboração.
dade de Brasília. Ela cruza o lago Paranoá e tem uma extensão de
1 200 metros, com altura máxima de 62 metros, o maior vão livre é Exercício
de 240 metros e largura de 24 metros com duas pistas, cada uma A partir da imagem acima, conseguimos obter a seguinte
com três faixas de rolamento. Possui também duas passarelas nas planificação:
laterais para uso de ciclistas e pedestres com 1,5 metro de largura.
O arquiteto responsável pela construção, Alexandre Chan, teve seu P3
P2
projeto escolhido dentre todos os trabalhos apresentados no Concurso
P1
Nacional de Estudos Preliminares de Arquitetura, em dezembro de 1998.
A ponte atrai as pessoas por diversos motivos, seja pela sua
localização agradável, ideal para caminhadas e passeios de bicicle- x
tas em suas passarelas, também tendo vendedores ambulantes de
comida e bebida na sua entrada e saída. Há aqueles, ainda, que
praticam rapel na ponte. A partir dessa planificação, observe as afirmações a seguir:
Em 2003, ela foi eleita a mais bonita do mundo durante a I. O valor da constante a nas parábolas P1, P2 e P3 é negativo.
20a Conferência Internacional de Pontes, pela Sociedade de Enge- II. As parábolas admitem apenas uma raiz real cada.
nharia do Estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos. É a terceira III. Cada parábola admite dois valores distintos de x para
construção criada para ligar o Plano Piloto ao Lago Sul. A obra se f(x) = 0.
destaca por seus três arcos assimétricos, que dão a ideia de uma IV. O valor da constante a na parábola P2 é maior que nas
pedra quicando sobre o espelho d’água. demais.
A razão para falar dessa ponte é exatamente a forma parabó- V. A ordenada do vértice nas três parábolas são positivas.
lica dos 3 arcos que a ponte possui, cuja beleza arquitetônica resul- As afirmações verdadeiras são: d
tou num projeto estrutural de grande complexidade. Mas observe a) I – II – IV d) I – III – V
que esses arcos parabólicos não existem apenas para embelezar, eles b) II – III – IV e) II – III – V
fazem parte da estrutura de suporte da ponte. E, portanto, muita c) I – IV – V

55

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QUADRO DE IDEIAS

Presidência: Mário Ghio Júnior


Direção: Carlos Roberto Piatto
Função quadrática Direção de inovação em conteúdo: René Agostinho
f(x) 5 ax2 1 bx 1 c Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Conselho editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves,
Carlos Roberto Piatto, Daniel Augusto Ferraz Leite,
Eduardo dos Santos, Eliane Vilela, Helena Serebrinic,
Lidiane Vivaldini Olo, Luís Ricardo Arruda de Andrade,
Raízes Vértice Marcelo Mirabelli, Marcus Bruno Moura Fahel,
Marisa Sodero, Ricardo Leite, Ricardo de Gan Braga,
Tania Fontolan
Gerência editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves
Δ 5 b2 2 4 ? a ? c V 5 (xV , yV ) Edição: Tatiana Leite Nunes (coord.),
Pietro Ferrari
Organização didática: Maitê Fracassi
Revisão: Adriana Gabriel Cerello (coord.), Danielle Modesto,
x 5 2b 6 ∆ b Edilson Moura, Letícia Pieroni, Marília Lima, Tatiane Godoy,
2a xV 5 2 yV 5 2
∆ Tayra Alfonso, Vanessa Lucena;
2a 4a Colaboração: Rita Sam; Vera L. Costa

Coordenação de produção: Fabiana Manna (coord.),


Adjane Oliveira, Solange Pereira
Supervisão de arte e produção: Ricardo de Gan Braga
2b 1 ∆
x' 5 x" 5 2b 2 ∆ Edição de arte: Daniel Hisashi Aoki
2a 2a Diagramação: Antonio Cesar Decarli,
Claudio Alves dos Santos, Fernando Afonso do Carmo,
Flávio Gomes Duarte, Kleber de Messas
Iconografia: Sílvio Kligin (supervisão), Marcella Doratioto;
Colaboração: Fábio Matsuura, Fernanda Siwiec,
Fernando Vivaldini
Gráficos Licenças e autorizações: Edson Carnevale
Capa: Daniel Hisashi Aoki
Foto de capa: Fábio Colombini
Projeto gráfico de miolo: Daniel Hisashi Aoki
Editoração eletrônica: Casa de Tipos
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f(x) . 0 f(x) . 0 Dante, Luiz Roberto
x" x' x
Sistema de ensino ser : ensino médio, caderno 3 :
x" x' x f(x) , 0 f(x) , 0 álgebra : PR / Luiz Roberto Dante. -- 2. ed. --
São Paulo : Ática, 2015.
f(x) , 0
1. Álgebra (Ensino médio) 2. Matemática
(Ensino médio) I. Título.
Δ50 Δ50 14–12013 CDD–510.7

