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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. Unifal-MG


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Minicurso:

ANSIEDADE E DEPRESSÃO:
DIFICULDADES E CAMINHOS A
SEREM DESCOBERTOS

Ministrantes/Discentes: Maria Paula Bandoni Chaves


Yuri José Carvalho Corrêa

Tutora do grupo PET-Biologia: Profa. Dra. Cibele Marli Cação Paiva


Gouvêa

Alfenas-MG
2018
Sumário

Introdução ...................................................................................................... 1

Capítulo 1 ...................................................................................................... 1

Capítulo 2 ...................................................................................................... 4

Capítulo 3 ...................................................................................................... 6

Capítulo 4....................................................................................................... 10

Referências .................................................................................................... 17
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INTRODUÇÃO

É evidente ressaltar o fato de que cada ser humano possui suas singularidades e
uma expressão única de cada sentimento, podendo este ser felicidade, alegria, tristeza,
luto, melancolia, entre outros. Portanto, é impossível generalizar um único sentimento
ou a intensidade deste para todos os seres, sendo válido também para a dor.
Sendo assim, na leitura deste presente trabalho faz-se necessário uma
diferenciação do próprio leitor para com seus sentimentos e com sua dor, já que esta é
um norteamento para um melhor aprendizado e entendimento do minicurso “Ansiedade
e depressão: dificuldades e caminhos a serem descobertos” apresentado pelo PET
Biologia.
Ao iniciar esses próximos parágrafos, deixaremos bem claro que este texto não
deve servir única e exclusivamente como base para diagnóstico da depressão. O
referenciamos em artigos e livros publicados para exemplificar e clarear um pouco a
ideia sobre a doença e também a relacionar com os dois sentimentos que serão citados.

CAPITULO 1 – DEPRESSÃO

Tendo como principais referências o campo psicanalítico, tentaremos trazer


através de uma visão teórico explorando as especificidades do sofrimento depressivo em
contrapartida com suas diferenças do luto e da melancolia.
Deixando sempre claro que sentimentos são naturais do ser humano,
principalmente a tristeza, ela é pois, uma reação afetiva básica frente as situações do
mundo e também a de perda.
A depressão apresenta importantes diferenças da melancolia e requer dos
psicanalistas esforços teóricos e terapêuticos para que seja efetivamente compreendida e
tratada (PINHEIRO, 2010).
Faz-se necessário lembrar que a discussão entre depressão, luto e melancolia são
pautadas nos modos de como o sujeito se situará sobre si mesmo, como trata a si diante
de diversas situações, principalmente, a reação à perda.
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Mas inicialmente torna-se necessário uma breve explicação sobre o luto e a


