Você está na página 1de 28

www.arvoredoleite.

org

Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto
Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG),
antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a
Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do
ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu
nome foi alterado para o atual.

Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e
conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta
REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você.

Diretrizes de uso

A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar
estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a
oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais.

Também pedimos que você:

● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que
você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais.

● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial
para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las.

● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é
legal. O fato do documento estar disponível eletronicamente sem restrições, não significa que pode ser usado de qualquer
forma e/ou em qualquer lugar. Reiteramos que as penalidades sobre violação de propriedade intelectual podem ser bastante
graves.

Sobre a Arvoredoleite.org

A missão da Arvoredoleite.org é organizar as informações técnicas e torná-las acessíveis e úteis. Você pode pesquisar outros
assuntos correlatos através da web em http://arvoredoleite.org.
digitalizado por arvoredoleite.org
ISSN 0100-3674

do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág 1 .

REVISTA DO INSTITUTO DE LATiCíNIOS


CAN DI DO TOSTES
SUMÁRIO - CONTENTS

Fabricação de queijo Prato e Minas: Estudo do Rendimento. Parte 11: Previsão da


Gordura no Extrato Seco. Prato and Minas Cheesemaking: A Study on Yield. Part. 1 1
standardization of the Fat in the Dry Mat1er. Furtado, M.M. " e
A. F. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .". . . . . . . . . . . . . . . 03
Isolamento de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus a partir de
Iogurte de mercado. Isolation 01 Lactobaclllus bulgaricus and Streptococcus
thermophilus from Commercial Yoghurt. Moraes, J.M. e Passos, L.A.S. . :. . . . . . 15
Otimização d o processo piloto para produção d e Penicillium glaucum e m labora­
tório. Optimization of the Pilot Process to produce Penicillium glaucum in Labo-
'ratory. Vilela, S. C, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' . . .". . . . . . . . . . . . 19
Detergência e sanitização de algumas fórmulas comerciais d e produtos d e lim­
peza para indústria de laticínios. Detergency and Sanitization power of some
Commercial Formulae Available for the Dairy Industry. Vargas, O.L. e Pinto, M.A.O. 21
Determinação de ácido orótico em Iogurte preparado com tipos diferentes de
cultura starter.
· Orotic Acid Determination in Yoghurt Prepared with DiHerent
Starter Organisms. . . . . . . . . . . . ." . . . . ." . . . . . . . . . . . . . . . 31
Produção higiênica d o leite. Hygienic Production o f Milk. Rogick, F . Á. . . . . . . . . 35
VI Congresso Nacional de Laticínios. 6th Dairy National Congresso Frensel, O. . . 39
Curso sobre fabricação de queijo de leite de búfala. . . . . . . . . . ;.. . . . . . . . . . . . . 45
Pesquisadores da EPAMIG participam de Cursó sobre Biogás . . . . . . . . . . . . . . . :,47
', 1 0. A medalha "Santos Dumont" "para Otto Frensel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

Rev. Inst. Cândido Tostes

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS


Departamento de Tecnologia de Alimentos
Instituto de Laticínios Cândido Tostes
, Revista Bimestral
Endereço: Revista do" Instituto de Laticínios Cândido Tostes
'Tel.: 21 2-2655 - DDD -:- 032

.�" ndereçó Telegráfico: ESTELAT
Gx . Postal 1 83" - 361 00"Juiz de Fora - '
1 80,00 (1 ano) N.os artazados : Comuns CrS 30,00; Especial Cr$, 40,00.

-:-C"ómi:iõstõ" imPresso"a. onéinás di:í"ESDEVA EMPRESKGRJ\FlCA""LTDA �C:G.C."17153'081/0001-62c;.Juiz de For. � MG "

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 2 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979
Réilisfa do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 3

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUARIA DE MINAS GERAIS


- EPAMIG - FABRICAÇÃO DO QUEIJO PRATO E MINAS:
DIRETORIA EXECUTIVA
ESTUDO DO RENDIMENTO
Presidente
Helvécio Mattana Saturnino
PARTE 11: PREVISÃO DA GORDURA NO EXTRATO SECO
Diretor de Operações Técnicas
Hélio Andrade Alves
Prato and Minas Cheesemaking: A Study on Vield.
.

Diretor de Administração os Finanças


Or. Crisfano Alves Ferreira de Melo Neto Part 11: Standardization of the Fat in the Dry Matter.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CONSELHO FISCAL
Múcio Mansur Furtado ('i')
Presidente Alan Frederick Wolfschoon P. (*)
Gerardo Henrique Ma·chado Renault Conselheiros efetivos
Conselheiros
Helvécio Mattana Saturnino Cícero Augusto de Góes Monteiro
Na parte I deste trabalho ( 1 ), apresenta­ no exterior e de pouca aplicação à nossa
José de Paula Motta Filho João da Costa Lisboa
mos e discutimos os resultados obtidos de realidade.
José Alberto Gentil Costa Souza José Antônio Torres
um estudo feito sobre a coagulação do leite Assim, neste trabalho, apresentamos da­
Jair Vieira e a transição de seus elementos para a coa­ dos obtidos de diversos experimentos reali­
Peter John Martyn Conselheiros suplentes
lhada, na fabricação dos queijos Prato e zados em dois queijos tipicamente brasileiros
Mário Bar.bosa Antônio José de Araújo Minas. como o Prato e o Minas e estamos certos de
José Irineu Cabral Pedro Azra Malab que, sua correta manipulação, permitirá ob­
Estes resultados nos permitiram conhe­
Gabriel Donato de Andrade Wagner Saleme ter o grau de padronização desejado. Acre­
cer de forma mais precisa os fenômenos da
.,coagulação que influenciam diretamente no ditamos que, face à evolução da indústria de
COMISSÃO DE REDAÇÃO
rendimento de uma fabricação, bem como na laticínios no país, muito breve estes 'Parâ­
Chefe do DTA Editor-Secretário padronização do 'Produto final. metros serão fixados oficialmente.
Sylvio Santos Vasconcellos Hobbes Albuquerque O rendimento das fabricações dos queijos
Ora, é amplamente conhecido que no
Prato e Minas foi também estudado e aqui
Redatores Técnicos Brasil, são ainda raras as indústrias que se
apresentamos os resultados. As fabricações
preocu'Pam com a qualidade de seus queijos;
foram realizadas a nível experimental e in­
Alan Wolfschoon Múcio Mansur Furtado sob o ponto-de-vista higiênico-sanitário já
dustrial, para melhor representatividade dos
Alberto Valentim Munck Otacílio lopes Vargas é feito em larga escala e com bons efeitos.
resultados.
Edson Clemente dos Santos Valter .Esteves Júnior Porém, talvez pela falta de exigência oficial,
A manipulação da coalhada, como foi de­
Hobbes Albuquerque José Mauro de Moraes parâmetros como o teor de gordura no extra­
monstrado na parte I deste trabalho, tem
Jo.sé Frederico de Magalhães Siqueira José Furtado Pereira to seco dos queijos, não são fixados e, con­
grande influência no rendimento final da ta­
sequentemente, o contrôle não é feito. .
bricacão. De pouco vale, ao contrário do que
Resulta daí, a grande dificuldade de se dizem mUitos-queijeiros, aumentar o teor de
adquirir no mercado um produto de qualida­ gordura do leite visando aumentar o rendi­
de padronizada; não Se pode afirmar que tal mento da fabricação. Este, na verdade, é
marca de queijo terá' amanhã o mesmo pa­ função do EST do leite e do teor de umidade
Revista do Instituto de laticínios "Cândido Tostes", n. 1 - 1946 - drão de hoje. Em países da Europa, como a final do produto, como apresentamós aqui.
Juiz de Fora, Instituto de laticínios "Cândido Tostes", 1946. França, o teor mínimo de gordura no extrCito Manipulando os resultados apresentados
seco (GES) é obrigatoriamente fixado na em­ na parte I, tal como as cifras de transição da
v. ilust . 23 cm balagem do produto. Tal fato, permite não só gordura, EST e ESD, construímos fórmulas
melhorar o seu padrão, .bem com orientar o que permitem efetuar os controles aqui su­
n. 1-19 (1946-48),27 cm, com o nome de Felctiano . n. 20-73 (1948 -571, consumidor, que muitas vezes por razões geridos. Foi realizado igualmente um estudo
23 cm, com o nome de. ·Felctiano . diversas, deseja comprar um produto ora sobre as perdas de peso dos queijos, na pas­
mais, ora menos gordo. sagem pela salmoura. Os dados à respeito
A partir de setembro 1958, com o nome de Revista do In.stituto de
Na literatura técnica brasileira, poucas aqui apresentados, permitem àqueles que
laticínios "Cândido Tostes" .
referências existem à respeito deste proble­ pesam seus queijos após a salga, aplicar as
1. Zootecnia - Brasil - Periódicos . 2 laticínios - Brasil - Periódicos . ma. Recentemente (Furtado, 1 974 ( 1 1 ) foi fórmulas sugeridas.
I. Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Juiz de Fora, MG, ed. publicado um artigo à respeito, conclaman­ Em resumo, o que buscamos ao realizar
do para a necessidade de se efetuar es­ o presente trabalho, é o domínio dos parâ­

o CDU 636/637(81) ( 05) ta regulamentação. No entanto, à falta de


dados na época, os parâmetros empregados
foram coletados de experimentos diversos
metros que regulam .uma fabricação de quei­
jos, bem como a padronização físico-química
e organoléptica do produto final.

(*) Pesquisadores e Professores do DTNIL T-EPAMIG.

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 4 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do Revista do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 P á g. 5

MATERIAL E MÉTODOS QUADR O I


procedimento errôneo a fixação da gordura ticamente os fatores acima mencionados,
2 . 1 - Amostragem: foram analisados os COMPO SIÇÁO MÉDIA (% ) EM EXTRATO padrão do leite e que, no entanto, é pratica- ' com o teor de gordura do leite e o do GES
queijos fabricados segundo a técnica des­ SE­ do em muitas indústrias de l aticinos. desejado no queijo, elaboramos as duas fór­
CO E GORDU RA DOS QUEIJO S PRATO
crita previamente (1), após cada fabricação E' b) Em segundo lugar, de pouco vale a mulas, que apresentamos a seguir :
M INAS
se destinava 1 queijo para o laboratório. O fixação de parâmetros, mesmo oficiais, que a) Fórmula para previsão da GES (gor­
queijo escolhido' era aquele que ocupava a exijam teores mínimos de gordura no queijo. dura no extrato seco) do produto final.
posição intermediária na prensa coletiva ver­ Prato Minas Não pode haver uma relação percentual fixa
tical ;foi feito assim porque se verificou que de gordura no queijo, pois a perda de u mi­ 1 00 Gb
este queijo tem um teor médio de umidade variação variação dade é um fenõme n o n atural em qualquer GES =

em relação aos outros queijos, ou seja, tipo de queijo e tem como conseqüência' Gb + F . ESD
àqueles que ocupam as posições extremas Extrato seco 53,0 59,2 51,3 natural o aumento percentual de ,todos os
(superior e inferior) na prensa. Umidade 47,0 40,8 48,7 demais componentes sólidos do produto. N o b) Fórmula permitindo a padronização da
Gordura 25,3 30,5 22,3 entanto, s e o controle for efetuado relacio­ gordura do leite, de acordo com a GES dese­
As amostras do queijo eram retiradas Gordura no nando-se o teor de gordura em relação ao jada no queijo.
com sonda especial, seguindo a técnica que extrato seco 47,7 51 ,5 43,5 49,8 teor de extrato seco, ou seja, a GES, mes­
mo que haja perda de umidade, o parâme­ (ESD X GES) .F
é praxe desta amostragem. As 'Porções reti­
tro fixado será mantido. Gb
radas das diferentes partes do queijo eram
=

A grande maioria dos queijos brasileiros, é 1 00 - GES


colocadas em graal de vidro e maceradas , � bserva� �o-se o teor de u midade
até fazer u ma mistura homogênea; desta , queIJos, venflca -se que o queijo dos feita com teores elevados de gordura e nos­ E m ambas as fórmulas, Os valores corres­
mistura se tomavam as quantidades especi­ . Minas pos­ sos queijos podem ser classificados quase pondem :
SUI .� m teor um pouca superior àquele todos como gordos, ou seja, com mais de
ficadas nas determinações. do ESD = extrato seco desengordurado do lei­
queiJo Prato: por conseguinte, este queijo 45% de GES.
deve ter maIOr teor dos eleme ntos solúvei A gordura tem um papel importante na te (%)
(como lactose e sais) do leite. Tal fáto s maturação do queijo, pois sofre ação Iipolí­ Gb = teor de gordura do leite (% )
2 . 2 - Determinações Analiticas: c omprovado se se observa o quadro VIII é GES = teor de gordura no extrato seco do
2 . 2. 1 - Gordura - a determinação da do tica dos fermentos láticos diversos, coope­
trabalh ,9 precedente (1 ) ; constata-se que rando para o sabor e aroma típicos de cada queijo (% )
.
gordura se realizou segundo o tran � lçao da lactose e cinzas é maior noa queijo. Além disso, a gordura influencia F = fator variável, que corresponde a
método Gerber-Van Gulik utili­ .
q u.eIJ o Minas 0,41 (Minas) e 0,45 (Prato)
. que no queijo Prato. Apesar de sensivelmente no corpo e textura dos quei­
zando 3 g de amostra (2). eXistire m peque nas difere nças nos teores jos, além de mascarar normal mente o sabor Como se pode concluir, a manipulação
?e gordu ra e no extrato seco, ambo s os quei_ pronunciado de certos queijos. das fórmulas apresentadas é muito simples
2. 2. 2 - Umidade - se determinou sobre
WS pod � m s?r classificados como queijos Esta é pois, a nosso ver, a importância e exige tão somente o conhecimento do ESD
3g da amostra, segundo a técni­ , gordo s , pOI S apresentam GES sU de se efetuar tal tipo de controle.
45�. �pesar do q ueijo Minas apresentar
'Perior a e gordura do leite. A aplicação do ESD nas
ca descrita em outro trabalho (2). 3 . 3 - Relação entre a Transição' da Gor­ fórmulas se reveste de especial importância
.
mal �r Cifra de tranSição da gordu ra que
o dura e ESD do Leite : Elaboração pois permite alterações no teor de gordura
2. 2. 3 - Extrato seco total: se calculou queiJo Prato (ver quadro VIII do trabalho pre
do leite, para uma eventual padronização,
ceden te) ( 1 ) , apresenta menor % deste ele­­ das Fórmulas.
como a diferença de 1 00 - umi­
me�to no�ueijo. Isto se explic a devido ao No trabalho anterior (1), no quadro VIII sem alterações dos resultados previstos na
dade. poderão ser observados os resultados con­ aplicação das fórmulas. Isto seria i mpossível
maior ren� l me nto observado n a fabricação
Todas as determinações foram .
dest? q uel !o, ficand cernentes à transição dos elementos do lei­ se utilizássemos na fórmula o EST do leite,
. o assim a gordu ra do lei como concluimos.
realizadas em duplicata n u m te dlstnb Ulda e m maior quantidade do pro,­ te n coagulação, n a fabricação dos queijos
Prato e Minas. Em testes experimentais, conseguimos,
período curto de tempo (máximo duto. bons resultados com aplicação de ambas as
Para a criação de u ma fórmula permitin­
de 2 horas após maceração das do controlar a GES do queijo, utilizamos es­ fórmulas e podemos sem dúvida sugerir seu
amostras). 3. 2 - Pa�rOn!zação da GES: Importância sencialmente 2 dados, que inter-relacionados uso como prática corrente nas indústrias de
J a. foi dlto a respeito da importânCia de nos ,deram um fator fixo aplicado na fórmula. queijos Prato e Minas. Normalmente, com
se padrom.zar o produto final do ponto de Estes dados se referem. à cifra de transição relação ao teor de GES do queijo. uma va­
DISCUSSÃO E RESULTADOS vista físico- quimico e organo l é ptico. da gordura e ESD. riação - 2 a + 4% é considerada n or­
Na verdade, podemos resum ir em duas as Como se pode observar no re'erido qua­ mal, (SPREER, 1 975) (8).
3 . 1 - Composição média em gordura e principais razões que nos levam a sug� rir dro, estas cifras correspondem a 83',80% e É evidente que a fabricação de queijos
este tipo de contrõle: 37,78% , respectivamente para a transição da com baixo teor de GES, exige modi'icações
extrato seco dos queijos: Como se de­
a) Inicial mente, é preciso lembrar que o gordl!ra e ESD, na fabricação do queijo Pra­ na tecnolog:a, 'Pois em caso contrário pode­
monstrou anteriormente (1 ) existem diferen­ fa!o de se manter fixo o teor de gordura do " rão ser observadas alterações no corpo e,
to. Estabelecendo uma relação (37. 78: 83 80l.
ças entre as cifras de transição determina­ 1 : lte para determinado tipo de queijo, não : encontramos o fator 0,45, que será aplicado t·3xtura do produto. De toda maneira é falo
.
das para cada queijo; aquelas se devem s�gmflCa, que o teor de GES do queijo se- •
"
, na fórmula. comprovado que queijos de textura fina e
principalmente, às diferenças inerentes en­ ra o mesmo sempre: no decorrer da lacta­ O mesmo tipo de relação foi estabeleci­ pastosa, como o Saint- Paulin (Furtado,
ção do animal, ocorrem sensiveis variações do para a fabricação do queij o Minas, onde 1 975), podem ser fabricados com leite
tre cada metodo logia de fabricaç ão; as­ no EST (extrato seco total) do leite: Consi­ a transição da gordura e ESD na coagulação, cujo teor de gordura não u ltrapasse a 2,5% •
sim, é de esperar-se, que elas se traduz am

derando que a transição da gordura para a ' correspondem respectivamente a 87,93% e No caso usual de con:l'ole do GES. de
na compo sição respectiva de cada queijo. O coalhad a varia e m função do ESD (extrato 36.03% . Assim, o fator encontrado foi igual a uma fabricação, tabelas poderão ser elabo­
quadIo seguinte mostra a faixa de variação seco desengordurado) do leite (Wolfschoo n­ 0,41. radas, laéil:tando a apllcação dos resultados
P o m !:, o e Furtado, 1 978 (1), teremos Tendo observado uma série de fabrica­ encontrados. No quadro 11 a seguir, demons­
determinada para os queijos Prato e Minas. .

arvoredoleite.org
vanaço es no teor de GES do queijo. É um ções experimentais, e relacionando matema- tramos como tal poderá ser feito :
digitalizado por
Pág. 1
DE 1 979
NOVEMBRO-DEZEMB RO
Pág. 6 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do ILC'( Revista do ILeT
=
QUAD RO 11 comparançao
po
a r i . ce
- entre esses valores médi?
ag m d e sól ido s tota is des eja
obteve um
s e
dos R% EST leite X F
=
\
PADRONIZAÇÃO D A GORDURA DO LEITE DE ACORDO COM SEU ESD E O GES DESE­
J ADO NO QUEIJO PRATO E MINAS no produ ovel� al , acom o F'que ser exemplo, o
10
Valores típi(qcos de F são 0,9? (qu�i��
fator variá �
p a u� �� ájo depra0,8 �� com teo r de Minas) e que um valPra
0,8 9 ue i j o to). :
dlo -para ,845
con tram os or me
Leite Prato (GES) Minas (GES) ��°�a833 �e ��e 40% ser
0,862 (51 ,7 -:-
33 (5
.
0
t o � .
e ser utJl�zaento
. do satis fator iam ente
-" ) a oserque á .de . M'
IJo In as . Com esse fa­ pod Pre ver o ren dim percentual . ge
do queijo
pelas di­
ESD(%) ° 862) par - em kg, pa­. Prato, porque assim "e corn fabr
_

40% 45% 50% 40% 45% 50%


t' r F é fácicom l prever a pro duçao um I- ont rad �s e

t�e as icações
8,5 2,55 3,1 3 3,82 2,32 determinado teor de ferenças ence expenm �al É bom subli­

\
2,85
8,6 2,58 3,1 7 3,87 2,35 2,88
3,48
3,53 r� q�eijos industriais de que �I�.o ��tor F deve ser
8,7 2,61 3,20 3,91 2,38 2,92 3,57 dade. nhar o fato para cada fabn. ção e ainda
8,8 2,64 3,24 3,96 2,40 2,95 3,61 (EST X F) X V determinado trabalhar com �� fator F mé­
is para se rio realizar . i­
P - ma 't determ
8,9 2,67 3,28
:Su���
4,00 2,43 2,98 3,65
9,0 2,70 3,31 4,05 2,46 3,02 3,69 1 00 dio, ' é necess�ida de, nos r vos q uei-
9,1 2,73 3,35 4,09 2,49 I----------- �--leit-­e jos nações deputumar o val?r _ medit Acreditamos
pro��
3,05
duçã�o-:p:re:v�tota
3,73
9,2 2,76 3,39 4,1 4 2,51 3,09 3,77 onde P ext is� ;aí(�e;m�kgddo , e com dO'EST do) leite

rato seco l (% ) que o valor . deas tra


=
9,3 2,79 3,42 4,1 8 2,54 3,1 2 3,81 EST
trabalhado leite (litros) trab aIhado (51 ,7 par a Mm e ��t�, 1c para Prato rnãoa
superio
=
9,4 2,82 3,46
e apresenta onstra cOção
4,23 2,57 3,1 5
9,5
3,85
V volume doiável de acor�o com a dev r um a va cria de va-
2,85 3,50 4,27 2,60 3,1 9 3,89 =
fator var tipo de queIJo . 3%, como dem â � :f 'ente
l
f
I do trab alho
umidade e o fator F é o resuI­ riação obtido ) .no Q ua ro
F
- O Rendimento da Fabricação:
=
3. 4 como saber se os queijos fabricados estão dis se ent e
Segundo Guerault (3) o rendimento Como já se �oáal �� preced 3 em os
retendo pouca ou muita umidade; compa­ As tabelas n.oe�t2oe - n. o (p v)fornec
(1
é a expressão matemática do número de uni­ rando-se o rendimento real com o teórico tado da divoisãpoel10daexttrarato nsição médiaeja o ue devem
iades ou de quilos de queijo que são obti­ sec o
cada que'il T�be a o 1 dá este fator para valoreobts ido des de rendim ncaçao o
ios a partir de 1 00 litros de leite integral
(obtido mediante fórmulas) pode-se ajudar
no estudo econômico da fabricação. queijo: A IJos, q�ando o teor de umidade serMinas, spronaduzfab �
m
de
I
/ . � . Prat
qu \o J s
EST
�ue são trabalhados. Numerosas fórmulas baseadas nos teo­ os dOIS que ° a 52 0% . ido/> ���a����sequeij em
Van Slike e Price (4) indicam que a res de gordura, caseína, proteínas, sólidos van. a de 39'.lme tes f a-
e
varia e ntre 11, 0 e 1 3 ,��Yo e dade d o o
luantidade de queijo que se obtém a partir ' o em
O rend nto. . obtid to Minas foi de- consideraçãdife ren oo teor de uml
totais e desengordurados, têm sido elabora­ e

produzidO. (Tabelas a pa d trabalho ) .