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1. Matemática : Álgebra : Ensino médio 510.7
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f(x) . 0 f(x) . 0 2015
f(x) , 0 f(x) , 0 ISBN 978 85 08 17143-9 (AL)
ISBN 978 85 08 17148-4 (PR)
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MATEMÁTICA álGEBra

GUIA DO PROFESSOR

LUIZ ROBERTO DANTE


Livre-docente em Educação Matemática pela Unesp – Rio Claro/SP.
Doutor em Psicologia da Educação: Ensino da Matemática pela
PUC/São Paulo.
Mestre em Matemática pela USP.
Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática
(Sbem).
Ex-secretário executivo do Comitê Interamericano de Educação
Matemática (Ciaem).
Pesquisador em ensino e aprendizagem da Matemática pela Unesp
– Rio Claro/SP.
Autor de vários livros: Didática da resolução de problemas de
Matemática; Didática da Matemática na pré-escola; Coleção
Aprendendo Sempre – Matemática (1o ao 5o ano); Tudo é Mate-
mática (6o ao 9o ano); Matemática – Contexto & Aplicações –
Volume único (Ensino Médio); Matemática – Contexto & Aplica-
ções – 3 volumes (Ensino Médio).

MÓDULO
Função quadrática (16 aulas)

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aula 1 Páginas: 4 a 6

MÓDULO definição da função quadrática


objetivos
Função quadrática Definir função quadrática.
Explorar situações exemplificando com função quadrática.

Estratégias
Plano de aulas sugerido Explore o problema referente à colocação de alambrado em volta
Carga semanal de aulas: 3 da quadra de basquete e reproduza o desenho que o ilustra. Explique
Número total de aulas do módulo: 16 aos alunos que, se o perímetro da tela é de 200 metros, cada lado
maior do retângulo terá a medida 100 2 x (pois cada lado deve ser
menor que 200), e os restantes 2x serão a soma dos lados menores,
que deverão, portanto, medir x cada um.
Competências Habilidades Calcule a área do retângulo de medidas 100 2 x e x, obtendo
c Construir noções de c Identificar a relação de (100 2 x)x 5 2x2 1 100x. Para cada medida de x, teremos, então, a
variação de grandezas para dependência entre grandezas. função f(x) 5 2x2 1 100x.
a compreensão da realidade c Resolver situações-problema
Leia com os alunos o item “Definição de função quadrática” e de-
e a solução de problemas do envolvendo a variação
cotidiano.
senvolva os exemplos apresentados, destacando os coeficientes a,
de grandezas, direta ou
c Modelar e resolver problemas inversamente proporcionais.
b e c. Chame a atenção deles para o fato de que esses coeficientes
que envolvam variáveis c Analisar informações
podem aparecer em qualquer outra ordem. Exemplifique isso rees-
socioeconômicas ou envolvendo a variação de crevendo funções e trocando a ordem dos termos; por exemplo, em
técnico-científicas, usando grandezas como recurso para f(x) 5 22x 1 1 1 3x2, os coeficientes a, b e c continuam sendo
representações algébricas. a construção da realidade. a 5 3, b 5 22 e c 5 1.
c Avaliar propostas de intervenção No texto “Situações em que a função quadrática aparece”, propo-
na realidade envolvendo nha à classe que identifique os coeficientes da função d(n), que são
variação de grandezas. 1 3
c Identificar representações
a 5 , b 5 2 e c 5 0.
2 2
algébricas que expressem a
relação entre grandezas.
tarefa para casa
c Interpretar gráfico cartesiano Solicite à turma que faça em casa as atividades 1 a 3 do “Para pra-
que represente relações entre ticar” (página 49).
grandezas. Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões
c Resolver situação-problema juntamente com a classe.
cuja modelagem envolva
conhecimentos algébricos. aula 2 Páginas: 6 a 8
c Utilizar conhecimentos

algébricos/geométricos como Valor da função quadrática em um ponto


recurso para a construção de
argumentação. objetivos
c Avaliar propostas de intervenção
Determinar o valor de uma função f(x), dado o valor de x, e o valor
na realidade utilizando de x, dado o valor de f(x).
conhecimentos algébricos.
Resolver situações-problema por meio de função quadrática.