melancolia. O luto é evocado pelo sujeito no sentido de fazer com que a dor não se
eternize, o que o define efetivamente como um “trabalho psíquico”. Que o trabalho do
luto possui um efeito muito forte sobre a elaboração da perda, dando um teor afirmativo
naquilo que se perdeu, o tornando um ato simbólico e gerando uma “perda temporária”
da capacidade de adotar um novo objeto de amor (FREUD, 1917).
Ou seja, constitui um doloroso caminho percorrido a fim de entender a finitude
da vida. Por outro lado, além de proporcionar tal assimilação simbólica, o indivíduo se
protege de seu próprio desmoronamento, mesmo que este passe por um momento de dor
emocional.
Na melancolia, existe, segundo Freud, um empobrecimento do próprio sujeito. O
indivíduo entra num movimento de assassinato de si mesmo, caracterizado muitas vezes
de um senso crítico sempre pronto a massacrar o seu próprio eu. Assim, a pessoa é
absorvida por uma situação, que pode muitas vezes ser a perda, não conseguindo
desenvolver esse sentimento, o que leva a uma automutilação em seu discurso consigo
próprio, com um tom até mesmo de ódio.
O discurso melancólico apela para uma existência do nada e revela uma única
saída no simbólico – “eu não sou nada”, frase que caracteriza comumente esses sujeitos
melancólicos (LAMBOTTE, 2001).
Uma pessoa melancólica se repreende, se sente inferior a tudo em seu redor,
sente um peso. Havendo aqui, para Freud, a maior diferença entre o luto e a melancolia,
no qual a pessoa em luto tem seus sentimentos voltados a um objeto de perda, distante
de si. Já um melancólico se identifica como o objeto a ser perdido, algo que não será
mais necessário.
Embora esses dois sentimentos envolvam graves afastamentos de atitudes ditas
normais na sociedade, jamais pode ser considerada como algo patológico. Fazendo-se
extremamente necessário o uso do tempo para que o indivíduo consiga trabalhar seu
objeto de dor (FREUD, 1917).
Ao iniciar esses próximos parágrafos, deixaremos bem claro que este texto não
deve servir única e exclusivamente como base para diagnóstico da depressão. O
referenciamos em artigos e livros publicados para exemplificar e clarear um pouco a
ideia sobre a doença e também a relacionar com os dois sentimentos acimas citados.
Em primeiro lugar, depressão é uma doença; em segundo, existem modificações
fisiológicas nos indivíduos deprimidos e o que os mantêm nestes estados. Segundo
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TELES em seu livro, “o que é depressão”, existe conhecimento que fatores sociais
levam os indivíduos a profundas depressões. E que algumas vertentes da psicologia
acreditam que atrás da depressão há uma série de problemas de ordem emocional,
dificuldades inconscientes que provocam ansiedade nos indivíduos. Podendo concluir
que é de extrema necessidade levar em consideração o ser como um todo, pois ele como
um produto da cultura se manifestará acerca das atitudes no local que está inserido.
O deprimido por muitas vezes referencia-se a si mesmo como se ele coincidisse
com uma imagem parada, à qual falta movimentação afetiva. Não se trata, de um
sentimento vago de tristeza “sem se saber por quê”, esses pacientes sabem o que os
aflige, sabem que estão perdidos (PINHEIRO, 2005).
Possuem características se dificuldade de estabelecer projeções de si sobre o
futuro, podendo apenas se projetar ao passado. Ou em uma imagem de si que não
poderá ser alcançada. Havendo a possibilidade de se esboçar um desejo inicial
(pensamento no futuro) mas este se esvair rapidamente; caracterizando pensamentos
depressivos (PINHEIRO, 2010).
O que pode se apresentar para pacientes depressivos formas bastante intensas de
sofrimento psíquico, e que a morte pode ser (apenas em sua imaginação, não sendo a
real realidade) um efeito de término mais fácil. Justamente por não encontrarem espaço
psíquico para a construção de novos caminhos, levando então a depressão mais graves e
consequente suicídio.
Relacionando depressão com luto e melancolia Quintella (2010) afirma que o
luto é justamente um movimento de elaboração psíquica da perda, uma forma que o
homem civilizado tem encontrado para lidar com a questão da finitude, do trauma, da
perda. Portanto não há luto na depressão.
Sobre essa questão, Freud (1917) entendia que, na melancolia, o que se perdeu
foi o ego. Justamente porque esta perda diz respeito a própria imagem ideal de si. O
deprimido, diferente do melancólico, protesta contra a perda. Não se permite lançar-se a
novas possibilidades. O deprimido possui, deferente do melancólico, a consciência de
estar perdido mas não consegue uma base para a elaboração e saída desse caminho.
Se utilizando das frases já citadas, temos o melancólico, segundo Lambotte
(2001), com “eu não sou nada” e o deprimido segundo Quintella (2010) com “eu já fui e
hoje não sou mais”. Como se, o deprimido estagnasse e se sentisse indiferente. Portanto,
na depressão, é como se o sujeito dissesse: “se não sou mais o que, não quero mais
nada”. A queda ladeira abaixo é rápida e preocupante.
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De outra via, é o tempo da pressa contemporânea que acirra os modos de


satisfação mediados pelo desejo. Esta norma da ação, exige do sujeito uma eficácia
individual imediata que confira o status de sua posição socioeconômica. Exigindo
constantemente que desses sujeitos uma forma radical de agir, sendo sua maior
dificuldade (EHRENBERG, 1998).
Concluindo que o luto, melancolia e depressão são, da maneira como foram
abordadas, três formas diferentes de reações, sendo a última única patológica. Mas que
revelam sem dúvida um constante sofrimento no contexto da atualidade.

