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ANÁLISE DE VIBRAÇÕES

CONCEITOS DE MANUTENÇÃO
TIPOS DE MANUTENÇÕES

Manutenção Corretiva - É o serviço de manutenção realizado após a falha, como o próprio


nome sugere é o trabalho de corrigir. Equivale a uma atitude de defesa enquanto se espera
uma próxima falha acidental. É chamada “manutenção catastrófica” ou “manutenção tipo
bombeiro”. Ou seja, é norteada pela idéia: “nada se faz enquanto não houver fumaça (defeito
ou falha)”.
Este ainda é o método tradicional de se fazer manutenção e sempre gera altos custos de
material, mão de obra e tempo elevado de equipamento parado, devido a dificuldade de se
planejar as intervenções.

Manutenção Preventiva – Define-se como sendo um conjunto de procedimentos que visam


manter a máquina em funcionamento, executando rotinas que previnam paradas imprevistas.
É o método onde as intervenções têm previsão, preparação, programação e controle. Ou seja,
as intervenções são planejadas.
As rotinas de manutenção preventiva compreendem:
- Lubrificação.
- Inspeção com máquina parada.
- Inspeção com máquina em operação.
- Ajuste ou troca de componentes em períodos predeterminados.
- Revisão de garantia.
- Cuidados com transporte e armazenamento.
- Reparos de defeitos detectados pela inspeção.
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO
Manutenção Preditiva – É um aperfeiçoamento da manutenção preventiva, baseado no real
conhecimento das condições da máquina, equipamento ou componente.
A manutenção preditiva nasceu de uma constatação: muitos componentes ainda em bom
estado são trocados nas intervenções de preventiva.Devido a isso, buscou-se modos de rever
o momento da falha para intervir pouco antes da ocorrência.
Seu objetivo é prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas através de acompanhamento de
parâmetros diversos, permitindo a operação continua do equipamento pelo maior tempo
possível. Ou seja a manutenção preditiva privilegia a disponibilidade à medida que não
promove a intervenção nos equipamentos ou sistemas, pois as medições e verificações são
efetuadas com o equipamento produzindo.

Manutenção Pró-ativa - Tem como objetivo fazer com que as instalações e/ou equipamentos
atinjam, com “start-up vertical”, o desempenho das funções requeridas nos processos,
promovendo as condições necessárias para que esse desempenho padrão seja mantido ao
longo do seu ciclo de vida. Início das ações ainda na fase de projeto.

Manutenção Detectiva – É a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando detectar


falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Um exemplo
simples e objetivo é o Botão de teste de lâmpadas de sinalização e alarme em painéis.
Na manutenção Detectiva, especialistas fazem verificações no sistema, sem tirá-lo de
operação, são capazes de detectar falhas ocultas, e preferencialmente podem corrigir a
situação, mantendo o sistema operando.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
TÉCNICAS UTILIZADAS E BASE TECNOLÓGICA
Análise Termográfica
Definição – A termografia é a técnica preditiva que permite o acompanhamento de
temperaturas e a formação de imagens térmicas, conhecidas por termogramas.
Tipo de Análise – Termogramas.
Instrumentos Utilizados – Termovisores compostos por câmera e unidade de vídeo.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
TÉCNICAS UTILIZADAS E BASE TECNOLÓGICA
Análise de Óleo
Definição – As análises de óleo tradicionais implicam na retirada de amostras, a intervalos
regulares, de modo que o acompanhamento das características do lubrificante possa ser feito
ao longo do tempo.
Tipo de Análises – Análise espectrográfica, ferrografia, viscosidade e cromatografia.
Instrumentos Utilizados – Espectrógrafo, Espectrômetro de absorção, Cromatógrafo Gasoso,
Ferrógrafo e Viscosímetro.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
TÉCNICAS UTILIZADAS E BASE TECNOLÓGICA

Análise Acústica
Definição – É a técnica utilizada para detectar ruídos de alta freqüência produzidos por
vazamentos, particularmente de ar comprimidos gases e vapor. O sensor é um microfone
apropriado e o ruído é convertido para uma freqüência audível ou mostrado em um indicador.
Tipo de Análise – Análise de Freqüência Ultra-sônica.
Instrumentos Utilizados – Detector Ultra-sônico e fone de ouvido.