Estratégias
1. Função quadrática Conceitue o valor da função quadrática em um ponto e explique
aos alunos os dois exemplos dados.
Objeto do conhecimento Explique os exercícios resolvidos 1 a 3 e discuta com os alunos o
Conhecimentos algébricos. “Para refletir” da página 7.
Conhecimentos algébricos/geométricos.
tarefa para casa
Objeto específico
Solicite à turma que faça em casa as atividades 4 a 9 do “Para prati-
Gráficos e funções. Funções algébricas do 1o e do 2o graus,
car” (página 49) e as atividades 1 a 3 do “Para aprimorar” (página 51).
polinomiais, racionais, exponenciais e logarítmicas. Equações
Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões
e inequações. Plano cartesiano.
juntamente com a classe.

2 GUIA DO PROFESSOR

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aulas 3 e 4 Páginas: 8 a 12 Chame a atenção da classe para o número de raízes da função
observando o valor do discriminante Δ.
Zeros da função quadrática Relacione as raízes da equação do 2o grau com seus coeficientes e,
com base nessa relação, mostre aos alunos como fatorar o trinômio
objetivos ax2 1 bx 1 c (página 15).
Determinar as raízes da função quadrática. Explique os exercícios resolvidos 6 a 9 das páginas 15 e 16 e discuta
Explicar o procedimento do completamento de quadrado. com os alunos o “Para refletir” das páginas 14 e 16.
Determinar os zeros da função quadrática utilizando o completa-
mento de quadrado. tarefa para casa
Solicite à turma que faça em casa as atividades 12 a 17 do “Para
Estratégias praticar” (página 49).
Explique o cálculo dos zeros da função conhecendo sua soma e seu Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões
produto e discuta com os alunos o “Para refletir” da página 9. juntamente com a classe.
Explicite o cálculo dos zeros da função por fatoração, fazendo o
exercício resolvido 4.
aula 7 Páginas: 18 a 21
Explique o procedimento do completamento de quadrado resolven-
do alguns exemplos e desenhando o quadrado para completar na lousa. Gráfico da função quadrática
Deduza o modo geral de completar o quadrado.
Mostre aos alunos como determinar os zeros da função quadrática objetivos
utilizando o completamento de quadrado. Para isso, explique o exer- Caracterizar o gráfico da função quadrática.
cício resolvido 5 da página 11. Mostrar como se constrói o gráfico da função definida por f(x) 5
5 ax2, com a Þ 0.
tarefa para casa
Solicite à turma que faça em casa as atividades 10 e 11 do “Para Estratégias
praticar” (página 49). Utilize a ilustração da página 18 para definir parábola, foco, vérti-
Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões ce, diretriz e eixo da parábola.
juntamente com a classe. Explique a montagem da tabela e a construção do gráfico da fun-
ção f(x) 5 x2.
aulas 5 e 6 Páginas: 13 a 17
Mostre aos alunos os dois gráficos da função f(x) 5 ax2, para cinco
valores de a positivos e cinco valores de a negativos. Explique as par-
Forma canônica da função quadrática ticularidades dessas parábolas.
Explique a eles a generalização para o gráfico da função quadráti-
objetivos ca f(x) 5 ax2, com a Þ 0, e a equação da parábola que tem vértice
Escrever a forma canônica da função quadrática. na origem.
Determinar os zeros da função quadrática utilizando a forma ca- Discuta com os alunos o “Para refletir” da página 19.
nônica e a fórmula deduzida a partir da forma canônica. Leia, com a turma, o texto “A Matemática na transmissão de infor-
Conhecer a relação existente entre o discriminante e os zeros da mações” (página 20).
função quadrática e aplicá-la em exercícios.
Conhecer as relações existentes entre os coeficientes e as raízes da tarefa para casa
equação do 2o grau e aplicá-las em exercícios. Solicite à turma que faça em casa a atividade 18 do “Para praticar”
Escrever a forma fatorada do trinômio da equação do 2o grau, cujo (página 49).
segundo membro é zero. Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija a questão
juntamente com a classe.
Estratégias
Os alunos podem encontrar alguma dificuldade para entender a
aula 8 Páginas: 21 a 24