CAPÍTULO 2 – ANSIEDADE

Novamente, queremos ressaltar o fato de que este trabalho está baseado em


livros e artigos científicos relacionados a área, mas nunca deve ser considerado, única e
exclusivamente, como um diagnóstico de ansiedade e depressão. Estamos aqui para
conseguir entender um pouco mais sobre ansiedade e como ela pode interferir na vida
de um ser humano.
A depressão e ansiedade têm manifestações diferentes, mas possuem
fundamentos corriqueiros, que são síndromes heterogêneas, supostamente relacionadas
devido a características cotidianas, são fenômenos separados, os quais podem alternar-
se ao longo do tempo, são manifestações distintas (SANTOS, 2018).
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão,
caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo
desconhecido ou estranho.
Então temos aqui que TODO ser humano possui ansiedade em níveis naturais,
ou seja, é um sentimento que teoricamente precede um acontecimento que o corpo pode
reagir de outras formas, como felicidade, tristeza, apreensão e até o medo. Segundo o
livro de Paulo Knapp a ansiedade é considerada um sinal de alerta, determinada pela
presença de um conflito interno, cuja função é avisar sobre um perigo iminente para que
se tome medidas para lidar com a ameaça. É certo que todas as pessoas já vivenciaram
ansiedade, seja como resposta normal e adaptativa aos estímulos.
Segundo Ferreira (2007) a ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como
patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, e
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interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do


indivíduo. E que a maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade
patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e
relacionada ao estímulo do momento ou não. Se houver estímulos ansiosos para
acontecimentos que não existem ou ainda não possuem a possibilidade de existência,
torna-se patológico.
Havendo também crises de ansiedade que acabam gerando pensamentos
inteiramente negativos, por exemplo, quando se tem alguma atividade com prazo para
entrega, há pensamentos de auto sabotagem que afirmam, mesmo que erroneamente,
que a pessoa não conseguirá terminar essa tarefa. Há também pensamentos de
impotência e principalmente a falta de concentração. Esses sintomas juntos, dependendo
do grau, podem causar um transtorno à vida de uma pessoa, afetando o sono que é um
dos principais alvos, que pode ser alterado causando insônia ou até mesmo excesso de
sono
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado por sintoma
ansioso persistente que afetam ampla variedade de comportamentos do paciente nas
mais diversas situações cotidianas. Essas manifestações podem variar ao longo da vida e
incluem sintomas de tensão motora, como tremores, incapacidade para relaxar, fadiga e
cefaleia, sintomas de hiperatividade atômica, como palpitação, sudorese, tontura, ondas
de frio e calor, falta de ar, irritabilidade e dificuldade de concentração. Além desses
sintomas somáticos, o transtorno de ansiedade generalizada caracteriza-se também a
mudança de humor como pensamentos e expectativa apreensiva com pensamentos
negativos. Esses conteúdos mentais estão na maior parte do tempo ligada ao trabalho,
estudo, não planejamento de tarefas, situação repetitivas, falta de paciência no trânsito e
vários outros quesitos que está presente em nosso dia-a-dia (SANTOS, 2018).
Há também transtornos de ansiedade por situações adversas. Como por exemplo,
pode ser desencadeado após ser vítima de assalto e sequestros ou até mesmo o
“bullying” no trabalho e na escola. O abuso sexual e o estupro também são situações
que marcam a vida de uma pessoa, pois fragiliza a autoestima e o relacionamento íntimo
e pessoal podendo causar transtornos de ansiedade.
É possível constatar então que existe uma população que é afetada com
transtorno de ansiedade. Sempre sofrendo com o medo, sendo um exemplo o caso de
jovens que estudam incessantemente para conseguir uma vaga em uma universidade, ou
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para provas que exijam muitas horas de estudos, podendo desencadear sintomas de
ansiedade.

CAPÍTULO 3 – ANSIEDADE NA
UNIVERSIDADE

Este é um assunto muito pertinente nas universidades brasileiras. Silver (1982)


demonstra que, ao ingressarem na faculdade, os estudantes são submetidos a uma
grande carga de estresse, devido a longas horas de estudo e cobranças pessoais e de
professores e familiares. Além disso, as transformações maturacionais (fisiológicas,
neurológicas e psicológicas), decorrentes da transição entre a fase da adolescente e a
fase de adulto, levam os estudantes a vivenciarem um período de crise, por exigir a
adaptação a um novo papel social, o de adulto jovem.
Assim, percebe-se a influência de algumas circunstâncias no estado emocional
dos estudantes: a entrada na universidade, a passagem de uma fase de desenvolvimento
para outra, como também todo o processo educativo e de formação universidade.
Através disso partimos para dois conceitos sobre a ansiedade, a ansiedade-estado
e a ansiedade-traço. Segundo Almondes (2007) a ansiedade-estado está ligada a um
momento ou situação particular, como na entrada a universidade pelos estudantes,
causando um estado emocional transitório e de muito estresse pela pressão social de ter
que escolher sua profissão pela “vida inteira”. Já a ansiedade-traço está relacionada às
características individuais e disposição, estabelecendo diferenças entre os indivíduos
quanto à forma de encarar eventos diversos, ou seja, cada indivíduo traz consigo uma
disposição maior ou menor de encarar as situações, estando relacionada, diretamente, à
personalidade de cada um, portanto é sempre importante ressaltar a necessidade de não
se comparar com as outras pessoas.
Alguns dados de literatura mostram análises da relação entre traço e estado de
ansiedade e a situação vivenciada pelos estudantes universitários. Uma pesquisa com
estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), por exemplo, avaliou o estado de ansiedade e o traço de ansiedade, em dois
momentos do curso: quando assistiam aulas e cumpriam as demandas acadêmicas, e
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quando, além de assistirem aulas, enfrentavam plantões médicos. Resultados