Inspeção Estacionária
Definição – É utilizada para detectar defeitos como: trincas, desgastes internos ou externos,
porosidades, defeitos em soldas ou dupla laminação em estruturas mecânicas de máquinas
ou componentes estacionários.
Tipo de Análise – Partícula Magnética, Ultra Som (espessura), Raios-X e Liquido Penetrante.
Instrumentos Utilizados – Medidor de espessura Ultra-Sônico, Luz Ultravioleta, Líquidos
Penetrantes e Reveladores, Magna Flux e Aparelho para Raio X.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
TÉCNICAS UTILIZADAS E BASE TECNOLÓGICA
Análise de Vibração
Definição – Através da monitoração dos parâmetros de vibração, tais como, aceleração,
velocidade e deslocamento, é possível detectar prematuramente os defeitos e assim manter a
saúde dinâmica dos equipamentos, de modo a inibir a evolução de “não conformidades”.
Tipo de Análise – Análise de Onda no Tempo, FFT, ODS, Modal, Medição Síncrona, Análise de
Corrente Elétrica, Análise de Órbita, Ensaio de ressonância Estático e Dinâmico.
Instrumentos Utilizados – Coletor de Dados, Analisadores, Caneta de vibração, Osciloscópio,
Transdutores, Acelerômetros, Alinhadores Laser ou Mecânicos, Balanceadores, Alicate
Amperímetro e Lâmpada Estroboscópica.
Equipamentos / Software
Megômetro Coletor CSI 2120

Pinça Amperimétrica

Bobina de Fluxo
Magnético
CONHECIMENTO DE MÁQUINAS
Como veremos, a análise de vibração proporcionará uma valiosa ajuda na identificação de
causas. Quanto mais você conhece sobre o defeito, maior a confiança com a qual você pode
diagnosticar.

Em análise de vibração, isto deve ser adquirido passo a passo. Um pouco de teoria é
necessário para o entendimento de procedimentos. O grande sucesso é influenciado pela
qualidade dos instrumentos e técnica utilizada, mas sobretudo, pela habilidade do executante
em lidar com as informações geradas pelos instrumentos, e o seu domínio sobre a máquina a
qual será realizada a monitoração, desde seu funcionamento até conhecer todos os seus
componentes e para isso é muito importante elaborar um dossiê com o croqui do equipamento
e os dados importantes para identificar a causa da vibração.

Uma realimentação sobre acertos e erros auxilia o desenvolvimento pessoal, desbloqueando


o raciocínio e promovendo a empatia com o assunto.
A VIBRAÇÃO

Através da monitoração dos parâmetros de vibração, tais como, aceleração, velocidade e


deslocamento, é possível detectar prematuramente os defeitos e assim manter a saúde
dinâmica dos equipamentos, de modo a inibir a evolução de “não conformidades”.

Para tanto, utiliza-se de dois tipos de medição que permitem planejar correções seguras com
base na tendência de desvios:

Off-line – refere-se a medições intermitentes, cuja periodicidade é estabelecida de acordo


com a criticidade de cada equipamento.

On-line – refere-se a medições contínuas, possibilitando um acompanhamento das condições


do equipamento em tempo real.
A VIBRAÇÃO
Um corpo está vibrando, quando descreve um movimento de oscilação em torno de uma
posição de referência e seus parâmetros de projetos são alterados.
Mancal
Exemplo: Oscilação de
um eixo ao redor de
uma posição central Eixo
em um mancal
qualquer
Posição
central

Ex: Se uma lâmina for segurada e sua


outra extremidade for puxada até o limite
máximo, ao soltá-la oscilará positiva e
negativamente até voltar ao seu ponto de
referência.
A VIBRAÇÃO
Porém, o que se encontram nos equipamentos industriais, são vários componentes vibrando em
freqüências diferentes, ao mesmo tempo, de modo que estas vibrações se somam e se
subtraem formando um espectro em função do tempo, no qual não se distingue a quantidade de
componentes existentes, tampouco as freqüências em que ocorrem.
GRANDEZAS FÍSICAS DA VIBRAÇÃO
As principais grandezas são FREQÜÊNCIA, AMPLITUDE e FASE.