ÁLGEBRA
forma canônica na primeira apresentação. Inicie pelo exemplo da
função f(x) 5 x 2 4x 2 6, que deverá ser escrita na forma canônica Gráfico da função quadrática (cont.)
pela técnica do completamento de quadrado.
Desenvolva o primeiro exemplo, f(x) 5 3x2 2 5x 1 2, dado em “De- objetivos
MATEMÁTICA

corrências da forma canônica” (páginas 13 e 14), e auxilie os alunos a de- Mostrar como se constrói o gráfico da função definida por f(x) 5
duzir que podemos determinar o máximo ou o mínimo de uma função 5 ax2 1 k, com a Þ 0.
observando o parâmetro k da forma canônica f(x) 5 a(x 2 m)2 1 k. Mostrar como se constrói o gráfico da função definida por f(x) 5
Partindo da forma geral da função do 2o grau, f(x) 5 ax2 1 bx 1 5 a(x 2 m)2, com a Þ 0.
c, e usando o método apresentado na página 13, auxilie os alunos a Mostrar como se constrói o gráfico da função definida por f(x) 5
deduzir a fórmula que fornece as raízes da equação do 2o grau. 5 a(x 2 m)2 1 k, com a Þ 0.

Função quadrática 3

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Estratégias Estratégias
Em “Gráfico da função definida por f(x) 5 ax2 1 k, com a Þ 0”, Explique aos alunos os dois exemplos do cálculo do vértice da pa-
examine, com os alunos, os oito exemplos de gráfico da função qua- rábola (página 30).
drática (página 21). Explique valor máximo, valor mínimo e imagem da função quadrá-
Em “Gráfico da função definida por f(x) 5 a(x 2 m) 2, com tica, mostrando-os nos gráficos dos exemplos dados. Discuta com
a Þ 0” (página 22), explique para os alunos o exemplo das funções eles o “Para refletir” da página 30.
definidas por f(x) 5 2x2 e g(x) 5 2(x 2 3)2, traçadas no mesmo Explique os exercícios resolvidos 10 a 15 das páginas 31 e 32 utili-
sistema de eixos, e generalize para quaisquer funções desses tipos. zando, preferencialmente, as fórmulas para determinação de xvértice e
Explique os exemplos dos gráficos das funções do tipo f(x) 5 yvértice. Discuta com eles o “Para refletir” da página 32.
5 a(x 2 m)2 1 k, com a Þ 0, e suas generalizações (página 23).
tarefa para casa
tarefa para casa Solicite à turma que faça em casa as atividades 23 a 25 do “Para pra-
Solicite à turma que faça em casa as atividades 19 e 20 do “Para ticar” (página 50) e as atividades 5 a 9 do “Para aprimorar” (página 52).
praticar” (páginas 49 e 50). Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões
Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões juntamente com a classe.
juntamente com a classe.
aula 12 Páginas: 35 a 40
aula 9 Páginas: 25 a 29
Estudo do sinal da função quadrática
Gráfico da função definida por f(x) 5 ax2 1 objetivo
1 bx 1 c; a parábola e suas intersecções
Mostrar como o sinal da função quadrática é variável.
com os eixos
Estratégias
objetivos
Com base nos modelos apresentados, analise com os alunos cada
Mostrar a relação entre os parâmetros a, b e c e a parábola.
um dos casos (Δ . 0, Δ 5 0 e Δ , 0). Para cada caso, enfatize as duas
Mostrar como se constrói o gráfico da função definida por f(x) 5
possibilidades do valor de a: a . 0 ou a , 0. Se necessário, lembre aos
5 ax² 1 bx 1 c.
alunos mais uma vez que, se a 5 0, não se tem mais uma função do
Determinar os pontos de intersecção da parábola com os eixos x
2o grau. Desenhe os gráficos correspondentes a cada caso.
e y.
Discuta com os alunos o “Para refletir” da página 35.
Explique os exercícios resolvidos 16 a 18 da página 38.
Estratégias
Generalize a construção de gráficos do 2o grau para o caso f(x) 5 tarefa para casa
5 ax2 1 bx 1 c, analisando o comportamento da parábola para os Solicite à turma que faça em casa as atividades 26 a 29 do “Para
possíveis sinais dos parâmetros a, b e c. praticar” (página 50).
Explique aos alunos os três exemplos que mostram os pontos de Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões
intersecção da parábola com os eixos x e y. juntamente com a classe.

