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A exemplo dessa afirmação, destaque-se o setor da educação, que deve escriturar suas
atividades de forma segregada por segmento de atuação. Ou seja, a contabilidade deve dispor
de forma separada e detalha as diferentes atividades dos segmentos de atuação, facilitando a
compreensão de como os recursos (imunidades) estão sendo alocados e utilizados.
Quer dizer, na educação, a separação ou segregação contábil deve ser dar para demonstrar as
diferentes etapas ou níveis de ensino oferecidos pela instituição. Esta segregação ajuda a
evidenciar a aplicação dos recursos de maneira transparente, além de ser uma prática
recomendada para cumprir com as obrigações legais e regulatórias.
Sem pretender estabelecer uma defensa, a não obrigatoriedade da apresentação das certidões
exigidas por ordenamento, pois elas realmente revelam uma boa gestão, queremos nesse
ponto dispor que estamos tratando de imunidades, e, não de isenções e, a fiscalização
necessária a verificação de uma boa gestão, não poderia impor perda ou indeferimento do
CEBAS no caso de verificação de uma ineficiência ou dificuldades no processo de gestão, pois
isso traz prejuízos a sociedade em obter serviços essenciais a dignidade da pessoa humana.
A Lei Complementar 187/2021 define entidades beneficentes como pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, estabelecendo a base legal para a certificação dessas entidades. O
Decreto 11791/2023 veio regulamentar essa lei, especificando os procedimentos para a
certificação das entidades beneficentes.
Esse com contexto jurídico aponta para uma maior exigência de transparência e prestação de
contas e, uma maior eficiência dos processos de gestão dessas instituições. Entretanto, como já
mencionamos existem questionamentos sobre o rigor dessas novas exigências.
No sentido posto, a CONFENEN e outras instituições de caráter nacional, ingressaram com uma
Ação de Inconstitucionalidade (ADI 7563) argumentando que as imunidades não poderiam ser
reguladas nem por Lei Complementar, pois as imunidades são na realidade cláusulas pétreas,
que servem a garantia de direitos fundamentais a pessoas vulneráveis na sociedade.