FREQUÊNCIA
Freqüência é o numero de ciclos por segundo, medidos na unidade Hz (Hertz).
F = 1/ T F = Freqüência
1 = nº de ciclos
T = Tempo
AMPLITUDE
A amplitude relaciona-se com a quantidade de energia contida no sinal vibratório mostrando a
criticidade e destrutividade dos eventos presentes.
É plotada no “EIXO Y” cartesiano.
É o tamanho da onda, variando conforme a energia emitida no sinal de vibração, determinando
sua criticidade e seu grau destrutivo.
Tamanho da amplitude, maior energia

Tamanho da amplitude, menor energia


GRANDEZAS FÍSICAS DA VIBRAÇÃO
FASE
Informa a interação cinética entre os esforços atuantes e a reação física da máquina ou
componente.
Em máquinas rotativas tem-se o seguinte evento: Em um ponto de referência da máquina
existe a atuação da força num determinado instante “t” e, para toda AÇÃO existe uma REAÇÃO
igual e contrária.
A força de ação é rotacional e quando ocorrer a reação, o ponto forçante não estará no ponto de
referência. Esta diferença de fase é chamada de fase do movimento.

NÍVEL DE VIBRAÇÃO
0 nível de vibração de um espectro, em função do tempo, pode ser medido em valor pico a
pico, valor de pico e valor RMS (Root Mean-Square).
Nível RMS
Nível Pico a Pico
Nível
de
Vibraç
ão

Tempo

Nível de Pico
NÍVEL DE VIBRAÇÃO
O valor pico-a-pico indica o percurso máximo da onda, e pode ser útil quando o deslocamento
vibratório da parte da máquina é crítico para a tensão máxima ou a folga mecânica é limitante.
É aplicada tanto para indicar o início prematuro do defeito e também para seu estágio
avançado.

O valor de pico é válido para indicação de choques de curta duração, porém, indica somente
a ocorrência do pico, não levando em consideração o histórico no tempo da onda.

O valor RMS (Root Mean Square) é a medida de nível mais relevante, porque leva em
consideração o histórico da onda no tempo e registra um valor de nível que é diretamente
relacionado à energia contida no sinal, e portanto, à capacidade destrutiva da vibração.
T Nível RMS
(0,707)

Nível Pico a Pico (2,0) Nível de Pico (1,0)


TIPOS DE MOVIMENTO

Movimento Periódico
O movimento periódico é o intervalo de tempo, chamado de período de vibração, designado pelo
símbolo T (tempo)
TIPOS DE MOVIMENTO

Movimento Harmônico
Movimento harmônico é o movimento que se repete, dentro de um mesmo ciclo, chamado de
período de vibração, de acordo com a figura abaixo.
TIPOS DE MOVIMENTO

Movimento Randômico
O movimento randômico ocorre de uma maneira aleatória, não repetitiva. Contém todas as
freqüências de uma banda específica de freqüência, podendo ser também chamando ruído.

Exemplo: o estourar de pipocas dentro de uma panela.


PARÂMETROS DE VIBRAÇÃO
Os parâmetros de medição de vibração são: deslocamento, velocidade ou aceleração.
Observando a vibração de um componente simples, como uma lâmina fina, considera-se a
amplitude da onda, como sendo o deslocamento físico da extremidade da lâmina, para ambos
os lados da posição de repouso. Pode-se também descrever o movimento da ponta da lâmina,
em termos de sua velocidade e sua aceleração. Qualquer que seja o parâmetro considerado,
deslocamento, velocidade ou aceleração, a forma e o período da vibração permanecem
similares. A divergência principal é que existe uma diferença de fase entre os três parâmetros.
ESCOLHA DO PARÂMETRO DE VIBRAÇÃO
Cada parâmetro tem um comportamento característico em função da freqüência, conforme
demonstra figura abaixo:
DE
SL VE AC
OC LO EL
AM CI ER
EN DA AÇ
TO DE ÃO

FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA

O deslocamento realça componentes de baixa freqüência, sendo recomendado para medições


abaixo de 10 Hz (600 rpm).
Deslocamento é usado como uma indicação de desbalanceamento em partes de máquinas
rotativas, pois amplitudes relativamente grandes ocorrem na freqüência de rotação de um eixo
com rotor desbalanceado. Devido a isto, em balanceamento de campo apresenta boa
performance até 20 Hz (1200 rpm) e eventualmente até 30 Hz (1800 rpm), dependendo da
rigidez do sistema.
A velocidade de vibração é o parâmetro menos influenciado por ruídos de baixa ou alta
freqüência, se mostrando num espectro a mais aplainada das curvas, sendo, por isso, o
parâmetro normalmente escolhido para avaliação da severidade de vibração entre 10 Hz e
1000 Hz.
A aceleração de vibração é o parâmetro que representa melhor os componentes de alta
freqüência, sua aplicação é recomendada na monitoração de rolamentos, engrenamentos,
problemas elétricos entre 1000 Hz e 10000 Hz de faixa de freqüência.
TRANSDUTORES DE VIBRAÇÃO
Os transdutores de vibração são dispositivos que fazem a codificação de um sinal mecânico em
um sinal elétrico representativo. Existem basicamente dois tipos de transdutores: absoluto e
relativo.

Transdutor relativo
É montado no mancal de forma a medir a vibração no eixo somente, ou seja, o deslocamento
entre o eixo e seu alojamento. “Transdutores sem contato” são utilizados, na maioria dos casos,
em mancais de deslizamento de máquinas, cujos rotores atuam em altas velocidades e
possuem pequena massa relativa, contra uma carcaça de massa considerável. Os outros
transdutores em geral não teriam respostas satisfatórias aos impulsos vibratórios do eixo, pois
as vibrações seriam bem atenuadas devido a grande diferença de massa existente entre rotor e
carcaça, o que restringe suas utilizações.

Sensor

Sinal de saída

Vibração
Oscilador /
demodulador
Sinal de vibração
modulado em alta
freqüência
TRANSDUTORES DE VIBRAÇÃO
Transdutor absoluto
É comumente utilizado em medição de vibração, montado, por exemplo, em mancais de
sustentação do eixo com seu rotor e mede a vibração total existente no mancal. É preparado
para medir um dos três parâmetros: deslocamento, velocidade e aceleração.

Mola

Massa

Cristal piezelétrico

Conector

Sensor de aceleração (tipo compressão)


FIXAÇÃO DOS TRANSDUTORES
A forma que o transdutor é fixado no ponto de medição, altera sua freqüência de ressonância e
conseqüentemente o alcance de freqüência.
Uma prática conceituada é ter o limite superior da faixa de freqüência de interesse da medição
a 1/3 da faixa de freqüência a qual tem como limite superior de ressonância do transdutor.
Um acelerômetro piezelétrico, por exemplo, tem sua freqüência de ressonância em torno de 32
Khz, obtida na calibração, na qual a superfície de montagem é completamente plana e lisa.
Quando o acelerômetro é montado e rosqueado por um parafuso prisioneiro, fixo na carcaça
da máquina, há pouca alteração da freqüência de ressonância: 31 Khz, sendo este método o
mais recomendado para execução de medição para alcance para até – 10 Khz.
Onde os pontos de medição permanentes em máquinas estão para ser estabelecidos, e não é
desejado furar e fazer rosca de fixação, pode ser utilizado prisioneiro colado, usando cola dura,
tipo epóxi ou cianoacilato. Outras colas macias reduzem consideravelmente a faixa de
freqüência do acelerômetro.
O posicionamento do acelerômetro piezelétrico com imã permanente, altera a freqüência de
ressonância para aproximadamente 7 Khz, conseqüentemente com este modo de fixação, não
se recomenda medições acima de 2 Khz.
O transdutor transforma um sinal de vibração mecânica em um sinal elétrico que é transmitido
ao instrumento de medição, através do cabo que liga o transdutor ao instrumento. O cabo para
uso com acelerômetro não deve ficar tracionado ou flexionado, para evitar ruído triboelétrico
(eletrização por atrito). Não há problema com o cabo arrumado linearmente e bem apoiado.
PONTOS DE MEDIÇÃO
Os pontos de medições para se realizar a coleta nos equipamentos são diretamente nos
mancais, pois este é o local onde se concentra toda a força de desequilíbrio causadora das
vibrações.
A recomendação básica para um equipamento horizontal é que sejam feitas medições na radial
horizontal, vertical e na axial. No caso de bombas instaladas verticalmente deve-se adotar
coleta radialmente em cada rolamento deslocando-se 90°um do outro.
Para enumerar os pontos da máquina é importante seguir o fluxo de energia através do
sistema, partindo da unidade acionadora para a unidade acionada.