:
2 3
ie 1 00 litros de leite depende de três fa­ das para previsão do rendimento; várias de­ �;������ ����i��':ndos:��see cp. c
ores: las são encontradas em Van Slike e Price �:!��� � �� Para conPI cluir est e �� �e no estu�
iO) a porcentagem de gordura e de ca­ (4), Davis (5). Dilanjan (6) . Porém, seria o real . Oso res ulta er que convé m citar EN (!l q � �: �ma fabrica­
seína no leite s 3 e n 4 Convem diz pre cis o do n
quase que impossível determinar a exatidão ri�is. se !�a:eal���oc�� d� osamenteexos
Q

b) a porcentagem dos constituintes do de caúa uma delas visto que são de­ ��:�vol �� ri��ções i�de�stque la d çao dev e-s e o �: ��; c�idadom
m edir c muita a-
leite (especialmente a gordura e a pendentes do tipo de queijo fabricado, das e
um um ao passo que de leit fabr icaç ões segu intes as pect os: 1).
tra balhado;
proteína) perdida na fabricação próprias condições de fabricação e da exa­ 4000 litros,. de 1 00 Ii­ tidã o o volume de leit e a s er . _
o
experim ental�.' , n��'U�:bricações indus­ ��� quan-
c) a quantidade de água retida pelo tidão dos método.!! analíticos empregados (5). 2) pesar com ��!!� e (in-
queijo. Como já demonstramos anteriormente tros . T ambseemob se rvam O me sm os ­
cuida tidades (kg) de_ q s X ��� ��
nos
Z i�� S
tan ques,
Esses autores (4) apontam esses fatores (1 ), o rendimento (transição dos sólidos to­ tr í ais não x�to do leitote) 'que cluindo as porçoes q Je fic am -
:omo os que determinam o rendimento pa­ tais do leite) depende grandemente da tran­ dos (por. ex.: _ volume eent ais . De d a for- nas formas etc.)
a qualquer tipo de queijo. No nosso trabalho sição da proteína e da gordura no momento nas fabncaçerva oes exp erim
err o mé dio foi de \3) Escolher uma am
, a representati-
ostr
:r.terior (1), demonstramos o 'papel desem­ da coagulação (ver quadro XII e XIII no ma, s.e obs ente �;° °a 4% para o cálculo va par a a -aná lise :
lanhado pelas proteínas e pela gordura na trabalho anterior (1 ) , bem como da umida­ aproxlmadam m -e . I ara os 4) determina� as
causas de perdas
abricação, e sua relação com a transição de retida pelo queijo (quadros XIV e XV em �en di O
do . �:�� e �1�,:: r:�;:c�i��':'l�nte. No eventuais do rendlme��� de
)tal dos sólidos do leite para o queijo . As­ ( 1 ) ; assim, nós pensamos em estabelecer queiJos entais, tal,1 ero­ O fat.o d� se econ 'rrjerortâ o rendimento so­
caso das fabroxlm icações expee rim ncaçao n cia. não
im mesmo, se demonstrou a relação entre uma fórmula simples baseada na transição r foi de aprsem ada ment 2,2°!c0 e. res cu. üma fabomo coniro�e �/ própria técnica de
3 '1'}0,
teor de umidade retida no queijo e a tran­ total média e o EST médio para cada quei­ �e reflete,rvados dúvi das, os. ma�o Oes ' O ; �: ment
ec
ão, n:as �am�emdose so bretudo, para
lção dos elementos solúveis do leite para jo, e o extrato seco do leite utilizado (eVi­ nesta s f�bn caç fabr icaç diver sos fatores
dadOS obse fluenCla fabricaçao -

queijo; resumindo, podemos observar uma tando-se assim a determinação de parâ­ d u 'd em apro xl madam en t e 2 0/.
° om parar a
ro foi re_ Za.
10

�ue entrám em jogo na


1 7)
Ifluência positiva da gordura, proteína e metros especí ficos, como proteínas, casei­ em relaçao n 4),
\ .

midade sobre a transição dos elementos do nas, lactose etc . ). Esta fórmula será expli­ dros n.o 3 e va.�or da transição do EST do 3 . 6 A Salga dos Q ueijOS em Salmoura
tite para o queijo, ou em outras palavras, cada a seguir. Com o nosso e:-
:>bre o rendimento . Também se estudou a de � el��or��rct �bel as para opdas re- mencionado, �m
_

I�it� se poren tual ( p /v) Co mo já. foi


- icaç ao dos quel-
erda dos constituintes do leite durante a 3.5 Fórmula para Previsão do Rendimento
visa? d� Com dImen n opa­ tudo o rend l m d fabr antes da.
Ibricação e se estabeleceram as causas O valor F,doscalque cul ado Prato e�este_ Mmas, fo� co nside ra do
EIS mesmas. Então, parece evidente a im­
dos Queijos Prato e Minas
fabnca�o�s. do extr� to seco
_ ijos pro: jos sage s e " J os ela salm oura
:>rtância que tem o estabelecimento de fór­ .como se demonstrou anteriormente (ver ra a mediama fabncaçao artir de lel- pas a mreahzaçao : �rabal�lO, nós utiliza-
ulas adequadas para prever o rendimento Quadro VIII no trabalho precedente (1) a duzidos nu s �bt:rri o orenEST dimen- mo Para
pre a mesma salm o. ura. que apre-
O por s sem s
a fabricação, visto que, dessa forma, poder­
l-á por ex.: corrigir as perdas desneces­
transição média do EST do leite para o
queijo Prato é de 50,0% e de 51 ,7% para o �� ���c: :t��� l;jV)� rb �ultip liCar sentava as seguintes caract Ílca . ens
F, ou seja:
írias de gordura durante a fabricação, bem queijo Minas. Estabeleceu-se, então, uma
digitalizado por arvoredoleite.org
NOVEMBRO�EZEMBRO, DE 1 97 9 Pág. 9
Pág. 8 NOVEMBRO�DEZEMBRO DE 1 97 9 Revista do IL CT do ILer

- Concentração de sal: 18 a 20% QUADRO N.o 3


3 . 7 - As Perdas d e Peso Verificadas
(1 7-1 9° Beaumé) DE QUEIJO
- Temperatura : 1 0- 1 20C
Salmoura
COMPARAÇÃO DO RENDIM ENTO PRATICO E TEÓRIC O NA FABRICAÇÃO
PRATO E MINAS (A NíVEL INDUST RIAL)
- Acidez 30-4000 A aplicação dos resultados deste tra­
- pH 5,1 -5,3 balho em fábricas que pesam seus queijos
PRATO MINAS
após a salmoura, só poderá ser feita me­
Durante vários experimentos nós pesa­ diante correção dos pesos encontrados, cor­
mos os queijos antes e após sua passagem reção esta basEada nos dados que expo­ Real Teórico % ,Erro
pela salmoura, e observamos as perdas mé­ Real Teórico % ,Erro
mos a seguir.
dias verificada s . Julgamos i mportante apra­ 222 228 + 2,6
382 388 +1,5 7
sentar aqui estes nesultados, pois muitos 212 207 - 2,4
Trabalhamos sempre com queijos Mi­ 380 382 + 0,52
fabricantes controlam o rendimento de sua nas de peso médio de 1 kg e Prato d e peso + 1 ,36 222 21 2 - 4,7
fabricação pesando os queijos após pas­ 21 !I 222 - 4,0
médio de 2kg, cujos tempos de salg a em 383 - 1 ,29 233 224
sagem pela salga. Assim , conhecendo-se a 388 228 + 0,7
salmoura eram respectivamente de 24 e 48 428 398 - 7,00 21 2
perda média do pes o na salmoura, os re­ - 3,90 220 21 3 - 3',3
horas . Os resultados encontrados se en ­ 41 0 394 .-:... 1 ,09
sultados que aqui apresentamos, poderão - 6,54 21 4 210
contram no quadro V. 214 200 - 1 0, 9
ser também aplicados no caso citado aci­ 404 + 3,06 238 212
ma . 392 219 + 0,9
Foram observadas 'perdas médias de 390 391 + 0,25 21 7
2,0 a 2,5% 'Para o Prato e o Minas, respec­ 21 8 1 98 - 0,1 7
Os fenômenos da salga em salmoura 200 1 99 - 0,50 erro médio ± 4,08%
tivamente . Apesar do tempo mais curto de
são bastante canhecidos : trata-se da imer­ permanência do Minas na salmoura, este 207 21 3' + 2,8!1
são dos queijos em uma solução de sal ; queijo apresentou perdas mais elevadas. Isto 384 389 + 1 ,30
considerando-se a diferença de concentra­ pode ser explicado se se considera a relação
ção salina entre os dois l iquidos, quer di­ peso/volume j á citada e que é bem diver­ erro médio ± 3,02%
zer, aquele n o interior do queijo e o outro, sa entre o Prato e o Minas facilitando maio­
a salmoura em si própria, Ocorre 'uma di­ res perdas neste último . Além disso, há di­
fusão do l íquido no sentido do menos con­ ferença entre a massa de ambos os queijos; QUADRO N.o 4
centrado para o mais concentrado . Trata-se
de um caso normal de difusão, onde se
a do Minas se apresenta com muito mais
aberturas mecânicas e maior porosidade o COMPARAÇÃO DO REN �k���T� �RATICO E TEÓRIC O NA FABRICAÇAO
INAS (A NíVEL EXPERIM ENTAL)
DE QUEIJO
procura o equilíbrio dinâmico entre os dois que facilita não só sua salga, bem como a
l iquidos (Perrot e UH, 1 977 (1 0). A difu­ crenagem do seu soro para o exterior.
são na direção do líquido mais concentrado PRATO MINAS
se faz mais intensamente que em sentido % erro Real Teórico % erro
contrário, ocorrendo portanto uma perda de De toda maneira reiteramos aqui a ne­ Real Teórico
cessidade de aplicação destes dados por 1 1 ,09 - 3',5 1 2,29 1 2,06 - 1 ,90
peso do queijo na salmoura visto que aquelE? 1 1 ,48 + 0,20
aqueles que considera m o rendimento da fa­ 1 0,62 - 1 ,1 1 1 ,87 1 1 ,90
se apresenta menos concentrado (teor sa­ 1 0,74 0,00
bricação 'Pesando os queijos após a salga. 1 1 ,1 8 - 0,09 1 1 ,1 1 1 1 ,1 2
iino) que esta. 1 1 ,1 9 1 2,22 - 6,38
assim cemo é preciso alertar para os fa- 1 0,92 1 1 ,1 2 + 1 ,8 1 3.00
- 4,9 1 2,32 1 1 ,49 - 7,13
'tores j á citados que provocam maior ou me­ 1 0,87 1 0,36
Existem muitos fatores agindo neste fe­ nor perda de peso na salmoura, sobretudo 1 0,87 1 0,63 - 2,2
nômeno, tal como o tempo de exposição à concentração de sal e temperatu ra de sal:" erro médio ± 2,23% erro médio ± 3,12%
salmoura, a temperatura da mesma e sua moura; os mesmos deverão ser observa­
concentração d e sal . É também conhecido dos por aqueles que desejam aplicar os da­
que a relaçã o peso/volume dos queijos tem dos aqui apresentados . QUADRO N.o 5
grande influência no tempo de salg a .
PESO DOS QUEIJOS PRATO E MINAS NA SALMOURA
Segundo Mansour e Alais (1972 (9)) pa­
ra um teor de umidade igual, a temperatu­ CONCLUSÃO
ra e a concentração elevadas da salmoura, A fabricação dos queijos Prato e Mi­ Peso após a salga Perdas (%)
aceleram a difusão do sal e provocam uma Tipo de Queijo Peso antes da salga
nas foi longamente estudada, sob o aspec­
forte drenagem do soro, ou seja, uma maior to sobretudo da transição dos elementos do 1 1 ,1 92 1 ,53
perda de peso por parte do queijo . Os mes­ 'PRATO 1 1 ,345
leite para a coalhada, no momento da coa­ 1 1 ,094 1 0,872 2,00
mos autrres assinalam que em uma salmou­ g ulação. Foram obtidos resultados de gran­ 1 0,922 2,90
ra à temperatura ambiente e com -18% de 1 1 ,248
de importância e que permitem conhecer e 1 0,745 1 0,557 1 ,75
sal os queijos perdem em torno de 1 5% de contr.olé{r
seu peso inicial e que numa salmoura com que regulam uma fabricação de q ueijos. mais e�icaz
1 5% de sal, a perda é de 1 0% (tudo, isso Sobretudo é preciso considerar que os da­ 1 3,259 1 3,000 1 ,95
M INAS 2,82
variando logicamente com o tempo de sal ­ -dos obtidos se referem à fabricação de 1 2,322 1 1 .974
ga dos- 'queijos) . Para a conservação a dois q ueijos tipicamente brasileiros e que . 1 2,933 1 2;572 2,79
10°C, segundo os autores citados, a 1 8% muito representam na produção total nacio­ . 1 2,293 1 1 ,987 2,49
de sal, ocorre ainda uma pequena perd a .
arvoredoleite.org
nal .
digitalizado por
Pág . 11
NOVEMBRO-DEZEMBRO D E 1 979
Pág. 1 0 NOVEMBRO-DEZEMBRO D E 1 979 Revista do I LCT
et
mome nt de la coag ulatio n, sont presentés
Dia a dia 0 6serva-se a evolução da in­ do te?
TABE LA N.o 1 leur utilisation a permis la cons truct
ion "de
la proteínas
de r de
. gordura/protemas no leite a ser
O DO form ules pour prevo ir le rende ment
dústria leiteira nacional . No entanto é im­ relaçao
T AB ELA PARA APLA DETERM INAÇ�FoR MULA fabric ation et faire le régla ge du taux
bu­
prescindível que o avanço industrial se faça balhado . No entanto, conclusões definiti­
FATOR F A SER I C ADO NA tyreux du l ai t selon les gras sur sec souha

acompanhar igualmente de um avanço tec­ vas a este respeito ainda não foram obti­
DO REN D I MENT O PER CEN TUAL PARA té dans le froma ge . Les perte s de poids des
nológico . Novas opções de .mercado sur­
gem a cada instante e pouco a pouco o
das e poderão ser objeto de um futuro tra­
balho . QUE IJO PRA TO E MIN AS froma ges dans la saum ure onl été égale
ment
. Nous
MINAS etudi ées et décri tes dans cetle étude
consumidor se torna mais apurado e mais
exigente. Daí, a necessidade premente de Foi igual mente estudada a salga de a"m % UM ID ADE PRATO avon s dete rminé égale ment la comp
ositio n
lacto sérum , dans la fabric ation des
padronização dos produtos a s e colocarem bos os queijos em salmoura e as perdas 0,848 du lait et
39,00 0,81 9 fromages ment ionné s .
no mercado . de. peso foram observadas . Para o Prato,
0,826 0,855
cUJo tempo de salga corresponde a 48 ho­ 39,50
0,862
Para tal, elaboramos uma fórmula que
permite a padronização da GES do queijo.
ras, a perda média encontrada foi de 2%
ao 'Passo que para o Minas, após 24 hora � :40,00
'"40,50
0,833
0,840 0,869 SU M M A RY
pape r (Part . I and l i)
Para el aborá-Ia, empregamos as cifras de de salga, nós observamos 2,5% de perda. 0,877 desc ribed
0,847
transição da gordura e ESD determinadas Estes resultados são i mportantes para aque­ 41 ,00
0,854 0,884
The
the chee sema king techn iques on
lhe Bra­
para os queijos Prato e Minas, que corres­ les que contmlam o rendimento de SUas 4 1 ,50 and Prato , as well as
oQ,862 '0,892 zilian chee ses Mina s
pondem respectivamente a 83 8% e 37 78%' fabricações pesando os queijos após a sal­ .42,00 re and
para o primeiro e 87,9% e 3 6,03% p �ra o ga em salmoura . 0,869 0,899 the facto rs whic h i nflue nce manu factu trans.l­
42,50 of the chee ses. The
segundo . Inter-relacionando el':tes dados, 0,907 standardization nt (fat,
elaboramos a re:erida fórmula, que poderá A co mposição do leite trabalhad o na 43,00 0,877 tion figures of each milk co� pone
0,91 5 and so­
ser utilizada nas indústrias que desejem fabricação dos queijos, bem como a com 43,50 0,885 prote in, lactose, ash, total wlld s .
atlon were
controlar efetivamente seus produtos e tor­ posição dos mesmos, foi estudada e apre­ 10,893 0,923 lids non fat), durin g curd's form
44,00 with such " value s we were able
ná-los mais competitivos no mercad o . sentada . Apresentou-se igualmente a com­ 0,900 " 0,932 dete l mine d;
ulate the
posição dos scros resultantes de ambas as 44,50
0,940 to construct a form ula to calc ermo re,
furth
fabricações (1). 45,00 0,909 chee se yield for each varie ty;
Foi igual mente realizado um estudo so­ 0,949 elab orate d a meth od to stan dard i­
45,50 0,91 7 we have cMe se
bre o rendi mento na fabricação dos dois ü,958 in the dry matl er of the
ze the fat
queijos . O rendimento é função da transi­ Os resultados apresentados poderão ser 46,00 0,925
0,967 for each type of chee se. Weig ht lose s duri ng
ção dos sólidos totais do leite para a coa­ ainda melhorados ou completados com ou­ 0,934" h type of ��e­
46,50
0,976 brin e wer e dete rmin ed for eac
lhada, no momento da coagulação e corte tros estudos posteriores; para o momento, com posltlon
47,00 0,943 ese. Also , the milk and wheys
daquela . Os fatores que influenciam na esperamos que sejam úteis àqueles dese-' 0,985 rmin ed and pres ente d.
47,50 0,952 were dete
maior ou menor perda de constituintes no josos de melhor controlar suas fabricações 0,995
soro foram também estudados . Foram ob­ de queijos Prato e Minas. 48,00 0,961
servadas diferenças entre as cifras de tran­ 0,970 1,004
48,50
1 ,0 1 4
REFERÊNCIAS
sição dos queijos Prato e Minas, mas que 0,980
podem ser consideradas normais devido às x x x 49,00 e Màn sur-��r­
0,990 1 ,024 1 . Wolfsch oon -pom bo, A. F. _ d Que iJos
diferenças existentes nos 'Processos de fa­ 49,50
1 ,000 1 ,034 tado , M. (1 978) , Fab rica çao �
lmen�o. _ I.
bricação de ambos os queijos . '50,00 Prat o e Mina s estu do do rend
R E SUM O 50,50 1 ,010 1 ,045
Dete rmin ação das cifra s de
Translçao.
Utilizando-se a cifra de transição dos 1 ,021 1 ,055 Revista do ILCT. 34 (205) : 3. "

sólidos totais do I.ê.ite (51 ,7% para o Minas O trabalho (partes I e l i) descreve a fa­ 51 ,00
1 ,066 A. F. e Man sur-F�:­
e 50,0% para o P rato) e o teor de EST de­ bricação dos queijos Prato e Minas assim 51 ,50 1 ,031
1 ,077
2 . Wol fsch oon-pom bo,
tado , M. (1 978) , Fabr icaç ão d � QueiJo
sejado no produto final, nós construi mos como os diversos fatores influenciando nos 52,00 1 ,042 s s�­
tipo Cha bich ou . 111. Obs�r�açoe quei­
uma fórmula que permite prever a produ­
ção ou o rendimento percentual de uma fa­
bricação .
processos, no rendimento da fabricação e
na padronização do produto final .
Fórm ula R% = EST do leite X F I bre a maturação e com posl çao
jo. Revista do ILCT. 3'4 (202) : 9.
3 . Gue rault , A. M.
do