tarefa para casa aula 13


Páginas: 41 a 44
Solicite à turma que faça em casa as atividades 21 e 22 do “Para
praticar” (página 50) e a atividade 4 do “Para aprimorar” (página 52). inequações do 2o grau (inequações
Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões simultâneas)
juntamente com a classe.
objetivos
Apresentar os dispositivos práticos para a resolução de inequações
aulas 10 e 11 Páginas: 30 a 34
do 2o grau.
Vértice da parábola, valor máximo ou mínimo Apresentar a resolução de inequações simultâneas como sendo a
e imagem da função quadrática resolução de um sistema de inequações.

objetivos Estratégias
Deduzir as fórmulas para encontrar as coordenadas do vértice da Explique aos alunos o exercício resolvido 19 da página 41 utilizan-
parábola e, assim, identificar o ponto de valor máximo e o ponto do, em cada uma das inequações, o dispositivo prático.
de valor mínimo. Relembre as convenções “bolinha vazia” para , ou . e “bolinha
Determinar a imagem da função quadrática. cheia” para < ou >.

4 GUIA DO PROFESSOR

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Nos exercícios resolvidos 20 e 21, divida as inequações simultâneas tarefa para casa
em duas inequações do 2o grau simples. Em cada inequação obtida, Solicite à turma que faça em casa as atividades 32 a 41 do “Para
localize no eixo x o intervalo-solução e indique a intersecção dos praticar” (páginas 50 e 51) e as atividades 10 a 12 do “Para aprimorar”
intervalos obtidos utilizando o dispositivo prático. (página 52).
Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões
tarefa para casa
juntamente com a classe.
Solicite à turma que faça em casa as atividades 30 e 31 do “Para
praticar” (página 50).
Se achar oportuno, no início da próxima aula, corrija as questões rEVisão E Mais EnEM
juntamente com a classe.
aula 16 Páginas: 53 a 55
aulas 14 e 15 Páginas: 45 a 48
objetivos
inequações do 2o grau (inequações produto-
-quociente) Revisar o conteúdo apresentado no módulo.
Desenvolver habilidades e competências.
objetivo Apresentar conteúdos interdisciplinares.
Apresentar as desigualdades que envolvam inequações-produto e
Estratégias
inequações-quociente.
Selecione alguns exercícios da Revisão e resolva-os com os alunos.
Estratégias Identifique os conteúdos em que ainda há dúvidas e resolva os exer-
Desenvolva o exercício resolvido 22 da página 45 e mostre aos cícios correspondentes na lousa.
alunos que resolvemos uma inequação-produto ou uma inequação- Leia o texto do “Mais Enem”. Se possível, faça uma reflexão com os
-quociente fazendo o estudo do sinal de cada fator da inequação. alunos sobre o uso da ponte como uma construção para conectar
Feito o estudo de sinais de cada fator, explique a eles como mon- dois locais separados por algum tipo de obstáculo e do uso de arcos
tar o quadro de resolução final, que obedece ao jogo de sinais da de parábola em pontes: são meramente decorativos ou possuem al-
multiplicação. guma utilidade que não o prazer estético? Lembre-os do uso de arcos
Explique o exercício resolvido 23 da página 46 e discuta com a na construção de pontes e aquedutos que permitem a passagem
classe o “Para refletir” da página 45. de embarcações fluviais, por exemplo. Resolva o exercício proposto.

