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Joana Alves Costa, nº 34285

Escola Superior de Educação de Fafe


2018/2019

Nota de autoria
Joana Alves Costa é aluna do Curso de Licenciatura em Educação Básica, da
Escola Superior de Educação de Fafe.
O presente trabalho foi realizado em junho de 2019, no âmbito da Unidade
Curricular de Didática do Português, lecionada pelas professoras Doutora Dulce
Noronha e Doutora Rosa Martins
Toda a correspondência relativa ao trabalho deve ser remetida para:
nana_costa@msn.com
Índice

Índice de Figuras .................................................................................................... 3

Introdução .............................................................................................................. 7

1. Consciência Fonológica ..................................................................................... 8

2. Tipos de Consciência Fonológica .................................................................... 11

2.1. Consciência da Palavra.............................................................. 11

2.2. Consciência Silábica .................................................................. 12

2.3. Consciência Intrassilábica .......................................................... 12

2.4. Consciência Fonémica ............................................................... 14

3. A Importância da Promoção do Desenvolvimento da Consciência Fonológica 15

4. Recursos e Tarefas para a Promoção do Desenvolvimento da Consciência


Fonológica ............................................................................................................ 18

4.1. Consciência da Palavra.............................................................. 19

4.1.1. A desenvolver no Pré-escolar – crianças a partir dos 4 anos. 19

4.1. Consciência da Palavra.............................................................. 24

4.1.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos ....... 24

4.2. Consciência Silábica .................................................................. 31

4.2.1. A desenvolver no Pré-escolar – crianças a partir dos 5 anos. 31

4.2. Consciência Silábica .................................................................. 42

4.2.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos ....... 42

4.3. Consciência Intrassilábica .......................................................... 52

4.3.1. A desenvolver no Pré-escolar – crianças a partir dos 4 anos. 52

4.3. Consciência Intrassilábica .......................................................... 61

4.3.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos ....... 61

4.4. Consciência Fonémica. .............................................................. 67

4.4.1. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos ....... 67

4.4. Consciência Fonémica. .............................................................. 97

1
4.4.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 7/8 anos .... 97

4.5. Consciência Fonológica ............................................................112

4.5.1. Poesias..................................................................................112

4.5.2. Lengalengas ..........................................................................119

4.5.3. Trava-línguas ........................................................................125

4.5.4. Canções ................................................................................133

4.5.5. Jogos e Adivinhas .................................................................138

4.1.1. Fábulas..................................................................................143

Conclusão ...........................................................................................................148

Bibliografia...........................................................................................................150

Webgrafía..............................................................................................151

2
Índice de Figuras

Figura 1 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 20


Figura 2 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 21
Figura 3 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 21
Figura 4 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 22
Figura 5 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 22
Figura 6 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 23
Figura 7 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 23
Figura 8 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 25
Figura 9 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................... 26
Figura 10 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................. 27
Figura 11 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................. 28
Figura 12 - Consciência da Palavra (Rios, 2013) ................................................. 29
Figura 13- Consciência da Palavra (Rios, 2013) .................................................. 30
Figura 14 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 32
Figura 15 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 33
Figura 16 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 34
Figura 17 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 35
Figura 18 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 36
Figura 19 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 37
Figura 20 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 38
Figura 21 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 39
Figura 22 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 40
Figura 23 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 41
Figura 24 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 43
Figura 25 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 44
Figura 26 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 45
Figura 27 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 46
Figura 28 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 47
Figura 29 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 48
Figura 30 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 49
Figura 31 - Consciência Silábica (Rios, 2013)...................................................... 50
Figura 32 – Consciência Silábica (Freitas, M. J. Alves, D. & Costa T., 2007) ...... 51
3
Figura 33 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 53
Figura 34 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 54
Figura 35 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 55
Figura 36 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 56
Figura 37 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 57
Figura 38 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 58
Figura 39 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 59
Figura 40 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 60
Figura 41 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 62
Figura 42 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 63
Figura 43 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 64
Figura 44 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013) ............................................. 65
Figura 45 – Consciência Intrassilábica (Atividades de Consciência Fonológica -
Moodle) ................................................................................................................ 66
Figura 46 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 68
Figura 47 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 69
Figura 48 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 70
Figura 49 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 71
Figura 50 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 72
Figura 51 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 73
Figura 52 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 74
Figura 53 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 75
Figura 54 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 76
Figura 55 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 77
Figura 56 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 78
Figura 57 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 79
Figura 58 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 80
Figura 59 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 81
Figura 60 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 82
Figura 61 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 83
Figura 62 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 84
Figura 63 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 85
Figura 64 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 86
Figura 65 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 87