(1 966) La fromagerie
"

As cifras de transição de cada compo­ 2.a


devant les techniques nouvelles 351 p.
T% EST {
-

Estabelecemos igualmente u ma relação


nente do leite no momento da coagulação, Prato 50% ed. Editi ons Sep. Paris (França),
entre os teores de proteínas e gordura do
=

leite o a cifra de transição dos sólidos to­ são apresentadas e sua utilização permitiu Minas = 51 ,7%
4 . Van Slike , L.
tais do leite . Nós trabalhamos com leite cujo a construção de fórmulas para prever o Cheese Oran ge J udd pub. Co, I nc, New
teo r médio de gordura era de 3,52% e de rendimento da fabricação e regular o teor R E SUMÉ York. . A,
EU 358 p.
proteínas" 3,36% . Considerando-se sobretu­ de gordura do ieite segundo a gordura no 5. Davi s, J.G. (1 965) Cheese. Vol. & I. J .
do o papel específico da gordura no ren­
extrato seco desejado n o queijo . As perdas Le memo rie (Partie I et 11)
décrit la fa­
Chur chill Lld,. 1 04 Gloucester Place ,
di mento (sua cifra de transição é de 83,8% brica tion des fromages brési liens Prato
el
Lon don. , 463 p .
para o Prato e 87,93% 'para o Minas) é fá­ de peso dos queijos na salmoura forám nt
Minas ainsi que les divers facteurs régla S.
cil de se compreender que sua maior per­ i gualmente estudadas e descritas neste tra­ . les p �oced és et ayant des i n"lue nces . sur 6 . D ilanja n,
da no soro, influencia sensível e negativa­ la elabo racf.on deI ques o. Edlto nal.
balho. Foi dete rminada igualmente a com­ le rende ment de la fabric ation et la stan­ Acrib ia, Aptdo. 466, Zaragoza, Espa nha,
mente no rendi mento da fabricação . De dartisation du produit fini . Lés chiffres au
de
acordo com nossas conclusões, as varia­ posição do leite e soro, na fabricação dos lait 1 27 p.
transition de chaque comp osan t "du

arvoredoleite.org
ções nestas 'perdas parecem estar em função queijos mencionado s .
digitalizado por
12 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do Revista do ILCT NOVEMBRO- DEZEMBRO DE 1979 Pág. 13

50,00 7 . Pien, J. (1 975), Étude de la détermina­


SIl,O tion du rendement des fabrications fro­
magêres. La TeChinique Laitiêre 30
49.50
-g; � � a g !l � l2f � � �1 (854): 9.
� � ;:f ;:f ;:f :;r ti' .� !Í � d'
8 . Spreer, R. (1 975), Lactologia Industrial
Editorial Acribia, Zaragoza, Aptdo. 466
- Espanha.
45,5 9 . Mansour, A. e Alais, Ch. (1 972) " Étude
du salage et de I'affinage du fromage
46,00
en saumure. Aspect biochimique: évo­
418,0 lution de la composition du fromage et
rendement. Le Lait 52 (51 8) : 5 1 5.
47,50
� (:! g '1:'1 :g o � � â :g
47.5
N

;f�;f .-t ::i;:f::f!i!i;r �r 1 0 . Perrot e Ulm (1977), Le salage des fro­


47,00
mages. Revue des ENIL n.o 21 : 23.

1 1 . Mansur-Furtado, M. (1 974), Métodos pa­


.

ra padronização> da gordura no extrato


seco do queijo. Revista do ILCT 30
(1 82) : 7.
1 2 . Mansur-Furtado, M. (1 975), A Fabrica­
ção do Queijo Saint-Paulin no ILCT. Re­
vista do ILCT 30 (1 78): 3.

45,00
AGRADECIMENTOS
44,50
Os autores agradecem aos técnicos Ita­ R. 415 - 6.0 ando - CEP 01243 - São Paulo
Sergipe,
44,5
mar Klechen e 1 I 0i Wassen pela colabora­ _ SP _258.9238 - Telex D.a (011) 24983
Tel.
ção prática na realização do trabalho e ao FABRICA E DEPTO. "TEFLON"
44,00
44,0 Prof. Dr. Theodore Hedrick pela valiosa dis­ R. Alves Guimarães, 519 - (Pinheiros) - CEP 05410
_ São Paulo - SP - Tel.: 881.9204
cussão do manuscrito.
43.50

43,0

42,5
43,00

42,50
I I n� ú s t ri a s R e uni � a s f a � u n � e s H � tt � S. A.
"Estamparia Juiz de Fora"

42,00
"'
"

41,50

41.5

41,0
Latas de todos os tipos e para todos os fins.
40,50
Cartazes e artefatos de fôlha-de-flandres
40,5
8 M�quinas para fechamento de latas, Pestaneiras,
" '" "
v ", '"
40,00 oi ai ai
40,0
carretilhas, placas, etc.

.39.5 Embalagem resistente a ácidos e álcalis

.39,00
39,0 Rua Francisco Valadares, 108 - Telefones: 212-1790 - 211-9878
Endereço Telegráfico "IRFAN" - Juiz de Fora - Minas Gerais

digitalizado por arvoredoleite.org


Revista d o ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 97 9 pág . 1 5
Pág. 1 4 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 97 9 Revista do ILCT

KNOWHOW ISOLAMENTO DE LACTOBACILLUS BULGARICUS E


STREPTOCOCCU S THERMOPHILUS
MÁQUINAS A PARTIR DE IOGURTE DE MERCADO
E Isolation of L bulgaricus and S. thermophilus
EQUIPAMENTOS from Commercial Voghurt
PARA ... José Mauro de Moraes (*)
INO .LATICíNIOS, BEBIDAS E ALIMENTAÇÃO.

Lucimar A. S. Passos (U)

FABRICAÇÃO PRÓPRIA DE: ISOLAMENTO DE LACTOBACILOS


I . INTRODUÇÃO •

PASTEURIZADORES DE PLACAS
RESFRIADORES DE PLACAS Utilizando-se métodos convencionais de Inocularam-se as amostras em CaldO Ro­
TANQUES ISOTÉRMICOS isolamento, foram separados os microrganis­ gosa. Incubou-se a 450C/48 h. A seguir, a
mos básicos do iogurte, S. thermophilus e partir deis tubos que apresentaram cresci­
TANQUES DE PROCESSO L. bulgaricus dos contaminantes normalmen­ mento fez-se coloràção de Gram, verifican­
BATEDEIRA MODELO pAASCH & SILKÉBORG- te presentes no produto comercial. do-se a pureza da cultura em termos de ba­
BATEDEIRAS TOP ATÉ 3200 L DE ACO As indústrias de laticínios que se dedi­ cilos longos, finos, ocorrendo isoladamente
. INOXIDÃVEL cam à produção do iogurte, necessitam fre­ ou e m pares, geralm'ente Gram_ +.
DESODORIZADORES DE CREME quentemente de renovar suas culturas, ou Transferiu-se para Agar Rogosa por meio
BOMBAS CENTRíFUGAS SANITÃRIAS mesmo recombiná-Ias a fim de obterem pro­ de estrias na superfície do meio sólido. In­
FILTROS, CONEXÕES, FORMAS DE AÇO INOX.PARA QUEIJOS ETC. dutos com determinadas características. cubou-se a 45°C, no interior de Jarra "BBL
A combinação .de diferentes estirpes de 6041 0 GASPAK ANAEROBIC SYSTEM" por
L. bulgaricus e S. thermophilus permite con­ 48 h.
PAINÉIS E CONTROLES AUTOMÁTICOS seguir iogurte com maior ou menor produ­ As colônias de L. bulgaricus apresenta­
ção de acidez, aroma ou retenção de soro. ram-se lisas, 1 -3' mm de diâmetro, não pig­
A metodologia empregada permitiu o iso­ mentadas, branco amareladas, brilhantes.
lamento e a identificação destes microrga­
_

As colônias características foram então


nismos a partir do iogurte comercial ou de transferidas para Caldo Rogosa, incubadas a
culturas m istas. 450C/24-48 h e os tubos positivos foram ino­
Introduzindo-se pequenas modificações culados em Agar Rogosa, como na fase -an­
nesta metodologia será possível o isolamen­ terior.
to e identificação de L. bulgaricus e S. ther­
mophilus a partir de leite cru, queijos e As colônias típicas de L. bulgarlcus fo­
PROJETOS DE ENGENHARIA outros produtos que possam contê-los. ram então transferidas para leite' esteriliza­
zado (12% S.N.G.) arlicionado .de 1 % 'de ex­
Com o desenvolvimento de uma tecnolo­
COMPLETOS PARA LATICíNIOS gia de isolamento e identificação de cultu­ trato de levedura D I FCO, para manutenção
e estudos de identificação.
REFRIGERACÃO ras láticas poder-se-á eliminar o ônus que

INDUSTRIAL'
as culturas importadas representam.
BOMBA 2MK 1 MÓVEL
-
• IDENTIFICAÇÃO DE L. bulgaricus
PI CREMES(ATÉ 45% SÓLlDOSJ 2. MATERIAL E MéTODOS
Efetuaram-se provas de fermentação de
• ISOLAMENTO açúcares sobre caldo M . R . S . de fermenta­
ção, utilizando-se os seguintes carbohidra­
As amostras de iogurte adquiridas no tos: arabinose, glicose, lactose, m altose, ma­
mercado (optou-se pelo produto natural) fo­ nitol, ramnose, sacarose, trealose.
ram inicialmente submetidas à coloração de Conjuntamente realizou-se- prova de cres­
Gram a fim de verificar-se a presença de cimento em meio a 2% e 4% de cloreto de
INDÚSTRIA MECÂNICA INOXILLTDA. bacilos e estreptococos característicos, bem sódio. Os testes em carbohidratos e cloreto
como de contaminações. de sódio' foram efetuados a 37°C/7 dias.
SEDE E FÁBRICA: RUA ARARY LEITE, 615 - VILA MARIA
CP. 14308 - CEP 02123 - TEL.: 291-9644
END. TELEG. - INOXILA - SÃO PAULO - BRASIL * Professor e Pesquisador da EPAMIG - DTA/ILCT.
** Ex-Chefe do Laboratório de- Controle de Qualidade e Ex-Professor da EPAMIG/DTN
TELEX - 1123988 - IMIL - B R
I LCT.

digitalizado por arvoredoleite.org


pág. 16 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1979 Revista do ILCT Revista do ILCT NOVEMBRO·DEZEMBRO DE 1979 Pág. 17

CARACTERíSTICAS DO L. bulgaricus foram inoculados em agar-vermelho QUADRO 111


- lactose - acetato de tálio, como
QUADRO I se anterior.
RESULTADOS DE PRODUÇÃO DE ACIDEZ (00) POR CULTURAS ISOLADAS DE
As colônias típicas de S. thermophilus
foram então transferidas para leite esteriliza­ Lactobacillus bulgaricus
NaCI 4% - do (1 2% S.N.G.) adicionado de 1 % de ex­ TEMPO DE C U L T U R A
trato de levedura D I FCO para manutenção INCUBAÇÃO
e estudos de identificação.
NaCI 2% +
A5 B5 C5 G5 H5 M5 V5
IDENTIFICAÇÃO DE S. thermophilus O h 19 19 19 19 19 19 19
1 h 20 22 20 20 20 22 20
SACAROSE - Efetuaram-se provas de limite de cresci­ 2 h 26 26 26 26 24 26 24
mento a 450C sobre caldo-Ievedura-glico­ 3 h 48 52 44 46 44 38 40
se-extrato de carne, fermentação de malto­ 4 h 64 72 62 70 60 62 56
re sobre caldo M . R . S . e crescimento em 5 h 86 1 02 92 86 78 1 02 80
RAMNOSE
caldo M.R.S. contendo 2% de cloreto de só­
-

6 h 1 02 1 06 1 08 98 98 1 08 96
dio. O tempo em que as culturas foram man­
tidas incubadas para o teste <le crescimento
MANITOL -
a 45°C foi de 48 h. Para o teste de fermen­
tação de maltose foi 7 dias, bem como para
o teste de crescimento em meio a 2% de Os dados referem-se à culturas inocula­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MALTOSE - cloreto de sódio. A temperatura de incuba­ das na proporção de 1 % em leite contendo
ção para teste de fermentação de maltose e 1 2% de S.N.G . . 1 . BERGEY'S MANUAL OF DETEMINATIVE
para o teste de crescimento em cloreto dI> BACTERIOLOGY. 8. edi . Baltimore, The
sódio a 2% foi 37°C.
-
CONCLUSÃO Williams Et Wilkins Company, 1 974.
LACTOSE + 1 .268 p. il.
CARACTERíSTICAS DO S. thermophilus É possível isolar, identificar e manter cul­
turas de L. bulgaricus e S. thermophilus pa­ 2 . DEMETER, K. J. Lactobacteriologia. Za­
GLlCOSE + ra uso em indústrias de laticínios. ragoza, Espana, Editorial Acribia, 1 969.
QUADRO 11
Ficam condicionadas certas facilidades 331 p. il.
para os laboratórios de indústrias com infra­ 3 . HARRIGAN, W. F. & McCANCE, M. E.
ARABINOSE -
CRESCIMENTO A 45°C + -estrutura e equipamentos de rotina para Métodos de laboratório em Microbiologia.
bacteriologia, além de pessoal técnico espe­ Leon. Espana, Editorial Academia. 1 966.
cializado para esta função. 426 p.
FERMENTAÇÃO DE MALTOSE A alternativa de utilizar-se este recurso 4 . E. MERCK. Manual de Microbiologia. Bar­
ISOLAMENTO DE S. thermophilus para obtenção de culturas, ·daria à indústria,
celona, s. d. 458 p.

maior versatilidade e independência em ter­


As amostras foram inoculadas em caldo­ mos de culturas láticas, além de uma tecno­ 5 . MARTINS, J. F. P.; VIANA, W. O. & SAN­
-vermelho neutro-Iactose-acetato de tálio. CRESCIMENTO EM NaCI A 2% TOS, D . M . Culturas Láticas; implante
logia a n ível de, laboratório capaz de lhe
Incubou"se então a 37°C/48 h. Fez-se colo­ permitir conhecer com mais detalhes os mi­ programas de manutenção e distribuição.
ração de Gram naqueles tubos que apresen­ crorganismos com que conta no seu dia a Boletim do Instituto de Tecnologia de Ali­
As provas mencionadas no quadro 2 per­ dia. mentos. (49): 59-74, jan/fev. 1 977.
taram crescimento, verificando-se a pureza
da cultura em termos de estreptococos, nor­ mitiram a identificação do S. thermophilus
malmente' em pares ou pequenas cadeias, devido às suas peculiaridades de crescer
Gram +. bem a 45°C, não fermentar maltose e não

Transferiu-se para agar-vermelho neutro


crescer em meio a 2% de cloreto de sódio, NOVOS PREÇOS DA REVISTA DO ILCT
que o diferenciam dos demais estreptoco­
- lactose acetato de tálio por meio de es­
trias na superfície do meio sólido. Incubou­ coso Assinatura da Revista do ILCT : 1 ANO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CrS 1 80,00
se a 37°C/48 h. 2 ANOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CrS 350,00
RESULTADOS
As colônias de S. thermophilus apresen­ Anais dos Congressos de Laticínios (De 1 976 a 1 979)
taram-se pequenas, vermelho escuro, rodea­ Os métodos utilizados permitiram o iso­
lamento e a identificação dos microrganis­ Anais do 3.0 Congresso Nacional de Laticínios - 1 976 - CrS 1 50,00
das de uma zona clara, onde o ácido produ­
zido dissolveu o carbonato de cálcio presen­ mos básicos do iogurte: L. bulgaricus e S. Anais do 4.° Congresso Nacional de Ládcínios - 1 977 -
CrS 250,00
te no meio. thermophilus em todas as amostras testadas,
Anais do 5.0 Congresso Nacional de Laticínios -
1 978 - CrS 300,00
em número de sete. As culturas de L. bul­
As colônias características foram então Anais do' 6. ° Congresso Nacional de Laticínios - 1 979 - CrS 300,00
n ovamente transferidas para caldo-verme­
garicus apresentaram os seguintes resulta­
lho neutro - lactose - acetato de tálio, in ­ dos, expressos em termos de graus Dor­
cubadas a 37°C/24-48 h e os tubos positivos nic (OD).

digitalizado por arvoredoleite.org


Revista do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 97 9 Pág. 1 9

OTIMIZA
. ÇÃO DO PROCES SO' PILOTO PARA. PRODUÇÃO
. DE PENICILLlUM GLAUC uM ' EM LABORATÓRIO
Optimization of the Piloi Process
to Produce Penicillium Glaucum
Sérgio Casadini Vilela (*)

Não Em matéria de trocadores selecionados sob a forma de suspensões em


tanques para uso em INTRODUÇÃO
de calor a placas, pó ou' de comprimidos que pudessem ser es­
indústrias de lacticínios separadoras com ejeção tocados por um período de tempo considerá­
Na elaboração de queijos Tipo Roque­
e alimentíCias em geral, de sólidos e outros fort, Gorgonzola, recorre-se ao uso dos cha­ vel e que mantivessem fixada a atividade da
nossos produtqs são equipamentos que mados cultivos fúngicos . Trata-se do Peni­ cultura.
sempre· a melhor trazem a marca cillium glaucum, fungo de coloração esver­ Em 1 955, CHARRET, L1DOVE e ESCAS­
solução A1fa-laval. deada que desenvolvendo-se no interior do SUT propuseram um método de cultivo e m
Dispomos de tanques queijo, e através da ação IipoHtica de, � uas meio composto d e farinha d e trigo ( 6 g ) e d e
de estocagem e de enzimas, h idrolizam a gordura em aCldos soro lácteo não desalbuminado (60 ml) acidi­
processamento graxos livres tais como caprílico e cápric�, ficado espontaneamente. até 70°0, aproxima­
horizontais e e estes finalmente em metil-cetonas, consti­ damente. O pão inoculado de fungo, após
e por sua eficiência, um períodO de incubação de 6 a 7 dias a
verticais, tuindo assim as características imprescindí­
somos os maiores veis ao produto. 20°C era dessecado a 40°C, em seguida era
fomecedores em todo ·com
'No Brasil, a cultura é encontrada na sua triturado ou moído para obtenção do pó.
o mundo de tanques de forma liofilizada e amplamente comercializa­ PULAY (1 958) ' verificou que as cultu­
processamento e de da pelos laboratórios; CHRI STIAN HANSEN ras não deveriam ser submetidas a uma tem­
e G. C. STARUP S . A . (Dinamarca), G. RO­ peratura de secagem superior a 50°C.
GER (França). A maioria de nossas indús­ Baseado em trabalhos conduzidos no
trias acredita não possuir recursos para a passado, desenvolveu-se no DTAjlLCT um
obtenção da cultura de uso comercial com processo prático e eficiente de preparaç�
as mesmas garantias da · cultura importada, de Penicillium g!aucum em pó q ue p udesse
despertando g rande interesse à produção na­ competir, ou mesmo, substituir a importância
cional através de pesquisa aplicada. de culturas liofilizadas já existentes.
capacidades de 250 até Em nosso meio, alguns processos d e
Pela experiência 120.000 litros e com os obtenção de cultivos e m 'Pães enri queci­ MATERIAL E METODOS
intemacional quase acessórios específicos dos e preparação de suspensões líquidas p a­
secular, pelos elevados para cada aplicação ra uso industrial já são empregados e co m Partindo-se de uma c ultura . pré-selecio- .
padrões de justificável sucesso. Isto se deve ao fato de nada de Penicillium glaucum, procedeu-se ao
Fale conosco-
que o uso direto de culturas importadas, im­ cultivo e ativação da mesma, a fim de se
plicaria ·em gastos relevantes devido ao pre­ obter o maior número possível de esporos
ço do produto somado às taxas de importa­ antes -de ser submetida ao processo de se­
ção. No entanto, o cultivo e preparação da cagem . Para tal, utilizou-se pão de centeio,
cultura de penicillium glaucum é bastante acrescido do meio de cultura proposto por
simples, p orém, exige em sua aplicação sé­ CZAPECK (1902-1 903) e DOX (1 91 0),
rias precauções. Além do mais, é necessário (MERCK art. n.o 5.460).
garantir a seIejvi�c;le e pureza da cultu­
ra, atividade de� inação dos esporos e fórmula ' e preparação do meio de cultura :
outros fatores'� .çófÍ1prometem a qualida­ (excluído o Agar)
de desejada nO"..'Produto. Estes riscos sem­
pre existirão, considerando , que serão ne­ Sacarose . . . . . . . . . . . . . . . . 4,00%
cessárias nova� repicagens da cultura toda Sulfato de magnésio . . . . . 0,05%
vez que se d�seja utilizá-Ia na elaboração Fosfato de potássio . . . . . . 0,1 0 %
de queijos. Cloreto de potássio . . . . . . 0,05%
Por esta razão, procurou-se substituir os N itrato de sódio . . . . . . . . . . 3,30%
processos de cultivo em pães por c ultivos Extrato de levedura . . . . . . 0,1 0%

* Professor do DTNILCT. - EPAM IG e Me mbro da Equipe de Pesquisadores da EPAM IG

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 20 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do ILCT
Revista do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 21

Esterilização em autoclave a 1 21°C/1 5 servação em temperatura ambiente e, ' após