ANOTAÇÕES

ÁLGEBRA
MATEMÁTICA

Função quadrática 5

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rEsPostas

 5 25
caPÍtulo 1 – Função quadrática b) f   5
2 4
Para Praticar – página 49 a 51
c) f  2  5
3 9
1. a, d e f.  2 4
2. a) a 5 2, b 5 0 e c 5 0.
19. a) Eixo: x 5 3; V(3, 4); F  3, 4 1  ; d : y 5 3 7
b) a 5 2, b 5 212 e c 5 18.  8 8
a 5 12, b 5 13 e c 5 214.
b) Eixo: x 5 3; V(3, 4); F  3, 3 7  ; d : y 5 4 1
c)
3. a) d 5 14  8 8
b) d 5 35
c) n59 c) Eixo: x 5 23; V(23, 0); F 23, 1 ; d : y 5 2 1
 4 4
d) n55
4. a) f(1) 5 0 d) Eixo: x 5 1; V(1, 21); F  1, 2 3  ; d : y 5 2 1
 2 2
b) f(2) 5 5
c) f(0) 5 1 e) Eixo: x 5 21; V(21, 2); F  21, 2 1  ; d : y 5 111
 12 
( )
d) f 2 5 7 2 4 2
12

5. f(x) 5 x2 2 2x 1 3 f ) Eixo: x 5 2; V(2, 23); F  2, 21 3  ; d : y 5 24 1


 4 4
6. A 5 600 2 4x2
20. Ponto máximo: b(3, 4); d(1, 21); ponto mínimo: a(3, 4); c(23, 0);
7. Fica 9 vezes maior. e(21, 2); f(2, 23).
8. 3
21. m 5 2 1
9. b. 2
10. a) x2 2 2x 5 (x 2 1)2 2 1 22. a) x' 5 6 e x" 5 5
b) ax2 1 6x 2 16 5 (x 1 3)2 2 25 b) x' 5 3 e x" 5 27
c) x' 5 6 e x" 5 26
11. a) 3 e 21
1 1
b) 6 e 2 d) x' 5 e x" 5
2 3
1 23. a) Para cima.
c) 3 e 2
3 3
12. a) 2 e 21 b) x' 5 e x" 5 21
2
2
e 21 1 25 
b) c) V  , 2 
3 4 8
c) 1
13. k , 9 e k Þ 0 d) (21, 0) e  3 , 0
2 
14. m < 13 e m Þ 2 e) (0, 23)
6 1
15. b. f) x 5
4
16. k . 5  
4 g) Im(f ) 5  y [ R | y > 2 25 
17. m' 5 4 e m" 5 1  8
4 h)
18.
f(x) f(x)
25
4
0
(21, 0) 3 x
,0
2

9 (0, 23)
4 1 25
,2
4 8
1 1
Eixo: x 5
4 4
0 x 24. b.
25 23 21 1 3 5
2 2 2 2 2 2 25. a.
 1 1 26. m [ R |m . 5
a) f 2 5 4
 2 4