4
Figura 66 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 88
Figura 67 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 89
Figura 68 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 90
Figura 69 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 91
Figura 70 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 92
Figura 71 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 93
Figura 72 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 94
Figura 73 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 95
Figura 74 – Consciência Fonémica (Freitas, M. J. Alves, D. & Costa T., 2007) ... 96
Figura 75 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 98
Figura 76 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................. 99
Figura 77 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................100
Figura 78 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................101
Figura 79 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................102
Figura 80 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................103
Figura 81 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................104
Figura 82 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................105
Figura 83 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................106
Figura 84 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................107
Figura 85 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................108
Figura 86 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................109
Figura 87 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................110
Figura 88 - Consciência Fonémica (Rios, 2013) .................................................111
Figura 89 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007) ..................113
Figura 90 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007) ..................114
Figura 91 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007) ..................115
Figura 92 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007) ..................116
Figura 93 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007) ..................117
Figura 94 – Barca Bela (Garrete, A.) ...................................................................118
Figura 95 - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação) ..........120
Figura 96 - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação) ..........121
Figura 97 – Lengalenga (Soares, L. D. (Moodle - LIJ)) .......................................122
Figura 98 – Lengalenga (Soares, L. D. (Moodle - LIJ)) .......................................123
Figura 99 – Lengalenga (Soares, L. D. (Moodle - LIJ)) .......................................124

5
Figura 100 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007) ...........................126
Figura 101 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007) ...........................127
Figura 102 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007) ...........................128
Figura 103 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007) ...........................129
Figura 104 – Destrava-línguas (Soares, L. D. (Moodle - LIJ)) .............................130
Figura 105 – Destrava-línguas (Soares, L. D. (Moodle - LIJ)) .............................131
Figura 106 – Destrava-línguas (Soares, L. D. (Moodle - LIJ)) .............................132
Figura 107 – Canção - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação)
............................................................................................................................134
Figura 108 - Canção - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação)
............................................................................................................................135
Figura 109 – Canção - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação)
............................................................................................................................136
Figura 110 – Canção - https://www.musica-portuguesa.com/atirei-pau-ao-gato-
musicas-infantis-letras/ ........................................................................................137
Figura 111 – Atividades de Consciência Fonológica - Moodle ............................139
Figura 112 – Adivinhas - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação) ...........................................................................................................140
Figura 113 - Adivinhas - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação) ...........................................................................................................141
Figura 114 – Adivinhas - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação) ...........................................................................................................142
Figura 115 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/) ...........144
Figura 116 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/) ...........145
Figura 117 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/) ...........146
Figura 118 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/) ...........147

6
Introdução

No âmbito da disciplina de Didática do Português, foi solicitado pelas


docentes a realização de um trabalho de investigação sobre a Consciência
Fonológica.
O domínio da língua oral é uma condição básica para dominar a língua
escrita, por isso, é necessário que a criança pré-leitora desenvolva a linguagem oral
tanto a nível compreensivo como expressivo, adquira uma consciência clara da
relação entre a linguagem oral e escrita, assim como, obtenha um certo nível de
habilidades metalinguísticas sobre as unidades da fala.
No início do trabalho será abordado o conceito da consciência fonológica,
definido como uma habilidade metalinguística complexa que envolve a capacidade
de refletir sobre a estrutura fonológica da linguagem oral.
Seguem-se os tipos de consciência fonológica que se subdivide em quatro
tipos: a consciência da palavra; consciência silábica; consciência intrassilábica;
consciência fonémica. Aqui serão explanados os conceitos e explicados em que se
baseiam estes tipos de consciência fonológica.
É apresentada a importância da promoção do desenvolvimento da
consciência fonológica, o impacto que esta pode exercer preventivamente, tanto a
nível cognitivo como a nível social, na criança préleitora.
Finalmente, serão apresentados recursos e tarefas diversificados para a
promoção do desenvolvimento da consciência fonológica. Aqui, as tarefas serão
apresentadas separadas pelos quatro tipos de consciência fonológica, referidos
anteriormente, e cada tipo estará subdividido em tarefas a desenvolver
preferencialmente com crianças em idade pré-escolar e em tarefas a desenvolver
com crianças em idade do 1º CEB.