1 Motor 2 3

5 6
redutor

7 8 9 Bomba 10
CURVAS DE TENDÊNCIA
O gráfico que registra os níveis globais ao longo do tempo, chama-se CURVA DE TENDÊNCIA.
Através dessa curva, pode-se extrapolar com os resultados obtidos, realizando uma previsão
da data de ocorrência de níveis de falha programando-se assim as intervenções com
antecedência.

As plotagens de tendência permitem que você compare facilmente uma leitura mais recente do
PONTO de medição com as leituras anteriores e os pontos de ajuste de alarme, permitindo
que você veja qual a “tendência” do PONTO com o decorrer do tempo.
AVALIAÇÃO DAS VIBRAÇÕES
Para todos os pontos de medição, é registrado o nível global de vibração, que representa a
composição de várias fontes de vibração. Estes níveis avaliados, devendo permanecer dentro
de faixas admissíveis. Os critérios de avaliação das condições de um equipamento estão
baseados em normas como ISO 2372, tabela a seguir, que especificam limites que dependem
somente da potência da máquina e do tipo de fundação.
AVALIAÇÃO DAS VIBRAÇÕES
VALORES DE VIBRAÇÃO
Parâmetro Velocidade ( RMS ), Segundo VDI 2056

Máquinas grupo K ( Pequenas máquinas, partes fixas de motores até 15 KW )


Bom Estado Alarme 1 Alarme 2
0,7 mm/s 1,8 mm/s 4,5 mm/s

Máquinas grupo M ( Máquinas médias, em particular motores de 15 à 75 KW ou máquinas com


bases especiais até 300 KW )
Bom Estado Alarme 1 Alarme 2
1,1 mm/s 2,8 mm/s 7,1 mm/s

Máquinas grupo G ( Máquinas maiores acima de 300 KW, sobre fundações especiais )
Bom Estado Alarme 1 Alarme 2
1,8 mm/s 4,5 mm/s 11,0 mm/s

Máquinas grupo T ( Grandes máquinas sobre fundações de baixa freqüência própria )


Bom Estado Alarme 1 Alarme 2
2,8 mm/s 7,0 mm/s 18,0 mm/s
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Desbalanceamento
Ocorre em 1x RPM e é um dos grandes problemas causadores de vibração em equipamentos
rotativos nas indústrias.

Rotor desbalanceado devido a abrasão.


Vibração em 1x RPM.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Desalinhamento
Desalinhamentos ocorrem nas empresas como o maior índice de problemas detectados
através da manutenção monitorada.
Um desalinhamento angular apresenta vibrações elevadas na direção axial, portanto, sendo de
fácil identificação nas medições. Um valor elevado na direção axial em 1x RPM indicará um
desalinhamento angular.
Uma vibração em 2x RPM também indicará um desalinhamento (paralelo).

Vibração em 2x RPM, causada por


desalinhamento. Este tipo de espectro
também é gerado quando se trata de um
eixo empenado, pois ele gera o mesmo
sintoma.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Falta de rigidez mecânica ou folga
Sintomas de falta de rigidez não estão ligados somente a uma base solta, mas também a uma
deficiência de projeto em muitos casos.

Falta de rigidez mecânica.


Harmônicos de 1x RPM.

Ex: 1. Corrosão na chapa da base onde é fixado o parafuso do pedestal de um ventilador;


2. Base mal projetada.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Correia de transmissão defeituosa
As vibrações provenientes da correia são em geral de baixas freqüências, podendo ser
detectadas em velocidade, porém, sua energia de vibração é pequena. Uma vibração
proveniente de correia defeituosa é esperada acompanhada de um desalinhamento das polias,
geralmente, o que não acontecerá se apenas a correia estiver defeituosa.

Um exemplo de desalinhamento atacado da forma


incorreta. Para suportar a vibração, foi fixados o
mancal monobloco com uma chapa. A causa não foi
atacada: desalinhamento e correia defeituosa.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Movimento Alternativo
Equipamentos que possuem movimento alternativo apresentam vibrações em harmônicos de
1x RPM em níveis maiores que aqueles que não possuem estas características.
Compressores, motores diesel são os mais comumente encontrados.