DETERGÊN CIA E SANITIZAÇÃO DE ALGUMAS

Ib pol2 por 1 5 minutos. comparação dos resultados com as culturas


• Ajuste do pH para 3.8-4,0 com solução já existentes, foi possível comprovar a efi­

de Ácido tartárico 1 0 % .
Depois d e fracionados e m cubos de
ciênci a do método para a indústria de queijos
SOfisticados.
FÓRMULAS COMERCIAIS DE PRODUTOS DE LIMPEZA
1 cm, pesou-se num frasco Erlenmeyer
de 1 .000 ml, cerca de 1 30 g do pão des­ Após inoculações para a reativação dos PARA A INDÚSTRIA DE LATICíNIOS :;,
esporos da cultura dessecada, pode-se ve­
tinado ao cultivo. Em seguida o ·material foi
esterilizado em autoclave a 1 000C/60 mino
rificar um crescimen to exuberante no mesmo
substrato, em apenas 5-6 dias. Inoculados e m
Detergency and Sanitization Power of some Commercial
Preparou - se u ma suspensão da cultu ­
ra pré-selecionada de Penicillium glaucum
queijos, obteve-se excelentes resultados, con­
seguindo -se perfeito crescimen to do Peni­ Formulae Available for the Dairy Industry
no meio (líquidO) proposto. Procedeu-se a cillium giaucum com desenvolvimento de to­ Otacílio Lopes Vargas *':'
inoculação transferindo a suspensão recém­ das as suas características. Miriam Aparecida O. Pinto ***
-preparada para o frasco contendo o pão
previamente Esterilizado, tendo-se o c uidado nutos através de circulação turbulenta, 1 5
de fazer uma distribuição homogênea do CONCLUSÃO INTRODUÇÃO :
Por razões de ordem sanitária, o empre­ minutos com o auxílio de escovas e 3 0 mi­
inóculo. nutos através de j atos ou esguichos;
.os fungos, em geral, requerem am­ O processo para produção de pó ativo de go de tubulações inteiriças, através de sol­
bientes aeróbicos para seu desenvolvimen­ P. glaucum pode ser adotado por qualquer das e de eliminações das conexões desmon­ ( 1 1 1) Enxague com água industrial à tem­
to, o que dificilmente ocorreria se os p ães indústria de laticínios empenhada na fabri­ táveis, foi duramente criticado em 1 951 . Entre­ peratura de 55°C;
fossem umedecidos em excesso resultando cação de queijos maturados com· fungos . Es­ tanto, sabe-se que tais tubulações inteiriças (IV) Enxague com água industrial à tem­
na formação de um bloco compacto. te experimento permitiU o desenvolvimento podem resultar em u ma redução dos focos peratura de 1 0°C;
Vedou - se o Erlenmeyer (rolha de algo­ do processo de obtenção e conservação da persistentes de contaminações microbianas (V) Enxague com água industrial à tem­
dão), deixado a 1 2-1 4°C por um período de cultura por longo tempo, sem técnicas sofis­ (Hal! et aI., 1 971). Historicamente, em qual­ peratura de 55°C;
1 6 a 1 8 dias, ao fim do qual poderia ser ob­ ticadas e a custo muito baixo, facilitando quer tipo de circuito tubular, os procedimen­ (VI) Detergência ácida utilizando uma so­
servado abundante crescimento do fungo na assim seu uso por indústrias de laticínios tos de limpeza adotados pela i ndústria têm lução a 0,5% (p/v) a 55°C, durante 20 mi­
superfície e no interior do pão. de médio e grande porte . sido executados e/ou administrados por pes­ nutos através de circulação turbulenta, 7
A secagem foi realizada em estufa con­ soal carente de conhecimentos fundamen­ minutos com o auxílio de escovas e 1 5 mi­
trolada rigorosamente a 40°C por 72 horas. tais sobre limpeza e sanitização química. Es­ nutos através de jatos ou esguichos;
Após a secagem, procedeu-se a moagem to­ BIBLIOGRAFIA ta operação de limpeza pode variar bastan­ (VII) Enxague com água industrial à tem­
mando-se o éuidado de evitar uma elevação te em superfícies de diferentes materiais em­ peratura ambiente;
de temperatura superior a 60°C em função - Hussog, R . V . e B . N . Hammer (1 935) pregados n a construção de máquinas e equi­ (VI I I) Sanitização com uma solução de hi­
do atrito. O que possibilitaria a destruição "The preparation of mold .powder for blue pamentos. Como aditivo a este problema, poclorito de sódio (12% cloro dispon ível) a
de um grande número de esporos através do veined cheeses" J. Dairy Science, 1 8 : 599 ocorre, aparentemente, falta de adequação 0,2% (v/v), em água industrial ajustada na
rompi mento do micélio. Por isto, sugere-se áas fórmulas comerciais de detergentes aos faixa de pH 5,0 - 6;0 à temperatura de
uma moagem ou trituração lenta e cuidado­ - Pulay, G. (1 959) Determination of the processos e às temperaturas utilizados du­ 20°C, durante 1 5 minutos.
sa. O' pó obtido é envasado hermeticamente Opti mum Drying Temperature in the Prepara­ rante a marcha de limpeza. Foster et aI., Esta marcha de limpeza e sanitização se
em frasco âmbar, logo após a moagem e tion of Mould Powder in Particular Roque­ (1 964) estabelecem três princípios básicos aplica às lavagens qu ímicas, incluindo os
acondicionado em quantidades suficientes fort Mould Powder XV International Dairy para a limpeza de uma superfície metálica: equipamentos industriais utilizados pela in­
para uso de uma só vez em cada lote' de fa­ Congresso 2: 736 (I) remoção física da maioria dos microrga­ dústria de alimentos. Entretanto, a sua ado­
bricação de queijo. nismos e eliminação de qualquer fonte nutri­ ção íntegra não . assegura a li mpeza efetiva
fal processo desenvolveu-se em ambien­ - Malheson, K . J . (1919) U . S . Dep. of Agr. tiva que 'possa vir a suportar crescimento de destes e qui·pamentos. A eficiência da 'Iimpeza
te segurame nte asséptico e de baixa umida­ Buli 970 . contaminantes residuais; ( 1 1) prevenção do e da sanitização industrial depende, e m pri­
de relativa, permitindo assim assegurar maior cresci mento microbiano através da secaga:n meiro plano, das características do deter­
período de conservação da cultura. - Orla-Jensen (1 931 ) Dairy Bacteriology, das superfícies; (111) destruição de contami­ g·ente e do sanitizante utilizados. Estas carac­
London, 1 57 nantes · residuais através CIo e mprego de mi­ terísticas são essenciais e foram indicadas
RESULTADOS crobicidas químicos ou através da aplicação por Hi pkins (1 976) como de ( I) natureza
- Babad, J. & Turner-Graff, R (1 953). Int. de calor. Assim, de acordo com estes prin­ qu ímica através da qual os produtos quími­
O pó obtido apresentou-se com um teor Dairy. Congr., The Hague 3: 1 1 76 CípiOS, qualquer processo de limpeza e sa­ cos de limpeza são capazes de solubilizar
de umidade de 4,0% e um número de espo­ nitização de e.quipamentos de laticínios deve ou dispergir as incrustações das superfícies
ros da ordem de 1 2 x 1 08/g. - Furtado, M . M . 1 976 Roquefort - Adap­ seguir o seguinte roteiro fundamental : e ( 1 1) os chamados agentes "molhantes" são
As amostras permaneceram por um pe­ tação da Tecnologia para Queijo Azul. Anais (I) ' Enxague com água i ndustrial a 40 "'C capazes de reduzir a tensão superficial da
ríodo de aproximadamente 2 anos sob ob- do 1 11.° Congresso Nacional de Laticínios. 51 durante fo minutos para remoção dos resí­ solução fazendo-a mais penetrável nas in­
duos orgânicos em superfícies; crustações e, por conseguinte, promovendo
(11) Detergência alcalina utilizando uma u ma rápida remoção. Os detergentes moder­
solução a 1 % (,p/v) a 60°C, durante 40 mi- nos utilizam ambos os princípios relaciona-

* Trabalho solicitado pela i nstrução de ser viço n.O 1 0/79 do Chefe do DTA datada de
1 8/05179.
,�* Professor e pesquisador do DTNILCT/ EPAMIG

arvoredoleite.org
*** Técnica em Laticínios e auxiliar de Pes quisa.
digitalizado por
Revista do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 . Pág. 23
Pág. 22 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do ILcr

010-2 - Detergente especl i lco para li mpeza PC-6 - Sem qualquer especificação do fa­
dos e visam a obtenção segura de ótimos re­ De acordo com as recomendações de al­ bricante.
sultados. guns dos fabricantes, os produtos analizados manual. Limpeza manual de latões,
são próprios para as seguintes operações de balanças e tanques de recepção, ca­
. Neste trabalho a li mpeza de equipamentos minhões tanques, tanques de esto­ MSK-5 - Detergente alcalino leve, para lim­
de laticínios foi considerada sob três aspec­ limpeza : peza e sanitização, utilização em
cagem, bombas de transferência, tu­
tos: (I) li mpeza manual; (11) li mpeza por cir­ -bulações, conexões, válvulas, cen­ li mpeza manual, clorado.
culação fechada com controle manual e (1 11) DB-1 - Li mpeza manual de tanques, pa­
dronizadoras, desnatadeiras e todo trífugas, caminhões de entrega, pi­
limpeza por circuito fechado com controle sos, paredes, etc. MSK-a - Detergente alcalino pesado, para
automático. Esta divisão é consistente com o equipame nto e utensílios na in­ li mpeza por circulação, não clora­
aquela proposta por Hipkins (1 976) . Neste dústria de laticínios. do. Limpeza por circuito fechado,
010-3 - P,roduto para limpeza alcali na por
contexto, define-se como detergência o ato método de circulação. Remoção de por controle automático.
de remoção física da matéria orgânica cons­ DB-2 - É um composto em pó, específico
,gorduras e componentes orgânicos
tituinte das incrustações nas superfícies e para a fase alcalina de limpeza por MSK-7 - Detergente ácido para limpeza por
da pedra do leite formada nos pas­
sanitização o emprego de um bactericida ci rculação, dos pasteurizadores, tu­ circuito fechado, com controle au­
teurizadores, evaporadores ou qual­
para obtenção da esterilização das superfí­ bulações e m laticínios. tomático.
quer outro equi pamento de aço
cies. Formalmente, a potência de um desin­ inoxidável que utiliza alta tempera­
fetante deve ser determi nada sob condições DB-3 - É um produto líquido concentrado, b) Teste de Remoção de Depósitos :
biodegradável, para a limpeza me­ tura no processamento do leite.
padronizadas e os resultados expressos pelo
coeficiente de fenol (Davis e Dulbecc, 1 973), canizada de tanques, tubulações e Para avaliar as fórmulas comerciais de
unidades complexas de processa­ 010-4 - Lavagem de latões e recipientes detergentes quanto à capacidaqe de remoção
entretanto, a avaliação do poder desinfetan­
mento de leite. plásticos em máquinas de lavar a de depósitos de proteínas, adotou-se os
te de detergentes apresenta problemas dis­ jato. Lavagem de latões de leite,
tintos. Os detergentes podem aderir às bac­ princípios estabelecidos por Burton (1 961 ) .
DB-4 - produto para a lavagem de latas de caixas plásticas para o transporte A deposição de proteínas do leite desna�ad? ,
térias exercendo um efeito bacteriostático
leite. É um detergente líquido for­ de leite empacotado, formas de em u ma superfície de troca de calor fOI SI­
que 'pode mascarar o efeito bactericida no queijo e outros recipientes em má­
seu sentido estrito. mulado para o uso em máquinas mulada em uma coluna de aço inoxidável de
automáticas de lavagem de latas de quinas de lavar a jato. 3,5 espirais de aproximad amente 7 c m . de
Este problema só pode ser superado
quando compostos neutralizantes são incor­ alumínio, ferro estanhado ou aço 0 10-5 - Produto para li mpeza ácida pelo diâmetro constituída de um tubo contmuo
porados no meio de cultura empregado. inoxidável, utilizados como e mbala­ método de circulação. Remoção dos com co �tura de a mm de diâmetro externo
gem de leite. Este produto pode ser componentes inorgânicos da pedra e 96 cm de comprimen to. Esta coluna pos­
Além disto, o poder de qualquer desinfetan­
te é sensivelmente reduzido pela presença automaticamente distribuído e con­ de leite formada nos pasteurizado­ sibilitou a formação de depósitos sobre uma
trolado através do sistema de con­ res, evaporadores, ou qualquer ou­ área de 241 cm2• Inicialmente, a coluna foi
de material i ncrustado. Assi m, por exemplo,
trole Diversey Divomatic A ou Divo­ tro equipamento de aço inoxidável completamente limpa em uma solução de
a determinação do teor de Cloro disponível
matic B, dependendo do tipo da má­ que utilize alta temperatura on p.ro­ ácido clorídrico a 1 0% (v/v), a aO.Dc e du­
não seria por si somente, um bom indicativo
quina. cessamento do leite. rante 20 minutos. O escurecimento formado
da qualidade sanitizante do produto comer­
foi removido manualme nte. Em seguida, a
ciai "Hi poclorito de sódio". Além do mais, a DB-5 - É u m produto líquido, ácido, espe­
PC-1 - Desodorante de ambiente com ação coluna foi limpa em hidróxido de sódio a
variedade dos componentes bactericidas cialmente formulado para a remoção
germiCida e bactericida; produto 1 % (p/v), a aO.Dc e durante 2? minutos: Fi­
e/ou bacterisotáticos ativos presentes nos da pedra de leite e outras incrusta­ vários enxágues em agua destilada
anti-alérgico, indicado para utiliza­ zeram-se
produtos comerciais, exige a utilização de ções em utensílios e equipamentos
ção em hospitais, escritórios e ci ­ antes da i mersão da coluna em 700 ml de lei­
um método biológico direto. de laticínios; tratamento periódico nemas. te desnatado "Molico" (Companh ia Industrial
O escopo deste trabalho está relacionado de formas de presunto, outros reci­ e Comercial Brasileira de Produtos Alimenta­
com a necessidade do desenvolvimento de pientes e instrumentos de frigorífi­ PC-2 - Detergente bactericida e germicida res) reconstituído a 1 0% �p!V) e .contido em
métodos diretos para a avaliação de deter­ cos. É empregado em aplicações 'de amplo espectro, atuando sobre um beacker de 1 000 ml. Neste conjunto o
gentes e sanitizantes, que se aplicam à in­ si milares em cervejarias, engarrafa­ organismos Gram-positivos e nega­ leite ou a s!)lução em teste foram agitados
dústria de alimentos. Para o estudo da remo­ doras e indústrias alimentfcias em tivos; indicado para utilização em por um modelo "Contrac" 1000 (Fanem Ltda:)
ção de depósitos de proteína de leite desna­ geral. hospitais, in.dústrias alimentícias e ajustado para o ponto de velocidad e mínima.
tado fez-se a aplicação do método publicado desinfecção de roupas ou de apa­ As subsequentes lavagens da coluna foram
por Burton (1 961). Para avaliação do poder DB-6 - É um poderoso esterilizante . líquido relhos sanitários. conduzidas com o auxílio de escovas e por
sanitizante de produtos comerciais, utilizou­ para UEO nas i ndústrias alimentícias, i mersões em Eolução de hidróxido 1 % (p/v)
se diluições sucessivas em tubos de ensaio especificamente recomendado na PC-3 - Desengraxante i ndustrial i ndicado a aODc. A formação e deposição de proteí­
através de exposição durante 15 minutos. esterilização final de utensílios, tan­ para siderurgia, atividades petro­ nas incrustadas na coluna foi conduzid a pe­
ques, tubulações e outros equipa­ líferas, naval e automobilística. la oassagem de vapo,r de água, produzido
mentos. po r u ma panela de pressão comum (Clock
MATERIAIS E MÉTODOS : . PC-4 - É um produto neutro indicado para de 4,5 litros), com o auxílio de conexões tu­
010-1 - Detergente desinfetante alcalino a li mpeza de aço inoxidável como bulares de borracha. O beacker contendo o
a) Amostras : clorado. Limpeza de desinfecção do desagregante de películas incrus­ leite reconstituído ou a solução em teste
conjunto de ordenhadeiras mecâni­ tadas. foi colocado em u m banho-m aria (Fanem
Os produtos comerciais analisados neste cas, resfriadores, caminhões tan­ Ltda) a 62DC imerso com água até a marca
trabalho são os constantes da lista seguinte. que, tanques de estocagem, con­ PC-5 - É biodegradável e anti-alérgico; in- de 550 ml. A partir da fluência de vapor na
Quatro firmas participaram cedendo amos­ dutos, cLrcuitos da empacotadora . dicado para li mpeza de vidros e extremidade da borracha tubular de saída
tras para a presente avaliação, e foram co­ de leite, etc., pelo método de cir­ . louças. anotou-se o tempo padrão de 40 minutos, o

arvoredoleite.org
dificadas com as iniciais DB, 010, PC e MSK. :culação.
digitalizado por
Pág. 24 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1979 Pág. 25
Revista do ILer Revista do ILCT

suficiente para formação. de depósito para a UI) Li mpeza por Circuito Fechado com gem com sistema de esguichos e siste­
rante 30 segundos de agitação variou de
condução do teste. A temperatura do leite O - 1 0. Como informações complementares Controle Automático (Capacidade de remo­ mas de ordenha mecânica ).
permaneceu inalteravel mente em 830C (± I). anotadas na Tabela 1 1, foram incluídas as de­ ção e pH; Tabela 1 1): .d) Limpeza ácida por circuito fechado ou
terminações do potencial de óXido-redução 1) 010-3 aberto por controle manual ou automático
A coluna incrustada foi enxaguada em e observações sobre a capacidade espumí­ 2) 010-4
várias porções de água destilada. O teste (inclui lavagem ácida com qualquer deter­
gera. A Tabela 11 demonstra a relação exis­ 3) HIDRÓXIDO DE SÓOIO gente desta natureza para remoção de
de remoção foi conduzido utilizando-se por­ tente entre a capacidade de remoção e pH 4) 08-4
ções de 1 000 ml das soluções dos detergen­ incrustação de persistentes).
em uma solução a 1 % (p/v). Os decrésci­ 5) MSK-8
tes a 1 0 g/I, em um beacker de 1 000 ml e mos de pH foram acompanhados por relati­ e) Esterilização ou Sanitização final (inclui
sob condições similares àquelas da formação vos decréscimos das capacidades de remo­ IV) Limpeza Final por Circulação ácida qualquer emprego de sanitizante que vise
do depósito. Somente a temperatura do de­ ção para os diferentes detergentes. Os de­ (Baixo pH, sem espuma e baixo p . o :r . ; Ta­ obter esterilização final, seja ela pelo pro­
tergente foi previamente ajustada para 610C tergentes alcalinos fracos apresentaram bai­ bela I C) : cesso químico, por aplicação de calor ou
e o tempo de remoção foi fixo em 1 0 minu­ xo poder de remoção e, frequentemente, di­ pelo processo de "spray".
tos. Duas amostras da solução do deter­ 1 ) 010-5
ficultaram a ' remoção mecânica após a con­ 2) 08-5
gente foram reti radas. A primeira antes da dução do teste. O 'poder sanitizante de sete 3) A Comissão sugere, p:=u a as divisõ� s
remoção e a segunda él!pÓS os 1 0 minutos de 3) MSK-7
produtos comerciais estão demonstrados na propostas no item 2, a segUl !1te ordem pn­
remoção. Estas amostras foram diluídas 1 :1 0 Tabela 1 1 1. Foi observada uma relação com­ , para os pro­
meira de qualidade de aplicaçao
para possibilitar a determinação d e proteí­ V) Sanitizante para Esterilização Final por
posta entre a capacidade espumígera, po­ circu lação fechada (Poder sanitizante, Tabe­ dutos comerciais testados :
nas pelo método de MiJler (1 959). Para de­ tencial de óxido-redução e o poder saniti­
terminação de proteínas pelo método de la 1 1 1.
zante para os vários produtos comerciais. a) 08-1
MiJler (Lumetron Colori meter modelo 401 A) Aparentemente, uma alta capacidade espu­ b) 0 10-4
a 650 nm, fez-se uma curva padrão (O - 200 1) 08-6, MSK-6
mígera foi capaz de proteger as células mi­ 2) PC-2 cl 0 10-3
.ug/ml) de 'Y - globulina (Lederle Laborato­ crobianas contra o e:eito do potencial de d) 0 10-5
ries Division - Cyanamid Ouímica do 8rasil 3) 010-1
óXido-redução proporcionado pelo saniti­ e) 08-6 e Hipoclo rito de sódio com
Ltda). O desvi o padrão calculado para n= 9 zante.
CONCLUSÃO : 1 0-1 2% de cloro dispon ível
foi de 0,024 g/I para o método de determina­
ção de proteína e 0,1 51 g/I para o teste de Apenas três produtos ácidos de li mpeza 4) A Comissão também sugere uma for­
remoção. foram apresentados para análise. A capaci­ Com base nas informações técnicas dis­
ma de convênio ou contrato, dando ao em­
dade de remoção ácida de incrustação não poníveis e nos dados coletados durante es­ preendimento de laticínios o direito e a pre�­
c) Avaliação do Poder de Sanitização : foi avaliada por li mitações ' do método ado­ te trabalho, a Comissão instituída pela Ins­ rogativa de anulação do acordo, caso haja
tado para determinar proteínas. Este baseia­ trução de Serviço n.o 01 0/79 da Chefia do .
ocorrência de variações nítidas nas formu­
Para avaliar o 'poder de sanitização foram
utilizadas uma cultura Gram-negativa (Es­ se na áeterminação da proteína em função do Departamento de Tecnologia de Alimentos las comerciais dos produtos, variações estas
oherichia coli 0-001 ) e uma cultura Gram­ seu conteúdo de TRP, TYR e HIS, natural­ OTAlEPAM IG, faz as seguintes recomenda­ responsáveis por alterações significativ�s
positiva (Staphy/ococcus aureus 1 00 A). Es­ mente componentes de todas as proteínas ções : nos resultados de cinco testes de remoça0
tas culturas foram ativadas durante 1 8 ho­ encontradas em fluídos biológicos. Como 1 ) A aquisição de no máximo cinco pro­ �u de três testes do poder sanitizante.
ras em Caldo-Lactose (Extrato de carne 3 estes aminoácidos são facil mente destruí­ dutos básicos de limpeza e sanitização que
g; Peptona de caserna 5 g e Lactose 5 g, dos em soluções ácidas, o estudo da remo­ se aplicam à higienização de equipamentos 5) A Comissão sugere para o fornec i­
pH = 6,9). A concentração de células foi ção ácida não foi possível . e utensílios industriais de laticínios, além de mento de detergentes e sanitizantes um. pe-
padronizada para 0,40 D . O . (Lumetron Colo­ promover uma possível redução de custos, ríodo máximo de um ano.
rimeter) a 580 nm. De uma mistura 1 :1 (v/v) Este estudo sugere, c o m base nos resul­ pode permitir uma melhor eficiência e maior A utilização de detergentes/desinfetant�s
composta pelas duas culturas, porções de tados apresentados e na divisão de catego­ padronização dos métodos adotados em la­ em combi nação direta, apesar de ser ?onsl­
0,1 ml foram inoculadas nos tubos de en­ rias propostas por Hipkins (1 976), a segun­
ticínios; derada compatível, pode provocar � ! I?era­
saio (1 5 X 1 50) contendo diluições logarít­ te ordem de qualidade e de apropriação : ção de gases tóxicos além da possib ilidade
micas dos produtos sanitizantes em 9 ml de 2) A aplicação racional de produtos co­ de propo rciona r reduzidos poderes de de­
meio basal de Skerman (1 967). O tempo de I) Limpeza Manual com Proteção por Lu-
merciais de limpeza deve· ser relacionada tergên cia e sanitização (Cous ins: .1 977) Es­ • .