7
1. Consciência Fonológica

“Contrariamente à oralidade, a linguagem escrita requer


aprendizagem… Esta aprendizagem é multimodal e envolve
competências cognitivas, psicolinguísticas, percetivas e psicomotoras,
entre outras, de extrema complexidade”. (Rios, 2013, p. 13)

Desde a década de 1970, existe um em interesse crescente na investigação


sobre as competências de consciência fonológica na criança e sobre o seu papel
na aprendizagem da leitura e da escrita. As pesquisas sobre esta relação apontam
para a importância do treino de tarefas que permitem o acesso à consciência
fonológica como estratégia de prevenção a adotar tendo em vista a redução das
dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita (Rios, 2013).
Segundo a mesma autora, o conceito de consciência fonológica pode ser
definido como habilidade metalinguística complexa que envolve a capacidade de
refletir sobre a estrutura fonológica da linguagem oral. Esta inclui a consciência de
que a fala pode ser segmentada em unidades menores e de que estes segmentos
podem ser discriminados e manipulados (Capovilla & Capovilla, 2004a, 2004b;
Morais, et al., 1986, como citado em Capovilla, et al., 2007; Gillon, 2004, como
citado em Rios, C. 2013). Ou seja, a consciência fonológica é a capacidade de
segmentar de modo consciente as palavras em suas menores unidades, em sílabas
e em fonemas. Considerada habilidade metalinguística de tomada de consciência
das características formais da linguagem, é compreendida em dois níveis, sendo
eles: a consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades
distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em fonemas e que palavras são constituídas por sequências
de sons e fonemas representados por grafemas.
É a fonologia que nos permite afirmar que as palavras “leão” e “balão” rimam,
que as palavras “camisa” e “cadeira” têm em comum a sílaba inicial, que a palavra
“tartaruga” tem mais silabas do que a palavra “foca” ou ainda que as palavras
“gelado” e “girafa” começam com o mesmo fonema, por exemplo.
O desenvolvimento fonológico é parte integrante do desenvolvimento da
linguagem na criança e envolve a capacidade de discriminar os sons da fala e de
8
os produzir de forma inteligível, ou seja, é a designação dada ao controlo
progressivo da produção de fala pelas crianças (Sim-Sim, 1998; Sim-Sim, 1998,
como citado em UFP, 2009).
Segundo a mesma autora, a discriminação auditiva dos sons da fala refere-
se à capacidade de os ouvir e reconhecer relativamente aos aspectos segmentais
e prosódicos. A produção dos sons da fala, também dignada de articulação verbal
inicia-se com o choro e evolui, gradualmente, até à capacidade de articular
corretamente todos os sons da língua materna. Uma articulação perfeita advém de
um processo gradual não só de maturação motora, mas também de aquisição
fonológica, isto é, de domínio dos fonemas, mas o que implica o seu uso
consistente, em todas asposições na palavra (Castro & Gomes, 2000; Van Riper &
Emerick, 1990, como citado em UFP, 2009).
Sendo assim, uma alteração na componente fonológica, remete-nos para
uma alteração/dificuldade na fala, caraterizada pelo seu uso inadequado dos sons,
de acordo com a idade e as variações regionais (Bruno e Sanchéz, s/d, como
citados em Pena-Casanova, 2002).
Segundo Limongi (2003), os processos fonológicos são simplificações das
regras fonológicas realizadas pelo sujeito e são aplicados a uma classe de sons e
não a sons isolados. Esses processos podem ser de substituição de sons simples,
bem como, envolver a estrutura silábica como a simplificação do encontro
consonantal e simplificação da consoante final.
Desta forma, segunda a mesma autora, a perturbação fonológica é uma
alteração da linguagem, observando-se dificuldades na utilização das regras
fonológicas da língua. Essas regras envolvem tanto os fonemas, como a sua
distribuição nas estruturas silábicas.
Por sua vez Bruno e Sanchéz (s/d, como citados em Pena-Casanova, 2002),
afirmam que na perturbação fonológica os sons não se organizam em sistemas
nem existe uma forma apropriada de usá-los dentro de um contexto.
Em suma, numa perturbação fonológica ocorre um uso incorreto dos sons
no discurso, uso incorreto de sons da língua materna isoladamente e ainda
inconsistência dos erros apresentados. Como etiologia desta perturbação encontra-
se a discriminação auditiva, a consciência fonológica e o modelo com produções
articulatórias atípicas (Pena-Casanova, 2002).