mostraram que o estado de ansiedade teve aumento estatisticamente significante no
decorrer dos anos. Além disso, a ansiedade aumentou tanto para quem apresentava
personalidade ansiosa (traço de ansiedade elevado) quanto para quem não apresentava
essa característica.
Portanto podemos concluir que com o acúmulo de provas, trabalhos, seminários
juntamente com outras atividades como estágios necessários para a formação, há então
uma sobrecarga nesses alunos, que acabam por aumentar os seus níveis de ansiedade.
Sendo extremamente perigoso até mesmo para a formação acadêmica.
Justamente por que uma vez que níveis elevados de ansiedade podem provocar
percepções negativas quanto às habilidades motoras e intelectuais do indivíduo. Isso,
por sua vez, interfere na atenção seletiva e na codificação de informações na memória,
bloqueando a compreensão e o raciocínio. É importante salientar que esses fatores
ansiogênicos podem interferir negativamente sobre alguns aspectos cognitivos, como o
processo de aprendizagem, a redução de atenção e da concentração, diminuindo, assim,
a aquisição de habilidades.
Na situação de crise, pela grande carga de estresse, devido a longas horas de
estudo e cobranças pessoais e de professores e familiares durante a formação
universitária, faz-se necessário traçar estratégias que possibilitem a superação desse
período. Alguns indivíduos podem experienciar mais ansiedade do que outros de acordo
com sua tendência para encarar as mesmas situações podendo levar a níveis de
ansiedade patológicos, como já mencionados. Nesses casos essas pessoas podem contar
com o auxílio dos profissionais da saúde mental (psicólogos e psiquiatras) nas redes de
atenção básica à saúde ou da própria universidade em que reside.
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A Unifal disponibiliza atendimento


psicológico gratuito !!
Para isso, basta preencher um formulário que fica disponível no site da
universidade. É muito simples e rápido! Fizemos um tutorial para ajudar você, confira
abaixo:
Passo 1: Acessar o site da Unifal, disponível em: http://www.unifal-mg.edu.br

Passo 2: Ir em Pró-reitorias e em seguida selecionar a opção Assuntos


Comunitários e Estudantis Estudantil (PRACE).
9

Passo 3: Ao entrar na página na Prace, selecione a opção Levantamento de


Demandas Psicossociais Prace Unifal-MG, localizada no canto inferior direito.

Passo 4: Na página seguinte, basta rolar até o final e clicar em Acessar o


formulário.

Passo 5: O formulário irá aparecer em seguida e é só seguir os passos e


preencher!
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CAPÍTULO 4 - DICAS PARA AJUDAR A


COMBATER A ANSIEDADE NO DIA A DIA

Todos nós sabemos que conviver com a ansiedade não é uma tarefa muito fácil.
Para isso separamos algumas dicas que podem auxiliar você a combater esse
sentimento!
No nosso cotidiano é comum estarmos conectados com nossos smartphones o
tempo todo e olha só, nem só de redes sociais vivem os internautas! Diversos
aplicativos são disponíveis a cada minuto e adivinhem: há app que pode ajudar na
ansiedade! Conheça alguns exemplos:

 Querida Ansiedade

O aplicativo Querida Ansiedade é destinado para aquelas pessoas que sofrem


com ansiedade e foi desenvolvido por uma psicóloga. O app possui duas principais
funções, sendo eles ajudar a controlar a ansiedade, além de fornecer informações ao
usuário sobre. O mais legal desse aplicativo, é que nele o usuário pode escrever o que
está sentindo e ter acesso a exercícios de respiração e meditações, que ajudam no bem-
estar.
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 Cérebro Fit