elOposição foi de 15 mi nutos. O plaquea­ vas (Capacidade de remoção e pH) :


com as seguintes divisões, quanto aos seus ta recom eridação se faz necessana par!lc � ­
mento foi feito em meios seletivos para
1) 08-1 respectivos empregos : larmen te para ' os sais quaternários de amo­
G ram-negativos (Levine E. M . 8 . AGAR) e
2) MSI(-5 nia para os compostos à base de . iodo e
para Staphy/ococcus (Staphylococcus Me­
3) 0 10-2 a) Limpeza manual com proteção de luvas pa;a os agentes ácidos d� molha gem. ��ste
e samtl��­
dium n.o 1 1 0).
4) PC-5 de borracha (inclui a limpeza de equipa-� modo o roteiro geral de limpeza �
mentos desmontáveis , de peças e limpe-. ção � presen tado n ? i n .ício _ deste relator �
RESULTADOS E D ISCUSSÃO :
1 1) Li mpeza por Circulação fechada com zas externas). propo rciona uma hlglem zaçao bastante efl
Controle Manual (Capacidade de remoção e b) Lmpeza 'por criculação fechada ou semi­ ciente e segura, em particu lar, se este ro­
ntes ue
A Tabela I demonstra algumas cãracterís­
pH; Tabela 1 1 ) : fechada com controle manual (inclui a la- ·· teiro for associado com deterg!l de qm­
ticas dos produtos analisados. Os 'produtos lavagem de formas e aprese ntem alto pode � de remoç a0
vagem de latões, . .
a!calinos foram divididos em alcalinos for­ 1) 0 10-4 tanques de estocagem). crustações. Este relatono sugere u.m estudo
tes e fracos, tendo sido esta divisão, li mita­ 2) 010-3 c) Limpeza . por circuito fechado com con­ econôm ico . compa rativo da capaCIdade de
d!fere.nt�s su­
da respectivamente pelos pH(s) 10 - 14 e 7 3) H I DRÓXIDO DE SÓDIO trole automático (inclui lavagem de pas- ' remoçã o de incrustações em
- 9 . 9 . A capacidade espumígera, medida 4) 08-4 CIP tubulações, ' tanques p?- : perfície s, .incluin do vidro, aç o moxldavel e
teurizadores, . .
·sm .cm de camada de espuma formada du- 5) MSK-8 de estoca- em materia is plástico s especia is.
ra transporte de leite, tanques

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 26 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979
Revista do (LeT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 27

':'. presente avaliação de detergentes e Oairy Industry J.


sanrtlzantes comerciais foi considerada in­ 29, (4) : 207-21 2 (a) Capacidade espumígera medida e m c m (LM) Lavagem manual, exigindo portanto o
compl\3ta porque não foi possíve l " a determi­ de camada formada durante 3 0 segundos auxílio de remoção mecânica por esco­
nação do índice de toxidez. O índice de toxi­ - OAVI�, B . O . e OULBECCO, R. (1 973) e m : de agitação em frascos de diluição; a vas.
dez ( I . T . ) foi definido por WEBB (1 966) co­ M/Crobiology; Steriliza tion and Oisin- ·" leitura foi feita após 1 0 minutos e os re­
mo a concentração crítica para inibir o cres­ fection, pp. 1 457-1458 (2nd edt.) Har­ sultados multiplicados por 2 (LA) Lavagem ácida -, a remoção não foi
ci mento do tecido dividido pela concentra­ per & Row, Publishe rs, Inc., New York (b) Capacidade de remoção das proteínas de
ção crítica para inibir o crescimento bacte­ leite desnatado em u ma coluna de aço <feita determinada por limitações do mé­
riano. - BURTON , H. (1 961 ) A Laboratory Method inoxidável. todo de determinação de proteínas.
for the Investigati on . of Milk Oeposits
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS : on Heat Exchange Surfaces, J . Oairy
Res. 28, 255-263
- HALL, C .W . ; FARRALL, A . W . ; RIPPEN, M ILLER, G . L. (1 959) Analyst. Chem. 31 TABELA 1 1 . Remoção de Depósitos de Proteínas de Leite em Coluna Tubular de Aço
' Inoxidável Área Total de 241 cm2" (a)
A . L . (1 971) Encyc/opedía of Food 964
Engineering, pp. 1 49-150, The AVI
Publishing Company. inc., Wesport, - SKERMAN, V . B " O . (1 967) A Guide to the
Connecticut. Identificatidn of the Genera of. Bac­ pH
teria, pp. 21 3-21 5 William & Wilkin s Classificação e Código Solução a 1 % (p/v) Massa Removida (b)
- FOSTER, E . M . ; NELSON, F . E . : SPECK, Co., Baltimore
M . L . ; OOETSCH, R . N . ; OLSON, J . C . - COUSINS, C . M . (1 977) Cleaning and De..:
(1 964) Dairy Microbiology, pp. 1 65-1 76, A - Alcalinos Fortes : 1 0-14 g/I
sinfection in Milk Production, J . Soco
:Prentice-Hall, Inc., Englewood Cliffs, Oairy Technol. 30, (2): 1 01 - 1 05
N.J. 01Q-4 1 2,25 1 ,483
- WEBB, F. C . (1966) Ingeniería Bioquímíca, 01Q-3 1 3,27 1,223
- HIPKINS, O . W . (1 976) The Economic Use Ip. 360 (Traducido por e l Losa, C . G . ),
of Oetergents and Sanitizers in the Editorial Acribia, Zaragoza NaOH 1 3,40 1 ,21 0 (c)
OB-4 1 2,05 1 ,1 45
TABELA I . Características Físicas e Químicas dos Produtos Comerciais de Limpeza e m
Solução a 1 % (p/v). MSK-8 1 3,05 1 ,1 32
OIQ-1 1 1,90 1 ,028
Classificação e Código pH Eh (25.oC) Capacidade (a) Capacidade (b)
(+) mV Espumígera OB-3 1 2,29 0,833
de remoção
OB-2 1 2,28 0,807
A - Alcalinos Fortes 1 0-1 4
NaOH 1 3,40 1 05 OB-1 1 1 ,93 0,806
° 1 ,210
01Q-3 1 3,27 112 ° 1 ,223
MSK-8 MSK-5 1 1,35 " 0,780
1 3,05 109 ° 1 ,1 32
OB-3 1 2,29 1 34 4 0,833 MSK-3 1 1 ,52 0,559
OB-2 1 2,28 227 4 0,807
01Q-4 1 2,25 1 49 6 1 ,483 PC-3 1 1,28 0,338
OB-4 1 2,05 1 42 2 1 ,1 45
OB-1 1 1 ,93 1 49 8 0,806
OIQ-1 1 1 ,90 570 10 1 ,028
MSK-3 1 1 ,52 544 B - Alcalinos Fracos : 7-9,9
2 0,559
MSK-5 1 1 ,35 584 6 0,780 PC-5 8,48 0,507
PC-3 1 1 ,28 270 8 0,338
01Q-2 1 0,80 326 10 -- (L . M.) PC-6 7,71 0,1 82
B - Alcalinos Fracos 7-9,9 PC-4 9,05 0,130
PC-4 9,05 325 4 0,130
PC-5 8,48 35a 10 0,507 MSK-1 7,82 0,050
MSK-2 8,43 334 8 -- (L. M.)
MSK-1 374 " ."
10
".
7,82 0,050
PC-6 7,71 41 6 8 0,182
C - Ácidos Fortes 4-0
MSK-7 2,42 764 4 (L . (a) Área de incrustação de proteína de leite tação forçada à temperatura de 62°C.
01Q':5
--

2,35 71 9 ° --
(L em pó desnatado; (c) Padrã.o de referência encontrado para
OB
.

2,28 725 4 -- (L . (b) Proteína de leite desnatado removida du­ hidróxido de sódio e m solução a 1%
rante 10 minutos, sob condições d e agi- (p/v).

digitalizado por arvoredoleite.org


...
Pág . 28 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979

E· STA.. E
Revista do ILCT

TABELA 1 1 1 . Avaliação do Poder Sanitizante de alguns Produtos Comerciais em Tubos


de Ensaios 15 X 1 50 mm, através de Diluições Sucessivas e Expo­
sições de 1 5 minutos.

A M AQ U IN A
""

Concentração M ínima
Necessária (a) C.E. Eh (25°C)
Código pH
(em X 2) (+) mV

Q U E E NVASA
S. aureus E. Coli

MSK-9 0,0001 0,001 0 O 51 9 9,25

O LE ITE
MSK-6 0,0010 0,0010 O 694 1 0,78

08-6 0,0001 0,001 0 2 534 1 1 ,83

0,1 000 0,1000 6 340 9,51

N O B RAS IL !
PC-2 0,0100 0,0100 8 21 4 9,30

MSK-4 1 ,0000 0,1000 8 344 9,30

OIQ-1 0,1 000 0,1 000 10 570 1 1 ,90

(a) Concentráção mini ma necessária 'Para eliminar totalmente o crescimento em placa de


Petri," uma quantidade de células equivalente a 0,1 ml. de uma cultura mista (1 :1)
BRA$PA C
ECONÔMICA NO GASTO DO FIL ME,
Staphylococcus aurcus e Escherichia coli previamente padronizadas com 0,40 D. O.
(Lumetron Colori meter a 580 nm).
(CE) Capacidade espumígera. ENVASANDO ATÉ 230 UNI DADES
POR QUILO.
TABELA IV. Medidas de Precisão dos Métodos Empregados para a Determinação de Máquina automática
Proteínas (a) e Capacidade de Remoção (b) Expretsos em g/I. p/embalar l eite e outros
líquidos em
sacos p lásticos
Repetições (a) (b)
termoso ldáveis.
(n \ Amostra Amostra após a Máquina 100% nacional,
Testemunha Remoção construída total mente
em aço inoxidável .
1 - 0,0380 1 ,258 "Know-how"negociado
2 - 0,0380 1 ,1 45
3 - 0,0008 1 ,359 pa ra o exterior. .
4 + 0,0240 1 ,447 Fabricadas em dIversas
5 - 0,0008 1 ,434 capacidades:
6 - 0,0008 1 ,346
7 - 0,0008 1 ,1 70 de 1.250 a 6.000 unid.fh.
8 + 0,0370 1 ,01 9
9 - 0,0008 1 ,094
0,024 .
"S - 0;1 35

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 30 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do ILCT Revista do ILcr NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 31

DETERMINAÇÃO DE ACIDO ORÓTICO EM IOGURTE


PREPARADO COM TIPOS plFERENTES DE CULTURA
TRÊS COROAS STARTER (,:,)
Orotic Acid Determination in Yoghurt Prepared
a garantia with Different Starter Organisms
do Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira (**)

bom queijo INTRODUÇÃO se de NaOH 0,1 Normal. Uma solução


alcoólica de fenoftaleina foi utilizada pa­
Embora haja crescente i nteresse em se ra determinar o 'ponto de viragam . Após
verificar efeitos fisiológicos da ingestão de o teor de acidez esperado ter sido atin­
determinados níveis de ácido orótico (7) gido, o iogurte foi transferido para refrige­
o coalho Três Corôas é util izado pela ainda há ausência de dados a respeito d a ração a 50 C . For.am então retiradas amos­
quan.lficação deste ácido e m produtos lác­ tras para análise de ácido orótico .
maioria dos laticínios, das mais afamadas teos de modo geral . A finalidade deste
marcas de queijos do Brasil . trabalho foi determinar a quantidade de B) Culturas "starters"
ácido orótico em iogurte e verificar se esta
G � rante a sua p u reza, qualidade, u n ifor­ quantificação deste ácido em produtos lác­ Culturas starters congeladas concentra­
m i dade, rendimento e é o mais econômico ' ganismos empregados na el aboração do io­ das foram adquiridas da Christian Han­
gurte . sen's Inc . , Milwaukee, WI, USA (cultura
até a embalagem se aproveita.
Ay-3) e da Marschall Division, Miles La­
MATERIAIS E MÉTODOS boratories, Madison, Wisconsin, USA (cul­
tura LBST-4) . A cultura starter Ay-3 (re­
A) Preparo do. iogurte fere-se como cultura starter A no decor­
TR�S COROAS rer desta i nvestigação) continha Lactoba­
Leite . tipo A, da Usina Piloto da Univer­ cillus bulgaricus, Lactobacillus acidophi­
i n f o r m a:
sidade de · Wisconsin; Madson foi utiliza­ lus e Streptococcus thermophilus, numa
do neste experimento . proporção de 25 : 50 : 25, respectiva­
mente .
em um ano foram coalhados com
O processo de manufatura envolveu stan­
A cultura starter LBST-4 (refere-se como
COALHO TR�S COROAS 584 MILHõES DE LITROS dclrização de 4 kg de uma mistura de lei-
cultura starter B no decorrer desta inves­
DE LEITE NO BRASIL te com 3,5% de gordura e leite desnata­
tigação) continha Lactobacillus b ulgaricus
do condensado com 33% de sólidos não
e Streptococcus thermophifus, numa' 'Pro­
gordurosos para produzir a mistura ba­
se com 2% de gordura e 1 4% de sólidos porção de 50: 50.
ENDEREÇOS: não gordurosos . Esta mistura foi pasteu­ Depois do tratamento térmico e da homo­
rizada a 850 C por 30 minutos, resfriada geneização seguida de resfriamento a
FÁBRICA: VENDAS: a 700 C e homogeneizada num homoge­ 420C, as misturas do iogurte foram inocula­
neizador Manton Gaulin, a uma pressão das com 3,5% da cultura descongelada e
Ind . e Com . Prod . de 1 41 kg/cm2 no 1 .0 estágio e 35 kg/cm2
E S C R I T Õ R I O: i ncubadas a 42°C usando-se a incubação
no segundo estágio . Esta mistura foi pos­ "short set" (aproximadamente 3 horas).
Químicos Três Corôas SIA
teriormente resfriada a 42°C e separada
Rua Dr. Pacheco Silva, 37 Conj. 01 PARI em 2 'Porções, cada uma inoculada com C) Determinação do ácido orótico
Rua Primavera n.o 58
• •

diferentes inoculuns, ambos contendo mi­ Na determinação do ácido orótico em


crorganismos do iogurte. Seguiu-se in- amostras de iogurte foi utilizado o método
Vila Santa Terezinha São Paulo • Capital CEP 03092 cubação a 42°C até que a titulação áci­ colori métrico descrito por Adacchi et alii
da (T. A . ), atingisse de 0,85% a 0,90% (1). Mediu-se a absorvância a 458 n m num
06300 - Carapicuiba - SP . expressa como ácido lático e utilizando - 'spectrofotômetro Beckman U.I, modelo 25.
Telefone: 92·1493 .
Tel . : 429-2307
(*) M . Sc. em Ciências dos Alimentos - Professor da Universidade Federal de Viço­
sa, MG.

digitalizado por arvoredoleite.org


Revista do ILeT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1979 Pág. 33
PãQ. 32 NOVEMBRO -DEZEMBRO DE 1979

Bernstein e outros (2) encontraram TABELA 4 Concentração de ácido oróti­


o áéido orótico utilizado neste experimen­
-

RESUL TADOS E DISCUSSÃO co em iogurte preparado com


to tanto para a recuperação quanto para a 6 9 ± 3mg/100 9 de ácido orótico em leite
fI �ído e 5,3 ± 4 mg / 1 00 9 de ácido orótico starter B a
curva padrão foi adquirido da Eastman Os níveis de ácido orótico em amostras
Organic Chemical, Rochester, N. Y., USA. de iogurte foram quantificados utilizando Urna em buttermilk. No presehte eJQperimento fo­
Os reagentes consistiram em tampão 0,2 curva padrão com concentração conhecida · ram encontrados 1 2, 78 ± 0,66 mg/100 9 de Absorvância Ácido
M ácido cítrico/citrato de sódio, pH. 2,5; de ácido orótico. �
ácido orótico na mistura do iogurte antes da Repetições a 458 nm orótico
água de bromo saturada; ácido L. ascór­ inoculação e 1 2, 62 ± 11 mg/100 9 do iogur­ mg/100 9
bico em solução aquosa a 5% ; dimetilami ­ Adachi e outros (1); Tsugo e outros ( 1 1 ) te preparado com starter A e 1 2, 58 ± 0.99
mg/ 1 00 9 do iogurte preparado com starter 0,437 1 2,76
no.benzaldeido (D . A . B) a 2 . 5% (WIV) em Stajner e outros (1 0) e Okongo e Kinsella (9)
B. Estes dados podem ser observados nas 0,41 9 1 1 ,65
n-propanol e solução padrão de ácido reportaram que a determinação espectrofoto-� 1 1 ,25
tabelas 2, 3 e 4. 0,404
orótico contendo 2 a 20 Mg/ml. métrica é especifica não havendo interferên­
cia de outros cromógenos a 458 nm. 2 0,509 1 3,86
O) Procedimento 0,496 13,70
A recuperação do ácido orótico foi con­ TABELA 2 - Concentração de ácido o róti­
Um grama de iogurte previamente homo­ sistente e com uma média de 98; 1 8 ± 2 . 58% . co na mistura básica do io­ 3 0,463 1 2,85
geneizado foi adicionado a 1 0 ml da solu­ A recuperação (tabela 1 ) foi calculada de gurte, antes da inoculação 0,428 1 1 ,77
ção tampão. Esta mistura foi colocada a acordo com a fórmula : 0,401 11,18
1 0°C por um período de 3 horas. Ácido
Ati Repetições Absorvância orótico a : Inoculum contendo Lactobacillus bulgari­
Seguiu-se a filtraçé.o em papel filtro What­ R = X 1 00 mg/100 9
----
a 458 nm cus e Streptococcus thermophilus
man n.o 1 e uma solução transparente foi AK + AO
obtida. Um mililitro desta solução foi
transferida para um tubo de ensaio com 1 0,437 1 2,76 Comparando as� concentrações de ácido
onde:
capacidade 'Para 30 ml e foram adiciona­ 0,41 5 1 1 ,55 orótico encontradas nesta investigação e
ATi absorção total
dos 2 ml de solução tampão. Adicionou­ AK absorção de quantidade concentrações em leite fluído encontradas
se 0 . 5 ml de água da bromo saturada e 0,491 1 3,64 por outros pesquisadores (tabela 5)! verifi ��­
da de ácido orótico 2
esta mistura foi deixada à temperatura 0,469 1 2,98 mos que o iogurte preparado de leite fortifi­

