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Prova de Português 1º Ano
Prova de Português 1º Ano
Aluno(a):____________________________________Série: 1ª
Avaliação da aprendizagem
Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim
de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o
uso de termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)
02. Carnavália
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim?
[…]
04. Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade
que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao
movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em
jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem
afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser
mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros
femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo,
dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de
futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão
presas à mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.
Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.
O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao
então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas mostram que seu texto foi
elaborado em linguagem:
a) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.
b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
c) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
e) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a
maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)
a) Oswald de Andrade tinha intenção de criar uma nova forma de falar no Brasil.
b) o primeiro verso de Pronominais segue a forma falada no cotidiano das pessoas cultas, que
frequentaram a escola e que são da classe alta.
c) no poema percebemos claramente vemos a importância da gramática normativa para o poeta.
d) a comparação entre o primeiro e o último verso exemplifica de forma clara uma das muitas diferenças
existentes entre a língua que a gramática normativa considera correta e a língua efetivamente falada pela
maioria das pessoas.
e) o poema demostra que não há diferenças entre as classes sociais e que todos falamos da mesma
maneira, seja negro, branco ou mulato, mas o importante é seguir a gramática brasileira.
07.
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como
um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades
escritas? Não deve mais corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um
português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos
manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos
jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da
língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
a) descartar as marcas de informalidade do texto.
b) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
c) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
11. Quanto ao sentimento nativista das primeiras manifestações literárias feitas no Brasil:
a) É um sentimento de apego aos valores culturais portugueses, conforme se vê nos poemas de
Anchieta.
b) Consiste na propagação da mentalidade colonial portuguesa, sobre o que giram os poemas de
Gregório de Matos.
c) A obra dos cronistas viajantes representa o apogeu deste sentimento.
d) É um sentimento tênue de apego à terra brasileira que, mais tarde, irá desaguar no nacionalismo do
Romantismo.
e) Só se observa nos poetas árcades devido ao seu envolvimento na inconfidência Mineira.
12. “Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da
terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a
terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela, que têm ofício de sal, qual será, ou qual
pode ser a causa desta corrupção? ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é
porque o sal não salga, e os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa
salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina, que lhes dão, a não querem receber; ou é porque o sal
não salga, e os Pregadores dizem uma cousa, e fazem outra, ou porque a terra se não deixa salgar, e os
ouvintes querem antes limitar o que eles fazem, que fazer o que dizem: ou é porque o sal não salga, e os
Pregadores se pregam a si, e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de
servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal”.
13. Quando lemos um romance, um poema, um conto, estamos diante de um texto literário. Quando estes
textos conseguem provocar emoção de ordem estética somente com a palavra escrita, estamos diante da:
a) Dança
b) Música
c) Teatro
d) Literatura
e) Cinema
15. Com base no conceito de literatura como arte poética e ficcional, alguns textos são literários, outros,
não. Observe as declarações que se fazem sobre eles.
I. A linguagem utilizada pelos autores de textos não literários é a denotativa.
II. A função principal dos textos não literários é informar, esclarecer, convencer.
III. O texto literário tem uma função estética, enquanto o não literário tem função literária.
IV. A função principal dos textos literários é comover, despertar sentimentos, provocar a reflexão.
V. O autor, no texto literário, procura recriar a realidade, utilizando, principalmente, a linguagem
conotativa.
16.
Isto
Fernando Pessoa é um dos poetas mais extraordinários do século XX. Sua obsessão pelo fazer poético
não encontrou limites. Pessoa viveu mais no plano criativo do que no plano concreto, e criar foi a grande
finalidade de sua vida. Poeta da “Geração Orfeu”, assumiu uma atitude irreverente. Com base no texto e
na temática do poema “Isto”, conclui-se que o autor:
a) Revela seu conflito emotivo em relação ao processo de escritura do texto.
b) Considera fundamental para a poesia a influência dos fatos sociais.
c) Associa o modo de composição do poema ao estado de alma do poeta.
d) Apresenta a concepção do romantismo quanto à expressão da voz do poeta.
e) Separa os sentimentos do poeta da voz que fala no texto, ou seja, do eu – lírico.
17.
Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. O objetivo
desse cartaz está voltado para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de
Leia a letra da música a seguir "Namorinho de portão", Banda Penélope, para responder às questões 18 a
20.
Namorinho de portão,
Biscoito, café
Meu priminho, meu irmão
Conheço essa onda
Vou saltar da canoa
Já vi, já sei que a maré não é boa
É filme censurado e o quarteirão
Não vai ter outra distração
Eu aguento calado
Sapato, chapéu
O seu papo furado
Paris, lua-de-mel
A vovó no tricô
Chacrinha, novela
O blusão do vovô
Aquele tempo bom que já passou
E eu de "é", de "sim", de "foi"
Bom rapaz, direitinho
Desse jeito não tem mais
Bom rapaz, direitinho
Desse jeito não tem mais
O papai com cuidado já quer saber
Sobre o meu ordenado
Só pensa no futuro
E eu que ando tão duro
Não dou pra trás, entro de dólar e tudo
Pra ele o mundo anda muito mal
Lá vem conselho, coisa e tal
Bom rapaz, direitinho
Desse jeito não tem mais
Bom rapaz, direitinho
Desse jeito não tem mais
19. Ainda, segundo o eu lírico da canção, para quem o mundo anda muito mal?
a) Para o rapaz.
b) Para o irmão.
c) Para a vovó.
d) Para o papai.
e) Para o vovô