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Contrariamente ao processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem
oral, que acontece de uma forma natural e espontânea, bastando para tal que a
criança esteja exposta à língua da comunidade a que pertence e que conviva com
falantes dessa língua, a aprendizagem da leitura e da escrita requer um processo
formal de ensino/aprendizagem no qual estão envolvidas competências cognitivas,
psicolinguísticas, perspetivas, espácio-temporais, grafomotoras e afetivo-
emocionais (Sim-Sim, 1998: Freitas et al., 2007, como citado em Rios, 2013)
Sim-Sim (1998) defende que “quanto melhor for o desempenho linguístico
da criança na língua em que irá ser escolarizada e quanto maior a capacidade de
se distanciar dessa língua para «brincar» e refletir sobre as regras que a regem,
maior será a facilidade na aprendizagem e no desenvolvimento das competências
de leitura e escrita”.

10
2. Tipos de Consciência Fonológica

Segundo Rios, são vários os autores que afirmam ser possível existir três
formas de consciência fonológica: consciência silábica; consciência intrassilábica;
consciência fonémica. Mas, também são vários os autores que indicam a relevância
da “consciência da palavra como capacidade básica essencial à compreensão de
que o continuum sonoro é constituído por unidades linguísticas menores, as frases,
e que estas, por sua vez, são constituídas por palavras.” (2013, p. 31). Assim, é
fundamental a capacidade da consciência da palavra para o “desenvolvimento da
consciência fonológica e aprendizagem da leitura e da escrita”. (2013, p. 31).
Serão, então, apresentadas as definições referentes aos quatro tipos de
consciência fonológica e os exercícios promotores desta competência, a serem
aplicados a crianças em idade do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico:
consciência da palavra; consciência silábica; consciência intrassilábica;
consciência fonémica.

2.1. Consciência da Palavra

A consciência da palavra é a capacidade de isolar a palavra num contínuo


de fala e de identificar as unidades fonológicas no seu interior, compreender como
é constituído o continuum sonoro: segmentação da frase em palavras, perceber a
relação existente entre as palavras e organizá-las numa sequência com sentido
(documento: Consciência fonológica: definição, níveis, treino).
Segundo Viana e Teixeira (2002), o desempenho das crianças na leitura está
profundamente correlacionado com a capacidade de segmentar as frases em
palavras, no início da aprendizagem da leitura. Torna-se relevante na iniciação à
leitura, uma vez que, leva à compreensão da criança de que a cada palavra
pronunciada oralmente corresponde a uma palavra escrita (como citado em Rios,
C. 2013).
É a partir da consciência fonológica que a criança percebe a estruturação
fonológica das palavras, que os sons se organizam em sílabas e que esta junção
permite a formação das palavras

11
Os vários autores “salvaguardam que a metodologia a seguir na realização
destas tarefas deve obedecer ao nível de complexidade crescente das mesmas e
que a sua apresentação deve ser exclusivamente oral, quer a criança seja leitora
ou não” (Rios, 2013, p. 34).

2.2. Consciência Silábica

A consciência silábica parte do som como elemento principal de estudo,


onde a consciência fonológica entende a sílaba como unidade estrutural da palavra.
Refere-se à capacidade de identificar e manipular as silabas de uma palavra, em
que a sílaba é vista como o conjunto de um ou mais fonemas pronunciados numa
única emissão de voz (documento: Consciência fonológica: definição, níveis,
treino).
Para a autora Rios, a consciência silábica está relacionada com a “primeira
forma de reflexão sobre a fonologia da linguagem oral, que as crianças
desenvolvem desde a idade pré-escolar” (2013, p. 34). Em relação à segmentação
silábica, a mesma autora afirma que a segmentação da palavra em sílabas é mais
clara e simples quando as sílabas da palavra se apresentam nos formatos CV
(consoante-vogal) e V (vogal) do que noutros formatos.

2.3. Consciência Intrassilábica

A consciência intrassilábica é a capacidade de analisar e manipular


subunidades silábicas. Para Rios, esta remete-se para a “capacidade de identificar
e manipular as unidades constituintes que formam, internamente, a sílaba” (2013,
p. 36). Esta competência é de desenvolvimento mais tardio, normalmente a
consciência intrassilábica não está desenvolvida à entrada para o 1º Ciclo
(documento: Consciência fonológica: definição, níveis, treino).
A sílaba é formada por segmentos referentes aos constituintes
intrassilábicos. Estes segmentos correspondem aos sons da fala, que se encontram

12
agrupados e organizados no interior da sílaba (Rios, 2013). “Os constituintes
silábicos estão organizados hierarquicamente, sendo a rima o único constituinte
obrigatoriamente preenchido” (documento: Consciência fonológica: definição,
níveis, treino).
A unidade da «sílaba» subdivide-se em Ataque (A) e Rima (R) e estes podem
ser simples (não ramificados) ou complexos (ramificados). O Ataque pode ser
simples (ex: pé), vazio (ex: _é) e ramificado (ex: pre.go), assim como a Rima
ramificada pode divide-se em Núcleo (N) e Coda (Cod).