Movimento alternativo (motor


diesel). Harmônicos de 1x RPM.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Turbilhonamento do Filme de Óleo
É um problema de projeto e bastante incomum de ser encontrado como fonte de problema.
Espera-se o aparecimento desta vibração tão logo o equipamento entre em funcionamento.
Importante analisar com boa definição para diferenciar entre 0.48 x RPM e 0.50 x RPM.

0.5x
1X RPM
RPM 0.48x
RPM

Turbilhonamento do filme de óleo.


Boa resolução para a análise.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Engrenamento Defeituoso

Sintomas e Problemas
É sabido que vibrações no engrenamento proporcionam vibrações na freqüência calculada por
número de dentes vezes a rotação do eixo e harmônicos.
Fe = Z x rpm

Para saber-se qual eixo contém a engrenagem defeito (pinhão ou engrenagem), observa-se a
presença de bandas laterais em torno desta freqüência de engrenamento, conforme figura
abaixo.

bandas laterais de 1x rpm


PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Falhas em Motores Elétricos de Indução
É necessário, primeiramente, conhecermos algumas freqüências fundamentais inerentes a este
tipo de equipamento, são elas:

Rotação nominal do motor (Nm):


Rotação que normalmente aparece como dado de placa, 1185 Rpm por exemplo.

Rotação síncrona do campo (Ns):


É utilizada para o cálculo da freqüência de escorregamento, é a rotação do campo magnético
girante pelas bobinas do estator.
Ns = 120. Freq. Linha (Hz)
60 . número de pólos

Rotação real do motor no instante da coleta (Nr):


Deve ser confirmada a rotação exata do motor, via análise de vibração (Velocidade Rms até
35, 45 ou 75Hz).

Freqüência de escorregamento (Fe):


É dada pelo escorregamento unitário vezes a freqüência da rede.
Fe = Ns - Nr . freq. linha
Ns
Conhecidas estas freqüências, pode-se analisar as possíveis falhas mecânicas e
magnéticas que podem surgir.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Defeitos em Rolamentos
Os rolamentos são elementos de máquinas bastante estudados em termos de vibração e a
razão disto é que raramente se encontra uma máquina onde não os utilizem. Os defeitos de
rolamento podem gerar quatro freqüências fundamentais características: uma devido a defeito
na pista externa, outra na interna, outra nos separadores ou gaiolas e por fim outra devido a
defeito nos elementos rolantes (esferas ou roletes).
Para o cálculo das freqüências fundamentais de rolamentos usa-se a geometria do rolamento
(que é o que os softwares fazem automaticamente): Pd = diâmetro nominal; Bd = diâmetro do
elemento; n = número de elementos girantes; Ø = ângulo de contato.
PROBLEMAS CAUSADORES DE VIBRAÇÃO
Vibração Aero-hidrodinâmica

O fluxo do fluído que passa pelas pás dos rotores tanto de bombas quanto de turbinas,
provocam uma freqüência bem característica, que é equivalente ao número de pás multiplicado
pela freqüência de rotação do mesmo e, em alguns casos, seus harmônicos também
aparecem. O plano dominante quando se trata de bombas é o radial, na direção da tubulação
de descarga.

RMB - BOMBA
BB-04 -E4H MANCAL
18
Route Spectrum
14-APR-99 15:52
16
OVRALL= 14.54 V-DG
RMS Velocidade em mm/Sec

RMS = 14.39
14 CARGA = 100.0
RPM= 1750.
12 RPS = 29.16
6x
10

6
Espectro característico de
4 falha devido ao fluxo hidro-
1x
dinâmico, onde pode ser
2
constatado alto nível
0
exatamente a seis vezes a
0 10000 20000 30000 40000
Freq: 10500 rotação do rotor, que por sua
Ordr: 6.002
Freqüência em CPM Spec: 10.20 vez também possui seis pás.
CONCEITO MULTIPARÂMETRO

Trabalha para Trabalha para


bloquear a falha no predizer quando a
nascimento do falha ocorrerá.
defeito.

Qual a diferença?
CONCEITO MULTIPARÂMETRO
Pizza rica de
técnicas

Pizza pobre de técnicas: Técnica adequada para


Faz apenas duas medições e identificar cada defeito.
pretende diagnosticar sobre todos
os defeitos! Sua inspeção precisa decolar?
Ou você compra avião pra “dirigir” na rua?

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