AO = absorção da amostra
ambiente por um minuto. Um mililitro da cado com 14 a 1 6% de sólidos totais tem
solução de ácido ascórbico foi �adicionado 0,471 1 3,09 maior q uantidade de ácido orótico em ter­
TABELA 1 Determinação da recuperação 3
1 2',65
-

e a mistura foi aquecida a 40°C por 5 mi­ de ácido orótico no iogurte 0,436 mos absolutos, do que o leite fluído.
nutos. Foram adicionados 2 mililitros do
reagente OAB e manteve-se esta mistura Ácido TABELA 5 - Concentrações de ácido oróti­
a 40°C por 10 minutos, para assegurar a orótico co em iogurte preparado com
formação máxima de cor. O cromógeno TABELA 3 Concentração de ácido oróti­
adicionado Determinado Recuperação
-

em literatura de 1 953 a 1 975


foi extraído em 4 ml de acetato de butila, (JLg) (JLg) % co em iogurte preparado com
centrifugado por 10 minutos a 15 x 9 e starter A a
absorvància medida a 458 nm no espec­ 2,0 1 ,87 93,5 Ácido
trofotômetro Beckman. A concentração do 4,0 4,02 1 00,5 orõtico
Ácido
ácido orótico foi quantificada pela curva 6,0 6,1 2 1 02,0 Investigadores em leite
Repetições Absorvância orótico
padrão (fig. 1). 8,0 7,83 97,88 fluído
a 458 nm mg/100 9
1 0,0 9,64 96,40 � (mQ/100 g)
flG. _ 1 CURVA PAORA�O DE ÁCIOO DRÓTICO
1 2,0 1 1 ,72 97,67
1 4,0 1 3,90 99,28
� 1 0,492 1 3,42 Hallager et alii, 1 953 (8) 1 0,5
ao
1 2,85 Chen e Larson, 1 968 (5) 8,0
O ácido orótico foi medido na mistura bá­ 0,463
Okongo e Kinsella, 1 969 (9) 8,3 ± 1 ,4
�70 sica do iOÇJurte antes da inoculação e no 0,422 ' 1 1 ,77

\
Chen e Larson, 1 971 (6) 7,1 4
produto final. Foram feitas pelo menos du­
�60 Webb et alii, 1 974 (12) 7,3
plicatas em cada uma das três repetições
c

2 0,51 3 1 4,1 9 Bernstein et alii, 1 975 (2) 6,9 ± 3


para cada tipo de iogurte.
50 A ocorrência de ácido como um compo­
..
0,493 1 3,53
nente do leite, foi primeiramente estabeleci­

'1 AO Este resultado verificado na mistura bási­


da em 1 904, quando Biscaro e Beloni (3) ca do iogurte no presente experimento �deve­
isolaram pela 1 .a vez este composto de "fi­ 3 0,41 5 1 1 ,55
�30 se a u m acréscimo de ácido orótico advindo
quors" obtidos na manufatura da l actose. No 0,413 1 1 ,22 de sólidos do leite adicionados à formulação
�20 entanto, a quantidade de ácido orótico no básica, Além disto, verificou-se que os mi­
0,403 1 1 ,20
leite de vaca só foi determinada em 1 953 crorganismos envolvidos no processo fer­
10 Hallager e outros (8) que sugeriram ser o mentativo não afetaram o teor de ácido oró­
ácido orótico resultante de fermentações mi­ a: Inoculum contendo Lactobacillus bulgari­ lico no produto final. Embora o iogurte pro-
O 'a 12 14 16 /8 20
crobiológicas. Entretanto, resultados da pre­

cus, Lactobacillus acidophilus e Strepto- duzido pelo inoculum A mostrasse um teor


AC100 ORÓ rico 'AO /; ) sente i nvestigação e de outros pesquisadores coccus thermophilus , � ligeiramente mais alto na concentração de
' '''I (2) discordam desta proposição.

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 34 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1979 Revista do ILCr NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1978 Pág. 35
Revista do ILCT

ácido orótico, este aumento não foi signifi­ BIBLIOGRAFIA


cativo a n ível de 5% (p < 0,05). O ligeiro 1 . ADACHI, T., A. Tanimura, M. Asahina.,
PRODUÇÃO HIGIÊNICA DO LEITE
decréscimo devido à fermentação corrobora 1 963 - Colori metric determination of
as i nvestigações de Chattaway (4) que sus­ orotic acid . J. Vitaminol . 9:217 .
tenta ser o ácido orótico essencial para cer­
tos microrganismos para a biossíntese de
Hygienic Production of Milk
2 . BERNSTEIN, B. A., T. Richardson et alii
ácidos nucleicos. Existe ainda uma outra 1 976 - Inhibition of cholesterol biosyn­
explicação plausível para uma diminuição do thesis by bovine milk, cultured butter­
ácido orótico durante a fermentação : o ácido milk and orotic acid. J. Dairy Sci. 59:
orótico poderia ser um metabólito resultante F Amaral Rdgick ( * )
539 - 543.
da fermentação microbiana segundo Halla­
ger et alii (8). Sendo assim, é 'Possível que 3 . BISCARO, G. e E. Belloni, 1 904. Ann.
um ou mais de um microrganismos pre­ Soco Chim. Milano 11 :8. Citado por Hal­
sentes nas culturas mistas usadas como ino­ lager, L. E., J. W. Laaskso et alii 1 953
culum possam produzir o ácido orótico du­ - Orotic acid in milk. J. Bio!. Chem. 1 1 - Considerações gerais x x x
rante seu crescimento, ao passo que ou­ 202: 83 - 89.
tro(s) possa (am) 1 consumi-lo. O resultado Na produção de leite influem causas
São Paulo ocupa uma situação privile­ diversas, estreitamente articuladas entre si
l íquido é essencialmente um balanceamento 4 . CHATTAWAY, F . W . 1 944 - Growth Sti ­ giada quanto à recepção de leite . Locali­
entre a produção e consumo do ácido o ró­ e que, formando parcelas importantes de u m
mulation of L. casei by pyri midines. Na­ zada, como Capital que é, na convergência todo, muito contribuem para lançar a o mer­
tico do meio, oú mesmo, um ligeiro decrés­ ture 1 53: 250. das estradas de ferro e de rodagem, recebe cado, de um lado, um artigo bom na qua­
cimo na quantidade total, como ficou de­ com facilidade, em carros tanques isotér­ l idade e na quantidade, de outro, um arti­
monstrado nesta investigação. 5 . CHEN, M. e B. L. Larson., 1 968 - Pos­ micos, de quase todo o Estado e das re­ g o barato, ao alca!1ce da bolsa do consu­
sible explanation for high orotic acid giões estaduais limitrofes, o chamado leite mido r .
content of bovine milk. J. Dairy Sei. 51 : do interior. ,São diversos os fatores que, tão de
RESUMO 944. Faz anos, (ROGICK, 1 941 ), que todo o perto, atuam sobre a qualidade e a ' quan­
leite vinha, para ser pasteurizado na Cida­ tidade do leite . Entre eles sobressaem : os
Há um crescente interesse em se deter­ 6 . CHEN, M. e B. L. Larson. 1 971 - Pyrimi­ de, em latões de ferro estanhado, não só animais, a zona de criação, a alimentação,
minar niveis seguros de consumo de ácido dine synthesis pathway. Enzimes and do interior, como também da orla urbana o pessoal encarregado do serviço, as vias
orótico. Entretanto há muito pouca informa­ orotic acid in , bovine mammary tissue. J. paulistana, onde grande número de estábu­
ção sobre o teor de ácido orótico nos ali­ de comunicação e a o rganização do comér­
Dai ry Sci. 54: 842. los se permeavam. Este último produto era c i o . Tudo isso, intimamente, se abraça na
mentos lácteos em geral, principalmente pro­
denominado leite do vaqueiro . Ambos cons­ comunhão benfazeja dos interesses recí­
. dutos lácteos fermentados. 7 . FERREIRA, Celi a L. L. F., 1 979 - O áci­ tituiam o leite tipo "C" . Existia ainda, e m procos; tudo, estreitamente, se une para al­
do orótico: sua função fisiológica. Re­ São Paulo, um leite especial, chamado tipo cançar um desiderato comum, girando e m
Este experimento foi desenvolvido com visia do Instituto de Laticinios Cândido infantil que, 'produzido por animais escol hi­ conjunto e m torno da higiene, ped ra angu­
a finalidade de sé determinar concentrações Toste s . 32 (205) : 25-27 . dos, era beneficiado e pasteurizada nos lar que rege a obtenção de um bom leite,
de ácido orótico em iogurte além de verifi­ próprios e respectivos estabeleci mentos em considerado no sentido amplo da palavra .
car se os microrganismos responsávei s pe­ 8 . HALLAGER, L. E., J. W. Laakso et alii, que se fazia a ordenha; era o leite de gran­ É sem dúvida, a escolha do animai lei­
la fermentação exercem alguma influência 1 953 - Orotic acid in milk. J. Bio!. ja, o leite tipo "A" . O leite tipo "B" estava teiro, 11m fator primordial na produção; a
na concentração deste ácido. Os , resultados Chem. 202: 83-89. ainda engatinhando . Segundo ROGICK vaca holandesa, por excelência, é a melhor
mostraram u ma concentração ligei ramente (1 959), o leite tipo "B", único desse gênero produtora de leite . Assim, quer no estábu­
maior no teor de ácido orótico, da mistura 9 . OKONGO, P. O. e Kinsella, J. E., 1 969 - no Brasil nos idos de 40, vinha desde 1 940 lo, quer no campo, a holandesa, , pura ou
básica antes da inoculação que no produto Orotic acid in milk powders. Amer . 'lendo produzido em estabeleci mentos pas­ cruzada, ocupa o principal papel na pro ­
final. Esta variação no entanto não foi consi­ dução . Entram, como elementos de cruza­
J. Clin. Nutr. 22 (5) : 532 - 534. toris, denominados estábulos leiteiros . Em
derada significativa a nivel de 5% (P<O,05) . mento, o gado nacional e o zebu . Tem es­
fins de 1 949 é que foi iniciada, em Campi­
1 0 . STAJNER, A., J. Suva e F. Musil., 1 968 nas e arredores, a pro.dução de leite, e m te sido olhado, há anos, como um bom ele­
- The determination of orotic acid in maior escala, destinado a o beneficiamento mento na cruza com o holandês, ocupando
SUMMARY como tipo "B" . Por volta do mesmo ano, o gado indiano, mormente nas zonas leitei­
the blood serum by means of the spec­
ttrophotometric method. Experientia 1 5 : o número de estábulos leitei ros, que nor­ ras extensivas, um lugar de destaque como
The ai m of this experiment was to deter­ 1 1 6. mal mente destinavam o produto à usina si­ vigorador de sangue, transmitindo aos seus
mine concentration leveis of orotic acid i n ta naquela cidade, girava em torno de 1 6 . descendentes a rusticidade e a resistência,
yogurt prepared from different culture or­ Atualmente, dois ti'pos d e leite cru - peculiares à raça .
1 1 . TSUGO, T . M . , ! . Waida e Y. Saito., 1 966
ganisms. Although the results in the basic "B" e "C" - convergem para os centros Ainda estão vivas as lembranças do
- A simple and rapid method for deter­ sucesso da IX Exposição Nacional de Ani­
mix had shown concentrations slightly higher beneficiadores da Capital, as usinas, que,
mination of orotic acid in milk. Int. Dairy mais, para não se esquecer do êxito que
than the concentration in the final product, na sua faina quotidiana, lançam no comér­
Cong. Proc. 1 8 : 245.
these results were not significant at the 5%' cio o produto j á pasteurizado : o leite de usi­ obteve, como produtora de leite, a holan­
levei (P<0,05). The culture organisms invol­ na, seja " B" ou "Cu . desa-zebu "Sorocaba" : 76,280 kg de leite
ved i n t�is research experi ment didn't affect 1 2 . WEBB, B. H., A. H. Hohnson et alii, eds.
1 974 - FundamentaIs of dairy chemistry.
the concentration of arotic acid in the final 2nd ed. AVI Publishing Company, Inc., ..
yogurt. Westport, Conn. (*) Pesquisador Cientifico, Sec . Agr. , São Paulo, SP, DVM, MS .

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 36 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do ILcr Pág . 37
Revista do I LCT NOVEM BRO-DE ZEMBR O DE ÜI79

em três dias, com teor gorduroso de 3,41 % . ção u m i mpulso de real valor. A topografia é ciada, em Campinas e arredores, a sua pro­
Outras grandes produtoras apareceram de­ zendo parte i ntegrante de todas as fases da
outro fat?r de relevante importânci a . produção, deve sempre estar p resente a dução em maior escala.
pois . Além do holandês, como essencial ­ � alImentação tem também papel pri­ higiene .
mente leiteiro, existem cá e acolá, espalha­ mord ! al ; pastagens verdes e boas aguadas 3 - Hoje, o leite tipo- "A" não é mais
dos pelo Brasil em fora, espécimes das ra­ Produção técnica, econômica e higiê­
�graoam os animais. Estes, depois de ande­ nica garante o feliz resultado desse difí­ comercializado .
ças guérnesei, jéll'sei, flamenga e outras . Jarem pelos campos, colhem nas encostas e
Como gado misto, carne e leite, contam-se cil empreendimento ; a obtenção de um lei­
nos vales os brotos verdes dos capins, bus­ te de alta qualidade . 4 - Entre os falores que sobressaem
. o normando, o suíço, o caracu, a quianina cam, no sosseg o dos retiros, a parte de
_ suplementar : a mandioca, a fa­ Sem higiene não há produção de bom
na produção de um bom leite são enume­
e outras raças de mais Ifecente introdução sua raçao rados : os animais, a zona de criação, o
nos meios - pecuários . - re !o, o concentrado . Não deve, também, o leite, nem na quantidade e muito menos na cli ma, a salubridade do l ugar, a fertilidade
Todos esses animais, quer na sua li­ c n ador se esquecer da alimentação de re­ qualidade . das �erras, a alimentação, o pessoa! en­
nhagem de pureza, quer COlmO ,represen­ serva, aque! a que 'Preserva o gado da es ­ carregado do serviço, as vias de comuni­
tantes de cruzamentos, fornecem o leite cassez �o m.verno, quando o sol queima a x x x cação, a organização do comércio �. 110-
que São Paulo e o Brasil, diariamente, sor­ vegetaçao mmguada que, vacilante e me­ bretudo, a higiene .
d rosa, emerge da solo ressequido, torrado SANDOVAL (1 966), num bem feito tra­
vem para retemperar as suas forças e com­
pletar a sua ração, fazendo presente em pelo calor do sol causticante da estação balho, voltou, anos mais tarde, e com acer­
sua mesa o mais completo dos alimentos : seca . to, a reiterar, junto aos 'Produtores as de­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
o leite . São os silos que guardam, para essa vidas noções para a obtenção higiênica do
. leite, lembrando que atingem cifras assus­
A zona de criação exerce, também epoca danosa e ríspida, o ali mento, sofre­ ROGICK, F. A. ( 1 941 ). Produção higiê­
tadoras as perdas conseqüentes da má qua­
g r� nde influência sobre a produção, carac� gadamente procurado pelo gado .
lidade do leite .
nica do leite, s. vulg . , boI . 1 9, D IA, Seco
tenzando-se algumas regiões como essen­ O pessoal que cuida dos animais, deve Agr . , São Paulo, SP .
cialmente produtoras de leite . No Estado com � eles, ser especializado para a su� ROGICK, F . A. (1959). Estudo sobre as
funçao : homens sãos, bons ordenhadores e CONCLUSõES
de S10 Paulo, praticamente, todas as zo­ condições de produção e consumo do leite
nas de criação, extensivas ou intensivas en­ b �ns trabalhadores, e sobretudo, bons cum­ tipo "B" no Estado de São Paulo . Boi . i n­
pndores de suas obrigações . É nessa par­ - Já existiam em São Paulo, na dé-
viam às usinas uma certa quantidade d � lei­ cáda de 4D', três tipos de leite pasteuriza­
c
d us . ani m o 17 ns (único) : 39-53, São Pau­
te . Mas, sem dúvida, é o Vale do Paraíba, te que reside também uma grande parce­ lo, SP .
l a. de yalor para a obtenção de um bom do "AtI., "Bft e "C" .
como tradicionalmente tem sido, a zona que SANDOVAL, L . A. (1 966). Produção hi­
com grande litragem concorre para o con­ leite . E, por intermédio de pessoal traba­ giênica do leite, s. vulg . boi 6. OPA, Sec o
l h ado r e honesta, que o produto deixa o 2 - O leite tipo "B" vem, desde 1 940,
sumo do paulistano . Novas regiões estão sendo produzido; em fins de 1 949 foi ini- Aç,r . , São Paulo, SP .
se abrindo como produtoras de leite . An­ campo, o retiro ou o estábulo, para sofrer
tes extensos campos de invernada e gado as suas etapas ulteriores .
de corte, estão se trans�ormando : Janaúba, As vias de comunicação exercem gran­
Montes Claros, terras do Triângulo Mi­ de papel na questão do leite . Os estábu­
nei ro, e outras em MG; outras no RS los, as chácaras, os sítios e as fazendas _

Estado que já aparece com 1 0 % n � de maneira geral os centros produtores, de­


produção leiteira nacional . A produção lei ­ vem ser bem localizados, para que o leite
. P?�sa chegar ao seu destino com certa fa­ AVISO A PRAÇA
teira, como grande mancha de óleo vai­
se, paulatinamente e de maneira firm� ' ca­ clll �ade e em tempo relativamente curto .
minhando e se alastrando pelo i menso ter­ M Uitas vezes o comércio peca por esse la­
ritório nacional . do ; falta de, comunicação e dificuldade de •

Uma zona se mostra favorável à pro­ transporte . As vezes, com grande atrazo e
a'Pós longas caminhadas, o leite vai dos ica à
çlução, quando diversos fatores i ntervê m .
campos aos abrigos à beira das estradas Thi mo n n ier M áqui nas de Embala gem Ltda . , comun
E assi m que o clima - ameno e úmido d e ção de
temperatura mais ou menos constante d e : ou aos entrepostos . O ideal é, pois, esco­ praça q ue a conti n u i dade de represe ntação e fabrica
l her para a prOdução um l ugar que, aten­ rida com
regular distribuição d e chuvas, com o s seus
dendo a tod �s os requisitos j á apresenta­ peças e m áq u inas Thimo n n ier, no Bras i l , foi transfe
ventos e sua nebulosidade, com o seu es- áq u i nas I n dustria is e Co­
, tado t,'i grométrico recomendável - muito dos, tenha amda grandes facilidades para exclus ividad e, para a EM BALLE M
o rápido e pront� �scoamento do leite para desses di­
contribue para o desenvolvimento das pas­
os centros beneflcladores e consumidores mércio Ltda . e q ue q u alquer uti lização i n devida
tagens e para a eXUberância da vegetação, da máq u i na e
exercendo, desse modo, uma influência no ­ . Po r: fim, a o'rganfzação do comércio d� reitos por tercei ros, i m p l icará na apree nsão
tável sobre a secreção l átea . leite eXige uma boa, conscienciosa e segu­ das perdas e danos q ue
ra administração, pois claro, sem esse com­ no crime de respon sab i l i d ade, além
Sem salubridade do lugar, pouco ou 'Plemento, nenhum negócio, por mais sim­ der causa .
nada se pode fazer . Animal são Homem ples que seja, poderá ir avante e nem dar,
são . Onde impera a maleita e onde as zo­ aos que nele lançaram as suas atividades
onoses emagrecem o gado, não pode exis­ e o seu dinheiro, um lucro compensador
Ass : Thimonni er M áquinas e Embalagens Ltda.
tir bom leite . . .
q ue, p.ositivamente, venha pesar no prato
A fertilidade das terras, fazendo do so­ fmancel ro .
lo brotare m as pastagens luxuri antes e no E, caminhando "pari passu" com todas
campo vicejar o capim, dá à zona de cria- ,
essas etapas - coroando a obra - fa-

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 39
Pág. NOVEMBRO-DEZEMBRO DE Revista do ILCT NOV EMB RO-D EZEM BRO DE 1979
38 1 979 Revista do ILCT