Representação das sílabas da palavra «ratos» e os seus constituintes


silábicos

(documento: Consciência fonológica: definição, níveis, treino)

Deve ser trabalhado com as crianças preferencialmente os constituintes da


sílaba simples, ou seja, de ataque e rima simples, sem ramificações. Uma vez que
o Ataque e a Coda devem ser os últimos a ser adquiridos (Rios, 2013).

13
2.4. Consciência Fonémica

A consciência fonémica refere-se aos sons da fala, às unidades mínimas


num enunciado oral e as suas propriedades articulatórias (documento: Consciência
fonológica: definição, níveis, treino). Esta está relacionada com a “capacidade de
analisar as palavras ao nível dos fonemas que as constituem” (Rios, 2013, p. 38),
apresentando-se como um domínio mais tardio, tendo em consideração o seu
carácter complexo. Por isso, ocupa o topo das escalas de desenvolvimento da
consciência fonológica.
As crianças começam a revelar sucesso em atividades de consciência
fonémica apenas em idades escolares. Onde, as tarefas mais fáceis de realizar são
as que estão relacionadas com a identificação de fonemas iniciais e finais comuns
em palavras diferentes, de seguida as atividades de síntese e de segmentação
fonémica e finalmente as de manipulação fonémica (Rios, 2013).

14
3. A Importância da Promoção do
Desenvolvimento da Consciência Fonológica

Os processos de aquisição e evolução da linguagem oral são inatos e


ocorrem de forma espontânea, para tal basta que a criança esteja exposta à língua
materna. Por outro lado, a aprendizagem da leitura e da escrita implica um processo
formal de ensino e de aprendizagem, para o qual “estão envolvidas competências
cognitivas, psicolinguísticas. Percetivas, espácio-temporais, grafomotoras e
afetivo-emocionais” (Rios, 2013, p. 43).
Um bom domínio da linguagem oral constitui uma das bases mais
importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita. Consequentemente, um
dos aspetos fundamentais na aprendizagem da leitura e da escrita, em sistemas de
escrita alfabética como o português, consiste na capacidade de reflexão sobre a
fonologia da linguagem oral, incluindo a capacidade de segmentação do continuum
sonoro em frases, das frases em palavras, das palavras em silabas e destas em
fonemas (Rios, 2013).
Por sua vez, Castro & Gomes (2000), afirmam que a linguagem escrita
requer um esboço deliberado e sistemático de aprendizagem. Numa escrita
alfabética como a portuguesa, os sinais gráficos fixados no papel correspondem à
sequência dos sons da fala – os fones. Todavia, uma criança não tem, à partida,
consciência da fala como uma sequência de fones. Esta pode ser a razão principal
porque a escrita requer um processo de aprendizagem mais difícil do que a fala.
Sim-Sim (1997, como citado em Comunicação, Linguagem e Fala –
Perturbações Especificas de Linguagem em Contexto Escolar, Ministério da
Educação, 2003) refere ainda, que a linguagem escrita necessita de recurso ao
ensino formal para o desenvolvimento de competências relacionadas com a
extração de significados de cadeias gráficas (leitura) e com a prodição de cadeias
gráficas dotadas de significado (expressão escrita).
Segundo Alves Martins (1994, como citado em Rios, 2013) “para se poder
aprender a ler num dado sistema de escrita, tem que se ser capaz de pensar na
fala de uma forma explicita e de tomar consciência de que ela é composta por uma
sucessão de unidades fonológicas de nível correspondentes ao que é representado
pelo código escrito”.