O Cérebro fit possibilita o usuário uma lista com diversos hábitos saudáveis e
que estimulam a ter um estilo de vida melhor. Nele podemos aprender técnicas de
concentração, meditação, exercícios de neuróbica, treinamentos físicos e auto hipnose.
Além disso, ainda há palestras motivacionais disponíveis, dicas de alimentação, saúde e
muito mais. O usuário tem a opção de escolher quais hábitos quer realizar no seu dia a
dia e o horário que for o mais adequado para isso. É um excelente app para melhorar sua
saúde, motivação e até a sua capacidade cognitiva.
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 Lojong

O aplicativo Lojong é baseado no bem-estar proporcionado pela meditação. O


nome significa “treinamento da mente”, que representa muito bem a proposta desse app.
Nele há diversas práticas de meditação que ajudam no relaxamento, foco e atenção.
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 Cingulo

O Cingulo é um aplicativo que visa o bem-estar emocional. Ele contém diversas


técnicas, textos e áudios que ajudam a reduzir a ansiedade, estresse, melhorar a
autoestima, ânimo e suas atitudes no dia a dia. Além disso, o usuário tem acesso a um
diário emocional, onde pode colocar como está se sentindo e depois acompanhar sua
evolução durante os meses.
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Uma outra dica são os Podcasts !!! Você já


ouviu falar?
A palavra podcast vem da junção de ipod, o dispositivo de áudio da Apple
ebroadcast que é a transmissão de informações por rádio ou tv. O termo foi criado em
2004 por Adam Curry que criou o primeiro agregador de podcasts e disponibilizou o
código na internet para todos os outros programadores. Sendo assim, o podcast nada
mais é que um programa de rádio, mas com uma vantagem enorme: o conteúdo é
totalmente sob demanda e você pode ouvir o que quiser e quando quiser. É um ótimo
recurso para ocupar aquele tempo ocioso e você pode ouvir enquanto realiza os afazeres
de casa, na ida para a faculdade, ou naquele intervalo em que não há nada para fazer.
Existem basicamente duas maneiras de se ouvir os episódios: pelo smartfone ou tablete
- computador. Basta baixar um aplicativo no seu dispositivo, como o PodcastAdict e
você já está pronto para ouvir o que quiser! São vários assuntos e diversos canais, como
por exemplo, ciência, história, cultura pop, mercado profissional e ansiedade!

Sinta-se mais tranquilo!

Outra forma que pode ajudar na redução da ansiedade é o controle e organização


das tarefas pendentes do dia a dia. Algumas pessoas tendem a ficar mais ansiosa quando
há um grande acúmulo de afazeres, principalmente relacionados com a vida acadêmica.
Ter um organização e cronograma pode ser um hábito incrível para deixar a mente mais
tranquila, afinal, com tantos trabalhos, provas e prazos resultantes da faculdade, é fácil
criar preocupações que chegam a tirar o nosso sono. Por isso, apresentamos para vocês
o GTD:

O GTD (Getting Things Done) é uma metodologia de produtividade criada pelo


americano David Al e se baseia em um conceito chamado mind like water – mente clara
como água, que se trata de uma analogia sobre a tranquilidade de ter tudo sob controle.
O mais legal dessa analogia é que nem sempre a água está tranquila, como por exemplo,
em uma tempestade em alto mal, porém, ela sempre volta ao seu estado de tranquilidade
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original. Sendo assim, ter mais controle das tarefas a serem realizadas pode te levar a ter
uma vida mais tranquila e produtiva.

Para isso, o GTD baseia-se em cinco passos parar colocar em prática a sua forma
de organização:

1. Capturar – Transferir todas as suas ideias e lembranças de coisas a fazer e


passar para algum lugar que possa ser acessível, caso esqueça dos seus
compromissos, como um bloquinho de notas, por exemplo.
2. Esclarecer – Separar um tempo do seu dia para se dedicar com foco e
atenção.
3. Organizar – É importante ter suas listas organizadas para que possa acessá-
las na hora certa e no lugar certo.
4. Refletir – Tempo para pensar em suas prioridades. Trata-se de uma revisão
que fazemos de todo o nosso sistema para não perder nada de vista.
5. Engajar – É executar com significado. Saber que você está fazendo, naquele
momento, a coisa mais importante que deveria estar fazendo – em vez de
estar preocupado ou distraído com outro assunto. É a tranquilidade de saber
que o que você não está fazendo está sob controle, porque você definiu
prioridades.

Existem alguns programas e aplicativos disponíveis que podem auxiliar a


colocar o método GTD em ação. São alguns deles:

 Evernote
 Todoist
 Wunderlist
 Google Tasks / Tarefas
 Outlook
 Things
 Toodledo
 Omni Focus
 Lotus Notes
 Trello
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Referências

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