LATiCíNIOS
VI CONGRESSO NACIONAL DE

PROD UTOS 000 Frensel (*)

iniciativas
lho fiéis partici pantes de todas as
Poderíamos inicia r o presente traba latic inista s da NES TLÊ distr ibuír am em seu
MAGNUS S. A. Máquinas e Produtos intro duçã o que tão bem de­ utos,
com a excelente belo estan de, farta ment e, O S seus prod
resso Na­
Divisão Klenzade fine as final idades deste VI.o Cong como Nescafé, Nesc au e bisco itos "São
noss O
cional de Latic ínios , de autor ia do Luiz". Renovado grande sucesso apre
sentou
do amig o Dr. Sylvio Santo s Vasconcel­ de Pro­
.. preza
ILCT, mas o pavil hão da IV Exposição Nacional
Nova linha especializada na II' mpeza e sanltJzação los, Secretário Geral e Diretor do duto s Lácteos EXPOLAC 79 cujos
exposito­
ira pá­
de laticínios. é a mesm a que se encontra na prime na res também parti cipa ram do Vlll . o Concur­
gina do progr ama oficia l e foi publi cada IS so Nacional de Produto's Lácteos
dos quais
ANA
Revista do ILCT, no n.o 204 e nos 12 conq uista ram os prêm ios relat
ivos aos
' d o r es, tanques de estocagem '
Para uso em pas teUrJza deste Cong resso . 1 .0, 2.0 3.0 e 4.° lugar es.
g a rrafas e equipamentos em geral.
máx imo
Novamente este acontecimento J á na pági na 3 8 d e nossa ediç ão (606
) de
sentação
dos lati,c ínios bras ileiros obteve apre abril p . p . , na página 1 da ediç ão
(607) de
graças à
Assistência Técnica Gratuita e resultados, os mais brilh antes, maiOl p . p . , nas 'páginas 33 e
34 da ediç ão
oraç ão entre amig os de u ma ão (609) de
excelente colab (608) de junh o p . p. e 34 da ediç
nosso
Rua Figueira de Melo, 23 7-A - Tel. 254-40 36 - Rio - GB equi'pe de alto gabarito, como é a do julh o p . p . publ icam os amp lo notic iário , i n ­
es", do
Instituto de Latic ínios "Cân dido Tost das conf erên cias
pecu ária clusive o prog ram a ofic ial
Rua Mora is e Castro, 778 - São Mateus - fel 211- 3417 - JUIZ
' d e Fo ra - MG DTA da Empresa de Pesquisa Agro éis, no Bole tim do Leite .
da Soapa, e pain

de Mina s Gera is, órgão i ntegr ante


Agric ul­
vincu lada à Secretaria de Estado da No dia 8, véspera do Con gres
so, seg ui­
o Bra­
tura de Mina s Gera is, e a Associaçã Bra­ D. Lau ra para
onal mos em com panh ia da espo sa
sileir a de Latic inistas, Com itê Naci viag em, pois,
de La­ Juiz de Fora, fazendo excelente
sileir o da Federação Inter nacio nal
COALHO FRISIA poss ível apro veita r gran de parte do
já foi em Juiz
ticínio s. rodo via. Che gam os
trecho novo da
do-n os, na
9 a de Fora às 17 hora s, hosp edan
A sua realização teve luga r nos dias form a trad icion al, no excelente
Hotel " RITZ"
de Fora a Vasco,
1 3 de j ulho p . p . no ILCT, em Juiz s noss a com adre Tere zinh
KI NGMA & elA. LTDA. lMG), cont ando com 1 9 conf eren cista
s bra­
pron un­
Visit amo
viúva do noss o ines quec ível amigo Pon cian o
sileir os e dois estra ngeir os, os quais Edua rdo fazi a anos nesta
conferên­ Vas co, cujo filho
ciara m ir.teressantes e atualizadas ra nos data. Lá tam bém enc ontramos
a noss a lati­
54 ANOS DE TRADiÇÃO - QUALIDADE - APERFEiÇOAMENTO cias as quais serã o publ icad as na integ
'invenção cinis ta n.o um, D. Pau tilha
Guim arães. Foi
futuros An�i s do Cong resso. Uma aída , rrías , tam bém
OS D�o������kLN'�� ���;i��E�:À�tNETgl u ma bela fest a desc ontr
de
de elevado valor e efeito foi a instit uiçãopar­ mui to evocativa.
ro de seis,

���k�l �ci��tt����1�
painé is dos quais , 'em núme
Rea­
ticipa ram os mais destacados técnicos. No dia 9, levantamos cedo, já
enco ntra n­
con­
lizaram-se simu ltaneamente dois muito trole amig os. Seg uimo s pa­
"Con do ao desjeju m muit os
corrido s . cursos especiais sobr e ontrava elevado
PORTANTO,
EXPERI ÊNCIACOALHO FRISREALI
E SIM UMA IA, EMDADE.
líQ UI D O E EM "Pó' NÃO MAIS UMA É
da quali dade de água s em laticí
"Sob reme sas gelif
cargo dos professor
icad
es
as";
Dr.
resp
José
ectiv
Furta
nios" e
ame
do
nte à
Pe7"
ra o ILCT, aon de j á se enc
núm ero de participantes do
todo s cum pri men tam os, bem
Congresso e a
com o aos pro­
ram açã o de­
do Ensin o fessores e func ioná rios . A prog a miss a e
reira (ILCT -1 944), Coor dena dor s
Henriques corr eu na form a 'prevista e apó som do Hi ­
DTA!EPAM IG e Antonio Carlos eam ento das band eiras ao
COALHO FRISIA É UM PRODUTO PURO (RENIN R ESTA RAZÃO É PREFERIDO do DTA} o hast
PARA O FABRICO D E QUEIJOS D E ALTA QUA 6b;D�� Martins (ILCT -1
ILCT. Com o sempre
970), ex..,p
os
rofes
pavi
sor
lhõe s de expo si­ no Nac iona l, magistralmente
MG, os pres
executado pela
entes se dirig i­
s, atra­ ban da do 2.0 BPM
COALHO FRISIA É ENCONTRADO A VENDA EM Tobo PAfS. ção apresentaram notá veis novi dadentes do ram ao audi tório , i nteir ame nte lota do. Na
icipa
indo constantemente os part com posi ção da Mes a toma ram
parte numero­
Assi m o pavi lhão da "EX !:,OM AQ setor agrope­
Con gres so. sas pers onal idades ligadas ao
COALHO FRISIA É O COALHO DE TODO DIA . 26 expo sitor es e com o sem­ ê a segu i r :
79" cont ou com cuár io, conf orme se ve no clich
amigos e
KINGMA & CIA . LTDA - CAIXA POSTAL, 26 - SANTOS DUMONT - MG pre, neste pavi lhão , os nossos

(*) Presidente do VI C . N . L .

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág . 40
NOV EMB RO-D EZEM BRO DE 1979 Revista do ILcr . Revista do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 41

co mercialização do leite e dos produtos lác- Encerrada esta fase dos trabalhos os pre�,
, teoS para o Estado de Minas Gerais e do sentes se dirigiram aos Pavilhões das expo;'
Brasil . Falou a seguir o Dr. Sylvio Santos sições "EXPOMAQ 79" e "EXPOLAC 79" os
Vasconcellos, Diretor do ILCT, cujo discurso quais foram solenemente inaugurados e per­

r
será publicado nos Anais do Congresso. O corridos pelos presentes, sendo demorada­
sr. Otto Frensel Presidente do Congresso e mente apreciados os produtos e demais ar­
da ABL leu seu discurso, que será também tigos, inclusive as sofisticadas máquinas. Os
publicado nos ANAIS. Vale a pena transcre­ professores pesqul'Sadores Múcio Mansur
' ver aqui parte d o valioso noticiário que os Furtado (ILCT/1 970), Sérgio Casadini Vilela
nosso confrades do "DIÁRIO MERCANTIL" (ILCT/1 975) e Alberto Valentin Munck (ILCTI
de Juiz de Fora (MG) publicaram em sOa edi­ 1 976), tiveram ensejo de apresentar ao Sr.
ção de 10 de julho p . p . : . . . O Dr. Fernando Secretário de Ciência e Tecnologia, novos
Fagundes Netto declarou que, segundo ele, produtos lácteos, fabricados com leitelho,
diante da importância do Departamento de subproduto da fabricação de manteiga" ge­
Tecnologia de Alimentos, do Instituto de ralmente desprezado, causando ainda proble­
Laticínios "Cândido Tostes" aqui deveriam mas de poluição ou, quando muito e raramen­
ser concentrados todos os trabalhos de pes­ te usado na alimentação animal. Foram dois
quisa no país. Referindo-se ao que disse o queijos: Minas e Prato/Lanche e iogurte com
Presidente da EMBRAPA, enfatizou que "ali· ameixas, que mereceram plena aprovação,
menta para o povo é uma longa busca do pois apresentaram as melhore s caracter isti-'
Governo", sendo necessários a melhoria da cas desejáveis. Esta apresentaçãi surtiu
qualidade dos produtos e baixa dos preços, grande repercussão, como se pode ler na
para favorecer aos de menor poder aquisi­ página 1 de nossa edição (610) de agosto
tivo. - A "economia de guerra", proposta p.p.
agora' pelo Presidente Figueiredo, não é Depois do almoço tiveram lugar as quatro
novidade para o setor laticinista, pois ela conferências programadas as quais desper­
vem sendo vivida ao longo de todos estes taram grande interesse e aplausos. A noite
anos, quando os obstáculos são vencidos houve u ma muito animada "Roda de samba"
com frequência - afirmou Fagundes Netto favorecida 'por temperatura amena e um be­
Da esquerda 'para a direita - principal mente as dificuldades colocadas lo luar.
: ní�ico Reito r da Univ ersid ade Fede
1 ) Dr. Ron al do Granato Mat ral de pelas taxas tributárias. Todo o es'orço colo­ No dia seguinte, 10 de julho, transcorreu
. a - Re presen­ JUIz de Fora cado pelos laticinistas, para fazer baixar o con'orme programado. Destacou-se uma de­
ta� te do P r�slde •

nte da Caixa Eco nôm ica de


M mas Ger aIs Dr. Juli o Lae 1 2) Capo Wall ace Batista Santiago custo final dos produtos - que compõem a gustação de ótimos queijos de leite. de ca­
nde r - Repre­
sen!a.nte do Com ando do 2.° Bata alimentação básica do povo - e melhorar a bra, conduzido pelo Prof. Múcio Mansur Fur­
2) Dr. Edson Cle men te dos PolIc Ia de Mma . lhão de
Santos Coo r­ s Gerais qualidade, se esvaem levados pelos i mpos­ tado (ILCT/1 970). Da mesma forma foram
d�n ado r de Pesquisas em _

1 3) Dr. F�anc�sco José Neves -


Tec nolo gia de Presidente tos. O que prejudica o setor é, justamente, o muito concorridos e debatidos os dois pai­
Ali mentos da EPA MIG da O�ganl zaça? das Cooperativas
do Estado ônus financeiro. Finalizando, Fagundes Netto néis programados. Houve uma interessante
3) Dr. Jos é Ram alho de de Mmas Gera Is
Castro - Dire tor ressaltou a figura do Presidente da ABL, cujo visita das senhoras à Fazenda da Floresta e
da EMB RAP A 1 4) Vere ador Fran cisca de Paul trabalho de 60 anos no setor d e l aticínios é à noite u ma muito concorrida noitada na Dis­
4� Dr. Elizeu Roberto Andrad e Alve a Fonseca
s - Representante da Câmara Mun um exemplo aos jovens. coth€ que "KARAVAN" até a madrugada.
sIdente da EMB RAPA Pre­ . icipa l de
JUIz de Fora
_

O Presidente da EMBRAPA Eliseu Rober­ No dia 1 1 , além da realização das quatro


5) Sr. Otto Frensel - Presiden 1 5) Dr. Roberto Pere i ra de Mell o conferências programadas e dos debates em
te da ABL e - Diretor
do VI.° Con gresso Nac iona l de
Lati cinio s do Centro NacI. Onal de Pesq uisa to de Andrade, destacou que o aumento da
dois painéis, teve lugar a visita do Sr. Dr.
6� Dr. Helvecio Mattana Satu . Gado de produtividade deve ser medido com base em
rnin o LeIte - EMB RAPA Paulo Hadad, Secretário de Estado do Pla­
sIdente da EPA MIG _ Pre­ todos os fatores - produção rural, indus­
1 6) Dr. Sylvi o Santos Vasc once los
trialização, comercialização ' e preço para o nejamento. Fomos recepcionados no aero- '
7) Dr: �u �i �edes Alve s Mor eira - Chefe
- Dele gad o do DTNEPA MI � e. Secretário Gera porto e:- no ILCT. Com ele foram percorridos
do Mml sten o da Agri cultu ra de
Rep resentante do Mini
Mina s Gera is �� n§resso NacI Onal de Latic ínios, na
l do VI.o
Tribu-
consumidor.
e amplan;ente explicados o ILCT e os Pavi­
a Segundo ele, os produtos l ácteos são de lhões "EXPOMAQ 79" e " EXPOLAC 79", in­
8) Dr. F:,!na� do Fagundes stro Delf im Neto
Neto - Secretá� ' grande i mportância na alimentação do povo clusive apresen!ação dos queijos fabricados
no de Clen cla e Tec nolo gia de Assu mind o a pres idênc ia dos traba
Mina s Gerais o Sr. Otto Fref}se/, decla rou aber lhos brasileiro, principalmente dos jovens, porém com leitelho, como também os excelentes
- �epresentante do Gov erna
dor de Mina s to o VI. � seus preços altos não são 'Permitidos ao aces­ queijos de cabra. De sua comitiva fez 'Parte
Gera Is. Cong r?sso � aclOn al de Latic ínios ,
passando so de todos. Explicou que "torna-se neces­ o Dr. Aloisio Bello Quintão de Oliveira, Sub­
9) Dr. Mau ro M arsican Ribe iro logo a segU Ir a pres idênc ia ao Sr.
? - Repr esen ­ Dr. Fer­ sário um esforço conjunto das autoridades Secretário de Estado d o Planejamento, filho
tante do Pr�felto . nando F�gundes Netto, Secretári
o de Estado
M Unic ipal de Juiz . governamentais, agricultura e agro-indústria, do nosso prezado amigo, Deputado Dr. João'
- Dr. �r� nclsc Anto nio de Mello de Fora de Cien cla e Tecn ologi a e repre senta
nte
1� ?
Capltao Anlldo Henr ique s Band
Reis . Sr. �overn ador do Estado, Dr. Franc do no sentido de melhor distribuição de renda Bello'.
elino e a promoção de 'preços menores para os O nosso grande amigo e companheiro de
;' .�'�resentante do Com andante
da 4.
eira _ PereIra d�s San �os o qual pron
. . uncio u opor ­ laticínios, a fi m de que as famfJias de baixa l utas laticinistas, Prof. Dr. Hobbes Albuquer­
, l.IIta r Gen. A�!onio da Silva Cam a Região tuno e mCls lvo dIscu rso de improviso enalt e­
renda tenham condições de adqui rí-Ias. Além que mereceu nesta data uma muito mereéi­
pos. c�� do a impo rtânc ia do Cong resso
1 1) Dr. Sebastlao de Almeida Paiv
a - Mag- .
nlflca çao da prod ução , industriali
� a sig­ ' -
disto, a melhoria da qualidade destes prodU da homenagem, j usta e amplamente aplaudi­
zação e tos é fundamental" : da pelos seus inúmeros amigos e adminira-

digitalizado por arvoredoleite.org


Pão. 42
NOV EMB RO-D EZEM BRO DE
1 978 Revista do ILCT Revi sta do ILCT NOVEMBRO·DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 43

dore s presentes com a oferta


de uma plac a mais emoc ionante e, realmente, nos
de prata Com os seg uintes faltam Lamentavel mente não foi possível assis­ dente d o Sindicato das Indústrias de Laticí­
dizeres : palavras adeq uadas. tir a peça teatral "A INCELENÇA" primorosa­ nios de Minas G,erais.
"Em inente Felc tian o" Hob bes Estamos aqui para recor dar-lh e a fig mente apresentada pelo Grupo Teatral "Cân­ 09 - Dr. José Teixeira da Silva - Superin­
que :
Albu quer­ semp re prese nte em nossa lembrança, ura dido Tostes". De autoria de Luiz Marinho, tendente da C . C . P . L . - Vice-Presidente do
Receba esta afetuosa hom como para expressar- lhe a nossa profubem teve a excelente direção da professora Maria VI.° Congres�o Nacional de Laticínios.
. ena gem de nd a
seu s amig s �udade e à sua dedic ada comp anhei Nazaré Fontenelle Lima e a cooperação de 10 - Dr. Sylvio Santos Vasconcellos -
oS do ILCT" pelos seu s 35 ano ra,
de verdadeiro "sac erdó cio" s Gllbe rte, nossa queri da amiga, bem co D. vinte e um atores e atrizes, todos do referi­ Chefe do DTA/ILCT/EPAMIG e Secretário
c? m a nossa estim a, gratidão
a esta casa aos seus digno s irmão s e dema is 'Parentesmo do Grupo Teatral. Foi muito aplaudida esta Geral do VI.° Congresso Nacional de Laticí­
e muit o ca� renovação de nossas since ras cond olênc a peça. De nossa parte atendemos gentil con­
nnho " . . do nosso i �s, nios.
Sylvio Santos Vasc once llos na aflrm açao eterno recon hecim e vite de nossos amigos da TETRA PAK DO 1 1 - Dr. Edson Clemente dos Santos -
to p �lo muit� ��e de melho r deu e dedic n­ BRASIL LTDA, a qual ofereceu u m jantar em Coordenador de Pesquisas em Tecnologia de
Chefe do DTAlEPAM IG ou
de SI aos latlcln lOs brasi leiros ." homenagem aos seus inúmeros amigos pre­ Ali me ntos da EPAM IG.
1 1 /07/79 Agrad ecend o a home nagem , falou
em sentes na já citada discotheque "KARAVAN" 12 - Dr. José Furtado Pereira - Coorde­
No dia se� uint e os con gres no �e da famíli a o seu i rmão Dr. Victor Car num ambiente agradável e desinibido, abri ­ n ador de Ensino do DTAlILCT.
sistas presta­ neIro, medic, ­
ram uma sen tida !3 mereci o-veterinári o (Revista do ILCT lhantando o seleto grupo de músicos e can­ 1 3 - Dr. João José Kingma - Diretor Pre­
�a
n ? SSO gran de ami go e latlc hom ena gem ao n.O 204 - pág. 45-48). '
tores argentinos o que muito sensibilizou o
inist a desa'p are­ sidente de Coalhos Frisia - Representante
À tarde teve lugar um desfile de mO
�I �O, Dr. Jos e, Januário Carneiro Filho� par­ das nosso amigo Dr. Ernesto Kasdorf. dos Expositores da EXPOMAQ/79.
tlc� p��te perm ane nte de para as esposas dos congressistas na Finalmente chegou o último dia, sexta­ 1 4 - Prol. Múcio Mansur Furtado do
latlc lnlstas e com pan heir o
todos os eventos citada Disco thequ e "KARAVAN". Mas a "Noijá feira, dia 1 3 de j ulho, abrilhantado especial­ DTA/ILCT.
entrada do aud itóri o foi
ines que cível. Na te do ex-Aluno" com o janta r come mora ­ mente pelas excelentes conferências do dia, da
inau gura da uma tivo 1 5 - Dr. Marion Ferreira Gomes
g:and e plac a de bronze do Jubil eu das turma s de 1 944 e 1 954 destacando-se entre elas, a i mportância
com os seg uintes teve DILEI/SIPA em Juiz de Fora.
dizeres : o seu brilho muito exaltado com a justa daquela do Sr. Felício Martinho Ribeiro, Pre­
ho­ 1 6 - Dr. Homero Duarte Correa Barbosa -
men �gem prestada ao casal amigo Aluizi sidente do Sindicato da Indústria de Laticí­
Pereira Esteves ( ILCT/1 944) e sua espos
o da D ILEI/SIPA em Juiz de Fora.
"Ao Dr. J . J . Carn eiro Filh o a D. nios de Minas Gerais, relativo ao Convênio 1 7 - Dr. Luiz Valente - da Secretaria de
Marlene os quais no dia 1 0 tinha m festej 07/77'0 Neste dia recebemos a visita do Sr.
Hom ena gem
as suas Bodas de Prata. Dos 10 forma
ado Abastecimento do Ministério da Agricultura.
"da EPAM I G e da ASSOCIAÇÃO dos em Secretário de Estado da Agricultura, Dr. Ge­ 18 - Srt.R Aparecida Monteiro Amadeu
DOS EX­ 1 944 comparece ram 5 e da turma de rardo Renault ao qual acompanhamos numa
ALU NOS DO ILCT
de 1 9 �orma dos, apenas 3. Simul taneament
1 954 Representante dos Ex-Alunos do ILCT.
� detida visita às instalações do ILCT e das 19 - Ricardo Antonio Toso - Diretor da
"(estrela) - 1 8-07-1 899 - Ubá se realizo u uma Assem bléia da Associação E�posições do VI.° Congresso Nacional de
dd", l!x alunos do ILCT, tendo sido eleita
Escuela Técnica de Indústrias Lácteas.
"(cr uz) - 06-0 1-1 979 - &310 � por Laticínios. 20 - Don. Miguel Manfredi".
Hori zonte" unanim idade a seguin te nova Diretoria : De sua comitiva fazia parte o nosso pre­ I niciados os trabalhos, passou-se à dis­
Foi uma cena deveras com oven Presid ente : Prol. Dr. José Furtado Pereir zado amigo, industrial de laticínios e deputa­ tribuição dos prêmios conquistados pelos
te, cont an- a
d � com a pres ença de sua Exm (ILCT/1944) do estadual, (Lider d e governo) Dr. Juarez participantes da IV EX�OL.AC/79. , �ereceu
a. Viúv a, D. Vice- Presidente : Alois Cabalzar (ILCT/1953) Quintão Ho'sken. Foram fornecidos pelos pro­ aplausos prolongados o tecnlco GetulIO Cam­
GI!berte Colombo ,?arneiro
e seus i rmãos, fessores, pesquisadores e demais técnicos
alem de elevado numero de 1 .° Tesoureiro : Luiz Cláud io Gomes de Frei­ pos Fins (ILCT/1 962) o qual, mais uma vez
. amigos e con ­ todos os detalhes, incluindo uma ampla de­
g ressistas. Fala ram os Srs. Dr. tas (ILCT/ 1 963) foi campeão, conquista ndo para a �ua orga:
Sylvio Santos
Vasconc�llos e Ofto Frensel, 2.° Tesou reiro: Roberto Vieira Pinto (ILCT/
gustação dos novos produtos lácteos de lei­ nização Laticínios Radiante �t�a:, da q u �1 e
o qua l, alta men­ telho : queijos e iogurte. A sua i mpressão foi
te emO Cion ado diss e : 69) . chefe o nosso particular e tradiCiona l amigo,
excelente, sendo altamente elogiosas e i n­ Sr. Abílio Pereira Carneiro, os seguintes va­
"Em um momento tão sole ne 1.° Secretário : Wanderson Amarante Cam­
e emo cio­ centivantes as suas aprovadoras palavras. liosos e j ustos prêmios : 3 medalha s de ou �o,
nante com o este, muit o gostaria pos (ILCT/1 966)
pode r ex­ Findo o programa d o dia, teve lugar a u ma de prata, uma de bronze e u �� mençao
pressar-me com o o pode m faze 2.° Secretário : Alberto Valent in Munck ( ILCT/
r os mestres ceri mônia do encerramento do VI Congresso !õonro�a. Mui10 bem : honra ao mento \
senão u m Demostenes ou Ruy 1 976) Nacional de Laticínios. Foram convidadas
. Barbosa, ma� Foram lidas, postas em votação e aprova­
um Jose !urt do Pereira. Sim, Após as festividades seguiu -se animado para compor a Mesa as seguintes pessoas :
� sob tão inten ­ baile. . das por unanimid ade as oito Moções, apre­
sa emo çao nao me será fácil 01 - Dr. Gerardo Henrique Machado Re­
pala vr�s mere cedoras para lemb
enco ntra r as
Na quinta-feira, dia 1 2, realizo u-se o ex­ sentadas por diversos grupos de congres ­
rar um gran ­ nault - Secretário de Estádo da Agricultura sistas. Dada a sua i mportân cia vão ser pu­
de . � Ines queclve l amig o com o foi
, celente progra ma previsto, destacando-se de Minas Gerais - Representante do Gover­
nuano <?arnelr . José Ja­
o Filho , o amig o Carn eiro de longa conferência do Sr. Dr. Ernesto" Kasdorf blicada s nos ANAIS DO VI CONGR ESSO
nador Dr. Francelino Pereira. NACION AL DE LATiCíN IOS. No entretempo
tod?s nos. Aqui em Juiz de Fora Diretor-Presidente da Kasdorf S/A, de Bue� 02 - Dr. Sebastião de Almeida Paiva
HOrizonte, no RIO . , e m Belo
nos Aires, Argen tina, filho do nosso inesque­ já foram e ncamin hadas às autoridades inte­
de Jane iro e e m Paris , ele Magnífico Reitor da Universidade Federal de
� emp .
re fOI aque le amig o dedi cado e c ível bom amigo Dr. Walter Kasdorf frequen­ ressadas e serão atentamente acompa nhadas
Juiz de Fora. .
tiVO. 'Presta­
temente citado em nossas COlunas ' em anos em seus trâmite s, a fim de que os seus resul­
03 - Deputado Juarez Quintão Hosken
Assi passados. Com ele tivemos uma longa con­ tados possam ser publica dos oportun amente.
. m sua perd a em 6 de jane iro foi Vice-Lider do Governo.
mais rude golp e que todos nós o versação. Os dois debates do dia suscitaram 04 - Dep utado Fernando Junquei ra.
desd� o desa pare cimento daqu ele
recebemos enorme interesse e participação, pois, se Falou o Sr. Dr. Jorge De/epeter, Di retor­
05 - Otto Frensel - Presidente da ABL e
tros I nesq uec!�eis amig os, tamb éms
dois o u­ tratou �e aspectos do maior interesse para do VI.0 Congresso Nacional de Laticínios. Preside nte da TRÊS COROAS Indústr ia e Co ­
foram Sebastlao Senn a Ferre ira de
seus , que . .
os latlclnl stas brasile.
06 - Dr. Helvecio M aftana Saturnino mércio de Produto s Quimic os f} .A . , ofere�
iros. Tivemos também
e Jose, de Assis Ribe iro.
Andr ade ensejo de conversar longam ente com a Ora: Presidente da EPAMIG. cendo um prêmio , i ntitulad o "TRES �OROAS .
Ana Feber da Faculd ade de Veterin ária de 07 - Dr. Hélio Andrade Alves, Diretor da ao tricamp eão dos concursos ligados a
Prestar-l he uma singe la, mas muit
cera hom enag em, é uma recordaç o sin­ Montev ideo, Urugua i, a respeito de projetos EPAMI G . EXPOLAC, em cerimô nia a ser determ inada
ão por de- de associativismo laticini sta Sul-Americano. brevemente. Foi muito aplaudi do.
arvoredoleite.org
08 - Dr. Felício Martinho Ribeiro - Presi-
digitalizado por
Revistt. 11'0 ILer NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 45