15
Cervera (2001, como citado em Rios, 2013), afirma que existe uma
correlação entre as alterações da linguagem oral e as dificuldades da leitura e de
escrita, embora não seja possível determinar com precisão quais as crianças com
dificuldades de linguagem oral que apresentaram dificuldades de leitura e escrita,
por sua vez, Ingram at al. (1979, como citado em Rios, 2013) afirmam que as
crianças com atraso na aquisição da linguagem oral apresentam uma probabilidade
seis vezes superior de apresentar dificuldades na leitura quando comparadas com
crianças cujo o desenvolvimento linguístico se processou com normalidade.
Diversos autores, segundo Rios (2013), defendem que é unânime a
existência de uma relação entre as dificuldades de aquisição da leitura e da escrita
e um reduzido desenvolvimento de pré-competências de literacia no momento de
entrada para a escola. Uma dessas pré-competências é a consciência fonológica
que, de acordo com vários autores, se existir antes do ensino formal da
aprendizagem da leitura e da escrita, será um bom preditor de sucesso no decorrer
da mesma. Por outro lado, défices ao nível da consciência fonológica estão,
geralmente, associados a dificuldades de leitura e de escrita.
A consciência fonológica e aprendizagem da leitura mantêm uma correlação
recíproca e interativa, considerando que níveis elementares de consciência
fonológica levam à promoção do desenvolvimento de níveis elementares de leitura
e de escrita que e, assim, favorecendo o desenvolvimento de capacidades
fonológicas mais sofisticadas e assim sucessivamente (Sim-Sim et al. 2008,
Valente & Alves Martins, 2004, Alegria et al., 1997, como citado por Capovilla et al.,
2007, Enri, 1987, Swank & Larrivee, 1998, Togersen et al., 1994, como citado por
American Speech-Languagem-Hearing Associatio, 2001b, como citado em Rios,
2013).
São várias as investigações que demonstram uma forte relação entre as
atividades de desenvolvimento da consciência fonológica antes do ensino formal e
o sucesso em atividades de leitura após a aprendizagem do código escrito.
O treino da consciência fonológica, desde a idade em pré-escolar, ajuda a
prevenir dificuldades relacionadas com a leitura e com a escrita em etapas
posteriores. Neste sentido, importa estabelecer condições para o sucesso da
aprendizagem, tendo em conta a promoção da autoestima, autoconfiança e do
desenvolvimento de competências.

16
Sendo assim, significa que durante esta fase é necessário criar condições
de aprendizagem fundamentais para o desenvolvimento das crianças, promovendo
assim a estimulação e o “desenvolvimento global da criança, no respeito pelas suas
características individuais, desenvolvimento que implica favorecer aprendizagens
significativas e diferenciadas” (Ministério da Educação, 1997, p. 18).
Como tal, cabe ao educador definir estratégias que promovam intensamente
as capacidades linguísticas orais das crianças, tais como as canções, rimas,
adivinhas, lengalengas e trava-línguas (Horta, 2007). Estimular a consciência
fonológica compreende realizar tarefas, de forma sistematizada e consistente.
Assim, estas devem ser estruturadas sempre da mesma forma com diferentes
conteúdos tendo em vista o objetivo definido pois “ajudam à indução, à instalação,
à consolidação e, finalmente, à automatização do processamento (meta)fonológico
(Freitas, Alves, & Costa, 2007, p. 29).
A aprendizagem da leitura e da escrita requer estimulações específicas,
tarefas fonológicas diversificadas e com distinto grau de complexidade. A
realização destas tarefas deve, ainda, estimular os diferentes sentidos, sendo que
ao longo do desempenho dos alunos nas variadas tarefas se deve aumentar de
forma gradual a complexidade das mesmas.
Por isso, é importante que as atividades de consciência fonológica
comportem diferentes tipos de tarefas tais como tarefas de contagem, de
classificação, de segmentação, de síntese ou reconstrução e de manipulação.
“é essencial o estudo e o conhecimento das principais etapas do
desenvolvimento da consciência fonológica por parte dos educadores,
professores, psicólogos, terapeutas da fala, ou demais intervenientes
no processo educativo das crianças, no sentido de desenvolverem
atividades de linguagem oral que promovam a compreensão do
carácter segmental da mesma. Considera-se também de fulcral
importância a colaboração estreita entre terapeutas da fala e
educadores/professores, com vista a realizar um trabalho adequado e
eficaz ao nível da prevenção de eventuais dificuldades de literacia.”
(Rios, 2013, p. 46)

17
4. Recursos e Tarefas para a Promoção do
Desenvolvimento da Consciência Fonológica

É importante que qualquer prova, tarefa ou atividade de consciência


fonológica seja dotada de instruções claras e de exemplificações sobre as
atividades a realizar.
Aqui, as tarefas serão apresentadas separadas pelos quatro tipos de
consciência fonológica, referidos anteriormente, e cada tipo estará subdividido em
tarefas a desenvolver preferencialmente com crianças em idade pré-escolar e em
tarefas a desenvolver com crianças em idade do 1º CEB. Apesar desta distribuição
não quer dizer que não se possam repetir ou desenvolvê-las mais tarde, tudo
depende das necessidades individuais das crianças e da necessidade de repetir
como reforço.
De seguida serão apresentadas fábulas, poesias, lengalengas, trava-
línguas, canções, jogos e adivinhas, compostos por pequenos textos dotados de
grandes potencialidades para o desenvolvimento da consciência fonológica no
geral.

