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Introdução
Até pouco tempo atrás o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico
e habilidades matemáticas e espaciais (QI). Mas o psicólogo Daniel Goleman,
PhD, com seu livro "Inteligência Emocional" retoma uma nova discussão sobre o
assunto. Ele traz o conceito da inteligência emocional como maior responsável
pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria das situações de trabalho é
envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Desta forma pessoas com
qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, gentileza
têm mais chances de obter o sucesso.
Os tipos de inteligência
Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir
das relações com o ambiente, aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas
ao passo que deixamos de aprimorar outras.
Nos anos 90, Daniel Goleman, também psicólogo da Universidade de Harward,
afirma que ninguém tem menos que 9 inteligências. Além das 7 citadas por
Gardner, Goleman acrescenta mais duas:
Teste de QE
Escola da Educação
Uma das grandes preocupações dos pais hoje em dia, é educar seus filhos
emocionalmente, ou seja, prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida
com inteligência. Ensiná-los, como reagir nas diversas ocorrências que podem vir a
acontecer.
Segundo, Terezinha Castilho Fulanetto, devemos desenvolver todos os tipos de
inteligência na criança, pois se todo o espectro é estimulado, a criança se
desenvolve mais harmonicamente, prevenindo obstruções e evitando bloqueios de
capacidades. Todas as competências da criança devem ser estimuladas.
"Ter inteligência emocional significa perceber os sentimentos dos filhos e ser
capaz de compreendê-los, tranquilizá-los e guiá-los." Diz John Gottman em seu
livro Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos. Segundo ele, os pais devem
ser os preparadores emocionais dos filhos, o que muitas vezes não tem ocorrido
devido ao stress e a correria do cotidiano.
A infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o
aprendizado afetivo. Os pais que são efetivamente preparadores emocionais,
devem ensinar aos filhos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida.
Devem aproveitar os estados de emoções das crianças, para ensiná-las como lidar
com eles e ensiná-la como tornar-se uma pessoa humana.
Porém, nas últimas décadas, uma visão desmedidamente liberal entre pais e filhos
e escola/crianças tem comprometido a educação e o aprendizado, diz Roberto Lira
Miranda, em Além da Inteligência Emocional: Uso integral das aptidões cerebrais
no aprendizado, no trabalho e na vida. O receio de produzir crianças reprimidas
está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e
emocionalmente menos aptas. Para aqueles pais que ainda não são preparadores
emocionais, Gottman, propõe 5 passos para que se tornem:
1.Perceber as emoções das crianças e as suas próprias;
2. Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e orientação;
3. Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança;
4. Ajudar as crianças a verbalizar as emoções;
5. Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para seus problemas.
Percebemos que a educação deve ser prioridade do Estado. Mas não só uma
responsabilidade dele. Todos devemos compartilhar na educação de nossas
crianças e adolescentes, dando oportunidade a eles de crescer e "se tornar adultos",
dando oportunidade de mostrarem-se à humanidade, para que fatos lamentáveis,
como adolescentes incendiando mendigos, deixem de acontecer.
Não sabe por que ficou tão chateado depois da última conversa com o seu chefe? Ficou
perplexo com o mau humor do seu colega durante o almoço? Talvez a sua rotina seja
marcada por menos “mistérios” se você desenvolver sua inteligência emocional.
Mas, se você fica confuso com os altos e baixos emocionais do seu ambiente de trabalho, não
se preocupe: você não está sozinho.
Segundo João Marcelo Furlan, diretor executivo da Enora Leaders, a deficiência na
interpretação e na gestão de sentimentos é epidêmica.
Apenas 36% das pessoas conseguem identificar suas próprias emoções, segundo um estudo
feito por Travis Bradberry e Jean Greaves, autores do livro “Emotional Intelligence 2.0”
(Inteligência emocional 2.0), da TalentSmart.
Feita com mais de 500 mil pessoas ao longo de uma década, a pesquisa demonstra que essa
competência, além de rara, é muito valiosa. O chamado QE, ou quoeficiente emocional, está
ligado a 58% do sucesso profissional em qualquer carreira.
A boa notícia, segundo Furlan, é que esse tipo de inteligência pode ser treinado. “É possível
trabalhá-la em quatro eixos: autopercepção, percepção social, autogestão e gestão de
relacionamentos”, afirma.
