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BIBLIOGRÁFICO E QUALITATIVO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1
Aluno concluinte do Curso de Psicanálise do Instituto Pedagógico Brasileiro.
irritabilidade, inquietação, medo da morte, foco repetitivo em algumas ideias negativas,
falta de prazer ou interesse em atividades habituais e desprendimento social.
2
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista e importante psicanalista austríaco. Foi considerado o pai da psicanálise,
que influiu consideravelmente sobre a Psicologia Social contemporânea.
mais estrito vem da satisfação (de preferência súbita) de necessidades que foram
represadas até um alto grau" (Freud,1929). E, como já mencionado acima, o número de
pessoas com depressão só aumenta a cada ano, e o que se conclui é que a busca pela
utópica felicidade não está fácil.
2.1 AS CAUSAS
O número de pessoas que vivem com depressão aumentou 18% entre 2005 e
2015. É o que aponta um novo relatório global lançado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de
pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade
afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população). O relatório
‘Depressão e outros distúrbios mentais comuns: estimativas globais de saúde’
aponta que 322 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com este
transtorno mental, a maioria mulheres.(OMS, 2017)
Para Freud, a civilização impõe restrições a nossos instintos básicos. Isto está
relacionado à construção do inconsciente em três partes: o ID, que é composto de nossos
desejos básicos e mais primordiais; o ego, que controla os desejos do ID e os traduz em
comportamentos que são expressíveis no mundo real; e finalmente, o superego, que
interioriza as regras morais e culturais da sociedade em que vivemos.
De certa forma, é como se a satisfação do ID fosse lutar por uma grande fatia
de um bolo pequeno, enquanto que obedecer ao superego nos oferece uma fatia menor de
um bolo maior. Fazer parte de uma sociedade garante que nossas necessidades possam
ser satisfeitas com regularidade.
(...) a psicanálise tem a dizer que ela não reprova a depressão como o conjunto
atual de nossa cidade faz. A psicanálise concede, desde Freud, sua margem de
razão ao sujeito deprimido, na medida em que reconhece o valor de verdade
que seu sofrimento revela enquanto condição de desamparo que nos é inerente
(TEIXEIRA, 2008, p. 29).
Kehl (2015), autora de O tempo e o cão - obra que busca analisar a
experiência da clínica psicanalítica com pacientes deprimidos afirma que
2.2 OS SINTOMAS
Como já foi observado, Freud afirma que o luto e a melancolia são respostas
a uma perda, seja ela consciente ou inconsciente. A apatia encontrada em ambos os
estados deve-se à exclusiva devoção ao luto que não deixa espaço para o interesse no
mundo exterior. Ambas as condições resultam em inibição e perda de interesse, já que o
ego é absorvido no trabalho de luto. Segundo Freud (1017):
2.3 O TRATAMENTO
Entretanto, Jacobson (1954) afirma que, para alguns pacientes, não é possível
levar a análise ao ponto de produzir e interpretar suas fantasias e impulsos pré-edipais.
Ela acredita que os pacientes serão inevitavelmente submetidos ao fenômeno da
transferência, onde os sentimentos e desejos que foram dirigidos a uma pessoa serão
inevitavelmente transferidos para outra. Desta forma, ela acredita que o paciente
deprimido fará do terapeuta seu objeto de amor central e o foco de suas demandas
patológicas.
Apesar de esse artigo ser uma breve abordagem, fica evidente que a
psicanálise é rica em contribuições ao tema e pode ser extremamente útil no auxílio de
casos de depressão de difícil tratamento.
3 METODOLOGIA
3
Manifestações Emocionais do Terapeuta Durante as Sessões: Por que Arriscar-se e Quais Benefícios Esperar?
https://www.scielo.br/j/pcp/a/phDt5DLrpDCLzfvwYSG3QMQ/?lang=pt
A metodologia qualitativa inicia-se com questões de interesses extensos, e na
medida do prosseguimento da pesquisa, vão se elucidando de acordo com as hipóteses
apresentadas no presente artigo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, a depressão, que não tem aparente motivação, está se tornando
cada vez mais comum e não é plausível que cada um desses deprimidos tenha sido sujeito
a uma perda ou ligeira de seu amor-objeto. Entretanto, o número crescente de deprimidos
pode ser atribuído ao estado de nossa sociedade moderna e não a uma perda de objetos
específicos.
5 REFERÊNCIAS
KEHL, M. R., O tempo e o cão, a atualidade das depressões. 2ª ed., São Paulo, Boitempo,
2015.