18
4.1. Consciência da Palavra

4.1.1. A desenvolver no Pré-escolar – crianças a partir dos 4 anos

19
Figura 1 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

20
Figura 3 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

Figura 2 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

21
Figura 4 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

Figura 5 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

22
Figura 6 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

Figura 7 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

23
4.1. Consciência da Palavra

4.1.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos

24
Figura 8 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

25
Figura 9 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

26
Figura 10 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

27
Figura 11 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

28
Figura 12 - Consciência da Palavra (Rios, 2013)

29
Figura 13- Consciência da Palavra (Rios, 2013)

30
4.2. Consciência Silábica

4.2.1. A desenvolver no Pré-escolar – crianças a partir dos 5 anos

31
Figura 14 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

32
Figura 15 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

33
Figura 16 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

34
Figura 17 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

35
Figura 18 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

36
Figura 19 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

37
Figura 20 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

38
Figura 21 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

39
Figura 22 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

40
Figura 23 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

41
4.2. Consciência Silábica

4.2.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos

42
Figura 24 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

43
Figura 25 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

44
Figura 26 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

45
Figura 27 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

46
Figura 28 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

47
Figura 29 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

48
Figura 30 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

49
Figura 31 - Consciência Silábica (Rios, 2013)

50
Figura 32 – Consciência Silábica (Freitas, M. J. Alves, D. & Costa T., 2007)

51
4.3. Consciência Intrassilábica

4.3.1. A desenvolver no Pré-escolar – crianças a partir dos 4 anos

52
Figura 33 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

53
Continuação da tarefa anterior:

Figura 34 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

54
Figura 35 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

55
Continuação da tarefa anterior:

Figura 36 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

56
Figura 37 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

57
Para crianças a partir dos 5 anos:

Figura 38 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

58
Figura 39 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

59
Figura 40 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

60
4.3. Consciência Intrassilábica

4.3.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos

61
Figura 41 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

62
Crianças a partir dos 7 anos de idade:

Figura 42 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

63
Figura 43 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

64
Figura 44 - Consciência Intrassilábica (Rios, 2013)

65
Figura 45 – Consciência Intrassilábica (Atividades de Consciência Fonológica -
Moodle)

66
4.4. Consciência Fonémica.

4.4.1. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 6 anos

67
Figura 46 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

68
Continuação da tarefa anterior:

Figura 47 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

69
Continuação da tarefa anterior:

Figura 48 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

70
Continuação da tarefa anterior:

Figura 49 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

71
Continuação da tarefa anterior:

Figura 50 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

72
Continuação da tarefa anterior:

Figura 51 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

73
Continuação da tarefa anterior:

Figura 52 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

74
Continuação da tarefa anterior:

Figura 53 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

75
Continuação da tarefa anterior:

Figura 54 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

76
Figura 55 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

77
Continuação da tarefa anterior:

Figura 56 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

78
Continuação da tarefa anterior:

Figura 57 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

79
Continuação da tarefa anterior:

Figura 58 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

80
Continuação da tarefa anterior:

Figura 59 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

81
Continuação da tarefa anterior:

Figura 60 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

82
Continuação da tarefa anterior:

Figura 61 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

83
Continuação da tarefa anterior:

Figura 62 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

84
Continuação da tarefa anterior:

Figura 63 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

85
Continuação da tarefa anterior:

Figura 64 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

86
Continuação da tarefa anterior:

Figura 65 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

87
Continuação da tarefa anterior:

Figura 66 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

88
Figura 67 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

89
Figura 68 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

90
Figura 69 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

91
Figura 70 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

92
Continuação da tarefa anterior:

Figura 71 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

93
Figura 72 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

94
Continuação da tarefa anterior:

Figura 73 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

95
Figura 74 – Consciência Fonémica (Freitas, M. J. Alves, D. & Costa T., 2007)

96
4.4. Consciência Fonémica.