Com a ajuda de Furlan, EXAME.com listou algumas estratégias para se desenvolver em cada
um desses âmbitos:
Autopercepção
1. Identifique os “gatilhos” das suas emoções. Se você tem alguma reação a um evento, pare
e procure descobrir por que você está se sentindo tão nervoso ou tão aliviado, por exemplo.
2. Visite os seus valores. Saber o que é importante para você contribui para o seu
autoconhecimento e ajuda a prever as suas próprias reações.
3. Procure feedback dos outros. Saber o que as pessoas pensam das suas atitudes - e estar
aberto a essas opiniões - ajuda a conhecer melhor o seu próprio modo de ser.
Autogestão
4. Conte até dez. Para “esfriar o sistema” e elevar o nível das suas respostas, a dica é esperar
um tempo antes de agir. Atrasar a sua reação emocional pode evitar desgastes desnecessários
causados por uma “explosão”.
5. "Durma sobre o problema". Deixar uma decisão difícil para o dia seguinte, após uma noite
de sono restauradora, pode arejar as ideias e garantir um comportamento mais tranquilo.
6. Saiba que as mudanças estão “na esquina”. A consciência de que os vínculos e os conflitos
são passageiros aumenta a sua resiliência. Você aguenta melhor o impacto dos problemas se
sabe que eles vão ter fim.
Percepção social
7. Chame as pessoas pelo nome. O hábito desarma e faz o outro “baixar a guarda”. Com esse
vínculo criado, você terá um acesso mais fácil às emoções alheias.
8. Limpe a mente de distrações ao interagir socialmente. Esqueça o resto das suas
preocupações e fixe a sua atenção na outra pessoa. Isso porque é impossível perceber as
emoções do outro se você não é capaz de ouvi-lo.
9. Observe as pessoas. Quando você não estiver participando de uma cena, assista a ela.
Estudar o modo como os outros falam, riem e interagem pode dar dicas valiosíssimas sobre
como se relacionar com eles.
Gestão de relacionamentos
10. Seja curioso a respeito dos outros. Se você demonstra interesse em conhecer uma pessoa,
cresce exponencialmente a sua capacidade de influenciá-la no ambiente de trabalho.
11. Explique as suas decisões, não apenas tome-as. Comunicar frequentemente os motivos
das suas atitudes contribui para que os outros compreendam você e se tornem seus aliados.
12. Use expressões para a correção de conflitos. Pedir desculpas nunca é demais. Outra dica é
trazer para si o motivo da briga no discurso. É melhor dizer uma frase como “eu fiz algo que
afetou você” do que “você fez algo que me afetou”. Se o outro entende que você não o culpa
pelo problema, aumentam as chances de reconciliação.
Não é ter um QI alto, na visão do psicólogo Roberto Santos. “Aqueles ‘cabeções’ como o
personagem Sheldon do seriado ‘The Big Bang Theory’ começam a perder espaço nas
empresas, sobretudo em posições de chefia”, diz o sócio-diretor da Ateliê RH.
É que mesmo as pessoas com impressionantes aptidões técnicas e intelectuais podem ser
muito desfavorecidas quando o assunto é inteligência emocional.
Santos explica que, a partir dos anos 1990, profissionais capazes de perceber, influenciar e
compartilhar emoções começaram a ser cobiçados no mercado de trabalho.
Com habilidades sutis, ligadas à observação e à gestão de seu próprio comportamento,
pessoas com um alto quociente emocional (QE) se diferenciam das outras.
"São aqueles colegas e chefes que raramente vemos de mau humor. Percebem facilmente o
que os outros estão sentindo e mantêm a calma em situações de estresse”, afirma Santos.
“Quem não gosta de conviver com gente assim?”
O problema, segundo Carlos Aldan, CEO do Grupo Kronberg, é que a inteligência emocional
anda escassa na maioria dos ambientes de trabalho.
"Há duas razões principais para isso: o uso intenso de tecnologias e o excesso de atividades,
que nos deixam cada vez mais isolados, sobrecarregados e desconectados das outras
pessoas", diz Aldan.
Veja a seguir algumas posturas características de quem não tem inteligência emocional no
trabalho, segundo os especialistas ouvidos por EXAME.com:
REFERÊNCIA
GASPARINI, Claudia. 12 estratégias para ter mais inteligência emocional. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/12-estrategias-para-ter-mais-inteligencia-
emocional. Acesso em 19.03.2015
1º Semestre de 201