1.0 CURSO SOBRE FABRICAÇÃO DE QUEIJO


DE LEITE DE BÚFULA

o Instituto de Laticínios "Cândi do Tos­ A seguir, a relação nominal dos partici­


tes " , da EPAMIG, fez realizar nos dias 1 0 pantes que vieram de diversas partes ,do
e 1 1 d e novembro, e m conjunto ' com a país :
ABCB , o 1.0 CURSO SOBRE FABRICAÇÃO
1 - Julieta M. B. Neves - Franca - SP
DE .QUEIJOS DE LEITE DE BOFALA, com
a participação de diversos criadorEs de to­ 2 - Maria de Oliveira Munie - Franca -
do o país: SP

Construída totalmente em aço inoxidável.


Tem 'do /numeras
" as tentativas de similaridade,
I O curso faz parte de um programa de
3 - Olga Maria A. J unqueira Caldas -
São Paulo - SP
C? pr?cesso de corte e agitação SI
contudo, � e.nhuma consegue atingir o alto índice
pesquisa desenvolvido pela EPAM IG, que
cientificamente projetado, perm ite uma perfe procura valorizar o leite de outros rumi­ 4 - Maria Evangelina J unqueira Caldas -
ita de produtividade e perfeição de nantes que não a vaca. Neste sentido já fo­ São Paulo - SP
homogeneidade da massa.
funciona mento da Queijomat. em qualquer ram dados 3 cursos sobre queijos , de leite 5 - Paulo Joaquim Monteiro da Silva
Dotada de regulagem de velocidade para
. cada dos seus tamanhos; de cabra e este agora sobre o leite de bú- São Paulo - SP
tipO de queiJo.
fala . 6 - Irene N. Monteiro da Silva - São Pau­
O rebanho bufalino do caís conta com lo - SP
aproximadamente 400.000 animais sem pre­ 7 - Martha de René Graf - São Pau­
dominância nítida de raças: os animais lo - SP
são geralmente mestiços de raças M urrah, 8 - Maria Heloisa René Graf - São PaU­
Jafarabadi, Carabes e Mediterrâneo e o Es­ lo - SP
tado que lidera a produção no país é o 9 - Hugo Coralli - Rio de Janeiro - RJ
Pará com cerca de 1 20.000 animais. O Es·
tado de Minas Gerais possui cerca de 1 0 - João Carlos Aguiar de Matos - São
1 1 .000 búfalos. Paulo - SP
1 1 - Joaquim Luiz Briso Filho - paragu a-
Durante o curso foram discutidos diver­ çu Paulista - SP
sos aspectos da prOdução de leite e seu
aproveitamento na fabricação de queijos. 1 2 - José Antunes Vilaça - Itaúna - MG
Dentre os queijos que foram discutidos des­ 1 3 - Adolfo Bardoni - Itaúna - M G
tacam-se o queijO tipo Azul, Prato, Mussa­ 1 4 - Savigny Serejo Savócio - Maranhão
rela e diversos outros fabricados com er­ 15 - Isaura Chaves Cavalcante - Belém
vas e condimentos. O curso constou de 1 6 - PA
horas d e aulas práticas e teóricas, com exi­
bição de filmes e slides, além de degus­ 16 - Hélio Frio Gonçalves - Belém' - PA
tação de queijos de IE ite de búfala. 1 7 - Hildagardo de Figueiredo Nunes -
Rio de Janeiro - RJ
O leite de búfala apresenta característi­ 1 9 - Sebastião Wilson Alves - Paraná
cas muito peculiares : é ' muito branco, de­
vido a ausência de caroteno e possui um 1 9 - José Maria da Silva - Carandaí -
extrato seco total e m torno da 1 8% , des­ MG
tacando-se um alto teor de gordura (de 8 a 20 - lan Sula - São Paulo - SP
1 0% ) e um elevado teor de cálcio (1 80mgj 21 - Yutaka Fujimoto - São Paulo - SP
1 00 ml). Seu sabor é ligeiramente adocica- 22 - José Rego Cavalcante - Maceió -
do. Alagoas
Fabricadas em diversas

...

capacidades: de 4.000 a 10.000 unid./h. <Durante o curso discutiu--se também a 23 - J oão Carlos Matos Corsini - Ribei­
preparação do "toned milk" que é o leite de rão Preto - So?
búfala diluído em leite rehidratado (leite
� .

l
FÁBRICA: c.POSTAL 1250 ' FONE ' (04'2) 62,3344
eoooo .. CURmBA ' PARANA em pó bovino), este leita possui melhor as­ Para o curso, foi preparada uma aposti­
'"

( ,�; BELO �ORIZONTE . M G • FONE (0311 22.-8608 similação pelo organismo" e é largamente la contendo diversas '" informações . sobre o

I
, F ILIAIS;
R�O DE JANEIRO R J • FON,E (0211
• 2654310 ' ,consumido em países conio a fndia e O leite ,e, sobre a fabricação de diversos. quei­
',;:� ' SAO PAULO, =
S P '. FONE
• ID111 <
PORTO ALEGRE • R S • FONE (0512) '22-0108
"
Paquistão. jos, que poderá ser adquirida 1')0 I LCT�
/,

arvoredoleite.org
, " _,
TELEX: (0411 5386 BHEI BR '
" ' ,
• ,

digitalizado por
ISSN 01 00-3674

Pág. 46 NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Revista do ILer Revista do ILCT NOVEMBRO-DEZEMBRO DE 1 979 Pág. 47

PESQUISADORES DA EPAMIG (DTA/ILCn PARTICIPAM

rep ac
DE CURSO SOBRE BIOGÁS

eco 6 6 6 00 l lh .
. Realizou-se, de 26 a 28 de setembro, u m 1 1 . Nelson F. Seffer - CNP - Gado Cor­
CURSO CONCENTRADO SOBRE BIOGÁS, no te - EMBRAPA, Campo Grande, MS.
"Campus" de Jaboticabal (Universidade Es­ 1 2 . José Reinaldo Campello Britto - EM­
tadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - BRAPA - UEA:PAT - Porto Velho, R O .
Faculdade de Ciências Agrárias - Peparta­
1 3 . José Maria Gusman Ferraz - EMBRAPA
mento de Engenharia Rural). - CNPMS - Sete Lagoas, M G .
APRESENTAMOS O MODELO 1 4 . José Emilson Cardo�o - UEPAE - Rio
O mencionado curso teve como objetivo
«ECO 6» 6600 LI H DA SÉRIE fornecer informações básicas quanto à cons­ B ranco/EMBRAPA. Acre.
«ECOMATIC» PARA EMBALAR trução e princípio de funcionamento de bio­
digestores para produção de Metano.
1 5 . Gilmário Martins de Oliveira - UEPAE
- Caicó, RN .
. LíQUIDOS AUTOMATICAMENTE 1 6 . Álvaro Pimentel Teixeira. EMBRAPA­
Foram abordados os seguintes assuntos : CNPAF. Goiânia, GO.
Aspectos m icrobiológicos gerais rela­
_
17. Cândido Reinaldo Villas Boas. Seco
cionados à digestão de matérias orgânicas. Agric. de Rondônia. Porto Velho.
Produção de metano;
1 8 . Normando Alves da Silva - EMBRATER.
paC doBra/il .
- Utilização do Biogás;
- Volume e período crítico de consumo; Brasília, DF.
- Dimensionamento e materiais de cons- 1 9 . Calos Augusto Peterson Parchen. ACAR­
mtiqui82GI' celtoMeiccaI de ••bcdal•• Itela trução de biodigestores; PNEMATER. Curitiba, PRo
.
- Construção do Biodigestor (mode lo 20 . Gildo Almeida M . Silva. EMBRAPA -
av. ocltalles marcondes ferreira. 338 (antiga avo cenlral) - ju·rubaluba • santo amaro ' sAo paulo continuo) ; CNPMF. Cruz das Al mas, BA.
endereço lelegráfico · plasticfoil · cep 04696 · c.g.c. 62.846.928/0001'49 - inscr. estadual l08.355.801 ' telefone pabx - Início de o'peração; 21 . Anselmo Antôn:o Hess. ACARESC/EMA­
- Reabastecimento; TER. Concórdia, SC.
_ Instalação de distribuição de metano;
- Adaptação e construção de queima- 22 . José Fernando Melo. UEPAE/PENEDO.
dores. Penedo, AL.
23 . Antonio Renne Iturra. FEANUNICAMP.

JOWALL Relação dos participantes : Campinas, SP.


. 24 . Sebastião HuhrÍ - CNPGL-EMBRAPA .
Coronel Pacheco, M G .
1 . Otacílio Lopes Vargas. EPAMIG/DTN
MÁQUINA DE LAVAR E ESTERILIZAR ILCT - Juiz de Fora, MG. 25 . Sérg:o d e Melo Alves. CPATU, Belém, PA.
2 . José Frederico Magalhães Siqueira . 26 . Joaquim Braga Bastos. UEPAE, Manaus,
LATÕES DE LEITE EPAMIGíDTNILCT - Juiz de Fora, MG. AM.
3 . José Otàvio Machado - Fac. Ciências 27 . Paulo Cesar Gomes. CNPSA - EMBRA­
BATEDEIRAS Agrárias e Veterinárias. UNESP, Jaboti ­ oPA. Concórdia, SC .
TACHOS PARA DOCE E . cabal, SP. 28 . José de Alencar. CNP - GL. Coronel Pa­
4. Mário Benincasa - Fac. Ciências Agrá­ checo, MG.
REQUEIJÃO
\rLls e Veterinárias - ·UNESP. Jabotlca­
PICADEIRAS E FILADEIRAS bal, SP. 29 . João Lídio Sprada. Univ. Fed. de Santa
Catarina. Florianópolis, SC.
DE MUSSARELA 5. Gilson Pereira de Oliveira - UEPAE de
São Carlos - São Carlos, S? 30 . José Francisco Nocetti Bittencourt. Univ.
TANQUES E CRAVADEIRAS
6 . José Victor Alves Ferreira. Curitiba, PRo Fed . de Santa Catarina - Florianópo­
lis, se .
Fundição Juiz de Fora Ltda. 7 . Luiz Roberto Lopes - Fac. Ciências
CGC 18 515 692/0001-76 Agrárias e Veterinárias . UNESP - Ja· 31 . Mário Soares. Secretaria da Agricultura.
Insc. 367.139058,009 Goiânia, GO.
FÁBRICA DE MÁQUINAS PARA LATICíNIO S E REFORMAS
boticabal, SP :
FERRO MODULAR - FERRO CINZENTO - BRONZE E ALUMfNIO 8 . Wanlou Coelho e Silva - Faz. Experim. 32 . Antonio Francisco Ortolani. Fac. Ciên­
do Tamanduá - Brasília, DF. cias Agrárias e Veterinárias. UNESP.
36.100 - JUIZ DE FORA - MG Jaboticabal, SP.
Matriz - Av . dos Andradas, 1 015 { Fone: 212-6160
9. Alexandre Morga - UEPAE - EMBRA­
PA - Pelotas, RS. 33 . Ruben pablo Schocken Iturrino. Fac.
Filial - Rua Feliciano Pena, 306 Ciências Agrárias e Veterinárias. UNESP.
1 0 . Waldir Marques Giusti - EMATER -
Brasília, DF. Jaboticabal, SP.

digitalizado por arvoredoleite.org


Pág. 48 NOVEMBRO-DEtEMBRO DE 1979

A, MEDALHA "SANTO�' DUMONT" PARA OITO FRENSEL"

No dia 23 de outubro saia uma pequena uma vez, que o seu trabalho pioneiro e p e7-
caravana, de Juiz de Fora, com ,destino à sistente é reconhecido no " maior estado
Fazenda Cabangú, em Santos Dumont, onde ,cinista do Brasil. "
seria homenageado o nosso amigo Sr. Otto
Frensel, com a Medalha do Mérito Aeronáu­ '
Não é demais chamar a atenção para o
tico, ou Medalha "Santos Dumont". fato de ter sido Otto Frense l , indicadQ, pa�
ra receber a Medalha Santos Dumond, p elo'
Faziam ' parte desta caravana o Chefe , do Exmo. Sr. Secretário da Agricultura, Dr. Ge­
Departamento de Tecnologia de Alimentos rardo Renault, considerando, especialmente,
da EPAM IG, Dr. Sylvio Santos Vasconcel­ suas ligações, . seu entusiasmo, seu carinho,
los, acompanhado de sua esposa, D . Mari­ pelo Instituto de Laticínios "Cândido Tos­
'ene Scarpa Vasconcellos, o Prof. Hobbes tes", onde é patrono de sua Biblioteca, Pre­
Albuqu'erque, redator da Revista do ILCT, e sidente de Congressos Laticinistas e figura
o Dr. Cid Maurício Stehling, ex-Diretor do sempre presente às grandes realizações do
' íLCT, 'atualmente chefiando os laboratórios , I nstituto.
da CCPL, em Juiz de Fora, também repre­
, sentando o Superintendente desta 'grande
, Antes da solenidade de entrega das me­
cooperativa, Sr. José Teixeira. ' dalhas, o Brigadeiro Paulo Roberto ,Camari­
nha, Comandante da EPCAR - Escola Pre­
Rumamos para o trevo da estrada J uiz de paratória de Cadetes do Ar, . de Barbacena,
Fora-Cáxambu, onde já nos esperavam o na presença deis altas autoridades do Esta­
"Sr. 'Otto Frénsel, sua ésposa, D. Laura Fren­ do de Minas Gerais - Governador Franceli­
sei e sua filha taura acompanh ada do espo­ no Pereira, Vice-Governador João Marques
so; Sr. Walkit Rodrigues e, em caravana se­ Vasconcellos, Presidente da Assembléia Le­
glli mos para a j á mencionad a Fazenda Ca­ gislativa, Deputad.Q ' João Navarro, leu a or­
bangu, ónde ' nasceu Alberto Santos Dumon! dem-do-dia do Exmo. Sr. Ministro da Aero­
chegando às 1 1 horas de uma bela manha náutica, dando ênfase especial à importância
d e pri mavera;, da descoberta de Santos Dumont, ao dizer :
"o limite da compreensão humana está sem­
, No, h i stórico Museu . dedicado ao "Pai da
pre aquem de sua real pos'sibilidade de
'Aviação" , ' Otto Frensel; Diretor do Boleti m '
do Leite e Presidente da ·AssoéiC;lÇão Brasi­ criar, 'pois mais fácil é repetir a ,verdade
consagrada que admitir o novo e todas as
' Ieira de Laticinistas; além de figura das mais
suas i mplicações. O acomodado não conhece
, expressivas no .'meio laticinista brasileiro, rI? o prazer da descoberta, nem a emoção de
cebeu, das mãos do Exmo. Sr. Governador do
. Estado ' de Minas Gerais; Dr. Francelino Pe­ ser melhor. Basta-lhe o rumo comum e co­
nhecido, onde a dúvida não assalta a cons­
reira, a Medalha Santos Dumont, cunhada ciência, onde jamais é vislumbrado o ama­
, em ' prata, ' pelo seu incansável trabalho em nhã".
prol c;la , indústria de laticínios, por ele consI­
derada a mais brasileira de todas as ,ndús­ Posteriormente, e m carta ao ' Pro�essor
'trias . . Hobbes Albuquerque, em comunicação que
Dentre centenas d e agraciados -: ' onde retrata um homem simples, honesto, traba­
' se encontravajn' governadores, ministros, se­ lhador e, sobretudo; I DEALlSTA, Otto Frensel
, assim se expressou ':; "Considero esta distin­
nadores deputados, engenheiros, advogados
profess�res, técnicos, etc. - o ilustre ..ho­ , ção, não som!')nte uma distinção pessoal, mas
meilag eado,· cercado pÉlo carinho , de seUs também extensiva · a todos os laticinios de
fámiliare,s .e de seus amigos, constatou, mais Minas Gerais e do ,? rasil": (H . A . ) .

, Nossa ,CAPA : Na, Fazenda Cabangú, da esquerda para a direita : Os casais D . Laura
e Sr. Walkir Rodrigues e Q. Laura e Sr. Otto Frerisel ; Dr. Cid ' Maurício Stehling; Prof.
Ho�bes Albuquerque ,e o casal D. Ma�lene e Dr. Sylvio, Santos Vasconcelos. r

digitalizado por arvoredoleite.org


As máquinas BRASKO�
envasam qualquer
produto líquido,
pastoso ou
granulado .
Iogurte, Cremes,
Doces, Manteiga,
Sorvetes, Geléias,
Água, Sucos,
Temperos, etc . . .
Podendo ser envasados
em capacidades de:
1 0 g (mini-porção) a
500 g .
Qualquer que
seja ó seu produto,
consulte-nos,
solicitando
nossos catálogos.

digitalizado por arvoredoleite.org

Você também pode gostar