4.4.2. A desenvolver no 1º CEB – crianças a partir dos 7/8 anos

97
Figura 75 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

98
Figura 76 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

99
Figura 77 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

100
Figura 78 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

101
Continuação da tarefa anterior:

Figura 79 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

102
Figura 80 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

103
Figura 81 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

104
Figura 82 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

105
Continuação da tarefa anterior:

Figura 83 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

106
Figura 84 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

107
Figura 85 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

108
Figura 86 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

109
Continuação da tarefa anterior:

Figura 87 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

110
Figura 88 - Consciência Fonémica (Rios, 2013)

111
4.5. Consciência Fonológica

4.5.1. Poesias

112
Figura 89 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007)

113
Figura 90 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007)

114
Figura 91 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007)

115
Figura 92 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007)

116
Figura 93 – Poemas da Verdade e da Mentira (Soares, L. D., 2007)

117
Figura 94 – Barca Bela (Garrete, A.)

118
4.5.2. Lengalengas

119
Figura 95 - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação)

120
Figura 96 - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação)

121
Figura 97 – Lengalenga (Soares, L. D. (Moodle - LIJ))

122
Figura 98 – Lengalenga (Soares, L. D. (Moodle - LIJ))

123
Figura 99 – Lengalenga (Soares, L. D. (Moodle - LIJ))

124
4.5.3. Trava-línguas

125
Figura 100 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007)

126
Figura 101 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007)

127
Figura 102 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007)

128
Figura 103 – Trava-línguas (Gomes, L. C., & Nesbitt, J.,2007)

129
Figura 104 – Destrava-línguas (Soares, L. D. (Moodle - LIJ))

130
Figura 105 – Destrava-línguas (Soares, L. D. (Moodle - LIJ))

131
Figura 106 – Destrava-línguas (Soares, L. D. (Moodle - LIJ))

132
4.5.4. Canções

133
Figura 107 – Canção - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação)

134
Figura 108 - Canção - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação)

135
Figura 109 – Canção - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação)

136
Figura 110 – Canção - https://www.musica-
portuguesa.com/atirei-pau-ao-gato-musicas-infantis-
letras/

137
4.5.5. Jogos e Adivinhas

138
Figura 111 – Atividades de Consciência Fonológica - Moodle

139
Figura 112 – Adivinhas - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação)

140
Figura 113 - Adivinhas - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação)

141
Figura 114 – Adivinhas - Caderno de Educação Pré-Escolar (Ministério da
Educação)

142
4.1.1. Fábulas

143
A cigarra e a formiga

Figura 115 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/)

144
O leão e o rato

Figura 116 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/)

145
A rã e o boi

Figura 117 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/)

146
A raposa e o corvo

Figura 118 - Fábulas (https://www.culturagenial.com/fabulas-de-esopo/)

147
Conclusão

Em suma, por tudo o que foi referido anteriormente, tendo em conta os


diversos autores citados e material fornecido pelos professores, a consciência
fonológica é a capacidade explicita de identificar e manipular as unidades da
linguagem oral, analisando e refletindo sobre a sua estrutura fonológica. É a aptidão
da criança em compreender que o contínuo sonoro é constituído por unidades
menores da língua: partições silábicas e segmentais.
Com a realização deste trabalho, apercebi-me que é fundamental
desenvolver as competências da consciência fonológica desde o pré-escolar,
contribuindo para a aquisição e evolução da leitura e da escrita numa fase posterior.
Uma vez que o desenvolvimento fonológico é parte integrante do desenvolvimento
da linguagem na criança e envolve a capacidade de discriminar os sons da fala e
de os produzir de forma inteligível.
Um bom domínio da linguagem oral constitui uma das bases mais
importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita. Uma vez que esta consiste
na capacidade de reflexão sobre a fonologia da linguagem oral, incluindo a
capacidade de segmentação do continuum sonoro em frases, das frases em
palavras, das palavras em silabas e destas em fonemas (Rios, 2013).
Foram apresentadas as definições referentes aos quatro tipos de
consciência fonológica e os exercícios promotores destas competências, estes
devem ser aplicados a crianças em idade do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino
Básico: consciência da palavra; consciência silábica; consciência intrassilábica;
consciência fonémica.
A consciência fonológica deve ser promovida desde a idade do pré-escolar,
pois é nesta fase que as crianças começam a desenvolver a sua sensibilidade à
fonologia da linguagem oral. Sendo fundamental a capacidade da consciência da
palavra para o “desenvolvimento da consciência fonológica e aprendizagem da
leitura e da escrita”. (Rios, 2013, p. 31).
Concluímos que o treino da consciência fonológica ajuda a prevenir
dificuldades relacionadas com a leitura e com a escrita em etapas posteriores,
assim como, cabe ao educador/professor proporcionar atividades ricas e
diversificadas de consciência fonológica. Este deve estar atento, detetar possíveis

148
dificuldades e tentar responder a todas as crianças de acordo com as suas
individualidades.
Este trabalho teve um contributo fundamental para aumentar conhecimentos
e, assim como, acrescentou e diversificou o leque de atividades promotores da
consciência fonológica.

149
Bibliografia

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nas várias culturas. In: Franco, M. et al. (2003). Comunicação, Linguagem e Fala –
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151

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