6 GUIA DO PROFESSOR

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f(x) 5 2x é função exponencial.
27. k [ R | k , 2 3 f(x) 5 x3 1 2x2 1 x 1 1 é função do 3o grau.
4
28. a) f(x) 5 0 para x 5 2 ou x 5 4; f(x) . 0 para x , 2 ou x . 4; página 7
f(x) , 0 para 2 , x , 4. Porque x representa o número de pontos marcados na circunfe-
b) f(x) 5 0 para x 5 5; f(x) . 0 para x Þ 5. rência.
c) f(x) . 0 para todo x real. página 9
d) f(x) 5 0 para x 52 1 ou x 5 1 ; f(x) . 0 para 2 1 , x , 1 ; Se existirem, os números serão as raízes da equação x2 2 3x 1 7 5 0.
2 2 2 2 Essa equação tem Δ , 0; então, não existe valor real para x.
1
f(x) , 0 para x ,2 ou x . . 1
2 2 página 14
29. 1 , x , 2 2
Porque 3 ?  x 2 5  será sempre positivo e, somado com 2 , o
1
2  6 12
30. a) S 5 {x [ R | 21 , x , 2 ou 3 , x , 6} 1
b) S 5 {x [ R | 2 < x , 3} resultado será sempre maior que 2 .
12
c) S 5 {x [ R | 25 < x < 21 ou 2 < x < 4}
d) S 5 {x [ R | 0 , x , 2} 4ac 2 b2 k 24ac 1 b
2
b22 4ac
k5 ⇒2 5 5
31. a) S 5 {x [ R | x , 25} 4a a 4a ? a 4a2
b) S 5 {x [ R | 21 < x , 0} página 16
c) S 5 {x [ R | 21 < x < 0} 4±2
x2 2 4x 1 3 5 0 ⇒ x 5 ⇒ x' 5 3 e x'' 5 1. Logo, x' 5 3x".
d) S 5 {x [ R | 22 , x , 2 e x Þ 1} 2
32. c. página 19
33. a) S 5 {x [ R | x . 3} Não, porque uma função não pode ter duas imagens para um
b) S 5 {x [ R | x < 1 ou 2 < x , 4} mesmo domínio, e essas parábolas têm dois y para cada x, exceto
c) S 5 {x [ R | x < 21 ou 0 , x < 2} o vértice.
d) S 5 {x [ R | x . 1} página 30
34. S 5 {x [ R | 2 , x , 3 ou x . 4} Porque Im(f ) 5 [28, 1`[.
35. e. página 32
36. S 5 {x [ R | 22 , x , 21 ou 2 , x , 3} f(x) 5 –x2 1 100x tem a 5 21 , 0.
37. 30 condôminos; R$ 180,00 página 35
38. Um deles em 40 horas e o outro, em 60 horas. Eles indicam os intervalos nos quais a função assume valores po-
39. V, F, V, V. sitivos ou negativos.
40. a) D 5 {t [ R | 0 < t < 10} página 45
b) 6 s Pelo mesmo processo da multiplicação de números reais: sinais
41. c. iguais, produto positivo; sinais diferentes, produto negativo.
Para aPriMorar – páginas 51 e 52 rEVisão
1. a) 90 jogos páginas 53 e 54
b) 7 times 1. d.
2. (f  g) (x) 5 2x2 2 3; (g  f ) (x) 5 2 4x2 2 4x
2. a) C(t) 5 230t2 1 600t 1 50
3. a) f(6) 5 22 b) t 5 5 h
b) f(21) 5 3 3. a.
c) f(1) 5 262
d) f(9) 5 247 4. p [ R | p . 1
4. d. 5. A > N 5 { 2, 3 }
5. 10 m por 10 m 6. a) Para todo x real.
6. a 1 b 5 8 1
b) Para x 52 .
7. a. 2
7. h(x) 5 2x2 1 4x
8. a) 2 s 8. d.

ÁLGEBRA
b) 4 s; 3 m 9. d.
9. c.
10. e.
10. 0
11. c.
11. S 5 {x [ R | x , 23 ou 22 , x , 21}
MATEMÁTICA

12. a) b <24 3 ou b >24 3


12. b.
b) b 5 8
Para rEFlEtir 13. a.
página 5 14. a) 0 , x , 16
f(x) 5 2x é função afim. b) x 5 8; y 5 16

Função quadrática 7

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rEFErÊncias BiBlioGráFicas
ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1982.
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp, 1974.
COLEÇÃO do professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 1993. 14 v.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 1997.
DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. v. 1-2. (Coleção do Professor de Matemática)
MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O. Estatística básica. São Paulo: Atual, 1981.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986.
________. Mathematical discovery. New York: John Wiley & Sons, 1981. 2 v.
REVISTA do professor de Matemática. São Paulo: SBM, 1982/1998. v. 1-36.

ANOTAÇÕES

8 GUIA DO PROFESSOR

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O sistema de ensino SER quer conscientizar seus alunos sobre os problemas da
atualidade. Pensando nisso, apresentamos, no Ensino Médio, capas com animais da
fauna brasileira em extinção. Esperamos que as imagens e as informações fornecidas
motivem os estudantes a agir em favor da preservação do meio ambiente.
A jararaca-ilhoa, cujo nome científico é Bothrops insularis, é uma espécie endêmica da ilha
da Queimada Grande, no litoral de São Paulo. Essa serpente diferencia-se das demais por seu
tamanho reduzido – não ultrapassa um metro de comprimento –, pelos hábitos diurnos, por
ser arborícola – só vai ao solo para digestão e acasalamento e possui cauda adaptada à fixação
nas árvores – e por se alimentar de aves, não de roedores.
Seu veneno é cinco vezes mais potente do que o das demais espécies de jararacas. Ela está
ameaçada de extinção devido ao ambiente restrito, aos indícios de caça ilegal e às queimadas.

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